Arquivos Cultura E História - Página 129 De 383 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Tania Alves foto de Murilo Alvesso

Tânia Alves se apresenta no projeto Seis e Meia no Parque em maio

Com abertura de Ganga Barreto e Sérgio Lima, Teatro do Parque recebe programação nodeb próximo dia 6 de maio No próximo dia 6 de maio, Tania Alves e Gangga Barreto se apresentam no palco do Teatro do Parque. O projeto tem datas até o fim de 2022 para apresentar talentos da música popular brasileira no histórico cineteatro pernambucano, recém reaberto após restauro. Depois do sucesso da dupla apresentação de Marcelo Jeneci e o duo Benza, a produção do projeto Seis e Meia, leia-se Flávio Perruci, confirma a atriz e cantora Tania e seu show “ALMA LATINA” para o palco do Parque. “Retornar com o Seis e Meia no Parque foi um alívio e uma felicidade muito grande. Tivemos duas noites emocionantes, com o público cantando junto e ocupando esse espaço cultural histórico. Estamos de volta e com datas até o fim de 2022 para muitas noites de boa música”, anuncia Perruci. O espetáculo de Tania, que viveu Filó na primeira versão da novela Pantanal, homenageia artistas ícones da música romântica como Nelson Gonçalves e Altemar Dutra ao trazer grandes sucessos do rádio com a voz e emoções típicas da artista. Como uma verdadeira diva da música romântica, a cantora e atriz promete misturar os maiores clássicos do gênero, passando de Roberto Carlos até Rita Lee, de boleros a bossa nova. Por fim, a apresentação mais que especial se encerra com toda alegria e festividade das marchinhas de carnaval, celebrando o tão especial espírito latino-brasileiro. Os clássicos “Mulata IÊIÊIÊ”, “Chiquita Bacana e “Pierrot Apaixonado” não irão faltar no imperdível repertório de Tania. A abertura da noite fica à cargo da cantora, compositora e percussionista pernambucana, Gangga Barreto, a famosa “Voz de Trovão”. Após turnê ao redor do mundo, Gangga volta ao seu estado natal para apresentar o seu show solo “O ano em que nasci” ao lado do pianista Sérgio Lima. Essa apresentação foca em grandes sucessos da música brasileira lançados no ano de 1979. Sucessos como “Tola foi você” de Angela Rôrô e “Atrás da Porta” de Elis Regina são presença certa no rico repertório da ganhadora do prêmio BBC de “Melhor Disco do Mundo”. As entradas já estão à venda no Sympla, custam R$50 (meia-entrada), R$60 (entrada social + 1kg de alimento não perecível). Todas as exigências do Governo do Estado serão seguidas: uso de máscaras, distanciamento social e apresentação do comprovante de vacinas com esquema vacinal completo. Sobre o Seis e Meia O projeto Seis e Meia no Parque fez história na cidade do Recife. Em atividade constante entre as décadas de 80 e 90, o Seis e Meia foi um importante como canal para o surgimento da nova e brilhante cena musical pernambucana, que hoje encanta o país. Foi na sua janela local que vieram a público os então desconhecidos Chico Science e a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Belchior, Edson Cordeiro, Emílio Santiago, Itamar Assunção, Paulinho Mosca, Cauby Peixoto entre outros. Teatro histórico em permanente atividade com capacidade para abrigar confortavelmente 803 pessoas, o Teatro do Parque é palco do projeto. Localizado no centro do Recife, próximo de todos os terminais de ônibus para o subúrbio, a casa é parte da memória afetiva e cultural da Cidade do Recife. Todas as edições anteriores do projeto SEIS E MEIA bateram todos os recordes de público de sua história, abrindo sessões extras de alguns shows. Cerca de 13 mil pessoas assistiram as 15 apresentações realizadas com apoio da iniciativa privada e pública. Serviço – Seis e Meia no Parque Com Tania Alves e show de abertura de Gangga Barreto Sexta-feira, 6 de maio A partir das 18h30 Onde: Teatro do Parque – R. do Hospício, 81 – Boa Vista, Recife Ingressos: R$50 (meia-entrada), R$60 (entrada social + 1kg de alimento não perecível) à venda no Sympla

