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Cultura e história

É chegada a hora de Milton Nascimento e o “Clube da Esquina”

O Teatro Guararapes estará lotado para receber Milton Nascimento, dia 24 de agosto. Os ingressos para o show “Clube da Esquina” esgotaram mais de um mês antes da apresentação. Iniciada em março deste ano, a nova turnê de Bituca tem sido ovacionada pela crítica e aplaudida por um público imenso, que vem lotando os shows pelo Brasil e exterior. Quem produz a gira no Recife e em João Pessoa é a pernambucana Plas Produções. No repertório do show, estão confirmadas algumas canções que marcam a trajetória desse ícone da MPB, de seus parceiros musicais e, claro, do povo brasileiro. Entre elas, “Maria, Maria”, “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela” e “Clube da Esquina 2”. “Eu nunca tinha pensando em fazer algo que juntasse os dois discos do Clube, mas agora me veio um sentimento de que era hora de fazer isso. E essa turnê 'Clube da Esquina' com certeza vai ser um acontecimento muito mágico mesmo, pra não dizer mais... Quero trazer uma ideia que possa unir as pessoas. E tenho certeza de que este será o meu projeto mais especial em todos esses anos”, revela Milton. Em cena, ele estará acompanhado por Wilson Lopes (guitarra e violão), Beto Lopes (guitarra e violão), Alexandre Ito (baixo), Ademir Fox (piano), Widor Santiago (metais), Lincoln Cheib (bateria), Zé Ibarra (vocal) e Ronaldo Silva (percussão). A direção artística é de Augusto Nascimento, e a direção musical tem assinatura de Wilson Lopes. CLUBE DA ESQUINA - Após o estrondoso sucesso de "Travessia" em 1967, Milton Nascimento começou sua premiada carreira internacional e gravou três discos importantes na sequência. O mais revolucionário foi o quarto: o duplo "Clube da Esquina", que levou também o nome de Lô Borges na capa. Hoje é uma unanimidade entre os fãs de Milton Nascimento em todo mundo que o álbum se tornou um marco definitivo na história da música. Milton é o principal responsável pela criação do disco, lançado em 1972 e que, de seu surgimento até hoje, segue transformando mentes e corações com a mesma força. Um dos sites de maior influência na cena contemporânea, o Pitchfork, dos Estados Unidos, lançou recentemente um artigo ressaltando a qualidade musical do disco - que considera um dos mais ambiciosos da história da música brasileira - e lembra o contexto em que ele surgiu, em plena ditadura militar. “A música de Milton Nascimento vai do terreno ao angelical; e pode ser ao mesmo tempo misteriosa e franca, direta; assombrosa e sublime", escreveu o jornalista norte-americano Andy Beat. Já o prestigiado crítico Jon Pareles, do jornal The New York Times, após um concerto no badalado Lincoln Center, em Nova York, escreveu a seguinte frase: "Milton Nascimento, tesouro nacional". Em 2017, o álbum "Clube da Esquina 1" comemorou 45 anos e, em 2018, foi a vez do "Clube da Esquina 2" completar 40 anos. Foi assim, diante da chegada de datas tão importantes que, pela primeira vez, Milton tomou a decisão de dedicar um projeto inteiro ao Clube da Esquina. Para o cantor, “a turnê pretende trazer ao público um resgate dos grandes clássicos dos dois álbuns, com maior foco no primeiro disco. Inclusive, músicas que o público nunca escutou ao vivo”. SERVIÇO Milton Nascimento na turnê "Clube da Esquina" Dia 24 de agosto (sábado), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182-8020 Classificação: 16 anos

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4ª Feira Nacional do Livro do Agreste anuncia programação

