Arquivos Cultura E História - Página 163 De 369 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Teatro do Parque tem programação de reabertura divulgada

Da Prefeitura do Recife O prefeito Geraldo Julio visitou o Teatro do Parque, que passou por um minucioso e grandioso trabalho de requalificação e restauro de suas estruturas e está pronto para voltar à cena cultural da cidade. Na visita, o prefeito anunciou a programação de três dias para reabertura do teatro, que será entregue ao público a partir do próximo dia 11 de dezembro. A celebração contempla várias linguagens, começando na sexta (11), com um concerto da Banda Sinfônica do Recife, e segue no sábado (12) e no domingo (13), com exibição de filme e espetáculo teatral. "Uma alegria que não existem palavras para descrever a reinauguração do Teatro do Parque. Ele está totalmente restaurado, voltando às condições históricas de 1929, mas com toda a modernidade que a gente trouxe de equipamentos, a parte de cenografia, está tudo muito bonito, feito com muito carinho e muito cuidado. Peças que foram fabricadas e encontradas também em leilões de antiquário, recuperação, fabricação de novos equipamentos, sempre preservando a parte histórica, levando a 1929", comentou o gestor municipal. "Uma emoção muito grande, um teatro histórico da nossa cidade, muito bonito, que faz parte da vida dos recifenses e um cinema também de grande qualidade. Eu estou muito feliz. A área externa também, o parque do Teatro do Parque também está muito bonito. Durante o dia, a noite, a iluminação cênica também, está tudo muito bonito. A alegria, como eu disse no início, não tem palavras que descrevam", complementou ele. Nos próximos dias, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, lançará o edital de ocupação da pauta do teatro, que, aos 105 anos de idade, vai poder voltar a contar e ostentar toda a beleza de sua história e arquitetura, sem ter nenhum de seus capítulos cobertos por tinta, descaso ou gesso. A grandiosa intervenção realizada pela Prefeitura do Recife no equipamento histórico combinou obras civis com um delicado trabalho de restauro de toda a estrutura predial, bem como de elementos decorativos, para devolver as características do projeto arquitetônico original de 1929 à casa de espetáculos, que se sagrou unanimidade entre públicos de todos os estilos e preferências estéticas, idades e perfis socioeconômicos. “Trata-se da obra mais importante para a cultura do Recife em muitos anos. Estamos devolvendo à cidade nosso maior teatro municipal, com mais de 800 lugares, preparado para todas as linguagens e acessível a todos os públicos”, celebrou Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife Passado e futuro dividirão espaço nas novas instalações do Teatro. Do ponto de vista técnico, o Parque será alçado à condição de uma das mais bem equipadas casas de espetáculo da capital pernambucana, com maquinário cênico de última geração, climatizado, com acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção ou deficiência, câmeras, sistema e cortina de prevenção contra incêndio. Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, devolvendo à casa de espetáculos as características de 1929, com direito a murais laterais do palco recuperados, pisos e cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico, em respeito à beleza e à história do equipamento cultural presente nas memórias afetivas de muitas gerações de recifenses. Um dos únicos teatros-jardim do Brasil, o Parque ganhou ainda um projeto de paisagismo especial e convidativo ao público. Além de ser um espaço que promoverá o encontro de pessoas, o jardim do Teatro será uma extensão do palco, podendo ser cenário para apresentações ao ar livre. Importante ressaltar que o trabalho de recuperação da estrutura predial do teatro, executado pelo Gabinete de Projetos Especiais, em articulação com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, foi fundamental para que toda a obra de reforma e restauração pudesse acontecer. A primeira fase da obra teve como objetivo sanar os problemas mais urgentes encontrados na estrutura da edificação para cessar a degradação crescente que vinha acontecendo. Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro. Depois começou o trabalho de pesquisa histórica para identificação dos registros mais antigos da aparência do Teatro ao longo de sua existência, que levou em consideração fotografias e documentos, além dos elementos encontrados no próprio prédio, encobertos por muitas décadas de intervenções superficiais e pouco cuidadosas. O resultado das prospeções foi a escolha do ano de 1929, quando o Parque ganhou status de cine-teatro, como referência para a requalificação do prédio. Só a partir daí, o restauro foi iniciado, em paralelo às obras civis. Em seguida, foram executadas obras complementares, relativas à subestação, instalações elétricas, acústica, paisagismo e climatização, dentre outras intervenções já concluídas. Também já foram instalados os equipamentos de luz, som e cênicos. As cadeiras, que passaram por serviços de restauro, foram devolvidas à plateia, assim como os seculares lustres de cristal foram recolocados nos corredores que contam tantas histórias.

