Arquivos Cultura E História - Página 71 De 378 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

retratos fantasmas

Distribuidora americana de “Retratos Fantasmas” mira o Oscar

"Retratos Fantasmas," dirigido e escrito por Kleber Mendonça Filho e produzido por Emilie Lesclaux, conquistou um lugar de destaque ao entrar na short list da Academia Brasileira de Cinema como um dos seis filmes selecionados para representar o Brasil no Oscar 2024. Com um histórico impressionante de mais de 30 festivais internacionais e sua estreia na Seleção Oficial do Festival de Cannes, o filme chamou a atenção da distribuidora americana Grasshopper, que se uniu à experiente Cinetic Marketing para promover seu lançamento nos Estados Unidos. A Cinetic Marketing, conhecida por suas campanhas bem-sucedidas na temporada de premiações e no Oscar, tem um histórico impressionante com 18 vitórias em diversas categorias, incluindo Filme Estrangeiro, Animação e Documentário na cerimônia da Academia em 2023. "Retratos Fantasmas" está prestes a encantar o público nos Estados Unidos após sua participação no Festival de Cinema de Nova York (NYFF), onde faz parte da prestigiada seleção Main Slate. Antes disso, o filme será exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), um evento renomado que lança as principais apostas da temporada de premiações. O filme está na categoria Wavelengths, que destaca obras que desafiam as convenções cinematográficas, expandindo os horizontes da arte cinematográfica. Em sua jornada internacional, o filme já está em sua terceira semana de exibição simultânea no Brasil e em Portugal, acumulando sucesso de público. Além disso, "Retratos Fantasmas" está prestes a estrear comercialmente nos cinemas da Espanha em 27 de outubro e na França em 1º de novembro, demonstrando seu apelo global. Com 55 cópias em exibição no Brasil, o documentário está prestes a alcançar a marca de 40 mil espectadores, consolidando-se como o documentário brasileiro mais assistido dos últimos cinco anos.

