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Cultura e história

Espaços alternativos exibem música autoral

Por Yuri Euzébio Em meio às dificuldades de incentivo para o setor de cultura e ao fechamento de casas de espetáculos, pipocam no Recife espaços alternativos para apresentação de diversas formas artísticas, em especial, da música independente produzida em Pernambuco. Em comum, esses locais têm um caráter intimista, com lotação limitada, preços acessíveis e a força de vontade de seguir nadando contra a maré da crise econômica. Em muitos deles, o proprietário resolveu abrir os portões do quintal da própria casa como cenário para exibição da arte local. Foi o que fez a jornalista Aline Feitosa, que transformou a área externa da sua residência no Pequeno Latifúndio, espaço onde se apresentam músicos da cena autoral. É uma espécie de jardim secreto em meio à selva de concreto do bairro do Espinheiro, onde Aline monta um palco com cadeiras para receber seus clientes e artistas. “Gosto de dizer que o Pequeno Latifúndio não é um bar, nem um espaço, é a minha casa. Quando eu recebo as pessoas aqui, trato como se fossem convidados do meu lar, fico na cozinha, preparo os drinques”, destacou a proprietária e pau pra toda obra. A ideia do espaço surgiu como um passo natural da vida da jornalista, que já havia dado uma guinada com a criação de uma assessoria e consultoria em comunicação para artistas e projetos culturais, cuja sede era também na sua casa, e da percepção do momento penoso à cultura vivido pelo País. “Transformar isso aqui em um lugar que recebesse shows partiu da minha constatação de não haver mais espaços e nem incentivo para músicos, principalmente os que fazem música autoral”, explicou Aline em meio às plantas do seu quintal. “Aqui não é uma casa de shows, é uma casa de encontros”, conceitua explicando que em geral são os próprios músicos que trazem seus equipamentos. Para não atrapalhar a vizinhança, ela pede para que produzam um som num volume baixo. Muitos nem usam amplificador, tocam acústico. “É uma experiência bacana tanto para o músico que está fazendo um formato inusitado, quanto para o público que se vê na obrigação de não fazer barulho e prestar atenção”, ressalta. O casal de jornalistas Jefte Amorim e Andrea Trigueiro também abriram as portas de sua casa para as artes. Só que na Vila Nazaré, em Cabo de Santo Agostinho, onde fundaram o Esperantivo Casa, Comida e Cultura. A ideia inicial era ter um local para descansar e acabaram alugando uma casa onde funcionava um bistrô. “Como havia a estrutura de restaurante, acabamos recebendo alguns amigos e cozinhando pra eles. Começamos a abrir ao público também com bebidas e as boas conversas”, conta Jefte. “Juntamos essa experiência com o sonho de ter um lugar para promover a obra, a memória, o trabalho e a vida do poeta Esperantivo”. Cordelista, Esperantivo é imortal da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (PE), Academia Cabense de Letras (PE) e Academia de Cordel do Vale da Paraíba (PB). O espaço oferece ainda visita guiada e uma exposição permanente sobre a vida e a obra do poeta. “Fazemos também recepção, sob agenda, para grupos educacionais, oferecemos oficinas de cordel e cedemos nosso espaço como palco para parceiros que queiram ministrar oficinas ou elaborar conteúdos que estejam ligados à nossa missão”, explica Andrea. O maior desafio do Esperantivo, segundo o casal, é também seu maior compromisso: a formação de um público cabense que valorize e se acostume com experiências culturais na cidade. No centro do Recife, a TV Tumulto é outro ponto de resistência que aposta nos sons autorais e independentes da cidade. O projeto encabeçado pelo músico Juvenil Silva, divide o mesmo espaço com o ateliê do artista plástico Flávio Emanuel e vem com um conceito diferente. “A TV Tumulto é como se fosse um programa de TV, só que todo mundo entra e todo mês vamos fazer algum evento diferente”, explicou o artista. Todas as atividades que acontecem no local são registradas em vídeo com o objetivo de formar uma programação nas redes sociais. O espaço agrega expressões artísticas diferentes, que vão desde a música até a leitura de obras literárias. “A proposta da casa é multiartística. Até porque Flávio é um artista plástico renomado, a mulher dele Alice Gouveia é professora de cinema da UFPE e está sempre com o pessoal do audiovisual, e eu sou músico. Temos vários contatos do pessoal de teatro também, Fernando Arruda atua na produção e é ligado às artes cênicas”, reiterou. “Quando alguém nos pede para fazer um show, propomos diálogos com outras expressões artísticas”, explicou. O instrumentista Juvenil além de vez ou outra dar uma canja no palco, também é responsável por fazer a curadoria da casa. O músico pondera que mesmo com todas as dificuldades do momento atual, é muito gratificante promover a arte. “Acho que quanto mais difícil, maior tem que ser a resistência”, defendeu. Congregando bar e eventos culturais, o Terra Café já é referência pra quem gosta de curtir uma boa música na cidade. O espaço surgiu, ocasionalmente, quando a arquiteta Fernanda Batista resolveu abrir o quintal do seu escritório para a criação de um lugar de socialização e isso foi ganhando uma proporção maior. Ela conta que tudo começou quando chamou um amigo, que era cantor e compositor, pediu para se apresentar no local. Aos poucos o espaço foi se transformando num café, bar e restaurante com apresentação de shows. “Esse já é o terceiro endereço, começou num local pequenininho na Boa Vista, aí fomos pra Rua Monte Castelo que já foi um pouco maior e depois, como a demanda foi aumentando, sentimos a necessidade de ter um equipamento cultural ainda maior para dar esse suporte ao público”, esclareceu Gabriela Dias, sócia e administradora do local. Apesar das mudanças de endereço, o Terra mantém desde o princípio as mesmas características de um ambiente que funciona num quintal arborizado para que quem estiver lá se sinta em casa e da proposta de unir música e bebidas. Também funciona de segunda a sexta para almoço e