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Exposicao Parteiras Um Mundo pelas Maos Foto divulgacao

Mês de maio marca o lançamento do site do Museu da Parteira, no Recife

O museu experimental conta a história do partejar tradicional, através das experiências de mulheres que atuam em suas comunidades prestando assistência a partos domiciliares O mês de maio é marcado pelo Dia das Mães, mas acolhe também outra data com forte significado afetivo, o Dia Internacional das Parteiras, comemorado em 05 de maio. Na mesma data, com o propósito de homenagear as mulheres parteiras, cujo o papel milenar é fundamental para concretizar o ato de nascer, o site oficial do Museu da Parteira será lançado. Para marcar o lançamento, será realizada uma live, às 19h, através do canal de YouTube do Museu da Parteira, com a participação de idealizadoras e parteiras que integram o museu. Além do lançamento virtual, uma ação presencial também está programada. No domingo, dia 15 de maio, a partir das 14h, o Museu da Parteira vai ocupar a Oficina Brennand, localizada no bairro da Várzea, no Recife. “A Oficina Brennand tem trabalhado com três eixos norteadores – territórios, naturezas e cosmologias. O Ocupe Oficina é uma ação no eixo das territorialidades, que visa a abertura do espaço do museu para projetos diversos. No mês de maio, comemoramos tanto o Dia Internacional da parteira (5/5) como o do Museu (18/5), daí a pertinência da ocupação pelo Museu da Parteira”, afirma Júlia Morim, antropóloga e integrante da equipe do Museu da Parteira. No encontro, que contará com a presença de parteiras de Recife, Jaboatão dos Guararapes, e Caruaru e do povo Pankararu, será exibida a série de curtas documentário “Saber de Parteira”, com seis episódios: Ser parteira, Beleza do ofício, Dom e aprendizado, Parteiras e plantas, Transmissão e continuidade e Relação com a comunidade. Também será veiculado o curta Zefinha Parteira, com direção e roteiro de Bruna Leite, Cecília da Fonte e Júlia Machado. Além disso, no evento será realizada uma roda de conversa e uma homenagem à Dona Zefinha, parteira de Caruaru, que foi reconhecida como Patrimônio Vivo do município em dezembro de 2021 e faleceu em fevereiro de 2022. A ação, que faz parte do Ocupe Oficina, é aberta ao público, com inscrições gratuitas através do Instagram da Oficina Cerâmica Francisco Brennand (https://instagram.com/oficinabrennand?igshid=YmMyMTA2M2Y=). Espaço virtual O site do Museu da Parteira, desenvolvido com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), é um espaço virtual, tal qual um centro de referência sobre o partejar tradicional, no qual é possível conhecer as ações realizadas pelo museu, bem como acessar a produção escrita e audiovisual sobre esse universo por meio da seção denominada biblioteca. Uma galeria de imagens nos mostra visualmente quem são essas mulheres, suas casas, suas comunidades, e a aba Troca de Saberes, é voltada para parteiras e aqueles que atuem junto a elas compartilhem suas experiências e pontos de vista. “Além da publicização de dados, informações e memória sobre o partejar tradicional, o site é um espaço de articulação, um modo de chegar a mais pessoas cuja atividade/trabalho/vida una as temáticas do patrimônio e do universo das parteiras tradicionais. Será, ainda, um instrumento de coleta de informações, documentação, dados sobre a temática, uma vez que abriremos espaço para que os internautas enviem material para publicação. Dessa forma, o site busca organizar em um único espaço virtual documentos, publicações, vídeos, enfim, difundir informações e promover a salvaguarda do ofício de parteira tradicional”, diz Júlia Morim, que está coordenando a implementação do site. Museu da Parteira O Museu da Parteira, caracterizado como experimental, planeja e realiza um conjunto de ações continuadas de salvaguarda, promoção e valorização dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais. Coordenado pelas Associações de Parteiras Tradicionais de Jaboatão dos Guararapes e de Caruaru, Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Grupo Curumim, o museu vem desenvolvendo ações em diversas esferas, através de exposições, publicações de livros, produção de filmes, realização de encontros e debates. “O museu nasceu do desejo de parteiras pernambucanas narrarem suas histórias por si próprias. Por meio de ações e atividades, ele existe sem muros, de forma itinerante, em um lugar de reflexão e articulação de novas ideias e parcerias”, comenta Júlia Morim. “O projeto cresce como um centro de referência sobre o partejar tradicional. O Museu da Parteira ecoa uma série de ações que vêm construindo e propagando narrativas imagéticas, expográficas, documentais e biográficas acerca desse universo das parteiras, ofício que está em processo de ser reconhecido como Patrimônio do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)”, ressalta. Por sua atuação, em 2018, o museu ganhou o Prêmio Ayrton de Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, na categoria Acervo Documental e Memória. A premiação é uma promoção da Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Nosso grande foco é entender essas mulheres como detentoras de saberes tradicionais do partejado, que são passados de geração em geração”, explica a antropóloga. Pelas mãos de Dona Prazeres Aos 80 anos, reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco, Maria dos Prazeres de Souza, apelidada carinhosamente como Dona Prazeres, é uma das criadoras e parceiras do Museu da Parteira. Já perdeu as contas de quantas crianças ajudou a nascer. Define o papel da parteira na comunidade como: “Uma liderança. Uma conselheira. Ela é advogada, também é assistente social, ela está em todas. É por isso que eu achei por bem dizer o que ela faz só em uma palavra: simbiose”. Dona Prazeres é mãe, avó e bisavó. Também é filha e neta de parteiras. A senhora articula e reúne parteiras na Associação de Parteiras Tradicionais e Hospitalares de Jaboatão dos Guararapes, da qual é presidente. Carrega outro título na sua história, o Diploma Mulher-Cidadã Berta Lutz, ofertado pelo Senado Federal. “O primeiro parto que eu atendi sozinha, foi quando vieram chamar minha mãe para ajudar no nascimento de uma criança, mas ela não estava em casa. Então, fui no lugar dela. Cheguei lá, fiz tudo direitinho, do jeito que eu via minha mãe falar e fazer. Eu era muito curiosa. Depois disso, eu apenas continuei”, lembra Dona Prazeres. A parteira se interessou em saber como era o serviço na maternidade, foi quando começou a fazer o curso de Enfermagem Obstetrícia,

