Arquivos Cultura E História - Página 374 De 377 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

A difícil missão do ministério Temer

O cenário de crise econômica (composta por ingredientes que vieram da queda do mercado internacional, corrupção e decisões erradas de gestão) terá como remédio o retorno da política do Estado mínimo. Segurar os gastos ou reduzi-los, no entanto, não é uma das missões mais populares, nem fáceis. E para anunciar os cortes, o desgaste, pelo menos a princípio, cairá nas mãos dos ministros. Nos primeiros dias do Governo Temer ficaram nas mãos da sua equipe tratar de volta da CPMF (pelo ministro da fazenda,  Henrique Meirelles), a suspensão da construção de mais de 11 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (pelo ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo) e a polêmica sugestão de redução do Sistema Único de Saúde (através do ministro da Saúde, Ricardo Barros). Mendonça Filho, além de assumir toda a rejeição pelo fim do Ministério da Cultura, também fez uma manifestação de apoio às universidades públicas que quiserem cobrar mensalidades. Todos temas com rejeição popular e que temos apenas pistas de qual seja o posicionamento do presidente interino. Não declarações. Essa estratégia não é exclusiva desse momento. O mesmo ocorreu nos anos da presidente Dilma Rousseff. Mas como o período é de cortes e de poucas pautas que envolvem investimentos, os auxiliares do presidente assumirão a maior parte do desgaste desse primeiro momento de governo. E, diferente do governo FHC, em que haviam longos quatro anos para esperar as medidas terem seus resultados a serem mostrados, a gestão Temer - caso seja confirmada pelo Senado - terá apenas dois anos pela frente. Um jogo com menos tempo para ser avaliado.  

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Regata vai homenagear Nelcy Campos

Considerado um herói pernambucano contemporâneo, o prático Nelcy da Silva Campos vai ganhar uma regata em sua homenagem. Há 31 anos, ele salvou o Recife de uma tragédia, ao rebocar para alto mar um navio carregado de combustível, que estava em chamas e poderia explodir o parque de tancagem do Porto do Recife. O ato heróico será lembrado com a Regata Prático Nelcy Campos, que será realizada no dia 21 de maio. Aberta a todos os tipos de barcos das classes de Oceano, a competição é válida para o Campeonato Pernambucano de Velas. Além do prático Nelcy Campos, irá homenagear o nadador pernambucano Luís Silva, atleta paraolímpico recordista de medalhas. A saída dos barcos será no Marco Zero do Recife, no Bairro do Recife Antigo, de onde os participantes seguem até a Praia de Boa Viagem e depois retornam para o ponto de partida. A estimativa é que cerca de 50 barcos participem do evento, que está previsto para começar a partir das 13h. A Regata Prático Nelcy Campos é promovida pela Sociedade dos Amigos da Marinha (Soamar) e pela Frotilha Recifense de Veleiros de Oceano (Frevo), com apoio do Cabanga Iate Clube, Armazéns do Porto, Associação Comercial de Pernambuco e Porto do Recife. A infraestrutura em terra, montada em frente aos Armazéns do Porto, junto ao Marco Zero no Recife Antigo, será composta por um lounge e uma área de convivência com local VIP e espaços para exposição e de demonstração de marcas e produtos de empresas parceiras que integram o evento. O valor das inscrições dos participantes da regata será repassado para a Associação dos Surdos de Pernambuco, entidade que atua para melhorar a vida dos portadores de deficiência motora através do apoio e do incentivo à prática de esportes. A ação será um reforço financeiro importante nesse momento de paraolimpíada, servindo de estímulo e referência para a superação e determinação de todos os para-atletas pernambucanos. HOMENAGEADO EVITOU EXPLOSÃO GIGANTESCA NO CENTRO DO RECIFE Há 30 anos, no dia 12 de maio de 1985, Nelcy da Silva Campos rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. A situação de risco começou por volta da 1h30 da madrugada de um domingo, quando um dos três tanques do navio explodiu, deixando a embarcação em chamas. Atracado no Porto do Recife, o petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha. O pior é que o incêndio e as explosões em série poderiam atingir o Parque de Tancagem do Brum, que estava a 500 metros do petroleiro e armazenava mais de cento e cinqüenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros do Recife foi mobilizado para combater o incêndio, mas os homens não conseguiram debelar as chamas, que chegavam a 20 metros de altura. A situação era tão grave que o então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães, foi acordado às presas e teve que deixar o Palácio do Campo das Princesas, onde morava, localizado no Bairro da Boa Vista. Foi nessa situação que o prático da barra Nelcy da Silva Campos, então com 54 anos, foi chamado às pressas em sua casa pelas autoridades responsáveis pela Capitania dos Portos. Ele chegou ao porto por volta das duas horas da manhã e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho. Depois de muitos esforços e manobras perigosas, o petroleiro foi deixado à deriva a aproximadamente cinco quilômetros da costa. Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990 no Recife.