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6 fotos de Camaragibe Antigamente

Destacamos hoje o município de Camaragibe. Encontramos 6 imagens que nos remontam à ocupação de décadas atrás da cidade nos acervos da Biblioteca do IBGE, da Fundaj e da Página Camaragibe Antigo. As fotos são da Fábrica de Tecidos de Camaragibe, do Casarão de Maria Amazonas, que fica no antigo Engenho Camaragibe, e uma de uma região de curral do município. A Vila da Fábrica de Camaragibe foi a primeira vila operária da América Latina. Antes de se tornar cidade, Camaragibe (que se escrevia Camarajibe) era pertencente à São Lourenço da Mata. Clique nas imagens para ampliar. . Companhia Industrial Pernambucana - Fábrica de Tecidos de Camaragibe (Biblioteca do IBGE) . Vista aérea da Companhia Industrial Pernambucana - Fábrica de Tecidos de Camaragibe (Biblioteca do IBGE) . Casarão de Maria Amazonas (Acervo de Rubemar Graciano - Camaragibe Antigo) . Engenho Camaragibe (Casa de Maria Amazonas), Provavelmente dos anos 1960/1970 (Acervo de Rubemar Graciano - Camaragibe Antigamente) . Convento das Carmelitas (Acervo de Rubemar Graciano - Camaragibe Antigamente) . Curral em Camaragibe (Acervo Benício Dias - Fundaj)

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Prefácio estacionado (crônica)

