Arquivos Cultura E História - Página 127 De 378 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

a barqueira capibaribe

Existe uma barqueira no Capibaribe

* Paulo Caldas “Hen, hen! que pena, tão bonitinho e vai ser padre”. Frases assim, lidas neste “A barqueira do Capibaribe”, flutuam pela atmosfera de um Recife ora bucólico, no desfrutar da águas do Beberibe, nas alegrias de sabores e cheiros vividos nos quintais, nas idas e vindas em bondes sonolentos, ora cidade cativa das nuvens de neon e das teias de chaminés, armas desse monstro chamado progresso, a destruir no Burgo Maurício as criaturas encantadas, os casarões assombrados das paredes que falam, os becos esquisitos nascidos dos santos bairros ilhados. Enfim, coisas vivenciadas pelos cinco sentidos de Renato, menino-rapaz, bento e irreverente, e mais tarde pelo viajado homem Gilvando Rios, herdeiro cioso de incontáveis lembranças aqui resgatadas dos escaninhos da memória. “A barqueira do Capibaribe reúne crônicas e contos gentis, nascidos da verve admirável do autor, tem o projeto interior assinado por Bel Caldas, a capa de Ricardo Rios Falcão Lacerda e produção editorial da Fac Form Gráfica. Os exemplares podem ser adquiridos nas Livrarias Imperatriz do Shopping Recife e Ideia Fixa, na Praça do Parnamirim. *Paulo Caldas é escritor

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FILIG 2022 literatura

6ª edição do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns começa nesta sexta-feira

Com o tema “Muito Além das Fadas, o FLIG terá bate-papos, oficinas, exposição, seminário e apresentação cultural a partir do dia 1º de abril Começa nesta sexta-feira (1º/04) a culminância da 6ª edição do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns (FILIG). Até o domingo (03/04), o público poderá participar de apresentações culturais, ações formativas e conversas com autores, escritores e ilustradores convidados para falar sobre “Muito Além das Fadas”, tema deste ano, e os contos maravilhoso. “Foi uma realização diferente neste ano, com formato adaptado à nova realidade, mas que conseguiu cumprir mais um pouco de seu objetivo, que é transformar Garanhuns em uma cidade leitora”, comenta Pietra Costa, diretora da Ferreira Costa, empresa idealizadora do FILIG junto com a Proa Cultural. Nesta sexta edição, o Festival já realizou em março caravanas de leituras em escolas do município e seminários com escritoras. Foram mais de 1,4 mil pessoas impactadas com as iniciativas. Os três dias de culminância contarão com espetáculo teatral, quatro Bate-papos e três Ateliês de Criação. Na sexta-feira (1º), no CPC Sesc, as atividades presenciais começam com o espetáculo “Mundo – Em Busca do Coração da Terra”, da Tropa do Balacobaco, grupo teatral de Arcoverde, às 10h30. A partir das 13h30, será realizado o terceiro Seminário FILIG de Leituras, com a autora Heloísa Prieto (SP) falando sobre “O Tempo da Voz”. Em seguida, às 16h45, Marcilene Pereira media bate-papo com os autores pernambucanos Erica Montenegro e Thiago Corrêa Ramos, este de Garanhuns. Ainda no CPC, o público pode conferir a 3ª edição da ILUSTRImagem, com o tema “Lobo, mau?”. A exposição reúne oito ilustrações de artistas brasileiros. O espetáculo e o bate-papo terão transmissão ao vivo pelo site do festival (http://filigfestival.com). No sábado (2), apenas em formato virtual, o FILIG terá dois Bate-papos com Autores: às 8h15, com Marina Colasanti (RJ) e Rosangela Lima (PE) e mediação de Monaliza Rios; e às 10h30, com Roger Mello (RJ) e Ágatha Kretli (PT), mediado por Carolina Mafra de Sá. Às 14h30, o ilustrador Nelson Cruz (MG) realiza o Ateliê de Criação: “Diante do Livro Ilustrado”. No domingo (3), às 8h15, tem Aline Abreu (SP) e o Ateliê de Criação “Desconstruindo Chapeuzinho”; às 10h30, “Princesas, príncipes e fadas: ainda existe lugar para essas personagens nos dias de hoje?”, é o tema do Ateliê de Criação de Gislayne Avelar Matos (MG). Às 14h30, a escritora indiana Rina Singh é a convidada do Bate-papo com Autora com mediação de Carolina Mafra de Sá. “Estamos muito felizes com o que estamos percebendo de apropriação das pessoas da cidade pelo projeto e a importância dele para o calendário literário e para a formação de leitores, de todas as idades”, avalia Camila Bandeira, diretora da Proa Cultural. Todas as atividades são gratuitas e as inscrições, limitadas, podem ser realizadas no www.filigfestival.com. Durante o preenchimento, é possível escolher e marcar as atividades de interesse.