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capa olinda

Olinda: do retorno da agitação cultural aos desafios na segurança

*Por Rafael Dantas Entre ladeiras, bares e ateliês, Olinda é o recanto de muitos artistas, foliões e amantes da cultura. Para além dos dias festivos do Carnaval, a vida cultural da cidade tem seus encantos, mas divide opiniões. A percepção de quem vive a cena olindense é de que as expressões culturais brotam quase que espontaneamente das suas esquinas. Todo esse potencial, no entanto, carece de maior organização e comunicação. Além disso, há um fantasma que tem assombrado moradores e turistas: a segurança. Quem vive Olinda há mais tempo registra o fechamento de muitos ateliês e espaços de cultura que marcavam a vida da cidade. Alguns mestres das artes plásticas faleceram, como Tereza Costa Rêgo, outros deixaram o município. Um dos lugares que ficou na lembrança dos moradores, por exemplo, foi a Casa do Cachorro Preto. Mas novos points da música e demais manifestações artísticas também surgiram, como a Casa Criatura e a Casa Estação da Luz. Nesse novo ciclo, também houve a revitalização do Mercado Eufrásio Barbosa e de bares com forte programação musical. Novas veias por onde pulsa essa economia criativa local. NOVOS ESPAÇOS A Casa Estação da Luz tem sido um empreendimento de destaque ao longo dos últimos cinco anos, embora tenha oficialmente aberto suas portas como centro de cultura há três, devido às restrições da pandemia. A ideia original foi concebida por Alceu Valença e sua mulher Yanê Montenegro, que embora passem a maior parte do tempo no Rio de Janeiro, são proprietários do espaço. Natália Reis foi convidada a se tornar sócia e gestora do projeto que transformou a casa em um centro cultural. “Desde a abertura pós-pandemia em 2021, a Casa Estação da Luz tem trabalhado para cumprir sua visão cultural, abrangendo diversas áreas como artes plásticas, dança, música, literatura e culinária. Hoje estamos operando em quase 100% do que a gente pode fazer na casa”, afirmou a gestora. Do movimento cultural sonhado para o espaço, ela diz que só não aconteceu ainda o teatro. Em breve acontecerá também a abertura de uma exposição permanente de Alceu Valença. “Um dos nossos objetivos é que num futuro próximo a casa abrigue a exposição permanente que conta a trajetória e poética de Alceu Valença. Um ponto cultural e turístico, pois Alceu é uma atração turística da cidade”, afirmou o curador Bruno Albertim. Na dinâmica atual da casa, ele destaca duas preocupações: a maior visibilidade de novos artistas e a preservação das raízes olindenses. “Um dos eixos curatoriais que tenho tentado imprimir é reinserir atores e autores de uma prática artística que eram relegados ao segundo plano, sem acesso aos mecanismos de produção de hegemonia e poder, ao coração de Olinda. Outro aspecto é que a casa trabalha muito a memória artística da cidade, dentro de um panorama da arte modernista brasileira, da exposição do modernismo tardio que se manifestou na cidade” Outro novo endereço da cultura olindense é a Casa Criatura. Idealizado por Isac Filho. O projeto completou quatro anos de existência, dois dos quais no atual espaço, situado no Sítio Histórico de Olinda. Concebida na pandemia, a casa começou a ganhar vida em 2021 na Rua do Amparo, mas cresceu substancialmente desde então, agora ocupando um espaço dez vezes maior. Isac e sua companheira Juliana, ambos arquitetos, tiveram a visão de revitalizar o patrimônio e construir um ambiente de criação e inovação em Olinda. A casa funciona como um centro de trabalho colaborativo durante a semana e se transforma em uma galeria de arte gratuita nos fins de semana, com exposições, shows e eventos culturais que valorizam a diversidade e a pluralidade de usos. Isac enfatiza que há um esforço para unir artistas consolidados com iniciantes, homens e mulheres, buscando sempre a diversidade e valores que reflitam o espírito do espaço cultural. Ele projeta que a Casa Criatura se consolide como um centro de arte, influenciando positivamente a cultura e a economia criativa em Olinda e na região. O idealizador da casa lembra que o projeto não se limita a suas instalações, mas abraça o entorno urbano, ativando espaços menos explorados. Um exemplo foi a ideia de criar em Olinda um "Beco do Batman", uma referência a um local em São Paulo que ganhou uma nova vida a partir de uma intervenção urbana com muita arte e criatividade. A percepção de Isac sobre a cultura de Olinda é repleta de entusiasmo e um senso de missão. Ele descreve o momento pós- -pandêmico como uma oportunidade de reconexão local. “Eu vejo como um momento de estruturação. Mais bandas se desenvolvendo, mais orquestras se destacando. Não destacaria só música mas, também, os movimentos voltados à arte. Vejo mais efervescentes as artes visuais, um número crescente de grafites, exposições e colabs surgindo. Aqui tem uma mistura do grafite, da arquitetura, da fabricação digital, das figuras a laser. Uma conexão de diversas linguagens. Isso é uma coisa nova. Vejo um momento bom para isso”. Isac acredita que Olinda possui um potencial criativo poderoso, capaz de atrair artistas e criativos de diversas áreas, a partir do fomento de uma política cultural local que consolide a cidade como um polo de criatividade e inovação. BOEMIA OLINDENSE Morador e também trabalhador de Olinda, Márcio Valença aprecia a cena que se constrói nos bares da cidade. Tanto novos endereços, como alguns já tradicionais abrigam a diversidade musical local. “Gosto de desfrutar a boemia da cidade. Frequento bares, principalmente à noite, numa cidade que acontece após às 18h, quando escurece”, afirma Márcio, ressaltando que os vestígios do período carnavalesco são interessantes para os moradores e visitantes. “São blocos fora de época, orquestras passando, um boneco gigante perdido. São resquícios do Carnaval que vivem durante o ano”. Como um bom boêmio, ele lista uma série de espaços tradicionais, como o Bar do Peneira, a Bodega do Veio, o Recanto do Ingá, entre outros por onde ele caminha. “Existem bares mais novos, como o Bar do Amparo e o Fogo de Oca, que são a cara de Olinda, antenados com a cultura da cidade. Ainda

