Arquivos Cultura E História - Página 272 De 379 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Recreio ao som de Mozart

Para muitos jovens a música erudita pode ser um gênero musical ligado às pessoas mais velhas e de gosto mais refinado. Mas o Conservatório Pernambucano de Música (CPM) propõe a estudantes adolescentes uma outra visão desse estilo musical. Iniciado em 2013, o Projeto de Circulação de Música de Câmara, idealizado pelo CPM e pela Orquestra Vicente Fittipaldi e realizado em parceria com o Governo do Estado, traz para o horário do intervalo de escolas da rede estadual de ensino a música de câmara. São apresentações mais reduzidas de um concerto de peças clássicas do repertório das orquestras, mas combinadas com a música popular. Roseane Hazin, gerente geral do CPM, destaca a importância do projeto, que já tem seis anos de existência: “É um eficiente curso de apreciação musical e de formação estética, bem como uma bem-sucedida ação de sensibilização, que alcançou milhares de alunos no Recife e na Região Metropolitana”. Na maior parte das vezes instrumental, a música de câmara é uma excelente introdução ao repertório erudito. Ao oferecer ao espectador um número menor de músicos integrantes, traz maior possibilidade de interação e de atenção, especialmente para as crianças e os jovens, que são os contemplados dessa atividade do Conservatório. “A escola foi o ambiente ideal que encontramos para fazer esse trabalho. Trazemos uma formação com instrumentos eruditos, mas mostrando uma proposta de música que é a que eles estão acostumados a ouvir. Prendemos a atenção deles ao trazer aquela sonoridade de um instrumento erudito para a música popular”, conta Jean François Bourgeois, coordenador da orquestra. Atrelado a isso está o concerto-aula, uma forma de introduzir informações sobre a história da música. “Em seguida, apresentamos a sonoridade de cada um dos instrumentos da orquestra, para então mostrar uma música realmente do dia a dia dos alunos, como um funk, por exemplo. Sempre procurando trazer algo que eles conhecem, na sonoridade daquele instrumento. E aí é sucesso”, relata o coordenador. Semestralmente o repertório é modificado, tanto na parte erudita quanto na popular, trazendo mais diversidade e atraindo o público. A escolha para as próximas apresentações foram as peças de Vivaldi e Tchaikovsky, conhecido pela peça Quebra-Nozes. Pela forma mais dinâmica de apresentação, a maneira de assimilar o conteúdo e o interesse pela música ficam mais efetivos e perceptíveis entre os alunos. “O feedback deles é bastante positivo, até porque essa proposta é algo inovador ao que eles costumeiramente vivenciam. Nem sempre todos conseguem esse contato com orquestras com facilidade, veem mais na televisão, e não ao vivo”, diz o professor do concerto-aula, o flautista Ecenilson Dias. Com apresentações no Recife e na Região Metropolitana, o projeto já conseguiu levar a orquestra para cerca de 100 colégios, com duração de 50 minutos cada concerto-aula. A Escola Manoel Borba, localizada em Boa Viagem, foi a mais recente contemplada. Reunindo todos os estudantes do ensino médio no pátio para assistir à apresentação, o momento foi de conhecer um pouco mais do universo da música clássica e se divertir com as adaptações dos sucessos da atualidade, como por exemplo, a adaptação ao violino do hit Despacito. A estudante Renata Xavier, de 17 anos, conta que a experiência foi muito enriquecedora para ela e os colegas: “foi uma oportunidade maravilhosa pra gente, principalmente pra quem é jovem, que está acostumado a ouvir músicas que muitas vezes não enriquecem a nossa personalidade, o nosso intelecto. Foi uma oportunidade única que nós tivemos de conhecer mais sobre a música erudita”. A música já faz parte do cotidiano pedagógico da Manoel Borba, por meio da interdisciplinaridade das matérias estudadas em sala de aula. “Tanto os estudantes como os professores, estamos lisonjeados, porque a música faz parte da nossa vida, do nosso cotidiano, e ela vai para além dos muros da escola. Nós trabalhamos música nas aulas de arte e em diversas outras disciplinas. Então, a apresentação da orquestra para nós é um presente”, emociona-se Ivana Carvalho, educadora de apoio da instituição. Os alunos Jonnatha Dantas e Daniele Belmiro, que estão concluindo o ensino médio na Manoel Borba, compartilharam da mesma alegria em terem recebido no seu ambiente de estudo um evento bem diferente. “Foi algo inesquecível, inovador. Vai acrescentar bastante na nossa educação. Fico grato por nosso colégio ser prestigiado por essa apresentação”, conta Jonnatha. “Achei o evento muito construtivo porque ele mostra a arte clássica de uma forma diferente. Mostra que não é só Beethoven, não é só Mozart que podem ser tocados em violinos, em flautas... eu achei fantástico. Uma nova roupagem para a gente que considerava esse som chato. Mas ele não é chato!”, revê Daniele. *Por Laís Arcanjo

