Arquivos Cultura E História - Página 189 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Cinema da Fundação lança o FestCurtas Fundaj 2020 On-line

O Cinema da Fundação lança o FestCurtas Fundaj 2020 – I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação On-line, aberto a diretores de todo o Brasil e a ser realizado na primeira semana de julho. Podem participar filmes de até 30 minutos sejam ficção, documentário ou animação. Esse é primeiro festival promovido pela Fundação Joaquim Nabuco. Será totalmente on-line, desde as inscrições e seleção, até a exibição dos filmes. Os filmes podem ser inscritos até o próximo dia 15 junho. Para isso, os realizadores interessados devem conferir o regulamento, se inscrever e enviar seus filmes pelo site festcurtasfundaj.com.br “Nosso esforço tem sido o de manter as atividades culturais de todos os setores da Fundaj, nesta época de isolamento social”, diz o presidente da Fundaj, Antonio Campos. Na inscrição serão aceitos curtas produzidos a partir de junho de 2018. Os filmes selecionados serão anunciados a partir de 25 junho. O FestCurtas também terá sua versão presencial no Cinema da Fundação, tão logo suas salas sejam reabertas com o fim do isolamento social. Segundo Ana Farache, Coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana da Fundaj, já existia entre a equipe a vontade de promover um festival do Cinema da Fundação, desde o ano passado. Adianta que os recentes acontecimentos provocados pela pandemia aceleraram a ideia a tomar forma. “Consideramos providencial realizar o festival exatamente agora, no meio desta pandemia, justamente quando toda a cultura passa por um momento de tantas dificuldades e incertezas. Queremos contribuir, enaltecer e animar, como nos é possível, o setor do audiovisual no país”, explica. Ana comemora o total apoio recebido da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte ( Dimeca) da Fundaj, por meio do seu direuor, Mario Helio. Também a dedicação da equipe do cinema e da cinemateca apesar de todas as dificuldades impostas pelo isolamento social. Seleção e premiação – Todos os filmes recebidos serão submetidos à Comissão de Seleção do FestCurtas Fundaj 2020. A escolha da comissão é soberana, irrevogável e atenderá a critérios estritamente técnicos, artísticos e éticos. O resultado da seleção dos filmes a serem exibidos no FestCurtas Fundaj 2020 será divulgado no site do festival e da Fundaj, nas mídias sociais do Cinema, da Cinemateca Pernambucana e demais espaços on-line da Fundação Joaquim Nabuco. A premiação será definida por um Júri formado por membros de notório saber que concederá prêmios para melhor ficção, documentário e animação. O FestCurtas terá ainda o prêmio do público, escolhido por votação online. A produção local será contemplada ainda com o Prêmio Cinemateca Pernambucana. O diretores premiados de outros estados, receberão passagens áreas e diárias para participarem da Mostra do FestCurtas Fundaj 2020, no Cinema da Fundação, no Recife. A mostra presencial acontecerá assim que suspenso o isolamento social e o cinema volte às atividades normais. Os diretores premiados do Estado e o diretor agraciado com o Prêmio Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco, além de participarem da Mostra FestCurtas Fundaj 2020 presencial, receberão passe livre para frequentarem as salas do Cinema da Fundação (com um acompanhante), durante dois meses, tão logo o cinema seja reaberto. Todos os vencedores receberão Selos de Premiação e Certificados, além de terem seus filmes exibidos dentro da programação semanal do Cinema da Fundação (salas no Derby e no Museu), durante uma semana, cada.

Cinema da Fundação lança o FestCurtas Fundaj 2020 On-line Read More »

A saga dos Espartilhos e Gravatas (por Paulo Caldas)