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jurema

Jurema! Magia popular presente entre nós

No restaurante Sabores Ibéricos, do português Jaime Alves, fui apresentado à jornalista Luciana Araújo, da revista de variedades Jurema, ela própria juremeira, que me fez lembrar dos meus tempos de pesquisador no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa), onde encontrei notícia dessa seita popular que cultua elementos das matas, reino dos caboclos (espíritos de ancestrais indígenas brasileiros) do Século 18. Segundo se depreende do processo nº 6238, do Cartório da Inquisição, o capitão-mor dos índios da povoação de São Miguel dos Barreiros (Pernambuco), Francisco Pessoa, é acusado da prática de feitiçaria pela utilização da jurema nos rituais de pajelança. Em carta, datada de 15 de janeiro de 1782, o vigário de Sirinhaém, padre Antônio Teixeira Lima, narra à Mesa do Santo Ofício, que o dito capitão-mor é dado à prática de feitiçaria, com utilização da raiz de jurema nos seus rituais de pajelança: “No lugar chamado Camaleão costumavam se reunir o capitão- -mor dos índios, e outros índios, filhos e parentes, soldados da povoação de São Miguel dos Barreiros” para prática de feitiçaria. Todas as noites “cozinhavam uma imagem de Cristo em água de raiz de jurema” e, depois que bebiam daquela infusão, punham a imagem no chão e começavam a saltar e dançar ao seu redor. Terminada a cerimônia tal imagem era enrolada em “folhas de pacavira” (bananeira) e permanecia no fumeiro da casa do dito capitão-mor. No mesmo processo são denunciados os filhos do capitão-mor, Pascoal, Manuel e Domingos Pessoa, os alferes Antônio Bezerra e Manuel João, todos índios, moradores nas matas do Sítio Camaleão, distante dez léguas da povoação dos Barreiros. Acrescenta a testemunha Pedro Roca Barreto que “as pessoas bebem muita jurema e que depois de beberem caem como mortos e os que não têm bebido são os que fazem as danças e cantigas”. O fato foi denunciado ao governador de Pernambuco, José César de Menezes, por carta datada de 28 de novembro de 1782, na qual se pedia a prisão dos implicados; o que nunca veio a ser consumado. Hoje, longe das perseguições do passado, esse culto encontra- -se presente em grande parte da população; a feitiçaria da jurema combina elementos da magia branca europeia com elementos negros, ameríndios e cristãos; liderado por um mestre que defuma os assistentes com seu cachimbo, é a quem se recorre para resolver problemas diversos. No Carnaval, particularmente em nossos caboclinhos, a presença do culto indígena é mais frequente. O misticismo, combinado com o medo do desconhecido, está presente no inconsciente coletivo dos que fazem a grande festa e têm na pajelança a religião dos seus antepassados. Uma boa parte dos que integram as agremiações carnavalescas são seguidores do candomblé e da umbanda, havendo outros que cultuam a linha da jurema; o catimbó como é popularmente conhecida, em que os “senhores mestres” e os caboclos são invocados com a utilização de “pequenos apitos, do maracá, da jurema e do cachimbo”.

