Arquivos Cultura E História - Página 350 De 364 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Arte Plural Galeria inaugura nova fase de atuação com cursos de arte

Consagrada na cena recifense como um espaço de exposições e atividades culturais diversas, a Arte Plural Galeria resolveu estender, este ano, o seu rol de ações - mais do que um local para admirar arte, o espaço agora é também um lugar de aprendizado. Desde julho passado, a galeria inaugurou sua agenda de oficinas artísticas. Para o mês de outubro, o espaço já tem dois cursos com inscrições abertas. As aulas são ministradas em períodos de curta duração, por artistas consagrados em suas respectivas áreas, tal como Rinaldo Silva, que inaugurou a agenda de oficinas com o curso "Desenho, expressão e olhar curioso", entre 25 e 29 de julho. Já nos sábados de setembro, foi a vez da a ilustradora espanhola Valeria Rey Soto lecionar técnicas de nanquim, carvão, aquarela e pastel seco na oficina "Desenho criativo com modelos vivos". O sucesso da iniciativa já garante dois cursos para este mês de outubro: entre 17 e 21 de outubro, a artista visual Natália Gregorini, de Campinas (SP), vem à Arte Plural para lecionar o curso "Me conta uma história", que ensinará a criar narrativas visuais, unindo enredos textuais e ilustração. Já entre os dias 24 a 28, a artista plástica Suzana Azevedo ensina a fazer arte com materiais inutilizados na oficina "Memória e Descarte". A iniciativa tem como intuito levar conhecimento técnico artístico, de forma irrestrita, ao público recifense - tanto profissionais quanto amadores podem participar. De acordo com Fernando Neves, essa é uma oportunidade para quem quer ter contato com artistas experientes em artes plásticas e fotografia e conhecer mais sobre essas expressões, seja por hobby ou por estudo profissional. "A ideia é darmos continuidade a cursos de arte como este, ao longo deste ano, trazendo o público recifense para conhecer, aprender e fazer arte", comenta o proprietário e galerista da Arte Plural.

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Autoestima das mulheres negras é tema de exposição no Núcleo Afro

A abertura da exposição Cabelo: Uma questão de Identidade, do cabeleireiro Félix Oliveira, acontece nesta segunda (10), a partir das 15h30. A mostra chega ao Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, com 30 fotos que retratam a identidade e a valorização da Mulher Negra, através do cabelo e da libertação da ditadura da beleza. Na inauguração também haverá uma Roda de Diálogo sobre a Estética Afro, com a participação de Alzenide Simões, gestora do Núcleo, e do próprio Félix Oliveira. O objetivo da exposição é desenvolver a auto estima das mulheres negras e mostrar para toda a sociedade que é possível assumir sim, os belos cabelos crespos e cacheados. A questão é abordada através de um catálogo denominado Estética Afro, onde suas clientes se identificam e tem a referência para cabelo afros. A exposição segue até o dia 31 de outubro, com visitações de segunda a sexta, das 9h às 17h. Sobre o Expositor - Félix Oliveira é um profissional especializado em cabelos afros que, desde 2010, percebeu que as mulheres negras tinha dificuldade em se identificar com as referências encontradas nos salões de beleza. Com base em suas pesquisas de estudo e na militância que tem com o movimento negro, adaptou o seu salão para esta especialidade.

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46% cidades não dispõem de salas de cinema