Teatro do Parque tem programação de reabertura divulgada Read More »

"Apagar o Histórico” estreia pelo Festival Varilux de Cinema Francês

“Apagar Histórico”, de Gustave Kervern e Benoît Delépine, chega às telas de cinema do Brasil. Vencedora do Urso de Prata na última edição do Festival de Berlim (Filme que abre novas perspectivas), a comédia já foi vista por mais de 500 000 expectadores na França e é um dos destaques da programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece desde 19 de novembro e segue até 03 de dezembro. O elenco é formado por um grupo de espirituosos anti-heróis. Os atores Denis Podalydès (Bertrand), Blanche Gardin (Marie) e Corine Masiero (Christine) protagonizam personagens descentrados, mas movidos pelo desejo profundo de retomar o controle, de lutar contra robôs e algoritmos impostos pelo sistema. Eles dão vida aos três vizinhos residentes em um loteamento no interior da França e que se descobrem vítimas das novas tecnologias digitais. Marie é mãe, divorciada, apreciadora de bebidas alcoólicas e alvo de chantagem devido a um vídeo de conteúdo sexual. Bertrand é chaveiro, viúvo e precisa defender a filha de uma perseguição nas redes sociais. Christine, motorista de carros de aluguel, se mostra inconformada ao constatar que as notas dadas por seus clientes se recusam a melhorar e ela precisa aumentar o número de avaliações positivas para garantir seu emprego. Juntos, mas cada um com suas particularidades e exageros, eles decidem declarar guerra aos gigantes da Internet, mesmo que isso pareça uma batalha perdida. Uma realidade incontrolável e também incompreensível para a grande maioria das pessoas conduz a trama, que diverte e faz pensar sobre o quanto somos vítimas ingênuas e inábeis diante das promessas e desenvolturas do mundo digital. O trailer pode ser conhecido pelo link:https://youtu.be/vsuPVtUwcFA

"Apagar o Histórico” estreia pelo Festival Varilux de Cinema Francês Read More »

Novo Cine PE 2020 tem início hoje (23/11)

Em um ano totalmente atípico devido à pandemia de COVID-19, o NOVO CINE PE - Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganhou nova data e será realizado exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte. O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando ainda mais o acesso ao cinema. De 23 a 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a mostra competitiva do NOVO CINE PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo. Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online, para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que vai possibilitar que os cinéfilos assistam às películas nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser divulgada. Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções “O Buscador” (RJ), de Bernardo Barreto; “Mudança” (RS), de Fabiano de Souza; e “Mulher Oceano” (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários "Nós, que ficamos” (PE), de Eduardo Monteiro; “Memórias Afro-Atlânticas” (BA), de Gabriela Barreto; e “Ioiô de Iaiá” (RJ), de Paula Braun. Para Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Veja abaixo a lista completa de selecionados e detalhes). A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do NOVO CINE PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade. “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no NOVO CINE PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador. A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”. O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica. Sobre as dificuldades para a realização do NOVO CINE PE 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos. “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata Bertini. Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do NOVO CINE PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Com 10 anos de carreira, Nínive é integrante do “Coletivo Angu de Teatro” e já participou de filmes nacionais e internacionais. O NOVO CINE PE 2020 terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa "Como encarar o desafio de empreender e fazer novos

Novo Cine PE 2020 tem início hoje (23/11) Read More »

