Arquivos Cultura E História - Página 158 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

No Ar Coquetel Molotov lança programação gratuita

Muito além de uma experiência musical, o festival No Ar Coquetel Molotov, que acontece de 11 a 23 de janeiro, com shows em um mundo 3D e também através de uma série dividida em dois capítulos, vem se firmando também como uma plataforma que envolve discussões sobre o mercado da música, a busca pela igualdade de gênero e o fomento à cultura e o empreendedorismo. Por isso lança na próxima segunda-feira (11), uma programação inédita de oficinas, masterclass, mentorias e o seu famoso Call Center. A programação é completamente gratuita e as inscrições podem ser feitas através do site do festival. Mais de dez opções de cursos serão disponibilizadas para o público. “A ideia é fazer uma programação onde os participantes realmente fiquem com tesão e vontade de continuar online e nos seus computadores, uma vez que o isolamento ainda é uma questão urgente no mundo”, comenta Ana Garcia, idealizadora e diretora do Festival. “Tivemos um grande suporte do nosso conselho discutindo pautas e formatos para a programação. Foi muito interessante o consenso, dos tópicos serem mais desenvolvidos, por isso que os encontros como “Artista ou Influencer'' e “Experiências Imersivas”, acontecem em dois momentos diferentes. Queremos realmente aprofundar no assunto e trazer visões diferentes que estimulem os participantes”, reforça Ana. A programação terá início na segunda-feira (11), a partir das 19h, com a cantora MC Tha, que pela primeira vez ministra a oficina "Abrindo os Caminhos", para começar o ano de 2021 com muita saúde, proteção, diversão, música e sorte. Na terça-feira (12), a partir das 17h, o Coquetel oferece um mega encontro com Perera Elsewhere. A produtora, compositora e DJ britânica radicada em Berlim irá ministrar via Zoom, atividades explicando como criar, gravar e processar sons. O processo ocorre entre os dias 12, 13 e 14 e será documentado e exibido em uma apresentação inédita e exclusiva que poderá ser conferida no dia 15 de janeiro pelo público, no Espaço Pontes – Oi Futuro British Council, do mundo 3D do festival. Para finalizar sua participação no CQTL MLTV, Perera Elsewhere participa de um Talks com Papisa no dia 19 via Youtube. Essa parceria com a produtora só foi possível pelo edital da Oi Futuro com British Council. No Call Center, está programado um bate-papo com a cantora, compositora e rapper Bixarte, na quarta-feira (13), a partir das 20h. O tema é Corpos e Identidade na Música. Também na quarta (13), o público poderá imergir em um universo bastante promissor que é o mundo dos Gifs. Onde será possível aprender a fazer GIFs com a pernambucana biarritzzz e, das 19h às 20h a Uninassau apresenta: Heloisa Pimentel - mundo geek no ensino superior - Mundo Imersivo 3D. A programação dos Encontros também traz temas relevantes atuais como a questão Artista ou Influencer? que terá duas rodas de conversa com mediação de Benke Ferraz. A primeira acontece na quinta-feira (14), com Amaro Freitas, Tuyo e Aretha Sadick e no dia (21), com Brvnks, Luiz Lins, Mel e Romero Ferro. No mesmo dia, às 20h15, acontece o Momento TNT, com Reverse - Mundo Imersivo 3D. Também em dois ciclos de encontros, acontece na sexta-feira (15), um worshop de Experiências imersivas em mundo 3D, com Iracema Trevisan, Rosabege (que desenvolveu o mundo 3D do festival), Branca Shultz, Rodrigo de Carvalho e Gabriel Massan. No mesmo dia, ocorre a oficina do Imersivo ao Digital, com Ale Paes Leme, Anna Costa e Silva e Magiluth. Ambos com mediação de Amnah Asad e às 21h, Show de Perera Elsewhere no Mundo Imersivo 3D. Na segunda (18), é a vez de Tiê, Amanda Mittz, Luiza Caspary com mediação de Mariama da Mata discutirem sobre como fazer música acessível. A ideia é mostrar a qualidade do que vem se produzindo musicalmente no Brasil e debater questões ligadas às pessoas com deficiência no intuito de levar informação e diversão para o maior número possível de telespectadores. Na terça (19), das 16h às 17h rola um super Pitching, via Zoom, além de mais uma rodada de Oficina de GIFs: Animated Text com biarritzzz e Talk com Perera Elsewhere e Papisa, no Youtube. O artista pernambucano Johnny Hooker também entra na programação na quarta-feira (20), quando fala sobre processos criativos, com o público. Para esquentar mais ainda a programação, na quinta-feira (21), das 20h30 às 21h30, vai rolar a oficina inédita, Como usar um Dildo?, com o Coletivo Senta, no Zoom. Durante a pandemia houve um aumento na compra de vibradores, por isso, Uno da página Senta foi convidado para apresentar para os telespectadores, dildos diferentes. Ele fará isso ao vivo de um sex shop. Já na sexta-feira (22) e no sábado (23) o público será presenteado com o lançamento da primeira série do Festival, que será apresentada pelo Youtube, através de dois capítulos. Em todos os dias do festival o público vai poder circular pelo Mundo Imersivo 3D criado pelo grupo Rosabege especialmente para a ocasião e que vai ter acesso pelo site do festival. O público não precisa baixar aplicativo ou qualquer outro programa. Basta escolher seu avatar e percorrer o espaço com três andares. Estas ativações virtuais incluem espaços para ouvir as novidades sonoras da Natura Musical, visitar uma exposição inédita com a linha do tempo através dos posters dos 16 anos de festival, participar da palestra sobre o mundo geek com Heloisa Pimentel no stand da Uninassau (12/1), dar um pulo no espaço da TNT e curtir o DJ set com Reverse (14/1), ver a Galeria Aberta de artistas LGBTQI+ com curadoria de TRANSÄLIEN (MARSHA!) e conferir uma galeria com as obras audiovisuais inéditas do edital lançado para novos artistas pernambucanos: Ciel Santos, Guma, Hood Bob, Mooniz e Siba Carvalho. Dá até mesmo para dar um pulo na praia e ver o mar no quiosque da Itaipava ou conferir o espaço para maiores de 18 anos com curadoria do Senta. Abrindo o calendário dos grandes festivais nacionais, em sua primeira edição virtual e com o patrocínio da TNT Energy Drink, Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes-British Council,