A 4ª quarta edição da Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste), maior evento literário do interior de Pernambuco, acontecerá entre os dias 4 e 8 de setembro, no Espaço Cultural Tancredo Neves, e prestará homenagem a dois pernambucanos de significativa importância: o advogado e político Fernando Lyra (in memoriam), um dos principais articuladores do processo de redemocratização do Brasil; e Sebastião Alves Cordeiro, o Mestre Sebá, grande nome da cultura popular de Caruaru, sobretudo no teatro de mamulengos. A programação foi anunciada ontem (21), em coletiva de imprensa em Caruaru que contou com a presença da prefeita Raquel Lyra e de Ricardo Leitão, presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), empresa pública realizadora do evento, com apoio da Prefeitura de Caruaru e Andelivros. Com o tema Palavra: do impresso ao digital, a feira literária contará com a participação de 50 editoras e distribuidoras de livros, num espaço de cinco mil metros quadrados. A programação, totalmente gratuita, incluirá palestras com autores de renome nacional, rodas de leituras, oficinas, workshops, capacitação para professores, lançamentos, além de atrações culturais. Já no ranking das dez maiores feiras literárias do Brasil, a Fenagreste mobilizou em sua última edição (2018) um público visitante de 60 mil pessoas, movimentando mais de R$ 2 milhões e gerando mais de 400 empregos diretos em Caruaru. Durante a coletiva, Ricardo Leitão destacou o envolvimento da população de Caruaru com a Fenagreste, estimando uma expectativa de público de 20 mil pessoas por dia. “Estamos trazendo como tema principal da feira a evolução da palavra, do impresso ao digital. A programação proposta dialoga com essa temática trazendo questões como o letramento literário em ambiente digital e como vem se dando a alfabetização com o apoio dos meios digitais, entre outros aspectos”, ressalta. O presidente também destacou a grande oportunidade, assegurada pela feira, de proporcionar aos leitores descontos vantajosos nos estandes das editoras. Professores e técnicos em educação receberão bônus para a compra de livros. Já a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, assim como Leitão, enfatizou a questão do letramento digital, que assegura capacitação gratuita aos professores de Caruaru e dos municípios vizinhos. “Estamos investindo R$ 850 mil em bônus para que os professores da rede pública tenham condições de adquirir livros”, diz a prefeita, ao destacar a oportunidade de escritores caruaruenses lançarem seus títulos. Esteve presente à coletiva o Mestre Sebá e o ex-governador João Lyra, irmão do homenageado in memorian: “A Fenagreste não é uma exposição de livros, mas uma semana de discussões do que há de melhor na cultura pernambucana e brasileira. Sinto-me muito feliz em participar de um evento desse porte, que presta homenagem ao meu irmão, um homem de reconhecido valor”. DESTAQUES Entre os destaques da programação está o debate sobre Liberdade de imprensa, do dia 5, com as participações do presidente da Cepe Editora, Ricardo Leitão; da jornalista Eliane Catanhêde, comentarista política do jornal O Estado de S. Paulo e da GloboNews; de Paulo Cunha, cineasta e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e de José Nivaldo Júnior, publicitário, escritor e mestre em História pela UFPE. Na sexta-feira, dia 6, o debate será sobre A igreja progressista brasileira nos tempos de repressão, com participação do historiador Antônio Montenegro, autor do livro Travessias – Padres europeus no Brasil (1959-1990), editado pela Cepe e do escritor e professor da UFPE, Antônio Jorge de Siqueira. No mesmo dia será realizada a esperada palestra intitulada: Letramento literário em ambientes digitais, com Graça Lins, do Porto Digital. A Fenagreste também contará com a poética do Slam das Minas, com Bel Puã e Luna Vitrolira, lançamentos e palestras de escritores como Sidney Rocha, Ronaldo Correia de Brito, Fred Caju e Paulo Cunha; além de shows de nomes como Maestro Spok, que inclusive estará lançando seu primeiro livro de poesias Semestes; Maciel Melo e Josildo Sá. Serviço: 4ª Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste) Quando: de 4 a 8 de setembro Local: Espaço Cultural Tancredo Neves Endereço: Rua Agnelo Dias Vidal – Nossa Sra. das Dores, Caruaru-PE   PROGRAMAÇÃO COMPLETA DIA 4, QUARTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 19h – Solenidade de abertura Auditório 9h30h às 10h30 – Oficina “Ensino de língua portuguesa” 10h30 às 11h30– Oficina “Ensino de matemática” 15h às 16h30 – Palestra “Aprendizagem e tecnologia” (Ana Cristina Cavalcanti – UFPE / psicopedagogia) 17h às 18h – Palestra “Metodologia ativa” Café literário 16h às 17h – Mesa “Reinventar-se aos 50” (com a psicanalista Silvia Gusmão) Multiuso 10h às 11h – Palestra “Livro: do papiro ao digital” (Tarcísio Pereira) 14h às 15h – Palestra “Livro: do papiro ao digital” (Tarcísio Pereira) Lançamentos 17h às 17h30 – Maturidade: um tempo novo (Sílvia Gusmão), no estande da Cepe Editora DIA 5, QUINTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 19h às 19h30 – Palestra Eliane Catanhêde 19h30 às 20h – Debate “Liberdade de imprensa” (Eliane Catanhêde, Paulo Cunha, José Nivaldo e Ricardo Leitão) Auditório 9h às 10h30 – Palestra “Linguística e tecnologia” (Roseane – UFCG) 10h30 às 13h – Palestra “Arte digital e autismo” (Diogo Calife) 13h30 às 15h – Oficina “Interpretação e produção de textos” (Cintia Torres, UFPE) 15h às 17h – Workshop “Escrita criativa” (Sidney Rocha) Multiuso 10h às 12h – Oficina “Produção audiovisual mobile” (Gustavo Almeida, TVPE) 14h às 16h – Oficina “Produção audiovisual mobile” (Gustavo Almeida, TVPE) Lançamentos 17h às 18h – A estética da indiferença, Sidney Rocha 18h às 19h – Viver de ver o verde mar (Paulo Cunha e Ana Farache), no Estande da Cepe Editora DIA 6, SEXTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 20h às 21h – Show de Maciel Melo Auditório 9h às 10h30 – Palestra “Letramento literário em ambientes digitais” (Graça Lins – Porto Digital) 14h às 15h – Palestra “Saúde mental e acolhimento” (Tiago Rosas, psicólogo clínico e escolar, especialista em capacitação de professores) 15h30 às 17h – Palestra “Gamificação em sala de aula: práticas inovadoras para

