Arquivos Cultura E História - Página 272 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Além da Lenda agora é tema de livro

Depois do sucesso da exibição na TV Brasil, a turminha da série de animação Além da lenda, produzida pela Viu Cine,  desembarca no mundo fantástico da literatura. Comadre Fulozinha, Curupira e Negrinho do Pastoreio comandam as aventuras dos principais personagens do folclore nacional no livro Além da lenda, que será lançado na próxima terça-feira (28), no Espaço TODO GONZAGA, no Museu Cais do Sertão, às 15h, n o Bairro do Recife. A obra, que conta com ilustrações de Jacqueline Lima e edição da Viu Marcas, explora com bom humor as histórias por trás de cada lenda brasileira e as atualiza para os jovens que, imersos num mundo de tecnologia, desconhecem os elementos da oralidade e tradição nacional. A história mescla aventura e suspense. Pedro Pirueta, lenda responsável por cuidar das brincadeiras de rua, desapareceu e foi parar no mundo do Além da lenda, onde ficam aquelas criaturas que caíram no esquecimento. Com isso, Comadre Fulozinha, Curupira e Negrinho vão colhendo pistas em meio a floresta para descobrir quem foi esta lenda. As dicas vão levando os três parceiros a outras lendas famosas, como Cuca, Iara e Boitatá, que, aos poucos e com a ajuda do leitor, v ão apresentando quem foi Pedro Pirueta. Ao final de cada capítulo, o público ajuda na caçada em busca da lenda desaparecida pintando e escrevendo as pistas deixadas pelas famosas criaturas. O livro permite que o leitor desvende enigmas, resolva desafios, aprenda e relembre brincadeiras clássicas e crie as suas próprias brincadeiras. O livro Além da lenda, inspirado na série e filme com o mesmo nome, tem a autoria de Bruno Antônio, Erickson Marinho e Ulisses Brandão. As ilustrações são de Jacqueline Lima. “A nossa proposta foi dar esse ar mais lúdico e interativo na obra, buscando aproximar ainda mais o público da história das lendas brasileiras”, explicou Ulisses Brandão, um dos autores do livro. Além do livro, o público também poderá conferir o lançamento do vídeo de segurança do Museu Cais do Sertão, que foi produzido pela Viu Cine e estrelado pela turminha da série Além da lenda. Essa parceria foi possível graças ao processo de licenciamento de marcas. “Estamos ampliando ainda mais a prática do licenciamento de marcas, que fortalece o desempenho do produto ou serviço no mercado e ganha valor quando associado & agrave; imagem de projeto de sucesso, como o Além da lenda”, explica Tereza Farias, diretora-executiva da Viu Marcas.   SÉRIE E FILME O livro é inspirado na série e no filme. A série de animação pernambucana Além da lenda, produzida pela Viu Cine, retrata com humor e aventura uma crise existencial dos principais personagens do folclore brasileiro. A Cuca já não assusta mais a criança que não dorme no horário determinado. Boto, antes um irresistível sedutor, amarga a incapacidade de conquistar as pessoas. Preocupados com a possibilidade do desaparecimento e com a falta de credibilidade diante das crianças, eles vão recorrer a um terapeuta – o personagem Sr. H.  A primeira temporada da série conta com 13 episódios de 07 minutos e foi exibida, TV Brasil. No cinema, Comadre Fulozinha, uma das mais famosas lendas do folclore brasileiro, comanda as aventuras destas criaturas fantásticas no primeiro longa de animação produzido em Pernambuco. O filme conta uma história de resistência e aventura das lendas. O Livro Sagrado das Lendas Brasileiras está em perigo. A obra, que só pode ser lida no dia de aniversário do Saci Pererê, foi perdido pelo Negrinho do Pastoreio e caiu nas mãos de um garoto. Influenciado pela cultura pop, o menino começa a realizar alterações na essência das lendas, adaptando de acordo com o próprio gosto e os valores dos super-heróis. Diante d esse quadro, Comadre Fulozinha vai se juntar ao Negrinho do Pastoreio e ao Curupira para recuperar o livro e evitar que ele seja capturado pela Gata-Bruxa Witchika, o espantalho Jerry Moon e o espectro Midnight, figuras estrangeiras. Serviço LANÇAMENTO DO LIVRO ALÉM DA LENDA Terça-feira, 28 de agosto de 2018. 15h Espaço TODO GONZAGA, no Museu Cais do Sertão. 112 Páginas. Valor do livro: R$ 30,00 Entrada no museu é gratuita

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Recife recebe lançamento de Livro e Documentário sobre Sergio Vieira de Mello   