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Morre Genival Lacerda, ícone do forró

O forró perdeu, na madrugada de hoje (7), um de seus maiores ícones: o cantor e compositor Genival Lacerda, aos 89 anos, em decorrência da covid-19. A notícia foi divulgada por familiares nas redes socais. Lacerda estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital da Unimed, no Recife, desde o final de novembro. Nascido em Campina Grande, no ano de 1931, cidade que é considerada a capital do forró na Paraíba, Lacerda foi autor de sucessos como 'Severina Xique Xique", "De quem é esse jegue?" e "Radinho de Pilha", em meio aos cerca de 70 discos lançados por ele – o primeiro deles, gravado em 1955, quando já havia se mudado para Pernambuco. Incentivado por seu concunhado, o músico Jackson do Pandeiro, Lacerda se mudou para o Rio de Janeiro em 1964, onde trabalhou em algumas casas de forró. O salto na carreira só veio em 1975, quando lançou a música "Severina Xique-Xique" – famosa pelo verso "ele tá de olho é na butique dela", feita em parceria com João Gonçalves. O disco vendeu cerca de 800 mil cópias. AVC e covid-19 Em maio, antes de ser contaminado pelo novo coronavírus, o músico já havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Genival Lacerda vinha apresentando piora em seu quadro de saúde nos últimos dias, a ponto de a família usar as redes sociais para pedir que as pessoas doassem sangue para ajudá-lo. Da Agência Brasil

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No encontro de céu e mar - Por Paulo Caldas