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O rei que só prometia

* Paulo Caldas Tantas vezes contos de fadas, fábulas e outros temas abraçados pela literatura infantil, vestidos de fantasia, se traduzem por exemplos aparentemente tolos, que, contudo sutis, revelam severas críticas à atmosfera do universo adulto. Neste "O rei que tanto dizia, mas não fazia”, Ridete Marçal faz uso da Alegoria, recurso literário no qual o autor compõe uma narrativa para remeter à outra, esta, vestida de realidade . Quem sabe essa história de um rei perdulário, de umpríncipe herdeiro dominado pela teimosia, da princesa malcriada que de tanto vexame se escondeu do mundo, da bruxa, do bobo da corte, onde o servo excedia fidelidade, coisas de uma conhecida república, tendo por cenário um certo planalto da América Latina. A publicação, em policromia e papel couché,tem primoroso projeto gráfico com diagramação de Hugo Elihimas, ilustrações de Bruno Anselmo da Silva, revisão de João Luiz Lins e impressão da Companhia Editora de Pernambuco(CEPE) . *Paulo Caldas é Escritor

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praca independencia 2023

5 fotos da Praça da Independência Antigamente

Em celebração ao dia 7 de setembro, a coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio por um dos espaços centrais da cidade do Recife: a Praça da Independência. Uma das centralidades do tradicional Bairro de Santo Antônio é a Praça da Independência. Conhecida como a pracinha do Diário, ela já fazia parte da planta original da Cidade Maurícia. O local já teve no passado outros nomes, como Praça Grande, Praça do Comércio, Praça da Ribeira, Praça do Polé, Praça da União, recebendo o nome atual apenas em 1833. Confira abaixo uma seleção de imagens da Biblioteca do IBGE. Clique nas fotos para ampliar. 1. Vista do Edifício do Diário de Pernambuco, o jornal mais antigo da América Latina. .2. Vista ampla da Praça, com os prédio da Sulacap e a Avenida Guararapes no lado direito. 3. Destaque para a Matriz de Santo Antônio 4. Meios de transporte antigos circulando pelo bairro (no ônibus placa para o bairro da Tamarineira) 5. Vista parcial a partir da praça para a Rua 1º de Março

