Arquivos Cultura E História - Página 111 De 376 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

MUSEU DO PORTO DO RECIFE

Porto do Recife ganhará novo museu

Com inauguração prevista para o fim deste ano, o equipamento visa a resgatar a memória da instituição (Do Governo de Pernambuco) O Governo de Pernambuco autorizou, nesta quarta-feira (24.08), o início das obras de instalação do novo Museu do Porto do Recife. Serão investidos mais de R$ 171 mil na requalificação do imóvel adjacente ao prédio da administração, que será aberto ao público com o objetivo de resgatar a história da empresa e contribuir com o turismo na área. A previsão é de que as intervenções sejam finalizadas em outubro deste ano. “É uma maneira de contar a história de Pernambuco, do Recife e dessa instituição tão importante. Tudo começou aqui e nada mais justo do que resgatar essa memória. Além disso, será mais uma oportunidade para que as pessoas conheçam essa trajetória, fomentando o setor turístico”, afirmou o governador Paulo Câmara. A estrutura contará com mobilidade e acesso independente, a fim de facilitar a visitação. Dessa maneira, o projeto privilegia a acessibilidade, com amplitude e materiais adequados, projeto de iluminação, climatização, nova rede hidráulica, piso em porcelanato acetinado, lavabo, entre outros aspectos. De acordo com o presidente da instituição, Tito Moraes, a iniciativa é um momento marcante e muito celebrado pela comunidade portuária. “Sabemos da importância dos museus para as instituições, e o Porto do Recife carrega muita história. Esta é uma forma de isso ser reconhecido e qualificado”, comemorou. Também acompanharam a assinatura da ordem de serviço o coordenador de engenharia do Porto do Recife, Paulo Ramalho, e o chefe de gabinete, Thiago Lima. Fotos: Aluísio Moreira/SEI

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Ensaio ITAEOTA grupo Totem

Grupo Totem estreia novo espetáculo no Teatro Hermilo, com entrada gratuita

“ITAÊOTÁ” é a performance final da pesquisa “Metamorfismo de (R)existência”, iniciada em 2019, com incentivo do Funcultura  (Foto: Claudia Rangel) O Grupo Totem inicia as comemorações de seus 34 anos de trajetória artística ininterrupta de um modo bem especial: com a estreia do novo espetáculo, “ITAÊOTÁ”. A produção, com direção e encenação de Fred Nascimento, será apresentada ao público pela primeira vez nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, com entrada gratuita. O momento corresponde também à performance final da pesquisa “Metamorfismo de (R)existência”, que começou em 2019, e é conduzida pelo conceito de descolonização, tendo como referência os modos de resistir e existir de povos indígenas e africanos, para a construção de um futuro ancestral. A montagem conta com incentivo do Funcultura.  O Totem partiu da investigação de outras performances do grupo, a exemplo de “Ita” e “Caosmopolita”, até alcançar o palco do Teatro Hermilo e propor esta mudança prática entre todas as nossas relações. Em “Ita”, o grupo tratava do corpo primário, de um devir animal. Já em “Caosmopolita”, o intuito era refletir sobre o indivíduo contemporâneo mergulhado no caos civilizatório. Em ITAÊOTÁ, a ideia é mostrar uma maior comunhão, chamando as pessoas para a autoresponsabilidade em relação ao momento difícil que vivemos, de problemas sociais, econômicos, ambientais e até mentais, através de saberes não hegemônicos que podem nos conduzir para tempos de mais equilíbrio.  Para fazer esta conexão entre o lado do caos e a essência das pessoas, o que nos faz bem, vão sendo introduzidos em cena alguns elementos durante a performance, tais como instrumentos musicais (maracas, tambor, chocalho) e a pintura dos corpos com tinta feita de urucum. “São elementos simbólicos, que fazem da ritualização em coletivo e da energia contente da rebeldia a força para abrir novos caminhos”, ressalta Taína Veríssimo, produtora e uma das performers do Totem.  “Precisamos entender que não estamos sós e repensar nossos caminhos e o impacto da ação do homem no meio-ambiente, compreendendo que existem outras formas de socializar, com atenção e cuidado com o outro, com a terra, as plantas, os animais”, completa ela. Para Fred Nascimento é importante lembrar que “ITAÊOTÁ” levanta o conceito de teatro como cerimônia. “O Totem trabalha com a diluição das fronteiras entre as linguagens artísticas, a mistura de teatro, dança, ritual, performance, levando a uma hibridez e poética próprias”, explica.  Durante a performance, o primeiro contato com o público em “ITAÊOTÁ” é através da exibição de vídeo com desenhos feitos à mão, quadro a quadro, por Airton Cardim. Também complementam a cena as projeções de Zé Diniz e pequenos textos de Fred Nascimento. A iluminação é assinada por Natalie Revorêdo, que já trabalhou com o Totem no elogiado espetáculo “Retomada”.   Outros planos - Após a estreia, o Totem tem mais uma apresentação prevista, a convite do Festival Transborda, no Sesc Santo Amaro, no Recife, no dia 15 de setembro. Para o segundo semestre, também está programada uma nova turma da oficina “Corpo-Ritual”, projeto que chega à quinta edição, de forma gratuita para os participantes. É a segunda vez pelo Funcultura, pois as três primeiras foram realizadas de modo independente pelo grupo.  A oficina é finalizada com uma mostra de performances nos jardins do Centro Cultural Luiz Freire, em Olinda. São 40 horas-aula de oficina, com 20 alunos e as vagas vêm sendo disputadas, pela oportunidade de entrar em contato com o imaginário e o fazer artístico do Totem.   SERVIÇO: Estreia de “ITAÊOTÁ”, do Grupo Totem Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142, Bairro do Recife) Quando: Dia 25/08 (quinta-feira), às 20h Entrada gratuita 