Em ''A azul sereno" Ed Arruda se atém ao ofício dos faroleiros, aqui com foco nas letras, as ilumina e as liberta dos matizes opacos até o encontro de céu e mar (onde mora a paz), quando o horizonte se faz em prosa e verso. Seguindo o destino dos ourives, lentes e cadinhos, dá brilho às frases: "Por ser cristal, a alma em êxtase, sob a mistura de sal e chuva, filtra a luz e revela-se arco-íris ". Tal bailarino, em ritmo de tango, faz das estrofes partners e conduz seus versos pela pista com ritmo e harmonia: “Quarta-Feira de Cinzas a floresta se rende, a morte toca o clarim do silêncio". Sobre esta primeira incursão solo de Ed Arruda aos oceanos da literatura, diz na contracapa a talentosa Aline Saraiva: "Navegar não é o bastante; as ondas desse 'azul sereno' submergem o leitor em mergulhos intensos''. No posfácio, a professora associada da UFRN Valdenides Cabral de Araújo Dias destaca a seriedade expressiva do autor em colocar no mesmo espaço prosa e verso, lirismo e crítica social. Asunción González, pós-graduada em língua portuguesa, nas orelhas comenta: " a poética aqui não acalanta, grita, acorda os anjos de pedra para enxergar o mundo cru, sem ervas aromáticas". "Azul sereno" traz na capa a arte de Lúcia Ramos, a editoração eletrônica de Lourdes Duarte, coordenação editorial Lourdes Nicácio, produção editorial Edições Novo Horizonte e impressão de Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no Varejão do Estudante (Av Manoel Borba) e no Espaço Cultura Nordestina (Poço da Panela)

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga programação

Organizadores e artistas do Janeiro de Grandes Espetáculos, que em sua 27ª edição se esgorçaram para adaptar o festival a uma realidade possível, transformando-se em JGE Conecta. A programação do festival, disponível no site www.janeirodegrandesespetaculos.com, contempla, de 7 a 28 de janeiro de 2021, 35 espetáculos em formato online, com exibição através do YouTube, e 13 presenciais. As apresentações ao vivo serão nos teatros de Santa Isabel, do Parque e Luiz Mendonça, respeitando todas as normas sanitárias vigentes. Este ano, além de Teatro Adulto, Teatro para Infância e Juventude, Dança e Música, o Janeiro contempla, pela primeira vez, as categorias Circo e Mostra de Escolas Independentes de Teatro, Dança e Circo. Traz ainda 14 debates online sobre variados temas acerca da arte no quadro Palavração. Pernambuco, como sempre no evento realizado pela Associação de Produtores de Artes Cênicas de PE (Apacepe), foi priorizado na grade: além do Recife, há artistas de Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Vitória de Santo Antão, Surubim, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Tabira e Petrolina. Ao mesmo tempo em que a programação foi construída com muitos limites, fez-se possível quebrar a barreira física com a inédita possibilidade de exibições virtuais. Assim, estarão de forma remota companhias do Ceará, Bahia, Brasília, Amapá e Amazonas, dentro do conceito de se pensar o Brasil além do eixo Sul/Sudeste e abrir as portas para a potência criativa das outras regiões do País. Do exterior, espetáculos da Colômbia, Senegal e Eslováquia integram o roteiro. “Vivemos um momento em que a grandeza é estarmos vivos, produzindo artes e dialogando com nossos públicos. O grande destaque do festival é o conjunto de sua programação. Utilizamos critérios como qualidade, processo, diálogo entre territórios diferentes, representatividade regional, cultural, de gênero”, pontua José Manoel Sobrinho, gerente de Programação. Os integrantes da comissão de seleção dos espetáculos trouxe a diversidade, marca desta edição: Gheuza Sena (atriz do Recife), Genivaldo Francisco (representante da Amotrans - Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de PE), Djaelton Quirino (representante da Ripa - Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de PE) e Clara Isis Gondim (bailarina de Petrolina). A abertura do JGE será simbólica. Gravada no Teatro de Santa Isabel e transmitida online, gratuitamente, dia 7 de janeiro, às 20h, prestará reverência a oito homenageados. Na música, o maestro Ademir Araújo e a pianista Ellyana Caldas. No teatro, o escritor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito e a atriz Arari Marrocos, de Caruaru. No circo social, a artista-educadora Fátima Pontes; e no circo popular, o mágico Alakazam. Na dança, o artista e pesquisador Jailson Lima, de Petrolina, e a bailarina Cláudia São Bento. O evento de abertura terá participação da cantora Gabi da Pele Preta e da instrumentista Laís de Assis, com apresentação da atriz Fernanda Spíndola. Este ano, o Prêmio JGE Copergás será concedido a projetos que se destacaram em 2020. Serão 20 premiados, entre companhias, artistas, escolas, associações, técnicos, espetáculos. INGRESSOS – Os tíquetes para as apresentações virtuais e presenciais custam R$ 20 e estão à venda no site Sympla. Reconhecendo que as escolas independentes de teatro, dança e circo são as principais formadoras de novos artistas e públicos, e oferecendo ainda mais holofotes para essas instituições, o JGE optou pelo acesso gratuito aos espetáculos dessa mostra. O festival sugere colaboração financeira voluntária, de qualquer valor, através do PicPay. Toda a verba arrecadada será dividida entre as dez escolas participantes da mostra. Também serão gratuitos, por meio de lives no Instagram, os debates do Palavração. Apresentado pela Prefeitura do Recife, com o patrocínio da Copergás, incentivo do Governo do Estado de Pernambuco através da Lei Aldir Blanc, o 27º Janeiro de Grandes Espetáculos tem apoio da Cia. Editora de Pernambuco (Cepe), Virtual Recife, TV Globo e Fundação Cultural Cabras de Lampião, parceria da TV e Rádio Universitária, Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de Pernambuco (Ripa), Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), Universidade de Brasília (UNB), SESC Amazonas e Conselho de Artes da Eslováquia. Com produção geral de Paulo de Castro, produção executiva da Fervo Projetos Culturais, Roda Cultural e Cordas Cênicas, numa realização da Apacepe.  