Semana do Livro traz programação inédita para homenagear Clarice Lispector

Após dois anos de sua primeira edição, a Semana do Livro de Pernambuco volta a ser realizada este ano como parte integrante da e.Bienal, a plataforma digital da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O projeto acontece, digitalmente, nos dias 9 e 10 de dezembro, com uma edição especial comemorativa pelos 100 anos de Clarice Lispector. A programação intitulada “Clarice Viva” é totalmente voltada à vida e à obra da escritora ucraniana, que passou a infância no Recife e fez da capital pernambucana cenário de algumas de suas maiores obras, como Felicidade Clandestina. Os dias escolhidos para a realização do projeto também foram estratégicos: o dia 9 marca o falecimento da homenageada. O dia 10, seu nascimento. A edição comemorativa reunirá um time de escritores, pensadores, profissionais da cadeia do livro e da literatura para uma celebração à arte literária de Clarice Lispector. Entre os nomes confirmados na programação, o do escritor e historiador estadunidense Benjamin Moser, conhecido internacionalmente por sua biografia de Clarice Lispector, obra que lhe rendeu, inclusive, o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, em 2016, pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil; o da arquiteta pernambucana Amélia Reynaldo, que trará um apanhado da história do centro do Recife sob a luz das obras de Clarice; o de Eliane Robert Moraes, professora da Universidade de São Paulo (USP) que falará sobre o interesse da autora pelas formas de vida reduzidas à essência, e Marilene Felinto, jornalista e escritora, falando sobre suas leituras da obra de Clarice Lispector e da evocação que ela faz da infância no Recife. Realizado e produzido pela Vox Produções, Ideação e Cia de Eventos, a Semana do Livro tem curadoria assinada por Schneider Carpeggiani, jornalista e crítico literário, com larga experiência no setor. “A ideia dessa série de lives é tanto aproximar o Recife de Clarice Lispector, como trazer nuances pouco faladas de sua obra. Em um ano em que Clarice vai estar, com toda justiça, no centro do debate, nosso esforço é, justamente, buscar o inusitado. Esperamos que a programação traga perspectivas novas, ou, ao menos, pouco discutidas sobre sua obra. Que agrade aos iniciados e consiga atrair iniciantes para sua literatura”, explica Schneider. Assim, a programação, que busca debater, com leveza e interatividade, a obra de Clarice Lispector nos contextos literário, filosófico e histórico, começa com o "Primeiro beijo" e segue até “A paixão segundo GH”, obra-prima da autora, escrita em 1964, ano do Golpe. “Não iremos esquecer da política que aparece no seu trabalho", completa o curador. Além de tudo isso, há ainda a preocupação em promover uma troca direta entre escritores e o público, incentivando à leitura e a valorização da produção literária local e nacional. “A II Semana do Livro está sendo idealizada para servir como um verdadeiro encontro cultural. Nesta edição virtual acreditamos que vamos atingir um público ainda maior, já que vamos estar nas redes e a obra de Clarice é reconhecida internacionalmente”, explica Guilherme Robalinho, da Vox Produções. Outro ponto a destacar é a parceria entre a produção e a Secretaria de Educação do Recife, já que a programação vai servir como projeto de formação para professores da rede municipal. A participação do público na Semana do Livro é gratuita e o projeto oferece acessibilidade com intérprete de libras durante as lives. Os interessados devem acessar o site da Bienal Internacional do Livro para acompanhar o evento: www.bienalpernambuco.com/semanadolivro.

Semana do Livro traz programação inédita para homenagear Clarice Lispector Read More »

Crítica literária: Sob a luz da estrela guia

*Por Paulo Caldas Seguindo uma estrela guia de farto brilho, mãe-professora de nome Flávia Suassuna, ponto feérico deste universo maurício, veio à luz a coletânea "Fios da Teia". São tramas de emoções tecidas com fios de ficção. No tear perpassam narrativas intimistas e infinitas sobre a natureza, o amor e cenas do cotidiano, criadas por mãos hábeis, entrelaçadas em novelos de prosa e verso. Além da estrela guia, o leitor pode contemplar outras tantas já admiradas a olho nu nesta constelação de bardos à mancheia, postadas no firmamento das escritas. Com a criação visual que traz a assinatura de Eliseu Vieira, articulação de Zeca Q Lemos e orelhas de Graça Melo, "Fios da Teia" recebeu o tratamento gráfico da Livro Rápido Editora Gráfica. Os exemplares da coletânea podem ser adquiridos pelo telefone 81 99978-4237 *Paulo Caldas é Escritor

Crítica literária: Sob a luz da estrela guia Read More »