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alem da lenda longa animacao

7º Festival VerOuvindo celebra 50 anos da animação em Pernambuco

O evento já começou e segue até o dia 28 de agosto, durante a Semana da Pessoa com Deficiência, com exibições de filmes e jornada sobre acessibilidade no audiovisual. A programação tem sessões online e presenciais no Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru. O festival VerOuvindo chega a sua sétima edição promovendo o cinema brasileiro com acessibilidade. Todas exibições de filmes de curta e de longa-metragem com tradução em Libras (língua brasileira de sinais), audiodescrição e legendas para surdos e ensurdecidos. O festival começou neste domingo e segue até o dia 28 de agosto, durante a Semana Estadual da Pessoa com Deficiência. A programação é realizada em formato híbrido, com atividades online e presenciais. As sessões e atividades presenciais são realizadas no Cinema da Fundação (Derby e Museu), no Cinema da UFPE e no Cais do Sertão, no Recife; no Campus Agreste da UFPE, em Caruaru; e no Teatro Silogeu, em Vitória de Santo Antão. Pela primeira vez o festival realiza sessão no Agreste na busca de interiorizar cada vez mais o evento. O acesso a qualquer uma das atividades é gratuito. Confira a programação completa e sinopses dos filmes no site https://verouvindo.com/ . O 7º Festival VerOuvindo promove exibição de curtas e longas, atividades formativas bilíngues (português e Libras) como a Jornada VerOuvindo, masterclasses e debates sobre audiovisual e acessibilidade comunicacional. Além de exibir filmes, o VerOuvindo produz conteúdo acessível para as obras audiovisuais. O VerOuvindo é pioneiro no Brasil na difusão audiovisual com acessibilidade, com atuação também na formação e no reconhecimento dos profissionais de tradução audiovisual acessível. O festival recebeu Voto de Aplauso da Assembleia Legislativa de Pernambuco, em 2021. Também foi premiado pelo Concurso de Buenas Prácticas de la Sociedad Civil del MERCOSUR en Accesibilidad Audiovisual e recebeu o Voto de Aplauso da Câmara dos Vereadores da cidade do Recife, em 2018. "A gente fica contente que a cada ano, o VerOuvindo ganha reconhecimento dos profissionais do audiovisual e da acessibilidade, dos que fazem as políticas públicas e principalmente do público pernambucano e dos que vêm de outros estados para prestigiar o evento. Além de ter ampliado o alcance por meio das transmissões online", afirma Liliana Tavares, coordenadora do festival. O festival VerOuvindo é realizado pela Com Acessibilidade Comunicacional, com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco e do SIC - Sistema de Incentivo à Cultura, Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura, Prefeitura da Cidade do Recife. PROGRAMAÇÃO - Nesta edição, o VerOuvindo celebra 50 anos do cinema de animação em Pernambuco. O festival exibe no dia 24 de agosto dois filmes que são marcos no gênero: “Vendo/Ouvindo” (5 min, animação, livre, 1972), de Lula Gonzaga e Fernando Spencer, primeiro curta de animação produzido no estado, e a estreia de “Além da lenda” (1h26min, animação, livre, 2022), de Marcos França e Marília Mafé, sendo o primeiro longa animado realizado em Pernambuco. A sessão de “Vendo/Ouvindo” e “Além da Lenda” ocorrerá no Cinema da Fundação (Derby), com a presença do cineasta Lula Gonzaga e de Ivan Cordeiro, este último responsável pela digitalização do filme em Los Angeles. As sessões não-competitivas têm curadoria de Amanda Mansur, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Pernambuco. A curadoria da Mostra Competitiva de Curtas com Audiodescrição é de Elizabet Sá. Já a Mostra Competitiva de Curtas com Libras tem curadoria de Carlos di Oliveira. Entre as sessões, o festival exibe o longa “Espero que esta te encontre e que estejas bem” (84 min, doc., livre, 2022) com presença da diretora pernambucana Natara Nery. Serão três sessões, no qual a diretora do documentário conversa com o público após a exibição. Além do Vendo/Ouvindo, cinco curtas-metragens pernambucanos também ganham destaque com o Prêmio VerOuvindo Serviço de Acessibilidade: A saga da asa branca (Lula Gonzaga, 7min, animação, 10 anos, 1979), Pega-se Facção (Thaís Braga, 13min, documentário, livre, 2020), Da boca da noite à barra do dia (Tiago Delácio, 18min10, documentário, livre, 2021); Vivências (Everton Amorim, 04min41, animação, livre, 2022); Entremarés (Anna Andrade, 20min05, documentário, livre, 2018). O festival produziu a tradução em Libras, audiodescrição e legenda LSE para os seis filmes da Mostra de Curtas Pernambucanos. O festival conta com duas mostras competitivas de curtas, uma com Audiodescrição e uma com Libras. As mostras exibem filmes da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Os filmes concorrem ao Troféu VerOuvindo e prêmios em dinheiro (R$1.000,00 cada categoria). A premiação é direcionada a melhor audiodescrição e a melhor tradução em Libras nas categorias ficção, documentário, animação e júri popular. Todos os anos o festival realiza a Sessão Memória trazendo filmes históricos com acessibilidade comunicacional. Este ano, será exibido “A Filha do Advogado”(Jota Soares, 90 min, ficção, livre, 1926), um dos primeiros filmes de ficção do histórico Ciclo do Recife, que ganha audiodescrição e tradução em Libras proporcionando acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva. Uma novidade desta edição é uma sessão de cinema ao ar livre, no vão do Centro Cultural Cais do Sertão, no Bairro do Recife. No dia 26 de agosto, às 17h30, serão exibidos dois episódios da série “Destinos da Fé”: Hanamatsuri - Festival das Flores (Alice Gouveia, 26 min, doc.,livre, 2023) e Festa da Boa Morte (Carla Francine, 26 min, doc., livre, 2023). HOMENAGEADAS - O 7º Festival VerOuvindo presta homenagem a linguista, professora e pesquisadora Vera Lúcia Santiago, que atua na legendagem para surdos e audiodescrição; e a tradutora e intérprete de Libras Angela Russo, integrante do Grupo de Teatro Signatores - Teatro com Surdos e é sócia da empresa Para Todos Acessibilidade. A abertura da Jornada VerOuvindo conta com palestras ministradas pelas homenageadas. FORMAÇÃO - O festival realiza a Jornada VerOuvindo, que reúne profissionais e estudantes de tradução audiovisual acessível: tradutores intérpretes de Libras, audiodescritores, legendistas e pesquisadores. Os profissionais compartilham suas experiências, práticas ou teóricas, por meio de comunicação oral, presencial ou online. Os painéis da Jornada irão abordar temas como: A locução do gênero