Em homenagem aos 15 anos da morte de Sergio Vieira de Mello, a ZAZ Produções lançará, em Recife, o Livro e Documentário “Sergio Viera de Mello, O Legado de um Herói Brasileiro”, que contam a história e o legado diplomata, hoje (27), no cinema da Fundaj. A obra, escrita pelo pernambucano Wagner Sarmento, tem o prefácio escrito por José Ramos-Horta, Nobel da Paz. O projeto conduzido pela ZAZ Produções levou cinco anos para ser concluído após quase 80 mil quilômetros rodados no planeta, mais de 100 entrevistas e muita pesquisa sobre o tema sempre atual da paz mundial e dos refugiados. Com uma narrativa realista e próxima do leitor, a obra representa um novo ponto de partida para a reflexão sobre a vida do diplomata brasileiro morto no dia 19 de agosto de 2003, em um atentado em Bagdá. Sergio foi representante máximo das Nações Unidas no Iraque e era visto como o futuro Secretário Geral da ONU, devido à grande habilidade de negociação e paixão pelo trabalho em campo. No Camboja, Sergio Vieira de Mello negociou no meio da selva com os guerrilheiros genocidas do Khmer Vermelho; e sua destreza em negociações foi colocada à prova quando o brasileiro foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos na época, George W. Bush. Sobre o evento O evento terá um coquetel e bate papo do autor Wagner Sarmento e do Diretor Geral do Projeto André Zavarize com o público, contando sobre o processo de criação do documentário e do livro. “Em 2018, completam quinze anos do atentado terrorista contra o Sergio, e o que podemos notar é que ele continua vivo. Sua herança permanece e suas ações ainda ecoam em diversos países ao redor do mundo. É um brasileiro do qual temos que nos orgulhar”, afirma Zavarize. O diplomata virou referência no que diz respeito aos direitos humanos mundialmente, sendo o responsável por um dos cases de maior sucesso da ONU: a constituição de garantias democráticas do Timor Leste - o país mais novo do mundo. O público presente terá oportunidade de assistir a uma avant-première do documentário sobre Sergio Vieira de Mello, que em breve estará nos festivais de cinema e também foi produzido e dirigido por Zavarize.   Serviço Lançamento do Livro Sergio Vieira de Mello Local: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) Endereço: Rua Henrique Dias, 609, Derby Data: 27 de agosto de 2018 Horário: a partir das 19h

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Peça a Peça conta a história dos Piratas e Corsários na Costa Brasileira

Piratas e Corsários na Costa Brasileira é o tema do 117ª Peça a Peça que será realizado pelo Instituto Ricardo Brennand neste sábado (25), a partir das 14h. Nesta edição, serão narrados fatos e curiosidades sobre piratas e a pirataria na Costa Brasileira por meio de objetos que compõem o acervo do complexo cultural: uma arca, uma pistola pederneira e uma rapieira espanhola. Na programação, ainda haverá uma atividade interativa com os visitantes, uma caçada ao tesouro com pistas a serem desvendadas. O Peça a Peça é um programa mensal que acontece, sempre, na tarde do último sábado de cada mês e busca debater obras do acervo do Instituto Ricardo Brennand. Esta atividade está inclusa no valor do ingresso que custa R$ 30 inteira e R$ 15 meia entrada.   Serviço Peça a Peça – 117ª Edição Quando: 25 de agosto (sábado) Local – Instituto Ricardo Brennand - Alameda Antônio Brennand – Várzea. Horário: a partir das 14h30 Entrada: R$ 30,00 (Inteiro). R$ 15,00 (Meia) (Pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos mediante documentação comprobatória). Informações: (81) 2121.0352/ 0365

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Fim de semana com intensa programação cultural gratuita na capital pernambucana

