Arquivos Cultura E História - Página 12 De 366 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Você viu a Manu Siqueira? Viajou T-O-T-A-L-M-E-N-T-E sozinha!

Por Manu Siqueira Não podemos deixar o meme maravilhoso da atriz, igualmente maravilhosa, Fernanda Torres, morrer. E, pegando carona nele, você já foi julgada por ações que só diziam respeito a você mesma? Se você é mulher e está lendo isto, com certeza a resposta é sim. Pois bem, em 2017, após sair de uma empresa, senti uma enorme vontade de ter essa experiência pela primeira vez. Já havia viajado sozinha antes, mas sempre para encontrar amigos em alguns lugares. Desta vez, queria vivenciar a solitude, estar completamente sozinha. Escolhi Salvador, na Bahia, um lugar que já conhecia, mas onde não pisava há tempos, na terra encantada do axé. Fui sem nada planejado, apenas quatro dias para experimentar a solitude. Assim que cheguei à pousada, deixei a mala e corri para o Farol da Barra, com o objetivo de ver o pôr do sol e, claro, comer um acarajé. Fui andando e, no caminho, pedi a duas mulheres para tirarem uma fotografia minha. Isso bastou. Elas também eram do Recife e estavam hospedadas perto de mim. Ficamos amigas em três minutos. E foi muito bom. Fomos para a Concha Acústica ver o show de Carlinhos Brown e dos Filhos de Gandhy, tomamos sorvete na Ribeira, andamos pelos quatro cantos do Pelourinho, almoçamos no Mercado Modelo e nos divertimos muito. Acabei não conseguindo vivenciar plenamente o que queria, que era ter um tempo sozinha, mas foi muito válido conhecer essas mulheres, pois tivemos uma grande sintonia. Há uns três anos, procuro ter dias completamente sozinha e sem obrigações profissionais. Como tenho uma relação de amor e devoção ao mar, prezo sempre estar em conexão com ele. A aventura começa quase sempre pela própria viagem em si. Mochila nas costas e vontade de escrever minha própria rotina sem rotina alguma. É muito bom! Mas, como tudo que é bom, também tem seu lado ruim. Se você adoecer, terá que ir sozinha ao hospital ou pedir ajuda a algum funcionário do hotel. Por isso, minha primeira dica é: hospede-se em hostel, pousada ou hotel e evite aluguéis por Airbnb. Opte por tênis ou sapatos fechados, pois sandálias, sejam baixas ou altas, são mais propensas a tropeços e "virar o pé". Brincos grandes do tipo argolas também têm mais facilidade de se enganchar em roupas e podem causar ferimentos na orelha. Um brinco prático e pequeno é sempre mais seguro. Eu sempre levo um arsenal de remédios, afinal, é melhor prevenir do que remediar. Dicas básicas como não fazer uso excessivo de bebida alcoólica, evitar sair com desconhecidos e sempre preferir ruas mais movimentadas são, infelizmente, regras para quem é mulher. É preciso ter em mente que a mulher que viaja sozinha ainda é vista como uma extraterrestre. Em alguns casos, ela ainda é uma presa fácil, por isso, todo cuidado é pouco. Uma amiga querida teve uma experiência traumática em um hotel de grande porte quando um garçom tentou invadir seu quarto enquanto levava um lanche para ela à noite. Felizmente, deu tudo certo, mas foi um baita susto. Na praia, sempre fico atenta a quem está ao meu redor e evito levar celular e cartão de crédito. Opto por dinheiro em espécie, pois, caso seja roubada enquanto tomo banho de mar, o prejuízo será o mínimo possível. Para mim, uma viagem curta, para me conectar com a natureza, descansar e usar pouco as telas, funciona super bem. Mas concordo que, em uma viagem mais longa, em um destino que você sonhou muito em conhecer, a companhia de alguém, seja família, amigos ou parceiros amorosos, é uma ótima opção. Outra amiga queridíssima disse, com toda a razão, que a alegria e a felicidade só podem ser profundamente experimentadas se compartilhadas, e eu concordo plenamente. Eu, se fosse você, viajaria sozinha pelo menos uma vez na vida, afinal, como disse Mário Quintana: “Viajar é mudar a roupa da alma”. *Manu Siqueira é jornalista (mmsiqueira77@yahoo.com.br)