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Andre Mussalem Foto Rafaela Amorim Braba

André Mussalem celebra carreira e novos discos em show inédito

Celebrando 7 anos de carreira, pernambucano apresenta ao público repertório de seus dois últimos discos em show inédito com participações de Isadora Melo, Larissa Lisboa, Carlos Filho e Rodrigo Pinto.  O cantor e compositor pernambucano André Mussalem sobe ao Teatro do Parque hoje (19/08), 20h, para a estreia de seu novo show. "Memórias Distópicas do Capitão Melancolia" exalta e lança oficialmente em palco o repertório dos dois últimos discos do artista, marcando seu retorno aos shows presenciais desde o início da pandemia da Covid-19 e celebrando seus sete anos de carreira musical. O show apresenta pela primeira vez ao vivo para o público recifense o repertório dos álbuns "Distopia" (2020) e "As Memórias do Capitão Melancolia" (2022). O primeiro álbum, que congrega canções com tons políticos e humanitários, não pode ser lançado presencialmente à época devido ao isolamento social. Já o segundo, motivado por uma cirurgia de grande porte que o cantor fez, precisou aguardar a plena recuperação do artista para poder ir aos palcos. Ao passo que "Distopia", fruto de dois EPs lançados por Mussalem, apresenta uma poesia conceituada nos acontecimentos políticos e sociais do Brasil contemporâneo, "As Memórias do Capitão Melancolia", de tom mais pessoal, traz um relicário de influências e gostos pessoais do artista. O resultado é um show simbiótico, que fala do fora e do dentro, unindo dois discursos artísticos presentes na obra musical de André Mussalem. No repertório, estão canções como “Cinema, Democracia e Cartões Postais” e "Gente de Bem" - originalmente gravadas em duos com Zé Manoel e Flaira Ferro, respectivamente - que foram destaque nos debates pró-democráticos em 2020. Reúne também sambas existencialistas como "Capitão Melancolia", que referencia Sá e Guarabyra; "Quero Quero", em homenagem a Manuel Bandeira; e "Caetano Estaciona no Leblon", uma homenagem aos 80 anos de Caetano Veloso, que faz aniversário no mesmo dia que Mussalem. Por trás de cada canção, inspirações e histórias únicas, costuradas e apresentadas em uma narrativa musical inédita. Em cena, Mussalem canta acompanhado pelos músicos Rafael Marques (bandolim, cavaquinho e direção musical), Karol Maciel (acordeon), Rafael Meira (violão e guitarra), Caca Barreto (baixo), Ângelo Lima (clarinete e pífano) e Silva Barros (bateria). Além da banda, Mussalem recebe os convidados especiais Isadora Melo, Larissa Lisboa, Carlos Filho e Rodrigo Pinto.  “Será um belo momento de reencontro com o público, que ficará imortalizado também em disco, já que o show será gravado e registrado como álbum ao vivo”, comenta Mussalem. Com assinatura de produção da Atos Produções Artísticas, o show “Memórias Distópicas do Capitão Melancolia” será lançado em formato de disco ao vivo nas plataformas digitais, ainda sem data prevista. SERVIÇO: Show “Memórias Distópicas do Capitão Melancolia”, com André Mussalem Lançamento oficial dos discos “Distopia” e “As Memórias do Capitão Melancolia” Sexta-feira, 19 de agosto de 2022, 20h Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista) Ingressos: R$ 40 inteira, R$ 20 meia À venda na bilheteria do teatro no dia do show ou antecipadamente pelo Sympla: Mais informações: Instagram @mussalemoficial