*Por Paulo Caldas Espartilhos e Gravatas – História da Família Pabst no Brasil é um trabalho denso, primoroso, criado pelo médico escritor Flávio Link Pabst e impresso pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), 2020, com projeto visual da designer Bel Caldas. Do ponto de vista estético, o livro possui um acervo iconográfico – imagens legendadas de fotografias, objetos, símbolos, brasões, mapas e recortes de gentes e lugares desde a Alemanha até a chegada ao Brasil na segunda metade do século XIX. O Recife foi nascedouro do ambicioso projeto editorial cuja publicação contempla ainda a apresentação de uma frondosa árvore genealógica. O conteúdo traz fatos significativos que vão além do âmbito familiar e desse modo assumem contornos históricos, sociológicos e de viés econômico. O autor premia a narrativa com aspectos anteriores a partir da fixação do casal Johann e Wilhelmine Lina Warthner, no Rio Grande do Sul até a ramificação se estender por São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Movido por sentimento empreendedor, o patriarca deixou dois sócios cuidando da fábrica de espartilhos e gravatas na Alemanha e veio abrir outra aqui. O êxito do negócio o fez permanecer no Brasil, em Porto Alegre, onde a considerável quantidade de migrantes alemães poderia tornar mais fácil a adaptação no novo país. É interessante lembrar, nos dias de hoje, que o nome Pabst ultrapassou fronteiras e constituiu núcleos familiares na Argentina, Canadá e Estados Unidos da América. O livro pode ser adquirido diretamente com o autor pelo WhatsApp 81.99966.9066 *Paulo Caldas é escritor

A saga dos Espartilhos e Gravatas (por Paulo Caldas) Read More »

Tagore lança “Drama” com participação do Boogarins

Por Yuri Euzébio Há algum tempo atrás fomos surpreendido com o lançamento do álbum de estreia da Tagore, “Movido a Vapor”, misturando rock com ritmos regionais e muita psicodelia, o som do grupo se mostrava original e diferente de tudo o que existia até então. A junção de baião com rock psicodélico fez a cabeça de muita gente naquele 2014 e o forte sotaque do cantor marcou os ouvidos de quem ouviu. O álbum foi eleito um dos melhores daquele ano segundo a crítica especializada. Dois anos depois, o conjunto continuou sua trajetória com Pineal (2016) e rodou o Brasil, participando de festivais de música alternativa. Caso você ainda não conheça essa joia fina da nova geração da música pernambucana, aí vai um aperitivo: Pois bem este ano o artista pernambucano lançará seu novo álbum, já apontado como um divisor de águas de sua carreira mesmo antes de seu lançamento. “Maya” conta com a produção de Pupillo – que já produziu Edgar, Céu, Otto e diversos outros artistas – e trará novas texturas sonoras para o inventivo rock psicodélico do Tagore. O disco tem previsão de lançamento para o segundo semestre, mas, antes disso, Tagore apresenta uma música inédita. A faixa não fará parte do repertório do álbum, no entanto dá uma boa pista do que vem por aí. “Drama”, já disponível em todos os aplicativos de música, foi composta por ele em parceria com Fernando “Dinho” Almeida, do Boogarins. “Drama é um grito no espelho, um pedido de ajuda ao seu próprio reflexo em busca de forças para encarar as desventuras da existência, entre elas, os desamores” – conta Tagore. O single foi gravado no estúdio Space Blues por Tagore (voz, violão e guitarra), João Cavalcanti (baixo e synth) e Pupillo Oliveira (bateria e percussão). Fernando “Dinho” Oliveira é convidado especial nos vocais e guitarra.

Tagore lança “Drama” com participação do Boogarins Read More »