Somos vizinhos, o que para mim já é um enorme atrevimento. Encontrei, por acaso, Dr. José Paulo Cavalcanti no empresarial onde mantemos nossos escritórios de advocacia. Três charutos preenchiam o bolso da frente do seu blazer. Óculos denunciavam tamanha intelectualidade, enquanto o suspensório sustentava o peso de ser o escritor brasileiro mais traduzido no exterior, depois de Paulo Coelho. O cheiro de tabaco incensou elegantemente o elevador e remeteu-me ao hálito do meu pai. Evidentemente que ele não faz a menor ideia de quem eu sou. Só duas coisas me ligam a este homem: já roubei coco da sua casa de praia, também amo Lisboa. Ele não desconfia de nada disso. Não poderia perder a chance de me apresentar. Essas oportunidades são raras nas nossas vidas. Estava em frente a uma entidade. Então, com a cara de pau que me é peculiar, abordei o homem: – Dr. José Paulo, o senhor escreveria o prefácio do livro a ser lançado por este jovem cronista amador que vos fala? – De jeito nenhum – respondeu ele, com profunda franqueza. – Para que eu faça isso seria necessário ler, reler, admirar e não ter dúvidas quanto ao seu talento, meu filho. – Mas escrevo melhor que Rubem Braga – disse eu, na tentativa de ser simpaticamente engraçado. – Duvido muito – rebateu ele com inegável autoridade, mas com um sorriso de canto de boca, retribuindo o senso de humor. Fomos andando até nossos carros. Estavam estacionados, coincidentemente, um de frente para o outro. Ficamos ali plantados por cerca de trinta minutos. Tive uma aula gratuita de intelectualidade e de vida. Ele deve ter notado de imediato minhas limitações porque calado estava, calado fiquei, enquanto danou-se a falar sobre vários assuntos, sobretudo literários. Lembrou episódios envolvendo gigantes do mundo da escrita. Não me atrevi a opinar sobre coisa alguma, enquanto aquela enciclopédia ambulante me metralhava de sabedoria. Talvez por nervosismo e tietagem. Dava para ouvir a voz da minha avó: “Cale-se e recolha a sua insignificância”. Mas pude assimilar uma dica por ele vomitada: – Meu filho, quando escrevo, antes de publicar, reviso mais de cem vezes o texto até que não consiga mais alterar uma vírgula sequer. O encontro já tinha valido a pena. Óbvio que para mim. Ao nos despedirmos, Dr. José Paulo solicitou que encaminhasse aos seus cuidados aquela que considero minha melhor crônica. Disse que se gostasse, solicitaria todo o restante para ler. Opa, já enviei, claro. Estou a rezar, no aguardo da sua resposta. Por enquanto o prefácio está estacionado como nossos carros. Seria maravilhoso que o Dr. José Paulo fosse para mim um pouco do que Gertrude Stein foi para Ernest Hemingway. A diferença é que não iríamos nos encontrar na Rue de Fleurus, 27, Paris. No máximo, fumaríamos Montecristo no Pina. Evidentemente que não sou nenhum Hemingway e, ele, escreve melhor e – não duvido - deve entender mais de Matisse e Picasso do que Mrs. Stein. Aviso aos amigos que meu livro será lançado no ano que se aproxima, com ou sem prefácio. Feliz 2020 a todos!

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Primeiro grupo só de mulheres estreia no 25º Encontro de Cavalo Marinho

A cultura popular também é espaço de afirmação da força e do protagonismo feminino. Essa é a mensagem que a Família Salustiano passa com a criação do primeiro grupo de Cavalo Marinho composto apenas por brincantes mulheres: o Flor de Manjerona, que estreia no próximo dia 25 de dezembro, abrindo a 25ª edição do Encontro de Cavalo Marinho, na Casa da Rabeca. O evento reúne ainda outros grupos pernambucanos do folguedo, a partir das 18h, com acesso gratuito. Fundado em julho de 2019 pelas irmãs Moca Salu (Imaculada Salustiano), Mariana Salustiano, Betânia Salustiano e Bia Salu (as Salustianas), o Flor de Manjerona reúne 17 mulheres e 6 crianças que usam a poesia, a música e o movimento para dar vida ao primeiro Cavalo Marinho de mulheres do Brasil. A ideia é empoderar as mulheres brincantes que partilham o sonho de atuar de maneira igualitária aos homens nesta manifestação que nem sempre lhes foi acessível. “No nosso universo, o protagonismo sempre foi do homem. No começo, a gente ficava só olhando e desejando, até que, na década de 1990, começamos a substituir brincantes faltosos e passamos a ocupar cada vez mais espaço”, lembra Imaculada. Para Mariana Salustiano, a estreia do grupo representa a culminância de uma trajetória de crescimento no universo da cultura popular e de busca pela representatividade feminina. “Esse momento é de realização de um grande sonho das Salustianas, sempre foi um desejo nosso”, afirma. Se dividindo entre o banco, a galantaria e as diversas figuras do folguedo considerado uma das expressões populares mais complexas do Brasil, as mulheres do Flor de Manjerona atuam em todos os papéis, da Rabeca (um dos principais instrumentos do banco), até personagens como o Mestre Ambrósio, o Capitão Marinho e o Vaqueiro. Também se apresentam no 25º Encontro de Cavalo Marinho os grupos Boi Matuto e Boi da Luz, ambos de Olinda, além do Estrela de Ouro, Estrela Brilhante e Boi Pintado, de Condado. O evento integra o calendário de festejos capitaneados pelos filhos e netos para manter o legado de Mestre Salu, um dos maiores símbolos da resistência da cultura popular do nosso Estado, falecido em 2008. Este ano a iniciativa conta com apoio da Fundarpe, da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e da Prefeitura de Olinda. CAVALO MARINHO - Variação do Bumba-Meu-Boi, o Cavalo Marinho é típico da Zona da Mata nordestina e tem relação próxima com a religiosidade local, atingindo seu ápice na época natalina. Com performances que envolvem música, teatro, coreografias e falas improvisadas, e prestam homenagem aos Reis Magos, que na tradição cristã teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo presentes para a criança. CICLO NATALINO – O Encontro do dia 25 de dezembro marca o ciclo de comemorações natalinas da Casa da Rabeca, e é realizado pelo espaço desde 1995, por iniciativa do Mestre Salustiano, uma das mais emblemáticas personalidades da cultura popular do Estado. O ciclo encerra com a festa do Dia de Reis, em 6 de janeiro, também a partir das 18h, embalado pelo ritmo, as cores, os personagens do reisado. SERVIÇO 25º Encontro de Cavalo Marinho Quando: Quarta-feira, 25 de dezembro de 2019 Onde: Casa da Rabeca (Rua Curupira, 340, Cidade Tabajara – Olinda/PE) Horário: 18h Entrada e estacionamento gratuitos Mais informações: 3371-8197

