Arquivos Cultura E História - Página 124 De 372 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Homem da Meia-Noite fará sessões de fotos exclusivas e abertas ao público

Calunga estará no Shopping Patteo Olinda no dia 06 de março e em sua sede no dia 12 de março, recebendo seus admiradores e trajando a roupa oficial dos seus 90 anos O Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite, que homenageia a figura máxima do Carnaval de Olinda, está preparando uma surpresa para os amantes do Calunga. No domingo, dia 06 de março, o Homem da Meia-Noite estará na loja, localizada no piso L2 do Shopping Patteo Olinda, vestindo, exclusivamente neste dia, a roupa oficial dos seus 90 anos, para uma sessão de fotos especial e gratuita com os visitantes, das 12h às 21h. Já entre os dias 07 e 11 de março, o Gigante ficará em exposição no Patteo Olinda, junto com uma coletânea das principais roupas que marcaram suas nove décadas de existência. E para marcar o encerramento da temporada do Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite no centro de compras, no dia 12 de março, aniversário de Olinda, o Calunguinha, mascote da agremiação, estará recepcionando os clientes do shopping, das 16h às 17h. “O tempo é de muita saudade, mas pensamos em uma programação especial e imperdível para os amantes do Homem da Meia-Noite. Além da visita ao nosso Espaço Afetivo no Shopping Patteo Olinda no dia 06 de março, no dia 12 de março, para comemorar o aniversário da sua cidade natal, o Calunga estará em sua casa, na Estrada do Bonsucesso, das 8h às 12h, vestindo o traje dos 90 anos, para outra sessão de fotos”, explica Luiz Adolpho, presidente da agremiação. Viva o Calunga - Criado para ser um ponto de encontros e compartilhamento de memórias, o Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite foi inaugurado em dezembro de 2021 e teve a sua segunda etapa aberta em fevereiro de 2022. São mais de 200m² de loja projetados pela arquiteta pernambucana Cacau Araújo e com produção cultural e curadoria de Rafaela Mendes (Rafa Q Faz), tendo como parceiros grandes marcas como Sanvidro, Fino Toque e Decortudo. A Grife do Calunga está presente no local, com espaço para vendas da camisa exclusiva que celebra o nonagésimo aniversário do Homem da Meia-Noite. E para fomentar a economia local, 20 marcas criativas e artesanais expõem seus projetos na loja, desenvolvidos em coleções especiais em homenagem ao Gigante. Nas prateleiras, podem ser encontrados itens de moda casa, decoração, artes plásticas, acessórios e muito mais. O Espaço Afetivo funciona de acordo com o horário do centro de compras, de segunda a sábado, das 09h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h, com entrada gratuita. A programação de atrações culturais realizadas no local pode ser conferida pelo perfil @grifedocalunga no Instagram.

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Tereza Costa Rêgo: 4 motivos para ir à exposição no Museu do Estado