O fim de semana será de verso e prosa no Recife. De amanhã (24) até o próximo domingo (26), o Recife Antigo recebe a 16ª edição do Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz, que toma conta da Avenida Rio Branco, celebrando a poesia urbana e urgente de Miró, com o tema a Cidade do Poeta e o Poeta da Cidade, com atividades gratuitas e abertas ao público. Na programação preparada pela Prefeitura do Recife para o fim de semana, tem ainda sarau aberto ao público no Teatro de Santa Isabel, Recife Antigo de Coração e Olha! Recife, exposições gratuitas nos museus da cidade e aventuras e atividades ecológicas para todas as idades no Econúcleo Jaqueira e no Jardim Botânico. Quem tem pressa para ser feliz neste fim de semana pode aproveitar o intervalo do almoço desta sexta-feira (24) para conferir a apresentação gratuita de Amaro Freitas e Henrique Albino, dois craques da nova safra da música pernambucana, no Paço do Frevo, ao meio-dia. O show faz parte da programação do projeto A Hora do Frevo, mantida pelo Paço para diversificar a identidade do frevo no imaginário sonoro coletivo. Mais tarde, a partir das 17h, o Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz, realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, estreia sua programação deste ano com um bate papo com o escritor, contista e romancista cearense, vencedor do Prêmio Jabuti 2012, Sidney Rocha e com o homenageado do Festival, o poeta e cronista das ruas Miró. A partir das 19h, haverá uma roda de conversa com os autores da Coletânea Denis Bernardes de Ensaios, mediado pelo jornalista e romancista, membro da Academia Pernambucana de Letras, Cícero Belmar e por Jorge Siqueira, professor de história. A programação encerra com o lançamento do livro, publicado pela Prefeitura do Recife, a partir de um edital lançado no Festival passado. No sábado (25), a programação começa mais cedo, a partir das 14h, com as oficinas ministradas por Clarice Freire, Fred Caju, Marcelino Freire e João Lin. Às 18h, E segue às 18h, com palestras de Antônio Paulo Rezende, Robson Teles, Antônio Marinho, com temas norteados pelo mote: É do sonho dos homens que uma cidade se inventa. Mais tarde, a partir das 20h, Clécio Rimas, Dayane Rocha, Edmilson Ferreira, Elenilda Amaral e Paulo Matricó protagonizam Mesa de Glosas sobre o poema Cão sem Plumas. No domingo o festival vira festa. A partir das 10h, a Festa do Livro levará para a Rio Branco um desfile de editoras, sebos, mediadores de leitura, recitais, atividades lúdico-literárias, lançamentos de livros e bibliotecas comunitárias. Haverá também troca afetiva de livros em bom estado de conservação. A programação encerra com a música, a letra e a voz de Bell Puã, Clécio Rimas e Amaro Freitas. Outro bom motivo para visitar o bairro histórico neste domingo é o Recife Antigo de Coração, projeto da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que leva práticas esportivas, serviços, música e brincadeiras a céu aberto para o entorno do Marco Zero. Nesta edição, que abraça o Festival A Letra e a Voz, o palco montado no Marco Zero receberá as atrações inclusivas do Projeto Encontro e do Frevo com Caio Rocha, além de Afoxé Omolu Pakaru Alu, Adriana B, Kallinas, Dançando na Rua, Caboclinho Flecha Dourada, Orquestra 100% Mulher e Maracatu Rural Leão das Cordilheiras. Na Avenida Marquês de Olinda acontece o projeto que promove a inclusão social, oferecendo bikes especiais, acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Além disso, na Rio Branco, o polo infantil contará com show de mágica, brincadeiras e até oficina de slime. A programação é toda gratuita, das 9h em diante. Na Boa Vista, a um pulo dessa animação todinha, o fim de semana será de despedida e muito rock no Museu de Arte Modera Aloísio Magalhães (MAMAM). O sábado e domingo serão os últimos dias da exposição A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, que conta a história de uma das bandas mais eloquentes de Pernambuco, nascida do Alto José do Pinho para a posteridade do punk nacional, com backdrops, pôsteres, ingressos, capas de fitas demo e projetos gráficos dos discos e mais de 60 peças assinadas pelo guitarrista da banda, Neilton. No sábado, às 15h30, será lançado o catálogo da exposição. Depois, a partir das 17h, haverá um show gratuito e aberto ao público do Devotos, na Rua da União, com o Som na Rural. O horário do museu no sábado será ampliado, das 13h às 18h. No domingo, derradeiro dia de mostra, o museu funciona normalmente, das 13h às 17h. Informações: 3355-6871. No sábado, o Teatro de Santa Isabel recebe a partir das 19h, o sarau feminino Palavra de Mulher, em que a atriz Sônia Bierbard dará voz a grandes mulheres da literatura pernambucana, como Clarice Lispector e Maria do Carmo Campello de Melo. A atividade é gratuita e faz parte da programação do Teatrando!, projeto da Prefeitura do Recife, com execução do IDG e recursos do Santander, via Lei Rouanet. Para participar, basta chegar às 18h, para garantir vaga. No Museu da Cidade, também no sábado, duas oficinas celebrarão o legado de Burle Marx, no sábado: Primeiras Ideias de Um Jardim, de recortes e colagens, das 10h às 12h, para crianças a partir de 12 anos; e Minifloras Afetivas, de reprodução de espécies vegetais a partir de resíduos, das 14h às 16h, para maiores de 16 anos. As duas serão ministradas pelo arte-educador Emerson Pontes, cada uma com 20 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na hora. Os participantes podem aproveitar pata visitar a exposição Cinco Pontas, que conta a história da fortificação recifense. Mais informações pelo telefone 3355-9540. No sábado e no domingo, o projeto Olha! Recife, da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, oferece roteiros turísticos para todos os gostos e idades pelas belezas e histórias do Recife. No sábado, a partir das 14h, o passeio de

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9 fotos da Ponte da Boa Vista antigamente

Uma das travessias mais emblemáticas do Recife, a Ponte da Boa Vista teve origem ainda no período holandês, quando Maurício de Nassau ordenou a sua construção. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, ela foi construída inicialmente de madeira resistente. "Essa primeira ponte da Boa Vista resistiu por um século, e poderia ter resistido mais, se o governador da província de Pernambuco, Henrique Luís Pereira Freire (1737-1746), não a tivesse destruído para construir uma outra em local diferente, nos meados do século XVIII.", destacou a bibliotecária no artigo Ponte da Boa Vista. Uma nova ponte foi construída em 1815, também de madeira. E a atual apenas no ano de 1874. Nas enchentes de 1965 e 1966 ela foi parcialmente destruída, sendo restaurada no ano de 1967. Confira abaixo algumas das imagens dessa construção, que estão no acervo a Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco (Clique nas fotos para ampliar). Em 1900 (Foto Studio Recife, Acervo Josebias Bandeira)   Em 1905 (Benício Whatley Dias)   Em 1906 (Josebias Bandeira)   Década de 1930 (Benício Whatley Dias)   Ano de 1934, com pescadores no primeiro plano (Josebias Bandeira)   Década de 1940 (Benício Whatley Dias)   Passeio na Ponte da Boa Vista (Acervo Josebias Bandeira)   Postal da Ponte da Boa Vista (Acervo Josebias Bandeira)   *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff