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Filme pernambucano sobre o Forró na Europa será exibido no Festival Rota, no Rio

Existem cerca de 20 festivais musicais exclusivamente de forró e shows cada vez mais demandados em vários países na Europa. Esse é o cenário vivido hoje pelo forró brasileiro de raiz no continente, um mercado que já voltava seus ouvidos há algum tempo para essa música, mas que nos últimos anos entrou num processo de consolidação. Tal movimentação está registrada no documentário Quanto Mais Longe Vou, Mais Perto Fico, dirigido por Daniel Ortega, com produção do coletivo pernambucano LA Sangre Mamute Produções, com estreia marcada para o próximo sábado (29), no ROTA - Festival de Roteiro Audiovisual, no MAM, no Rio de Janeiro. As filmagens foram realizadas em 2013, durante a segunda turnê do Quarteto Olinda pelo Velho Continente, em que Daniel Ortega assinou também a fotografia com Yuri Rabid. Quanto Mais Longe Vou, Mais Perto Fico mescla registros das experiências dos quatro músicos (Cláudio Rabeca, Guga Amorim, Carlos Amarelo, além de Rabid), que compunham a banda, com entrevistas com pessoas que movimentam essa cena cultural, como professores, músicos e alunos. O grupo levou o forró tocado com Rabeca com um repertório de canções próprias, de outros artistas da música nordestina e clássicos do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Um trabalho importante na disseminação do forró é desenvolvido por professores e grupos brasileiros de dança que atuam na Europa. Durante todo o ano, esses grupos fomentam a cultura do forró em apresentações e aulas. O filme aborda a preservação da história de artistas do forró, dando destaque às danças e aos bailarinos desta manifestação popular. Os festivais de forró no Velho Continente atraem cada vez mais participantes interessados em aprender a dança e os ritmos, tornando-se um ponto de encontro cultural entre brasileiros e estrangeiros. Há russos, italianos, franceses, alemães, formados por brasileiros. O modelo desses eventos demonstra que os europeus estão muito interessados em conhecer a fundo as raízes do ritmo que se desenvolveu mais fortemente no Nordeste Brasileiro. Em boa parte dos festivais, além de shows musicais, são promovidas oficinas de dança e instrumentos musicais e workshops em que o debate enfoca a natureza e as origens do forró. A turnê teve início em Lisboa e, em seguida, percorreu Munique, Berlim, Colônia, Londres, Dublin, Paris, Nantes, Bordeaux, São Petersburgo, Genebra e Roma.

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Filme pernambucano sobre especulação imobiliária estreia no MAM do Rio de Janeiro

