Arquivos Cultura E História - Página 265 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Vivenciar a cultura negra por meio do turismo de impacto social gera renda e empoderamento

Vivenciar a cultura negra por meio de roteiros turísticos, hospedagens e experiências culturais é a proposta da Diaspora.Black. Em Salvador, o viajante pode conhecer locais históricos e memoriais do Candomblé. Na Chapada Diamantina, conhecer o polo do garimpo baiano, onde se extraíam diamantes no Período Colonial. Em Paraty, no Rio de Janeiro, conhecer os sabores e ritmos vindos da África no Quilombo do Campinho. Essas são algumas das experiências oferecidas pela plataforma brasileira que reúne anfitriões e viajantes interessados no turismo de impacto social – que promove cultura e lazer ao mesmo tempo em que gera impacto econômico positivo. No mês dedicado à memória e à cultura negra, a startup Diaspora.Black promove em quatro Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia)) roteiros e experiências turísticas exclusivas de valorização da cultura afro-brasileira. Uma curadoria criteriosa escolheu algumas das principais atrações em cidades como Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo – algumas das opções foram desenhadas especialmente para o período, com venda exclusiva pela startup de impacto social. Com operadores locais e ampla experiência em roteiros diversificados, a plataforma propõe aos usuários uma vivência imersiva e afetuosa em diferentes segmentos da cultura negra – as matrizes religiosas, as comunidades tradicionais quilombolas, roteiros guiados pela cidade e festivais de culturas populares. Com roteiros selecionados com foco no turismo de base comunitária e impacto social, a startup promove mais de 10 circuitos de imersão cultural. A proposta a visibilidade das manifestações tradicionais, associada à geração de renda que permita a preservação do legado dessas comunidades. “Viver a cultura negra é a melhor forma de manter vivo o legado das manifestações culturais! Em novembro, celebramos o mês da Consciência Negra com um amplo leque de experiências para serem vividas por todos os que buscam valorizar a matriz afro-brasileira da nossa cultura!”, afirma Carlos Humberto da Silva Filho, sócio-fundador da Diaspora.Black. Além das experiências culturais, a startup conta também com uma rede consolidada de hospedagens, sejam na casa dos anfitriões cadastrados ou na rede comercial certificada para atendimento sem preconceito. “Os integrantes atuam como pontes para referências culturais em suas cidades. E na plataforma, eles encontram serviços e benefícios reunidos com o propósito comum de valorização da cultura negra”, explica André Ribeiro, co-fundador da startup residente na Estação Hack, em São Paulo - o primeiro centro de inovação do Facebook no mundo. Turismo como catalizador econômico para a comunidade negra A Diaspora.Black acredita que o fomento ao turismo é um grande catalisador da circulação econômica na comunidade negra. A startup reúne em uma única plataforma iniciativas e serviços focados na cultura negra em diferentes cidades para aproximá-las de viajantes. A rede está presente em mais de 100 cidades e 18 países, como Argentina, Estados Unidos, Portugal, Itália, França, Guiné Bissau, Cabo Verde, Moçambique e Angola.Nessas cidades, a rede promove a oferta de acomodações compartilhadas e experiências turísticas imersivas, como roteiros e vivências guiados em quilombos e diversos locais de memória e cultura negra. Cerca de 4 mil integrantes estão conectadas na rede, que é aberta a todas as pessoas interessadas em conhecer a riqueza da cultura negra. “Os anfitriões atuam como pontes para referências culturais em suas cidades. E na plataforma, os integrantes encontram serviços e benefícios reunidos com o propósito comum de valorização da cultura negra”, explica André Ribeiro, cofundador da startup.A rede interativa permite que viajantes e anfitriões conversem, encontrem interesses comuns e ainda avaliem ou sugiram espaços e ofertas disponíveis na rede. Com um modelo de negócio voltado para o impacto social positivo, a Diaspora.Black proporciona a ativação econômica na comunidade negra. A negociação de hospedagem domiciliar e a oferta de serviços turísticos promove a geração de renda para os afroempreendedores, especialmente as mulheres negras. Entre os anfitriões, 74% são mulheres negras, de 25 anos a 44 anos, que têm um aumento de até 30% na geração de renda com a oferta de acomodações compartilhadas. Entre os clientes, 16% são estrangeiros vindos de países como Itália, França e Estados Unidos. As hospedagens compartilhadas têm tíquete médio de R$ 80, mas podem chegar a R$ 350, no caso de uma ilha exclusiva em Angra dos Reis, por exemplo. São os sentidos de pertencimento, valorização identitária e promoção da igualdade que norteiam a relação entre a Diaspora.Black e seus integrantes. “A plataforma também articula roteiros históricos, vivências em quilombos e centros culturais para divulgar o turismo de experiências autênticas”, afirma Antonio Pita, um dos empreendedores. “Nós damos visibilidade às iniciativas e facilitamos o acesso de turistas que buscam conhecer, valorizar e preservar essa memória”, detalha. Diáspora negra fortalecida pelo turismo Em 2018, a startup também passou a qualificar profissionais e certificar empresas do setor de turismo para o atendimento de excelência à população negra. Com metodologia exclusiva e alinhada às diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU), o Selo Diaspora.Black realiza treinamento profissional e planejamento de boas práticas de diversidade para redes hoteleiras, companhias aéreas, agências e empresas do setor. “É comum nos hotéis sermos vistos com desconfiança e sofrermos algum tipo de discriminação. A certificação é uma forma de qualificar as empresas para atuar de forma ativa e socialmente responsável frente às situações recorrentes e construir um plano de ação pró-diversidade”, avalia Carlos Humberto da Silva Filho, empreendedor da startup. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard, os negros têm 16% menos chances de serem aceitos ou receberem hóspedes via plataformas de turismo. Os levantamentos indicam que os algoritmos restringem a visibilidade de anunciantes negros, mesmo em bairros e cidades de maioria negra - o que favorece a concentração de renda e a exclusão econômica em plataformas colaborativas. Uma experiência negativa foi justamente o que impulsionou Carlos Humberto a criar a Diaspora.Black. Morador do bairro de Santa Teresa – um dos mais procurados pelos turistas que visitam o Rio de Janeiro – o empreendedor viu nos sites de acomodação compartilhada uma oportunidade de incrementar a renda, mas a experiência não foi como esperava. “Uma das situações mais incisivas foi a de um casal estrangeiro que chegou, me conheceu e