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Grupo Confluir exalta cultura nordestina no Janeiro de Grandes Espetáculos

Espetáculo "Saudade, o meu remédio é cantar!" leva música e tradição ao Teatro Barreto Júnior O Grupo Confluir, formado por atores, cantores e bailarinos do Conservatório Pernambucano de Música (CPM), retorna aos palcos com o espetáculo musicado "Saudade, o meu remédio é cantar!". A apresentação será parte da programação do 31º Janeiro de Grandes Espetáculos e acontecerá no dia 26 de janeiro, no Teatro Barreto Júnior, com duas sessões. O show celebra a cultura nordestina por meio de música, poesia, dança e expressão cênica, destacando o sentimento de saudade e a riqueza das tradições regionais. Com repertório inspirado nas obras de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, o espetáculo traça um retrato sensível da vida nordestina. Dividida em três atos — "A Feira", "A Fé" e "A Festa" — a apresentação percorre a rotina de quem migrou do sertão para a cidade grande, passando pela expressiva religiosidade até a celebração com muito forró. "Estamos muito felizes em apresentar essa peça novamente porque o público sempre se identifica com a história que contamos e se emociona com o repertório escolhido", declarou Janete Florencio, diretora geral do grupo,. Para esta edição, o Grupo Confluir trará novidades no repertório. "Vamos acrescentar novas canções. Uma delas era muito pedida pelo público", adianta Tom Dáher, diretor musical do grupo. O sucesso da montagem já foi comprovado em 2024, quando lotou o Teatro de Santa Isabel em duas apresentações. Serviço:Espetáculo: "Saudade, o Meu Remédio é Cantar!"Data: 26 de janeiroHorários: 17h e 19h30Local: Teatro Barreto Júnior – Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n – PinaIngressos: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia) | R$ 30 (social) + 1kg de alimento não perecívelVendas: Link para compra

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Foto Ernesto de Carvalho Uenni

Fotógrafa pernambucana faz história ao vencer prêmio nacional de fotografia etnográfica

Uenni conquista reconhecimento inédito ao retratar rituais da Jurema Sagrada de Pernambuco. Foto: Ernesto de Carvalho A fotógrafa pernambucana Wenny Mirielle Batista Misael, conhecida como Uenni, fez história ao se tornar a primeira mulher negra a vencer o Prêmio Mário de Andrade de Fotografias Etnográficas. Aos 26 anos, Uenni conquistou o primeiro lugar na categoria Série Fotográfica com a obra "Canjerê dos Pretos Velhos na Jurema Sagrada de Pernambuco". O prêmio, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), busca valorizar e divulgar as culturas populares brasileiras. Autodidata desde os 15 anos, Uenni documentou por dois anos o ritual do Canjerê de Preto Velho no Terreiro Ilé Asé Orìsanlá Tàlàbí, em Paulista. Suas imagens revelam a resistência dessa tradição, capturando detalhes como pés descalços no chão de barro, velas acesas e cânticos. "Sou imensamente grata ao Terreiro Axé Talabi por tudo, especialmente pela autorização para o uso das imagens. Mesmo sendo fotógrafa, isso não me concede o direito de divulgar esses registros sem a devida autorização", destaca Uenni. O reconhecimento no prêmio nacional reforça a importância da representatividade e do respeito às tradições afro-brasileiras. Uenni superou mais de 400 inscritos e recebeu R$ 15 mil pelo primeiro lugar. "Eu nunca imaginei que fosse sequer receber uma menção honrosa. Não tenho diploma que comprove que sou fotógrafa, nem os melhores equipamentos do mundo. Mas tenho a fé, a espiritualidade e o desejo de continuar me movimentando sem passar a perna em ninguém", afirma. Serviço: O Prêmio Mário de Andrade de Fotografias Etnográficas é promovido pelo Iphan, com o objetivo de valorizar as culturas populares brasileiras. Mais informações podem ser conferidas no site oficial do Iphan: www.iphan.gov.br.