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Clássico Carmen, de Bizet, encerra primeira edição do Festival de Ópera do Recife

Uma das óperas mais encenadas do repertório clássico mundial, Carmen, de Georges Bizet, chega ao centenário palco do Santa Isabel em uma superprodução encerrando a primeira edição do Festival de Ópera do Recife. A realização é da Gárgula Produções e Academia de Ópera e Repertório da UFPE. As sessões serão realizadas nos dias 22, 23 e 24 deste mês, sempre às 19h. Os ingressos (R$ 50 e R$ 25 meia) estarão à venda na bilheteria do teatro. A obra, lançada em 1875 em Paris, conta em quatro atos a história de uma bela cigana que, com seu temperamento forte e indomável, conquista o cabo Don José, que por ela se amotina contra seus superiores e deserta, enlouquecendo quando ela volta suas atenções para o toureiro Escamillo. Carmen tem aproximadamente 2h30 de duração e foi inspirada no romance homônimo escrito por Prosper Mérimée. A iniciativa do Festival é do Maestro Wendell Kettle, Diretor Artístico-Musical e Regente da Sinfonieta UFPE e da Academia de Ópera e Repertório (AOR), com produção da Gárgula Produções. Segundo Kettle, o Festival "visa, entre outras importantíssimas metas - as quais vão da valorização dos profissionais pernambucanos de ópera à formação de público para as artes líricas -, inserir Pernambuco no roteiro dos grandes Festivais de ópera do País e coroar um árduo, mas deleitoso processo de efervescência operística no Estado, assim como o reencontro e a redescoberta do amor dos pernambucanos pela ópera". Doutor em Regência Sinfônica e Operística pelo Conservatório Estatal “Rimsky-Korsakov” de São Petersburgo (Rússia), o maestro Wendell Kettle chegou a Recife em agosto de 2016 após ser aprovado no concurso para professor de regência da UFPE. Desde então, tem transformado e dinamizado a vida operística na cidade: criou a Academia de Ópera e Repertório e a Sinfonieta UFPE com os quais já realizou, ao longo desses três anos, sete concertos corais-sinfônicos com destaque aos compositores brasileiros Villa-Lobos, Villani-Côrtes, Pe. José Maurício, Camargo Guarnieri e Ernst Mahle. SERVIÇO I Festival de Ópera do Recife apresenta Carmen, de Bizet Onde: Teatro de Santa Isabel (Santo Antônio) Quando: 22, 23 e 24 de agosto, às 19h Ingressos: R$ 50, R$ 25 (meia)