Festival No Ar Coquetel Molotov anuncia 17ª edição para janeiro

O No Ar Coquetel Molotov já tem a data de sua próxima edição marcada para acontecer. Em constante transformação, o próximo CQTL MLTV acontece de 11 a 23 de janeiro de 2021. Essa nova grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento decanta como um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, mundo 3D, workshops, mentorias, oficinas e uma série com shows inéditos de mais de 20 artistas nacionais e internacionais. Uma das maiores inovações, porém não a única, é que o festival vai criar uma série conceitual gravada entre elementos naturais como a vegetação, as montanhas, o som dos animais, o açude do espaço Criatório, estúdio de gravação/ateliê localizado em Gravatá. “Se encontrar no meio dessa paisagem bucólica, é um gatilho para ressignificar velhos pensamentos, moldar novas idéias, iluminações e descobertas que também acontecem em um festival de música. Esse tipo de energia que vamos traduzir com essa série. Transportar as pessoas para uma experiência inesquecível, a qual sempre poderão revisitar. Não é somente mais uma live”, comenta Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins) que assina direção musical da série que tem produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação de áudio pela Fábrica Estúdios. "Em agosto conseguimos juntar cerca de 10 mil pessoas para experimentar um formato inédito, o Coquetel Molotov.EXE, que nos rendeu a indicação para Prêmio Inovação na Web pelo WME Awards e a capacidade de multiplicar ainda mais as nossas possibilidades", conta Ana Garcia, diretora do CQTL MLTV. "E enxergando a velocidade em que esses formatos digitais podem ser rapidamente saturados, resolvemos tentar equalizar as pontas das lanças investindo em desde um mundo virtual 3D até uma série de YouTube de conteúdo altamente experimental e perene. Algo ficará online, disponível até mesmo para as próximas gerações. E tudo isso mantendo as atividades formativas e encontros". Fomentador e constante divulgador das mais diversas cenas artísticas pernambucanas, o No Ar em sua 17º edição, anuncia a primeira de suas novidades nesta 17ª edição: a Convocatória, que irá promover mentorias para carreiras artísticas em início de construção. A ideia é a de impulsionar o cenário independente de Pernambuco, através de um edital próprio, onde os novos artistas terão a oportunidade de se inscrever para participar de capacitações envolvendo produção musical, oportunidades de visibilidade e inserção no mercado da música a nível local e nacional com instrutores do calibre de Ana Morena (Festival DoSol), Benke Ferraz (Boogarins), Marina Amano (Listo Music) e Mazili Benning (PE Squad). Todas as informações e o formulário de inscrições da convocatória podem ser acessados de 18 a 29 de novembro, através do: https://coquetelmolotov.com.br/novo/convocatoria-de-talentos-musicais-para-mentoria-e-qualificacao/ Aprovado na Chamada Pública de Projetos de Residência Artística do Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e British Council, o festival No Ar Coquetel Molotov vai promover ainda uma imersão que envolve um workshop junto a um processo imersivo de criação coletiva.

Festival No Ar Coquetel Molotov anuncia 17ª edição para janeiro Read More »