De 2013 a 2015, o número de salas de cinema no país cresceu 12,2%, de 2.679 unidades em 2013 para 3.005 em 2015. Apesar do crescimento, 46% dos brasileiros não dispõem de salas de cinema no município onde vivem. Em 2012, esse percentual era de 51,6%. Os dados fazem parte do estudo Impacto Econômico do Setor Audiovisual Brasileiro, feito pela Tendências Consultoria pela Motion Picture Association (MPA), entidade que representa os seis maiores estúdios de Hollywood em todo o mundo, a pedido do Sindicato da Indústria Audiovisual (SICAV), com sede no Rio de Janeiro. O estudo levou em consideração as informações mais recentes da Matriz de Insumo -Produto (MIP) de 2013, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que analisa a estrutura produtiva brasileira e os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) referentes a 2013 e 2014. O estudo vai ser lançado hoje (7) no RioMarket, área de negócios do Festival do Rio. “Há uma concentração geográfica das salas de cinema em relativamente poucos estados, portanto, precisa ter mais oferta física para que as pessoas possam consumir também produto audiovisual”, disse o diretor da Motion Picture Association-America Latina (MPA-AL), Ricardo Castanheira, à Agência Brasil. Vendas de ingressos Entre 2013 e 2015, o número de ingressos vendidos nos cinemas do país também subiu de 149,5 milhões para 173 milhões, o que provocou alta no faturamento de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,4 bilhões. O levantamento aponta ainda que, embora a participação dos filmes nacionais tenha crescido no total de lançamentos, saindo de 26,5% em 2009 para 28,9% em 2015, a renda com a venda de ingressos para as produções nacionais não acompanhou. E o motivo é o que os filmes estrangeiros concentram a maior parte da renda das bilheterias. O diretor disse que muitos brasileiros ainda não frequentam o cinema por causa do valor dos ingressos, considerado elevado.“O valor médio do ingresso em 2013 corresponde 0,6 da renda mensal per capita do brasileiro. Nos países desenvolvidos, é apenas 0,3. Isso se deve à uma elevada carga tributária que incide sobre o setor audiovisual que se projeta no preço final do ingresso. Reduzir a carga tributária é um desafio extremamente importante para dar um estímulo e vitalidade maior”, apontou em entrevista à Agência Brasil.

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Jardim do Baobá tem programação nos domingos de outubro

Novo espaço de contemplação e lazer às margens do Rio Capibaribe, o Jardim do Baobá tem mais programação aos domingos neste mês de outubro. O Programa de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SMAS) vai levar teatro e contação de história para as crianças nos dias 9, 16 e 23. Já neste dia 9, a partir das 10h, as crianças vão brincar aprendendo a cuidar da natureza com a Turma Mangue e Tal, personagens do Programa de Educação Ambiental do Recife. À tarde, a contação de história começa às 16h, com "Meu Jardim Secreto", de autoria de Shu Nu. No dia 16, também tem teatro e música com a Turma Mangue e Tal a partir das 10h. A contação de história, às 16, é baseada em "Memórias de uma andarilha", de Agostinho Ornellas. Para encerrar a programação do mês, no dia 23, tem atividade com a Turma Mangue e Tal às 16h. Projeto – O Jardim do Baobá fica no bairro das Graças, às margens do Rio Capibaribe, por trás da Estação Ponte D'Uchôa. É a primeira etapa do Parque Capibaribe, projeto da Prefeitura do Recife em convênio com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que pretende transformar 30 quilômetros de margens em uma via-parque. Serviço Domingos no Jardim do Baobá Quando: 9, 16 e 23 de outubro Onde: Jardim do Baobá, por trás da Estação Ponte d'Uchôa, bairro das Graças

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Espetáculo infantil estreia temporada sábado no Teatro Barreto Junior

No próximo sábado (8) é dia de estreia no Teatro Barreto Junior. O público infantil está convidado a curtir o primeiro dia do espetáculo Cantigas e estórias na terra do Sabiá, que fica em cartaz também no domingo (9) e no outro fim de semana (15 e 16). Aproveitando o mês em que se comemora o dia das crianças, o espetáculo é uma boa opção de lazer para comemorar com a criançada. Nas quatro datas que fica em cartaz, o espetáculo começa sempre às 16h30. Com texto e direção assinados pela atriz e bonequeira, Maria Oliveira, o espetáculo se baseia na tradição dos bonecos populares do nordeste brasileiro, que em Pernambuco, são conhecidos como mamelungos, manifestação artística que se tornou Patrimônio Cultural do Brasil. De forma lúdica e espontânea, os bonecos se relacionam com a plateia, em uma história que narra os conflitos com a pós-modernidade de dois personagens conhecidos da cultura popular de Pernambuco: Mateus e Catirina. A peça aborda questões relacionadas ao uso das tecnologias emergentes que permeiam as relações humanas, bem como, questões ambientais relativas à preservação da natureza (a fauna e a flora). Os ingressos para o espetáculo custarão R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia). Mais informações pelo telefone 3355-6398.