Acervo da Fundaj na plataforma Google Arts & Culture

Por meio de parceria firmada com a Fundaj,  recurso tecnológico, que é gratuito, compartilhará a cultura, a arte e a história virtualmente para o Mundo. Museu do Homem do Nordeste e Biblioteca Blanche Knopf terão conteúdos disponibilizados Para ampliar o seu alcance nos meios digitais gratuitamente, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) fechou uma parceria com a plataforma Google Arts & Culture. A instituição assinou um contrato de confidencialidade (NDA). Esse termo protege dados estratégicos da parte contratante. O acordo é essencial para preservar processos, documentos,valores aplicados, projetos, produtos e estratégias comerciais das empresas. Com o recurso Google Arts & Culture, disponível nos sistemas iOS e Android e para desktop, as obras do rico acervo da Fundaj e as mais de 16 mil peças históricas do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) serão digitalizadas e visualizadas digitalmente por todo o mundo, assim como os volumes da Biblioteca Blanche Knopf, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco. A biblioteca, por exemplo, conta com mais de 130 mil volumes, entre livros raros, fascículos e periódicos. Em relação ao novo parceiro, o presidente da Casa, Antônio Campos, destacou a importância do trabalho com tecnologias, que ajuda a compartilhar a cultura, a arte e a história, além de permitir que os museus criem exposições online. “É uma maneira nova e imersiva de explorar a diversidade cultural na web por meio de um aplicativo gratuito. A partir de agora, o Google Arts & Culture ganha a parceria de mais uma instituição cultural. Conforme o acordo, a própria Fundaj é a responsável pela produção do conteúdo na plataforma e por acompanhar as capturas que podemos agendar na instituição”, declarou Antônio Campos. Como funciona Cada instituição fica responsável por seu conteúdo, seja replicando uma exposição física quanto criando uma nova para ser acessada apenas virtualmente. Todas as obras deverão ser acompanhadas de uma ficha técnica e uma descrição para que o utilizador tenha informações sobre o autor, a peça e o contexto histórico. Por se tratar de um recurso internacional, é preciso disponibilizar o conteúdo em inglês e em português. O trabalho produzido para a plataforma pode ser publicado no site da instituição.

Acervo da Fundaj na plataforma Google Arts & Culture Read More »

Escola Pernambucana de Circo lança a campanha “Circo em frente de casa”

A Escola Pernambucana de Circo (EPC), localizada no bairro da Macaxeira, zona Norte do Recife, está com as suas atividades suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. Porém, a escola lançou na plataforma Benfeitoria, a campanha “Circo em frente de casa”, que consiste em uma série com 30 apresentações de palhaços da trupe da escola, a Trupe Circus, para comunidades da zona Norte do Recife. Os artistas circenses farão esquetes artísticas e de conscientização, abordando, de forma educativa e lúdica, as formas de prevenção e de higiene para evitar o contágio do vírus. Sem aglomerações, respeitando as distâncias e usando os protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), os artistas vão ensinar a forma correta de lavar as mãos, usar as máscaras, usar o álcool gel e fazer a limpeza da casa. Para tal, eles vão usar os elementos da arte circense como malabares, bola de equilíbrio e apresentações com palhaços, levando informação e entretenimento às famílias. O público poderá assistir às apresentações das suas janelas, varandas e terraços. Durante a ação, ainda serão distribuídos kits de higienização para as famílias. ESCOLA PERNAMBUCANA DE CIRCO – A Escola Pernambucana de Circo (EPC) é a única escola em todo o Estado de Pernambuco voltada ao ensino da arte circense para crianças e jovens das comunidades do Recife e Região Metropolitana. Possui 24 anos de atuação com a pedagogia do circo social, e atende a mais de 140 crianças, adolescentes e jovens. Há mais de 15 anos, a EPC formou um grupo profissional, a Trupe Circus, que atualmente possui 30 artistas circenses e tem mais de dez espetáculos em seu repertório. As apresentações de espetáculos, oficinas pedagógicas, eventos corporativos, e recepção de festas são serviços que mantêm mais de 40% da manutenção com as despesas com a sede e com a folha de pagamento dos funcionários. O valor restante vem dos editais das quais a escola participa e que estão suspensos no momento. Vale ressaltar que a EPC não recebe nenhum apoio de órgãos públicos ou privados e que a ajuda a essa categoria é de importante valor para toda a classe artística.   Para doações para a campanha “Circo em frente de casa”, o link é: https://benfeitoria.com/escolapernambucanadecirco

Escola Pernambucana de Circo lança a campanha “Circo em frente de casa” Read More »

Projeto prevê shows virtuais para contemplar artistas locais no São João do Recife