Sonora coletiva convida Bento Araujo para falar da psicodelia pernambucana

Fora do eixo Rio-São Paulo, a principal gravadora do Brasil estava no Recife. Foram os estúdios da Rozenblit, que produziram e prensaram diversos discos que marcaram a psicodelia pernambucana. Exemplo é ‘Paêbiru - Caminho da Montanha do Sol’ (1975), de Lula Côrtes e Zé Ramalho. O álbum duplo desperta, ainda hoje, a ambição entre colecionadores e figura no livro ‘Lindo Sonho Delirante - 100 discos psicodélicos do Brasil’ (2016), do jornalista Bento Araujo. Hoje (19), às 19h, a Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), recebe o autor para um bate-papo no Canal multiHlab, no YouTube. Participam também da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pelo canal experimental de áudio Sonora Coletiva e pelo Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), integrante do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Casa. “Esse momento faz parte do projeto Cenas Musicais de Pernambuco — 1970-2000, que pretende ampliar as coleções de depoimentos de nossos acervos”, aponta Velho Barreto. Ele revela que uma série de entrevistas vem sendo realizadas acerca do tema envolvendo pesquisadores e técnicos do Cehibra e outras unidades da Fundaj. Criador e editor da paulistana poeira Zine, publicação independente bimestral, Bento Araujo dedicou mais de uma década à produção da coleção ‘Lindo Sonho Delirante’. Dividida em três volumes — com apenas dois lançados —, o jornalista destaca os mais importantes “discos psicodélicos, audaciosos e ousados do Brasil”, produzidos e lançados entre 1968 e 2000. Na live, ele promete falar do contexto em que ocorreu a chamada cena musical psicodélica no Brasil e, em particular, em Pernambuco. Em sua obra, o autor reconhece o legado do Estado em produzir “os discos independentes mais experimentais da indústria fonográfica do País”. “A psicodelia dos jovens nordestinos gerou uma revolução totalmente marginal, que anos depois desembocaria na radical cena psicodélica pernambucana de Lula Côrtes, Lailson de Holanda, Marconi Notaro, Flaviola e outros. Hoje, essa cena é quase tão cultuada por colecionadores de discos mundo afora como a cena psicodélica de San Francisco, nos Estados Unidos”, revela Bento, que marca a década de 1970 e o surgimento do tropicalismo como propulsores. Neste cenário, nasce, como dito, Paêbiru. Mas, também, Satwa, de Lailson e Lula Côrtes, No Sub Reino dos Metazoários, de Marconi Notaro, e o Ave Sangria — que gravou no Rio de Janeiro. Para conferir mais do Sonora Coletiva, acesse coletiva.org/sonoracoletiva. Com ênfase inicial na cena que agitou o Recife entre o final dos anos de 1960 e a década seguinte, o Cenas Musicais de Pernambuco já entrevistou diversos artistas, produtores e empresários musicais. Dentre os importantes nomes, figuram Marco Polo, Almir de Oliveira, Rafles, Robertinho de Recife, Flaviola, Lailson, Zé da Flauta, Sinay Pessoa, Kátia Mesel, Marcelo Mesel, Rodolfo Aureliano, Maristone, entre outros. Agora Bento Araujo, que embora não seja pernambucano e muito menos tenha vivido a década de 1970, reuniu e tem muita história pra contar.

Sonora coletiva convida Bento Araujo para falar da psicodelia pernambucana Read More »

Peças do Cais do Sertão ganham máscaras em campanha

Cada vez mais atentos aos cuidados sanitários do protocolo de convivência da covid-19, os museus da Região Metropolitana preocupam-se em proporcionar a turistas e visitantes experiências inesquecíveis e seguras em seu espaço expositivo. Uma das ações mais recentes com este propósito, desenvolvida por gestores museais e museólogos do Recife, reforça o uso de máscara em todos os ambientes que compõem os espaços. Personagens e esculturas de personagens presentes nos centros culturais ganharam o adereço imprescindível nestes dias de pandemia. No caso do Cais do Sertão, equipamento gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e Empetur, a intervenção foi feita na ala Joias da Coroa. As réplicas de gibões de Luiz Gonzaga, que representam as figuras do cangaceiro e vaqueiro, e são a primeira parada do visitante ao entrar no Cais, agora exibem máscaras. Além da iniciativa, o museu também conta com sinalização e equipe educativa orientando quanto às novas normas de convivência. A campanha nasceu após interlocução com membros dos museus da região e tornou-se crucial para ajudar na implantação do protocolo sanitário nas instituições. Constantemente alertando o corpo educativo e visitantes quanto ao distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos, gestores viram na ideia uma forma de comunicar que, também dentro do museu, o adereço é imprescindível. A ação também atinge as redes sociais dos centros culturais, por meio do uso de hashtags (#Usemáscara, #Usemáscaranomuseu, #SelfiedeMascara e #CaisConsciente) e peças visuais educativas. Em uma das publicações, vem o alerta: “Você não precisará tirar a máscara para sorrir”. “Após a reabertura, precisávamos desse momento de troca com outros museus da Região Metropolitana do Recife sobre a implementação e execução dos protocolos de segurança da Covid-19. Partindo de uma demanda coletiva, optamos por levar a campanha para as redes sociais e para o nosso acervo. Queremos reforçar que o uso de máscara protege tanto o visitante quanto os educadores”, comenta a museóloga do Cais, Rosélia Adriana. Para acompanhar toda a campanha, as peças visuais estarão disponíveis no perfil do instagram do Cais, o @caisdosertao. Já as vestimentas de vaqueiro e cangaceiro podem ser vistas em visitação, nas quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. SERVIÇO Centro Cultural Cais do Sertão - Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n - Recife, PE, 50030-150 Visitação: quintas e sextas-feiras, das 10h às 16h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

