Arquivos Cultura E História - Página 2 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Clássico dos Irmãos Grimm ganha adaptação premiada no palco da CAIXA Cultural Recife

Espetáculo infantil “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado” mistura mímica, mágica e humor em releitura moderna com sessões em maio Nos dias 10, 11, 17 e 18 de maio, a CAIXA Cultural Recife recebe o espetáculo “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado”, uma montagem inédita em Pernambuco que adapta o clássico conto dos irmãos Grimm com uma linguagem inovadora e acessível a todas as idades. A peça acumula cinco prêmios nacionais e reúne elementos de mímica, ilusionismo, teatro físico e humor em um formato dinâmico e cativante. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), com vendas a partir de 5 de maio pelo Sympla. Com direção de Alvaro Assad, que também integra o elenco ao lado de Marcio Moura e Regina de Oliveira, o espetáculo leva ao palco a história de um alfaiate convocado pelo rei para cumprir tarefas difíceis – e que, com criatividade, resolve tudo de forma inusitada. A trama resgata a tradição oral dos contos populares e a reinventa com recursos contemporâneos, fazendo do palco um espaço de invenção onde o gesto, a palavra e a magia se encontram. A encenação da companhia carioca Etc e Tal, reconhecida por seu trabalho autoral em teatro físico, traz ao Recife um universo lúdico composto por cenas cômicas, truques visuais, pantomimas e engenhocas teatrais. Os figurinos de Flavio Souza, a trilha original de Joaquim de Paula e a cenografia assinada por Raquel Theo e Tarcísio Zanon criam um cenário onírico que atualiza o conto para os dias de hoje sem perder a essência encantadora dos contos de fadas. Além das apresentações, o grupo oferece no dia 16 de maio a oficina “A Mímica na Dança”, voltada a artistas cênicos que desejem explorar a fusão entre gesto e movimento. Ministrada por Márcio Moura, a atividade será gratuita e terá inscrições pelo site da CAIXA Cultural Recife. “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado” integra a programação dos 45 anos da CAIXA Cultural no Brasil e dos 13 anos da unidade Recife, que convida o público a “culturar”, ou seja, viver a cultura em movimento. Com 30 anos de estrada, o grupo Etc e Tal reafirma seu compromisso com um teatro autoral e visualmente marcante, mantendo um repertório voltado à infância com sensibilidade estética e criatividade cênica. A montagem homenageia os Grimm como os primeiros a registrar por escrito narrativas populares europeias que hoje seguem vivas em novas formas e interpretações. ServiçoEspetáculo infantil “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado”📍 CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife📅 Dias 10, 11, 17 e 18 de maio de 2025🕒 Sábados: 15h e 17h | Domingos: 11h🎟 R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – vendas a partir de 5/5/2025, às 12h, via Sympla📞 Informações: (81) 3425-1915 | Site CAIXA Cultural | Instagram: @caixaculturalrecife👤 Classificação livre | ⏱ Duração: 50 minutos | ♿ Acesso para pessoas com deficiência🎭 Oficina gratuita “A Mímica na Dança” – 16/05, das 15h às 17h (inscrições no site)