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manguebeat musica

Fundaj e Porto Digital celebram memória do manguebeat com documentário inédito

Manguebit, de Jura Capela, será exibido na próxima quinta-feira (31), no Cinema do Porto Ainda inédito no circuito, o documentário Manguebit, que gira em torno do célebre movimento cultural que mudou a paisagem musical do Brasil nos 1990, ganha uma pré-estreia exclusiva no coração da cidade que lançou suas principais figuras. Na próxima quinta-feira (31), o longa, dirigido por Jura Capela, será exibido no Cinema do Porto, em uma parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Porto Digital. A ação vem para celebrar tanto o movimento quanto a memória de Chico Science, que completaria 56 anos neste mês. Após a sessão, marcada para 18h40, um grande time de importantes nomes do manguebeat se reunirá para um bate-papo no cinema. A conversa contará com Fred Zero Quatro, fundador da Mundo Livre S/A e autor do manifesto “Caranguejos com Cérebro”, texto considerado um dos pontos de partida do mangue beat; Dengue, baixista da Nação Zumbi; Paulo André Pires, produtor do Abril Pro Rock e empresário da Chico Science e Nação Zumbi nos anos 90; e a jornalista Débora Nascimento, que cobriu a cena cultural pernambucana na efervescência do mangue. O filme reconstrói o que foi o manguebeat a partir de conversas de figuras emblemáticas do período, que ajudaram a recolocar Pernambuco como grande polo de reinvenção musical do país. O documentário ainda reverbera a influência do movimento na geração de artistas que vieram depois e que tiveram o gênero musical como influência nos seus trabalhos. A exibição faz parte de uma série de iniciativas de celebração do movimento que a Fundaj vem realizando e também reforça a parceria com o Porto Digital na promoção de eventos conjuntos. No último Carnaval, por exemplo, Chico Science foi escolhido como homenageado da instituição. No mesmo mês, o programa Sonora Coletiva, do multiHlab, trouxe Fred Zero Quatro para uma conversa sobre os 30 anos da cena mangue. ServiçoExibição do documentário Manguebit e bate-papoDia 31/03, a partir das 18h40Cinema do Porto – Cais do Apolo 222, 16º andar, Bairro do RecifeIngressos antecipados pelo Sympla: R$ 10 (inteira) R$ 5 (meia)

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nelida pinon

Escritora Nélida Piñon realiza palestra sobre cultura ibero-americana a convite da Fundaj

A premiada autora conversa sobre suas vivências culturais nos países ibero-americanos a partir de suas origens brasileiras e espanholas. Será dia 30, às 17, pelo YouTube da Fundaj (Da Fundaj) Para além de relações comerciais e políticas, as trocas culturais na chamada Ibero-América, que compreende todos os países do continente falantes do espanhol e do português, sempre foram intensas durante os séculos. Para celebrar esses longevos intercâmbios, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) trará Nélida Piñon, escritora e professora hispano-brasileira integrante da Academia Brasileira de Letras, para ministrar a palestra “Nossas Américas”. Realizada no próximo dia 30, às 17h, a conversa será exibida no canal do YouTube da Fundaj. Proporcionará um mergulho da escritora nas vivências culturais dos países hispânicos e lusófonos da América desde suas civilizações antigas ao fazer literário atual. “Nélida Piñon é uma de nossas escritoras mais celebradas e premiadas, tanto no Brasil, como no mundo hispânico. Como seu sobrenome indica, ela tem sua origem espanhola, ao mesmo tempo em que é brasileira. Ao propormos pensar o mundo ibero-americano, é impossível deixar ela de lado nessa discussão”, destaca o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos. Segundo o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, a escritora trará uma conversa informal não só sobre sua obra, mas um registro memorialístico completo sobre suas vivências dessa Iberoamérica. “Sua palestra vem em um momento que a Fundaj celebra essas conexões, em especial com o lançamento do livro “Iberotropicalismo- A Hispanidade, os Orientes e Ocidentes na obra de Gilberto Freyre” e de nossa exposição com documentos da Universidade de Coimbra”, relata. As origens hispânicas de Nélida vêm da região da Galícia, terra-natal de seus pais. Se formou em jornalismo pela PUC-Rio e, no ínicio dos anos 1960, começou sua celebrada carreira na literatura, com o romance “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo”. Sua trajetória é repleta de importantes prêmios, como o Jabuti, o APCA e o Príncipe das Astúrias, que já foi concedido para nomes como Amos Oz, Leonard Cohen e Philip Roth. Desde 1989, é integrante da Academia Brasileira de Letras, ocupando a quinta cadeira e também, nos anos 1990, se tornando a primeira presidenta da instituição. “Desde o início da minha formação, me dei conta que o mundo era vasto, sobretudo com o que herdei da cultura brasileira e espanhola, algo que permitiu entender que eu poderia ir além delas. Desde então, sempre amei esse conceito das Américas, tanto a portuguesa, como a espanhola e passei a estudar esses horizontes, em especial, na literatura”, explica Nélida. Ela conta que achava “estranhíssimo” o brasileiro não conhecer o mundo hispano-americano. “Lembro de ter conhecido um argentino que ficou maravilhado comigo porque eu era uma das poucas brasileiras que conhecia Borges, algo que mudou quando veio o boom desses autores”, comenta, acrescentando que falará da trajetória de escritora a partir dessa relação com a América, das grandes civilizações prévias aos meus laços profissionais e de amizade com autores como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa.