A vereadora Aline Mariano (PP) teve aprovada uma indicação de sua autoria e também deu entrada em um projeto de lei (PLO 70-2020) que pretende minimizar os efeitos da crise imposta pelo coronavírus aos artistas locais. De acordo com Aline Mariano, é preciso garantir que os recursos do orçamento da cultura para o período junino sejam usados na contratação de shows virtuais. Como contrapartida, essas lives vão servir para arrecadar alimentos, materiais de limpeza e de higiene pessoal a serem distribuídos entre as comunidades mais carentes do Recife. “Os artistas com inserção nacional encontraram um jeito lucrativo de enfrentar essa crise econômica imposta pela pandemia da Covid-19. Os grandes nomes da música do país fazem lives, garantem boas receitas e ainda conseguem ajudar pessoas e instituições. Não é o caso dos cantores e músicos que não tem a mesma inserção. Muitos artistas locais se apresentam na noite de bares e restaurantes da cidade e tiram o sustento dessa atividade. O poder público precisa garantir essas apresentações e foi nesse sentido que busquei dar entrada nesse projeto e também indicar ao prefeito Geraldo Julio que cumpra o que prevê a Lei Liberato. Temos o exemplo de Campina Grande que vai fazer o São João de forma virtual e Caruaru também já estuda esse mesmo formato para contemplar os artistas”, explicou a vereadora. A indicação foi aprovada nesta segunda-feira (11) em sessão virtual da Câmara do Recife. O projeto de lei está tramitando nas comissões e já conta com o apoio dos vereadores da casa.

Projeto prevê shows virtuais para contemplar artistas locais no São João do Recife Read More »

Crítica literária: Marcados

*Paulo Caldas Na concepção da trama, no perfil dos personagens, no cotidiano vivido em cenários próprios dos dias de agora, nasceu o recado de Zuleide Lima. Neste “Marcados”, o conteúdo satisfaz inclusive ao público pós-adolescente, nutrido no mundo das noites televisivas, gente que projeta seus anseios na figura do adulto jovem bem sucedido, aqui interpretado em costumes e preferências por Alice e Léo. No texto (produção editorial independente), a autora imprime um tanto de pressa, dada a ousadia natural de uma primeira viagem pelo mundo da literatura. Tal detalhe, no entanto, passa desapercebido por leitores apenas leitores. O enredo, com viés shakespeariano, envolve o mistério ou lenda (espécie de maldição) dos marcados, pessoas que nascem com a morte designada na pele. A atmosfera é de dúvidas e medos que pairam sobre os protagonistas, envolvidos entre uma paixão proibida e a esperança de que o amor vença o destino. Formas de aquisição do “Marcados”: e-book disponível na Amazon. O livro físico na Livraria Imperatriz do shopping Recife e com a autora via direct Instagram @zuleide_lima (São dois underline no meio e fim). O valor do livro físico: R$ 30,00 e do e-book R$ 5,91, mais R$ 5,00 se houver postagem dos Correios. *Paulo Caldas é escritor

Crítica literária: Marcados Read More »