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Oficina Literária Paulo Caldas é premiada como Melhor grupo literário

A premiação foi celebrada pelo Canal Arte Agora A Oficina Literária Paulo Caldas conquistou o prêmio "Os melhores do ano" na categoria 'Melhor grupo literário'. A cerimônia foi realizada pelo Canal Arte Agora. Com 15 anos de história, a oficina tem sido um pólo de fomento à literatura em Pernambuco, reunindo escritores de diferentes níveis e estilos. O trabalho desenvolvido ao longo das edições anuais, com lançamentos de coletâneas e a produção de textos individuais, não só fortalece o cenário literário local, mas também amplia a visibilidade da literatura do estado para o Brasil e o mundo. "A premiação reflete o esforço coletivo de um grupo que, ao longo dos anos, tem produzido literatura de qualidade e proporcionado um ambiente criativo e acolhedor", afirmou Paulo Caldas, mentor da oficina. Além de ser uma plataforma de lançamento literário, a oficina também promove encontros e conversas entre seus participantes, proporcionando um espaço rico de troca de experiências e aprendizado contínuo. Por meio dessas interações, os participantes não apenas aprimoram suas habilidades de escrita, mas também constroem uma rede sólida de apoio e inspiração. A premiação é um reconhecimento não só ao trabalho contínuo de Paulo Caldas, mas também à dedicação de cada escritor que faz parte desse grupo literário inovador e influente. Já passaram 65 participantes no grupo. Entre os destaques, Romulo Cesar Melo foi vencedor do Prêmio Pernambuco, consolidando sua trajetória na literatura pernambucana. Roberto Beltrão, do site O Recife Assombrado, se destacou como finalista do Prêmio Aberst (Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), evidenciando seu talento no gênero de suspense e terror. André Balaio é um dos nomes mais premiados entre os participantes das oficinas. Seu conto "O Lado de Lá" venceu o Prêmio Off FLIP em 2016. O livro "Quebranto" conquistou o Prêmio Vânia Souto de Carvalho da Academia Pernambucana de Letras (APL) em 2019, além de ser finalista dos prêmios SESC e CEPE. Já o livro "A Última Noite de José Wilker" garantiu o 3º lugar no Prêmio Biblioteca Digital da Biblioteca Pública do Paraná em 2021 e foi finalista do Prêmio Hermilo Borba Filho. Na literatura infantil, Camilla Inojosa se destacou com o livro "Lápis Mágico", vencedor do Prêmio da Academia Pernambucana de Letras (APL) na categoria infantil. Ricardo Braga também ganhou reconhecimento ao vencer o Prêmio Nacional de Contos CEPE, reforçando a qualidade da literatura produzida pelos participantes das oficinas. Paulo Caldas, além de seu papel como mentor da oficina e escritor premiado, é também uma figura importante no cenário literário pernambucano. Com uma trajetória consolidada e mais de 15 títulos publicados, ele escreve regularmente para a Revista Algomais, desde 2006, onde contribui com críticas literárias que ajudam a promover a literatura local e nacional. Seu olhar atento e crítico para as produções literárias contribui para o debate e o aprimoramento da escrita, tanto de novos autores quanto dos mais consagrados.