Curta metragem escrito e dirigido por Juliano Valença, Cavalo Concreto estreia na mostra competitiva do ROTA - Festival de Roteiro Audiovisual, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, no próximo domingo (30). O filme foi elaborado como um exercício de direção de atores, que se desenvolveu até tornar-se filme. A ideia de utilizar a temática do Cavalo Marinho, folguedo pernambucano, amadureceu para uma concepção em que este festejo se misturou com o discurso da especulação e verticalização da cidade do Recife. De forma lúdica, conta a estória de um grupo de teatro que encena sua nova peça numa fazenda em ruínas. O curta foi rodado na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Parte do elenco é formado por atores do coletivo Lá Vai Maria, grupo carioca de teatro independente que bebe de fontes pernambucanas, como dos versos do poeta Miró da Muribeca. Contemporizando o Cavalo Marinho, onde é realizada a venda do boi, o roteiro gira em torno da venda de um apartamento na área nobre da cidade da capital pernambucana. Capitão, interpretado por Christian Manos, tenta enrolar os compradores. Ao passo que denigre quem vive na parte pobre da cidade, enaltece a área verticalizada, sinal de status. Na contramão do discurso elitista, surge o poeta, vivido por Túlio Baia. Seu pensamento utópico se revela nas poesias, que compõe grande parte do texto.  A quebra entre real e imaginário vem na forma do Diabo (Bruno Leão), que causa um choque no que esta sendo contado. O diabo e personagem fundamental nos conflitos que vem a seguir. A segunda ruptura no status quo vem a partir da polícia, que reprime o ensaio dos artistas com o uso do abuso de autoridade. A trilha sonora, toda original, é outro fator importante. Composta por Valença e Viola Luz, ela interage com os diálogos em rima, criando uma sensação de fluidez, misturando a guitarra elétrica com o peso da percussão pernambucana. Elaborados pelo Estudo Greda, o figurino e maquiagem estão em destaque dentro da estória, que foi filmada em preto e branco. Inspiradas na vestimenta dos brincantes da folia de reis de Pernambuco, as roupas ganham vida na trama. Cavalo Concreto é um curta contemporâneo, que bebe de várias vertentes do cinema nacional do Cinema Novo ao melhor do cinema pernambucano.   Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=DGoRZvPrkTo

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Festival Malakoff Duos promove sessão de autógrafos do livro Se a minha bateria falasse..., com o autor, Robertinho Silva