07 dicas de quadrinhos em financiamento coletivo

*Por Eduardo Martins Quando estamos folheando um quadrinho que acabamos de receber, dificilmente a gente para pra pensar quanto custou para produzi-lo. Na maioria das vezes, mais de 80% de cada livro feito é dividido em impressão, produção editorial e distribuição.  Portanto, é necessário produzir em uma escala maior, para que o financiamento seja mais vantajoso para quem faz. No final das contas, para pequenas ou médias editoras e para artistas independentes as plataformas online de financiamento coletivo se tornam uma opção viável para publicar quadrinhos. No modelo “É tudo ou nada”, as campanhas precisam atingir o valor mínimo e só assim começar a produção em escala de um novo quadrinho sem riscos com o “encalhe”, que abarrotam depósitos e se tornam prejuízo para as editoras. Desde 2006, a editora Figura, quando lançou seu primeiro quadrinho nesse modelo – Sharaz-de, do autor Sergio Toppi, continua ainda hoje com projetos iniciados através de campanhas de crowdfunding. Já a estreante no mercado, a editora Graphite lançou recentemente em janeiro de 2020, o quadrinho Brad Barron e já engatou uma nova campanha com outra obra italiana, Nathan Never. Artistas independentes também utilizam as famosas “vaquinhas online” para produzir em menor escala suas obras. Para muitos, começar a carreira com um lançamento em uma editora maior é quase uma missão impossível. Além disso, as campanhas possibilitam ao leitor uma experiência nova, onde ele se sente parte do processo. Camisas, chaveiros, adesivos, desenhos originais exclusivos e o seu nome nos agradecimentos impresso no quadrinho são algumas das estratégias para conseguir bater a meta. Eu separei 07 quadrinhos que ainda estão com campanhas ativas via plataforma de financiamento coletivo. Todas com um acabamento, aparentemente, impecáveis. Se liga! Nathan Never (Vol. 1) por Graphite Editora Nas palavras do próprio tradutor da obra para português, Paulo Guanaes: “Em 2020, a Graphite Editora traz de volta ao Brasil a humanidade de Nathan Never, um misto de anti-herói cínico e descontraído, que não possui enxertos biônicos ou poderes extra-sensoriais, mas, não se engane, que se confunde com a antiga figura do herói impecável e destemido, lutando por justiça na megalópole onde atua.” Torpedo 1936 (Vol. 1) + Kraken por Figura Editora A Figura Editora lança em uma mesma campanha, dois grandes quadrinhos do talentoso desenhista espanhol Jordi Bernet. TORPEDO 1936 (vol. 1), quadrinho no melhor estilo gangsters, com roteiro de Enrique Sánchez Abulí. E KRAKEN, clássico cult do quadrinho espanhol, com roteiro de Antonio Segura. Nessa campanha de pré-venda, descontos que variam de 40% (no combo com duração de 36 horas) à 30%. Shanghai Devil (Vol. 1) por Red Dragon Publisher Em sua série original italiana, publicada entre outubro de 2011 e março de 2013, Shanghai Devil teve 18 edições que serão compiladas em 4 volumes pela Red Dragon. Shanghai Devil é uma série em quadrinhos escrita por Gianfranco Manfredi, publicada na Itália pela Sergio Bonelli Editore. Uma chance dos fãs da editora conhecer novos títulos. Os gatos de Ulthar por Editora Diário Macabro O desenhista de quadrinhos Leander Moura criou uma adaptação de Os Gatos de Ulthar, do cultuado escritor de terror H.P. Lovecraft, obra que comemora 100 anos em 2020. Sombrio e carregado no nanquim preto, o quadrinho é uma bela aposta para quem gosta do gênero terror. Shogum dos Mortos – As Sete Faces do Horror por Editora Draco Shogum dos Mortos é uma série de quadrinhos ambientada em um Japão feudal infestado de samurais mortos-vivos, criada e escrita pelo mineiro Daniel Werneck. “As histórias de Shogum dos Mortos – As Sete Faces do Horror apresentam a origem de um samurai negro que parece ser o mais maligno de todos os guerreiros do general desmorto!”, segundo a página do projeto no Catarse. O Poderoso Maximus Premium por Editora Universo Fantástico Imagina um super-herói ao melhor estilo Superman, um professor de Literatura que adquiri seus poderes através do “Medalhão do Sol” e depois disso é capaz de voar, disparar rajadas energéticas. Com a força descomunal e sobre-humana, eis que surge O Poderoso Maximus, um super-herói brasileiro criado por Alan Yango. Além dele, o quadrinho conta com uma equipe de talentosos desenhistas paraenses. Esse é o primeiro quadrinho da editora Universo Fantástico. Sobre a Gibitown – Parafraseando Chico Science, a cidade do mangue ergueu uma nova e assim surgiu a Cidade do Gibi. O assunto aqui é quadrinhos. Marvel, DC, Image, editoras nacionais, quadrinhos independentes. Do clássico ao contemporâneo, vamos trazer o que existe de melhor no universo da nona arte em Pernambuco, no Brasil e ao redor do mundo. Sem distinção. A coluna é escrita pelo empresário e jornalista pernambucano Eduardo Martins.  Para envio de materiais, sugestões e críticas, mande e-mail para edmartins@gmail.com

07 dicas de quadrinhos em financiamento coletivo Read More »