A artista Juliana Lapa abre, no próximo dia 1 de setembro, às 16h, na Torre Malakoff a exposição individual Eu não estou louca. A mostra, que tem incentivo do Funcultura e apoio da Galeria Amparo 60 e da Companhia Editora de Pernambuco, reúne desenhos, fotografias e objetos criados pela artista entre 2015 – 2018. As obras, que seguem caminhos distintos, formam uma narrativa bastante consistente e representativa do trabalho da artista. Segundo Juliana Lapa, a mostra começou a ser pensada através de uma pesquisa sobre as relações silenciosas e silenciadas no espaço urbano. “gostaria muito de trabalhar uma carga emotiva em paisagens que evidenciam tensões ou afetos do cotidiano. Neste momento de maior busca e entendimento sobre as questões do feminino, passei a entender o meu próprio corpo como um território onde estas tensões e afetos transpassam o tempo todo. Este trabalho ampliou bastante a leitura sobre emoções humanas como motores para auto-revoluções, sejam impressas em paisagens urbanas ou no meu próprio corpo desenhado". A partir dessa ampliação, foi concebida a exposição Eu não estou louca. As imagens apresentadas, ao mesmo tempo que contam suas próprias histórias, cri am juntas uma narrativa a parte. “É um verdadeiro conjunto de possibilidades. Eu não estou louca levanta questões sobre a saúde emocional da mulher e as constantes invasões mentais e físicas que vivemos. Porém, também representa essa incredulidade com o que estou vendo, com esse presente fantástico que vivemos hoje, na política e também no estudo da espiritualidade”, detalha a artista. A literatura é também uma referência importante no trabalho da artista. A frase “no meio da nossa vida me encontrei numa selva escura e sombria”, de Dante, na Divina Comédia, foi uma referência na concepção da série de desenhos Breu, apresentada em parte na Torre Malakoff. A série retrata a entrada neste ambiente interno, denso, escuro. São autorretratos da artista adentrando nesse ambiente de floresta, um lugar sem filtros, "no campo das verdades". A volta constante à mata, local onde a mãe natureza reina absoluta, é um dos focos da artista. Outro aspecto forte da exposição é a identidade animalesca da mulher, que também aparece com muita força nos desenhos apresentados na exibição. São mulheres feridas, que venceram o sofrimento, que soltaram seus bichos. “É um movimento de reconhecer tanto um ser caminhando para a evolução, quanto um ser passível de reproduzir as mazelas que sofreu e que se transforma nessa figura que, em sua essência, é divina e medonha. Este ser representa a força da natureza inevitável, que denuncia que as nossas mazelas sociais e ambientais se relacionam com o feminino devastado e enfraquecido nas engrenagens sociais, políticas e econômicas. Esse conjunto de obras é um espelho muito sincero e até doloroso, espero que outras pessoas encontrem ali também suas dualidades." Segundo a artista, os diários que escreve regularmente, há anos, foram inspiradores e determinantes na produção de boa parte das obras em exibição e, por isso, parte deles será apresentada ao público durante a mostra, juntamente com algumas fotografias que também representam essa investigação constante da artista sobre as emoções humanas. Haverá o lançamento de um catálogo, que reunirá alguns textos críticos sobre o trabalho da artista assinados por Pollyana Quintella e Mariana de Matos. Ao longo da exposição haverá também uma programação com educativo atuante junto a adolescentes de baixa renda, oficina de desenho e uma programação de visitas guiadas com acessibilidade comunicacional.   SERVIÇO Eu não estou louca – Juliana Lapa Sábado, 1 de setembro, às 16h Visitação da mostra até 11 de outubro. Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das 15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.

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Festival Malakoff Duos promete agitar o Recife Antigo com música instrumental