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Rockabilly em Porto de Galinhas nesta sexta-feira (6)

Nesta sexta, dia 6, a Banda Allycats estará realizando apresentação gratuita no Porto Cult, na rua das piscinas naturais de Porto de Galinhas. A banda que tem seis anos de estrada tocando Rockabilly é formada por Daniboy (guitarra e voz), Carlos Cajueiro (bateria e voz) e Josias Campos (baixo). O show que serágratuito, das 20h às 22h, tem no repertório clássicos de Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Elvis Presley, passando por músicas mais contemporâneas como Michael Jackson, Bob Marley e Nirvana (tudo tocado com uma pegada Rockabilly).

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Vanessa da Mata traz “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” ao Teatro Guararapes, dia 7 maio

Prestes a lançar o clipe “Hoje Eu Sei”, nesta terça (3 de maio), Vanessa da Mata continua fazendo a ponte perfeita entre regionalismo, vida urbana e, mais do que nunca, o amor. “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”, sétimo álbum de estúdio da artista, prossegue seus achados poéticos e melodias intuitivas. A cantora traz ao Teatro Guararapes o show homônimo para única apresentação, dia 7 de maio. “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” é o disco mais autoral de Vanessa. Ela se aventurou pela primeira vez como produtora musical, propondo arranjos diretamente aos músicos, criando a dinâmica sonora do álbum como captação de voz, mixagem, acentuando ou reduzindo as intenções dos instrumentos em função de cada canção. O repertório do show é composto por “Só Você e Eu”, “Nossa Geração”, “Vá Com Deus”, “Dance um Reggae Comigo”, “Tenha Dó de Mim”, “Hoje Eu Sei” e “Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina”. Os grandes hits de Vanessa, que fizeram dessa cantora e compositora uma das maiores estrelas do mercado fonográfico brasileiro, também estão no set-list: “Ai, Ai, Ai”, “Amado”, “Caixinha de Música”, “Gente Feliz”, “Boa Sorte/GoodLuck”, “Não Me Deixe Só”, “Ainda Bem”. “A história de todos nós, todos lutando pela sobrevivência de seus próprios sentimentos no dia a dia. Meu disco trata disso, com músicas leves e curtas letras. O pop romântico, a brasilidade, a canção, o reggae californiano, os ritmos dançantes. Fiz questão de juntá-los sem distinção. Intelectuais e populares”, define Vanessa. SERVIÇO Vanessa da Mata no show “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” Dia 7 de maio (sábado), às 21h Teatro Guararapes: Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182-8020 Ingressos: Plateia Especial: R$ 220 e R$ 110 (meia) Plateia: R$ 180 e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 140 e R$ 70 (meia) À venda no site Sympla, lojas Ticketfolia e bilheteria do teatro.

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Fundaj abre nova turma do curso de Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil

(Da Fundaj) A Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) volta a promover, em maio, o curso de Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil. A formação, que já foi oferecida em abril do ano passado, abre agora sua segunda turma, com novas discussões sobre o patrimônio sacro da região, fortemente ligado à História do país, e o potencial turístico dele. A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo Sympla. O curso é remoto, voltado para servidores públicos federais, agentes públicos ligados ao Turismo e à Cultura, demais agentes públicos, terceiro setor do Turismo e da Cultura, profissionais do Turismo e da Cultura e pessoas com vínculo religioso. A ação formativa contará com cinco encontros, a serem realizados em formato remoto entre 16 e 20 de maio, sempre das 10h às 12h. As aulas serão conduzidas pela professora Andréa Berenguer, mestra em Direito e professora de Turismo; que receberá como convidados Ciema Mello, antropóloga do Museu do Homem do Nordeste (Muhne); Mario Helio, diretor de Memória, Educação Cultura e Arte da Fundaj; Múcio Aguiar, jornalista e doutorando em Arqueologia; e Olga Santos, monitora do Muhne. A Coordenação Técnica é por conta de Pedro Coelho, coordenador de Conteúdos e Publicações da Fundaj. Coordenadora do curso, a professora André Berenguer recorda que, na primeira edição, a iniciativa reuniu alunos do Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Bahia e Distrito Federal. “O segmento religioso é muito forte, porque no Nordeste nós temos muitas manifestações, das mais diversas matizes. E o turismo é um fenômeno universal assim como a religiosidade. Todo agrupamento humano gosta de se deslocar e crê. Juntos, ambos podem propiciar movimentação, intercâmbio cultural, respeito, geração de emprego e renda e arrecadação de tributos”, afirma. Serviço – Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil Período: 16 a 20 de maioHorário: das 10h às 12hCarga horária: 10hVia Google Meet

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Porto do Recife doa duas geladotecas para a Comunidade do Pilar

 O ancoradouro entregou, ontem (27), duas geladeiras culturais cheias de livros para a creche e escola do Pilar. Em celebração ao Dia Mundial do Livro, comemorado no dia 23 de abril, o Porto do Recife doou duas geladotecas cheias de livros para a Comunidade do Pilar, ontem (27). As geladeiras servirão como minibibliotecas e ficarão na creche e na escola do Pilar, podendo ser utilizadas pelos estudantes da comunidade. Além da entrega das geladeiras, os alunos participaram de uma roda de leitura utilizando os livros doados. O objetivo da ação é dar acesso e estimular a leitura entre crianças, adolescentes e jovens do Pilar, além de transformar eletrodomésticos velhos, até então sem utilidade, em algo que seja útil para a comunidade. O que antes era espaço para alimentos, agora se transformará em prateleiras para livros e revistas. “Nos livros nós temos uma de nossas maiores fontes de conhecimento e a gente sabe da importância de estimular a leitura desde cedo nas nossas crianças e jovens. O intuito do Porto nesta ação é, mais uma vez, apoiar e colaborar para o crescimento da comunidade que fica em nosso entorno”, explicou o presidente do Porto do Recife, José Lindoso. As geladotecas são fruto de uma parceria com o Cais Rooftop e com o ativista social Sérgio Santos, idealizador do movimento Periferia & Cidadania, que revitaliza as carcaças dos eletrodomésticos, transformando-os em Geladeiras Culturais para serem doadas a associações, creches, escolas, ONG’s e empresas. O “abastecimento” inicial da geladeira foi feito pelo ancoradouro, que promoveu uma ação interna de doação de livros entre os colaboradores do porto, além de doações do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindope). Porém, a proposta é que as pessoas também façam doações no local ao longo do tempo e troquem as obras, tornando as minibibliotecas cada vez mais diversas.