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Um passo para regulamentação do grafite no Recife

A Câmara Municipal do Recife aprovou, esta semana, o Projeto de Lei Ordinária 222/17, que regula a prática do grafite na cidade. Quem praticar o ato, sem a devida autorização, pode pagar multa de até R$ 6 mil reais e deve arcar com as despesas de restauração do bem. A expectativa é de que a iniciativa iniba a danificação dos patrimônios públicos e preserve o conforto ambiental e estético no município do Recife. O PLO passará ainda pela apreciação do Poder Executivo Municipal e pode ser vetado nesta fase final. O projeto, contudo, tramitava com um ponto polêmico para o comércio, pois propunha também regras para os estabelecimentos que comercializam tintas em embalagens do tipo aerossol. “Esses comerciantes deveriam manter registro de todo comprador, controle de estoques e a manutenção dos registros de venda pelo prazo de três anos. Um controle de alto custo para o comércio e, consequentemente, para o consumidor”, explica o Assessor Legislativo da Fecomércio-PE, César Souza. Com atuação da Federação, o projeto foi aprovado sem esses dispositivos que ditavam mais obrigações para os comerciantes da cidade. O Brasil já possui legislação específica sobre o ato de desenhar, riscar ou escrever sem a devida autorização. A pena para quem comete essa infração é de 3 meses a 1 ano de detenção e multa. Com aprovação da PLO, o Recife agora considera que grafite é a expressão artística em forma de desenho e escrituras com o objetivo de valorizar o bem móvel ou imóvel, com prévia autorização. A infração inicial é de R$ 3 mil reais, mas se o ato for realizado em monumento, bem tombado ou unidades protegidas, a multa será dobrada.

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Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife