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Projeto Noite dos Mestres do Apito abre prévias do Carnaval na Zona da Mata Norte

A programação cultural do Projeto Noite dos Mestres do Apito, que acontecerá neste sábado (21), vem no clima de prévia para o carnaval 2020. O ensaio, dedicado às tradições do maracatu rural, umas importantes brincadeiras popular do carnaval pernambucano, tomará conta do município de Nazaré da Mata, localizado na Zona da Mata do Estado, a partir das 21h. Entre as atrações da noite, Coco Canavial do Valmir e Mestre Biô; Maracatu Leão Africano de Nazaré da Mata, com Mestre Cabeça. Ao todo, serão oito horas de festividade ao ar livre. Apresentações acontecerão na sede provisória do Maracatu Leão Africano, rua Vicente Barbalho, nº 153, Centro. O mestre de maracatu, Lezildo José dos Santos, conhecido como mestre Bi, de 33 anos, será a grande atração do evento. No currículo cultural, o artistas, de origem rural, traz um legado importante, com passagem por vários grupos de maracatus da região. Seus primeiros passos na brincadeiras popular, teve início em meados do ano 2000. De lá para cá, saiu da condição de espectador para ocupar os palcos e ruas, onde havia concentração do maracatu rural. A primeira passagem oficial, como mestre de improviso, aconteceu em 2010, no Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata. Dois anos depois, de muita luta, determinação e garra à frente do maracatu, conquistou o prêmio de campeão do grupo um do Concurso de Maracatus Rurais, promovido pela Prefeitura do Recife, durante o carnaval daquele ano. As coquistas não pararam por aí. Durante quatro anos consecutivos, o Mestre Bi, e toda sua nação do grupo de maracatu em que ele faz parte, ocupou grupo especial do concurso. Além de colecionar uma intimidade musical, ele também já esteve em outros projetos e eventos culturais, ao lado de artistas, como Siba Barachinha, Anderson, Santino e João limoeiro. Com eles, fez apresentações de ciranda e de maracatu. Perto de completar duas décadas envolvido no maracatu rural, Mestre Bi já esteve em vários festivais, como o Festival de Inverno de Garanhuns, Fenearte,Tipoia, Lula livre entre outros. Realização - O projeto Noite dos Mestres do Apito, coordenado pela produtora cultural, Cilda Trindade, é uma iniciativa que conta com o incentivo do Funcultura, Fundarpe e Secult - PE, com o apoio da Prefeitura de Nazaré da Mata. A iniciativa itinerante, chega à sua última edição neste sábado (21), após percorrer várias sedes de maracatus na cidade de Nazaré da Mata. Programação​ Abertura - 21h: Coco Canavial do Valmir e Mestre Biô 22h: Maracatu Leão Africano de Nazaré da Mata; 23h às 5h : Mestre Bi. Serviço: Local: sede provisória do Maracatu Leão Africano, rua Vicente Barbalho, nº 153, Centro. Horário: Das 21h às 5h Classificação: Livre

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Atrações natalinas dão o tom no fim de semana do Recife