Um dos instrumentistas brasileiros mais significativos das últimas décadas, o baterista e percussionista Robertinho Silva faz sessão de autógrafos de sua biografia “Se a minha bateria falasse...” dentro da programação do Festival Malakoff Duos. A noite de autógrafos e lançamento da biografia acontece nesta quinta (27/09),  às 19 horas, no Bar Teatro Mamulengo, na Praça do Arsenal, no Recife Antigo (PE). Robertinho Silva tem extensa carreira como percussionista e baterista. “Ele tocou 26 anos com Milton Nascimento e, entre outros aspectos da sua carreira, isso fez como que ele se tornasse muito conhecido no circuito do showbiz”, lembra o produtor Amaro Filho, da Página 21, que realiza o Festival Malakoff Duos. O festival começou no final de semana passado (dias 22 e 23), com oficinas de música e shows de duetos de instrumentistas na Torre Malakoff, no Recife Antigo, e continua neste final de semana (29 e 30), com novos shows na Malakoff. A biografia “Se a minha bateria falasse...” foi escrita por Robertinho Silva em parceria com Miguel Sá, repórter colaborador na Revista Backstage, especializada em produção musical.  Lançada pela Editora H. Sheldon, possui 357 páginas. Nelas, o leitor acompanha toda a trajetória do músico desde a infância em Realengo até os dias de hoje. Na história do percussionista estão os tambores que tocava nas sessões de umbanda promovidas pela mãe, Dona Justina; as tradições musicais de Realengo, no Rio; a descoberta do rádio e da bateria; a profissionalização nos bailes e dancings do Centro do Rio de Janeiro e nas boates de Copacabana e os encontros com Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, Airto Moreira, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, João Donato, Wayne Shorter e tantas outras pessoas, além dos lugares que influenciaram sua vida e sua música. Hoje, Robertinho Silva é um mestre dos ritmos afro-brasileiros que, além de tocar com João Donato e produzir trabalhos próprios, faz questão de passar seus conhecimentos em workshops pelo mundo inteiro.   Sobre Robertinho Silva Carioca e autodidata descobriu a potencialidade da bateria ainda menino e teve influência dos principais bateristas do Samba Bossa Nova e dos bateristas de Jazz norte americanos. Destacou-se com o grupo “Som Imaginário” junto de Wagner Tiso e Luiz Alves. Desde o início de sua carreira, no final dos anos 60, participa de gravações e concertos com grandes nomes da música nacional e internacional. Participou de grandes festivais como New Port, Berlim, Free Jazz Festival, JVC New York, Montreaux, Midem, entre outros. Em sua carreira, apresentações ao lado de Milton Nascimento (com quem trabalhou por 26 anos), João Donato, Tom Jobim, Wayne Shoter, Paul Horn, George Duke, Egberto Gismonti, Airto Moreira, Flora Purin, Raul de Souza, Dori Caymmi, Cal Tjader, Sarah Vaughan, Gilberto Gil, João Bosco, Toninho Horta, Gal Costa, Nana Caymmi e Chico Buarque, dentre outros. Mais recentemente com Lisa Ono, Guilherme Vergueiro, Wanda Sá, Mônica Salmaso, o saxofonista Bud Shank e o guitarrista George Benson. Faz concertos, ministra cursos, oficinas, seminários e workshops sobre ritmos brasileiros no Brasil e Exterior. Realiza também trabalhos com “A Família Silva” composta por ele e os filhos. Desenvolve projetos com companhias de dança e teatro.   Sobre o Festival Malakoff Duos O Malakoff Duos, festival de música instrumental, começou no último final de semana (dias 22 e 23) e segue neste próximo fim de semana (29 e 30), na Torre Malakoff, no bairro do Recife Antigo (Recife/PE). O evento reúne 24 feras da música instrumental brasileira, que tocam em duetos. Neste último final de semana, estiveram na programação Guinga e Spok, Marcos FM e Andrea Ernest, Claudio Rabeca e Pablo Fagundes, Breno Lira e Beto Hortis, Betto do Bandolim e João Carlos Araújo, Alessandro Penezzi e Bernardo Aguiar. Neste sábado (29), das 17 às 20h, tocam Paulo Rafael, guitarra (PE) e César Michiles, flauta (PE);  Amaro Freitas, piano (PE) e Robertinho Silva, bateria e percussão (RJ); e Toninho Ferragutti, sanfona (SP) e Carlos Malta, flauta, sax, pífano (RJ). No domingo (30), das 16h às 19h, tocam Henrique Albino, sax, flauta (PE) e Gabriel Grossi, gaita (DF); Nilsinho Amarante, trombone (PE) e Marcos Suzano, pandeiro (RJ); e  Arrigo Barnabé, piano (SP) e Paulo Braga, piano (SP). O ingresso custa R$ 2,00, como forma de colaboração, e a renda é para doação ao Center  - Centro Regional de Ensino e Reabilitação, entidade filantrópica localizada em Paulista (PE). A bilheteria abre às 14 horas, nos dias dos shows.   Serviço Noite de autógrafos do livro Se a minha bateria falasse... com o baterista Robertinho Silva, no Festival Malakoff Duos. Dia: 27 de setembro de 2018. Horário: 19 horas. Local: Bar Teatro Mamulengo – Praça do Arsenal, Recife Antigo Entrada Franca

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Temporada de Falso Brilhante, pelo Quartas da Dança, chega ao fim quarta-feira (26)