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Loja de de ervas

Engenho Massangana retoma atividades com exposições que celebram cultura afro-brasileira

Parque Nacional da Abolição, situado no local onde Joaquim Nabuco passou parte da infância, no Cabo de Santo Agostinho, equipamento cultural foi incluído no estatuto da Fundaj, passou por reparos estruturais e será reaberto no dia 19 de agosto com lançamento de livro e de mostras Após dois meses fechado para reparos estruturais, o Parque Nacional da Abolição, localizado no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, volta a receber o público no próximo dia 19 de agosto, quando se completam 173 anos do nascimento de Joaquim Nabuco. A ocasião, porém, é mais do que um retorno normal às atividades. O equipamento cultural vinculado ao Museu do Homem do Nordeste foi incorporado ao estatuto da Fundação Joaquim Nabuco. Reabrirá a partir das 10h, com cerimônia de lançamento de livro e inauguração de duas exposições.  Como explica o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, a incorporação do Engenho Massangana ao estatuto e, posteriormente, ao regimento interno da Fundação ratifica o vínculo do espaço com a instituição, responsável pela ocupação e uso do local desde o tombamento. A medida visa reforçar o caráter museológico do Parque Nacional com sinalização já na placa de entrada. Trata-se, observa o diretor, de uma nova fase para o equipamento cultural, onde as pessoas escravizadas serão protagonistas da história, não os senhores de engenho.    Reafirmando o valor do Engenho Massangana como elemento fundamental para a formação de Joaquim Nabuco -, o abolicionista morou no local até os oito anos de idade-, as mostras Masanganu: memórias negras e Jeff Alan: pra deixar de ser pra inglês ver enfatizarão o legado da cultura afro-brasileira. O princípio dessas mostras norteará as futuras ações realizadas no espaço a partir do diálogo com as comunidades do entorno, entre elas as de Massangana e Engenho Serraria, além de associações de escritores, músicos e demais pessoas da sociedade, construindo assim uma pauta cultural conjunta.  Na cerimônia de abertura o diretor Mario Helio fará o lançamento da versão digital do livro “Camões e os Lusíadas”, ensaio publicado por Joaquim Nabuco em 1872 e reeditado neste ano pela Editora Massangana, da Fundaj. O lançamento do livro será divulgado pelos instagrans do Engenho Massangana (@engenho.massangana) e da Editora Bem-te-vi (@editorabemtevi), da família Nabuco. Essa obra de Nabuco traça a biografia do poeta português até a concepção da sua renomada epopeia que, naquele ano, completava três séculos. Esta reedição, marca os 450 anos de publicação de “Os Lusíadas”, poema épico inserido no hall das obras mais importantes da literatura de língua portuguesa.  ExposiçõesTrazendo já no título a palavra de origem africana que originou o nome do Engenho e do rio que passa por ele, a exposição “Masanganu: memórias negras” promove um diálogo entre documentos históricos relacionados à vida dos escravizados da propriedade onde Nabuco cresceu e obras artísticas de importantes vozes pretas do país. O projeto tem como proposta um uso decolonial tão complexo na história das populações marginalizadas no Brasil. A mostra exibirá, nas três salas da casa-grande do Engenho, material oriundo do acervo da Fundaj e do Museu da Abolição, com curadoria de Victor Carvalho e Henrique de Vasconcelos Cruz, além de trabalhos produzidos por artistas como Zózimo Bulbul, principal referência do cinema negro brasileiro; Marcelo D’Salete, um dos maiores nomes da literatura em quadrinhos do país; e Gê Viana, artista plástica maranhense que produz peças com colagens e arquivos sob uma perspectiva decolonial.  Entre os documentos históricos que farão parte da exposição, estão uma carta da madrinha de Nabuco, Ana Rosa Falcão, relatando a companhia de uma criança escravizada, Marcos, para a ida do pequeno Joaquim ao Recife; e uma lista de escravizados do engenho obtida a partir de um inventário. Também há imagens e textos que retratam as amas de leite e mucamas, mulheres escravizadas que eram exploradas na própria casa-grande onde a mostra será realizada. “Temos essa perspectiva decolonial aplicada aos museus, tornando protagonista determinadas populações que eram invisibilizadas. No nosso caso, os escravizados, pretos e pretas que foram contemporâneos de Joaquim Nabuco e foram esquecidos”, explica um dos curadores, Henrique de Vasconcelos Cruz. Fazendo referência à expressão usada para descrever algo sem efetividade, cunhada no século 19  como sátira à promulgação da Lei Feijó, que proibia o tráfico de escravos, mas nunca saiu do papel, a mostra “Jeff Alan: pra deixar de ser ‘pra inglês ver’” busca explicitar a relação entre memória e reconhecimento da população negra. Para levantar a questão, serão exibidas 12 obras do artista visual pernambucano Jeff Alan, que retratam importantes nomes do abolicionismo e da cultura afro-brasileira, como André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Machado de Assis e Carolina de Jesus. “Liberdade pressupõe dignidade. Buscamos com essa exibição reavivar a memória daqueles que lutaram por esses ideais”, afirma a antropóloga e chefe da Divisão do Engenho Massangana e de Estudos Museais do Museu do Homem do Nordeste, Ciema Mello. Daltônico, Jeff Alan extrai nas pinturas retratos tão densos que se tem a impressão de que, a qualquer momento, as faces vão se desprender da tela. “Projeto a obra no espaço da Massangana de forma vivaz, com o desejo de um futuro melhor para o meu povo”, ressalta o artista. O Engenho MassanganaDe origem que remonta ao século 16, o Engenho Massangana foi construído em uma área de floresta antes habitada por indígenas, assim como outros engenhos de açúcar erguidos na região, tendo como provável fundador Tristão de Mendonça, que recebeu as terras do então donatário da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho.  No clássico “Minha Formação”, Joaquim Nabuco dedica um capítulo ao engenho. Foi lá, ao observar a rotina e as condições de vida dos escravizados, que encontrou as bases para a construção dos ideais contra o regime escravocrata que vigorava desde o período colonial. Considerado “fogo-morto”, por não produzir mais açúcar, o engenho foi reconstituído em 1870, fornecendo insumos para a Usina Santo Inácio, que, depois, assumiu o controle da propriedade em razão de dívidas. Em 1972, o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) desapropriou o engenho, que foi restaurado e transformado em museu.