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ISAAR Fotos Rogerio Alves

Isaar estreia “Tamboa” com apresentação gratuita no Recife

Espetáculo solo com direção de Mônica Lira destaca a força feminina negra e a musicalidade ancestral em performance no Teatro Hermilo Borba Filho. Foto: Rogério Alves A cantora, compositora e instrumentista Isaar estreia no dia 7 de maio (quarta-feira), às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho, seu novo espetáculo solo, Tamboa, com entrada gratuita. Com ingressos esgotados no primeiro lote online, a artista convida o público a garantir os bilhetes remanescentes uma hora antes do início da apresentação, diretamente na bilheteria. A performance é resultado de um intercâmbio artístico com mulheres negras de Pernambuco, Maranhão e Minas Gerais, em um processo que uniu música, dança, ancestralidade e espiritualidade em torno do tambor. No palco, Isaar estará sozinha, mas cercada simbolicamente por uma ampla rede de vozes femininas que inspiraram a criação da persona “Tamboa”, um neologismo criado pela artista para expressar a potência do tambor na vivência do feminino negro. “Ouvindo mulheres negras de diferentes cidades, encontramos histórias de sabedoria, fé, resiliência, resistência, paixão. Então inventei que ‘Tamboa’ somos todas nós juntas”, afirma a artista recifense, uma das mais reconhecidas da cena musical brasileira. O espetáculo reúne composições autorais de Isaar, músicas criadas a partir da pesquisa realizada nos três estados e canções de domínio público. Com direção cênica de Mônica Lira, do Grupo Experimental, e direção musical de Sofia Freire, a apresentação é um mergulho sensorial em ritmos afro-brasileiros como o maracatu, as caixeiras do divino e as congadas, misturando percussão, canto, movimento e narrativa. “Estarei sozinha no palco cantando, tocando, dançando, contando histórias das histórias que ouvi durante minhas viagens”, revela Isaar. A montagem é resultado de uma imersão coletiva realizada com mulheres como Elisa de Sena (MG), Carla Coreira (MA), Aishá Lourenço e Neta Silva (PE), além de figuras tradicionais da cultura popular como Mestra Roxa, Mãe Kabeca da Casa Fanti Ashanti, Mestra Nadir, do Boi Floresta, e rainhas das Guardas dos Arturos e 13 de Maio, em Minas Gerais. A experiência reverberou em um espetáculo que, embora solo, carrega a força de um corpo coletivo no qual se entrelaçam histórias, afetos e ritmos. “O tambor nos une no maracatu, nas caixeiras do divino e nas congadas”, resume Isaar. Com apoio do programa Rumos Itaú Cultural 2023-2024, Tamboa também se destaca por sua ficha técnica inteiramente composta por mulheres, incluindo a produção da jornalista, antropóloga e artista Chris Galdino. A proposta é não apenas apresentar uma performance musical, mas também celebrar a presença e o protagonismo feminino negro na cultura brasileira, ampliando vozes historicamente silenciadas e conectando diferentes territórios e tradições. ServiçoTamboa, com Isaar📍 Teatro Hermilo Borba Filho – Av. Cais do Apolo, Bairro do Recife📅 7 de maio (quarta-feira), às 20h🎟 Entrada gratuita – distribuição de ingressos uma hora antes na bilheteria (lote online esgotado)📸 Fotos em alta🔞 Classificação indicativa: livre

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Recife Marco Zero

Olha!Recife ressalta importância holandesa para o Recife

O passeio do domingo (04) trata da forte influência dos holandeses na formação da cidade e, na quarta (07), o destaque será para as obras de Abelardo da Hora  (Da Prefeitura do Recife) Inscrições abertas e gratuitas para quem quiser conhecer melhor o Recife e suas influências através do programa Olha! Recife seja a pé, pedalando, de ônibus ou de catamarã. A importância holandesa será o tema do primeiro passeio do domingo de maio (04) promovido pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria de Turismo e Lazer. Já na quarta (07), O Olha! Recife a pé fará o Circuito Abelardo da Hora.   No primeiro sábado de maio (03), às 09h, o Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes levará os inscritos para conhecer o Recife através dos rios que cortam a cidade. Durante o passeio é possível vislumbrar o Marco Zero, o Parque de Esculturas Francisco Brennand, além da belíssima rua da Aurora e é claro as pontes históricas da cidade. Na parte da tarde, às 14h, com saída da Praça do Arsenal, Olha!Recife de ônibus fará o  Circuito dos Santuários. O roteiro visita importantes espaços de fé e tradição religiosa no Recife, como o Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, o Santuário Mãe Rainha e o Santuário do Morro da Conceição. No domingo (04), às 09h, o passeio a pé Olha!Recife: Ruas e Personalidades propõe um olhar sobre a história de figuras que dão nome a importantes vias da cidade. O roteiro passa pelas ruas Marquês de Olinda, Vigário Tenório, Dantas Barreto, Duque de Caxias e Conde da Boa Vista. Para quem preferir um passeio de bike, também no domingo (04), às 09h, terá Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. Saindo da Praça do Arsenal, o passeio de bike explora a herança deixada pelos holandeses no Recife, passando pelo Forte do Brum, Ponte Maurício de Nassau, Praça da República onde fica o busto de Maurício de Nassau e Pátio do Carmo, antigo Palácio da Boa Vista. Na quarta-feira (07), às 14h, o Olha!Recife a pé apresenta o Circuito Abelardo da Hora. Com saída da Praça do Arsenal, o passeio percorre monumentos e obras do escultor espalhadas pela cidade, como as da Praça da República, Praça Joaquim Nabuco, Parque 13 de Maio e Avenida Agamenon Magalhães. Na sexta (09) haverá o Recife Walking Tour, às 09h30, nosso roteiro fixo para turistas e recifenses conhecerem o Centro do recife e os principais pontos turísticos e históricos do  Recife Antigo, com saída da Praça do Arsenal, levando os turistas para conhecer a rua do Bom Jesus, o Museu a céu aberto, a avenida Rio Branco, as pontes do Recife, além dos Museus do Pátio de São Pedro e outros pontos turísticos importantes da nossa cidade.  RESUMO: Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes. 03/05 saída às 09:00 Catamarã Tours Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife de Ônibus: Circuito dos Santuários. 03/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé: Ruas e Personalidades. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé - Circuito Abelardo da Hora. 07/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Recife Walking Tour. 09/05 saída às 09:30 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br