“Teatro em cena – edifícios e casas de espetáculos do Recife” é o tema do livro de autoria da arquiteta pernambucana, Luiza Andrada, que será lançado no dia 22 de agosto, às 18h, na Livraria Jaqueira. Na ocasião, a autora faz uma breve explanação da publicação que traz um levantamento tipológico dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir do século XIX apresentando as variações das edificações, hierarquias e sua relação com o contexto urbano, o período histórico e a sociedade que produziu esse rico patrimônio material da capital pernambucana. A obra foi escrita com base no trabalho de pesquisa desenvolvido na graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em 2012, sob a orientação da professora e arquiteta, Amélia Reynaldo, e só agora será lançada com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. De acordo com a autora, a escolha do tema se deu devido à importância dos edifícios e salas de teatro, e à singularidade destes exemplos enquanto tipologia. Além disso, ela destaca a carência de estudos mais aprofundados e específicos sobre as edificações, mesmo sendo algumas delas protegidas por uma legislação que, na teoria, garante a preservação. “É notória a necessidade de difusão desse conhecimento dos prédios culturais da cidade. E o livro é uma forma de ampliar esse conhecimento e contribuir para a sua preservação e valorização”, considera Andrada. Na pesquisa elaborada pela autora, ficou demonstrado que o teatro sempre teve uma grande aceitação por parte do público recifense desde as primeiras encenações ao ar livre, até os dias de hoje. Uma citação da atriz Geninha da Rosa Borges atesta: “O século passado tinha um interesse muito vivo pelos espetáculos cênicos, a ponto até de alguns particulares, inclusive escritores, manterem palcos próprios em suas residências, encenando peças em família”. Em Pernambuco, as primeiras manifestações teatrais eram apresentadas ao ar livre, pelas ruas antigas de Olinda e Recife. Apenas em 1722, o Recife passa a contar com um teatro permanente, com a construção da “Casa da Ópera”, denominada depois de Teatro São Francisco, demolido em 1850. Depois, com a chegada dos cinemas no Recife, em 1895, várias casas de espetáculo foram utilizadas nos primeiros anos para exibição cinematográfica. O Teatro de Santa Isabel foi um dos que funcionou como cinema. Depois houve a proliferação de cines-teatros como o Pathé e o Royal, na Rua Nova, e o Polytheama, na Barão de São Borja. Em meados do século XX, após muitas casas de espetáculos serem transformadas em cinemas e igrejas de cultos evangélicos, houve um crescente esvaziamento das edificações. Edifícios próprios para teatros implantados em lotes urbanos não foram mais construídos. E o que se predomina atualmente são as salas construídas como um espaço dentro de outros edifícios, como por exemplo, o Centro de Convenções de Pernambuco. Em “Teatro em cena - edifícios e casas de espetáculos do Recife”, o leitor se depara com um verdadeiro apanhado histórico, onde é possível identificar os edifícios e casas de espetáculos existentes e demolidas, ao longo dos séculos XIX e XXI, num total de 44 teatros, sendo 29 construídos de fato para exibição de espetáculos e 12 como um espaço de apresentações artísticas dentro de outros edifícios. A relação contempla desde o mais antigo, o Teatro Apolo (1840), até a última edificação neste período, o Luiz Mendonça (2011). Outros 3 teatros que são: Ideal Cinema, Dramático e Faz que Olha foram listados, porém não foi possível identificar as datas de construção por falta de registros que comprovem. A idéia da autora foi fazer uma relação do contexto urbano no qual a sociedade recifense estava inserida no final do século XIX e início do XX, quando a cidade vivia um crescimento, uma efervescência social, política e intelectual, onde se buscava novas formas e espaços de convivência que sofriam influência de aspectos culturais de países europeus, especialmente a França. E a construção de teatros traria a modernidade desejada à época. “Ir a uma casa de espetáculos era um novo acontecimento social, um evento importante onde às pessoas podiam ver e ser vistas”, destaca Luiza Andrada. Na publicação, a autora identifica as duas categorias de teatros existentes que são os que foram construídos para a finalidade e as salas de espetáculos localizadas dentro de outro edifício, como parte do programa arquitetônico. No entanto, do total de teatros listados no livro, o foco foi dado à categoria dos que possuem edificação própria, contemplando 17, sendo que 13 ainda existem e 4 foram demolidas. São 15 edifícios construídos e 2 localizados ao ar livre, são eles: Apolo, Santa Isabel, Valdemar de Oliveira, Parque, Hermilo Borba Filho, Sítio da Trindade, Joaquim Cardozo, Maurício de Nassau, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Concha Acústica da UFPE e Arraial, e os demolidos Cineteatro Pathé, Cineteatro Royal, Teatro Polytheama e Cineteatro Moderno. A obra também mostra que a maior parte das casas de espetáculo do Recife localiza-se relativamente próxima e em locais com grande fluxo de pessoas. As construções estão em áreas privilegiadas, perto de lagos, praças e ruas movimentadas. E que a maior concentração de edifícios e salas de teatro está no centro da cidade, enquanto as casas de espetáculos mais recentes estão mais distantes do centro. O projeto do livro, um rico documento de preservação e identidade cultural do Recife, é direcionado a arquitetos, historiadores, engenheiros, gestores e produtores culturais, estudantes, professores, profissionais das artes cênicas e ao público em geral interessado na arquitetura e história dessas edificações. “Pelo levantamento de dados que contêm é uma importante fonte para projetos de restauro e conservação dos equipamentos culturais da cidade. Além de ser uma guarda da memória dos edifícios que já foram demolidos, valorizando o patrimônio material do Estado”, aponta a produtora, Clarisse Fraga. Cada exemplar é acompanhado de um QR code com a versão em pdf acessível do livro. SERVIÇO: Lançamento Livro: Teatro em Cena, de autoria da arquiteta Luiza Andrada