Teatro Santa Isabel celebra 170 anos com programação virtual

Casa secular, que testemunhou e emoldurou alguns dos mais importantes capítulos da história do Recife, o Teatro Santa Isabel completa 170 anos neste mês de maio, convidando os recifenses para uma celebração virtual. Com as portas fechadas e o atendimento ao público interrompido pela pandemia, um dos mais nobres e antigos espaços cênicos da capital pernambucana promoverá uma extensa programação de debates e apresentações musicais, que serão transmitidas ao vivo nas redes sociais do equipamento, único palco possível para escoar produções, mobilizações, alumbramentos e questionamentos artísticos em tempos de isolamento social. Oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a programação começa nesta quarta-feira (6) e só acaba no próximo dia 27, com uma série imperdível de lives que serão transmitidas no perfil do teatro no Instagram (@teatrodesantaisabeloficial). Para celebrar a existência do equipamento histórico semeando conteúdos na quarentena, foram convidadas personalidades da cadeia produtiva e criativa da cultura, em seus vários desdobramentos e linguagens, como Rodrigo Dourado, Mônica Lira, Paula de Renor, André Brasileiro e o maestro José Renato Accioly. Eles participarão de conversas com o gestor do equipamento, Romildo Moreira, transmitidas nos próximos dias 6, 13, 20 e 27, sempre a partir das 19h, trazendo à tona questionamentos sobre o futuro dos mercados da arte pós pandemia, além claro de memórias e histórias que o Santa Isabel ajudou a contar na vida e na carreira de cada um. Os debates terão duração de 30 minutos a uma hora e ficarão disponíveis por 24h após a transmissão ao vivo no perfil do teatro. No dia 18 de maio, data exata em que a casa fez sua estreia, no ano de 1850, apresentando seu primeiro espetáculo, O Pajem de Aljubarrota, do escritor português Mendes Leal, para uma plateia de ilustres, a programação será música para ouvidos isolados. Exatos 170 anos depois, o Santa Isabel pede a seu público cativo que fique em casa e celebre a efeméride do sofá, a partir das 19h, curtindo a live celebração protagonizada pelas atrações musicais: SH (Surama Santos e Henrique Albino), Publius Lentulus, Grupo Instrumental Brasil e Chorinho da Roça, todos selecionados pelo edital do projeto Santa Isabel em Cena, que teve sua programação adiada por tempo indeterminado, em função do avanço da pandemia. Além de conteúdo, afeto não haverá de faltar nas comemorações virtuais ao teatro centenário. Para celebrar todas as histórias de amor e de arte guardadas por aquelas paredes, artistas, técnicos, produtores, público, visitantes e funcionários irão declarar seu amor e sua saudade, gravando pequenos vídeos sobre sua relação com o Santa Isabel, que também serão publicados no Instagram do equipamento ao longo de todo o mês de maio. Sobre o Teatro O Teatro Santa Isabel, cujo nome é uma homenagem à Princesa Isabel, foi inaugurado em 18 de maio de 1850, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. Idealizado pelo Barão da Boa Vista, teve o projeto dirigido pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que inovou na época, optando por não utilizar trabalho escravo na construção de arquitetura neoclássica. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 31 de outubro de 1949, o equipamento foi mais tarde eleito um dos 14 teatros-monumentos do país. Durante toda a sua história, a casa sempre esteve no centro da vida política da cidade, tendo assistido à Revolução Praieira e abrigado a campanha abolicionista e pelo advento da República. Frequentado, desde sempre, por notórias personalidades da cultura nacional, o Teatro de Santa Isabel foi cenário dos debates literários de Tobias Barreto e Castro Alves. Foi de lá que ecoou para todo o Brasil a histórica frase do abolicionista Joaquim Nabuco: “Aqui vencemos a causa da abolição”, imortalizada numa placa exibida numa das paredes do teatro até hoje. Uma curiosidade sobre o teatro é que ele chegou a ser destruído por um incêndio ocorrido em 19 de setembro de 1869, tendo sido totalmente recuperado, redimensionado e entregue outra vez ao povo pernambucano em 16 de dezembro de 1876, para em 2020, quem diria, virar de novo saudade, até que o coronavírus dê à humanidade uma merecida trégua. Sobre convidados e atrações da programação Rodrigo Dourado – Professor do Curso de Teatro do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco. Desenvolve pesquisa nas áreas de Performatividade e Teatro Contemporâneo; Identidades de Gênero, Sexualidade e Teatro; Estudos Queer. É também tradutor, dramaturgista e fundador/diretor do grupo Teatro de Fronteira, com atuação na cidade do Recife (PE). Venceu os prêmios Ariano Suassuna (Fundarpe/PE) e Funarte de Dramaturgia, em 2018, como texto “Terminal”. Autor do livro “Bonecas falando para o mundo: identidades ‘desviantes’ de gênero e sexualidade no teatro” (Sesc/2017). Mônica Lira – Bailarina, coreógrafa, professora, artista da dança e produtora. Diretora do Grupo Experimental (Recife) desde sua fundação, em 1993, tendo criado mais de 20 obras de dança ao longo da trajetória do grupo, que circulou por todas as regiões do Brasil e apresentou-se ainda no Peru, Equador, Argentina, Chile, Paraguai, Portugal, Itália e Espanha. Realizou durante 10 anos o projeto social “Núcleo de Formação em Dança”, com mais de 500 jovens passando pelas aulas de dança promovidas pelo Grupo Experimental através de sua metodologia. Atuante na política cultural local, foi uma das fundadoras do Movimento Dança Recife (uma articulação política com 15 anos de atuação). Já trabalhou como gestora pública na Prefeitura do Recife, no Serviço de Dança, e participou do Conselho de Cultura. Pós graduada em “Gestão e Produção Cultural” e “Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança” pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestranda em dança na UFBA. Paula de Renor – Atriz, produtora e diretora da Remo Produções Artísticas desde 1983. Produziu diversos espetáculos de teatro, incluindo duas coproduções internacionais. Também atua na produção de programas para Televisão e projetos sociais ligados ao teatro. Esteve à frente, como curadora e produtora, do Janeiro de Grandes Espetáculos por 17 anos e