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Confira a Agenda Cultural para a semana em Pernambuco

Parque Brincar de Música, do Mundo Bita, chega ao Shopping Recife com atrações interativas O Parque Brincar de Música, do Mundo Bita, estreia no Recife de 11 de janeiro a 17 de fevereiro, trazendo cenários musicais e atividades interativas para encantar crianças e famílias. Instalado na Praça de Eventos do Shopping Recife, o parque oferece atrações como a Fazendinha, o Fundo do Mar e a famosa cartola do Bita, com mais de 30 atividades sensoriais e educativas. Além de um espaço para bebês de até 2 anos, o parque conta com a “Hora do Bita”, com encontros ao vivo. Os ingressos variam de R$ 40 a R$ 80, oferecendo diferentes opções de diversão. 31º Janeiro de Grandes Espetáculos traz shows e peças imperdíveis no Recife O 31º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) já começou e segue vibrante com mais de cem apresentações até 2 de fevereiro. O festival oferece uma mistura de música, teatro, circo e dança, com destaque para shows de artistas pernambucanos como Silvério Pessoa, Tibério Azul, e PC Silva, além de peças como Vivencial, Revivenciando e Yerma Atemporal. O público poderá conferir espetáculos em nove teatros e na Sinagoga Kahal Zur Israel, com ingressos disponíveis online. Na primeira semana, 13 espetáculos estarão em cartaz, incluindo apresentações para adultos e para a infância e juventude. Destaque também para as homenagens aos ícones culturais de Pernambuco, como Paula de Renor e Guilherme Coelho, e aos 30 anos de xaxado do Cabras de Lampião. Com a participação de artistas locais, nacionais e internacionais, o JGE é um dos maiores festivais de arte de Pernambuco, celebrado com apoio da Prefeitura do Recife, Governo do Estado e diversos patrocinadores. Temporada de férias do RioMar Recife oferece diversão para a criançada com shows gratuitos e exposições imersivas O RioMar Recife preparou uma programação imperdível para as férias de janeiro, com atrações para toda a família. Durante o mês, a criançada poderá se divertir com shows gratuitos na Praça de Alimentação, no Piso L3, sempre às 16h. A programação inclui um show de mágica com Rodrigo Lima (12/01), números circenses com o Circo da Trup (19/01) e o show de Ilana Ventura (26/01). Além disso, a exposição imersiva "Oceano Vivo" oferece uma viagem subaquática de 200 metros quadrados, enquanto "O Auto de Ariano", uma exposição de Ariano Suassuna, revisita o legado do autor com cenografia e tecnologia de ponta. As atrações são uma ótima opção para quem quer aproveitar o período de férias com muita diversão e cultura. Armando Fuentes traz show ao Recife com clássicos das Américas O cantor venezuelano Armando Fuentes apresenta o show internacional "Uma Viagem Pelas Américas" nesta sexta-feira (10), às 20h, no O Pátio Cafe & Cozinha, no bairro das Graças, Recife. O repertório inclui sucessos premiados como Forever And Never, de Demis Rousseau, It's Now Or Never, de Elvis Presley, e Manhã de Carnaval de Luiz Bonfá e Antônio Maria, passando por gêneros como pop internacional, salsa, bolero e tango. Ingressos custam R$ 35 e reservas podem ser feitas pelo telefone (81) 99843-6978. Mostra vivencial do espetáculo 'Querida Gina' chega ao Teatro Apolo em 15 de janeiro A Cia. Artística Avani Lopes apresenta o espetáculo 'Querida Gina' no Teatro Apolo, em Recife, no dia 15 de janeiro, às 20h30. A peça narra a experiência de Regina, que, em uma sessão de terapia, mergulha em seu subconsciente e encontra Gina, sua genitália psicóloga. 'Querida Gina' aborda temas como gravidez, menstruação, menopausa, violência doméstica e a objetificação do corpo feminino, trazendo uma reflexão sobre os impactos do patriarcalismo na sociedade. A produção provoca o público a repensar os papéis atribuídos às mulheres, com diálogos pedagógicos, resistência poética e música reflexiva. O espetáculo busca desconstruir visões misóginas e promover um empoderamento feminino, desafiando a visão falocêntrica dominante. Espetáculo "Ariel, A Pequena Sereia" chega ao Teatro Barreto Júnior no dia 12 de janeiro O clássico "Ariel, A Pequena Sereia" estreia no Teatro Barreto Júnior neste domingo, 12 de janeiro, a partir das 16h. A adaptação da famosa história de Christian Andersen promete encantar a criançada com muita música, efeitos especiais em 4D e cenários do fundo do mar, como bolhas de sabão e chuva de bolinhas e confetes. O espetáculo tem 50 minutos de duração e ingressos promocionais a R$ 50, com meia-entrada para todos. Após a apresentação, haverá sessão de fotos com o elenco. Os ingressos estão disponíveis no Sympla ou na bilheteira, sujeito a lotação. Tirulipa, Zé Lezin e Cinderela no Ginásio Geraldão em Recife No dia 17 de janeiro, o Ginásio Geraldão, no Recife, recebe o espetáculo "Dose Dupla de Humor", com Tirulipa, Zé Lezin e a participação especial de Cinderela. O evento, que começa às 20h, traz humor e diversão para o público com ingresso a partir de R$ 80. Além das apresentações de stand-up e piadas de Zé Lezin e Tirulipa, Cinderela promete encantar com esquetes de humor, combinando tradição e inovação. A programação também tem um caráter social, com a arrecadação de alimentos para o Abrigo Cristo Redentor. A moranga sagrada: lançamento do livro de J.C. Marçal aborda a pós-modernidade O pernambucano J. C. Marçal lança seu mais recente livro, A moranga sagrada, no dia 14 de janeiro, às 19h, no Orora Bar de Esquina, no Recife. Com onze contos que exploram temas como empoderamento feminino, superação, tecnociência, o impacto da ditadura e os efeitos da pandemia de covid-19, o autor provoca reflexões sobre a pós-modernidade. O livro também dialoga com mitologia, filosofia e artes, com destaque para contos como Obá, inspirado na escritora Lélia Gonzalez, e Medusa, inspirado em uma escultura de Luciano Garbati. A obra é publicada pela Cepe Editora, reforçando seu compromisso com autores pernambucanos contemporâneos. Masha e o Urso encantam as férias no Shopping Boa Vista O Shopping Boa Vista recebe, até o dia 30 de janeiro, uma atração especial para a criançada: um circuito de obstáculos sensorial e interativo inspirado na dupla Masha e o Urso. Com atividades como piscina de bolinhas, cama elástica, tapete interativo e espaço gamer, o