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tarcisio pereira livro

Livros, livreiro e leitores em um só ser

*Por Paulo Caldas O livro "Tarcísio Pereira - todos os livros do mundo", do escritor Homero Fonseca, transcende à preciosa pesquisa sobre um livreiro nordestino tornado o maior do País (segundo o Guiness) e a sua vida familiar, uma vez cumprido o êxodo Natal - Recife. O texto, elogiável, estende a abordagem do tema ao apego recíproco nutrido por Tarcísio à gente das letras e ao cotidiano dos livros, desde a minúscula lojinha, na Rua Sete de Setembro, até à pan livraria (assim definida por Gilberto Freyre), na mesma rua, considerada a maior do Brasil. A empatia da tríade livros- livreiro -leitores conduziu as rédeas do bem-escrever, um texto de memórias transformou-se num testemunho impresso de uma geração de respeitáveis escribas, daqui e de alhures, registrando a vida de gerações inteiras.  Livreiro e livraria cumpriram ainda significativa participação na cena do Recife de então, promovendo eventos literários com lançamento de livros de autores consagrados e de calouros, momentos de natureza política e sociais e os inesquecíveis Carnavais, com a ida às ruas da Troça Carnavalesca Anárquica Armorial Nós Sofre, Mas Nóis Goza, liderada pela alegria bem comportada de Tarcísio Pereira, pra mim o eterno Senhor Sete. Lançada pela Companhia Editora de Pernambuco, a publicação possui ilustrações do acervo da família do homenageado, intercaladas no conteúdo, além de dois nostálgicos cadernos de imagens. Os exemplares podem ser adquiridos no site da editora. *Paulo Caldas é escritor

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O povo das aguas Lion Roots

O Povo das Águas traz shows e atividades de percussão e dança para a Casa da Cultura