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‘Sobre a escrita criativa II’ conta experiências e ensina técnicas de produção literária

Inspiração para novos e velhos escritores, técnicas para a produção literária e experiências de quem vive o trabalho de tecer em palavras grandes e boas histórias. A reflexão sobre o processo criativo é a motivação do livro “Sobre a escrita criativa II”. A publicação lançada recentemente foi editada pela Raio de Sol e coordenada pela escritora Patricia Gonçalves Tenório. Em uma leitura leve e instigante, o livro reúne textos de 25 escritores pernambucanos e gaúchos sobre o fazer literário. O livro traz desde técnicas e dicas mais objetivas, como revelações mais pessoais dos escritores convidados à contribuir com a publicação. A coletânea trata de temas como personagens, memória, inspiração, entre outros. A escolha dos autores se deu a partir do grupo de Estudos em Escrita Criativa realizados pelo professor Assis Brasil, que foi orientador de doutorado de Patrícia na PUCRS. Essas reuniões acontecem no Recife e Porto Alegre. “Temos recebido escritores incríveis nesse percurso e tido contato com produções surpreendentes. Por isso, decidi, mais uma vez, reunir essas contribuições riquíssimas ao fazer literário”, explica a escritora, lembrando que o primeiro volume da coletânea foi lançado na última Bienal do Livro de Pernambuco, em 2017.   A obra não apenas fala sobre a escrita literária como é muito bem costurada, trazendo os sentimentos e o percurso dos autores ao longo de suas trajetórias de crescimento enquanto escritores. Relatos de grande valia principalmente para aqueles que pensam em se aventurar pelo caminho da literatura. O jornalista Adriano Portela, por exemplo, conta sobre suas angústias e inspirações para produzir seu primeiro livro - acompanhado de inúmeras leituras antes de ser concluído e publicado - e apresenta alguns dos portos atracados por ele na sua viagem da construção literária (a técnica e a literatura nacional) até chegar ao terminal marítimo (a sala do sentar e escrever). Com prefácio assinado por Bernardo Bueno e projeto gráfico de Jaíne Cintra, a publicação reúne textos de: Adriano Portela, Alexandra Lopes da Cunha, Amilcar Bettega, Andrezza Postay, Annie Müller, Antonio Ailton, Bernadete Bruto, Camilo Mattar Raabe, Dabiel Gruber, Elba Lins, Fernando de Mendonça, Fred Linardi, Gisela Rodriguez, Gustavo Melo Czekster, Guilherme Azambuja Castro, Lourival Holanda, Luiz Roberto Amabile, Luiz Antonio de Assis Brasil, Maria do Carmo Nino, María Elena Morán, Patricia Gonçalves Tenório, Paulo Ricardo Agelini, Ricardo Timm de Souza e Tiago Germano. A organizadora – Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004 e tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas, Melhor Romance Estrangeiro (2008) por “As joaninhas não mentem”, e Primo Premio Assoluto (2017) por “A menina do olho verde”, ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio (Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por “Como se Ícaro falasse”, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores (RJ) pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE e doutora em Escrita Criativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Teatrando! leva história, aventura e música para o Teatro de Santa Isabel