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Dança e Música nas comemorações dos 166 anos do Teatro de Santa Isabel

Um dia é muito pouco para celebrar 166 anos de existência. Por isso, as comemorações de aniversário do Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, tem um final de semana inteiro de programação para o público e, o melhor, com entrada franca. No sábado (21) e domingo (22), o espaço oferece atrações artísticas com o concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife e apresentação da Compassos Cia. de Dança, além de visitas guiadas, que não precisam de pré-agendamento. Sábado, 21 de maio – A programação começa com a visitação guiada a partir das 14h. Esta é uma ótima oportunidade para a população do Recife e os turistas conhecerem de perto um dos 14 teatros monumento do país, considerado em 2015, o melhor teatro do Brasil pelo Prêmio Cenyn de Teatro Nacional. O passeio tem duração de 50 minutos e possibilita ao participante conhecer a história, curiosidades e as dependências do Teatro de Santa Isabel. Outras duas visitas serão realizadas nesse mesmo dia: às 15h e 16h. À noite, a pedida será conferir o espetáculo Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Dança, que fará duas apresentações: às 18h e às 20h30. A lotação é de apenas 65 lugares e os ingressos poderão ser retirados gratuitamente na bilheteria do Santa Isabel, uma hora antes de cada apresentação, e com o limite de apenas 1 (uma) entrada por pessoa. Domingo, 22 de maio – Novas visitas guiadas poderão ser realizadas sem pré-agendamento pelo público às dependências do Teatro de Santa Isabel, nos horários das 14h, 15h e 16h. E à noite, a partir das 18h, as celebrações dos 166 anos do teatro serão encerradas com a apresentação da Banda Sinfônica da Cidade do Recife. Sob o comando do maestro Nenéu Liberalquino, os músicos apresentarão um repertório especialmente preparado para a ocasião. O programa do concerto começa com o Bolero de Ravel, seguido de Leão do Norte, de Lenine e Paulo Pinheiro. O Rei do Baião marca presença no medley Gonzaga em Tom Maior, composto por Asa Branca, Baião e A Volta da Asa Branca. Quem gostou do medley apresentado pela BSCR sobre os Beatles, vai poder ouvi-lo novamente. The Beatles: Love traz sete composições do grupo, entre elas, Drive My Car, Hey Jude e Eleanor Rigby. A Banda Sinfônica apresenta outro medley, Benny Goodman: The King of Swing, com músicas de vários autores. Em seguida, será executada Funk Attack, de Otto M. Schwarz, e finalizando a apresentação a inesquecível Disney Spetacular, composta por músicas dos cartoons da Disney. Os ingressos para o concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Recife podem ser retirados, gratuitamente, na bilheteria do teatro a partir das 17h, sendo dois ingressos por pessoa. Da assessoria de imprensa