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Trailer de novo filme de Sérgio Oliveira é divulgado

O diretor Sérgio Oliveira e a roteirista Renata Pinheiro, parceiros em vários trabalhos recentes como o elogiado longa Amor, Plástico e Barulho (2013) e os premiados curtas Superbarroco (2008) e Praça Walt Disney (2011), lançam trailer do documentário Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos, que estreia na mostra competitiva Première Brasil, do Festival do Rio 2016, neste mês de outubro. O trailer do documentário está disponível para visualização no Vimeo. Seguindo a linha experimental da dupla pernambucana, Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro, a produção desmistifica a ideia de um Sertão puro, colocando-o no global mediante o registro, a partir da incrível história da Orquestra de baile Super Oara, fundada em 1958, em Arcoverde. Produzido pela Aroma, Filmes, o longa estreia no Festival do Rio na mostra competitiva Premiére Brasil e conta com patrocínio do Programa Petrobras Cultural e incentivo do Funcultura /Governo de Pernambuco O filme pernambucano extrai, como ponto de partida, a cinquentenária orquestra sertaneja, fundada em 1958 pelo músico Egerton Verçosa, mais conhecido como o maestro Beto – uma orquestra de baile que sempre se dedicou ao repertório internacional, sobretudo americanizado e canções românticas. Sinopse Uma tradicional orquestra de baile sertaneja, a SuperOara, anima festas de debutantes de vestidos vaporosos e cores vibrantes.  Enquanto isso, esse mesmo Sertão, território mítico do imaginário brasileiro, é transformado em sua paisagem por grandes obras, ao ritmo de máquinas e operários. Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos é um documentário, em tom fabular, que faz um recorte de um sertão contemporâneo onde alguns privilegiados celebram, e outros menos afortunados, animais incluídos, dançam, cantam, mas não são convidados para a festa.

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Eddie e Siba confirmados na Macuca do Mundo

Eddie e Siba estão confirmados na primeira edição do Festival Macuca do Mundo, que acontece entre os dias 2 e 4 de dezembro no Sítio Macuca, na cidade de Correntes, Agreste pernambucano. O segundo lote de ingressos termina nesta quarta (5/10) e espelha o interesse do público por uma programação que envolve shows, encontro de poesias e outras intervenções artísticas. No domingo (4), o festival tem programado como encerramento um cortejo, com entrada franca, do Boi da Macuca no povoado de Poço Comprido. OLINDA STYLE - O Macuca do Mundo prevê uma grade especial com diversas bandas. Entre elas, está a Eddie. Com mais de 25 anos de estrada, a banda olindense segue com seu clima praieiro para o agreste e lá monta seu bloco. Uma das principais responsáveis pela renovação do frevo, estilo musical pernambucano considerando Patrimônio Imaterial da Humanidade, e atualmente na trilha sonora do premiado longa "Que horas ela volta?", indicado como representante brasileiro ao Oscar 2015, o grupo promete levar o público à euforia, ao som de hits de seu repertório como "Vida boa", "Não vou embora", "Ela vai dançar", "Pode me chamar", "Desequilíbrio", "Quebrou, saiu e foi ser só" e, claro, o "Hino do Elefante", tradicional bloco de rua de Olinda. No total, são sete álbuns lançados e mais de 70 mil discos vendidos. Os precursores do Original Olinda Style colecionam apresentações em importantes palcos e festivais como o Lollapalooza, Rec-Beat, Abril Pro Rock, Festival de Inverno de Garanhuns, Circo Voador e Sesc Pompeia. Tiveram também músicas regravadas por diversos artistas nacionais, como Cássia Eller e Nação Zumbi, quando esta primeira releu no consagrado acústico MTV, o hit "Quando a maré encher". MARCHA MACIA - Primeira atração divulgada pelo festival, o pernambucano Siba leva para a Macuca o show do seu último disco, "De Baile Solto". Em seu novo trabalho, o artista retoma os ritmos de rua naturais do seu estado e parte da posição desprivilegiada que o maracatu de baque solto ocupa no panorama cultura brasileiro para elaborar um discurso poético e musical numa formação de instrumentistas bem peculiar.