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4 fotos de movimentos populares no início do século passado

Encontrar imagens de grandes aglomerações de rua no início do século passado não são fáceis. No acervo de Manoel Tondella, da Fundaj, localizamos quatro imagens nas duas primeira décadas do século XX. As três primeiras tratam-se da recepção do General Emídio Dantas Barreto. A última é provavelmente uma festa popular. As datas informadas abaixo estavam na descrição das fotos na Fundaj. Clique nas imagens para ampliar. . Chegada do general Emídio Dantas Barreto, em 1900. (Acervo Manoel Tondella) . Chegada do general Emídio Dantas Barreto no Recife, em 1922. (Acervo Manoel Tondella) . Chegada do General Dantas Barreto em Pernambuco; Passagem de carro puxado a braço humano na rua da imperatriz, em 1911. . Manifestação popular de rua, em 1910 . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) . LEIA TAMBÉM 10 fotos da Praça da República Antigamente . 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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Taca Mais Música destaca a obra de Tom Jobim

Na próxima quinta-feira (22 de agosto), o Taca Mais Música destaca a obra de Tom Jobim, um dos músicos brasileiros de mais sucesso na história. O show será de Beth Coelho e Zé Renato. O setlist traz músicas da fase inicial da carreira do artista, tendo uma levada de sambas autênticos e alegres, percorrendo os grandes sucessos do Tom. Depois chega um momento suave com canções conhecidas do grande público. Já o final da apresentação será marcado por dois grandes sucessos do Tom: Chega de Saudade e O Nosso Amor. O Taca Mais Música oferece shows de qualidade todas as quintas-feiras, às 19h, no rooftop do Shopping Tacaruna, em Santo Amaro. A entrada é gratuita. Finalizando o mês de agosto do Taca Mais Música, o cantor e compositor Zé Gleisson promete muita animação com o show “Brega de Bolso”, no dia 29. Este projeto de releituras acústicas de clássicos do brega apresenta novas roupagens de músicas que machucaram muitos corações nas décadas de 1970 e 80. O repertório passeia desde o lado mais romântico do brega com canções como Cama e Mesa de Roberto e Erasmo, passando pela lambada de Beto Barbosa com Preta, até a música sertaneja como Evidências, composta por José Augusto mas lançada nacionalmente por Chitãozinho e Xororó. Tudo feito com muita originalidade, bom gosto e aquela pitada de greia na medida certa para todo mundo se jogar. Serviço: Taca Mais Música de Agosto Todas as quintas-feiras, às 19h Rooftop do Shopping Tacaruna Entrada gratuita Programação: 22/08 – Zé Renato e Beth Coelho (Tributo a Tom Jobim) 29/08 – Zé Gleisson (Clássicos do Brega)

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Projeto Santa Isabel em Cena recebe Orquestra Sinfônica do Recife e Elyanna Caldas

Nesta semana, a erudição tem encontro marcado com novos públicos no Teatro de Santa Isabel. A partir das 9h da terça-feira (20), o Projeto Santa Isabel em Cena recebe mais uma edição dos Concertos para Juventude, realizados mensalmente pela Orquestra Sinfônica do Recife, para formar público para a música erudita. Antes de assistir à apresentação dos músicos, sob o comando do maestro Marlos Nobre, com direito a muita conversa sobre compositores e composições clássicas, os participantes farão um passeio pelo teatro, conhecendo suas instalações e histórias. A programação é gratuita e dedicada aos estudantes. No domingo (25), o Santa Isabel em Cena dedica sua programação ao público da terceira idade. O teatro receberá a pianista Elyanna Caldas, fundadora do curso de Música da Universidade Federal de Pernambuco e presidente, por duas ocasiões, do Conservatório Pernambucano de Música, para um recital que começará às 17h e custará R$ 10. Informações e agendamentos: (81) 3355-3323.