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Jorge Du Peixe e Paulo André no Sonora Coletiva desta quinta (28)

O compositor e cantor Jorge Du Peixe (Nação Zumbi) e o produtor cultural Paulo André Pires (Abril Pro Rock) são os convidados do próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal do multiHlab, no YouTube, dia 28 de abril (quinta), às 19h30 Há 25 anos morria precocemente Chico Science. Mas um de seus maiores legados, a banda Nação Zumbi, permaneceu. Surgida no início dos anos 1990, no Recife, a banda logo se tornou uma das mais respeitadas e elogiadas do país. O primeiro álbum “Da Lama ao Caos”, quando a banda ainda se chamava Chico Science & Nação Zumbi, se tornou um dos marcos da Cena Mangue e da música contemporânea brasileira. E, ao lado do Mundo Livre S.A. e outras bandas e artistas locais, ajudou a deslocar o eixo da música nacional para além de Rio-São Paulo, introduzindo elementos pernambucanos ao pop. Já o segundo álbum “Afrociberdelia” marcou o encontro entre as músicas brasileira e africana, o rock, o rap e as revoluções digitais que deram nova cara ao mundo nos anos 1990. Pouco tempo depois, Chico Science morre precocemente em um acidente de carro entre Recife e Olinda em pleno Carnaval. Após essa enorme perda, a Nação Zumbi, já com Jorge Du Peixe nos vocais, conseguiu se reestruturar e se reinventar ano após ano, disco após disco até chegar aqui, acumulando elogiados álbuns de estúdio e ao vivo, além de lançamentos e presença em outras mídias. ​ Na estrada, a Nação Zumbi circulou em importantes festivais no país e exterior, como Lollapalooza Chile, Lollapalooza Argentina, Summerstage NY e 50º Montreux Festival (neste ao lado da banda suíça The Young Gods), Porão Do Rock, Festival Mada, Batuque, Rock In Rio, João Rock, Bananada. Dividiu palco com Lenine, Gil, Ney Matogrosso, Siba entre outros, além de ter se apresentado no Later With Jools Holland, o mais importante programa de música contemporânea da TV inglesa. Mas tudo começou mesmo no icônico festival ABRIL PRO ROCK, criado no início da Cena Mangue pelo produtor cultural Paulo André Pires, que logo se tornaria o primeiro empresário da banda. Ainda este ano, Paulo André Pires vai lançar, pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o livro “Memórias de um Motorista de Turnês”. Nele reúne pequenos e inéditos relatos – e muita iconografia, como fotos na estrada e cartazes de shows – cobrindo os mais de 25 anos de viagens ao lado de diversas bandas, incluindo as turnês internacionais com a banda Chico Science & Nação Zumbi, nos anos 1990, quando a empresariava. O produtor cultural tem disponibilizado alguns “deliciosos aperitivos” do livro em sua página no Instagram e Facebook. Os 30 anos do Manifesto ‘Caranguejo com Cérebros’ e os 29 anos do ABRIL PRO ROCK, além de um balanço de toda essa impressionante história e a trajetória de dois dos mais importantes expoentes da Cena Cultural pernambucana no período, serão alguns dos temas do bate-papo com Jorge Du Peixe e Paulo André. O novo episódio do Sonora Coletiva será transmitido pelo Canal multiHlab no YouTube, dia 28 de abril, às 19h30. O Sonora Coletiva é uma atividade da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos e artigos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o Canal multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – A CENA MANGUE E A MÚSICA PERNAMBUCANA HOJESONORA COLETIVA conversa com JORGE DU PEIXE (Nação Zumbi) e PAULO ANDRÉ PIRES (Produtor Cultural/Abril Pro Rock) QUANDO: 28 de ABRIL (quinta-feira)QUE HORAS: 19h30ONDE: Canal multiHlab no YouTube Apresentado por TÚLIO VELHO BARRETO (Pesquisador/Fundaj)

