Arquivos Cultura E História - Página 144 De 391 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Exposição da Fundaj traz memórias carnavalescas em desenhos de fantasias

Da Fundaj Para aproximar e demonstrar a força histórica e afetiva das festividades carnavalescas, a Fundação Joaquim Nabuco volta a abrir a exposição “Carnaval: Nassau, frevo, cana e caju”, que neste ano, está instalada no Shopping Guararapes. A iniciativa conta com desenhos de fantasias realizadas pelo artista plástico Manoel Bandeira (1900—1964) no final da década de 1930. A iniciativa foi realizada no ano passado, trazendo memórias da festa que não pôde ocorrer e, com a mesma situação se repetindo neste fevereiro, a mostra volta a entrar em cartaz, dando um certo alento aos foliões saudosos. Ela é montada tendo como base os acervos do Centro de Documentação e Estudos da História Brasileira (Cehibra). A curadoria da mostra foi realizada pelos pesquisadores Rita de Cássia e Rodrigo Cantarelli, a partir de croquis publicados no Anuário do Carnaval Pernambucano, que fazem parte da documentação preservada pelo Cehibra. Os desenhos das fantasias remetem a elementos da fauna e da flora, além de figuras históricas associadas à indústria e agroindústrias locais. “A exposição 'Carnaval: Nassau, Frevo, Cana e Caju' é atemporal. Sempre valorizamos parcerias que proporcionam oportunidades de difundir o acervo da Fundação Joaquim Nabuco. O público que circula num centro de lojas é imenso e acima de tudo diverso. Sendo assim, estaremos cumprindo com a missão de compartilhar conhecimento e difundir a cultura brasileira, mais particularmente a nordestina”, explica Albertina Malta, coordenadora-geral do Cehibra. Serviço Exposição "Carnaval: Nassau, Frevo, Cana e Caju", De 01/02 a 02/03, no corredor do cinema do Shopping Guararapes Segunda a sábado, das 9h às 22h Domingo, das 12h às 21h. Entrada gratuita

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Sem carnaval, os bonecos gigantes não irão às ruas...

Neste ano de 2022, não haverá Carnaval por conta de epidemia do coronavírus. Um Carnaval a menos, que tristeza.... Já vaticinara Nelson Ferreira.Os nossos bonecos, de Olinda e do Recife, permanecerão guardados, bem longe da folia e das alegrias das massas frevolentas! O costume dos bonecos gigantes tem mais de 90 anos, a começar pelo primeiro deles, O Homem da Meia Noite (1932), originário do Homem da Madrugada do Recife e do Zé Pereira, de Belém do São Francisco. Com a sua popularização, foram surgindo outros bonecos gigantes: A Mulher do Dia, O Menino da Tarde, A Mulher da Sombrinha (Catende) e uma infinidade de outras criações. A partir de 2015 porém, surgiu, em paralelo, o que se chamou Embaixada dos Bonecos de Pernambuco, criada por Leandro Castro e instalada no Bairro do Recife, que hoje congrega mais de 60 personagens ligados à história do Brasil e outros de destaque no cenário mundial. Com o tempo, a vaidade humana provocou uma verdadeira corrida ao atelier do artista plástico Sílvio Botelho, com um só desejo, logo transformado em apelo: “Eu gostaria que você fizesse um boneco da minha pessoa!” Assim a comitiva de bonecos foi crescendo, com as figuras dos políticos e gente do Recife e de Olinda, que hoje flutuam sobre a multidão nos dias dedicados ao Carnaval. Porém, logo o costume despertou a verve do compositor Bráulio de Castro, falecido aos 78 anos, em janeiro de 2021, que compôs para o Véio Mangaba (Walmir Chagas), o frevo canção cuja gravação publicamos em seguida: Não sou Capiba, Não sou Nelson. Nem Bandeira... Mas quero ver o meu nome numa loa Eu vou mandar fazer! Eu vou mandar fazer! Um boneco pra minha pessoa Eu quero ser famoso! Eu quero ser o “Dunga”! Andar bem maneiroso EU VOU VIRAR CALUNGA!