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A paralisia da Câmara

Em meio à profunda crise política e econômica que assola o País é assustador o comportamento dos deputados federais. Embora haja medidas que precisam ser votadas urgentemente, os parlamentares da Câmara Federal não realizaram a votação de um único projeto sequer desde o dia 5 deste mês, quando Eduardo Cunha foi afastado da presidência da casa. A inoperância se deve à recusa de vários parlamentares em aceitar Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência interina da Câmara. Ontem ele foi impedido de presidir a sessão em meio a gritos de “fora, fora” emitidos pela bancada do DEM e PSDB que pedem a sua renúncia. Pesa sobre Maranhão acusações de ser aliado de Cunha e estar ali a mando do deputado afastado, além de atuar como funcionário fantasma da Universidade Federal do Maranhão. Há ainda o fiasco da sua atitude no último dia 9, quando anulou a decisão da Câmara pelo impeachment da presidente Dilma e horas depois voltou atrás da decisão. Maranhão mantém-se firme em continuar na presidência interina. Setores da oposição afirmam que a única forma de afastá-lo seria cassar Cunha. Só assim será possível realizar novas eleições para o cargo. Enquanto isso, o País assiste num misto de estupefação e revolta, a paralisia dos trabalhos na Câmara Federal. Justamente num momento em que o tempo é fator essencial para a resolução de problemas graves que afetam a sociedade. Sem contar o mico que nós, brasileiros, enfrentamos de ver a imagem do Brasil detonada pelo jornal The New York Times que chamou o legislativo tupiniquim de “circo”. Mas para a população em crise, hoje não tem marmelada, não tem não senhor. Por Cláudia Santos

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Zé Renato volta à MPB

O cantor e compositor Zé Renato, que nos anos 60 integrou o Grupo Manifesto e chegou a participar dos inflamados festivais da canção no Maracanãzinho – prepara-se para produzir seu terceiro CD. "Será um trabalho de MPB, que, na verdade, é mais a minha praia. A característica da minha música é muito mais acentuada para linha da bossa nova e voltada especificamente para a minha dissonância musical. Já estou partindo para fazer os arranjos", revela. No ano passado, Zé Renato, aproveitando-se de sua versatilidade, lançou-se em outras águas ao realizar o CD Zé Renato São João, composto por músicas de forró. Os discos são mais uma etapa da sua trajetória artística que teve início no Rio de Janeiro. Recifense, de nascimento, José Renato Silva Filho, aos 5 anos foi morar na Cidade Maravilhosa, porque seu pai recebera um convite para trabalhar na mítica Rádio Nacional. Durante a infância no Rio, ganhou um violão de presente de sua mãe e começou a arranhar os primeiros acordes dentro de casa. Ao mesmo tempo que a paixão pela música crescia, o pernambucano se aprofundou no campo do marketing e da propaganda, trabalhando em agências de publicidade e veículos de comunicação. O trabalho na área da comunicação, entretanto, não o fez deixar de lado as artes. Com amigos, criou uma peça musical De Chiquinha Gonzaga à Bossa Nova, onde identificava diversos aspectos da cultura da música do País. Através da música Manifesto - uma sátira sobre o turbulento momento em meio à Ditadura Militar - composta originalmente pelo pianista Mariozinho Rocha - o Grupo Manifesto foi criado. Era o início de um movimento que percorreu o Brasil. "Após os ensaios, íamos a alguns bares e continuávamos com as apresentações. Em dia, Gutemberg Guarabyra - hoje da dupla Sá e Guarabyra - nos convidou para participar com ele da apresentação da música Margarida, no II Festival Internacional da Canção, produzido pela Rede Globo, no Maracanãzinho. Conseguimos vencer e, a partir daí, começamos a viajar o País inteiro", afirma. A vitória no festival, entretanto, pegou todos de surpresa, principalmente pelo calibre dos concorrentes: Chico Buarque e Milton Nascimento. "Nós não estávamos esperando vencer. A letra da nossa música era bem incompatível com o modelo musical brasileiro daquela época. Mas o respaldo que o público deu, fez com que a música se tornasse um sucesso. Definitivamente, foi uma grande surpresa para todos e acabou sendo um fator bastante motivador e determinante para nossa carreira", diz Zé Renato. Como muitos outros artistas expoentes da época, o Grupo Manifesto também sofreu repressões e censuras por parte do governo militar. "Depois da nossa conquista no festival, fomos alvo de algumas pressões e censuras, porque as músicas - especialmente Manifesto - eram sátiras bem criativas em relação a tudo que estava acontecendo", revela. Após o final do grupo, Zé decidiu continuar no meio musical - sem esquecer, é claro, da sua carreira publicitária. Em 1995, ele retornou à cidade natal para atuar como gerente regional da TV Manchete, Rádio Manchete Fm e Bloch Editores. Anos depois, com o enfraquecimento e o posterior encerramento das atividades da emissora, foi o responsável pela implantação da rádio Nova Brasil. Durante esse período, nunca deixou a arte de lado. Como ele mesmo diz, a música corre nas veias. "Comecei, em 2012, a desenvolver um sarau. Era um projeto de intercâmbio cultural e musical com artistas da terra e de fora. Muitos deles, inclusive, eu conheci na época em que morei no Rio de Janeiro e que fiz parte do Grupo Manifesto. Após realizar edições desse projeto, me dediquei à produção do meu primeiro CD", relembra. Para o artista, que atuou na época dos festivais, considerada uma das fases áureas da música brasileira, o atual cenário da MPB não é nada animador. "Os veículos de comunicação possuem uma certa culpa nesse quesito, porque eles veiculam músicas sem nenhum conteúdo poético. Em busca de audiência, eles massificam a programação com músicas sem qualidade", afirma. (Por Yago Gouveia)