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Judeus: o misterioso Jacob tirado de Amsterdã

No final do Século 16 em Olinda, uma das figuras de destaque da sociedade, era o exportador de açúcar e cristão novo James (Jaime) Lopes da Costa, nascido na cidade do Porto, em 1544, cujo nome aparece citado, por mais de uma vez, nas Denunciações do Santo Ofício (1593) como onzeneiro (indivíduo que pratica onzena; usurário, agiota). Em 21 de setembro de 1593, para surpresa dos habitantes de Olinda, desembarca no Arrecife (como era então chamado o Recife), o Visitador do Santo Ofício Heitor Furtado de Mendoça (sic) e seus oficiais provenientes da capitania da Bahia. A presença em Pernambuco de um representante da Inquisição de Lisboa, em busca de possíveis práticas judaizantes, veio a revelar aspectos da vida privada dos habitantes de Olinda, Recife, Itamaracá e Paraíba, naquele final de Século 16, como se depreende dos depoimentos que integram os volumes das Confissões e Denunciações, cuja edição conjunta vem a ser publicada no Recife (Coleção Pernambucana – v. 72, 2ª fase, 1984). Caracterizou-se a Primeira Visitação do Santo Ofício a Pernambuco pela criação de um Tribunal da Inquisição em Olinda, como bem observa José Antônio Gonsalves de Mello. O inquisidor Heitor Furtado de Mendoça (sic), não somente determinou a prisão de alguns denunciados, como também os mandou aos cárceres da Inquisição em Lisboa. Mas, no que diz respeito aos processos cujas culpas exigissem apenas abjuração de levi, como bigamia, sodomia, blasfêmia e outros, tinham o visitador e seus assessores autoridade suficiente para pronunciar a decisão final. Observa o autor de Gente da Nação (1989), serem “amplos os poderes do tribunal olindense, e as penas por ele impostas eram acatadas por autoridades civis fora do Brasil, inclusive da metrópole, como nos casos de degredo e de galés”. Justificando o seu raciocínio, Gonsalves de Mello chega a relacionar, com a devida numeração contida nos autos que se encontram no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 55 processos de réus cujas sentenças foram prolatadas pelo tribunal olindense. No caso especial de James Lopes da Costa, um rico senhor de engenho e exportador de açúcar em atividade em Pernambuco, não foi ele encontrado por ter-se ausentado da capitania. O seu nome, porém, aparece em vários depoimentos como suspeito de práticas judaicas e de atividades de onzeneiro; aquele que empresta dinheiro a juros de 11%. Em 1598, juntamente com sua mulher, Bárbara Henriques, transfere-se para Amsterdã, onde se declara judeu, mudando o seu nome para Jacob Tirado. Radicado naquela cidade, logo transformou-se em um dos ilustres membros da comunidade judaica, sendo alvo de significativa homenagem do rabino Moses Uri B. José Halevi, que lhe dedicou o seu livro por ele editado em 1612. Na Holanda, o nosso Jacó Tirado vem a ser responsável pela criação da primeira sinagoga portuguesa, denominada de Bet Yahacob (Casa de Jacob). Por falta de prédio próprio, os serviços da primeira sinagoga foram realizados em sua casa, pelo menos até 1610. Curioso é que sua passagem pelo Brasil, porém, é totalmente desconhecida dos seus biógrafos europeus; daí o seu epíteto de Misterioso Tirado. Por volta de 1608, encontrava-se ele entre os fundadores da comunidade sefardita de Amsterdã, juntamente com Samuel Palache e o poeta Jacob Israel Belmonte” […] “Em documentos notariais da época, o seu nome aparece como um comerciante rico com o nome de James (Gammez) Lopes da Costa; tendo o seu comércio de açúcar registrado atividades em Portugal e Veneza. [ Encontrava-se ele entre os primeiros subscritores do parnassim (fundador da sinagoga, que contribuía com os recursos para criação do templo; subscritor) da comunidade tendo doado os rolos da Sefer Torá. Depois de 1612, ele deixou Amsterdã e mudou-se para Veneza, onde atuou em caridade e angariação de fundos para Ere E Israel; de lá transferindo-se para Jerusalém, onde veio a falecer em 1620. Foi, ainda, James Lopes da Costa que, em 1615, constituiu, com um grupo de 15 judeus portugueses, a Santa Companhia de Dotar Órfãs e Donzelas, mais conhecida entre os sefardins pela sigla DOTAR, ao qual foram acrescidos os nomes de quatro judeus ausentes, dois dos quais residentes em Pernambuco: João Luís Henriques e Francisco Gomes Pina.