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Filmes pernambucanos na Mostra de Cinema de Tiradentes

Pernambuco estará presente na programação da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Serão exibidos três curtas-metragens do estado em duas mostras temáticas, que poderão ser vistos entre os dias 23 e 30 de janeiro no site oficial do evento www.mostratiradentes.com.br . “Videomemoria”, uma coprodução Pernambuco/Minas Gerais, com direção, roteiro e produção de Pedro Maia de Brito e Aiano Bemfica, participa da Mostra Foco Minas. O documentário revela a luta por terra de trabalhadores da ocupação Eliana Silva, em Belo Horizonte, para se estabelecerem no território. Os filmes “Pega-se facção”, dirigido por Thaís Braga, e “Rebu – A egolombra de uma sapatão quase arrependida”, da cineasta Mayara Santana, integram a Mostra Praça. O primeiro traz a história de mãe e filha que veem na costura domiciliar terceirizada na zona rural de Caruaru (PE), região dominada pela seca, a única fonte de garantirem o próprio sustento. O segundo é um documentário em primeira pessoa que se propõe a investigar, dentro da vivência lésbica da diretora Mayara Santana, as diversas performances de masculinidade, levando em conta seus três últimos relacionamentos e diálogos com seu pai Pedro Bala. O filme aborda com descontração, temáticas como o talento paquerador, flexibilidade com a verdade, relacionamento abusivo, irresponsabilidade afetiva, reprodução de machismo, impulsividade e romance. Questões que permeiam a vida dos dois personagens, mesmo que separados por um recorte geracional, cultural e de gênero. Mostra de Tiradentes - Maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo, a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontece de 22 a 30 de janeiro de 2021 com oferta de intensa programação em ambiente online no site www.mostratiradentes.com.br, com exibição de filmes, debates, oficinas e live shows, e presencialmente, com ações pontuais na cidade mineira. Toda programação é gratuita.

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É hora de mudarmos de via. Reflexões de Edgard Morin para o século 21