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Festival Usina Gastro Safra

Festival Usina Gastrô – Safra 2023 movimenta Água Preta com aulas-show e feira

Em sua segunda edição, evento gastronômico promovido pela Usina de Arte acontece de 7 a 10/9, atraindo amantes da boa mesa e impulsionando a culinária e a cultura local Palco de transformação social e reconversão cultural, o distrito de Santa Terezinha, no município de Água Preta, é também um celeiro de negócios e habilidades gastronômicas. Para celebrar essa vocação, a comunidade recebe a segunda edição do Festival Usina Gastrô– Safra 2023, entre os dias 7 e 10 de setembro. Nos quatro dias de programação, o público poderá conferir gratuitamente no Mercado dos Arcos, no centro da vila, mais de 10 aulas-show de chefes prestigiados do Estado, apresentações musicais e feirinha gastronômica com 20 empreendedores locais. Promovido pela parceria entre Sebrae e Usina de Arte, com realização do Instituto César Santos e Fórum de Desenvolvimento da Mata Sul, o evento tem o objetivo de impulsionar os negócios da região do segmento da gastronomia e também da música, com programação conduzida por músicos locais. Nos dias 7, 8, 9 e 10, a cozinha instalada no espaço vira palco para aulas-shows comandadas por chefes festejados de Pernambuco. "A nossa ideia é compartilhar conhecimento e apresentar possibilidades aos empreendedores locais, a partir dos insumos que eles mesmos têm na região.  Nosso time de chefs levará receitas, técnicas e muita criatividade em todas as aulas que serão realizadas. Será um verdadeiro intercâmbio de conhecimento, sabores e aromas", comemora Cesar Santos, presidente do Instituto. No line-up das aulas, Hellida Kelsch, Carol Medeiros, Cesar Santos (líder da Oficina do Sabor e um dos principais nomes da cozinha regional), a confeitaria de Anna Corinna, Leandro Ricardo, Vania Ellihimas, Barbara Vieira, Monique Bezerra, Rogério Ribeiro e Raul Menezes. O sabor garantido pelo Festival Usina Gastrô - Safra 2023 ganha um molho todo especial com a trilha sonora escolhida para acompanhar o evento diariamente. Na programação musical, apresentam-se os músicos locais Luana Flor com o Power Trio, Patrícia Firmino, Wilson Monteiro e Vavá de Aprígio. Tudo isso com o tempero de um total de 20 empreendimentos locais que irão expor as suas especialidades na feira gastronômica que começa na parte da noite. Dentro do movimento constante de ressignificação da antiga usina de cana-de-açúcar, a 2º edição do festival dedicado à gastronomia local acontece este ano no Mercado dos Arcos, na Vila de Santa Terezinha, marcando o pontapé inicial do processo de restauro do prédio que abrigará no futuro um mercado de arte e gastronomia fixo. “A Usina e seu entorno é este local plural com potencial de promover diversos tipos de atividades, conexões, sempre considerando o retorno para a região nos âmbitos sociocultural e econômico. O novo espaço em restauração será mais um ambiente para rechear a comunidade de cultura, arte, eventos formativos e o que mais for capaz de ser uma soma nesse intenso processo de ressignificação que estamos atravessando”, pontua Bruna Pessoa de Queiroz, presidente da Usina de Arte.  O 2º Festival Usina Gastrô – Safra 2023 tem acesso gratuito e espera atrair o público local e de outras regiões para apreciar a cena gastronômica pernambucana. O evento tem se preparado para promover uma esfera acolhedora e um feriadão repleto de sabores para o paladar, assim como para olhos e ouvidos.  ServiçoFestival Usina Gastrô– Safra 2023De 7 a 10/9 no Mercado dos Arcos, vila de Santa TerezinhaAcesso gratuito Programação:Quinta-feira (7/9) 15h30 às 16h30 - Aula-show com a chef Héllida Kelsch17h às 18h30 - Aula-show  com o chef Leandro Ricardo18h30 - show de Maria Alice20h30 - show de Patrícia Firmino & Banda  Sexta-feira (8/9)15h30 às 16h30 - Aula-show com a chef Vania Elihimas17h às 18h30 - Aula-show com o chef Raul Menezes18h30 show de Bonny Brown20h30 show de Luana Flor e Power Trio  Sábado (9/9)13h30 às 14h30 - Aula-show com a chef Carol Medeiros15h às 16h - Aula-show com a chef Bárbara Vieira16h30 às 17h30 - Aula-show com a chef Monique Bezerra18h às 19h - Aula-show com chef Cesar Santos19h - show de Zé Linaldo MPB21h - show de Wilson Monteiro & Banda Domingo (10/9)14h30 às 15h30 - Aula-show com a chef Anna Corinna16h às 17h - Aula-show com o chef Rogério Ribeiro17h30 - show de Luana Flor e Power Trio19h30 - show de Vavá de Aprigio & Banda

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santana

Recife recebe a primeira edição do FAM Festival: Música, Arte e Gastronomia

O Recife, cidade que pulsa com música, criatividade artística e gastronomia , se prepara para receber, pela primeira vez, o FAM Festival. Nos dias 23 e 24 de setembro, o Parque Santana se tornará o palco do evento. Após cinco edições bem-sucedidas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador, o evento idealizado pela agência @scheeeins, com o incentivo da Eletrolux, do Ministério da Cultura e o apoio da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, desembarca na capital pernambucana para um final de semana repleto de efervescência cultural. Com entrada gratuita e programação voltada para toda a família, o FAM Festival incorpora os três grandes pilares em seu nome: Food (gastronomia), Art (arte) e Music (música). Artistas, coletivos e bandas locais se unirão às atividades do festival, cujo conceito é inspirado nos icônicos festivais de verão da Europa, com o propósito de permitir que as pessoas desfrutem dos espaços verdes da cidade entre amigos e em família. O acesso a toda a programação, que será divulgada em breve, é gratuito, e os ingressos já estão disponíveis para retirada no site www.famfestival.com.br.