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Lody e o doce mais doce

“A monocultura da cana-de-açúcar foi a primeira grande ocupação colonial no Brasil”, diz o antropólogo e escritor Raul Lody em Doce Pernambuco. O título será lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) no dia 24 de agosto, dentro do projeto Tengo Lengo Tengo, no Museu Cais do Sertão. Antes dos autógrafos, Lody conversa com o escritor Frederico de Oliveira Toscano, autor do título vencedor do Prêmio Jabuti de 2015: À francesa – A Belle Époque do comer e do beber no Recife, editado pela Cepe. O debate intitulado Um papo doce acontecerá a partir das 17h. O 10º título de Lody focado no tema açúcar foi prefaciado por uma das maiores autoridades em antropologia da alimentação, Xavier Medina, presidente da Associação Internacional de Antropologia da Alimentação, sediada em Barcelona. A partir de uma abordagem histórica e etnocultural, em Doce Pernambuco o autor transcorre sobre o que chama de civilização do açúcar, especiaria desejada e rara no início dos caminhos que uniam Ocidente e Oriente. O antropólogo conta que o grama do ingrediente equivalia ao do ouro, de forma que chegava a ser ofertado como presente nobre. Nos 25 capítulos das 251 páginas Lody enumera cada uma dessas delícias do acervo gastronômico de Pernambuco, verdadeiros patrimônios como o alfenim, que o autor considera uma verdadeira expressão em arte popular feita de açúcar. Cita ainda o abacaxi e o caju como frutas telúricas emblemáticas do Brasil: “As frutas tropicais trazem um frescor nativo”, completa. Como num roteiro, o pesquisador traz receitas tradicionais nas páginas do Doce Pernambuco, título que amplia pesquisas e documentações antropológicas situadas nos contextos sociais e culturais. Desse modo, o leitor poderá fazer novas conexões entre as cozinhas orientais e as cozinhas tradicionais de Pernambuco. “O protagonismo do doce e do açúcar da cana sacarina são representações notáveis da identidade alimentar e do acervo gastronômico, que vive no cotidiano, nas casas, nas comidas de rua, nas padarias, e nas festas”, diz. Quem poderia imaginar que a rabanada tem procedência judaica ou que o filhós traduz uma receita muçulmana? “Dá-se ao que se come um sentido ampliado do lugar de feitura e do lugar do consumo”, salienta. A cartola, por exemplo, sobremesa tão pernambucana, nasce da combinação gastronômica da banana, “musa paradisíaca” da Ásia, com o queijo em sua versão de manteiga, culminada pela mistura de canela, que chegou do Ceilão pulverizada juntamente com o açúcar. É assim, de forma quase poética que o autor refere-se ao açúcar e suas combinações. No início das páginas de Doce Pernambuco, que contextualiza historicamente essa cultura, Lody discorre sobre a civilização do açúcar comoação coordenada pelos elementos: histórico, econômico, social, ecológico e cultural, que resultam na formação e no comportamento, identificando o homem brasileiro e, em especial, o homem nordestino. “Para Pernambuco, tudo isso é muito mais notável. A partir da plantation da cana-de-açúcar, não apenas à mesa se vive o açúcar; mas se vive no português que falamos, na arquitetura, nas tradições religiosas, nas festas populares, nos hábitos alimentares, nas escolhas estéticas, entre tantas outras”, explica. De acordo com o pesquisador, para a população do Nordeste há uma construção de imaginários e de maneiras de ver o mundo e de se autorrepresentar que transita pelos engenhos, que expõe desde o melado ou o mel de engenho até o açúcar moreno-mascavo. E com orgulho telúrico diz-se que “o doce de Pernambuco é o doce mais doce”. O AUTOR Raul Lody é antropólogo, museólogo, professor e pesquisador. Especialista em antropologia da alimentação com projetos de pesquisas no Brasil e no exterior, criador do Grupo de Antropologia da Alimentação (Fundação Gilberto Freyre), do Museu da Gastronomia Baiana. Também é um grande estudioso das religiões afro-brasileiras, com inúmeros livros publicados sobre o tema. Açúcar está fortemente presente na obra de Raul Lody, com nove títulos publicados sobre a temática: Caminhos do açúcar, Vocabulário do açúcar, À mesa com Gilberto Freyre, A doçaria tradicional de Pelotas, A cozinha pernambucana em Gilberto Freyre, Do mucambo à casa-grande, Desenhos e pinturas de Gilberto Freyre(Companhia Editora Nacional, 2007), e o mais recente que é o Museu Virtual do Açúcar, além de ter sido o organizador do Dicionário do doceiro brasileiro. Serviço Lançamento do livro Doce Pernambuco Data: 24 de agosto Horário: 17h às 19h Local: Museu Cais do Sertão Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo Preço do livro: R$ 40,00 (impresso) e R$ 12,00 (e-book)