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PT e PMDB distantes nas eleições municipais

O PT vai orientar suas lideranças regionais a firmarem alianças o mais à esquerda possível para as eleições municipais deste ano, distanciando-se ao máximo do PMDB e de outras siglas que fizeram oposição ao governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. A direção nacional do partido se reuniu ontem em um hotel de Brasília e vai anunciar, à tarde, que não reconhece o governo do presidente interino Michel Temer. Alguns políticos petistas, no entanto, admitem que o afastamento de siglas que defenderam o impeachment de Dilma nem sempre será possível. “Creio que haverá uma fase de transição em que o partido deve ter um eixo prioritário para as alianças, mas deve, no caso a caso, a partir da direção de cada estado, tomar uma decisão para algumas exceções”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias, ao chegar para a reunião do diretório nacional. Oposição No Congresso, a ordem é que o PT faça oposição dura a qualquer proposta enviada por Temer. Participam da reunião, iniciada às 11h, diversos parlamentares petistas, entre eles, o líder do governo afastado na Câmara, José Guimarães (PT-CE), mas nenhum deles quis conversar com jornalistas. O ministro afastado da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, assegurou que o PT terá papel ativo na discussão de políticas públicas. "Ao longo dos últimos 13 anos, o PT teve a capacidade de mudar a cultura das políticas públicas. Agora, vai atuar defendendo o mandato da presidenta Dilma e debatendo cada proposta enviada [ao Congresso Nacional]." O presidente do PT, Ruy Falcão, anunciará, após reunião, que o partido não reconhece o governo do presidente interino Michel Temer. Segundo participantes do encontro que pediram para não ser identificados, o partido não vai sair em defesa de novas eleições gerais, para não desviar o foco da defesa no Senado do mandato de Dilma. (Da Agência Brasil)

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CIEE tem 86 vagas de estágio em matemática

Nesta semana, o CIEE conta com 86 vagas de estágio para a área de matemática em todo o Brasil. Os valores de bolsa-auxílio variam de R$ 780 a R$ 1.662. Quem gosta de desafios, quer saber sempre o porquê das coisas, é persistente e tem bom raciocínio lógico preenche pré-requisitos básicos para se dar bem na área de matemática. Além de lecionar em todos os níveis de ensino ou seguir na carreira acadêmica, cada vez mais os matemáticos são procurados para atuar em empresas de alta tecnologia, informática, bioinformática, engenharia e instituições financeiras, entre outras. A perspectiva é que a demanda por esses profissionais cresça nos próximos anos, puxada pelo mercado de seguros, de telefonia e do serviço público, entre outras atividades. Além dessas oportunidades, há outras 6,2 mil vagas para estágio em vários campos de atuação no país, das quais 2,4 mil no estado de São Paulo. Podem se candidatar alunos dos ensinos médio, técnico e superior. Inscrições e informações no site: www.ciee.org.br Sobre o CIEE Desde sua fundação, há 52 anos, o CIEE já encaminhou 16 milhões de estudantes para estágio e aprendizagem em 250 mil empresas e órgãos públicos parceiros. Para se ter ideia, o contingente de estagiários é maior do que a população da cidade de São Paulo. A marca confirma o crescente reconhecimento da eficácia do estágio e da aprendizagem em duas importantes frentes: como capacitação prática dos jovens para o mercado de trabalho e como fonte de recrutamento de novos talentos. O CIEE também desenvolve uma série de ações de assistência social, com total gratuidade aos beneficiados e destinadas, em especial, a segmentos em situação de vulnerabilidade social como: Programa de Educação à Distância, Inclusão de Pessoas com Deficiência, Alfabetização para Adultos, Desenvolvimento Estudantil e Profissional, Orientação e Informação Profissional, Orientação Jurídica Gratuita à População Carente (Projur), Cursos Gratuitos de Informática, além de Ciclos de Palestras, Concursos Literários – que estimulam a escrita e a leitura -, Feira do Estudante - Expo CIEE, entre outros.