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Foto Afonso Oliveira Credito Pedro Raiz

Método Canavial: oficina gratuita na Caixa Cultural Recife promove capacitação em produção cultural

Atividade com Afonso Oliveira oferece ferramentas para gestores e brincantes de grupos culturais em Pernambuco. Na imagem, o produtor Afonso Oliveira. Foto: Pedro Raiz A Caixa Cultural Recife sediará, de 21 a 23 de janeiro, a oficina “Método Canavial – Introdução à Produção Cultural Coletiva e Comunitária”, ministrada por Afonso Oliveira, produtor e diretor artístico com mais de 30 anos de experiência. Com 30 vagas gratuitas, a atividade é destinada a gestores, produtores culturais, brincantes, voluntários e diretores ligados a grupos de cultura popular. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de janeiro pelo formulário online. Criado em 2008, o Método Canavial alcançou destaque nacional ao capacitar jovens, mulheres e idosos da Zona da Mata Norte de Pernambuco, promovendo a valorização da cultura popular e a profissionalização local. "Essa metodologia nasceu como uma ferramenta de ensino e fortalecimento da produção cultural comunitária", explica Afonso Oliveira. O trabalho, que recebeu prêmios e resultou na publicação de um livro em 2010, ensina desde a captação de recursos até a organização de eventos. A oficina integra o Projeto PEBA, iniciativa que fomenta o diálogo entre artistas e discute a influência afrodescendente em Pernambuco e na Bahia. Com patrocínio do Ministério da Cultura e apoio de diversas entidades, o projeto também reforça a luta contra o racismo. Serviço:Oficina Método Canavial de Produção Cultural e Comunitária, com Afonso OliveiraLocal: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do RecifeDatas: 21 a 23 de janeiroHorário: 14h às 17hInscrições: Até 10 de janeiro, clique aquiInformações: (81) 3425-1915 / @caixaculturalrecife