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Quartas da Dança apresenta espetáculo do Balé Deveras

Daqui não Saio, Daqui Ninguém me Tira! é o sétimo espetáculo oferecido este ano na programação do Projeto Quartas da Dança, da Prefeitura do Recife, que dedica a pauta do Teatro Barreto Júnior para grupos de dança da cidade, com condições facilitadas. Apresentações, nos próximos dias 21 e 28 de agosto, custam R$ 20 Em seu terceiro mês de atividades, o projeto Quartas da Dança, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, estreia mais um espetáculo de dança a preços populares no Teatro Barreto Júnior, o sétimo oferecido pelo projeto em 2019. Nas próximas quartas 21 e 28 de agosto, o Balé Deveras apresenta Daqui não Saio, Daqui Ninguém me Tira!, uma celebração à resistência e à cultura popular nordestina. Com 13 bailarinos no elenco, o grupo conta a história de luta por moradia nas ocupações urbanas do Recife, tomando como referência e fonte de pesquisa a aguerrida comunidade de Brasília Teimosa, onde o Balé Deveras nasceu. A montagem utiliza a dança popular e o teatro de rua na interpretação das lutas dos moradores para garantir o direito à moradia, ao saneamento básico e cidadania. O frevo, o coco, a ciranda, a capoeira e o maracatu fazem a costura dessa história. O Deveras foi fundado na década de 70, pela folclorista Cleonice Xavier de Veras na Escola Estadual Assis Chateaubriand, para oferecer aos adolescentes e jovens de Brasília teimosa uma oportunidade de pesquisar, praticar e divulgar a cultura popular. O espetáculo, que começa às 20h e custa R$ 20, leva a assinatura de Mika Silva na concepção, criação e direção. As coreografias foram criadas por ele e por Willian Sabatello. A coordenação e orientação da pesquisa foram de Sérgio di Cavalcanti e Rensch Reiva. Fábio Costa e Américo Barreto criaram os figurinos e adereços; Horácio Falção assina a luz e Helder Vasconcelos, a trilha sonora. A maquiagem é de Sérgio di Cavalcanti e Joel Alves Braúna Jr. Até o final de novembro, o Teatro Barreto Júnior recebe outros quatro espetáculos, do Balé Deveras, Cia Outros Ares, Cia Nós e a Dança, Grupo Destramelar e Cia de Arte da Cidade Alta. O objetivo do Quartas da Dança é assegurar palco e formar público para a dança na cidade, disponibilizando a pauta o Teatro Barreto Júnior com condições facilitadas para grupos, companhias e artistas independentes. Os grupos terão direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação do teatro. Confira a programação completa: Quartas da Dança 2019 Agosto Dias 21 e 28 – Daqui não saio, Daqui ninguém me tira, Balé Deveras, às 20h Setembro Dias 4, 11, 18 e 25 - Sulear, da Cia Outros Ares, às 20h Outubro Dias 2, 9, 23 e 30 - Mandala, sob o olhar do mestre, da Cia Nós e a Dança, às 20h Novembro Dias 6 e 13 - DNA Destramelar, do Grupo Destramelar, às 20h Dias 20 e 27 – Memória da Família Pernambucana, da Cia de Arte da Cidade Alta, às 20h Informações: 3355-3137

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