O grupo Outros Ares Cia de Dança realiza a última apresentação de Falso Brilhante, na próxima quarta-feira (26), no Teatro Barreto Júnior. A temporada, que começou no último dia 5, tem o apoio do projeto Quartas da Dança, que fomenta essa linguagem artística na cidade. O espetáculo terá início às 20h. Inspirado no álbum homônimo da cantora Elis Regina (1945-1982), uma das mais admiradas da história da música popular brasileira, Falso Brilhante provoca o público a refletir sobre a vida, sobretudo nas individualidades, diante do contexto do mundo contemporâneo. Interliga passado, presente e futuro. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e serão vendidos na bilheteria do teatro.  O projeto Quartas da Dança, promovido pela Prefeitura do Recife, disponibiliza a pauta das quartas-feiras do Teatro Barreto Júnior para grupos de dança, companhias e artistas independentes, com condições facilitadas. Os grupos têm direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação da casa.   Setembro 26: Falso Brilhante, da Outros Ares Cia de Dança Outubro - 3 e 10: Destremelar, do Grupo Destremelar - Dia 17: Magna, da Cia Mestiça de Cris Galdino - Dias 24 e 31: Se tu Soubesses, da Cia de Dança Ferreiras Novembro - 7 e 14: Dúvido, da Cia Sopro de Zéfiro e Ária Social Serviço Espetáculo Falso Brilhante Local: Teatro Barreto Júnior Data: 26 de setembro de 2018 Informações: 81 9 97906403 Ingressos: R$ 20,00 e  R$ 10,00 (meia)  Horário: 20h  (Disponíveis a partir das 17h, no dia do evento, na bilheteria do teatro)

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Recife recebe projeto “Intercâmbio Cultural – Aliança Brasil Bélgica”

Quando se trata de música, muitas vezes o Brasil e a Bélgica representam dois lados muito diferentes do espectro musical. Pensando em aproximar essas duas culturas musicais tão diferentes e promover um intercâmbio cultural, a especialista em Etnomusicologia, produtora cultural, cantora e percussionista Chris Nolasco criou o projeto Intercâmbio cultural – Aliança Brasil e Bélgica. Até o dia 28 de setembro, Recife recebe workshops, MasterClass e concertos ministrados pelos artistas brasileiros Demétrio Rangel e Chris Nolasco em parceria com os violinistas belgas Wouter Vandenabeele e katrien Vanremortel. O Projeto intercâmbio Cultural Aliança Brasil e Bélgica promove a inclusão social dentro do universo da troca de saberes, com a música ultrapassando as barreiras sociais e abrindo caminhos e horizontes. “É uma oportunidade de alunos de música de diversas comunidades terem aulas com renomados e experientes violinistas belgas e também de levar aos belgas a oportunidade de conhecer e aprender sobre cultura brasileira, especialmente a cultura rítmica do nordeste do Brasil, que é tão rica”, explica a idealizadora do projeto, Chris Nolasco, que residiu na Bélgica durante quatro anos (2004 a 2008). Por isso, os workshops de Técnicas de Violino e masterclass passarão pelos seguintes locais: Movimento Pró Criança (24/09), Escola Técnica Estadual de Criatividade Musical (25/09), Conservatório Pernambucano de Música (26/09), CEMO - Centro de educação Musical de Olinda (27/09), todos com acesso gratuito. Já os concertos acontecerão no Teatro Maurício de Nassau (24/09), Teatro Arraial (26/09) e Conservatório Pernambucano de Música (28/09). A segunda fase do projeto, desta vez na Bélgica, está marcada para o mês de outubro com os workshops e concertos promovidos pelos artistas Chris Nolasco e Demétrio Rangel. Eles passarão por diversas cidades belgas, estando presentes na Embassade du Brésil á Bruxeles, Associação Arte nativa de Bruxelas, Music School The Centrale City of Gent, Pianofabriek, dentre outros locais.     25/09 Escola Técnica Estadual de Criatividade Musical WORKSHOP: 15h - 17h. Rua da Aurora, 439, Boa Vista. GRATUITO.    26/09 Conservatório Pernambucano de Música MASTER CLASS: 09h às 12h. AV. João De Barros, 594, Santo Amaro, GRATUITO.   Teatro Arraial CONCERTO: 19h às 19:50h Rua da Aurora, 457, Boa Vista. GRATUITO.    27/09 CEMO - Centro de educação Musical de Olinda MASTER CLASS - POCKET SHHOW: 14h às 16:30h AV. Pan Nordestina, S/N. Salgadinho.   28/09 Conservatório Pernambucano de Música CONCERTO: 19:30h ÀS 20:30h AV. João De Barros, 594, Santo Amaro, GRATUITO.