Os improvisos na música podem render resultados surpreendentes. Agora imagine quando dois virtuosos que nunca tocaram juntos têm a oportunidade de improvisar.  É esse o espírito do Malakoff DUOS, festival de música instrumental que vai acontecer nos dois últimos finais de semana de setembro (dias 22 e 23, 29 e 30), na Torre Malakoff, no bairro do Recife Antigo (Recife/PE). O evento vai reunir 24 feras da música instrumental brasileira. Estão na programação Guinga, Carlos Malta, Marcos Suzano, Toninho Ferragutti, Arrigo Barnabé, Robertinho Silva, Paulo Braga, Spok, Beto Hortis, Paulo Rafael, Amaro Freitas, Gabriel Grossi, Betto do Bandolim, João Carlos Araújo, Cláudio Rabeca, Pablo Fagundes, Bernardo Aguiar, Alessandro Penezzi, César Michiles, Nilsinho Amarante, Marcos FM, Andrea Ernest, Breno Lira e Henrique Albino. O ingresso para cada dia de show custa R$ 2,00.   MISTURA Esta é a quinta edição do DUOS, que já foi realizado entre 2010 e 2013 nas cidades do Recife e Garanhuns, pela Página 21, produtora recifense. O projeto foi idealizado em 2009. A ideia sempre foi unir músicos que nunca tocaram juntos e que, às vezes, nem sequer se conhecem. Da mesma forma, a junção dos instrumentos, pode ser não usual, parecendo até insólita em alguns casos. “Não conhecemos nenhum festival no estilo do DUOS. Existem projetos que promovem encontros entre duplas de instrumentistas mas não com essa ideia de colocar no palco músicos que nunca tocaram juntos”, conta Amaro Filho, sócio da Página 21. “Ousadia é uma das palavras-chave do DUOS,” afirma. “O grande barato do DUOS é esse caráter inusitado. Cada edição traz uma grata surpresa para os músicos, idealizadores e público. É um encontro que nos conecta à boa música e à alegria”, diz Claudia Moraes, outra sócia da produtora. Esta edição do evento, entretanto, abre uma exceção. Pelo caráter comemorativo, do Malakoff DUOS, serão reprisadas algumas duplas que participaram de edições anteriores. É o caso de Cláudio Rebeca e Pablo Fagundes e Marcos Suzano e Nilsinho Amarante. O encerramento contará com o concerto Clara Crocodilo, com os pianistas Paulo Braga e Arrigo Barnabé. Clara Crocodilo foi o primeiro álbum de Arrigo, acompanhado pela banda Sabor de Veneno, lançado em 1980.   OFICINAS Além das apresentações musicais, o Malakoff DUOS também terá oficinas gratuitas que serão realizadas no Paço do Frevo, dias 20, 21 e 22 de setembro e serão ministradas por alguns dos instrumentistas que farão shows no encontro. O pandeirista Bernardo Aguiar ministra “Pandeiro universal”, o violonista Alessandro Penezzi realiza “Choro e Samba – vivências em harmonias típicas” e Pablo Fagundes faz uma oficina de gaita. As inscrições podem ser feitas no www.pacodofrevo.org.br/programação Haverá, ainda, sessão de autógrafos da biografia “Se a minha bateria falasse…”, do baterista Robertinho Silva, que tocou 26 anos com Milton Nascimento. CDs e livros dos músicos participantes serão comercializados durante o evento - com venda exclusiva em espécie.   AÇÃO INTEGRADA Pessoas assistidas pelo Centro Regional de Ensino e Reabilitação (Center) foram convidadas a participar do DUOS como atividade relacionada ao projeto Superação, que promove apoio socioeducativo à prática de atividades culturais visando a convivência e fortalecimento de vínculos. Materiais produzidos na oficina de artes plásticas mantida pelo Centro serão expostos em uma instalação que integrará o ambiente do evento. Toda a renda com a venda dos ingressos será revertida para o Center.   Confira a programação do Festival Malakoff DUOS Apresentações musicais - Torre Malakoff 22 de setembro (sábado): 17h às 20h Breno Lira, viola e guitarra (PE) e Beto Hortis, sanfona (PE) Betto do Bandolim, bandolim (PE) e João Carlos Araújo, violoncelo (PE) Alessandro Penezzi, violão (SP) e Bernardo Aguiar, pandeiro e percussão (RJ) 23 de setembro (domingo): 16h às 19h Claudio Rabeca, rabeca (PE) e Pablo Fagundes, gaita (DF) Marcos FM (PE), contrabaixo e Andrea Ernest, flauta (RJ) Guinga, violão (RJ) e Spok, sax (PE) 29 de setembro (sábado): 17h às 20h Paulo Rafael, guitarra (PE) e César Michiles, flauta (PE) Amaro Freitas, piano (PE) e Robertinho Silva, bateria e percussão (RJ) Toninho Ferragutti, sanfona (SP) e Carlos Malta, flauta, sax, pífano (RJ) 30 de setembro (domingo): 16h às 19h Henrique Albino, sax, flauta (PE) e Gabriel Grossi, gaita (DF) Nilsinho Amarante, trombone (PE) e Marcos Suzano, pandeiro (RJ) Arrigo Barnabé, piano (SP) e Paulo Braga, piano (SP)   Oficinas 20 de setembro (quinta): 14h às 17h Universal pandeiro, pelo pandeirista Bernardo Aguiar Em sua oficina, Bernardo utiliza o pandeiro como um instrumento-síntese de ideias rítmicas apresentando o pequeno instrumento como uma verdadeira bateria de bolso capaz de atuar em diferentes contextos musicais. 21 de setembro (sexta): 14 às 17h Choro e Samba - vivências em harmonias típicas, por Alessandro Penezzi Visando contribuir com o desenvolvimento das diversas percepções do músico, serão abordadas algumas das principais sequências harmônicas do Choro e do Samba, com o intuito da memorização em vários tons e utilização de padrões de melodias. 22 de setembro (sábado): 9h às 12h Oficina de gaita, por Pablo Fagundes A gaita será apresentada como um instrumento versátil para iniciação musical. Pablo mostrará o conceito básico de como tocar músicas simples na gaita diatônica e também a potencialidade deste instrumento em diversos estilos musicais. Os participantes terão oportunidade de aprender noções básicas de embocadura, respiração, localização de notas e repertório. As oficinas serão realizadas no Paço do Frevo, Praça do Arsenal. Mais informações e Inscrições através do link:  http://www.pacodofrevo.org.br/programacao   Lançamento de Livro Quinta - 27 de setembro, às 19h. Bar Teatro Mamulengo – Praça do Arsenal Lançamento do livro Se minha bateria falasse…, por Robertinho Silva. O livro conta histórias de mais de 50 anos de carreira de Robertinho Silva, que com perseverança e alegria construiu uma história de encontros, amizades e muita música. O projeto é realizado pela Página 21, com incentivo do Funcultura/PE.

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Letra e Voz tomam conta do fim de semana recifense