As cores e emoções do Natal tomam conta da capital pernambucana, neste fim de semana. Boa parte da programação se concentra no Bairro do Recife, com dezenas de apresentações de corais e pastoris, além da apresentação do tradicional Baile do Menino Deus, no Marco Zero. Mas também há atrações no Pátio de São Pedro, em parques e nos equipamentos ambientais da Prefeitura do Recife. CULTURA Bairro do Recife recebe mais de 20 atrações Antes de acabar, 2019 ainda vai garantir muita festa para os recifenses. Nos próximos dias 20, 21 e 22, o Bairro do Recife recebe mais de 20 atrações, entre corais e pastoris, numa programação gratuita e aberta ao público, realizada em palco montado na Praça do Arsenal, pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. No dia 20, a celebração começa às 18h30, com cortejo de dez pastoris saindo do Cais da Alfândega em direção à Avenida Rio Branco, acompanhados pelas bandinhas natalinas Associação Musical 19 de Fevereiro, Som Brasil Banda Show e Bandinha Natalina Veneno. O Reisado Imperial também acompanha o cortejo. Às 19h, sobre ao palco a Retreta Natalina da Banda Sinfônica do III Cindacta – Base Aérea do Recife, seguido de apresentação de pastoris. Homenageada Ciclo Natalino - A programação da sexta também celebrará a homenageada do Ciclo Natalino 2019: a folclorista e dirigente do tradicional Pastoril Estrela Dalva de Santo Amaro, Mariza Lopes, que dedicou a vida às tradições dos brinquedos populares nordestinos no Recife e por todo o estado. Além do pastoril, ela foi exímia passista e dirigente da Ciranda de Mariza Lopes. Mariza faleceu este ano, acendendo mais uma estrela na posteridade da cultura popular pernambucana. No dia 21, a festa começa às 19h, com apresentações dos pastoris Sol Nascente, Jardim da Alegria e encontro dos velhos dos pastoris. No dia 22, sobem ao palco, a partir das 17h, a Retreta Natalina com a Banda da Polícia Militar do Recife, o Pastoril Luz do Amanhecer, o Grupo Matulão de Dança, o Pastoril Giselly Andrade e o Coral Edgard Moraes. Confira as atrações: DIA 20/12 Local: Praça do Arsenal 18h30 - Cortejo com pastoris (Pequenas Estrelas, Jardim da Alegria, Achyles, Luz do Amanhecer, Menino Jesus da Vovó Bibia, Aurora Boreal, Lindas Ciganas e UR-3 Ibura, Vovó Alzira e Estrela de Belém), embalados pela Associação Musical 19 de Fevereiro, Som Brasil Banda Show e Banda Natalina Veneno, da lateral da Igreja Madre de Deus até a Praça do Arsenal (via Rua da Moeda, Mariz e Barros, Rio Branco e Bom Jessus). O Reisado Imperial também acompanha o cortejo. 19h - Retreta natalina com a Banda Sinfônica do III CINDACTA – Base Aérea do Recife 20h30 - Pastoril Tia Nininha 21h - Guerreiros Sol Nascente 21h30 - Pastoril Estrela Brilhante DIA 21/12 Local: Praça do Arsenal 19h - Pastoril Sol Nascente 20h - Pastoril Jardim da Alegria 21h - Encontro dos Velhos do pastoril, com Véio Mangaba e Xaveco DIA 22/12 Local: Praça do Arsenal 17h - Retreta Natalina com a Banda da Polícia Militar do Recife 18h - Pastoril Luz do Amanhecer 18h30 - Grupo Matulão de Dança 19h - Pastoril Giselly Andrade 19h30 - Coral Edgard Moraes Jornadas para Celebrar incentiva pastoris da cidade Resgatando e celebrando uma das mais antigas tradições culturais do Nordeste, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife encerram, nesta quinta (19), o Projeto Jornadas para Celebrar. Desde o último dia 1º de dezembro, foram realizados sete encontros entre pastoris de diversas regiões da cidade para celebrar a comunhão dos brincantes com suas próprias comunidades e também com outros grupos, conquistando e cativando novos e antigos públicos para fortalecer a tradição em toda a cidade. O sétimo e derradeiro encontro será no dia 19, em Santo Amaro, onde o Pastoril Tia Mariza receberá o Tia Nininha, o Tia Nininha 3ª idade e o Campinas Alegres, a partir das 19h. As jornadas encerraram um processo de renovação e valorização da tradição dos pastoris, que começou no último mês de outubro, com a realização do Seminário sobre o Pastoril Religioso, também promovido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, na Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro. Baile do Menino Deus encanta o Marco Zero Tradição que já ocupa o Marco Zero há 16 anos, o Baile do Menino Deus celebrará o Natal e a cultura popular nordestina, entre os próximos dias 23, 24 e 25, às 20h, num grandioso espetáculo aberto ao público, visto por mais de 70 mil pessoas a cada ano. Com direção do escritor Ronaldo Correia de Brito, o Baile conta a história do nascimento de Jesus, a partir da narração de personagens da cultura popular nordestina, tendo como cenário algumas das mais caras e enraizadas manifestações culturais da região, como o reisado, a lapinha, o pastoril, cavalo marinho, chegança, boi de reis e muitas outras. Entre as novidades preparadas para este ano, estão a estreia do Grupo Bongar e do cantor Carlos Filho no espetáculo, além de novos figurinos e cenografia. Realização da Relicário Produções, da produtora Carla Valença, com apoio da Prefeitura do Recife, a programação é gratuita e aberta ao público. Inauguração de iluminação cênica da Torre Malakoff Aproveitando o brilho do Natal, a Prefeitura do Recife inaugura, a partir das 18h desta sexta-feira (20), a iluminação cênica da Torre Malakoff, em frente à Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Ao som de uma orquestra de frevo, a nova iluminação da Torre Malakoff será feita a partir de projeções que valorizarão o equipamento, promovendo ainda mais o desenvolvimento turístico do Recife Antigo. O projeto de iluminação cênica da Prefeitura do Recife, executado por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) já alcançou a ponte da Via Mangue, o Parque 13 de Maio e a Praça do Derby. Natal nos Parques O tradicional espetáculo Natal Para Sempre, que já integra o calendário do natalino recifense, ganhou um