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Exposicao 10 anos Acervo RecorDanca Espaco Cultural dos Correios

RecorDança lança novo site com acervo da dança pernambucana

Na quarta-feira, 30 de março, às 18h, o coletivo pernambucano Acervo RecorDança, por meio do projeto Reconectando a própria história, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020, lançará seu novo site com o acervo que inclui recortes não lineares sobre a dança pernambucana. A plataforma disponibilizará documentos, reportagens, podcasts, vídeos, entrevistas, programas, fotos, pesquisas, reflexões e informações das diferentes etapas dos 18 anos do acervo, no endereço: www.acervorecordanca.com. Voltado à produção de conhecimento e à preservação e difusão da memória da dança em Pernambuco, o RecorDança é conduzido por sete pesquisadoras da área: Ailce Moreira, Elis Costa, Ju Brainer, Liana Gesteira, Roberta Ramos, Taína Veríssimo e Valéria Vicente. O novo site conecta a fase inicial do coletivo, de catalogação, organização de documentos e dados históricos, com as etapas posteriores de produção de conteúdos e ações de difusão, como a realização de documentários, podcasts, exposições, publicações, seminários e mostras de videodanças. A plataforma foi desenvolvida a partir de um sistema rizomático, o qual conecta todo o conteúdo do acervo. Os materiais mais antigos, que antes eram acessados de forma isolada, serão conectados aos novos conteúdos através de hipertextos que permitem uma navegação mais fluida e intuitiva, de acordo com o caminho traçado por cada visitante. O site também poderá ser acessado por celular, democratizando os canais de comunicação, além de oferecer ferramentas de acessibilidade para pessoas com baixa visão e daltonismo, através de recursos de alto contraste e dimensão das fontes. Para as pesquisadoras, o trabalho com a memória é, entre outras coisas, uma ação de construção de consciências: de si, do seu entorno, do seu tempo histórico, do seu fazer, de toda uma rede. Ailce Moreira, Elis Costa, Ju Brainer, Liana Gesteira, Roberta Ramos, Taína Veríssimo e Valéria Vicente observam que o trabalho do Acervo RecorDança agrega tanto fazedores de dança em Pernambuco quanto as pessoas envolvidas neste processo. Elas ressaltam, ainda, que a ação marca de forma positiva e contundente a posição das danças pernambucanas no cenário estadual e nacional, com todas as suas diversidades, divergências, complexidades e polifonias. Trajetória O Acervo RecorDança iniciou suas atividades em 2003, a partir de um projeto de pesquisa e documentação. O objetivo era de catalogar, difundir e entrelaçar as mais plurais narrativas de sujeitos diversos da dança pernambucana, coexistentes em um mesmo período de tempo, ao contrário da ideia tradicional de que a história deve ser contada com base em fatos cronológicos e únicos. Na época, o lançamento do acervo mobilizou vários artistas da dança do estado, na doação de materiais e concessão de entrevistas, bem como resultou em uma maior visibilidade para a classe artística. O projeto mais recente do coletivo foi o lançamento, em março de 2021, da terceira temporada do podcast Histórias ao pé do ouvido (HPO). O tema escolhido foi Narrativas Femininas e o produto foi inteiramente construído por mulheres da dança de Pernambuco. Nessa edição, o podcast contou com um grupo de estudos constituído a partir de um chamamento público, com entrevistas e criação de cinco episódios inéditos, além de um ensaio por escrito e a doação do material criado para instituições culturais e educativas de Recife. O projeto teve incentivo do Funcultura - Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura.

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arte george

A arte de George Barbosa na Livraria Praça de Casa Forte

O artista plástico e pintor recifense George Barbosa, com mais de quatro décadas de trabalho nessa área, será o destaque do mês de abril da Livraria Praça de Casa Forte, com exposição de quadros e curso de pintura "Desenhando na Praça". O público poderá conferir durante todo mês as obras de George, com opção inclusive de aquisição.