O Recife celebra a literatura que habita suas paisagens neste fim de semana. Desta sexta-feira (24) até domingo (26), a 16ª edição do Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz toma conta da Avenida Rio Branco, celebrando a poesia urbana e urgente de Miró, com o tema a Cidade do Poeta e o Poeta da Cidade. Toda gratuita e aberta ao público, a programação conta com a já tradicional feira de livros, além de rodas de conversa, oficina, lançamentos e debates gratuitos. O Festival é uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com apoio da Academia Pernambucana de Letras e da Universidade Católica de Pernambuco como parceiros. A programação abre na sexta-feira, com o lançamento da coletânea Denis Bernardes de Ensaios, cujas inscrições foram lançadas na edição passada do Festival. A publicação, financiada pela Prefeitura do Recife, conta com textos selecionados a partir da curadoria de Antônio Paulo Rezende, Cícero Belmar e Jorge Siqueira. São dez ensaios sobre a cidade do Recife, assinados por: Ricardo Japiassu, pós-doutor em Teoria Literária, sobre a presença do Recife na obra de Raul Pompeia; Mário Ribeiro dos Santos, doutor em História, sobre São João e quadrilhas juninas; Mário Pereira Gomes, a Ponte Maurício de Nassau e a modernidade do início do século XX; Mariana Aragão, arquiteta e urbanista, sobre os sobrados recifenses; Marcos de Oliveira, poeta e publicitário, sobre o diálogo entre a poesia de Manuel Bandeira e a litografia de Luís Schlappriz; Luci Maria da Silva, professora e analista em Gestão Educacional, sobre a cultura afro-brasileira no Recife; Leidson Ferraz, jornalista e pesquisador, sobre o teatro infantil na cidade; Francisco Pedrosa, bacharel em história, sobre a modernização e a literatura no Recife; Eduardo Jorges Pugliese, historiador e escritor, sobre as transformações urbanistas entre as décadas de 1920 e 1940; e Rudimar Constâncio, historiador, sobre as várias expressões da cultura popular. Antes do lançamento, haverá roda de conversa, a partir das 19h, com os autores da coletânea sobre o tema Conhecendo mais e melhor o Recife. A apresentação será de Cícero Belmar e Jorge Siqueira. Oficinas - No sábado, a programação começa mais cedo, a partir das 14h, com as oficinas ministradas por Clarice Freire, Fred Caju, Marcelino Freire e João Lin. As inscrições são gratuitas e os interessados podem fazê-las pela internet ou presencialmente. Restam poucas vagas. Para se inscrever pela internet, basta enviar um e-mail para o endereço aletraeavoz2018@gmail.com, informando o nome do participante e a oficina de seu interesse. A inscrição presencial deve ser feita na Secretaria de Cultura, no 15º andar do prédio sede da Prefeitura do Recife, na Avenida Cais do Apolo, nº 925, em horário comercial, das 9h às 12h e das 14h às 17h. No ato da inscrição ou no dia da oficina, os inscritos devem entregar um livro de literatura pernambucana para ser doado. Informações: 3355-8034. Na noite do sábado, as falas começam, às 18h, norteadas pelo tema "É do sonho dos homens que uma cidade se inventa". O primeiro a falar será Antônio Paulo Rezende, que discorrerá sobre "A Cidade do Poeta". Depois, Robson Teles falará sobre "O Recife de Carlos Pena Filho". Na sequência, Antônio Marinho fala sobre "A São José do Egito de Lourival Batista". A mediação será de Cícero Belmar. Mais tarde, a partir das 20h, Clécio Rimas, Dayane Rocha, Edmilson Ferreira, Elenilda Amaral e Paulo Matricó protagonizam Mesa de Glosas sobre o poema Cão sem Plumas. No domingo o festival vira festa. A partir das 10h, a Festa do Livro levará para a Rio Branco um desfile de editoras, sebos, mediadores de leitura, recitais, atividades lúdico-literárias, lançamentos de livros e bibliotecas comunitárias. Haverá também troca afetiva de livros em bom estado de conservação. Com Bell Puã e Clécio Rimas, além do pianista e tecladista Amaro Freitas, representante da profícua nova cena da música pernambucana, a 16ª edição do Festival Recifense de Literatura encerra com música, letra e voz.   PROGRAMAÇÃO 16º FESTIVAL RECIFENSE DE LITERATURA – A LETRA E A VOZ A Cidade do Poeta e o Poeta da Cidade De 24 a 26 de agosto, na Avenida Rio Branco   DIA 24 (SEXTA-FEIRA) 17h - Abertura oficial 18h - A Letra e a Voz de Miró. Bate papo com Sidney Rocha e o homenageado do Festival 19h - APL apresenta: Projeto Roda de Conversas ─ Conhecendo mais e melhor o Recife. Bate papo com os autores da coletânea Denis Bernardes de Ensaios. Apresentação por Cícero Belmar e Jorge Siqueira 20h - Lançamento e sessão de autógrafos com os participantes da coletânea   DIA 25 (SÁBADO) 14h às 17h - Oficinas Para diminuir a gravidade das coisas ─ Poesia visual, com a publicitária, poetisa e escritora Clarice Freire, que mantém no Facebook e no Instagram o perfil Pó de Lua, de poesia desenhada. Local: Paço do Frevo. Vagas: 30 Agulhas, dobras & cavalos: noções de diagramação e artesania editorial, com o historiador e poeta Fred Caju, da editora de livros artesanais Castanha Mecânica. Local: Avenida Rio Branco. Vagas: 15 Vento nonsense na cidade ─ Narrativas em quadrinhos, com o cartunista e ilustrador João Lin. Local: Avenida Rio Branco. Vagas: 20 Narrativas breves (e outras nem tanto), com o contista, romancista, editor e produtor cultural pernambucano Marcelino Freire, nascido em Sertânia e ganhador do Prêmio Jabuti e do Prêm. Local: Paço do Frevo. Vagas: 30 18h - É do sonho dos homens que uma cidade se inventa A Cidade do Poeta por Antônio Paulo Rezende O Recife de Carlos Pena Filho por Robson Teles A São José do Egito de Lourival Batista por Antônio Marinho Mediação de Cícero Belmar 20h - O Cão sem Plumas numa Mesa de Glosas com Clécio Rimas, Dayane Rocha, Edmilson Ferreira, Elenilda Amaral ePaulo Matricó. Coordenação de Jorge Filó DIA 26 (DOMINGO) A partir das 10h - Festa do Livro, com editoras, sebos, mediadores de leitura, recitais, atividades lúdico-literárias, lançamentos de livros e bibliotecas comunitárias 17h - Reboo ─ Jam poético-musical Clécio Rimas recebe Amaro Freitas, Bell Puã e Miró  

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Catálogo e exposição “Homens do barro de Goiana” será lançado no Sesc Ler