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Guerreiros do Passo: maioridade com sinônimo de resistência

Há 18 anos, o grupo representa uma trincheira na salvaguarda do frevo pernambucano, mas carece de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio ritmo De forma datada, o frevo é nosso desde 1906. Veio ao mundo no meio do intenso processo de urbanização e industrialização que o Recife vivia no início do século 20. Esse ritmo que “entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” ganhou novos reflexos há 18 anos com um grupo que faz questão de manter essa tradição que, em sua essência, nada mais é do que uma manifestação musical e corporal urbana. O grupo Guerreiros do Passo chega à maioridade ressente de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio frevo. Enquanto luta, resiste com dança, pesquisa e por conta própria. Sem nenhum auxílio do poder público.   Procurei Eduardo Araújo, pesquisador da história do frevo e um dos fundadores dos Guerreiros, pelo Instagram. Fui em busca do seu contato para entender a realidade do grupo atualmente. Liguei algumas vezes. Sem sucesso. Depois, recebi de Eduardo o retorno de que o grupo estava numa apresentação no lançamento de editais culturais lançado pela ministra da Cultura Margareth Menezes, na última sexta (1°), com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), secretários de Cultura do estado e da capital e outros convidados. Por coincidência ou precisão do destino, dia em que o grupo completou 18 anos de fundação. “Não dá apenas para vender o frevo como atração turística em propagandas governamentais, colocar passistas fazendo acrobacias no aeroporto e em eventos e passar a imagem para quem vê de fora de que Pernambuco é um paraíso para o artista popular, o que na prática não é a realidade. São 18 anos resistindo sem apoio direto, apenas com a seleção de editais de cultura. Então, a gente tira do nosso próprio bolso, na luta de dar continuidade ao legado do nosso Mestre Nascimento do Passo. Tocamos um movimento que chamamos de resistência, de luta. Queremos continuar lutando para que a sociedade possa continuar aplaudindo as nossas atividades”, contou Eduardo Araújo por telefone. História – O grupo nasceu em 2005 dentro da Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, no bairro da Encruzilhada, quando o espaço estava sob a gestão do Mestre Nascimento do Passo, falecido em 2009. Sua partida deixou um vasto legado e fez com que seus seguidores criassem uma identidade própria, vivendo o frevo para além da sazonalidade. “A gente sempre achou que o Carnaval era um momento de culminância e não de iniciar o contato com o frevo. O frevo precisa se libertar dessa pecha de só ser música de folia”, disse Araújo.  Para ele, o ritmo tem que ser vivido o ano todo, como ginástica, terapia e lazer.  A escolarização foi o caminho encontrado para a transmissão do passo e é onde a maioria dos amantes do frevo encontram apoio para manter viva sua paixão. Mestre Nascimento do Passo desenvolveu uma metodologia de ensino sistematizando os movimentos e as técnicas que até hoje são repassadas para as novas gerações. Depois da saída da Escola de Frevo por não concordarem com a decisão da diretoria da instituição de mudar o método de ensino da dança, Eduardo Araújo e os professores Lucélia Albuquerque, Valdemiro Neto e Laércio Olímpio decidiram concentrar as atividades na Praça do Hipódromo, na zona norte, com o projeto Frevo da Praça, dando aulas às quartas, às 19h, e aos sábados, às 15h, com uma média de 40 a 50 alunos. No entanto, devido à pandemia, precisaram encerrar as aulas, que foram retomadas no início deste ano, mas a falta de apoio para a compra de materiais não permitiu o grupo voltar às atividades. “A Prefeitura fez uma reforma na praça, retirou todas as tomadas e ficamos sem ter como ligar o som. Conseguimos um caixa recarregável emprestado, mas como dependia muito da disponibilidade de terceiros, não foi possível continuar”, falou Eduardo, acrescentando que desenvolveu um outro projeto, o Quintal do Frevo, também no Hipódromo, com o objetivo de promover oficinas, encontros e aulas. As obras foram iniciadas com recursos garantidos por meio da Lei Aldir Blanc, mas ainda dependem de apoio para a conclusão. O grupo conta os dias para voltar com o projeto Frevo da Praça. Após participação no filme “Retratos Fantasmas”, longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, os Guerreiros firmaram uma parceria com a produtora do filme na missão de comprar um som recarregável para retomar as aulas no Hipódromo, que deve acontecer após a liberação dos recursos. Seja com espetáculo nostálgico que remete às icônicas figuras retratadas pelo fotógrafo franco-baiano Pierre Verger em sua passagem pelo Recife nos anos de 1940 ou por meio das aulas de dança com traçados e trejeitos do frevo nas ruas e nos palcos, o que os Guerreiros do Passo querem é ampliar o conhecimento para manter vivo o ritmo que pertence a todos os pernambucanos.