Edgar Morin é um dos maiores pensadores do séculos 20 e 21. Aos 99 anos, o sociólogo e filósofo francês traz um livro que reflete sobre o maior problema do tempo presente, a pandemia e as suas consequências, a partir de tudo o que ele viu nas últimas décadas (inclusive das sequelas da sua própria família após a Gripe Espanhola). A globalização, o modelo de desenvolvimento econômico desenfreado, a desigualdade social e tantas características e pilares do mundo atual são expostos pelo novo coronavírus e ao mesmo tempo vítimas dele. Apesar de enfrentarmos um dos maiores traumas recentes da humanidade, Morin não é pessimista. O autor aponta alguns elementos que emergem em meio ao drama do isolamento social e da luta pela saúde coletiva que indicam algumas pontas de esperança para as próximas décadas. Diante da queda e das luzes de novos tempos, ele é taxativo desde o título: "É hora de mudarmos de via - as lições do coronavírus". Morin elenca na sua obra 15 lições da pandemia para a sociedade global e aponta quais os desafios pós-corona que enfrentaremos. Mas antes das lições, fica evidente na publicação que o nosso antigo normal era muito anormal. Simplesmente voltar ao antigo normal quando a população estiver imunizada não é uma opção na leitura do sociólogo. "O isolamento foi uma reclusão, mas também uma libertação interior em relação ao tempo cronometrado, ao ritmo condução-trabalho-cama dos trabalhadores, à sobrecarga de horas de trabalho das profissões liberais. (...) Terminando o isolamento vamos retomar a corrida infernal?", provoca o sociólogo. O mundo mais sustentável, com mais solidariedade, com cooperação global (mas menos centralização) são algumas das utopias apontadas por Morin na publicação. A pandemia e o seu consequente isolamento social duro mostrou que algumas dessas mudanças são possíveis e com resultados muito impactantes para a sociedade. A regeneração da natureza com poucas semanas de menos movimento dos transportes e das indústrias, a ação mais solidária em direção aos mais necessitados que ficaram desempregados e as inúmeras soluções criadas em diferentes países para fazer suas economias rodarem diante das restrições de circulação de aviões e navios pelo mundo são alguns sinais de que outros caminhos são possíveis. A imprevisibilidade sobre o futuro imposta pela pandemia, a proximidade da morte e a parada forçada da humanidade colocaram em xeque muitas "verdades" e leis que pareciam sólidos na sociedade. Nesse momento de crise e para promover uma virada e um novo rumo à humanidade, ele propõe uma nova via que comporta revisões a partir de uma política nacional, uma política civilizacional, uma política de humanidade, uma política da terra e, finalmente o humanismo regenerado. Morin defende novos dias a partir de um humanismo regenerado, que leve em conta toda a complexidade humana (não como o homem voltado apenas voltado para a conquista e para a dominação da natureza). Para além de grandes reformas sociais, ele defende também uma reforma pessoal e uma revitalização da nossa ética. "Solidariedade e responsabilidade são imperativos não só políticos e sociais, mas pessoais. Desde já deveríamos entender que a reforma da sociedade e a reforma pessoal são inseparáveis. Ghandi escreveu: Sejamos a mudança que queremos ver no mundo". É hora de mudarmos de via - As lições do coronavírus (Bertrand Brasil, 2020) é uma leitura obrigatória para quem busca reflexão, inspiração e esperança para a humanidade em um tempo tão confuso e de desesperança. . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Projeto realizará live cultura com os mestres de maracatus