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Capa Feira de sonhos cepe

Livro traz histórias de mestres do artesanato

Cepe lança Feira de sonhos - artesanato pernambucano, contando a história de nomes que deixam sua marca num dos maiores eventos do gênero em toda América Latina A história de 11 mestres e mestras que tiveram suas vidas transformadas pela Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) é contada no livro Feira de sonhos - Artesanato pernambucano. Na publicação há relatos de artesãos descrevendo como começaram a ter consciência da importância do próprio trabalho, a partir da exposição na Fenearte, que se consolida como a maior feira do gênero da América Latina. O lançamento da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) será realizado no próximo dia 24, às 19h, na Casa Capitão. Os textos são dos jornalistas Catarina Lucrécia Araújo e Márcio Markman, fotografia de Daniela Nader, que rasga páginas e revela a riqueza produzida por santeiros, rendeiras, mamulengueiros e mestres das mais diversas tipologias. O projeto foi apresentado por Daniela Nader aos seus parceiros da Capibaribe Conteúdo, agência de comunicação criada pelos três autores. Antes da criação da empresa, ela era a fotógrafa oficial da Fenearte. Conheceu o trabalho de mestres e mestras. Viu a transformação pela qual esses artistas passaram ao longo dos dez anos em que ela se dedicou a fazer esses registros. “São histórias realmente inspiradoras, sensíveis, que misturam superação, talento e perseverança. E uma certeza. Quando o poder público atua de forma correta, pode sim fazer acontecer. Transforma a vida das pessoas”, ressalta Catarina Lucrécia. A autora conta que ao final do ano de 2020 o grupo apresentou o projeto Feira de Sonhos ao presidente da Cepe, o jornalista Ricardo Leitão, que acolheu a ideia, adquiriu os direitos autorais do projeto através da Cepe, e assegurou as condições necessárias para viabilizar o livro. Outros volumes já começam a ser produzidos para dar continuidade ao levantamento dessas narrativas. Para visitar os artistas e conhecer um pouco mais do dia a dia deles, a equipe tem viajado por todo o Estado. Neste primeiro volume o grupo contempla os seguintes artesãos: mestra Cida Lima e mestra Neguinha, ambas do Sítio Rodrigues de Belo Jardim; mestra Marliete, do Alto do Moura, em Caruaru, considerada uma das melhores miniaturistas do mundo; mestra Odete, de Poção, uma das mais antigas representantes da renda renascença em Pernambuco; mestre Nido, de Sirinhaém, que fundou a ONG Instituto Jardim das Artes, que oferece cursos gratuitos para ensinar o ofício a jovens em situação de vulnerabilidade; o santeiro mestre Nicola, de Jaboatão dos Guararapes; mestre Benício, de Buíque, no Vale do Catimbau; mestre Neném, de Serra Talhada; mestre Miro, mamulengueiro de Carpina; mestre Joaquim, de Tracunhaém, especialista em fazer versões diferentes de São Francisco; e mestre Fida, de Garanhuns, do Sítio Cavaco, comunidade quilombola, de Garanhuns, próxima à barragem de Inhumas. De acordo com Markman a escolha dos nomes não foi fácil. Os autores procuraram contemplar a diversidade do artesanato de Pernambuco e suas várias tipologias (barro, madeira, renda, pedra, couro etc), assim como a ampla representatividade em cada uma das regiões do Estado, tais como Região Metropolitana, Agreste, Zona da Mata e Sertão. “Outra preocupação foi identificar os artesãos que de fato mudaram de vida depois da estreia no salão dos mestres da Fenearte. Além disso, nos preocupamos em garantir um equilíbrio entre o número de homens e mulheres”, diz o autor, enumerando os critérios. Lançamento do livro Feira de sonhos - Artesanato pernambucano Dia 24 de março Às 19h Endereço: Casa Capitão (Rua Capitão Lima, 124, Santo Amaro) Preço do livro impresso R$ 110,00

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Sidney Rocha

Enciclopédia Itaú Cultural: Roda de Leitura virtual debate três prosas de Sidney Rocha