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Santa Isabel abre suas portas para celebrar seus 166 anos

Ele é um dos 14 teatros monumentos do país, e em 2015 foi considerado o melhor do Brasil pelo Prêmio Cenyn de Teatro Nacional. O Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, celebra 166 anos de existência esta semana. Para marcar a data, uma programação especial, gratuita, com apresentações musicais e de dança, além de visitas guiadas abertas ao público, foi montada e acontece nesta hoje (17), sábado (21) e domingo (22). O Teatro de Santa Isabel foi inaugurado no dia 18 de maio de 1850, numa homenagem à princesa Isabel, com o drama O Pajem D'Aljubarrota, de Mendes Leal, escritor português dos mais encenados na primeira metade do século. Ao longo de sua história, o equipamento foi palco de grandes lutas libertárias e apresentações culturais. Por lá passaram nomes como Joaquim Nabuco, Olavo Bilac, Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a Bailarina russa Ana Pavllowa, Procópio Ferreira, dentre outros. O público recifense vai ter a oportunidade de conhecer a história desse equipamento centenário em visitas guiadas que serão realizadas em três dias. A primeira, nesta terça (17), a partir das 14h, conta com alunos de escolas públicas e privadas, já pré-agendadas, que visitarão o teatro dentro do Projeto de Educação Patrimonial. A atividade conta com a parceria do Ópera Studio da UFPE que fará uma apresentação ao final do passeio. No sábado (21), especialmente por conta do aniversário, e no domingo (22), as visitas são abertas ao público, sem pré-agendamento, e podem ser feitas em três horários: 14h, 15 e 16h. Com duração de 50 minutos e limite de 25 pessoas, por grupo, o passeio leva o visitante a conhecer detalhes da construção, todas as dependências do teatro e aspectos históricos interessantes. A entrada é gratuita. Dança – Também no sábado (21), outra boa opção é assistir ao espetáculo Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Dança. A montagem mescla dança, teatro, literatura e música para mostrar o universo feminino criando sua história no mundo, com suas multiplicidades e singularidades. O espetáculo será apresentado em dois horários: 18h e 20h30, com lotação para apenas 65 lugares. Os ingressos poderão ser retirados gratuitamente na bilheteria do Santa Isabel, uma hora antes de cada apresentação, e com o limite de apenas 1 (uma) entrada por pessoa. Música – No domingo (22), às 18h, as celebrações dos 166 anos do Teatro de Santa Isabel serão encerradas com a apresentação da Banda Sinfônica da Cidade do Recife. Sob o comando do maestro Nenéu LIberalquino, os músicos apresentarão um repertório especialmente preparado para a ocasião. O público poderá retirar seu ingresso gratuitamente na bilheteria do teatro, a partir das 17h. Será permitida a retirada de dois ingressos por pessoa.