A cada mês, além das apresentações artísticas, o público presente poderá participar de oficinas de percussão e dança com inscrição prévia (Foto: Lion Roots) O grupo de Afoxé Ará Omim, também conhecido como O Povo das Águas, realiza um novo ano de atividades gratuitas voltadas à promoção da cultura produzida em terreiros e comunidades no Centro da Cidade do Recife. Os encontros ocorrerão sempre aos sábados, a partir das 14h, com shows e oficinas de dança e percussão no início, seguidos de shows do grupo organizador e de um convidado. A participação é gratuita, sendo necessário apenas a inscrição prévia via sympla para obter o certificado e garantir uma boa acomodação de todos no evento. Na abertura, em que não é necessária a inscrição prévia, será realizada uma roda de conversa sobre as dificuldades de se fazer cultura popular em Pernambuco a partir das experiências e da trajetória de Genivaldo Francisco, enquanto artista e arte-educador. A conversa terá mediação da produtora cultural Gabriela Pimentel e a participação de um intérprete de LIBRAS garantindo a acessibilidade ao projeto. Logo em seguida, haverá dois shows no anfiteatro da Casa da Cultura, um do grupo anfitrião, Ará Omim, e outro da convidada Fábrica Fazendo Arte. De setembro a novembro, a programação promete receber o Coco Juremado, o Coco das Minas, o Maracatu Leão da Campina, o Afoxé Obá Iroko, o Afoxé Omo Lufan e a banda Afro Abe Adu Lofé, trazendo assim a cultura de comunidades e terreiros para o Centro do Recife. Os convidados do Ano 2 são diferentes do primeiro ano para que mais grupos tenham a oportunidade de ganhar destaque. “O projeto O Povo das Águas Ano 2 vem seguindo a proposta de abrir o espaço para a divulgação das artes produzidas nas periferias para o espaço central de importância cultural, que é a Casa da Cultura”, conta o diretor do projeto, Lourival Santos. Durante o primeiro ano do projeto, iniciado em agosto de 2019, os encontros finais, previstos para durar até maio de 2020, precisaram ser alterados devido à pandemia. No período de isolamento, as ações que ajudam a manter os grupos populares se tornaram praticamente nulas. “Esse projeto se faz ainda mais importante desta vez, pois o segmento cultural foi o mais afetado por conta da Pandemia da COVID 19. Muitos grupos estão voltando a se reorganizar, voltando a produzir em suas comunidades e necessitam de um espaço para mostrar sua produção”, pontua Lourival. Com o aumento da vacinação e a retomada das atividades, a esperança e desejo do grupo é encontrar um bom público que queira se divertir, aprender e conhecer mais das músicas e danças de coco e afoxé. Os encontros na Casa da Cultura são inteiramente gratuitos e, para garantir o certificado, é preciso se inscrever através do Sympla. Os encontros serão sempre aos sábados, duas vezes ao mês até novembro. Os links e demais detalhes da programação serão fornecidos através dos perfis do grupo @afoxe_ara_omim e também do próprio projeto @o_povo_das_aguas. Serviço: Mesa redonda e apresentação do grupo de afoxé Ará Omim, o Povo das Águas Quando: sábado, 20 de agosto Horário: 14h - debate 15h - show Ará Omim Onde: Casa da Cultura, rua Floriano Peixoto, s/n, São José, centro do Recife Informações: (81) 3224-0557 Confira aqui o calendário completo de atividades: 20/08 – Abertura de 14h às 15h – Mesa de abertura com Genivaldo Francisco e acessibilidade em LIBRAS de 15h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Fábrica Fazendo Arte - Cia Arte do Corpo 03/09 – 2º encontro de 14h às 15h – Oficina de Dança com Lourival Santos de14h às 15h – Oficina de percussão com Maycon Ferreira de 15h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Coco Juremado 17/09 – 3º encontro de 14h às 15h – Oficina de Dança com Lourival Santos de 14h às 15h – Oficina de percussão com Maycon Ferreira de 15h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Coco das Minas 15/10 – 4º encontro de 14h às 15h – Oficina de Dança com Lourival Santos de 14h às 15h – Oficina de percussão com Maycon Ferreira de 15h ás 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Maracatu Leão da Campina 29/10 – 5º encontro de 14h às 15h – Oficina de Dança com Lourival Santos de 14h às 15h – Oficina de percussão com Maycon Ferreira de 15h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Afoxé Obá Iroko 12/11 – 6º encontro de 14h às 15h – Oficina de Dança com Lourival Santos de 14h às 15h – Oficina de percussão com Maycon Ferreira de 15h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Afoxé Omo Lufan 26/11 - Encerramento de 14h às 16h – Afoxé Ará Omim de 16h às 17h – Banda Afro Abe Adu Lofé

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Foto Bruno Albertim

Bruno Albertim: "O modernismo de Pernambuco ecoa até os dias de hoje"