Existem várias maneiras de contar e preservar a história da humanidade. Nesta terça-feira (13), duas das mais antigas se encontram, no Teatro de Santa Isabel, dentro da programação do projeto Teatrando!, idealizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e executado pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, com patrocínio do Santander, através da Lei Rouanet. A partir das 15h, o teatro, a música e a tradição oral popular convidam os recifenses a participar de uma programação gratuita e intensa. A primeira atividade do dia será o Proscenium!, mistura de visita, jogo e espetáculo, que conduz os participantes pelos cômodos e pelos quase dois séculos de história do Teatro de Santa Isabel, uma das mais antigas e bonitas casas de espetáculos do país. O elenco que conduz a visita é formado pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon, que contam e inventam histórias sobre o Santa Isabel, além de proporem desafios para o público resolver. O roteiro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana e a direção geral leva as assinaturas dos dois últimos: Célio Pontes e Quiercles Santana. Para participar, basta ter mais de 10 anos e fazer a inscrição prévia pelos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. Gratuitas, as visitas são oferecidas toda terça-feira, desde março até o fim deste mês. Às 19h, a programação vai misturar música e tradição popular, com a apresentação do espetáculo Cantorias do Interior para o Mar, dos “cantautores” Publius e Tonino Arcoverde, com entrada gratuita. Inspirado nos brinquedos populares e na poesia do escritor Alberto da Cunha Melo, os músicos Publius e Tonino prometem devolver a esperança aos corações aflitos por meio da música e da sabedoria da cultura popular.

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Inscrições rupestres são foco da exposição “Simbologia da Gruta da Memória”