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Ceci Galeria realiza Expo "Paisagens" do artista Bruno Faria

De volta ao Recife, um dos artistas mais premiados de sua geração, o pernambucano Bruno Faria inaugura mostra individual na Cecí Galeria, no bairro do Parnamirim, dia 17 de fevereiro. A expo “Paisagens” terá obras exclusivas e inéditas desenvolvidas especialmente para a ocasião, parte do trabalho do artista intitulado “Lembranças de Paisagem”, uma série que em 2021 esteve na temporada de Projetos do Paço das Artes, em São Paulo (SP). A curadoria será do filósofo, doutor e professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Filipe Campello. Ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais de arte contemporânea, Faria atualmente está em cartaz no MUBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia), em São Paulo (SP). No dia 26 de fevereiro, participa de uma coletiva na Pinacoteca de São Paulo, na qual todo o eixo curatorial parte do seu trabalho “Introdução à História da Arte Brasileira, 1960/90”, pertencente ao acervo da instituição. Ademais, ainda este ano, ele inaugura uma obra inédita na Usina de Arte, de Ricardinho e Bruna Pessoa de Queiroz. Aberta ao público interessado, a vernissage com as obras inéditas de “Lembranças de Paisagem” contará com coquetel e ficará em cartaz até o dia 10 de março de 2022. O horário de abertura é 19h.  

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Exposição da Fundaj e Universidade de Coimbra marca celebração do Bicentenário da Independência

  Exibição inédita de 38 documentos históricos tem início em março, ressaltando relações pré e pós-coloniais entre Brasil e Portugal Em setembro, serão completados exatos 200 anos desde que D. Pedro I deu fim ao período colonial do Brasil e declarou sua independência. Para celebrar este bicentenário, a Fundação Joaquim Nabuco inicia em março uma série de atividades de celebração de um dos principais momentos de nossa história, incluindo o embarque em uma inédita parceria além-mar com a tradicional Universidade de Coimbra, realizando exposições a partir de um intercâmbio cultural e histórico entre as duas instituições. Entre 21 de março e 21 de maio, a Galeria Massangana, no campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte, realizará uma exposição com 38 importantes documentos do acervo da universidade portuguesa. Trata-se de um material que ressalta as relações pré e pós-coloniais entre Brasil e Portugal, destacando-se peças como o documento de matrícula do primeiro aluno natural do Brasil em Coimbra; a primeira edição do poema “Caramuru, poema épico do descobrimento da Bahia”, do frei Santa Rita Durão; uma notícia do jornal O Paraense, impresso no dia da independência, antes da proclamação; outro recorte de jornal sobre a venda da capitania da Bahia; e uma carta redigida ao imperador do Brasil em 1823, publicada na Gazeta Pernambucana. Já a partir de 7 de setembro, a mesma exposição estará em exibição em solo lusitano, no Palácio da Universidade de Coimbra. “Acordos internacionais dessa qualidade são da maior importância para a Fundação Joaquim Nabuco, que, ao longo de sua história, de mais de sete décadas, tem realizado diversas parcerias com Portugal e outros países, como recentemente, acordo de cooperação técnica, científica, acadêmica e cultura, com a Universidade de Salamanca, na Espanha, e que já tem um fruto concreto: dois livros dedicados exclusivamente ao estudo da obra de Gilberto Freyre”, explica Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj. Parceiros A iniciativa é realizada em parceria com Associação da Imprensa de Pernambuco e a Associação Portuguesa de Imprensa, contando também com apoio do Instituto Camões e da Embaixada de Portugal no Brasil. As exposições se somam a uma série de atividades da Fundaj que fazem parte das celebrações do bicentenário da independência. Em 2020, houve a exibição inédita do longa “A Viagem de Pedro”, na abertura do Cinema do Porto, neste ano, estão previstos outras ações como uma parceria com o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, para a realização de um seminário a respeito do bicentenário, e uma série de publicações, uma delas sob a coordenação do diplomata e historiador André Heráclio do Rego.