A exposição Semprenunca fomos modernos vale por uma verdadeira aula de história, em que são desconstruídos alguns “mitos fundadores” do modernismo brasileiro. A começar pela Semana de Arte Moderna de 1922, que aprendemos na escola ser o evento deflagrador do movimento no País. A verdade é que pernambucanos como Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro já realizavam uma produção artística longe dos cânones acadêmicos antes do mítico evento no Teatro Municipal de São Paulo. O tema já foi analisado numa reportagem da Algomais, porém, nesta conversa com Cláudia Santos, o jornalista e antropólogo Bruno Albertim aprofunda detalhes sobre os motivos que propiciaram ao Recife ser o berço esplêndido de tantos artistas modernos, criadores de uma arte tão vigorosa. O visitante da mostra também terá a surpresa de saber que o modernismo em Pernambuco não findou nos anos 1920. Mas se perpetuou, com seu figurativismo e cores saturadas, ao longo dos anos nas telas e esculturas de uma diversidade de artistas como Tereza Costa Rêgo, José Cláudio e Abelardo da Hora. E hoje uma inquieta juventude artística leva adiante essas características, mas as questões identitárias que defendem vão além do regionalismo de Gilberto Freyre. “Eles querem mostrar como essa identidade geral, na verdade, é constituída de microidentidades de várias naturezas: sociais, raciais, sexuais, políticas”, explica Bruno. A exposição está aberta ao público até 25 de setembro no Museu do Estado de Pernambuco. Além de Bruno, a curadoria é assinada pelo diretor do Mepe, Rinaldo Carvalho, pela historiadora Maria Eduarda Marques e a especialista em artes visuais Maria do Carmo Nino. Na sua opinião, o que levou Pernambuco a ser um dos pioneiros e expoente do modernismo no Brasil? Primeiro porque o Recife era uma das principais cidades do Brasil nesse processo de mudança de uma ordem social escravista para outra de modernização. Há uma frase que sempre digo, mas que não é minha: o modernismo é a história da erudição das suas elites, não só em Pernambuco, como no Brasil e na América Latina. Tínhamos aqui uma elite pequena, mas antenada com o discurso modernista, novidadeiro, vanguardista que tinha acesso à Europa através do porto. O Recife foi pioneiro no pensamento social com a Faculdade de Direito, com a Escola de Filosofia, com Gilberto Freyre, que inaugura uma sociologia moderna no País, preocupada não apenas com os grandes fatos, mas também com as coisas ordinárias, cotidianas, para explicar aquilo que ele procurava entender como um caráter nacional. Vicente do Rego Monteiro e seus irmãos, Joaquim e Fédora, estudaram, ainda muito jovens, no Rio de Janeiro e depois na Europa. Vicente se insere muito rapidamente nos sistemas de prestígio da arte europeia, ele e os irmãos frequentam os salões. Vicente estuda na Academia Julian, onde vários surrealistas de primeira hora estudaram, e participa dos salões que eram as instâncias de legitimação dessa nova arte que se propunha a não ser acadêmica. No livro Pernambuco Modernista, conto que o Recife recebeu a primeira exposição de arte moderna europeia da América Latina nos anos 1930. Vicente veio para o Recife para batizar o filho da sua irmã e aproveitou para trazer na bagagem mais de 30 quadros de Braque, Léger, Picasso, Miró, que são expostos no Teatro Santa Isabel e causam um grande rebuliço. A exposição foi extremamente atacada e muito malsucedida do ponto de vista comercial. Alguns de nossos avós ou bisavós perderam a oportunidade de comprar um Picasso a preço de banana. A cidade tinha quase 10 jornais e era muito comum o expediente de se lançar uma discussão por meios de artigos que eram publicados, replicados, treplicados. E se instalou na cidade um debate sobre a exposição: se aquilo que estava sendo trazido por Vicente era arte ou não. Enfim, aqui já havia artistas que romperam com o cânone acadêmico, com essa arte cujo corolário estético estava vigente, grosso modo, desde o renascimento. Eles estavam preocupados não só em atualizar uma série de códigos estéticos, mas também na construção, por meio de suas telas e aquarelas, de uma identidade regional muito ancorada nas ideias do movimento regionalista de Gilberto Freyre. Nesse momento há dois polos discursivos da modernidade no Brasil: São Paulo e o Recife, os pernambucanos começaram a dialogar e divergir fortemente dos paulistanos. No livro Pernambuco Modernista, você mostra um Mário de Andrade um tanto contrariado com os modernistas pernambucanos. Quais os motivos dessa rusga? Abro o livro, inclusive, falando da troca de cartas entre Mário de Andrade e Manuel Bandeira, o poeta que participara da Semana de 22 com o poema Os Sapos. Mário de Andrade tinha ficado muito impressionado com a obra de Cícero Dias, por ser extremamente brasileira, o que interessava ao discurso da construção da identidade do País. Na visão de Mário de Andrade, a arte de Cícero era capaz de sintetizar todo o Brasil, com um erotismo muito vigoroso e com o seu surrealismo tropical úmido. Mas, com o tempo, Mário de Andrade começa a perceber que Cícero não estava disposto aderir a suas intenções ideológicas. Nas suas palavras faltava ao artista pernambucano um “certo bandeirantismo”, ou seja, faltava um cerne paulistano naquela arte. A latitude poética de Cícero começa a migrar muito para suas origens, para os canaviais, para essa insolação do Recife, para os temas voltados para essa permanbucanidade que em matéria do discurso estava sendo construída. Mário de Andrade e os modernistas de São Paulo tinham como objetivo pensar o Brasil arquetípico, basilar, numa pureza brasileira, criando uma identidade que se afastasse, inclusive, da passagem escravocrata. Esse projeto de brasilidade é muito ancorado nas figuras idealizadas do caipira paulistano e não nessa nordestinidade. Quando Mário de Andrade chama Tarsila do Amaral, para “pintar em brasileiro”, até esse brasileiro, ao qual ele se refere, é um brasileiro caipira. Tanto que na paleta de cores de Tarsila você vai encontrar tons num padrão mais temperado, mais ameno. A arte praticada aqui adota uma paleta de cores mais intensa, mais saturada mesmo, capaz de, segundo vários críticos, refletir a luz local. Você

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Quinteto Boa Vista apresenta o espetáculo “Carnaval dos Animais”