Registros pré-históricos são inspirações do multiartista Carlos Vasconcelos na exposição “Simbologia da Gruta da Memória”,  lançada na última quarta (dia 07) e que segue até o dia 30 de novembro, trazendo em evidência a arte rupestre, representações artísticas de povos antigos, que fascinam a humanidade desde sua descoberta há séculos atrás. “Inscrições ou arte rupestre sempre me fascinaram, desde minha infância quando me foi dado meu primeiro patrimônio cultural: a enciclopédia Larousse, afinal, na minha infância não tinha buscador do Google. E dentre aqueles doze livros, grandes, grossos e pesados; O de artes, arquitetura, biologia, pré-história, história e geografia eram meus bons companheiros. Nestes volumes processei um dos maiores conceitos de encanto pela arte, como as fantásticas inscrições da gruta de Lascaux, na França, seguindo-se as imagens da caverna de Altamira na Espanha; uma criança que sonhava em ser artista na pré-histórico”, lembra o multiartista pernambucano Carlos Vasconcelos que concretiza o último projeto artístico antes do ano encerrar. Toda essa fascinação que estimulou o artista sempre encantou estudiosos, pesquisadores e curiosos a visitarem sítios históricos na França, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha e diversos outros países na Europa em busca daqueles mais conhecidos e estudados. No Brasil, temos nossos próprios registros arqueológicos e um dos mais importantes ganha destaque nesse novo projeto “Simbologia da Gruta da Memória”, que se inspirou na Pedra do Ingá, localizada no oeste da Paraíba, e que é considerado o primeiro monumento arqueológico tombado como patrimônio nacional em 1944. Esse pequeno distrito de Pedra Lavrada, no agreste paraibano, guarda em seus 24m de comprimento e 3,8m de altura de área um enigma que nem pesquisadores conseguem decifrar nessa formação rochosa a 46km de Campina Grande e a 109km de João Pessoa. “Recentemente encontrei em meus arquivos imagens de um estudo cuidadoso, que realizei da Pedra do Ingá, no estado da Paraíba, que está entre as artes rupestres mais estudadas e celebradas, que chegaram a nosso tempo. E isso foi decisivo para interpretar; copiar nunca! E trazer a tona toda simbologia na gruta da minha memória”, comenta Carlos. E sua motivação reforça a versatilidade da arte e a importância desta formação rochosa que traz símbolos, sulcados e esculpidos com apurada técnica na enorme pedra, que lembram figuras humanas e animais, linhas onduladas que remetem o movimento das águas, e ainda contornos curvilíneos, círculos pendulares e formatos cônicos. E são nesses detalhes em contornos e cores que o experiente desenhista, fotógrafo, escultor e diretor de arte e criação se inspirou para criação de 14 esculturas exclusivas no tom bege luminoso, o marrom e preto para uma construção de semelhança e harmonia com o real. Um trabalho minucioso de interpretação que congrega um longo processo de acompanhamento da região do multifacetado artista, que fecha com o lançamento de “Simbologia da Gruta da Memória” o ciclo de trabalho do seu Centro Cultural de Criação em 2018. Atuando há décadas em diversos campos da arte, o multiartista pernambucano Carlos Vasconcelos abre mais uma vez as portas do espaço para a mostra “Simbologia da Gruta da Memória”, que fica em cartaz no Centro Cultural de Criação até o dia 30 de Novembro, com visitas agendadas por email (carlosvasconcelosfoto@gmail.com) ou pelo whatsapp (81) 9.9925-1314. O espaço fica na Rua dos Medicis, 30 AP-406, na Boa Vista, e os interessados também podem conhecer mais do trabalho do multiartista, que atua há mais de três décadas em várias frente, pelo site https://carlosvasconceloscriacoes.com. “Como realizamos diversas atividades distintas no Centro, que também abriga workshops e oficinas, receberemos o público em visitas agendadas, para manter a dinâmica do espaço, que é voltado a eventos culturais disponibilizados aos amantes da arte”, completa Carlos Vasconcelos. SERVIÇO MOSTRA “SIMBOLOGIA DA GRUTA DA MEMÓRIA” Quando: Até 30 de novembro Onde: Centro Cultural de Criação (Rua dos Medicis, 30 AP-406, na Boa Vista) Visitas: Agendadas de segunda a sexta pelo email carlosvasconcelosfoto@gmail.com) ou pelo whatsapp (81) 9.9925-1314 Mais informações: site https://carlosvasconceloscriacoes.com

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“Central do Brasil” ganha sessão especial com debate no 11º Janela de Cinema do Recife

*Por Houldine Nascimento Lançado há 20 anos, o filme “Central do Brasil” é um marco no período que ficou conhecido como “retomada do cinema brasileiro”, após os anos de baque que o governo Collor proporcionou com a ausência de políticas públicas que incentivassem o audiovisual do País. Uma cópia restaurada em 4k do longa-metragem de Walter Salles Jr. vai ser exibida dentro do programa de clássicos do 11º Janela Internacional de Cinema do Recife, neste sábado (10), às 18h50 (horário local), no Cinema São Luiz. Ao final da sessão, um debate ocorre com a presença do ator Vinícius de Oliveira, que viveu o garoto Josué, um dos protagonistas da trama, ao lado da professora aposentada Dora (Fernanda Montenegro). A restauração de “Central do Brasil” integra as comemorações do aniversário de lançamento e vai resultar em uma nova edição em DVD no mês de dezembro. Antes do Janela, o filme também foi exibido na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no 20º Festival do Rio. TRAJETÓRIA - Entre 1998 e 1999, “Central do Brasil” teve uma notória carreira em festivais e premiações de cinema do mundo, além de ter feito sucesso no circuito comercial. Ao todo, foram 50 prêmios: destaque para o Urso de Ouro no Festival de Berlim e o troféu de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro. O longa recebeu o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Bafta e no Globo de Ouro – em que Fernanda Montenegro também foi nomeada à estatueta de Melhor Atriz de Drama. No Oscar, foi indicado às categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, o que causou grande repercussão à época. *Houldine Nascimento, especial para a Revista Algomais