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Arte Plural Galeria agenda visitas com dia e hora marcados

A Arte Plural Galeria (APG) está disponibilizando, neste mês de fevereiro, visitas ao seu acervo com dia e hora marcados. A novidade vem para facilitar o acesso do público às obras do espaço, e pode ser acertada por e-mail ou telefone, no horário de funcionamento do espaço. A visita contempla obras de renomados artistas plásticos, como Roberto Ploeg, Antônio Mendes, Valeria Rey Soto, Raul Córdula, Carlos Pragana, Ana Vaz, Daaniel Araújo, entre outros. Espaço único na cidade, consolidado por fomentar a fotografia como arte, congrega obras de premiados profissionais, entre eles, Alexandre Severo (in memorim), Ricardo Labastier e Hélia Sheppa. A APG fica na Rua da Moeda, no centro histórico do Recife. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone/WhatsApp (81) 98861-7198 ou pelo email: contato@artepluralgaleria.com.br. A galeria segue os protocolos de prevenção à Covid-19, como uso de máscara.

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Jornalista promove oficinas de artes visuais em Nazaré da Mata

Aprovado no Prêmio Nacional Funarte Artes Visuais Periferias e Interiores - 2021/2022; idealizado e coordenado pelo jornalista e produtor cultural Salatiel Cícero, projeto propõe atuar como uma política pública de combate à desigualdade socioespacial e problemáticas urbanas. O projeto irá fornecer oficinas artísticas e co-criativas, com enfoque para o Maracatu Rural, brincadeira de cultura popular centenária, presente no carnaval, que também é Patrimônio Cultural do Brasil A partir do próximo dia 15 de fevereiro, crianças, adolescentes e jovens moradores do bairro do Alto da Santa e entorno, localizado em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco terão a oportunidade de participar de várias oficinas artístico-culturais gratuitas. A iniciativa faz parte do Projeto Nossa História, Nossa Cultura - a arte visual que nos inspira, educa e transforma, aprovado no Prêmio Nacional Funarte Artes Visuais, Periferias e Interiores - 2021/2022, idealizado e coordenado pelo jornalista e produtor cultural, Salatiel Cícero. Inscrições: https://abre.ai/projetonossahistorianossacultura.

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Viva Tereza Costa Rêgo: uma exposição necessária

Uma parcela significativa da obra de Tereza Costa Rêgo (1929-2020) está reunida no Museu do Estado de Pernambuco até o dia 27 de março. Considerada pela crítica como a principal expoente feminina do modernismo pernambucano, seus quadros são impactantes e provocam muitas reflexões sobre o lugar da mulher na sociedade, entre tantos outros temas que emergem em sua produção. Imensos, vermelhos, contando eventos históricos e com uma forte marca da presença feminina e do Recife, eles trazem o ponto de vista de uma artista que ousou na sua vida e na sua arte. A curadoria da mostra Viva Tereza, Tereza Viva é de Marcus Lontra e Bruno Albertim. Os principais quadros que compõem o acervo da pintora estão em exposição, como Pátria Nua ou Ceia Larga Brasileira (1999), que expõe em primeiro plano uma mulher na mesa diante de representações de lideranças de diferentes momentos políticos do País, e o gigantesco Apocalipse de Tereza, com 12 metros de largura, que misturam a ilustração bíblica, com textos do livro sagrado em segundo plano e uma série de pequenas representações dentro e fora da serpente. A sequência de quadros históricos da pintora merecem um olhar cuidadoso e atento aos pequenos detalhes marcados quase que escondidos nos cantos e segundos planos das pinturas. Zumbi dos Palmares ou Herdeiros da Noite e Batalha dos Guararapes ou árvore da liberdade e Mulheres de Tejucupapo são alguns dos destaques. A representação feminina, da mulher nua, os gatos e serpentes são quase que onipresentes em suas telas. Ela explicou para a Algomais, em 2015, como a história e a política aparecem em sua obra. "Minha pintura é política, mas não panfletária. Conheço as obras das repúblicas soviéticas, de Cuba, da China. E acho um horror. Os homens com as mãos levantadas é muito óbvio. Pinto com muita sutileza os fatos políticos. Faço um fundo histórico nos quadros". Uma marca importante da exposição foi ter conseguido reunir diferentes momentos da arte de Tereza e de forma didática introduzir os visitantes ao seu universo a partir dos textos que dialogam com os quadros. Há obras assinadas ainda com um nome falso, dos dias em que ela viveu na clandestinidade, por exemplo. No quadro A partida (abaixo), Tereza chora a morte do segundo marido, em 1981, o dirigente do partido comunista Diógenes de Arruda Sampaio. Em uma entrevista que ela concedeu a mim e a jornalista Camila Moura, ela contou como esse momento foi marcante para os próximos passos da sua obra. "Quando voltei do exílio Diógenes morreu. Já tinha sido a irmã dos meus irmãos, a filha do meu pai, a mulher do juiz, a mulher de Arruda, agora era eu sozinha. Quando ele morreu decidi ser eu mesma, não ser mais a mulher de ninguém. Nesse período vim para essa casa, que tem um símbolo muito grande. É o meu útero essa casa. Aqui comecei a pintar profissionalmente. Já fui Teresinha quando era rica. Fui Joana, quando era militante e comunista. E agora sou Teresa Costa Rego. Tenho assinatura de três qualidades na minha pintura. Picasso dizia que pintar é libertar-se. Quando vi que não tinha nenhuma amarra, ninguém mandava em mim, eu comecei a me soltar como pessoa e como artista". A homenagem à artista que faleceu em 2020 é absolutamente merecida e necessária para reafirmar a grandeza dessa artista que pintou o mundo a partir do seu ponto de vista libertário e ousado e ele começava em Pernambuco. Uma exposição que merecia ganhar o País. Há 7 anos, quando ela conversou com nossa equipe, Tereza revelou um plano que tinha, que envolvia o "pintar até morrer" e de levar sua obra nacionalmente. "Tenho um projeto de uma grande exposição missão, que seria com todos os meus quadros políticos, que passaria por Brasília, São Paulo e Recife. Mas o projeto para o futuro é pintar até morrer, se tiver força. Admiro muito pessoas como Portinari, Burle Marx, tem uma dignidade de não mudar de profissão. A curva da existência vai indo para baixo, na finitude, mas você continua com a cabeça erguida até a vida lhe dar um baque". Neste mês foi lançado também pela Cepe o livro “A liberdade em vermelho”, produzido pela jornalista e escritora Joana Rozowykwiat, que é neta da artista. Serviço: A Exposição sobre Tereza Costa Rêgo fica em cartaz até 27 de março no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) – Av. Rui Barbosa, 960, Graças