No próximo dia 26 de dezembro, o projeto Noite dos Mestres do Apito terá um novo encontro com o público internauta e admiradores da cultura popular pernambucana. O evento receberá o mestre e poeta popular, Veronildo José dos Santos, do Maracatu Cambinda Brasileira, do Engenho Cumbe; e também, o mestre da nova geração, Gabriel Silva, do Maracatu rural Leão Faceiro, ambos de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do estado. A programação, de valorização à arte do maracatu de baque solto, será transmitida, exclusivamente, pelos perfis oficiais do projeto, disponível no Facebook e Yotutube, além do blog Giro Mata Norte, a partir das 19h. Por lá, o público vai poder acompanhar a participação dos mestres, entoando loas, marchas, sambas e galopes, acompanhados de ternos (orquestras de sopro e percussão). Para evitar o risco de contaminação à covid-19, a organização do evento restringiu as apresentações apenas aos mestres e contramestres de maracatus, além de implementar todas as exigências sanitárias, como uso de máscaras, álcool e distanciamento social. Cilda Trindade é responsável pela coordenação e produção cultural do evento, que tem o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), e apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe. Além disso, são parceiros da iniciativa, a Prefeitura de Nazaré da Mata, Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Capa Bode) e portal de notícias, Giro Mata Norte. O projeto Noite dos Mestres do Apito encontra-se na segunda edição. Iniciado no mês de novembro, a programação conta com quatro apresentações culturais, sendo uma a cada mês. No dia 30 de janeiro, será a terceira live cultural. Na ocasião, participará o Maracatu Águia Misteriosa de Nazaré da Mata. E, para encerrar a programação das lives culturais, em fevereiro, o projeto recebe o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata. Biografia dos mestres: Mestre Veronildo Jose dos Santos, de 46 anos, nascido e criado na zona rural de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do Estado, é um dos ícones da cultura de raiz . Conhecido como o “tubarão da cultura", iniciou sua carreira no Boi de Carnaval Palmeira, sediado no engenho Camarazal, área rural de Nazaré da Mata. No ano seguinte, foi convidado pelo mestre João Paulo, o papa do maracatu, para integrar o Maracatu Leão Misterioso de Nazaré da Mata. Lá, consolidou sua marca cultural e artística, ganhando admiração, prestígio e reconhecimento do público. Em mais de duas décadas, envolvido com a arte de animar o público com sua voz forte e a combinação de versões e poesias feitos de improviso, mestre Veronildo, com é conhecido, tem uma trajetória cultural muito importante. Na sua biografia artística, ele pode participar de várias agremiações, como o Maracatus Estrela Dourada de Buenos Aires; Estrela Brilhante de Nazaré da Mata; Águia Misteriosa de Nazaré da Mata; e Estrela de Tracunhaém. Atualmente está como mestre do Maracatu Cambinda Brasileira, localizado no Engenho Cumbe, de Nazaré da Mata. O grupo è Patrimônio Vivo de Pernambuco, e há mais de cem anos desfila no carnaval pernambucano, do Brasil e do exterior. Mestre Gabriel Barbares da Silva, conhecido como Gabriel Silva, está entre os novos nomes da geração de mestres da cultura popular do maracatu rural, que anda fazendo sucesso na região. O jovem, de origem humilde, vivenciou sua infância nas terras de Chã de Camará, área rural do município de Aliança, na Mata Norte. Foi lá, que, a partir de sua vivência cultural e artística, encontrou o caminho para se inserir no maracatu rural, observando a apresentação de mestres como Zé Duda, que por décadas cumpriu, brilhantemente, seu papel de poeta da cultura popular no comando de sua caboclaria e demais bricantes. O local de chão batido, às margens da PE-62, que liga as cidades de Aliança e Condado, na Mata Norte, povoado por agricultores e cortadores de cana-de-açúcar, é sede de uma das mais importantes agremiações carnavalescas do estado, o Maracatu Estrela de Ouro. A partir desta vivência cultural e da sua minuciosa observação, já auge dos seus 12 anos, mestre Gabriel Silva começou a participar ativamente dos eventos culturais. Sua primeira oportunidade como mestre surgiu no Boi Estrela de Aliança. Sua passagem pela agremiação, que é famosa por desfilar no carnaval da cidade e da região, durou cerca de quatro anos. Com o decorrer dos anos, recebeu convites para participar de vários maracatus, além de ensaios, encontro de mestres, sambadas, roda de mestres, entre outros eventos culturais. Já na fase dos 30 anos de idade, atualmente, representa à nação do Maracatu Leão Faceiro de Nazaré da Mata. Agremiação que ele tem a honra e orgulho de participar.

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Além de Parasita: 3 filmes coreanos para assistir nas férias