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Lojinha Cartaz impresso em Risografia

Festival celebra 50 anos de Paêbirú com shows, cinema e arte no Teatro do Parque

Evento reúne Ave Sangria, Anjo Gabriel e Kátia Mesel para homenagear o disco icônico de Lula Côrtes e Zé Ramalho no dia 8 de maio, no Recife O emblemático álbum Paêbirú – Caminho da Montanha do Sol, lançado em 1975 por Lula Côrtes e Zé Ramalho, ganha uma celebração especial em seus 50 anos com o Festival Lula Côrtes, no Teatro do Parque, no dia 8 de maio, a partir das 19h. O evento reúne música, cinema, memória e estética artesanal, com shows das bandas pernambucanas Ave Sangria e Anjo Gabriel, além da exibição de imagens inéditas da cineasta Kátia Mesel. Os ingressos variam entre R$ 99 e R$ 198, com entrada social mediante doação de 1kg de alimento para a Cozinha Solidária do MTST-PE. A noite terá um formato inédito de cine-concerto, em que o disco será interpretado ao vivo e registrado em fita analógica, com o objetivo de lançar futuramente um vinil comemorativo. A apresentação contará com a discotecagem do DJ Pré e será comandada pelo comunicador Roger de Renor. “A proposta do festival é proporcionar uma imersão e uma sensação inspiradas no universo simbólico do disco e na trajetória contracultural de Lula Côrtes...”, afirma Nemo Côrtes, filho do artista e coordenador da Rede Lula Córtex, que há dez anos realiza ações de preservação e difusão do legado psicodélico do artista recifense. Além da música e do audiovisual, o festival também aposta na valorização do fazer artesanal. Toda a identidade visual foi criada manualmente pela artista Luiza Morgado e impressa em risografia. Uma lojinha com cartazes, gravuras e camisas limitadas está disponível para compra online, com renda destinada à preservação do acervo de Lula Côrtes. Serviço – Festival Lula Côrtes: 50 anos do disco “Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol”📍 Local: Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife/PE📅 Data: 08 de maio de 2025 (quinta-feira)🕖 Horário: A partir das 18h (abertura dos portões) | 19h (início do festival)🎟️ Ingressos: De R$ 99 a R$ 198 (entrada social com 1kg de alimento)🔗 Compre aqui📲 Instagram: @redelulacortex🛍️ Loja com peças exclusivas: bit.ly/3RzaNBA

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Videopoesia no Sertão do Pajeú conecta tradição oral e produção audiovisual