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Confira a programação do 11º Janela Internacional de Cinema do Recife

O 11º Janela Internacional de Cinema do Recife segue até o dia 11 de novembro, no Cinema São Luiz, Cinema da Fundação e Cinema do Museu. O festival apresenta mostras competitivas de longas-metragens e curtas-metragens, programa de clássicos, seleções especiais e encontros com realizadores, além da oficina Janela Crítica. Nesta edição, o festival terá duração menor que nos últimos anos, devido a uma readequação orçamentária, mas mantém o desejo de iluminar filmes especiais, reunir obras que tiveram destaque no circuito de festivais e também compartilhar outras apostas e descobertas da curadoria. Confira a programação completa em  http://www.janeladecinema.com.br. As bilheterias dos cinemas abrem com 1 hora de antecedência da primeira sessão. As pessoas podem comprar até 2 ingressos para cada sessão. É possível comprar ingressos para todas sessões do mesmo dia. As vendas antecipadas de ingressos pelo site Sympla são exclusivas para as sessões do Cinema São Luiz https://www.sympla.com.br/xijaneladecinema/. A plataforma cobra uma taxa adicional de R$ 2,00 por ingresso. SERVIÇO 11º Janela Internacional de Cinema do Recife De 7 a 11 de novembro de 2018 Salas: Cinema São Luiz (Boa Vista), Cinema da Fundação (Derby) e Cinema do Museu (Casa Forte). Ingressos: Cinema São Luiz Longas:  R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia) Curtas:  R$ 3 (meia para todos) Cinema da Fundação e Cinema do Museu Longas: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) Curtas: R$ 5,00 (meia para todos)    

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Encontro "Migrações africanas, atualidades e direitos" acontece amanhã na Fundaj/Derby

O Projeto Trocas Atlânticas, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), realiza, no dia 8 de novembro, na sala Aloísio Magalhães, na Fundaj Derby (rua Henrique Dias, 609), o Encontro sob o tema "Migrações africanas, atualidades e direitos", que contará com a presença de palestrantes nacionais e internacionais. Das 8h30 às 10 horas, Acácio Almeida (UFABC) e Cibele Barbosa (Fundaj), participarão da mesa-redonda Brasil e África, e das 10h30 às 12h30, a mesa-redonda Migrações Africanas e Direitos, terá os seguintes palestrantes: Abdelfattah Ezzine(Universidade de Mohammed V-Marrocos), Maria Nilza da Silva (UEL) e André Carneiro Leão (Defensoria Pública Federal). O Encontro conta com as parcerias da UFPE, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) da UFPE e do Instituto de Estudos da África, da UFPE, e faz parte do Programa Instititucional Territórios de Educação e Cultura, da Fundaj. O evento é aberto ao público e haverá concessão de certificados para quem participar do mesmo.

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Qual o melhor poema de manuel bandeira?