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Turnê de François Moïse Bamba traz a contação de histórias africanas para Pernambuco

Uma atividade lúdica que tem a capacidade de encantar. A arte de contar histórias é uma das práticas mais remotas da humanidade. Contá-las é uma forma de preservar culturas, valores e conhecimentos. E é com um repertório cheio que François Moïse Bamba chega a Pernambuco. No Brasil pela quarta vez, o ator natural do Burkina Faso (país no Oeste da África) é reconhecido pelo mundo como “o ferreiro contador”. Após passar por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará, a turnê do artista espalha a arte da contação com apresentações, oficinas e intercâmbio cultural no Sertão do Pajeú e Região Metropolitana do Recife. A programação do artista no Estado iniciou ontem (18), no Centro Cultural Grupo Bongar, na Xambá, em Olinda, com apresentação de espetáculo de contos. No dia 21 de dezembro, o artista propõe um dia de vivência junto à natureza, em Aldeia (Camaragibe). O encontro é formatado com um passeio na mata embalado por contação de histórias, almoço, vivência e bate-papo. Acompanhando o contador, estará presente na turnê a artista Laura Tamiana, que além da tradução, é quem organiza a vinda e a circulação do artista no Brasil. A tradução é feita como parte da cena, ambos os artistas contando juntos. Tudo é traduzido no momento, sem preparo prévio, já que François carrega um repertório de contos tradicionais do Burkina Faso, dentro dos quais escolhe as histórias que serão contadas na hora da apresentação de acordo com sua percepção do público presente. “Não posso saber antes o que vou contar, porque para mim são momentos de troca, de conversa. Preciso ver o público, sentir o público. Nesse momento, os contos se posicionam no meu espírito, na minha boca, com uma maneira de dizê-los”, conta François. O momento de mais imersão nas terras pernambucanas será em janeiro de 2020, durante o projeto “Do Burkina Faso a terras quilombolas – um encontro pela oralidade”, no sertão do Pajeú. O intercâmbio será entre o artista e a comunidade quilombola Abelha, em Carnaíba, terra conhecida por sua forte oralidade através da poesia no sertão pernambucano. Serão oito dias de atividades de visita, encontros, bate-papos, partilhas de saberes, momentos de contos, oficina em torno da oralidade e um momento de encerramento aberto ao público com apresentações de François e dos grupos locais, além de um palco aberto a artistas da região. O projeto tem o incentivo do Funcultura. A circulação do artista no Brasil tem a produção da Terreiro Produções (PE), produtora de Laura, em parceria com a companhia Les Murmures de la Forge, de François. Em 2018, a turnê no Brasil contou com 23 apresentações e 11 oficinas e conferências. Nesta de 2019 são 26 apresentações e 15 oficinas e conferências. Durante a circulação, a dupla de artistas faz também a divulgação do Festival Internacional dos Patrimônios Imateriais, organizado por François no Burkina Faso e que tem Laura como colaboradora e cocuradora da edição 2020. Essa próxima edição acontecerá de 12 a 25 de março de 2020 e terá as culturas brasileiras como culturas internacionais convidadas. O festival propõe uma imersão de duas semanas no patrimônio imaterial do Burkina e suas etnias, com um modelo que oferece ao público internacional diferentes pacotes para cuidar de toda a estadia dos interessados em vivenciar essa imersão. François e Laura trabalham em parceria desde 2017, concebendo e desenvolvendo atividades artísticas e culturais, que têm por objetivo criar espaços de encontro e intercâmbio entre seus países