*Por Rafael Dantas Parasita deu ao cinema coreano um novo status em 2020, mas as produções cinematográficas do país oriental já merecem atenção há algum tempo e tem novas promessas também. Trago 3 dicas de filmes que mergulharam na história de um dos períodos mais sombrios da política coreana. São enredos fortes que revelam a tensão vivida pelos coreanos décadas atrás, com governos autoritários. Motorista de Táxi O meu favorito desse trio é Motorista de Táxi. O mais leve que os demais, traz alguns pontos de humor, inclusive, em uma história pesada, que envolveu o cerco de uma cidade rebelde pelo governo nacional. O desconhecimento do trabalhador comum sobre da realidade do seu País e o choque ao se deparar com ela integram uma teia de compreensões que podem ser comuns outras sociedades (eu incluiria a brasileira nessa reflexão). O filme é de 2017, com direção de Hun Jang e uma atuação impecável de Song Kang-ho, um dos grandes atores do país, que também estava no elenco de protagonistas de Parasita. SINOPSE: Um taxista de Seul é contratado por um jornalista estrangeiro para levá-lo até a cidade de Gwangju. Ao chegar lá, eles se deparam com o lugar tomado pelo governo militar e com os cidadãos, liderados por um grupo de estudantes, reivindicando liberdade. O que começa com uma simples corrida de táxi se torna uma luta pela sobrevivência em meio à Revolta de Gwangju, evento real que aconteceu na Coreia do Sul em maio de 1980. . 1987: When The Day Comes Mergulhado entre as tensões e traumas das ditaduras de diferentes orientações políticas, 1987: When The Day Comes traz o tom de como questões tão pessoais tem grandes efeitos nacionais. Tortura, rebeldia juvenil, resistência para enfrentar o autoritarismo compõem um trama complexo e envolvente. A película é baseada na história de Park Jong-Chul, um universitário que integrava o movimento pró-democracia. Após ser preso e torturado, há uma tentativa frustrada de esconder o ocorrido. O filme também é de 2017 e foi dirigido por Jang Joon-hwan. SINOPSE: Em 1987, o estudante universitário do movimento pró-democracia Park Jong-chul é capturado pela polícia. Ele é então torturado até a morte. A polícia e o governo tentam encobrir o caso de Park Jong-Chul, mas a mídia e os estudantes universitários tentam revelar a verdade. . The Man Standing Next A aposta do cinema coreano para o Oscar 2021 é The Man Standing Next. A trama envolve segredos e traições na alta cúpula do governo coreano, que estava prestes a cair, em outubro de 1979. Trata-se de um thriller político, dirigido por Min-ho Woo, que demonstra a dureza dos líderes autoritários do País e as tensas relações diplomáticas internacionais na sua época. SINOPSE: Nos anos 70, a Coreia do Sul está completamente dominada pela KCIA, que tem braços que vão além do Estado. A KCIA por sua vez tem como principal controlador, o presidente da república.   Não sou especialista em cinema (aqui no nosso site, essa missão é de Wanderley Andrade), mas as dicas acima são um bom caminho para os amantes da história traduzida no trabalho dos cineastas. Conheci o cinema coreano e essas obras através de indicações que vieram do historiador, metroviário e amigo Jorge Mota, apreciador da sétima arte de diversos países. Sua lista é inclusive carinhosamente chamada por um grupo dos Cinéfilos que integro de MotaFlix.   . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Baile do Menino Deus lança filme para todo o Brasil