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Memória: Recife em chamas (maio/2016)

Hoje perdido nos confins da história, o incêndio de Roma castigou, severamente, as áreas mais povoadas da cidade. São muitas as hipóteses para tal acontecimento, pontificando, contudo, a que se baseia no fato de que os moradores, cujas habitações eram em sua maioria feitas de madeira, se valiam do fogo para se aquecer e preparar os alimentos. Por negligência, supõe-se, o fogo de uma dessas casas teria se alastrado e, com a infeliz coincidência do vento que soprava forte naquele dia, quase fazia desaparecer a cidade que então era a mais poderosa do planeta. A explicação mais corrente, no entanto, é a de que Nero, o insano imperador romano, em busca de inspiração para dedilhar sua harpa teria colocado fogo na cidade, intencionando reconstruí-la mais forte, graças a uma nova e majestosa arquitetura. Tal versão é sobejamente desmentida pelos historiadores, já que, atualmente é sabido, Nero sequer estava em Roma naquela ocasião. Ademais, ao ser informado do acontecimento logo regressou e deu auxílio aos desabrigados, inclusive recebendo-os no seu palácio. Houve até quem afirmasse que o imperador era mesmo o autor do incêndio, para adquirir terrenos a preço vil. Versões à parte, o fato é que o incêndio começou no centro comercial de Roma na noite do dia 18 de julho do ano 64 e rapidamente tomou conta da cidade. Foram seis dias de trabalho ininterrupto em busca de controlar as chamas. Mesmo assim, o problema não cessara, já que alguns focos espontaneamente reacesos fizeram o combate durar mais três dias. Contadas as perdas, dois terços da cidade estavam destruídos, inclusive obras da civilização romana, valiosas para a cultura ocidental e para a história da humanidade, como, por exemplo, o Templo de Júpiter e o Lar das Virgens Vestais. Como o pensamento não conhece barreiras, viajemos no tempo. Pronto! Em menos de um segundo percorremos 1921 anos. Agora, estamos no Recife, onde ocorreu um incêndio potencialmente muito mais destrutivo do aquele de Roma. Diga-se, desde já, que aqui não se pretendia reconstruir a capital nem havia algum interessado em terrenos a preço de quase nada. Existia, isto sim, fatalidade. E coragem. O que você vai ler agora é a história desse incêndio que nos revelou um herói pernambucano, o homem que salvou o Recife da destruição. Para entender melhor, imagine-se nos arrecifes olhando a cidade a partir do mar. É a visão mais bonita da nossa capital. De imediato, seus olhos percorrem o Recife Antigo, rico das construções coloniais. Olhando para a esquerda, a Zona Sul da cidade. Para a direita, Olinda. Pois saiba que esse panorama desta cidade histórico-portuária por pouco não desapareceu deixando apenas escombros. Na noite de 12 de maio de 1985, todo o esplendor arquitetônico da região, incluído o Palácio do Governo, que já foi ocupado por Maurício de Nassau, e do Teatro Santa Isabel, obra do engenheiro francês Louis Léger Vauthier, e ainda as proximidades dos bairros da Boa Vista, de Santo Antônio, do Pina e de Brasília Teimosa, poderiam ter-se tornado cinzas. Naquela noite, um dos três tanques do navio Jatobá, contendo 1.500 toneladas de gás de cozinha, explodiu, se fez chamas. Para agravar o perigo, o Jatobá estava ancorado próximo ao Parque de Tancagem do Brum, abarrotado de combustíveis. Se aqueles reservatórios, contendo cerca de 153 mil metros cúbicos de inflamáveis explodissem, parte da cidade do Recife seria tragada pelas chamas. Calcula-se que em um raio de cinco quilômetros tudo ficaria calcinado. Urgia rebocar o Jatobá para longe do porto, mas quem se habilitava a desempenhar a perigosa missão? Às duas horas da madrugada de um domingo Dia das Mães o telefone do prático da barra Nelcy Campos tocou, e apenas 20 minutos depois, ele chegou ao porto. Estava nascendo um herói. Não um super-herói, daqueles que figuram glorificados nas telas do cinema, mas um homem comum, praticando um gesto incomum. Nelcy Campos não vacilou. Foi ele o único profissional a aceitar a árdua tarefa de evitar maiores danos das labaredas, que àquela altura atingiam 20 metros de altura, e que nem os bombeiros haviam sido capazes de controlar. Sua primeira providência foi manobrar os dois navios que estavam perto do Jatobá e, como ele, carregados de gás butano, deixando-os a uma distância segura. Em seguida, com sua liderança e a ajuda de outros portuários, ele serrou os cabos do navio em chamas, fixou a embarcação ao reboque Saveiro e partiu na direção de um banco de areia situado a seis quilômetros dali. O objetivo, que ele alcançou com absoluto sucesso, era evitar a explosão total do cargueiro e dos tanques de combustíveis do Brum. Recife estava salva. Somente no meio da manhã do dia seguinte, ele regressou à terra, encontrando à sua espera toda a imprensa, oportunidade em que pronunciou uma frase que bem diz do seu caráter e serve como exemplo para os que hoje vivem o cotidiano da cidade: "Nunca me vi em uma situação tão difícil e perigosa, mas pensei logo na população. Mesmo sabendo que podia ser arriscado e que podia morrer, parti para a operação". Pelo seu feito heroico, Nelcy da Silva Campos foi reverenciado por autoridades e ilustrou manchetes nos jornais Brasil afora. Do Governo de Pernambuco recebeu a mais alta distinção, a medalha Guararapes Classe Ouro, e foi também reverenciado pela Marinha brasileira que, em 29 de junho de 2003, o homenageou com um busto de mármore no Terminal Marítimo do Marco Zero (a central de serviços turísticos do Carnaval), que passou a adotar, desde então, o seu nome. Eram passados 18 anos desde aquela noite trágica. Nelcy Campos, o prático da barra que nasceu a 21 de janeiro de 1931 e arriscou a vida para salvar esta cidade, morreu a 27 de setembro de 1990, de causas naturais. Graças a ele, as chamas daquela noite foram extintas. Já a chama da nossa admiração por ele jamais se apagará. *Por Marcelo Alcoforado