Teatro Santa Isabel celebra 170 anos com programação virtual Read More »

Jornalismo em quadrinhos: a narrativa gráfica da realidade

*Por Eduardo Martins Apesar do termo Jornalismo em Quadrinhos ter sido cunhado pela primeira vez pelo jornalista e ilustrador maltês Joe Sacco, em 1994, quando ele publicou Palestina, considerado o marco inicial desse gênero, é comum alguns especialistas atribuírem o pioneirismo ao sueco Art Spiegelman, que lançou em 1991, “Maus”, obra vencedora do prêmio Pulitzer, a maior premiação jornalística do mundo. Um simples, porém controverso jogo de palavras podem categorizar de diferentes formas cada uma delas. Palestina, uma longa reportagem em quadrinhos. E “Maus”, uma obra biográfica baseada em entrevistas reais. A verdade é que o jornalismo e a ilustração já estão entrelaçados há muitíssimo tempo. A primeira aparição de desenhos gráficos para ilustrar notícias aconteceu em 14 de Maio de 1842, no periódico “The Illustrated London News”. De tiragem semanal, o jornal foi o primeiro a recrutar em uma mesma redação, artistas e repórteres. Em 16 páginas, com ilustrações gravadas em madeira, a publicação veio com a cobertura do primeiro baile mascarado da Rainha Vitória, eleição presidencial nos Estados Unidos e extensas reportagens de crimes e resenhas de peças e livros. Essa primeira edição vendeu 26 mil cópias, um sucesso na época. Já em 1869, foi lançada a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil, na revista “A Vida Fluminense”. As “Aventuras de Nhô Quim” ou “Impressões de Uma Viagem à Corte”, do escritor e desenhista ítalo-brasileiro Angelo Agostini. Dividido em 16 quadros ilustrados e com textos abaixo de cada um deles, na época ainda não existiam os balões, ele conta a história de Nhô Quim, um caipira que se muda do interior para a cidade do Rio de Janeiro. Mesmo utilizando o humor e a caricatura em seus trabalhos, Agostini mostrou como ninguém os costumes daquela época, o contraste da civilização entre o meio rural e urbano, se tornando o ilustrador mais importante do Segundo Reinado. Hoje em dia, infelizmente, os cartunistas brasileiros são relegados em uma meia página no caderno de cultura de algum jornal impresso local. Contudo, eles já fizeram bastante barulho com seus desenhos em décadas atrás, tornando-se porta-vozes da indignação de toda uma sociedade reprimida. Entre 1969 e 1991, O Pasquim foi o mais importante semanário alternativo e de oposição política do Brasil. Em seu auge, atingiu a marca de 200 mil exemplares vendidos, um fenômeno no mercado editorial brasileiro. A lei de imprensa, que instaurou a censura prévia dos meios de comunicação na ditadura militar surgiu por causa de uma entrevista da atriz Leila Diniz feita pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral na edição do Pasquim. Em contrapartida, mesmo bebendo da fonte cartunesca, o jornalismo em quadrinhos de formato mais longo, difundido pelo quadrinista e jornalista Joe Sacco, em meados de 90, normalmente abrange várias páginas e tem como objetivo explorar um tópico e não apenas satirizá-lo, geralmente usando: entrevistas reais, mapas, evidências estatísticas, fatos históricos e diagramas. Na coluna de hoje, vamos trazer 10 dicas essenciais para você mergulhar de cabeça nesse gênero dos quadrinhos. Um pouco