O catálogo Homens do Barro de Goiana, traz um recorte dos artistas ceramistas, do município de Goiana, apresentando a história e obras de nove autores da cerâmica figurativa, que juntos representam quatro gerações dessa arte. Artistas como Zé do Carmo, criador do Anjo Cangaceiro, Vovô Natalino e outras criações, além da sua carreira como artista plástico, compõem o catálogo, além de Gercino Santo, que assina a curadoria, e ainda Lázaro, Luiz Gonzaga, Luiz Carlos, Adilson Vitorino, Fernando Nascimento, Edvaldo Manoel e Tog, três vezes vencedor pelo voto popular do Salão Ana Holanda na Fenearte. A publicação vem em formato 22x24 cm, com 102 páginas, capa dura, realizada por equipe também de Goiana, composta por Alexandre Veloso, coordenador geral, organizador e arte/diagramação; Felipe Andrade, redação, Charles Marinho, fotografia e o ceramista Gercino Santo na curadoria. A pesquisa foi realizada de forma coletiva, iniciado em maio de 2017. A publicação é de Afonso Oliveira Produções Culturais, parceria do Sesc Ler Goiana e incentivo do Funcultura, Governo do Estado de Pernambuco. A cerâmica figurativa de Goiana tem suas especificidades, que difere dos outros polos ceramistas do estado. No catálogo essas nuances são apresentadas ao público pelos os artistas que vão aos poucos descrevendo em suas “falas”, as técnicas e o processo criativo de cada um. O tema também é apresentado como – movimentos e expressões – duas fortes características da cerâmica goianense, além do acabamento, que segundo o ceramista Tog, pode ser: crespo liso e/ou crespo mulambo. Tal técnica, totalmente diferente do acabamento “liso”, (comumente usado), nos remete ao impressionismo de Monet e ao expressionismo, com primazia a expressão do sentimento, bem mais além do que somente a descrição da realidade. Lázaro outro homem do barro, diz: “As peças de Goiana parecem vivas. Elas não tem voz, mas falam”. Acrescentaria ao falar, outros verbos, elas andam, vendem, anunciam, reivindicam, e porque não, vivem. As peças de Goiana são fotografias em quatro dimensões. É o momento congelado, mas nunca estático. Sempre em movimento. Edvaldo Manoel, define bem isso quando diz “se eu não ver a peça se mexendo, eu desmancho e começo de novo”. Essa busca de fazer mais está presente em todos. O movimento das obras, como também as “expressões” são imprescindíveis, é um traço de Goiana. Gercino Santo relata, “aqui colocamos um pouco de nós no barro”, isso nos revela o quão é intuitiva e humana a produção goianense. Esse conjunto de peculiaridades, somando-se a criatividade e estilo de cada um forma um universo imagético, rico, com obras de arte de grande valor artístico. A exposição: Homens do Barro de Goiana: ceramistas – movimentos – expressões da cerâmica figurativa do barro dos canaviais. A exposição Homens do Barro de Goiana reunirá peças da cerâmica figurativa de nove artistas goianenses, apresentando uma amostra com mais de cinquenta obras, dos artistas, Zé do Carmo, Gercino Santo, Luiz Gonzaga, Lázaro, Tog, Luis Carlos, Adilson Vitorino, Fernando Nascimento e Edvaldo Manoel, mais sessenta fotografias de Charles Marinho nas temáticas, ceramistas – movimentos e expressões e vídeo da pesquisa. Com textos de Felipe Andrade e projeto expográfico e curadoria de Alexandre Veloso. A realização é da Avelozzo Produção Cultural. A exposição é um desdobramento do projeto do catálogo, incentivado pelo Funcultura. As obras selecionadas mostram o estilo de cada artista e sua corrente criativa, através dos personagens retratados em cerâmica. O recorte dos artistas traz ao público quatro gerações de ceramistas, remontando mais de sessenta anos de história dessa arte e suas peculiaridades, como também apresenta ao público as especificidades da produção artística local, como os movimentos e expressões das obras, o que as diferem da produção dos outros polos de Pernambuco. Com os eixos – ceramistas – movimentos – expressões – a exposição revela detalhes e peculiaridades da produção da cerâmica e artistas goianenses, despertando a qualidade artística das obras e o universo imagético contido nas criações. As peças de Goiana parecem vivas. Elas não tem voz, mas falam – diz Lázaro, ceramista das “antigas” e utiliza de técnicas teatrais no seu processo criativo. Serviço: Exposição: Homens do Barro de Goiana: ceramistas, movimentos e expressões da cerâmica figurativa do barro dos canaviais. Entrada Franca com Visitas mediadas: Local: Museu de Arte Sacra – Sesc Ler Goiana Endereço: Rua do Arame, s/n - Centro Informações e agendamento: (81) 3626-2814 Período: 31 de agosto a 28 de setembro de 2018 Horário: segunda-feira a sexta-feira, das 09 às 17h

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De olho no vinil: o velho LP atrai jovens e veteranos