Tereza Costa Rêgo nos deu inúmeros motivos para admirá-la diante de suas várias facetas, enquanto mulher, pintora, artista plástica.Trago, aqui, quatro de suas versões que permaneceram ressoando em mim depois de visitar a exposição Viva Tereza, Tereza Viva no Museu do Estado. A mostra, com curadoria de Marcus Lontra e Bruno Albertim, fica aberta até 27 de março. Tereza, a Guernica pernambucana A trilha sonora e a iluminação da exposição dão o tom dos quadros: viver e contar é para os fortes.A artista foi testemunha da ditadura brasileira, da chilena, da tensão de 1968 na Europa, foi exilada, precisou mudar de nome…A sua obra, logo, é atravessada por fatos históricos e a cor vermelha, sempre presente, fala da força, do sangue e da revolução. Na sala principal, está um dos seus mais impressionantes trabalhos: Tejucupapo. O painel, com seus incríveis oito metros de largura, representa a Batalha de Tejucupapo, quando um grupo de mulheres teria defendido a vila do ataque holandês no século 17.É a própria Guernica pernambucana, com mulheres ganhando a dimensão que lhes cabe: à frente da trincheira e da própria narrativa."Se a batalha aconteceu ou não, menos importa. Importa ter ficado o mito. Há anos, precisava vomitar essa história", escreve. Tereza, a despida Ao lado das histórias do mundo, está a sua autobiografia contada na ponta do pincel. Tereza foi filha da aristocracia pernambucana, criada para servir ao papel da sinhá.No entanto, para o bem da arte brasileira, rompeu com as regras. Boa parte disso está nos nus femininos: Tereza queria se desnudar para encontrar novas vestes.A exposição conta o seu despertar para um mundo artístico que já lhe aguardava, sedento pelo seu talento. Tereza, a incansável passarinha Ela é a pura demonstração da força que há sobre quem descobre sua missão na terra. Se é possível entender ao imaginá-la, aos quase 90 anos, pintando o grandioso Tejucupapo, é também possível captar a força de uma paixão pelas falas expostas: “Há dias em que pinto até a exaustão e vou dormir para recuperar as forças", diz. Ela também alerta aos admiradores: "Eu sou o voo, nunca o ninho." Tereza, a mulher e sua pintura Também está ali "A partida", no qual Tereza chora a morte do seu grande amor, Diógenes de Arruda Sampaio. O dirigente comunista morreu quando o casal voltava ao Brasil após o exílio.Para a artista, esse foi o momento no qual resolvia que abandonaria todos os outros postos para casar-se de vez com a tinta. Diante da maior dor, escolheu renascer. A pintura, então, se tornaria sua vida inteira e não mais apenas a sua paixão. "Ali, com ele morto diante de mim, enxuguei as lágrimas e resolvi. Chega. Chega de ser a filha do engenho, a bisneta do Conde da Boa Vista, a ex-esposa do juiz, a mulher do líder político. Ali, eu decidi. Seria apenas eu, uma mulher e sua pintura.” Tempos difíceis demandam inspiração. Faz bem beber do vermelho pernambucano, potente e destemido de Tereza para dar voz às nossas próprias forças internas e avassaladoras.Tereza é quem pergunta: quais vôos você ainda tem para voar?

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Bumba meu boi

Pernambuco Antigamente: 8 fotos para visitar o Carnaval do Recife nos anos 60

O passeio no passado do Recife de hoje é guiado pelas lentes da antropóloga norte-americana Katarina Real, disponíveis na Villa Digital, da Fundaj. Ela registrou fotografias dos festejos nos subúrbios e bairros centrais do Recife por três décadas. A seleção de imagens de hoje é dos blocos, troças e foliões dos anos 60. Morcegos de uma troça carnavalesca (1965) . Pajé, guerreiros e estandarte da Tribo de índio Papo Amarelo (1965) . Maracatu Nação Elefante (1961) . Troça a Hora é Essa (1963) . Troça Carnavalesca Mista Amante das Flores (1961) . Grupo Fantasiado de Alma (1961) . Cônsul da França Marcel Morin, acompanhando o Bloco Inocentes do Rosarinho (1966) . Bumba-meu-boi (1961) . Turma de foliões com Cobra Coral de Santo Amaro (1961) . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

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Alexandre Santos publica "O sonho de Clara"

A obra “O sonho de Clara”, escrita pelo recifense Alexandre Santos, se passa em um Brasil fictício no século 21 e narra os acontecimentos no país durante a reestruturação social após a queda de um regime estabelecido por golpe político, com todos os sonhos e esperanças dos personagens para o novo momento. O livro foi lançado na última Bienal de Pernambuco, em 2021, e está disponível na Amazon por R$ 8,73 e no sistema de assinaturas da plataforma, Kindle Unlimited. Alexandre Santos coloca logo no início de seu livro a seguinte frase “a ficção serve para tudo, inclusive para descrever sonhos e esperança”, e, segundo o autor, é exatamente isso que a obra promove: esperança. Em meio a tempos difíceis no mundo todo, e em um ano de eleição, “O sonho de Clara” vem como um espaço para os leitores mais engajados encontrarem personagens idealistas e sonhadores. A obra acontece após uma outra série de livros do autor, intitulada "Baltimore'', na qual o golpe é narrado, mas “O sonho de Clara” pode ser lido separadamente. Os interessados podem ver mais sobre o livro no site da Amazon. Sinopse do livro: O Brasil dos nossos sonhos. Escrito na perspectiva de Rafael Hitlodeu, quando descreveu 'Utopia', de Thomas More, 'O sonho de Clara' é contextualizado no cenário possibilitado pela destituição das forças golpistas, retomada da normalidade política e crescimento econômico impulsionado pela Solieska. Podendo sempre recorrer às alegorias e, em último caso, lançar mão da liberdade poética salvadora, a ficção serve para tudo, inclusive para descrever sonhos e esperança, como fizeram Platão, em 'A República', Tommaso Canpanella, em 'A Cidade do Sol', B. F. Skinner, em 'Walden 2', e Thomas Morus, em 'Utopia'.