Em tempos onde a clausura domiciliar é necessária por conta da pandemia, o Baile do Menino Deus se reinventa para garantir que a alegria, a diversão e toda a sua esperança e ludicidade chegue nas casas dos brasileiros na noite de natal. Produzido pela Relicário Produções/Carla Valença e dirigido por Ronaldo Correia de Brito, o espetáculo que costuma reunir mais de 70 mil de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife virou um filme que estreia hoje (23), às 20h, para todo Brasil, pelo canal do YouTube do Baile e através do site: www.bailedomeninodeus.com.br (em formato com libras e audiodescrição). A transmissão ocorre também nos dias 24 e 25 e, no dia 26 de dezembro, às 14h, na Globo Nordeste. Em um ano desafiador, principalmente para os profissionais da cultura, o Baile do Menino Deus garante além da continuidade de 17 anos de espetáculo, a preservação de mais de 300 empregos diretos, com o seu formato alternativo. São costureiras, montadores, maquiadores, profissionais de limpeza, cozinheiras, aderecistas, produtores, músicos, fotógrafos, cinegrafistas, artistas e diversos profissionais que vivem diretamente da renda do baile, todos os anos. Uma equipe coordenada por 6 médicos também foi montada para as gravações do filme. Mais de 100 caixas de máscaras e álcool 70 foram comprados. Além de capacetes, testes, capotes, borrifadores, roupas especiais e todo o aparato necessário para que a saúde dos profissionais fosse preservada. “Havia uma preocupação grande em não deixar essas pessoas sem trabalho. Nós não tínhamos escolha: ou interrompíamos o ciclo de 17 anos no Marco Zero, não fazendo nada, ou inventávamos outra maneira de apresentar o espetáculo. Topamos o filme. Mas confesso que não foi nada fácil montar o espetáculo a ser filmado, realizar o filme e cumprir os protocolos da Covid. Foi desafiador”, comenta Ronaldo Correia de Brito, criador e diretor do Baile do Menino Deus. Como muitos, o Baile teve que se reinventar. Para o público que precisa de sua mensagem e por sua equipe. Também foi criado um berçário para que as mamães da equipe não precisassem deixar suas crianças sob os cuidados de outras pessoas, pois não sabiam se estavam se cuidando. Neste berçário, ficou Sereno, filho da atriz Isadora Melo (intérprete de Maria), que com apenas 3 meses ingressou na carreira de ator estreando no Baile como Jesus Cristinho. “Tivemos de vencer a inércia, o medo e a paralisia que tomaram conta dos trabalhadores de arte. O protocolo da Covid foi rigorosamente obedecido. Trabalhamos com uma equipe de 6 médicos, que passaram a acompanhar os artistas e técnicos 45 dias antes das filmagens, num plantão permanente, e 15 dias depois das filmagens, quando todos receberam alta. Não houve um único contágio. Por essa estatística vocês podem avaliar o nível de nossa produção”, revela Ronaldo. O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que conta a história mais famosa do mundo - o nascimento de Jesus Cristo, resgatando o sotaque, a forma de fazer, de dançar e de cantar, do brasileiro, se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil. O projeto preserva várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil, à exemplo do reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras representações de brincadeiras e tradições que fogem do monotema “congelado” com neve de isopor, pinheiros, renas, trenós e Papai Noel, que reproduzem a cultura americana, do leste europeu e do consumo. O evento é uma tradição lúdica de final de ano, sendo que a cada nova montagem, são reveladas surpresas. Este ano, por exemplo, o Baile incorporou a tecnologia ao espetáculo. Projeções de um “Céu Divino”, “Paisagens do Sertão” e a “Floresta Amazônica”, são algumas das oito cenas que serão projetadas em um cenário digital, que traz características clássicas e ecléticas da cidade para a apresentação. "O Baile é um espetáculo de rua que se integra com a cidade no espaço do Marco Zero e trazendo o cenário para dentro do teatro a gente quis trazer a cidade como cenário para o fundo do teatro", conta Sephora Silva, que assina a direção cenográfica do evento. O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações. Criado há 36 anos, o texto faz parte da Trilogia das Festas Brasileiras, série de peças que retratam as manifestações populares nordestinas, em que se incluem a Bandeira de São João e o Arlequim de Carnaval. No Baile do Menino Deus, a dupla de personagens principais, Mateus, é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, que se revezam com Paulo de Pontes e Daniel Barros. Juntos, eles buscam uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém-nascido Jesus, e celebrar a vida em clima de festa. Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras, invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi – e muita música e dança. O corpo de baile, composto por onze bailarinos, também está renovado, bem como o figurino e a cenografia. Entre os solos da peça, outro destaque também é Silvério Pessoa, que estará em quatro atos, sendo que há 16 anos integra a rede de artistas do Baile. Além do grupo Bongar que mistura a cultura africana ao auto de natal. O telefilme do Baile conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau). Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003. Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica pela crítica. Diretor de fotografia desde 2006

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Quando as raízes florescem (por Paulo Caldas)

Aldemiro de Lima, neste "Quando as raízes florescem", apresenta uma novela no lugar dos habituais contos (alguns concebidos nos arredores de crônica), com evidentes sinais de domínio no ato de escrever ficção. No universo dos estilos, o autor mantém a verve crítica dos costumes e em vários momentos faz uso das adversativas para abraçar a ironia, artifício manuseado de forma exata. Embora ceda à voz oblíqua, na construção de alguns diálogos, no linguajar é observado o aspecto nativo dos personagens, o que autentica o perfil natural de cada um: "camarão que dorme a onda leva", tal afirma a zelosa mãe da noiva Daniela. O conteúdo do livro traduz o dia a dia de verdades e contradições, harmonias e conflitos, ascensão e decadência, na fragmentação do ser humano comum. "Quando as raízes florescem" tem o projeto visual assinado por Deusdedith Antônio da Silva e a impressão da Luci Artes Gráficas. Exemplares à venda na Livraria Imperatriz do Shopping Center Recife. *Paulo Caldas é Escritor

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