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Cabocla da mata

Produtora cultural da Mata Norte lança filme sobre danças populares do interior de Pernambuco

A produção audiovisual, inédita, é assinada pela produtora cultural, coreógrafa e instrutora de danças populares, Juçara,  e será lançada neste sábado (30), no canal do Youtube Os movimentos, passos, misticismo, roupas e toda performance ligadas às manifestações de cultura popular da região da Mata Norte de Pernambuco, como Maracatu Rural, Caboclinho e Cavalo Marinho, considerados Patrimônios Culturais do Brasil, vão ser tema do filme “Cabocla da Mata”, que será lançado neste sábado (30).  A produção audiovisual, inédita, é assinada pela produtora cultural, coreógrafa e instrutora de danças populares, Juçara, idealizadora e protagonista da obra audiovisual. O público pode acompanhar a estreia no canal do Youtube (https://www.youtube.com/channel/UC0dGDYFKwDmiUicq7EtjKYg) da Cabocla Produção, gratuitamente. Produzido de forma independente, o curta-metragem traz, como cenário, o Museu Poço Comprido, que é Ponto de Cultura, localizado em Vicência e o  Vale da Onça, em Paudalho-PE, ambos municípios da Zona da Mata canavieira. No centro das atenções, Juçara, protagonista do filme, busca retratar todo o ritual presente nas brincadeiras populares. “Cabocla da Mata” é uma entidade que permeia todos os personagens presentes no Maracatu Rural, Cavalo Marinho e Caboclinho, trazendo a mensagem de que toda arte vem do divino e é corporificada nas pessoas que transmitem a mensagem através de seus dons. “A Cabocla da Mata” nasce da observação da dança do personagem Arreiamá do Maracatu Rural. Nele, enxerguei toda a força indígena. E, a partir dos seus passos, visualizei o Caboclinho e o Cavalo Marinho, brincadeiras que são símbolos da região da Mata Norte de Pernambuco, lugar de onde vim” enfatiza Juçara.  Diante das lentes cinematográficas, a “Cabocla da Mata”, protagonizada por Juçara, apresenta os ritmos do baião, perré e guerra, que compõem a brincadeira do Caboclinho, trazendo movimentos semelhantes aos Caboclinhos tradicionais de Goiana, na Mata Norte. Logo depois, ela interpreta dois dos importantes personagens do Cavalo Marinho. O primeiro deles é a Ambrósia, uma adaptação do Ambrósio, personagem vendedor de todas as figuras, que faz sua propaganda dançando os passos de cada uma. A outra é a Véia do Bambu, que traz todo o fogo presente na mulher, a energia sexual da criação, demonstrando seu desejo sem nenhum medo, afirmando com a sabedoria de uma mulher vivida que o prazer sexual faz parte do ser humano. Ainda dentro dos papéis dos personagens, a anfitriã finaliza com o Maracatu Rural, dançando os passos do Arreiamá, personagem que representa a espiritualidade da Jurema nesse brinquedo. Seus movimentos passam pelo caboclinho e cavalo marinho, misturando tudo com o movimento do caboclo de lança. “Poder trazer essa interpretação feita pelo meu corpo é uma honra, me identifiquei bastante, pois tem, em sua essência, a sintonia de todos os ritmos da Mata Norte pernambucana”, acrescenta.  O figurino também será uma produção contemplativa especial para o público. As peças, que têm a direção artística do produtor cultural, Kleber Camelo, fazem um recorte das cores, tecidos e detalhes das três brincadeiras populares.  A roupa do caboclinho, por exemplo, foi inspirada nas tribos que habitavam essa região, com características mais simples que os indígenas da região da Amazônia. A proposta traz a personagem principal vestida com saia da fibra de bananeira produzida por artesãs de Vicência e São Vicente Férrer, que trabalham com esse tipo de matéria prima em seus artesanatos. Já no Cavalo Marinho, a caracterização traz elementos dos personagens da Ambrósia e da Véia do Bambu.  Inicialmente, foi realizada uma adaptação da roupa do personagem que seria o “Ambrósio” para um vestido e chapéu de palha com uma flor. A proposta é destacar o papel das mulheres na atualidade, onde elas podem dançar no folguedo, reafirmando a importância da ousadia da mulher e sua persistência na retomada do seu lugar. No Arreiamá, o figurino foi o tradicional, porém o toque final passou pela maquiagem. A boca vem pintada com batom vermelho, trazendo, também, a mensagem de que as mulheres podem ocupar os lugares que elas quiserem.  Toda a fotografia do filme foi feita por Mila Nascimento, cineasta parceira da Cabocla em outros projetos, e Caio Dornelas, produtor audiovisual da 9oitavos. Para garantir toda emoção e atenção do público, o curta-metragem contará com uma paisagem sonora autoral, que pretende deixar um clima ainda mais entusiasta. O rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu rural e militante das tradições populares, Maciel Salú é um dos artistas que estará no elenco musical. Também se soma ao time, o músico e instrumentista, Nino Alves. Além de encenar, Juçara colocará a voz, juntamente com Tati Pureza e Viviane Albuquerque, em uma das músicas do filme. Além disso, a produção musical tem a coordenação do artista da cultura popular, Ricco Serafim.