e suas culturas. Encontrando-se por meio de seus fazeres artísticos, no festival FETEAG em Recife, os dois se reconheceram na importância que dão ao encontro e às trocas interculturais. “Elas nos permitem nos conhecermos melhor, a nós mesmos e aos outros, e o encontro é gerador de vida, é através dele que podemos viver bem juntos", pontua Laura. Os artistas dão ao conjunto de suas atividades realizadas em parceria o nome de Ba-kô, que na língua Bambara significa “as costas da mãe”, simbolizando a descoberta do mundo a partir de um lugar de acolhimento; “cuidado”, já́ que é nas costas que as mães africanas carregam suas crianças e “do outro lado da margem”, que simboliza ir ao encontro do outro. FRANÇOIS MOÏSE BAMBA O contador de histórias e ator do Burkina Faso foi iniciado na arte do conto por seu pai e criado em estreita relação com a tradição da cultura e da arte griot. Credita sua formação artística principalmente a Hassane Kouyaté, Habib Dembélé e Jihad Darwiche. Coletou e reescreveu contos do Burkina Faso, alguns deles dando origem a CD, DVD e livros publicados na França. Hoje é reconhecido internacionalmente por seu trabalho e viaja o mundo inteiro. Desde 2003, participou de festivais, na França, no Niger, Egito, Djibouti, Congo, Québec, Martinica e outros. Foi por diversos anos diretor artístico do festival Yeleen, no Burkina Faso, diretor artístico e cultural da Maison de la Parole (Casa da Palavra) e coordenador geral da rede internacional de contadores de histórias da África do Oeste Afrifogo. Realiza em seu país o Festival Internacional dos Patrimônios Imateriais, que a cada edição propõe um mergulho em uma das 65 etnias do Burkina Faso. LAURA TAMIANA Artista e produtora brasileira. Diplomada em Cooperação Artística Internacional pela Universidade Paris 8, na França. Suas criações e projetos propõem diálogos entre as artes visuais, a música, as artes da cena e as artes tradicionais e tem por motivação criar circunstâncias de encontro: de cada um consigo mesmo, entre as pessoas, entre diferentes contextos e culturas, com questões em torno da identidade, pertencimento afetivo e propósito de vida. Em seus mais de vinte anos de carreira, tem grande experiência como diretora de produção e gestão de projetos culturais. Como artista visual, realiza os projetos Retrato: substantivo feminino, um projeto audiovisual com mulheres ligadas a culturas tradicionais; e Céu e Terra, um diálogo entre as artes visuais e a Permacultura. SERVIÇO Vivência, oficina e bate-papo: “Na escuta da natureza” 21/12, 9h às 17h Proposta: Um passeio contado com histórias e músicas ao longo de uma pequena caminhada

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Francisco Brennand morre aos 92 anos

O ceramista e artista plástico Francisco Brennand  morreu hoje (19), aos 92 anos, devido a complicações de uma infecção respiratória. Ele nasceu em 1927, no Recife e em 1971 começou a reconstruir a velha Cerâmica São João da Várzea, empresa familiar criada pelo seu pai em 1917. Foram das ruínas desse conjunto que nasceu o projeto de esculturas cerâmicas da Oficina Francisco Brennand. . Francisco Brennand, um dos mais importantes e reconhecidos artistas plásticos de Pernambuco, foi o entrevistado da edição inaugural da Algomais.  Neste colóquio, Francisco Brennand, o Senhor da Várzea, bairro onde mantém sua imensa oficina com bem mais de duas mil peças de cerâmica, falou sobre sua participação na política recifense durante o primeiro governo Arraes (1961-1964), suas obras, relacionamento com o público e com a mídia. Baixe e leia a primeira entrevista da Revista Algomais: ENTREVISTA-BRENNAND  