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Obras restauradas reforçam compromisso com a democracia e a cultura

Presidência celebra a reintegração de 21 peças históricas ao Palácio do Planalto após trabalho minucioso de restauração Dois anos após os atos de vandalismo que danificaram importantes obras do acervo da Presidência, 21 peças restauradas foram oficialmente reintegradas em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro. Entre as obras devolvidas ao público estão o icônico quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, uma ânfora italiana e o relógio histórico do século XVII, restaurado na Suíça. "A democracia é uma coisa muito grande. Para quem ama a cultura, somente num processo democrático a gente pode conquistar isso", declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao celebrar a entrega. O processo de restauração envolveu cerca de 50 profissionais, incluindo restauradores, professores e estudantes de instituições como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade de Brasília (UnB). Mais de 1.760 horas de trabalho foram realizadas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, enquanto o relógio histórico foi restaurado em parceria com a Embaixada da Suíça e a renomada Audemars Piguet. Para Leandro Grass, presidente do Iphan, o projeto foi uma vitória coletiva: "Hoje o Governo Federal devolve à população obras que foram restauradas por 50 restauradores... além do laboratório de conservação, esses recursos viabilizaram o acesso de 500 estudantes da rede pública a uma extraordinária experiência de educação patrimonial". A primeira-dama, Janja Lula da Silva, destacou a resiliência dos servidores que preservam a memória nacional. "Aquelas lágrimas, hoje, se transformam em sorrisos pela certeza de que mantivemos a democracia firme. A arte, em suas diferentes formas, é uma ferramenta necessária para manter viva nossa memória", afirmou. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também reforçou o papel das ações educativas realizadas no processo de restauração, que alcançaram mais de 500 alunos no Distrito Federal. "Ninguém pode domar nem amordaçar as expressões culturais e artísticas. A cultura resistiu", destacou.

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Julia Lopue Philppines Harvest Pintura com cafe

Museu da Cidade do Recife promove oficina de pintura com café para crianças

Atividade gratuita acontece no sábado (11) e integra programação de férias escolares Neste sábado (11), às 14h, o Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas, será palco de uma oficina de pintura com café, voltada para crianças a partir de 5 anos. A ação, ministrada pelo artista plástico Abraão Figueiredo, é gratuita e oferece uma experiência única para os pequenos explorarem sua criatividade durante o período de férias escolares. Durante a oficina, os participantes aprenderão técnicas de carimbo, utilizando café para criar diferentes tonalidades e texturas em suas obras. Além de estimular a imaginação, a atividade também promove o desenvolvimento da coordenação motora fina e da percepção sensorial. Para participar, é necessário que as crianças estejam acompanhadas por um responsável, e a duração estimada da oficina é de duas horas. A iniciativa faz parte da programação da exposição O Café que Nos Une: de Pernambuco para o Mundo, que segue em cartaz no museu até 2 de fevereiro. O Museu da Cidade do Recife, localizado na Praça das Cinco Pontas, bairro de São José, funciona de quarta a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 16h. Serviço:O que: Oficina de pintura com caféQuando: Sábado, 11 de janeiro, às 14hOnde: Museu da Cidade do Recife – Forte das Cinco Pontas, Praça das Cinco Pontas, São JoséEntrada: GratuitaMais informações: www.museudacidadedorecife.org.br

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Frei Caneca: um herói esquecido pelo Brasil