sobre alguns autores e obras que mudaram a forma como se faz o jornalismo e os quadrinhos como nos costumamos. E ainda um bônus com 5 sites específicos com excelentes quadrinhos-reportagens no formato digital. Para ficar mais fácil, vamos dividir em 3 grupos distintos. São eles: I – Autores que reportam, escrevem e ilustram toda a obra. Joe Sacco Sacco foi o primeiro jornalista de quadrinhos a ganhar o prestigioso Prêmio Ridenhour pela reportagem investigativa na novela gráfica, “Notas Sobre Gaza”. Sua obra mais conhecida, “Palestina – Uma nação ocupada”, é fruto de uma investigação in loco do conflito entre israelenses e palestinos e ganhou o prêmio American Book Awards em 1996. Ambas foram lançadas aqui pela Editora Quadrinhos na Cia. Dan Archer O jornalista gráfico Dan Archer, nomeado ao Prêmio Eisner na categoria Não-Ficção, utiliza os quadrinhos para criar reportagens, principalmente atreladas aos direitos humanos, em situações em que o equipamento de vídeo ou fotográfico se tornam inadequados ou proibidos. Em 2012 lançou o quadrinho “Graphic Journalism on Human Trafficking in Nepal”, um projeto investigativo que reporta o tráfico de pessoas no Nepal. Carolina Ito A jornalista e quadrinista Carolina Ito é autora do quadrinho-reportagem Estilhaço: uma jornada pelo Vale do Jequitinhonha, projeto experimental para conclusão do curso de Jornalismo que mostra a vida dos moradores da região do Vale do Jequitinhonha, localizada a nordeste de Minas Gerais. Entre outros trabalhos, ela mantém desde 2014 o blog Salsicha em Conserva, onde concentram-se um apanhado de reportagens em quadrinhos que ela produziu para sites e revistas, muita deles para Revista Trip. Colaborações entre jornalistas e desenhistas Extraction!: Comix Reportage, de Dan Dawn Paley, Carlos Santos, entre outros Uma antologia em quadrinhos a respeito de atividades criminosas de empresas de mineração produzida por um time de premiados jornalistas e artistas de quadrinhos. Dividido em 4 partes, as expedições relatam os impactos que essas indústrias estão causando nas comunidades e ecossistemas. Um magnífico e corajoso trabalho que tem a assinatura de nomes como: Dawn Paley, Tamara Herman, Jeff Lemire, Phil Angers e Carlos Santos. Brought to Light, de Alan Moore, Bill Sienkiewicz, entre outros Alan Moore reconstruiu a forma como se escrevia quadrinhos de super-heróis na década de 90, com obras como “V de Vingança”, “Watchmen” e “Batman: A Piada Mortal”. Embora todas estejam carregadas com política, filosofia e alguns distúrbios sociais, essas obras são fictícias. Porém, uma obra pouco conhecida do Mago dos Quadrinhos, “Brought To Light”, em parceria com o talentosíssimo desenhista de quadrinhos Bill Sienkiewicz, mostrou um novo Alan Moore, baseado em fatos reais, contando a história de um agente da Central de Inteligência Americana (CIA) e o envolvimento da agência na Guerra do Vietnã e com figurões como Augusto Pinochet e Manuel Noriega. São Francisco, de Gabriela Güllich e João Velozo A jornalista e quadrinista Gabriela Güllich e o fotojornalista João Velozo passaram 15 dias nas cidades que cortam todo o Eixo Leste da Transposição do São Francisco para abordar 3 aspectos através da narrativa gráfica:

Jornalismo em quadrinhos: a narrativa gráfica da realidade Read More »