Formação gratuita leva oficinas práticas para Carnaíba, Tabira e Triunfo, promovendo experimentação artística no interior de Pernambuco O projeto Da Poesia ao Vídeo - Ocupação Pajeú chega em maio ao Sertão do Pajeú com oficinas presenciais nas cidades de Carnaíba, Tabira e Triunfo. A iniciativa une literatura e audiovisual por meio da videopoesia, gênero artístico que transforma poemas em obras visuais. A formação conta com carga horária total de 20h/aula, sendo conduzida pela produtora e realizadora audiovisual Eva Jofilsan, e teve uma etapa teórica online em abril. Agora, os encontros práticos envolvem captação de imagens, montagem e finalização de videopoemas inspirados na cultura sertaneja. Além de formar novos talentos, a ocupação tem como missão democratizar o acesso ao audiovisual fora dos grandes centros urbanos. “A escolha de concentrar o projeto no Sertão do Pajeú era um desejo antigo, pois entendo a região como um berço da criação poética, especialmente da cultura oral no Estado. Ao mesmo tempo, o videopoema abre inúmeras possibilidades de experimentação visual e de recriação da palavra poética. Acredito que esse encontro entre a riqueza da oralidade e o audiovisual resultará em uma fusão muito frutífera de olhares e abordagens”, destaca Eva Jofilsan. A iniciativa é promovida pela Espiral Filmes, com produção da Anilina Produções e incentivo do Funcultura Audiovisual/Fundarpe/Secult/Governo de Pernambuco. Com passagens anteriores por Olinda, Recife, Garanhuns, Arcoverde, entre outros municípios, o projeto tem contribuído para descentralizar a formação técnica e estimular o surgimento de criadores e multiplicadores em diversas regiões do Estado. Serviço – Oficinas presenciais "Da Poesia ao Vídeo – Ocupação Pajeú"📍 Carnaíba: 5 e 6/5, das 8h às 12h – Escola Municipal Domingos Jacinto Ferreira, Praça Pedro Bezerra, s/n, Ibitiranga📍 Tabira: 8 e 9/5, das 14h às 18h – Centro Cultural Poeta Zé de Mariano, Rua Amâncio Siqueira, 08, Centro📍 Triunfo: 12 e 13/5, das 14h às 18h – Casa Brincante, Rua Fídeas Corte de Alencar, 22, Alto da Boa Vista🔗 Linktree do projeto📱 Instagram | 📺 YouTube 4o

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QUINTETO

"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo"