Peças do Cais do Sertão ganham máscaras em campanha Read More »

Sanfona é estrela em aulas-espetáculo gratuitas

Uma viagem por dentro do universo da sanfona e do forró. Assim é o projeto Vou Contar Pra Vocês, que reúne seis aulas-espetáculo com o Mestre Gennaro, para abordar a história da sanfona, do forró, do “arrasta-pé” e a relação com os sanfoneiros mais importantes do Brasil. Os encontros acontecerão nos dias 19, 20 e 21 de novembro e 10, 11 e 12 de dezembro, a partir das 19h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Boa Vista, área central do Recife. Para participar, basta se dirigir à bilheteria do teatro uma hora antes do início de cada espetáculo e adquirir o ingresso gratuitamente. Todos deverão usar máscaras. O projeto é da Tangram Cultural, de Germana Pereira, com o incentivo do Governo de Pernambuco por meio do Funcultura. As aulas-espetáculo são temáticas e envolvem a trajetória do Mestre Gennaro com a sanfona, apresentação das principais composições que influenciaram sua formação musical, a relação da sanfona com o Nordeste, com a paisagem sertaneja, com a seca e com as festas juninas, os diferentes tipos de sanfona e a versatilidade de sons que o instrumento produz, entre outros assuntos. Todos os encontros são gratuitos e contam com recursos de acessibilidade comunicacional, com intérpretes de libras e audiodescritores ao vivo. Vou Contar Pra Vocês também está promovendo uma oficina gratuita de sanfona 120 baixos no dia 14 de dezembro, das 9h às 17h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. As vagas são limitadas e para participar é preciso ter uma sanfona 120 baixos e o mínimo de conhecimento sobre o instrumento. Interessados devem se inscrever gratuitamente até o dia 30 de novembro através do e-mail oficina120baixos@tangramcultural.com.br.. Trazida ao Brasil pelos imigrantes europeus e tocada em várias regiões do Brasil, foi nas mãos de Luiz Gonzaga que a sanfona ganhou características nordestinas e passou a fazer parte da cultura da região. “Por um momento achei que a sanfona ia se extinguir. Fico feliz por ela continuar se perpetuando na nossa cultura e me alegra poder contribuir para isso. Sou um sanfoneiro por natureza e vivo da sanfona. Por isso, convido todos que gostam da sanfona ou tem curiosidade sobre a nossa cultura, para participar desses encontros que foram preparados com muito carinho para vocês”, convida Gennaro. “Vou Contar Pra Vocês é uma experiência única, que vai contar histórias da sanfona de forma didática, divertida e musical, ensinando técnicas de interpretação, ritmo, harmonia e improvisação. É um momento único para emergir nesse enredo cultural e histórico da nossa região”, ressalta a idealizadora e coordenadora geral do projeto, Germana Pereira. O diretor artístico das aulas-espetáculo, Jair Pereira, destaca a oportunidade das pessoas se aproximarem da arte popular, do forró, da cultura nordestina e da influência da sanfona na música mundial, através da troca de experiências com o Mestre Gennaro. “O poder da palavra é incontestável na construção da identidade cultural dos povos e preservação da arte popular. Gennaro e a proposta do projeto Vou contar pra vocês se completam nesta direção”, finaliza Pereira.