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Instituto Robinson Cavalcanti lança livro nos 10 anos da morte do Bispo Anglicano

A vida e obra do Bispo anglicano, Robinson Cavalcanti, morto em fevereiro de 2012, serão homenageadas em livro escrito por 25 autores, dentre eles seis mulheres. A obra é dividida em três partes: Acadêmicos, que ressalta as contribuições de Robinson Cavalcanti nos estudos teológicos e sociais; Testemunhos, que contam experiências de pessoas que conviveram com o Bispo e a sua esposa, Miriam Cavalcanti; e Ensaios e Resenha, que são opiniões sobre pontos de vistas do Bispo. O livro será lançado no dia 26 de fevereiro, data da morte do anglicano e de sua esposa, às 16h, na sede do Instituto Robinson Cavalcanti (IRC), que fica na Rua Camboim, 70, Boa Viagem, Recife. O grupo de 25 articulistas é formado por pessoas que estudam as obras ou foram contemporâneos de Dom Robinson. Cada autor abordou a obra do Bispo, dentro da sua especialidade. A partir da compra do livro, o leitor também ajudará na manutenção do Instituto Robinson Cavalcanti, que possui a biblioteca pessoal e os arquivos da vida eclesiástica do autor anglicano. São cerca de 2.500 livros e arquivos de imagem. O IRC também é um local de reflexão, pesquisa e auxílio na formação de novos líderes Em memória aos dez anos de falecimento do Bispo anglicano, Dom Robinson Cavalcanti, e sua esposa Miriam Cavalcanti, a Assembleia Legislativa de Pernambuco instituiu o Dia Estadual de Luta e Conscientização da Violência contra os Pais e Mães, que será comemorado pela primeira vez em 26 de fevereiro deste ano. O projeto que originou esta lei foi de autoria da deputada estadual Teresa Leitão. SERVIÇO Lançamento do Livro sobre Dom Robinson Cavalcanti Quando: Dia 26 de fevereiro, às 16h Onde: Instituto Robinson Cavalcanti (IRC), que fica na Rua Camboim, 70, Boa Viagem, Recife-PE, e pelo Canal do Instituto Robinson Cavalcanti no Youtube.  

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Literatura: a ausência como protagonista na obra de Ney Anderson

O livro de contos "O Espetáculo da Ausência" é a primeira obra publicada pelo escritor e jornalista Ney Anderson. O leitor que trilhar pelas histórias e diálogos das suas ficcções irá inevitavelmente se identificar com perdas e despedidas que se tornaram mais comuns nos nossos dias de pandemia. Curiosamente, os textos foram escritos antes da chegada do novo coronavírus no País. Os contos são potentes e de fácil leitura, que envolvem emoção, curiosidade sobre a vida dos seus personagens e surpresas que são deixadas pelo caminho - quase que sem querer - e que ressignificam as páginas anteriores. O enredo que navega pelo campo psicológico, comum nas obras de Raimundo Carrero, é uma das marcas das histórias criadas pelo jornalista. As referências à vida e obra do escritor Raimundo Carrero, aliás, estão distribuídas em vários dos seus escritos, em lugares e detalhes que incorporam os universos dos personagens. A reverência à capital pernambucana é uma marca que nos leva à retornar há alguns anos ou décadas da memória dessa cidade que foi se perdendo com o crescimento econômico acelerado. Mais que localizar os seus personagens e narrativas nas ruas do Recife, o livro traz à memória diversos fatos que foram destaque nos jornais locais e que causaram comoção na cidade. Os contos, no entanto, trazem releituras dessas notícias, com ironias e uma forte crítica social. A dor e todas as emoções que temperam os momentos mais marcantes das ausências pelas quais vivenciamos estão presentes nos contos. As vezes a ponto de tirar o fôlego e exigir ao leitor uma pausa, antes de seguir para as outras ausências que virão pela frente. A obra de estreia de Ney Anderson, que é o criador do blog Angústia Criadora, deixa uma excelente impressão e a expectativa sobre os próximos textos do escritor, que bebe das referências de grandes nomes da rica literatura pernambucana, mas tem olhares e características da sua uma caminhada pessoal, de alguns anos da crítica, das oficinas literárias e da sua vivência como jornalista. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