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Criação de arte em qualquer plataforma é o princípio da mostra “Animalis”

O experiente desenhista, fotógrafo e diretor de arte e de criação Carlos Vasconcelos prepara-se para essa nova empreitada com foco na plataforma digital, ampliando sua atuação de décadas para novos campos com foco na arte. Explorando o estilo “concept art”, que é bastante utilizado e desenvolvido no cinema de animação e nos games, sua exposição “Animalis”, em seu Centro Cultural de Criação, na Boa Vista, até o dia 31 de outubro, congrega a natureza selvagem em imagens exclusivas captadas pelas lentes do próprio artista, que transformam cliques comuns em diversos olhares inusitados para cada observador sobre as possibilidades de transformação e criação artística. “Cabe ao observador definir e desenvolver o discurso que quiser. Sabe aquelas pessoas que dizem: eu gosto muito de arte, mas não entendo! São as que elaboram internamente, as mais complexas leituras de uma obra”, diz o multiartista sobre a perspectiva que espera quanto ao novo empreendimento artístico.   Focado na natureza animal brasileira, “Animalis” dá continuidade às intervenções desenvolvidas em 2017 com “Personagens urbanos”, com esculturas em madeira, e o “Ensaios sobre geografias faciais”, fotografias manipuladas em programas editores. Esse projeto traz outra forma de interagir de forma lúdica, denuncia ou pura celebração com os protagonistas nesses 15 registros exclusivos do multiartista, que concretizam ilustrações que trazem essas diversas possibilidades de interpretação por parte de cada observador. “Quando em maio deste ano comecei a selecionar meus arquivos de animais, constatei como eram vastos esses registros feitos no Zoológico de São Paulo, no Parque das Aves em Foz do Iguaçu e em estadias em Bonito e no Pantanal. E, como a fotografia já não bastava, comecei um trabalho em programas de edição”, comenta. Com o objetivo de conduzir assim novos olhares sobre a imagem a sua frente com essas representações visuais únicas, Carlos Vasconcelos traz provocações que vão além dos questionamentos filosóficos iniciais, que o motivaram ao longo de sua trajetória de mais de três décadas em diversos campos das artes. Experiente desenhista, fotógrafo, diretor de arte e de criação, cuja formação incomum sempre o levou a experimentar essas facetas profissionais, essa exposição integra imagens feitas pelas lentes do próprio Carlos no Zoológico de São Paulo e no Parque das Aves em Foz do Iguaçu, além de alguns registros em estadias na cidade de Bonito e em viagem no Pantanal. “Natureza sempre foi um alimento maior para o meu espirito. A fauna especificamente é provedora de grande parte de meu aprendizado de vida, a observação dos animais, para mim, tem o mesmo sentido que a leitura da melhor filosofia: Homero, Sócrates, Platão, Aristóteles e até Nietsche. O conhecimento de ambos (a natureza e da filosofia) me fez achar tolo um dos primeiros questionamentos da humanidade: de onde venho, quem sou, para onde vou”, diz. A mostra “Animalis” fica em cartaz no Centro Cultural de Criação até o dia 31 de outubro, com visitas agendadas por email (carlosvcriacoes@gmail.com ) ou pelo whatsapp (81 9.9925-1314), nos horários em que o local estará aberto para visitação, a cada semana, numa agenda que poderá ser conferida pelas redes sociais como o Facebook (https://www.facebook.com/EspacoCulturaldeCriacao/) e no site https://carlosvasconceloscriacoes.com. “Todas as semanas divulgaremos os horários em que o centro estará aberto para visitação, uma vez que ele abriga workshops, oficinas e diversas outras atividades. Esses procedimentos visam tornar este centro de arte, dirigido a uma maior dinâmica de eventos culturais a serem disponibilizados aos amantes da arte”, completa Carlos Vasconcelos. Desta forma, será possível receber clientes para encomendarem diversos tipos de serviços realizados por Carlos Vasconcelos. Seus cliques comuns, com diversos olhares inusitados sobre as possibilidades de transformação e criação artística, podem ser conferidos também em portfólio digital https://carlosvasconceloscriacoes.com, que congrega um pouco de todos os seus trabalhos e criações. E, além de conhecer um pouco das experiências históricas culturais do profissional, pode-se acessar também loja virtual para adquirir uma cópia da série limitada em escala pequena, média e grande de uma das peças da nova série “Animalis”.