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Raimundo Carrero realiza oficina literária na Fenelivro

Um dos objetivos principais da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) é o incentivo à formação de novos leitores e escritores. E, para cumprir este papel, a feira oferecerá gratuitamente, na terça-feira (11/10) e quarta-feira (12/10), às 16h, a oficina de Criação Literária. A atividade ministrada pelo escritor Raimundo Carrero é voltada para amantes da literatura e aspirantes a escritores. Na ocasião, o autor pernambucano vai apresentar os segredos da ficção, através de exercícios e do estudo de escritores clássicos e consagrados. “Durante a oficina será possível distinguir uma cena de um cenário, um diálogo direto de um diálogo indireto e ainda fazer uma reflexão sobre estilos. Mostrarei, por exemplo, que o narrador não é o autor”, afirma Carrero. Em sua segunda edição, programada para se realizar de 7 a 12 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, a Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) coloca a mulher em primeiro plano. A partir do tema Literatura, Substantivo Feminino, a organização oferece uma programação totalmente focada na produção e no olhar da mulher sobre a contemporaneidade. Por isso, homenageará a romancista a Luzilá Gonçalves e a poeta Celina de Holanda. A lista de convidadas vai das mais novas vozes da literatura a nomes consagrados. Com isso, a programação cultural dá a palavra a mulheres como autora infantojuvenil Paula Pimenta, a pernambucana Micheline Verunscky, a youtuber carioca Babi Dewet e a poeta paranaense Alice Ruiz. “Estamos trazendo autoras que chamam a atenção pelo que dizem, pelo que escrevem e pelo que vivem. Tivemos o cuidado de garantir que o público terá acesso a todas as tendências e não ficará indiferente a nada que for apresentado”, sustenta o curador Evaldo Costa. A Fenelivro, realizada mais uma vez em parceria pela Companhia Editora de Pernambuco e a Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), contará com 80 estandes, onde estarão representadas as mais importantes editoras do País. Um público estimado em torno de 100 mil pessoas deverá circular pelo Cecon durante os sete dias do evento, acompanhando uma intensa programação cultural, com lançamentos de livros, debates, mesas-redondas e muita contação de história. Todas as atividades serão gratuitas.

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Janela Internacional de Cinema divulga seleção de curtas