Aos 200 anos de sua morte, o mártir permanece pouco lembrado no País e mesmo em Pernambuco, apesar da sua importância para a independência do Brasil *Por Rafael Dantas Há 200 anos, o Frei Caneca vivia seus últimos dias. Preso na capital pernambucana, o religioso e líder revolucionário, que participou dos dois maiores movimentos políticos da história de Pernambuco, seria executado pelos seus feitos e por suas ideias no dia 13 de janeiro de 1825. O grande pensador da Confederação do Equador e sobrevivente da Revolução Pernambucana de 1817 foi fuzilado, mas sua mensagem permaneceria viva. Ainda que até hoje não tenha o reconhecimento merecido, nem em Pernambuco, nem no Brasil. Mais que uma liderança política local, Frei Caneca é um dos grandes revolucionários do País. As repetidas amputações do território Pernambucano, que perdeu muito da sua extensão para a Bahia e para Alagoas, foram represálias aos movimentos da então província que balançaram o Reinado de Dom João VI em 1817 e o Império de Dom Pedro I em 1824. As rupturas com o poder central e a conclamação de outras províncias para a construção de um País com um sistema de governo mais sofisticado indicam a força desses movimentos. Mesmo com poucos meses de resistência, ambas as revoluções vividas por Frei Caneca foram marcadas por batalhas, com muitos mortos, articulações políticas intensas e mensagens em prol de uma ordem política muito avançada para a época. É por esses e outros motivos que muitos historiadores comparam a dimensão dada no País a Frei Caneca e a Tiradentes. Ambos terminaram mortos com as revoluções com as quais se envolveram. Mas enquanto o mineiro Joaquim José da Silva Xavier virou um mito nacional, com uma praça monumental em sua homenagem em Ouro Preto e registros fartos nos livros didáticos, as reverências ao pernambucano Joaquim da Silva Rabelo são muito mais tímidas, mesmo no Estado de Pernambuco. UM LÍDER POLÍTICO INTELECTUAL Frei Caneca não foi o presidente da Confederação do Equador, mas de longe é o mais reconhecido. Vindo de uma família humilde, que morava num local considerado periférico do Recife na época, ele era um intelectual. Com os ideais que aprendeu nos livros que teve acesso em seus estudos, com especial atenção ao período do Seminário de Olinda, o religioso contestou Dom Pedro I. “Mesmo jamais tendo saído da sua província natal, exceto pela temporada na Bahia, ele se tornou um dos homens mais cultos e um dos maiores pensadores políticos do País, além de notável poeta. Juntando-se a isso muita coragem, energia, carisma e capacidade de comunicação, afora um grande amor pelo povo brasileiro, reuniram-se nele os ingredientes para formar um líder político como jamais se vira antes por aqui”, escreveu sobre Frei Caneca em seu livro Pernambuco - Histórias e Personagens do jornalista Paulo Santos de Oliveira. Os principais embates que levaram a Confederação do Equador em 1824 eram relacionados ao autoritarismo de Pedro I. A centralização do poder nacional, ainda hoje questionada, estava no foco do problema naquele ano. Dom Pedro I havia indicado para governar Pernambuco Francisco Paes Barreto. Porém, os pernambucanos escolheram Manoel de Carvalho. Um ano antes, o monarca havia ainda dissolvido a Assembleia Constituinte e criado ele mesmo um projeto de constituição, também rejeitado por suas ideias centralistas e autoritárias. “A gente pode considerar o Caneca como um ideólogo. Parte das questões relacionadas com a ideologia do movimento de 1824 era sobre os enfrentamentos de entendimento do que seria pátria, cidadão e república. Ele fala muito sobre a federação. Ação política em direção à concentração de poderes na mão do Executivo – no caso, o imperador – fez com que o Frei Caneca rechaçasse todo esse modelo que considerava já ultrapassado diante dos novos momentos que se viviam, já depois da Revolução Francesa e de muitas revoluções liberais”, afirmou o historiador e professor da Unicap Flávio Cabral. ENFRENTAMENTO AO AUTORITARISMO Havia um conjunto de pensamentos defendidos por Frei Caneca que representava um verdadeiro terremoto no sistema escravista, centralizador e com forte influência lusitana do Brasil da época. E diante de um líder autoritário, como Dom Pedro I, ter um habilidoso intelectual em Pernambuco era um problema. Embora seja lembrado principalmente por 1824, Caneca já estava presente em 1817. O professor Flávio Cabral rejeita a ideia de que ele era apenas um mero estagiário nesse primeiro movimento, mas destaca uma atuação forte do jovem no primeiro levante contra a Coroa Portuguesa. “Eu encontrei uma documentação que afirmava que Frei Caneca distribuiu panfletos na hora da bênção da bandeira de Pernambuco, onde hoje é a Praça da República. Ele saiu pelo meio do povo entregando panfletos, falando sobre a nação, glorificando a pátria naquele momento histórico. Por sua atuação, ele foi preso após a revolução na Bahia e só foi sair em 1821 da cadeia”, afirmou o pesquisador, que lembrou ainda que o líder escreveu um Plano de Educação para Pernambuco durante o Governo de Gervásio Pires. “Era fabuloso! Na época, a educação no País não existia, mas ele chega a apresentar à Junta de Governo um plano interessantíssimo”. O próprio fato de ser um religioso enfrentando a maior autoridade do País por si já era um fato político revolucionário para o pesquisador Carlos André Silva de Moura, que é historiador e professor da Universidade de Pernambuco. “Todos os ideais do Frei Caneca foram revolucionários. Desde ser um padre que questionou o status quo daquele período à possibilidade de rompimento com o governo central. Imagine um padre, que tem toda uma tradição, uma necessidade de uma hierarquia, questionar o governo central! Isso no Século 19 era algo muito difícil”, salientou. Unir carisma, força política e intelectualidade não é uma tarefa fácil sequer no Século 21. Mas Frei Caneca conseguiu unir essas habilidades em pleno Século 19 – sendo religioso e político – com outra característica muito valorizada atualmente: a capacidade de comunicação. UM COMUNICADOR ACIMA DA MÉDIA Como religioso, Frei Caneca era um orador, que mesmo muito jovem foi professor de uma disciplina de retórica. Ele