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Melin. Foto Sergio Blazer

Pernambuco Centro de Convenções recebe 18 eventos em setembro

O Pernambuco Centro de Convenções receberá 18 eventos neste mês de setembro, um a mais que em agosto. São apresentações musicais, encenações de teatro, feiras e convenções. No Teatro Guararapes Chico Science, a programação inclui nomes de peso como Flávio Venturini, Melim, Zé Ramalho, Nando Cordel e o ídolo da garotada Luccas Neto. Na área externa, shows de grandes proporções o TBT do WS (Wesley Safadão) e o consagrado Samba Recife. Já o pavilhão de feiras recebe o Recifitness e a maior feira de tecnologia automotiva do Nordeste, a Autonor. Até o final de setembro passam pelo Guararapes a banda Melim na véspera do feriado (6), o stand up do Afonso Padilha (15), Zé Ramalho (16), Rogério Skylab (22), o espetáculo infantil “Saltimbancos” e “A Noviça Rebelde” (24), além do Encontro de Cantadores com Nando Cordel, Renato Teixeira e Xangai (29) e Luccas Neto (30) em duas apresentações. Para o CEO do Consórcio CID Convenções, Cláudio Vasconcelos, é um compromisso com a sociedade pernambucana atrair cada vez mais eventos de qualidade para a Região Metropolitana do Recife. “Estamos permanentemente em contato com os melhores produtores de shows e eventos locais e nacionais para apresentar o que há de melhor em entretenimento bem como em termos de eventos, feiras e convenções”, assegura. Na área externa, Wesley Safadão traz o seu projeto TBT no dia 16 de setembro com um super time de convidados com Limão com Mel, Saia Rodada e Walkyria Santos para reviver sucessos que marcaram época e um clima de forró e alegria. Nos dias 23 e 24, a festa fica a cargo do Samba Recife, um festival que já é tradição na cidade nesta época do ano. No primeiro dia, a programação contempla Belo, Sorriso Maroto, Alexandre Pires, Ferrugem, Pixote, Tiee, Turma do Pagode, Kamisa 10, Marvvila, Grupo Clareou e Envolvência. No dia seguinte, Leo Santana, Ludmilla, Menos é Mais, Dilsinho, Mumuzinho, Xande de Pilares, Thiago Soares, Gica, Pique Novo, Cajú pra Baixo e É o Tchan. FEIRAS - De 13 a 16 de setembro, o pavilhão será totalmente ocupado pela feira de grande porte Autonor – Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste, que atrai mais de cem caravanas de toda a Região. A feira tem entrada gratuita e tem como público-alvo profissionais e proprietários de casas de reparação automotiva, o comércio varejista de peças, sendo aberta também aos consumidores finais. Há uma grande expectativa para o retorno do evento após a pandemia. Confira abaixo a programação completa do mês de setembro no Pernambuco Centro de Convenções.  SERVIÇO: Shows Teatro Guararapes: MELIM Data: 06/09/2023 Local: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 65, à venda no Sympla. STAND UP DO AFONSO PADILHA Data: 15/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 40, à venda no Sympla. ZÉ RAMALHO Data: 16/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 110, à venda no Sympla. ROGERIO SKYLAB Data: 22/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 70, à venda no Sympla. ESPETÁCULO INFANTIL SALTIMBANCOS Data: 24/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 16h Ingressos: a partir de R$ 25, à venda no Sympla. ESPETÁCULO A NOVIÇA REBELDE Data: 24/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 18h30 Ingressos: a partir de R$ 35, à venda no Sympla. ENCONTRO DE CANTADORES (NANDO CORDEL / RENATO TEIXEIRA E XANGAI) Data: 29/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 87,50, à venda no Sympla. Evento: LUCCAS NETO Data: 30/09/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 13h (1ª Sessão) 18h (2ª Sessão) Ingressos: a partir de R$ 80, à venda no Sympla. Área externa: TBT WS Data: 16/09/2023 Locais: Área Externa Horário: 20h Ingressos: a partir de R$ 100, à venda no site www.virtualticket.com.br e nos pontos físicos da Ingresso Prime e Ticket Folia. SAMBA RECIFE Data: 23/09/2023 – 16h 24/09/2023 – 14h Locais: Área Externa + Pavilhão de Feiras Ingressos: a partir de R$ 140, à venda na Bilheteria Digital. Feiras e eventos: AUTONOR – FEIRA DE TECNOLOGIA AUTOMOTIVA DO NORDESTE Data: 13 a 15/09/2023 – 15h às 21h 16/09/2023 – 14h às 20h Local: Pavilhão de Feiras + Mezanino Informações e inscrições: https://autonor.com.br SUPER ENCONTRO BOSCH ELÉTRICA Data: 14/09/2023 Local: Auditório Brum Horário: 19h JORNADA BETT NORDESTE Datas: 27 e 28/09/2023 Local: Pavilhão de Feiras Horário: 9h às 18h Informações e inscrições: https://brasil.bettshow.com/jornadabettnordeste