Adepto do verso livre, do lirismo e da irreverência, Manuel Bandeira foi escritor, professor, crítico e historiador literário e talvez seja aquele que melhor cantou o Recife. Neste mês, quando se completa 50 anos de sua morte (13/10/1968), memória e obra do poeta mantêm-se vivas através de seus poemas, prosas e antologias. Seu estilo coloquial e elegante arrebatou a admiração e os corações em todo o País, em especial dos pernambucanos. Por isso, perguntamos a quatro deles qual o poema preferido do poeta modernista. Confira a seguir: “Conheci a poesia de Bandeira nas estantes de casas de amigos dos meus pais. Lá em casa também havia uma coletânea de poemas dele. Foi a primeira vez que li alguém que falava de lugares que eu conhecia. A poesia dele, pra mim, tem jeito de azulejo. Uma coisa meio colonial, casa antiga. Estante de madeira escura. Não como algo aristocrático. Parece que é algo que um amigo escreveu. É impossível de profanar porque não é sagrado”, relata Juliano Holanda, cantor e compositor recifense. Bandeira é uma das inspirações de Juliano, e lhe possibilitou conhecer outros autores, como Carlos Pena Filho, João Cabral de Melo Neto e Celina de Holanda. “Escrevo, mas nunca me considerei um poeta. Poeta é Manuel Bandeira, que faz as coisas parecem simples. Até mesmo quando de fato são”, complementa o compositor. Já o arquiteto e sócio da TGI Francisco Cunha ressalta a relação do poeta com o Recife. Ele considera Manuel Bandeira o maior poeta do Brasil, e o que conseguiu melhor cantar a história do Recife. “A qualidade da obra literária dele é revelada na capacidade que teve de evocar o Recife e de retratar uma característica muito peculiar da capital pernambucana que é essa beleza e a densidade histórica que a cidade tem. Acho que ele é um poeta do Recife e, portanto, tem uma importância muito grande para preservação da nossa memória e da memória da cidade”, declara. A poesia de Bandeira cativa também os leitores mais jovens, como Emília Prado, de 20 anos. A estudante de jornalismo começou a gostar e ler obras do poeta quando conheceu a história do modernismo e da Semana de Arte Moderna de 1922, que reuniu os artistas modernistas brasileiros que buscavam abolir a estética perfeccionista dos textos do Século 19. Bandeira causou escândalo com a poesia Os Sapos, lançada no evento e na qual defendia o verso livre e ridicularizava o apego à métrica dos parnasianos. “Eu gosto de imaginar os poetas escrevendo determinado poema e pensando no que os outros pensariam. Será que sentiam medo? Mas acho que Bandeira não tava nem aí, porque ele tava sendo ele, não tinha muita noção do tamanho do movimento que tava participando”, supõe Emília.   A estudante ainda destaca a importância da relevância de toda a sua obra. "Todo escritor que deixa clássicos merece um alto respeito. Bandeira escreveu Pasárgada! Esse poema é tão honesto que aposto que ele não imaginava a proporção que suas palavras tomariam. Era o seu lugar conhecido, familiar, mas para tantos, ainda hoje, é o lugar ideal muitas vezes inalcançável". Sua frase predileta do escritor é Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. Trata-se de um verso de Poética, outro poema apresentado na Semana de 22. MELANCOLIA "Bandeira da Minha Vida Inteira”, exalta o escritor Marcelino Freire parafraseando o livro Estrela da Vida Inteira, publicado em 1965 e que reúne poesias completas do pernambucano. “Manuel Bandeira foi o primeiro poeta que eu li", conta Marcelino, que nasceu em Sertânia, e por duas vezes, foi vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura. "Eu devia ter uns 10 anos e já morava no Recife. Bandeira pegou na minha mão e não largou mais. Tive contato com a poesia melancólica dele e fui ficando um menino doente, febril. Eu queria a tuberculose do Manuel. Eu fiquei com vontade de morar em Pasárgada", recorda. Quando pequeno, Marcelino sentia-se orgulhoso pelo fato de o poeta também ser pernambucano. "Eu me lembro de ter pedido a uma professora para me levar até a casa do avô do Bandeira, ali na Rua da União. Foi uma emoção saber que naquela casa Manuel havia ficado à janela, observando os mascates passarem. Manuel é muito o Recife. As pontes, as águas, a saudade. Era um poeta que sentia tremenda saudade da infância, que fazia uma poesia que comunicava. Simples, diretamente lírica", elogia. "Durante um tempo, repito, eu quis ficar doente, pensava que iria morrer cedo, que meu destino teria a mesma sorte do que a do Manuel. Ele morreu velho, mas eu digo da sorte que a maldição dos poemas nos traz. Bandeira me contaminou com a sua poesia. É uma referência constante que eu trago no peito, assim, de tudo o que escrevo”. *Por Laís Arcanjo

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Se tem asa, pra que quer casa? (Por Joca Souza Leão)