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife divulgou, nesta quarta-feira (28), o resultado da seleção da mostra competitiva de curtas, nas categorias nacional e internacional. Viabilizado pelo Funcultura/Governo do Estado com patrocínio da Petrobras e organizado pela CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas, dos realizadores Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, o IX Janela Internacional de Cinema do Recife ocorre entre os dias 28 de outubro a 6 de novembro. Este ano 1.465 trabalhos de 22 países foram submetidos ao processo seletivo, o que totaliza quase o dobro em relação à última edição, mostrando a força crescente do festival. Destes, foram selecionadas 34 obras de 13 países, sendo 17 curtas brasileiros e 17 estrangeiros. Participaram da seleção de curtas nacionais os cineastas Leonardo Lacca e Nara Normande, o realizador e pesquisador Rodrigo Almeida e o roteirista Luiz Otávio Pereira. A comissão de curtas internacionais foi formada pelo ator e realizador Fábio Leal e pelo sócio da Cinemascópio Produções, Winston Araújo. A curadoria contou com a supervisão de Luís Fernando Moura, coordenador de programação do Janela. Na mostra nacional, destaca-se a produção expressiva de Pernambuco, Minhas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Da safra pernambucana, o olhar feminino se sobressai com os títulos “Dia de Pagamento”, da jornalista e diretora Fabiana Moraes (selecionado para o último CachoeiraDOC, na Bahia), e “Estás Vendo Coisas”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (exibido na 32º Bienal de São Paulo). Um ano após participarem da sessão de abertura do 8º Janela com o curta “Faz que Vai”, Bárbara e Benjamin retornam ao festival, desta vez selecionados para a grade competitiva. “Alguns estados apresentam polos que não chegam a ser indústrias de cinema, mas que se constituem enquanto circuitos criativos muito consolidados. À medida que surgem alguns filmes, novos realizadores são ligados a esses espaços. Redes de incentivos e investimento se formam. Essa produção circula, ganha corpo. E, dessa forma, parece que esses estados conseguem manter uma produção permanente e sempre interessante”, avalia o coordenador de programação do IX Janela, Luís Fernando Moura. Ainda na seletiva brasileira, está “Na Missão, com Kadu”, documentário filmado pelo pernambucano Pedro Maia de Brito e por Aiano Mineiro (de Minas Gerais), que costura imagens, filmadas pelo próprio Kadu, em um dia de passeata na região periférica de Belo Horizonte. Pernambuco, com cinco selecionados, está presente também com “Rua Cuba”, de Filipe Marcena (selecionado para o 18º FestCurtas BH) e “Nunca é noite no mapa_”_, de Ernesto de Carvalho (escolhido melhor curta-metragem pelo Júri oficial do VII CachoeiraDOC). Para o membro da comissão nacional Rodrigo Almeida, alguns filmes carregam um tom político claramente aberto, enquanto que outros possuem um caráter inovador no aspecto da linguagem. “Todo os anos a curadoria procura montar um programa sempre pensando em uma abordagem temática que se interliga entre eles e que não seja tão óbvia - e não somente selecionando os melhores curtas de maneira aleatória. E encontramos produções que fazem uma ponte direta com a realidade atual, mas por outro lado tem um bloco de filmes em que o forte deles é a vontade de experimentar e tensionar a linguagem”, justifica Rodrigo. Entre os filmes internacionais, há um panorama variado, tanto do ponto de vista estético quanto de autoralidade, passeando por nomes de diretores veteranos aos mais novatos. Títulos que passaram recentemente por circuitos importantes, com os festivais de Locarno (Itália), Cannes (França) e Roterdã (Holanda), estão contemplados nesta seleção e ganharão exibição inédita no Recife. É o caso de “Chasse Royale”, de Lisa Akoka e Romane Gueret, produção francesa vencedora na categoria de curta-metragem durante a Quinzena de Realizadores, mostra paralela do Festival de Cannes, deste ano. Outro que deve atrair as atenções é o experimental “Yolo”, de Ben Russel, filmado sobre as ruínas do histórico Sans Souci Cinema de Soweto, na África do Sul, e amparado por um jogo de imagens e temporalidades fragmentárias. Uma coprodução Argentina/Chile/Alemanha, mas com um toque brasileiro por trás das cãmeras, é o curta “#YA”, dirigido pelo recifense Ygor Gama junto com a diretora argentina Florencia Rovlich. O filme, que estreou na secção Generation 14+ do Festival de Berlim, traz uma visão extraordinária de rebelião juvenil em tempos de angústia social. Destaque nos festivais Queer Lisboa e Vila do Conde (Portugal), o curta “Pedro”, de André Santos e Marco Leão, também faz parte da lista. “Nós criamos quatro programas que abrangem desde filmes de colagem que ressignificam imagens preexistentes, passando pelo cinema dito experimental e finalmente o cinema narrativo. Destaco a força do cinema português, que já há alguns anos tem presença constante no janela e neste ano chega com quatro filmes. E talvez o maior destaque seja o realizador Gabriel Abrantes, que tem dois filmes na competição, o ‘Freud und Friends’ e ‘O Corcunda’, que são filmes potentes, diferentes entre si na forma e ao mesmo tempo com uma assinatura forte. Contribuiu pra isso o fato de ‘O Corcunda’ ser uma codireção com outro grande realizador, Ben Rivers”, comenta Fábio Leal, do júri de curtas internacionais. Os curtas vão competir nas categorias melhor som, montagem, imagem e melhor filme. Lista dos curta-metragens selecionados Nacionais: Abigail (Rio de Janeiro), de Isabel Penoni e Valentina Homem A moça que dançou com o diabo (São Paulo), de João Paulo Miranda Carruagem rajante (Rio de Janeiro), de Lívia de Paiva e Jorge Polo Constelações (Minas Gerais), de Maurílio Martins Dia de Pagamento (Pernambuco), de Fabiana Moraes Eclipse solar (Espírito Santo), de Rodrigo de Oliveira Estado Itinerante (Minas Gerais), de Ana Carolina Soares Estás vendo coisas (Pernambuco), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca Heterônimo (Rio de Janeiro), de Vitor Medeiros Impeachment (Espírito Santo), de Diego de Jesus Na missão, com Kadu (Pernambuco/Minas Gerais), de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito Nunca é noite no mapa (Pernambuco), de Ernesto de Carvalho Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos (São Paulo), de Gustavo Vinagre Quando os dias eram eternos (São Paulo), de Marcus Vinicius Vasconcelos Rua Cuba (Pernambuco), de Filipe Marcena Santa porque avalanche (Ceará), de Paulo Victor Soares Se por acaso (Rio de Janeiro), de Pedro Freire   Internacionais: Alles Wird Gut (Alemanha/Áustria), de Patrick Vollrath At least you are here (EUA), de Kristen Swanbeck Au loin, Baltimore (França), de Lola Quivoron Balada de um batráquio (Portugal), de Leonor Teles Chasse Royale (França), de Lise Akoka e Romane Gueret Cilaos (França), de Camilo Restrepo Dear Renzo (Argentina/EUA), de Francisco Lezama e Agostina