Sanfona é estrela em aulas-espetáculo gratuitas Read More »

Circuito Cultural se despede com destaque para a literatura fantástica

O ponto alto do último dia do Circuito Cultural Digital de Pernambuco será o lançamento da Cepe Editora Não me empurre para os perdidos, de Maurício Melo Júnior. A live será na hoje, 13, às 19h, com mediação da jornalista e crítica literária Gianni Paula de Melo. A programação do dia abrange ainda uma variedade de temas: das atividades infantis a lives sobre xilogravura e cordel. O evento é uma realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com curadoria da Fundação Gilberto Freyre. A última edição do ano será de 8 a 11 de dezembro. A narrativa de Maurício Melo Júnior se passa em Pernambuco, na década de 1920. Qualquer recifense ligado em sua própria história reconhece lugares e fatos icônicos do período, enriquecido por supostos diálogos do protagonista da trama, o escritor F., com intelectuais da época. Provavelmente a misteriosa identidade de F. é uma referência ao escritor tcheco Franz Kafka. Na agenda, a literatura fantástica também ganha força com a participação do escritor, roteirista e dramaturgo André Vianco. O convidado é considerado um dos mais renomados autores do gênero no Brasil. A live “Fantasia e terror à brasileira”, com o autor do best-seller Os sete, será às 17h, mediada pelo jornalista Renato Mota. Neste bate-papo André falará sobre sua trajetória, como elabora seus personagens e cria as narrativas de suas histórias fantásticas, de terror e suspense. Mas os destaques do dia começam logo pela manhã, às 11h, com bate-papo sobre Xilogravura e cordel, o encontro da rima com o entalhe. Desta discussão participarão a poeta e ilustradora de livros infantis e juvenis Nireuda Longobardi, e o poeta e cordelista Marcelo Soares. De acordo com a mediadora, Érica Montenegro, poeta e mestra em ciências da linguagem, a conversa terá como eixo a relação do poema com a xilogravura e os espaços em que a xilogravura se coloca hoje, além do cordel. Também estará na pauta do encontro a substituição de alguns tipos de xilogravuras pelas formas digitais, assim como a saída dos artistas do Nordeste para outros Estados. Às 15h, a gestora do Espaço Pasárgada, Marília Mendes, conversará com a escritora e militante feminista Mariana Félix e Akapoeta, que publica seus versos no instagram e tem mais de 1 milhão de seguidores. O título instigante da live promete: A poesia das coisas. A mediadora fará associações com poetas que têm o poder de extrair poesia das coisas, sobretudo as mais simples, como João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Manoel de Barros. SERVIÇO O conteúdo das lives poderá ser acessado no Portal do Circuito: www.circuitoculturaldepernambuco.com.br. Confira a programação desta sexta-feira, último dia do evento: Dia 13.11 – Sexta-feira 8h30 – Ler, muito prazer! Exibição de vídeos de experiências de leitura de crianças na primeira e segunda infância 9h – Senta, que lá vem história! Contação de história do livro Além da Lenda, de Bruno Antônio, Erickson Marinho e Ulisses Brandão. Contação de Joanah Flor 10h – Oficina infantil História de Pano, com Samantha Pimentel 11h – Bate-papo ao vivo: Xilogravura e cordel, o encontro da rima com o entalhe. Participação da poeta Nireuda Longobardi e do poeta Marcelo Soares, com mediação de Érica Montenegro 12h - Prazer de Ler Exibição de vídeos de experiências de leitura de jovens e adultos 13h – Circuito em conexão Atrações oferecidas pelos parceiros do Circuito Cultural Digital de Pernambuco 14h – Por dentro do livro (Café cultural) Processo de criação do livro Tereza Costa Rêgo: uma mulher em três tempos (Cepe), de Bruno Albertim. Conversa entre o autor e Sofia Lucchesi 15h – Bate-papo ao vivo: A poesia das coisas Participação de Mariana Félix e Akapoeta, com mediação de Marília Mendes 16h – Show infantil com a Banda Mini Rock 17h – Live “Fantasia e terror à brasileira” Conversa com o escritor André Vianco e apresentação de Renato Mota 18h – Cinema no Circuito Sebá – face das artes, curta-metragem de Robson Santos. Todas as faces do Sebastião Alves, mais conhecido como Mestre Sebá 19h – Lançamento - Ao vivo (Café Cultural) Não me empurre para os perdidos (Cepe), de Maurício Melo Júnior. Conversa entre o autor e a jornalista Gianni Paula de Melo 20h – Sarau musical Enraizado, com Ciel Santos

Circuito Cultural se despede com destaque para a literatura fantástica Read More »