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Sarau com Daniela Câmara e visita-jogo pelas instalações do Teatro de Santa Isabel na programação do Teatrando!

Terça-feira é dia de passear pelos 168 anos de histórias e serviços prestados à cultura brasileira pelo Teatro de Santa Isabel. Em cartaz no equipamento desde o último mês de março, o projeto de educação patrimonial Teatrando! convida mais uma vez, no próximo dia 25, os recifenses a se emocionarem e se informarem dentro de um dos teatros mais bonitos e antigos do país, símbolo dos movimentos abolicionista e republicano, sinônimo de luta e de arte. A programação da próxima terça começa às 15h, com a visita-jogo Proscenium!, e segue, às 19h, com o monólogo Mulheres de Sol e Sangue, da atriz Daniela Câmara, sobre o feminino. A programação é toda gratuita. Confirmando a vocação da casa para pioneirismos, o Teatrando! usa arte para contar e fazer história ao mesmo tempo, construindo pontes entre o público e um dos mais importantes palcos da cidade. A visita, que apresenta detalhes da história do Santa Isabel de forma divertida e emocionante, mistura ficção e realidade, sustos e risos, convida o público a virar parte do enredo, resolvendo desafios impostos pelo elenco nas instalações do teatro. A visita gratuita tem duração média de duas horas. O elenco é formado pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O roteiro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana, e a direção geral leva as assinaturas também de Célio Pontes e Quiercles Santana. Mais tarde, a partir das 19h, a atriz e jornalista Daniela Câmara apresenta o “monólogo lítero-musical” Mulheres de Sol e Sangue, cujo texto é composto por dez poesias fêmeas, escritas por mulheres de Tabira, Cabo de Santo Agostinho, São José do Egito e Recife. Os interessados em participar da visita Proscenium! devem realizar inscrição prévia pelos dos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. Já para assistir ao sarau, basta chegar uma hora antes do espetáculo e garantir o ingresso.

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Ao modo dos alquimistas

Por Paulo Caldas* Glauce Brennand já atravessou as fronteiras do ineditismo quando publicou Dorí e os micróbios (2013), livro editado pela CEPE. Em seguida integrou as coletâneas Todo amor vale a pena, em 2015, O dito pelo não dito, em 2016 e Insólitos, em 2017, editadas pelo selo Novo Cenário das Letras em Pernambuco-Edições Bagaço, escritos produzidos na Oficina Literária Paulo Caldas. Com este Encruzilhada das lembranças, Glauce chega ao público leitor com um texto ungido ao modo dos alquimistas, dosada a mistura exata de sentimentos, emoções reveladas à ótica da autora e observadas nas contradições humanas do cotidiano: mistura do prazer doído, ansiedade serena, fidelidade traída, lucidez com loucura e o amor à família, livro cujo principal cenário é o tradicional bairro recifense da Encruzilhada. Dona de uma escrita delicada, ela transpassa o doce viver da classe alta, divide o teor das narrativas com o amargo das carências suburbanas. Os protagonistas procuram espaços por vias paralelas, obedecendo às ordens da lógica, embora sob sua pena, deslizam com suavidade e rigor ao mesmo tempo. Com elogiável sagacidade, consegue intervir na trama dos acontecidos e das opiniões sisudas, símiles e metáforas instrumentos que, sob medida, manejados com a necessária perícia, são de extrema valia na construção da estética desejada. A autora possui mestrado e doutorado em Genética Bacteriana e Antibióticos, professora adjunta de Microbiologia e Imunologia do Centro de Ciências da Saúde (UFPE), busca compor crônicas e contos além de adequar textos científicos à linguagem acessível. Impresso pela CEPE, o livro tem a diagramação de Bel Caldas e projeto de capa assinado por Luís Arrais. *Paulo Caldas é escritor.