Tudo começou com um mistério. Apareceram umas setas, como que desenhadas, no balcão do meu terraço. Em sequência, uma após a outra. “Que danado é isso?” Como nunca acreditei em disco voador, talvez tivesse chegado a hora de começar a acreditar. Pedi a Lurdes para lavar com mangueira e escovão. Dia seguinte, tavam as setas lá. Como já disse, desenhadas. Brancas. “Tão de sacanagem comigo”, pensei. Mas quem? E, sobretudo, como o sacana chega até aqui, ao 11º andar, desenha as setas e se manda? E por que setas que não indicam nem levam a lugar algum? Até que, passados três dias, Lurdes desvendou o mistério. “Seu João Augusto, venha ver uma coisa aqui.” Fui. E vi. Dois urubus solenemente pousados no balcão do meu terraço. E as setas? Simples. Os bichos cagavam e caminhavam sobre a merda. Impressionante. As pegadas secas ficavam como setas desenhadas. É isso. Um urubu pousou na sorte de Augusto dos Anjos. E dois urubus deram de pousar no meu terraço. Quanto à sorte, poeta, continuo sem ter do que me queixar. Mas, o que esses bichos têm de bonitos voando num céu azul, planando, peneirando, lá no alto, têm de feios vistos de perto. Cabeças-pretas. Assim são chamados os nossos urubus, brasileiros. Eita bichinho feio danado! Onde não tem pena, é enrugado. E, como a gente sabe o que eles comem, não há boa vontade ecológica que lhes empreste simpatia. Além de feios, nojentos. Lurdes disse que, no interior, a família dela botava uma bandeira na cumeeira da casa pros bichos não pousarem. Fez uma bandeira com um lençol velho, cabo de vassoura, e fincou num jarro, no terraço. Mas os bichos voltaram. Acho que passaram a usar a bandeira como os pilotos usam biruta de aeroporto, para saber a direção do vento. Andei lendo sobre urubus. Macho e fêmea têm uma convivência solidária. E as mesmas, mesmíssimas funções em relação ao casal e à prole. Voam sempre juntos e são monogâmicos. Ou seja, meus indesejáveis visitantes são casados até que a morte os separe. Amém! Mas longe do meu terraço, né? Tanto telhado com sombra e água fresca (de caixa sem tampa) por aí, tanta torre de igreja, tanta antena de TV, tanta árvore, tanto poste e luminária, tanto mausoléu grande e alto logo ali, em Santo Amaro, tanto esqueleto de edifício por todo canto! E eles aqui, no meu terraço. O que fazer, caro leitor? Alguma ideia? Eu, sinceramente, não sei. Machucá-los, claro, tá fora de questão. Espantar, a gente espanta. Joga água, bate palma, panela, grita xôôôôôô urubu, mas não resolve. Eles vão no susto. Mas voltam. Se urubu do interior já é malandro, urbano, então, nem se fala. Só me resta invocar São Jackson do Pandeiro: Urubu tem asa Pra que urubu quer casa? Ai, ai, ai Pra que urubu quer casa?

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Peça Senhora de Engenho Entre a Cruz e a Torá vai até dia 10

O espetáculo Senhora de Engenho Entre a Cruz e a Torá se despede do seu público em 2018, nos dias 9 e 10 de novembro, sexta-feira e sábado, às 19h, no Casarão de Maria Amazonas na Avenida Belmino Correia, s/n, centro, Camaragibe-PE. A peça tem o apoio cultural da Prefeitura de Camaragibe, Fundação de Cultura de Camaragibe, Visão Digital em Segurança e Pelos Pet/ Curso de Tosa e Banho.”. O texto é baseado na história real, quase lendária, da portuguesa Branca Dias, e da sua luta para se manter fiel a sua fé judaica, enfrentando tanto a Santa Inquisição em Portugal, o que lhe rendeu uma passagem pelo cárcere, quanto o preconceito e a intolerância. Fugida de Portugal encontra abrigo em Pernambuco, no Brasil colônia, em 1550. Em meio a conflitos familiares, Branca Dias torna-se a primeira mulher a dar aulas, assume o comando do Engenho Camaragibe. "Senhora de Engenho" participou de vários projetos e já viajou para o Chile, Rio de Janeiro, Caicó/Rio Grande do Norte e Interiores de Pernambuco. Participou do VIII Festival Internacional de Teatro do Chile, Janeiro de Grandes Espetáculos/Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, I Festival de Teatro Hermilo Borba Filho/ Palmares-PE, Todos Verão Teatro, Festival de Teatro de Igarassu, Festival de Teatro de Olinda e o Festival de Teatro do Sertão do Pajeú, entre outros. Serviço: Peça: Senhora de Engenho Entre a Cruz e a Torá Local: Casarão de Maria Amazonas, Av: Dr. Belmino Correia, s/n, Centro, Camaragibe-PE. Data: 09 e 10 de novembro, sexta-feira e sábado Horário: 19h. Duração: 80 min Ingresso: Inteira:R$ 30 e meia:R$ 15 Informações: 81: 99536-4746

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