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Mulheres dominam programação da II Fenelivro

"Literatura, substantivo feminino" é o mote da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que homenageará a romancista a Luzilá Gonçalves e a poeta Celina de Holanda. A feira acontece de 7 a 12 de outubro, reunindo expositores de todo o País no Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife. Em sua segunda edição, a organização fechou uma programação totalmente focada na produção e no olhar da mulher sobre a contemporaneidade. A lista de convidadas vai das mais novas vozes da literatura a nomes consagrados. Com isso, a programação cultural dá a palavra a mulheres como a autora infantojuvenil Paula Pimenta, a pernambucana Micheline Verunscky, a youtuber carioca Babi Dewet e a paranaense Alice Ruiz. “Estamos trazendo autoras que chamam a atenção pelo que dizem, pelo que escrevem e pelo que vivem. Tivemos o cuidado de garantir que o público terá acesso a todas as tendências e não ficará indiferente a nada que for apresentado”, sustenta o curador Evaldo Costa. Por sua temática feminina, a feira, pela primeira vez em eventos desta natureza, tem como homenageados duas mulheres. Uma delas é a grande romancista pernambucana Luzilá Gonçalves Ferreira. Nascida em Garanhuns, Luzilá se consagrou no Brasil com obras como Rios Turvos e Muito Além do Corpo, este último agraciado no Prêmio Nestlé de Literatura. Como autora e coautora, Luzilá já publicou mais de 30 livros, dos mais diversos gêneros literários: do conto, passando pelo romance até o ensaio. Uma das obras mais recentes da autora é o infantil A Cabra Sonhadora, editado pela Cepe. Já Celina de Holanda, cujo centenário foi festejado em 2015, consagrou-se como jornalista e poeta. Nascida no Cabo de Santo Agostinho, ela editou o primeiro livro, O Espelho da Rosa, aos 55 anos. Outros títulos da pernambucana são: A Mão Extrema (1976), Sobre Esta Cidade de Rios (1979), Roda d’Água (1981), As Viagens (1984); Pantorra, o Engenho (1990) e Viagens Gerais (1995), que foi a sua última obra. Celina faleceu em 1999, em decorrência de um câncer. As duas homenageadas serão brindadas com a publicação de novos livros pela Cepe, a serem lançados durante a Fenelivro. A Fenelivro, realizada mais uma vez em parceria pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e a Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), contará com 80 estandes, onde estarão representadas as mais importantes editoras do País. Um público estimado em torno de 100 mil pessoas deverá circular pelo Cecon durante os sete dias do evento, acompanhando uma intensa programação cultural, com lançamentos de livros, debates, mesas redondas e muita contação de história. Todas as atividades serão gratuitas. MARATONA FENELIVRO Uma das novidades da segunda edição é o espaço Maratona Fenelivro, que disponibilizará toda a estrutura necessária para que autores locais lancem seus livros. A ideia é disponibilizar sala com equipamento de som e projetor para que os próprios autores comandem seus bate-papos com o público e autografem e comercializem seus trabalhos. Os interessados em participar da maratona de lançamentos deverão encaminhar e-mail para maratona.fenelivro@gmail.com, com detalhes da carreira e obra. Os horários serão definidos pela organização da feira, de acordo com a ordem de inscrição. A Fenelivro contará ainda com um café literário, espaço que pretende reunir escritores para um bate-papo informal, e ampla área para os pequenos leitores, com sessões diárias de contação de histórias.

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