Integrantes do grupo que inovou a canção nordestina, com arranjos sofisticados e fusão de ritmos, Dudu Alves e Roberto Medeiros contam como ele foi formado, a participação de Gilberto Gil na sua projeção, o sucesso nos palcos internacionais e o inusitado episódio em que tiveram que substituir Wesley Safadão num show no São João de Caruaru. Também comentam sobre o mercado musical em tempos de streamings. O jornalista e crítico musical José Teles equipara a importância do Quinteto Violado aos expoentes do movimento mangue beat, Chico Science & Nação Zumbi, por ter levado para fora de Pernambuco ritmos como caboclinho, cavalo-marinho e ciranda. Teles também ressalta que o Quinteto renovou a música carnavalesca pernambucana ao gravar frevos com uma instrumentação que incluía flauta e viola. Inovar e misturar ritmos, sem perder as raízes nordestinas, na verdade, sempre foi uma característica do grupo, a ponto de levar Gilberto Gil a definir o som da banda pernambucana como free nordestino. Em tom de brincadeira, Dudu Alves, tecladista e arranjador do grupo, afirma que o pai, Toinho Alves, fundador do Quinteto, era químico, portanto afeito a fazer misturas, e adaptou a atividade à música. Nesse ritmo descontraído e bem-humorado, Dudu e Roberto Medeiros, (percussionista) conversaram com Cláudia Santos e Rivaldo Neto sobre a trajetória do grupo que completa 54 anos em outubro, quando farão um show no Recife. Neste sábado (26/04) fazem um outro show da Casa Estação da Luz. Eles relembram episódios, como a primeira vez que Luiz Gonzaga ouviu a versão que fizeram de Asa Branca e que levou o Rei do Baião às lágrimas, e a acalorada receptividade que tiveram da plateia na antiga Iugoslávia e na Coreia. Comentam como têm se adaptado às plataformas, como Spotify, e contam um acontecimento inusitado em que Wesley Safadão não pôde participar do São João em Caruaru e eles tiveram que substitui-lo e cantar para um grande público que desconhecia a música do grupo. Como surgiu o Quinteto Violado? Dudu Alves – Em 1971, Toinho Alves, meu pai, tinha vontade de ter um grupo que tocasse músicas do Nordeste numa junção com a música instrumental. Ele era químico, então gostava de fazer essas misturas (risos).  Ele já tinha um grupo que se apresentava na TV Universitária. Marcelo Melo, que chegou da Europa, onde fazia um curso de agronomia, se juntou ao grupo. Existe a versão bonita de que o Quinteto Violado nasceu nas pedras de Nova Jerusalém, mas não foi nada disso. Como assim? Roberto Medeiros – O Quinteto nasceu nos banheiros da TV Universitária (risos), se chamava Bossa Norte e tocava num programa da emissora. O tempo era curto para ensaiar e o banheiro era o local que se tinha para passar o som, além de ter uma acústica legal. Toinho e Marcelo chamaram para integrar o grupo Fernando Filizola, um guitarrista exemplar, que tocava no Silver Jets, a banda de Reginaldo Rossi. Mas aí Toinho disse, “você vai tocar viola” e ele começou a estudar o instrumento e transformou-se num grande violeiro. Havia também Luciano Pimentel, que era baterista, um cara virtuoso, e o Sando, flautista, que era um menino, tinha 13, 14 anos. Ai, o grupo se tornou Quinteto.  E como surgiu o nome Quinteto Violado? Dudu – Antes o nome era só Quinteto. Mas após uma apresentação num festival em Nova Jerusalém, havia uns meninos brincando ali naquele momento e disseram, “oh, lá vem os violados!”, porque estávamos com violas e instrumentos de cordas e tal. Foi quando meu pai olhou para Marcelo e disse, “tá aí, batizado: Quinteto Violado”. Como o grupo ganhou projeção?  Roberto – Um dos primeiros trabalhos foi um álbum, gravado no Recife, com toda a discografia de músicas do Nordeste – maracatu, ciranda etc. O grupo pegava o som original e incluía a sua sonoridade, com viola, flauta, violão. Na época Marcos Pereira montou esse projeto, que tornou o Quinteto conhecido. Foram quatro LPs com ritmos Nordestinos. Daí, houve o interesse das grandes gravadoras, e o grupo foi ganhando projeção.  Além disso, coincidiu com a época em que Gilberto Gil, voltando do exílio, parou no Recife e, numa roda de música na casa de Hermilo Borba Filho, conheceu o grupo e ficou encantado. Quando chegou no Rio de Janeiro, a imprensa lhe perguntou o que “achou de novo no Brasil?”. Ele respondeu “o Quinteto Violado, lá no Recife”. E quando perguntavam o que o Quinteto tocava, se era baião, Carnaval, xote... Gil respondeu “Eles fazem um free nordestino”. Na época, era o auge do Free Jazz. Ou seja, a gente faz o tema, rola uns improvisos, temos a liberdade de pegar a música de fora, sem perder as raízes do Nordeste.  Dudu – O Quinteto Violado também teve uma influência do Quarteto Novo (composto por Theo de Barros, no contrabaixo e violão; Heraldo do Monte,viola e guitarra; Airton Moreira, bateria e percussão; e Hermeto Pascoal, na flauta). Era um grupo que tocava jazz mas conseguiu trazer a música popular, com os arranjos que foram montados. Além do jazz, fazemos outras misturas interessantes, como a música clássica. O Quinteto se apresenta muito com orquestras sinfônicas. Também agregamos a música nordestina a outras vertentes. Trouxemos da Galícia uma sanfona galega e a colocamos numa música nossa.  Roberto – Fomos à Síria, trouxemos tambores que usamos no show e em músicas que montamos. O Quinteto não tem medo de misturar os sons do Nordeste com a música do mundo. É verdade que Luiz Gonzaga adorou o arranjo que vocês fizeram de Asa Branca? Roberto – Foi a irmã, Chiquinha Gonzaga, que contou. Ela colocou a faixa Asa Branca do nosso disco na vitrola para ele ouvir. Quando acabou a música, ele estava aos prantos e disse “preciso conhecer esses meninos para agradecer porque, quando gravei essa música pela primeira vez, a gravadora disse que ela não ia acontecer. E a música aconteceu comigo tocando e agora com o Quinteto, que fez um arranjo belíssimo, e nunca essa música vai morrer”. Asa Branca teve milhares de gravações,

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Padre Fábio de Melo faz show especial para o Dia das Mães no Teatro Guararapes