No dia 23 de março (quarta-feira), o Roda de Leitura virtual, realizado pelo Itaú Cultural quinzenalmente a fim de promover a leitura compartilhada, é dedicada à prosa. São três textos do cearense Sidney Rocha, Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco por sua atuação na educação e na defesa da leitura literária nas escolas. As obras abordadas são: Matriuska, Dois Pontos e Zerocal, todas do livro Matriuska, de 2009. O encontro é mediado pela professora de literatura Renata Pimentel. Para participar, basta reservar o ingresso em https://www.sympla.com.br/evento-online/roda-de-leitura-um-dedo-de-prosa-sidney-rocha/1508094. As prosas de Sidney Rocha falam sobre relacionamentos, seus desgastes, dores e sofrimentos. Zerocal aborda a relação sexual de um casal e a falta de prazer de Camila, que não consegue chegar ao orgasmo com o marido. Matriuska, finalista do Prêmio Telecom de Literatura em 2010, hoje Prêmio Oceanos, fala sobre o encontro em que a mulher revelou todas as suas importâncias para o homem, guardadas na bolsa, inclusive a mais cara de mostrar para alguém, algo que somente algumas pessoas conhecem: uma decisão de morte. Dois Pontos é sobre o pedido de uma mulher para Deus de mais dois dias na Terra para resolver tudo o que ainda precisa tratar. Recebida a benção, ela cumpre com as promessas feitas e, em vão, pede mais um par de dias para terminar o que ainda falta. Sidney Rocha tem textos traduzidos para a Alemanha, Argentina, Colômbia, Estados Unidos e Portugal, onde recebeu o Prêmio Guerra Junqueiro, pelo conjunto de sua obra. Além de Matriuska, escreveu os contos O destino das metáforas, em 2011, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti; e Guerra de ninguém, de 2015. Com o romance infantojuvenil Sofia, conquistou o Prêmio Osman Lins, em 2014. Também, publicou a trilogia Cromane: Fernanflor (2014), A estética da indiferença (2018) e Flashes (2020), todos publicados pela Iluminuras. Roda de Leitura Tem a proposta de fruição e troca entre participantes de todo o País interessados por literatura e com diferentes experiências com o ato de ler. O ponto de partida é o acervo da Biblioteca Itaú Cultural, de onde são escolhidos textos curtos para serem trabalhados, alternando sempre os gêneros entre prosa e poesia.

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livro infantil 1

"A Observadora de Sombras" tem relançamento no Recife

Diante do clamor mundial para ficar em casa, as autoras pernambucanas Maria Anna Martins e Leticia Santiago trabalharam o lançamento do livro infantil "A Observadora de Sombras" de modo exclusivamente digital. Agora, com a vacinação infantil avançando, o evento que gostariam de ter feito desde o início finalmente se realiza: um lançamento com brincadeiras, contação de histórias e muito mais. "Estamos muito felizes em finalmente poder levar 'A Observadora de Sombras' para as crianças num evento bonito na livraria, essa é a primeira vez que contarei a história em um evento aberto no Recife", diz a autora Maria Anna. Na tarde, além de contação de histórias, haverá brincadeiras interativas . "A dinâmica com as crianças vai ser divertida e de forma lúdica elas vão complementar o que aprenderam com a história, que as sombras nos acompanham, fazem parte de nós", comenta a ilustradora Leticia Santiago. Segundo ela, as crianças poderão produzir desenhos a partir do que compreenderam do livro. "O desenho é uma forma muito legal de se expressar, principalmente na infância quando a gente não está tão preso ao conceito de beleza na arte e usa o desenho realmente como forma de expressão", ressalta a artista. "A Observadora de Sombras", publicado pela Editora Flyve, conta a história de Camila, uma menina curiosa que, com o seu caderno amarelo, busca entender as sombras e o medo do escuro. Um convite para trabalhar a observação com as crianças e se divertir. As autoras já planejam repetir a parceria em um novo livro infantil. O evento desta sexta-feira, 25, será aberto a todos e ainda contará com lanche gratuito para as crianças. A Livraria da Praça fica em frente a Praça de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Serviço: Evento de contação de história e relançamento Local: A Livraria da Praça fica em frente a Praça de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Dia e hora: dia 25, 16h30 até 17h30 Preço: gratuito. “A Observadora de Sombras”, de Maria Anna Martins e Leticia Santiago Infantil, para crianças entre 6 e 8 anos, mas pode atender tanto crianças mais novas, quanto mais velhas, dependendo do momento da criança. 30 páginas coloridas Link para a compra na editora: https://www.editoraflyve.com/product-page/a-observadora-de-sombras

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