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Museu da Cidade celebra a memória do Carnaval em exposição de fotos histórica

O Museu do Recife promove uma exposição de registros fotográficos históricos que evoca os carnavais saudosos, com a possibilidade de os visitantes levarem para casa parte do acervo do equipamento cultural, mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Para evocar a festa que nunca silencia no imaginário e no afeto recifenses, o Museu está expondo 33 imagens históricas, capturadas entre as décadas de 40 e 60, pelos fotógrafos Alexandre Berzin, Romildo Carvalho, Severino Fragoso, Mário de Carvalho, Antônio Tenório e José Césio Regueira Costa. As fotos devolvem, simbolicamente, passistas de frevo, ursos, rainhas de maracatu, Rei Momo, caboclinhos, palhaços, baianas e marinheiros às ruas cheias de saudade do Recife. Todas elas estão à venda para quem quiser levar o Carnaval para casa, em cópias impressas com três opções de tamanho: A4 (21X29.7cm), por R$ 40; A3 (29.7X42cm), por R$ 60; e A2 (42X59cm), por R$ 80. A exposição integra a programação do projeto “Leve história para casa", de compartilhamento e difusão do acervo do museu, e fica em cartaz até o próximo dia 2 de março, de terça a sábado, das 10h às 16h. Todas as fotografias trazem em seu verso o nome do autor, ano da foto, local, e a numeração correspondente negativo (original) que faz parte do acervo, além de um agradecimento especial pelo apoio às atividades do Museu. O Museu da Cidade fica no Forte das Cinco Pontas, no Bairro de São José. Informações: (81) 3355-3108.

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Projeto da Arte Maior Galeria mantém viva a história de artistas pernambucanos

O mercado de arte vive um momento de renovação e readaptação aos novos tempos. Com o propósito de manter em evidência a obra e a história dos artistas pernambucanos, o marchand Sérgio Oliveira, fundador da Arte Maior Galeria, criou o projeto “Arte Imortal de Pernambuco e seus artistas plásticos”. A iniciativa terá sua primeira exposição no dia 8 de março, a partir das 15 horas, por meio híbrido, sendo possível aos amantes das artes ver as obras na galeria ou pelo site www.artemaior.com.br. Até mesmo as aquisições podem ser feitas de modo online. Nessa primeira exposição do projeto os artistas imortais escolhidos foram Bajado, Wellington Virgulino e Lula Cardoso Ayres. “Definimos o conceito de arte imortal neste projeto como aquele tipo de arte criada por artistas plásticos geniais que superam a sua própria existência. O artista não produz mais, mas sua arte fica”, explicou Sérgio Oliveira, marchand. Para o idealizador, esses primeiros artistas a darem o pontapé do projeto influenciaram gerações durante o seu período de criação e irão permanecer assim durante muito tempo. “Escolhemos artistas pernambucanos porque certamente contribuíram de forma relevante para a cultura pernambucana e nacional”, acrescentou o marchand. Inovação e tecnologia Assim como em diversos segmentos, a arte acompanhou a evolução dos tempos e se modernizou e trouxe mais tecnologias no processo de formatos e técnicas. Para o projeto “Arte Imortal de Pernambuco e seus artistas plásticos”, todas as obras a serem apresentadas foram adaptadas a pequenos formatos a partir da técnica de Giclée, considerada o que há de mais sofisticado em termos de impressão para artes gráficas. Todas as telas são numeradas e autenticadas com selo da Arte Maior, nas dimensões aproximadas de 20x30cm e código de autorização por parte dos herdeiros e familiares. "Todos os quadros foram devidamente autorizados pelos herdeiros desses artistas maravilhosos. São quadros que vão durar a vida inteira, por meio de uma técnica que utiliza tecnologia de ponta. Esse projeto será, sem dúvida, um embrião de um grande projeto”, afirma Oliveira. Artistas participantes Euclides Francisco Amâncio, conhecido popularmente como Bajado, nasceu no dia 9 de dezembro de 1912 em Maraial, Zona da Mata de Pernambuco. Sua arte é reconhecidamente um dos maiores exemplares de artistas que traduziram a arte popular brasileira, com suas cores e ingenuidade, por meio da cultura, personagens populares, festas como o Carnaval. Bajado se despediu deste mundo em novembro de 1996 e deixou uma herança incalculável para a arte pernambucana: a imortalidade de suas obras. Lula Cardoso Ayres nasceu no Recife em setembro de 1910 a já aos 12 anos de idade encontrou seu espaço no mundo da arte. Tinha uma personalidade multiartística e percorreu diferentes técnicas como pintura, cenografia, ilustração, gravuras e até fotografia, sempre permeando do figurativo ao abstracionismo. Lula faleceu em 1987, mas após sua partida a família fundou o Instituto Cultural Lula Cardoso Ayres, onde se concentra um acervo com mais de 300 obras. Wellington Virgulino nasceu no Recife, em 1929 e, desde sua infância, se reconheceu como artista. Autodidata, desenhista e escultor, Virgulino discorreu por alguns vieses artísticos, mas sua ascensão se deu mesmo na pintura. Foi um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR, 1950). Sua arte é reconhecida por meio de obras líricas, de traços e cores intensas.