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Doc pernambucano Elos da Matriarca tem sessão no Recife e em Curitiba

O documentário Elos da Matriarca retrata a vida de Luzinete Lupercina a partir de imagens de arquivo da família de 1995 até a pandemia. A matriarca de 85 anos foi mãe de 12 filhos e é uma das moradoras mais antigas de Água Fria, bairro da zona norte do Recife. A produção é dirigida pelo neto de Luzinete, o cineasta Thor de Moraes Neukranz. O recifense conduz o olhar do espectador para as mudanças estéticas e ideológicas do Brasil que se expressam em sua própria família.  O filme será exibido no Cinema da UFPE na quinta, dia 5 de maio, às 17h. A sessão especial será gratuita e contará com a presença do diretor e da matriarca, que vão debater com o público ao fim da projeção. Na semana seguinte Elos da Matriarca estará no 6ª FIDÉ Brasil, festival de cinema que ocorre na Cinemateca de Curitiba de 11 a 15 de maio. A obra pernambucana tem a sessão marcada na capital paranasense para às 20h30 do dia 12 de maio. Realizado de forma independente, o documentário foi parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Neukranz na UFPE em 2021 e já ganhou as telas de festivais em cidades como Chicago, Rennes e Rio de Janeiro. A estreia de Elos da Matriarca aconteceu no 17ª Festival Brésil en Mouvements, e foi o único representante de Pernambuco no evento que ocorre anualmente em Paris. A combinação ousada com misturas de formatos de tela e técnicas cinematográficas convenceu os jurados da III Jornada de Estudos do Documentário, que concederam ao filme o prêmio de Melhor Montagem juntamente com VAI!, de Bruno Christofoletti Barrenha.  Veja aqui o trailer de Elos da Matriarca: https://youtu.be/c4V0KOQdG_A

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