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Mostra artística e campanha em prol das Aldeias Infantis

O Hotel Ramada, em Boa Viagem, movimenta exposição fotográfica e artística de dois profissionais, Lívia Neves e Rafa Mattos, nesta quinta-feira, dia 19, a partir das 19h. Apesar dos dois serem fotógrafos, cada um teve um papel diferente nessa mostra intitulada Transformação do Olhar. Lívia fez os registros das crianças da ONG Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, na Região Nordeste e Rafa, as intervenções artísticas nas fotos, utilizando frases do fundador da organização, o austríaco Helman Gneimer. De acordo com a Gerente de Eventos do Ramada, Wanessa Lima, receber essa exposição é um privilégio. “ Essa mostra faz parte da campanha Doe Amor, da Organização Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, para que mais pessoas conheçam o trabalho importante desenvolvido em prol das crianças e adolescentes e se torne um doador do Projeto. Essa exposição é o início de uma parceria maior em 2020 com as Aldeias Infantis e com Rafa Mattos focada em profissionalização para as crianças e os pais das mesmas, tentando acolhê-los no Hotel, para que eles tenham uma oportunidade. Inclusive o Hotel Ramada, também foi a primeira empresa a se tornar uma doadora e colaboradora dessa organização incrível. Abrigando essa exposição aqui, esperamos conseguir muitos doadores entre os nossos hóspedes”, salienta. Segundo Joanna Sultanum, coordenadora de Relações Institucionais no Nordeste das Aldeias Infantis, essa Organização Internacional já existe há 70 anos e, há 52 anos, atua no Brasil estando presente em 10 Estados, mais o Distrito Federal, e beneficiando cerca de 11 mil pessoas. A ONG Internacional teve início no pós guerra para acolher crianças órfãs. Uma casa com cerca de dez crianças, era comandada por uma cuidadora que fazia o papel de mãe de família. Na década de 90, as Aldeias Infantis ganharam outras áreas de atuação focando no fortalecimento familiar e comunitário e atuando para prevenir a violência familiar contra as crianças para que as mesmas não se tornassem vítimas da vulnerabilidade social. Presente em Recife, Igarassu, Paulista e Araçoiaba, o projeto atende no Estado cerca de 800 pessoas. ”Nós oferecemos além do acolhimento, atividades artísticas e de complemento escolar, desenvolvimento de competências e sócio emocional e empregabilidade para inserção de jovens ao mercado de trabalho”, enfatiza. Hoje as Aldeias Infantis vivem de recursos públicos conveniados com o município no quesito acolhimento e, para o desenvolvimento das demais atividades, de recursos de empresas e cerca de 15 mil doadores. SERVIÇO: Exposição Transformação do Olhar- Sobre a Organização Aldeias Infantis SOS Brasil Quando : quinta-feira(19), a partir das 19h Onde: Hotel Ramada, Av. Visconde de Jequitinhonha, 1228, Boa Viagem Informações: 81. 3127.5719

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‘Silva canta Marisa’ desembarca nesta sexta-feira (20) no Teatro Guararapes

Presentando os recifenses com uma apresentação do show “Silva canta Marisa”, o cantor Silva desembarca na capital pernambucana nesta sexta-feira (20), para se apresentar no palco do Teatro Guararapes. Baseado no álbum que foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, o show viaja por 31 anos de carreira de Marisa Monte, uma das vozes mais icônicas do Brasil. Explorando timbres e sonoridades, Silva oferece novas cores a clássicos como "Ainda Lembro", "Beija Eu", "Não Vá Embora" e "Infinito Particular". Além de revisitar composições de nomes como Caetano Veloso e Novos Baianos, o repertório apresenta "Noturna", parceria de Silva e seu irmão Lucas Silva com Marisa. Com abertura do teatro às 21h, os ingressos variam de R$ 70 (plateia C, meia entrada) à R$ 280 (plateia A, central, inteira), e estão à venda na Ingresso Prime, Ticket Folia e no site da Bilheteria Digital.

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