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Cepe lança seu primeiro livro infantil do ano

Da Cepe Quando um gato preto some com uma girafa amarela e de bolinhas marrons, a aventura começa em Rafa, o piloto de girafa, do escritor paulista Henrique Vale. Pense numa confusão! A história tão boa de ler e de contar é o primeiro lançamento infantil da Cepe este ano, e traz ilustrações da pernambucana Renata Lourenço. Dos seis livros de Henrique Vale, este é o terceiro publicado pela Cepe. Nele o autor consegue abordar temas como bullying, amizade e coragem, com uma trama inteligente, dedicada a crianças na faixa de 3 a 6 anos. O curioso processo criativo do autor passa pela poesia como linguagem base para a construção do texto. “Sempre gostei de poesia e tento escrever histórias primeiro em forma de poema (claro que quase nunca consigo), mas acho que é a forma mais simplificada de reunir ideias”, conta. As peripécias de Rafa e sua girafa estão contextualizadas a partir do universo encantado do circo e toda sua riqueza de personagens como trapezistas, mágicos, palhaços e domadores. A ilustradora explorou bem o tema em todos os detalhes, misturando técnicas em meio a uma paleta de cores que mantém o ritmo visual. “Procurei compor as páginas duplas de forma que tragam ritmo à narrativa e acompanhem a aventura de Rafa”, enfatiza. Formada em economia pela Universidade Católica de Pernambuco a ilustradora chegou a trabalhar numa empresa de auditoria e consultoria, por 4 anos, na cidade do Porto, em Portugal. Quando voltou ao Brasil entrou em gestão cultural, mas a paixão pelas imagens e pela literatura infantil a conduziu no caminho das ilustrações, que a fascinavam desde criança. SERVIÇO Preços: livro impresso R$ 25,00; e-book R$ 10,00

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Centenário da Semana de Arte Moderna é celebrado pela Fundaj