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Encanto do Giramundo chega à Caixa Cultural Recife

A Caixa Cultural Recife apresenta durante 40 dias uma mostra inédita, uma palestra sobre o histórico do grupo mineiro Giramundo e os consagrados espetáculos Um Baú de Fundo Fundo (1975), Pedro e o Lobo (1993) e Orixás (2001). A Mostra Mundo Giramundo contempla 10 atividades distintas entre os dias 18 de maio e 26 de junho, com programações diurnas e noturnas para públicos de todas as idades. Com quase 50 anos de atuação, o Giramundo conta em seu portfólio 34 espetáculos, 19 deles ainda ativos. A renomada trajetória poderá ser conferida na mostra, que consiste numa instalação cenográfica onde o público irá conhecer croquis, desenhos, estudos e projetos, a anatomia dos bonecos e 150 exemplares de títeres e marionetes que contam a história do grupo. A exposição tem entrada gratuita e fica em cartaz de 18 de maio a 26 de junho. A abertura será no dia 17, às 19h30, e também tem entrada franca. No dia 20 de maio será realizada a palestra ilustrada Caleidoscópio Giramundo, com o diretor do grupo, Ulisses Tavares, a partir das 19h. Gratuita, a atividade se destina a marionetistas, estudantes de artes, de teatro e curiosos sobre o teatro de bonecos em geral. No evento, a história do grupo é apresentada de modo panorâmico, através de cenas clássicas em performances ao vivo. São 90 vagas, com senhas retiradas uma hora antes do evento. Ao longo do período, o público recifense poderá assistir a montagens de 3 diferentes décadas: Um Baú de Fundo Fundo (1975), Pedro e o Lobo (1993) e Orixás (2001) em oito apresentações. Voltados para crianças e também para adultos, os ingressos dos espetáculos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia). O GIRAMUNDO – fundado em 1970 pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Madu, o grupo de teatro de bonecos possui centro na construção teatral, mas seu foco evoluiu com a tecnologia ao longo dos anos, durante os quais foram incorporadas técnicas como vídeo-animação e interfaces com outras narrativas como dança, cinema, música e escultura cinética. Entre os motivos pelos quais o Giramundo se destaca no gênero estão suas inovações técnicas, além de inaugurar dramaturgia de bonecos voltada para adultos e a dedicação aos temas da cultura nacional, entre outras. PROGRAMAÇÃO EXPOSIÇÃO O projeto “Mostra Mundo Giramundo” possui curadoria de Ulisses Tavares, Beatriz Apocalypse e Marcos Malafaia e é composto por uma instalação cenográfica de caráter museológico que apresenta, de modo crítico e analítico, a história do grupo Giramundo, através das exposições de seus principais bonecos e seus respectivos croquis, estudos e projetos técnicos. Abertura: 17/05/2016 às 19h30 Período de visitação: 18/05 a 26/06/2016 Horários de visitação: terça a sábado, das 10h às 20h e domingos das 10h às 17h PALESTRA GRATUITA – CALEIDOSCÓPIO GIRAMUNDO Caleidoscópio Giramundo é uma palestra ilustrada, onde a história do grupo é apresentada de modo panorâmico, através de cenas clássicas do grupo em performances ao vivo. A proposta é criar um formato de palestra capaz de apresentar ao público conceitos e fatos