Projeto incentiva a democratização da música instrumental, em escolas, para o público infantojuvenil O Quinteto Boa Vista, formado pelos músicos Tiago Tenório, Mário Vítor Mendes, Melina Gama, Pierre Gonçalves e Fagner Zumba, apresenta o projeto Carnaval dos Animais, que acontece de 5 a 15 de setembro, no Recife, e em algumas cidades do interior de Pernambuco. Com foco na inclusão, a apresentação na capital pernambucana conta com intérprete de libras e folder em braille, além de áudio- descrição por QR Code. O projeto tem o intuito de democratizar o acesso do público infantojuvenil ao teatro, além de divulgar a música instrumental e de formar plateias para esse gênero musical. Serão seis apresentações para os estudantes de São Caetano, Agrestina, Bom Conselho, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e do Recife. A circulação do espetáculo tem o patrocínio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE, em seu 3º Edital FUNCULTURA – Música. Para apresentar a obra completa do espetáculo Carnaval dos Animais, do compositor francês Camille Saint-Saëns, o quinteto convidou cinco músicos e uma narradora. A obra conta a história de uma visita ao zoológico, onde os animais são apresentados por meio da música. Saint- Saëns utiliza de vários elementos musicais para estimular a imaginação do público, incentivando-o a criar as imagens dos animais. Os instrumentos emitem sons que se assemelham do canto de pássaros aos rugidos de um leão, ou retratam a lentidão das tartarugas ou a fluidez de um aquário cheio de peixes. “Acredito que seja uma experiência sinestésica valiosa para o público, não só as crianças e jovens, como também para os professores e educadores. Essa é uma boa oportunidade para usufruir da magia e do encanto que a música instrumental pode nos proporcionar”, explica Melina Gama, diretora do espetáculo. Vale ressaltar que todas as apresentações são gratuitas para alunos da rede pública de ensino de Pernambuco. Quinteto Boa Vista – o grupo surgiu em 2018, e é formado por professores de música da Escola Técnica Estadual de Criatividade Musical (ETECM– Recife), com o objetivo de expandir a cultura musical através de vários estilos da música instrumental de câmara. Em 2019, o quinteto participou do projeto “Música no Espaço O Poste”, realizado com o patrocínio do FUNCULTURA; do 2º e 3º Festival de Música Infanto-Juvenil Aurorinha; da 7ª e 8ª edição do Festival Aurora Musical, abrindo as programações, em 2019; e também do Festival de Cordas Mariza Johnson, em 2018. Programação PETROLINA / 5 de setembro de 2022, às 19h/ SESC Petrolina - Rua Pacífico da Luz, 618 Centro – Petrolina/PE SANTA MARIA DA BOA VISTA / 6 de setembro de 2022, às 14h/ IF Sertão – Campus Santa Maria da Boa Vista/ BR 428, Km 90, Zona Rural – Santa Maria da Boa Vista/PE AGRESTINA / 8 de setembro de 2022, às 10h30/ Centro Cultural Amara da Mazuca – Agrestina/PE SÃO CAETANO / 8 de setembro de 2022, às 15h/ Escola Coronel Camilo Pereira Carneiro - Avenida Luiz Coimbra, s/n, Centro – São Caetano/PE BOM CONSELHO / 9 de setembro de 2022, às 14h/ ETE Francisco de Matos Sobrinho - Rodovia PE 218, Km 14, s/n – Bom Conselho/PE RECIFE / 15 de setembro de 2022, às 15h/ ETEPAM - Avenida João de Barros, 1769, Encruzilhada – Recife/PE

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Paulo Andre Pires FOTO Thalyta Tavares

Paulo André, produtor do Abril Pro Rock, lança livro “Memórias de um motorista de turnês”

Publicação tem incentivo do edital Recife Virado – Prefeitura do Recife. Evento com tarde de autógrafos acontece no Centro do Artesanato de Pernambuco, a partir das 16h (Foto: Thalyta-Tavares) “Memórias de um motorista de turnês” é a estreia literária de Paulo André Moraes Pires, produtor-executivo e curador de um dos mais relevantes festivais do Brasil, o Abril Pro Rock. O livro é uma revisão de uma vida de intensas experiências com arte, música e mercado cultural através de registros autobiográficos. O lançamento acontecerá neste sábado (13/08/22), às 16h, no Centro de Artesanato de Pernambuco, com entrada franca, onde o público poderá adquirir o exemplar. A publicação tem incentivo do edital Recife Virado – Prefeitura do Recife, com edição da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Na publicação, o leitor vai encontrar crônicas sobre o que aconteceu ― ou do que Paulo André lembra de ter acontecido ― antes, durante e depois das suas “maiores aventuras da vida”: as turnês internacionais de Chico Science & Nação Zumbi. Os relatos foram reunidos no início dos anos 2020, impulsionados pelo período da pandemia e do isolamento social. “Me debrucei no acervo, nessa memorabilia. Me inspirei pra escrever textos sobre alguns momentos da minha vida — mas com ênfase, como diz o título do livro, nas andanças com as bandas mundo afora”, conta. Segundo Paulo André, sua “carreira internacional de motorista de turnês” começou na primeira viagem com Chico Science & Nação Zumbi, em 1995, e se confirmou na Afrociberdelia, em 1996. “Foi isso que tentei passar, de quando lembro desses personagens. Quando lembro da gente cruzando com os produtores do Trans Musicales, de Rennes, encantados com o show em Montreux, eu estou ouvindo Chico me dizer ‘meu irmão, te vira, Paulo… eu quero tocar!’, revela Paulo, logo na introdução do livro. Além dos textos, o leitor vai se deparar com verdadeiros achados ou relíquias, dependendo de quão fã é das tantas bandas e artistas citados no livro. “Quando me tornei profissional da música, sempre tive o cuidado de pedir tudo: o cartaz, o panfleto, a coletânea do festival. Quando vejo os objetos, as fotos, os flyers, as fitas-demo, eles me trazem lembranças não só de situações como dos próprios diálogos”, explica. No livro, muitas dessas memórias materializadas em itens colecionáveis também estão presentes em fotos e arquivos digitalizados. Como é o caso de uma foto de um cheque do lendário CBGB, berço de diversas bandas punk rock, em Nova York, que serviu de pagamento de 100 dólares para Chico Science, em 1995.

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