Espetáculo “Este Sou Eu” reúne clássicos e homenagens no feriado de 1º de maio; últimos ingressos estão à venda O feriado do Dia do Trabalho será de emoção e espiritualidade no Grande Recife. Nesta quinta-feira (1º de maio), o Padre Fábio de Melo volta aos palcos pernambucanos com o show "Este Sou Eu", no Teatro Guararapes, em Olinda, às 20h. A apresentação será marcada por uma homenagem especial às mães, antecipando as celebrações do Dia das Mães com um repertório de fé, amor e superação. “Será um show lindo, com a minha banda. Vamos cantar um pouco do que gravamos no Marco Zero. E como será próximo ao Dia das Mães, queremos que as pessoas tragam suas mães. Vamos fazer uma homenagem bonita para elas”, convida o Padre. No setlist, estarão músicas consagradas como "Deus Cuida de Mim", "Trem Bala", "Nas Asas do Senhor" e "Onde Deus Possa me Ouvir", além da faixa-título "Este Sou Eu" e outras inéditas. Depois de enfrentar um período de depressão, o padre retorna aos palcos com renovada energia, acompanhado por oito músicos. Com mais de 25 anos de carreira, milhões de livros e CDs vendidos e uma das maiores audiências nas redes sociais do país, ele segue usando a música como ponte entre espiritualidade e humanidade. Serviço🎤 Padre Fábio de Melo – Show “Este Sou Eu”📅 Data: 1º de maio de 2025 (quinta-feira, feriado)🕗 Horário: 20h📍 Local: Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda🎟️ Ingressos: à venda na bilheteria do teatro e em Cecon Tickets💵 Valores: Plateia A (R$ 250 / R$ 125 meia), Plateia B (R$ 200 / R$ 100 meia), Balcão (R$ 180 / R$ 90 meia)📌 É necessário apresentar documentação para meia-entrada

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Magiluth Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Voce Foto Pritty Reis

Encontro das Artes: Grupos Magiluth e Atores à Deriva promovem temporada conjunta no Recife

Residência artística e apresentações teatrais fortalecem intercâmbio cultural entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na imagem acima, destaque para o espetáculo Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Você - Foto Pritty Reis O teatro como espaço de resistência, criação e afeto ganha novo fôlego com o projeto Magiluth Recebe, que em maio une dois importantes coletivos nordestinos: o pernambucano Grupo Magiluth e o potiguar Atores à Deriva. A iniciativa promove uma residência artística e apresentações no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife, fortalecendo o intercâmbio cultural e abrindo espaço para novas conexões entre artistas e públicos. O projeto é destaque na cena teatral brasileira por reunir grupos com forte atuação autoral e compromisso político com a arte. A programação começa com uma residência entre os dias 5 e 8 de maio, culminando em uma apresentação inédita no dia 8, às 20h. Nos dias 9, 10 e 11, o Atores à Deriva apresenta Fábulas de Nossas Fúrias, espetáculo que subverte estruturas clássicas para afirmar a fúria como força criativa. Já o Magiluth sobe ao palco nos dias 15, 16 e 17 com Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você, uma obra construída a partir de memórias e improvisações que dialogam com o tempo, a ausência e o afeto. "Essa ideia nasce como um desejo antigo de compartilhar nosso espaço e nossa cidade com outros grupos que admiramos. Receber os Atores à Deriva é mais do que acolher um espetáculo potente, é estabelecer pontes criativas e políticas com artistas que têm uma escuta e uma prática muito alinhadas com a nossa trajetória", afirma Giordano Castro, ator e fundador do Magiluth. Com 17 anos de atuação, o grupo Atores à Deriva foi contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz, que viabilizou a circulação do espetáculo pelo Nordeste. "Nosso espetáculo é um grito urgente de subjetividades dissidentes, uma fabulação de raivas historicamente negadas. Estar no Recife, em intercâmbio com o Magiluth, nos fortalece como grupo e como coletivo que acredita na arte como forma de reexistir e transformar", afirma Alex Cordeiro, diretor e dramaturgo do grupo potiguar. ServiçoO quê? Intercâmbio artístico entre os coletivos Magiluth (PE) e Atores à Deriva (RN)Quando? De 5 a 17 de maio de 2025Onde? Teatro Hermilo Borba Filho – Bairro do Recife – PEQuanto? R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia). Parte dos ingressos é distribuída gratuitamente para pessoas trans, negras, periféricas e estudantes de teatro.Ingressos: À venda pelo Sympla e na bilheteria do teatroMais informações: @grupomagiluth

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Orquestra de Bolso @ Enquanto Isso Na Sala da Justica 2025

4ª Edição do Frevo da Classe Trabalhadora acontece no Clube Vassourinhas nesta quinta-feira (01)