Da Fundaj Há 100 anos, um encontro de vozes das artes brasileiras se reunia no Theatro Municipal de São Paulo para uma série de exposições, trocas e diálogos que ecoaram por décadas à frente e mudaram os rumos da cultura e da formação da identidade nacional. A Semana de Arte Moderna de 1922 acabou sendo mais que uma reunião de obras e nomes como Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, Di Cavalcanti e o pernambucano Vicente do Rego Monteiro. Celebrando o centenário, a Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), traz ações que reverberam a força e os desdobramentos da Semana de 22, como debate, aula-concerto e exposição. “A gente celebra a Semana de 22 levando em consideração tanto o evento em si, no qual tivemos um pernambucano que hoje dá nome a um espaço da Fundação, que é Vicente do Rego Monteiro, mas também pensando na Semana como uma metáfora, que sintetiza todo um processo histórico que permite a modernização do país e também que o Brasil possa se descobrir”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. A primeira ação será um debate sobre a exposição que acontecerá em junho, batizada de “Um Pernambucano na Semana de 22: Vicente do Rego Monteiro", a partir de uma conversa com o mesmo título entre os pesquisadores da Fundação Moacir dos Anjos e Rodrigo Cantarelli. Sobre os participantes da Semana de 22, o diretor da Dimeca, Mario Helio, explana que esses formaram um grupo síntese do que estava acontecendo em vários lugares do país em relação ao seu amadurecimento. O próprio regionalismo de Gilberto Freyre, aponta, é uma faceta do modernismo nessa ruptura em busca desses caminhos de identidade. “E a Fundaj é um órgão de identidade e patrimônio, algo que também ganha valorização com o modernismo, em especial, com Mário de Andrade. A Fundação é um desdobramento desse movimento modernista, colocando a questão do ser brasileiro como ponto de partida e chegada”, evidencia o diretor. Curador da mostra que será instalada na Sala Vicente do Rego Monteiro, no campus Derby da Fundaj, Rodrigo Cantarelli comenta que o artista pernambucano que dá nome à galeria foi um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX. Além de ter sido, talvez, o primeiro a olhar para o Brasil num momento em que os outros modernos ainda tinham os olhos muito na Europa. “Embora, em 22, ele estivesse em Paris e não tenha estado presencialmente na Semana, tendo participado com algumas obras, Vicente já vinha desenvolvendo uma linguagem moderna nas artes buscando representar o Brasil que se consolida naquele momento”, destaca Cantarelli. Na exposição, adianta, será mostrada um pouco dessa trajetória de Vicente do Rego Monteiro. O debate que antecede a mostra será veiculado hoje (dia 17), às 17h, no canal do YouTube da Fundaj. Trará, além de tópicos sobre a exposição, reflexões sobre o legado do artista, que mesmo sem estar presente no Theatro Municipal naquele 1922, teve suas oito obras exibidas no evento, alcançando ainda mais notoriedade e influência nas artes brasileiras. Moacir dos Anjos ressalta que é importante discutir a obra de Vicente do Rego Monteiro nesse contexto em função da originalidade de sua pesquisa artística, que efetivamente buscava articular elementos de uma cultura moderna européia e hegemônica e elementos somente encontráveis no Brasil. E não somente teorizar sobre o assunto. “Dessa maneira, é possível pensar na obra de VRM como a elaboração de um modernismo com sotaque brasileiro, com acento em modos de fazer não encontráveis em outros cantos, ainda que alicerçada no seu conhecimento da arte moderna europeia”, completa o pesquisador. No dia seguinte ao debate pelo canal da Fundaj no YouTube, o Cinema da Fundação/Museu, no auditório Benício Dias, receberá, às 15h, o concerto do grupo pernambucano Quarteto Encore. O grupo musical apresentará um repertório voltado à obra de Heitor Villa-Lobos, principal nome da música abraçada pela Semana de 22, e as influências que seu legado deixou. Serão apresentadas músicas como "Movimentos de Quarteto Nº 1", "Trenzinho do Caipira" e "Melodia Sentimental", de Villa-Lobos; ao lado de "Movimentos da Pequena Suíte Brasileira", de Dierson Torres; e "Movimentos A-Temporais", de Ivanubis Hollanda. “Homenageamos Villa-Lobos que, dos nacionalistas, é a nossa principal referência, assim como também é para outros compositores, que traremos no concerto. Ao fazer essa homenagem, demonstramos na prática como Villa-Lobos foi uma fonte de inspiração para tantos nomes a partir de seu legado, em especial em Pernambuco e no Nordeste”, explica Carlos Santos, diretor musical do Quarteto Encore. Desde a formação, em 2009, o grupo musical realiza aula-concerto com a finalidade de mostrar às novas gerações a história por meio da música. Esta apresentação no Cinema da Fundação/Museu será para 100 pessoas, sendo 50 professores e alunos da rede pública convidados. Os outros 50 convites são para o público em geral e podem ser retirados na bilheteria até 20 minutos antes da aula-concerto.

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