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Máscaras de outras terras no Carnaval do Recife

Nem sempre o Carnaval do Recife encontra-se povoado pelos “máscaras da terra”, como desejava o poeta Ascenso Ferreira: E somente ficaram os máscaras da terra: Parafusos, Mateus e Papangus... e as Bestas-Feras impertinentes, os Cabeções e as Burras-Calus... realizando, contentes, o Carnaval do Recife. Personagens para aqui trazidos pelas companhias teatrais europeias, logo ganharam às ruas a partir do final da primeira metade do Século 19, inserindo na paisagem carnavalesca o nossos coloridos palhaços, pierrôs, colombinas, dominós, arlequins e outros tantos personagens. Acontece que outros mascarados, originários da vida rural de remotas regiões da Península Ibérica, vieram integrar manifestações populares do nosso Carnaval, a exemplo do Urso do Carnaval e do nosso popularíssimo Caboclo de Lança. Assim, recebo da amiga Lavínia Maria Uva, que me envia notícias da realização em Lisboa, no mês de maio de 2019, do 14º Festival Internacional da Máscara Ibérica, com a participação de grupos de máscaras vindos de Portugal, Espanha, China (Macau), Colômbia, Hungria, Itália, País de Gales e Uruguai. Ao receber as fotos, algo que já desconfiava, que me fora revelado nas minhas leituras do livro de Júlio Caro Baroja, El Carnaval (1979), alguns dos nossos “máscaras da terra” do Carnaval do Recife têm sua origem na Península Ibérica. Assim lá estavam figuras semelhantes ao nosso caboclo de lança dos maracatus rurais, diabinhos, La Ursas e Caiporas de Triunfo, trasmudados na Máscara Gallega, nos Guirrios das Astúrias, nos mascarados da Trácia e no Kortilun gorria des Labour .... Como sempre afirmo nos meus escritos e no meu livro, recentemente publicado Carnaval do Recife (Cepe, 2019): nada de novo diante dos nossos olhos; tudo, de novo. *Por Leonardo Dantas Silva

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Premiada escritora Renata Santana lança seu segundo livro