históricos de modo interessante e emocionante, usando o teatro como linguagem principal. DATA: 20/05/2016 PALESTRANTE: Ulisses Tavares - Empresário, professor e diretor do Giramundo. HORÁRIO: 19h INGRESSOS: entrada gratuita com distribuição de senhas a partir das 18h. ESPETÁCULOS TEATRAIS PEDRO E O LOBO Versão do clássico criado pelo russo Sergei Prokoviev em 1933 que pretendia ensinar às crianças a estrutura elementar de uma orquestra, montado pela companhia pela primeira vez em 1993. Aqui, marionetistas substituem o narrador oficial e reforçam as informações sobre instrumentos musicais, conferindo ao público uma experiência sinestésica. Os cenários foram substituídos por um desenho em um quadro negro, as vozes dos personagens surgem ao vivo e o plano do palco passa a ser o do chão, ao mesmo nível dos pequenos espectadores. O resultado é uma grande brincadeira onde as crianças se divertem, emocionam-se e aprendem. DATAS: 21/05 (Sábado), às 16h e 22/05 (Domingo), às 10h30 LOCAL: Teatro INGRESSO: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, clientes e funcionários da Caixa Econômica Federal e pessoas acima de 60 anos) - Vendas a partir das 10 horas da sexta-feira (20). CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre ORIXÁS Montado originalmente em 2001, o espetáculo procura mostrar o aspecto lendário do panteão de deuses africanos que, como acontece em outras mitologias, apresenta-nos seus heróis imersos em aventuras. Assim, a montagem narra, através dos marionetes, a criação, o sonho divino, o nascimento da terra e da água, o barro inicial, o primeiro ser vivente, o fermentar das paixões, o conflito entre deuses e, enfim (porquê não?) o humor de Deus. Desta vez, o Giramundo assume algumas imperfeições técnicas que, uma vez evitadas, poderiam prejudicar a manipulação quando das coreografias. Foi a aceitação da manipulação “tropical”, uma vez que os próprios marionetistas são arrebatados pelo ritmo apaixonante da música, deixando–se levar pela emoção. DATAS: 28/05 (Sábado) às 16h e 29/05 (Domingo) às 10h30 LOCAL: Teatro INGRESSOS: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, clientes e funcionários da Caixa Econômica Federal e pessoas acima de 60 anos) - Vendas a partir das 10 horas da sexta-feira (27) CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre UM BAÚ DE FUNDO FUNDO Um conjunto de estórias, lendas e cantigas populares, prolongamento da temática do “Saci Pererê” (1973). Com interesse explícito na preservação da cultura popular, o “Baú” coleciona, expõe e preserva um pouco da cultura mineira. O palhaço Libório novamente entra em cena para comandar a ação e se notabiliza como o único personagem do Giramundo a participar de duas montagens distintas. DATAS: 03/06 (Sexta) às 19h; 04/06 (Sábado) às 16h e 19h (duas sessões); 05/06 (Domingo) às 10h30. LOCAL: Teatro INGRESSOS: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, clientes e funcionários da Caixa Econômica Federal e pessoas acima de 60 anos) - vendas a partir das 10 horas da quinta-feira (02/06) CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre Da assessoria de imprensa

Encanto do Giramundo chega à Caixa Cultural Recife Read More »