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Antônio Farias, um cidadão exemplar

De repente, a quarta-feira 13 de abril de 1988 parecia ser de Cinzas. Fulminado por um infarto, saia prematuramente da cena política o pernambucano Antônio Farias, dono de uma carreira política ascensional. Vivera apenas 55 anos, tempo em que escrevera a história de vida que vamos contar a partir de agora. Comecemos pelo princípio. Nascido a 28 de novembro de 1932 no município pernambucano de Surubim e vivido até aquela fatídica quarta-feira, entre as duas datas, se fez economista e industrial de sucesso, além de um político respeitado por sua retidão. Como administrador, deu os primeiros passos empresariais na unidade de beneficiamento de algodão pertencente a seu pai, Severino Farias, destacado pecuarista de Surubim. Especificamente no setor sucroalcooleiro o início se deu nos anos 1960, na Usina Pedroza, situada em Cortês (PE). Em seguida, nos anos 1976/1977, tempos do Proálcool, montou no Rio Grande do Norte, na fazenda Estrela, de sua propriedade, a Destilaria Baía Formosa S.A. Detalhe valioso é que em todos os momentos, Geralda Farias, sua esposa, sempre esteve presente, participando decisivamente das decisões e valorizando a responsabilidade social. Juntos eles atuaram com muita dedicação e eficácia, estabelecendo um modelo de empreendimento que se projetou em outras localidades e no próprio Grupo Farias. Foi na política, contudo, que seu nome conquistou a maior notoriedade. Foi vereador do Recife (1955 a 1959), deputado estadual (1963 a 1971), prefeito do Recife (1975 a 1979), deputado federal (1983 a 1987) e senador (1987 a 1988), mandatos que soube honrar. Não era um político arrebatador ou dono de grandes dotes oratórios, mas era prospectivo, ancorado na racionalidade, sensatez, objetividade e correção em tudo que envolvesse o seu nome. Assim, como prefeito, Antônio Farias não aumentou tributos, dedicou-se ao social, enfrentou uma grande enchente, investiu na infraestrutura dos alagados e morros, e aumentou o número de unidades de saúde e educação. Fez mais: otimizou os métodos da arrecadação da prefeitura, conseguindo, assim, colocar as finanças municipais em dia, o que resultou em recursos positivos no fluxo de caixa. Ademais, modernizou e concluiu o prédio da prefeitura, reformou e climatizou o Teatro Santa Isabel, viabilizou as avenidas Mário Melo e Recife, além do elevado do complexo da Agamenon Magalhães, urbanizou a praia do Pina e instalou a nova iluminação da avenida Boa Viagem. Depoimento categórico sobre Antônio Farias vem de Renato Pontes Cunha, presidente do Sindaçúcar e vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético: “Em minha trajetória profissional, tive a oportunidade de, em 1977, levado pelo meu colega de colégio, o empreendedor Eduardo Farias, iniciar carreira executiva no Grupo Farias, onde, a partir dos 19 anos ingressei, tendo a grande chance de aprender com todos os seus integrantes e, sobretudo com o presidente, Antônio Farias, um mentor empresarial, tanto no campo da ética como no da gestão (...). Como gestor público ou privado, foi empreendedor arrojado, formulador e cobrador de metas, além de praticar fino trato com todos que integravam as suas empresas. Homem dotado de espírito público, sempre buscava o certo, em favor do coletivo. Era, portanto, um seguidor das estradas que alcançam o bem coletivo, na incessante busca pelo que de mais justo pode existir, tanto para seus eleitores, como para colaboradores, clientes e fornecedores nas gestões pública e privada”. Aqui se contou a breve história de um homem especial, um homem que faz imensa falta à política de um país como o nosso, em que os principais atores políticos estão às voltas com a Justiça, pela prática continuada da corrupção. Um homem de trajetória impecável, enfim, que deixou saudades. A propósito, alguém já disse que o tempo pode apagar lembranças de um rosto, mas nunca apagará lembranças de pessoas que fizeram de pequenos instantes, grandes momentos. É o caso de Antônio Farias. Sua vida entre nós foi um momento breve, que ele transformou em grandes momentos. *Por Marcelo Alcoforado

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