A pernambucana Renata Santana está de volta com novo trabalho literário. “O amor na 5ª série aos 30”, seu segundo livro, chegou ao público neste fevereiro de 2022, pelas Edições Macondo. A obra compila poemas que narram experiências da vida adulta amplificadas pelo frisson emocional da adolescência, fazendo refletir sobre a jovialidade que mobiliza afetos e paixões mesmo noutras idades. O livro pode ser adquirido online, no site da editora. Em versos curtos e poéticos, a obra apresenta pequenas histórias amorosas na vida adulta, mas com o olhar da novidade próprio da juventude. Paixões, vida urbana, tecnologia, solidão, álcool, sexo e outras vivências no contexto da adultidade - especificamente na fase dos 30 anos - se apresentam deslocadas do local de maturidade e embebidas no pensar e no sentir efusivo da adolescência - a “quinta série das coisas”, como define a autora. "São poemas que falam sobre como a gente também tem 18 anos aos 40, ou mesmo 12 aos 30. Somos adultos, mas quando somos atravessados por fortes emoções, entramos distraídos no parquinho de Eros, que não à toa é uma criança de asas", conceitua Renata, que tem 35 anos. Em 35 poemas, a obra traz um eu-lírico que vive situações e relações com intensidade, como se fosse a primeira vez, ora com uma visão ácida, debochada e pessimista sobre a vida; ora com bom-humor, aventurança e leveza. Com poucas palavras e forte subjetividade, a escrita de Renata Santana conduz o leitor por narrativas que fazem repensar a consciência adulta e o status de certeza e solidez que a maturidade impõe. “O amor na 5ª série aos 30” traz poemas necessários para se reconhecer a atemporalidade dos sentimentos e perceber como afetos transpassam vivências de maneira intempestiva e visceral em todas as idades. “Os poemas nos lembram que podemos ser nós mesmas em todas as fases da vida. A gente se apaixona, e isso não tem idade”, endossa a escritora. A AUTORA - Mulher, negra, nascida no Recife-PE e de origem periférica, Renata Santana é escritora, jornalista, bibliotecária, pesquisadora e mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Escreve e recita desde criança - aos 12, ganhou a medalha de ouro no Concurso de Poesia Infantil Orlando Parahym, em 2000. Aos 13, estreou no teatro recitando Luís Camões, Carlos Drummond e Fernando Pessoa. Depois de uma década entrevistando e recitando em eventos literários no Estado, publicou seu primeiro livro em 2019, o elogiado livro de contos “Na terceira margem do agora” (Ed. Castanha Mecânica). Publicou textos em antologias como “O poema se chama política” (2021), “Abrigo” (2020) e “Quem dera o sangue fosse só o da menstruação” (2019). Ainda em 2021, se tornou a primeira mulher negra recifense a ganhar o 7º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura (antigo Prêmio Pernambuco de Literatura), na categoria poesia. A obra premiada, “A Mulher do Tempo”, será publicada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) ainda neste primeiro semestre de 2022. SERVIÇO: Livro “O amor na 5ª série aos 30”, de Renata Santana Edições Macondo - Selo Cachalote 64 Páginas R$ 36 Mais informações: https://www.edicoesmacondo.com.br/produtos/o-amor-na-5-serie-aos-30  

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Mulher Mulher

*Por Paulo Caldas Visceral tanto na visão intimista, quanto no abraço aos temas abrangentes, “Os dedos das santas costumam faiscar", recente lançamento de Conceição Rodrigues, concebe a silhueta da verdadeira mulher mulher. Os versos expressam a crueza das metáforas que, dedo em riste, nariz arrebitado, insolentes, atacam aos gritos, berros, urros, com recados ásperos, ácidos, os preconceitos dos arautos do arcaico, faca de ponta que fere as tripas dos herdeiros de antanho. A poesia de Cecita, uma onda que segue os seus ímpetos, inunda as 140 páginas. Em compasso instigante, beija as deusas de pernas abertas, habitantes da rua da amargura, ou, numa vez mais amena, acaricia espasmos de gozo e dor em “Com alegria”, ou ainda, obediente aos impulsos, desnuda o falso moralismo de supostas santas. O livro tem as orelhas assinadas por Cida Pedrosa, responsabilidade editorial da Patuá, edição de Eduardo Lacerda, projeto gráfico de Leonardo Matias, pode ser adquirido com a autora pelo Whats App +55 81 8538-3301. *Paulo Caldas é Escritor

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