Otto, Lenine e Juliano Holanda. Sabe o que eles têm em comum? Além de serem cantores e pernambucanos, lançaram seu trabalho em vinil nos últimos anos. Pois é, se até um tempo atrás o long play (LP) era considerado extinto, esses e outros artistas provam o contrário. Na verdade, existe também um público que não abre mão do prazer de ouvir o velho e bom “bolachão” na vitrola. Na loja Passa Disco, localizada no bairro do Espinheiro, no Recife, existem cerca de 300 vinis à disposição dos clientes, que correspondem a 15% dos produtos vendidos. Fábio Cabral, proprietário do estabelecimento, conta que sempre apreciou o LP, mas quando resolveu abrir a casa de discos, há 15 anos, não o incluiu no seu mix de mercadoria porque achava que não teria demanda. “Era só CD e DVD, até que algumas pessoas começaram a perguntar pelo vinil e resolvi inserir nas opções de produtos”, lembra o lojista. Entre os mais procurados na loja estão os gêneros samba, música popular brasileira (MPB), forró e rock and roll, sendo este último o estilo que sai com mais frequência. A média de preço dos LPs varia de R$ 5 a R$ 500. “O valor depende da gravadora, do artista e da obra. Álbuns como Africadeus de Naná Vasconcelos, considerado uma raridade, são mais caros”, explica Cabral. Engana-se quem pensa que os consumidores de vinil são apenas os de meia idade. A juventude também se rendeu ao charme retrô do LP. Os clientes da Passa Disco, por exemplo, estão na faixa dos 20 a 50 anos. “Recebo uma garotada procurando discos de rock”, afirma Cabral, que acredita que a procura se deve à “onda vintage” de recuperar objetos antigos e torná-los atuais e modernos. Embora parte do consumo de música atualmente seja via streaming (feito pela internet) e download digital, alguns admiradores defendem que a chamada mídia física tem um valor especial. “Gosto do prazer de pegar a agulha e escutá-la arranhar o disco, o cheiro do material, até o tamanho do vinil, que faz a imagem da capa ter um destaque parecendo quadros de paredes”, afirma o advogado e escritor José Maria Marques, 71, um consumidor assíduo de LP. “Álbuns de Zé Ramalho ou de Paulinho da Viola, por exemplo, são uma verdadeiras obras de arte”, completa. Marques afirma que permaneceu fiel ao vinil, mesmo com a chegada do CD nos anos 90, e hoje tornou-se um colecionar tendo cerca de três mil LPs de artistas como Trio Nordestino, Jackson do Pandeiro, Caetano Veloso, Chico Buarque, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, e alguns internacionais, como os Beatles. Além de LPs especiais voltados para literatura de cordel. Outro que guarda um acervo com 500 vinis, entre nacionais e internacionais, na sua estante é o empresário de topografia Ronald Vieira, 59. Ele consome LP desde adolescência e foi influenciado pelos amigos na época. Hoje, embora recorra a outras plataformas para ouvir seus artistas preferidos, revela que não largou o apreço pelos “bolachões”. “Comecei ouvindo muito rock inglês, depois rock progressivo, hoje escuto de tudo, jazz, bossa nova e alguns artistas pernambucanos, como Ave Sangria. A maioria dos relançamentos acompanho pela internet”, relata. Um forte incentivador do consumo dos vinis são os artistas da cena musical contemporânea que gravam suas músicas também para o formato long play. Ronald Vieira percebe que muitos artistas também vêm relançando o trabalho que foi gravado há tempos, como Atrás do Porto, de Rita Lee e Pulse, da banda Pink Floyd. “Acredito que seja uma forma de possibilitar aos mais novos conhecerem a obra”, ressalta. Um dos músicos e compositores pernambucanos que aderiu a este formato foi Juliano Holanda, que lançou um compacto (disco em tamanho menor) em vinil chamado Espaço-Tempo com duas músicas pelo selo Assustados Discos. O músico e compositor explica que gravou o seu trabalho para LP, pelo “fetiche do objeto” e porque cresceu ouvindo neste modelo. “Sei que não dá tanto dinheiro quanto antigamente, mas tenho hábito de ouvir em casa e sempre gostei de compacto. Coincidiu também com o convite da gravadora e, como estava sem muito dinheiro para lançar um disco inteiro, optei por lançá-lo desta maneira”, justifica Holanda. O artista salienta que o vinil torna-se uma espécie de ritual, em que é necessário dispor de um tempo para ouvir a faixa e depois para virar o disco na vitrola para ouvir o outro lado. “Tem a ver com nostalgia e com o som do grave que o LP emite quando está na vitrola”, observa o cantor. O resultado do crescimento no consumo dos LPs repercute no varejo, pois até pouco tempo, os apreciadores de vinis recorriam às antigas radiolas para ouvir os bolachões. Equipamentos que muitas vezes dependiam de técnicos para consertá-los, nem sempre fáceis de encontrar. Hoje novos modelos com design retrô − que tocam também CD e com entrada USB − estão disponíveis em sites de compras e lojas físicas. Na onda da volta do vinil, o artista Juniani Marzani, mais conhecido como DJ 440, resolveu criar o projeto chamado Terça do Vinil. A ideia, na verdade, surgiu há dez anos quando estava num bar de um amigo e resolveu levar uns toca discos e alguns LPs para animar o ambiente. Nesse dia, algumas pessoas que passavam pelo local começaram a curtir as músicas e ficaram no bar, que, em instantes encheu de gente. Por causa do sucesso, ele resolveu fazer essa festa semanalmente. “Num mundo cada dia mais digital nos distanciamos do tato. Então manipular o vinil, ver a capa, colocar a agulha, enfim todo o movimento que envolve a escolha da música ou do disco, tudo isso é mágico. Acredito que na arte alguns rituais são insubstituíveis”, explica o idealizador do projeto. Apesar de nos eventos não existir uma playlist pré-definida, pois o repertório é montado na hora, a partir do público no local, Juniani Marzani investe nos sons nacionais, música latina, como salsa e cúmbia, entre outros estilos. “Curto afrobeat, funk, soul e jazz, e levo um pouco disso tudo para

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