Festa acontece no dia do trabalhador, com shows de Nailson Vieira, Orquestra de Bolso e de Micael Silva Com o propósito de promover o Frevo, para além do calendário carnavalesco, a 4ª edição do Frevo da Classe Trabalhadora mantém o compromisso de valorizar e difundir as expressões culturais de Pernambuco, com uma festa gratuita e aberta ao público na próxima quinta-feira (01), dia do trabalhador, na sede do Clube Vassourinhas, no Largo do Amparo, a partir das 13 hrs. O evento conta com apresentações musicais e performances que exaltam o frevo, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em suas múltiplas linguagens, valorizando artistas locais e proporcionando a circulação de renda entre profissionais da cultura, ambulantes e trabalhadores informais.  “Estou numa felicidade muito grande, é um evento que começou no Recife, no segundo ano já veio pra Olinda e nunca parou de crescer. A expectativa é que seja uma festa linda, naquela mistura bonita com a cultura popular de Nailson Vieira e com a juventude do Micael Silva”, disse Ricardo Pessoa, vocalista da Orquestra de Bolso e idealizador do evento. A realização no Dia do Trabalhador reforça o caráter simbólico da festa, celebrando a cultura popular como um direito de todas e todos. Neste ano, estaremos contando na programação com uma atração olindense e duas atrações da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O jovem multiartista Micael Silva, direto de Condado, o mestre Nailson Vieira, de Nazaré da Mata e a anfitriã do evento, a olindense Orquestra de Bolso, com seu repertório com frevo de todas as épocas. Além disso, o DJ Zalma comandará os intervalos entre as atrações. “O que queremos é continuar com a nossa missão de tocar frevo o ano inteiro, a festa é mais uma oportunidade de exaltarmos o frevo e para entendermos que esse ritmo pernambucano não precisa ser sazonal, pode e deve tocar durante os 12 meses do ano”, conclui Ricardo. SERVIÇO: Frevo da Classe Trabalhadora – 4ª Edição Data: 01/05/2025 Horário: A partir das 13h Local: Clube Vassourinhas de Olinda (Largo do Amparo) ENTRADA GRATUITA (retirada de ingresso via Sympla) Atrações: DJ Zalma, Micael Silva, Nailson Vieira e Orquestra de Bolso.

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Pesquisa artística resgata a resistência de mulheres no contextos repressivos do passado e do presente

“Com-dor, mas sem medo” conecta história, performance e resistência de mulheres em quatro regiões de Pernambuco Mulheres, memória e arte se entrelaçam no projeto “Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política”, conduzido pelas artistas e pesquisadoras Silvia Góes e Roberta Ramos. A investigação percorre quatro macrorregiões de Pernambuco — Recife, Goiana, Caruaru e Afogados da Ingazeira — em uma escuta sensível das experiências de mulheres atravessadas pelos traumas e resistências da repressão política nas ditaduras militares sul-americanas, especialmente aquelas ligadas à Operação Condor, aliança repressiva firmada em 1975 entre regimes autoritários da América do Sul. A pesquisa é motivada por uma conexão pessoal e histórica: Silvia e Roberta nasceram no mesmo ano em que a Operação Condor se instaurou oficialmente e o feminismo ganhava força no continente. A partir dessa intersecção entre biografia e história coletiva, as artistas investigam as cicatrizes deixadas pela repressão e os modos como as mulheres resistiram — e resistem — por meio da arte, da memória e da escuta ativa. “A nossa pesquisa nasce do desejo de olhar criticamente para o passado a partir do presente que habitamos como mulheres, artistas e pesquisadoras...”, afirmam as criadoras. Com rodas de conversa, oficinas práticas e online, laboratórios de performance e uma apresentação pública de culminância, o projeto busca reconstruir narrativas silenciadas e revelar o corpo como território de resistência. As ações ocorrem entre maio e junho de 2025, com apoio de artistas locais e parcerias institucionais em cada município. A orientação é do diretor e pesquisador Rodrigo Dourado, com articulação regional da historiadora Karuna de Paula. Ao final, será produzido um registro audiovisual que sintetiza as memórias coletadas e os caminhos performativos percorridos. Mulheres interessadas podem se inscrever gratuitamente pelo e-mail com.dor.mas.sem.medo@gmail.com. SERVIÇO📍 Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política🗓️ Maio e junho de 2025📌 RMR, Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco📨 Inscrições gratuitas: com.dor.mas.sem.medo@gmail.com🎭 Ações: rodas de conversa, oficinas, laboratórios e apresentação final pública

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