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CASA VIVA frente foto DANILO GALVAO

Carpina sedia residência artística Casa Viva, com exposição de Juliana Lapa

A cidade é inspiração para exposição individual. Na imagem acima, a fachada da CASA VIVA. (Fotos: Danilo Galvão) Carpina é o cenário da Residência Artística CASA VIVA, um projeto que transformou um dos casarões mais antigos da cidade em um vibrante centro cultural. O espaço, que antes permanecia fechado e misterioso, agora abre suas portas para a exposição individual de Juliana Lapa, proporcionando uma experiência que vai além de uma galeria de arte. Com o objetivo de promover o diálogo sobre arte, preservação do patrimônio histórico e políticas culturais, a CASA VIVA oferece uma programação multidisciplinar, incluindo formações, vivências e exposições. A iniciativa também visa preencher a lacuna da falta de espaços públicos dedicados às artes visuais em Carpina. A programação inclui diversas atividades educativas, culminando com o encerramento da exposição e o lançamento do fascículo II do catálogo no dia 30 de setembro. O acesso ao casarão já está aberto desde o início de agosto, quando começou a revitalização e a produção das obras que integram a exposição, mas a CASA VIVA, com as características que foi pensada, fez a sua estreia de maneira festiva no primeiro sábado de setembro (2). Agora, as atividades seguem até 30 de setembro, com visitação de terça a domingo, das 10h às 19h. A programação foi pensada para promover a imersão multidisciplinar na Arte, com vivências e formações que aprofundam questões sobre patrimônio, desenho, acessibilidade para as artes, arqueologia, associativismo e cultura popular em conexão com a Educação e a produção do Pensamento. Natural de Carpina, Juliana Lapa foi movida pelos afetos com a cidade e o desejo de compartilhar as memórias que estão impressas na sua obra artística e, ao mesmo tempo, abrir um diálogo na cidade sobre arte, preservação do patrimônio histórico, políticas públicas na área cultural, formação de público, além de chamar a atenção dos poderes e dos artistas da cidade para a importância da interiorização dos investimentos na produção cultural. “Partimos do desejo de ver acontecer arte em Carpina. A cidade não tem galeria, nem museu”, lamenta a artista, que tem ao seu lado, na equipe principal do projeto, Mery Lemos, também natural de Carpina, que assina a coordenação de produção, e Bruna Rafaella Ferrer, natural de Vitória de Santo Antão, à frente da Curadoria e do Educativo. Ainda que de maneira temporária, a CASA VIVA preenche a lacuna da falta de um espaço público dedicado às artes visuais em Carpina. “Nesse sentido, o propósito da curadoria da mostra se estabelece com base num programa de arte cujo objetivo não é mais apenas produzir obras para serem vistas, mas sim, criar um espaço dialógico formado pela participação das visitantes e de interfaces autorais entre a produção artística, educativa, curatorial e expográfica”, comenta a curadora e educadora da exposição. 

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