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Restauro dos paineis da Sala dos Academicos da APL

Restauração de Pinturas Murais do Século 19 na Academia Pernambucana de Letras

Obra de Eugène Lassailly é restaurada para preservar o patrimônio histórico do Recife A Academia Pernambucana de Letras (APL), localizada no bairro das Graças, no Recife, está realizando um minucioso processo de restauração de suas pinturas murais do século 19. As obras, de autoria do pintor francês Eugène Lassailly, decoravam a antiga sala de jantar do casarão e retratam cenas de paisagens, naturezas mortas e atividades cotidianas da época, como caça e pesca. Encomendadas pelo comerciante português João José Rodrigues Mendes, as pinturas datam da década de 1860 e fazem parte da história cultural da cidade. As intervenções no local ao longo dos anos, incluindo uma na década de 1970, resultaram em danos significativos nas obras. Entre os problemas estavam infiltrações, rachaduras, abrasão e descolamento da camada pictórica. "Houve uma intervenção na década de 1970, mas infiltrações provocaram a degradação das pinturas. As paredes que não sofreram tanto com infiltrações nos deram a referência para restaurar todas as pinturas da sala, como elas eram originalmente", explica a restauradora Suzana Omena, fiscal do projeto. O trabalho de restauração, coordenado pela produtora Arkhé Cultural com o apoio do Funcultura, exige uma atenção detalhada na remoção das camadas de tinta que cobriam as pinturas originais. "É um trabalho minucioso, praticamente um processo cirúrgico. Você tem que remover camada por camada das tintas colocadas por cima das pinturas, mas preservar o que está por trás, que nem sempre a gente sabe como está", conta Walas Fidélis, coordenador da equipe de restauro. O projeto visa não apenas a preservação das obras, mas também o resgate da história do casarão e sua importância cultural para o Recife. A primeira fase da restauração está prevista para ser concluída até o fim de janeiro, quando a Sala dos Acadêmicos será reaberta ao público, permitindo que todos possam apreciar a riqueza histórica e artística do imóvel.

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