Arquivos Economia - Página 200 De 393 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Pesquisa da TIM aponta que maioria quer presentear do Dia das Mães

Apesar da pandemia, que mudou a realidade financeira de muitos brasileiros, o Dia das Mães não deve passar batido. Uma pesquisa realizada com usuários de linha pré-paga da operadora TIM, por meio de uma plataforma que bonifica com dados os participantes das enquetes, indica que 86% da população pretende comprar um presente em celebração à data. Mais de 35 mil pessoas participaram do levantamento em todo o Brasil. Nas cidades pernambucanas, boa parte dos entrevistados espera investir de R$ 20 a R$ 100 (41%) e de R$ 101 a R$ 300 (18%). Ainda assim, há uma parcela de consumidores que pretende dedicar uma maior parte do orçamento a itens de maior valor agregado: 8% quer gastar entre R$ 301 e R$ 800, enquanto 6% vai procurar opções entre R$ 801 e R$ 1,2 mil. Permanecem como presentes mais populares as roupas (28%), os perfumes (24%) e os acessórios (15%). Já o celular está em sétimo lugar no ranking, com 8% do total. Os participantes da pesquisa opinaram ainda sobre qual é a forma preferida de pagamento, e o tradicional dinheiro ficou com o primeiro lugar, tanto na escolha nacional (60%) quanto dos participantes de Pernambuco (59%). Os meios mais modernos de pagamentos aparecem dentre as opções, mesmo que de forma mais modesta. O PIX, por exemplo, foi selecionado por 8% dos entrevistados do Brasil e do Estado. A pesquisa, realizada entre os dias 30 de abril e 2 de maio, também questionou sobre o canal de compra. De novo, a tradição levou a melhor. As lojas físicas serão procuradas por 60% dos brasileiros – no recorte para pernambucanos, compreende 63%. Ainda que a renda da maioria dos participantes tenha encolhido com a pandemia (realidade de 51% em Pernambuco, de 49% no País), segundo a pesquisa, a data deve servir de alento ao segmento varejista.

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Volume da produção industrial de PE apresenta leve alta

Da Fiepe Medida pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), a mais recente Sondagem Industrial apontou crescimento de 3,9 pontos no volume de produção das indústrias locais, no mês de março. Mesmo com a alta, o índice permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos, marcando 48 pontos, e se manteve no cenário pessimista. O Estado também não acompanhou o resultado nacional, de 50,5 pontos. Isso quer dizer que o ritmo de retomada da atividade produtiva vem acelerando, mas não em velocidade suficiente para alcançar os patamares de antes da pandemia. “A indústria está produzindo mais, os números dizem isso, mas, como a conjuntura atual é de incerteza, o tanto que produziu ainda não é capaz de reverter o cenário para uma situação de otimismo total”, avaliou o economista da FIEPE, Cézar Andrade. O especialista chama atenção para o fato de que o aumento da produção está mais relacionado à necessidade dos ajustes dos estoques do que à aceleração do mercado. Isso porque, segundo o levantamento, os estoques dos produtos apresentaram recuo de 1,4 ponto na passagem de fevereiro para março, chegando aos 48,5 pontos. “Com os estoques em baixa, naturalmente, haverá uma demanda por mais produção. Outro aspecto que não anima o resultado final da Sondagem é o fato de o índice de Evolução do Número de Empregados também ter caído, com variação negativa de 2,6 pontos", avaliou. Andrade ressalta que esse é um importante termômetro para a atividade, pois, apesar do crescimento do volume de produção, ainda não é possível observar o reflexo dessa recuperação no cenário de contratação – conjuntura que se concretizou na última pesquisa do Caged, também referente a março, em que apontou uma diminuição de 0,22% no saldo de geração de empregos em Pernambuco. Outros três pontos de atenção estão relacionados à margem do lucro operacional, à satisfação financeira e ao acesso a crédito, que também apresentaram queda em seus indicadores durante o trimestre, pontuando 43,9 pontos, 50,4 pontos e 39,9 pontos, respectivamente. No aspecto da dificuldade, prevalecem ainda a falta ou o alto custo da matéria-prima (52,73%) e a elevada carta tributária (34,55%) como obstáculos para a indústria.

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Shoppings fazem campanhas para o Dia das Mães

Artesanato pernambucano como opção de presente para o Dia das Mães Na Semana do Dia das Mães, o Centro de Artesanato de Pernambuco faz uma homenagem a todos os tipos de mães. Para chamar a atenção da arte como opção de presente produzido de maneira única para a data, está promovendo a ação "De quem cria para o mundo, pra quem cria o mundo inteiro". No Plaza Shopping, onde fica uma de suas lojas, promove uma miniexposição de peças produzidos por diversos artistas pernambucanos nas três entradas do mall (Pisos L1, L2 e L3) até domingo (9/5). O mimo especial também incentiva/apoia a arte produzida no estado. Entre os artistas que se destacam nessa miniexposição estão Lúcia Fireman, Wilton Pereira, Luiz Henrique de Barros, Geminiano da Cunha, Valfrido de Oliveira, Sebastião Wilson, Fábio Ramos, Luiz Albuquerque, Presciliana Nobre, Luzinete Gomes Pedrosa, Luiz Benício e Dheniery Maria. As peças variam de temas, tamanhos e valores e podem ser encontradas na loja do Centro de Artesanato de Pernambuco no Plaza Shopping, situada no piso L3. . . Shopping Patteo Olinda faz homenagem às mães inspiradoras Para o Dia das Mães, comemorado este ano no dia 9 de maio, o Shopping Patteo Olinda preparou uma ação especial ancorada nas redes sociais. Postagens comemorativas nos perfis oficiais do centro de compras vão convidar os clientes e seguidores a contarem como as suas mães os inspiram. Além disso, o shopping preparou várias dicas pensadas para facilitar a escolha do presente, além de sugestões de locais para as famílias curtirem um almoço especial no segundo domingo de maio. Para quem deseja comprar o presente de Dia das Mães online, o Patteo Olinda segue com a sua vitrine virtual, disponível na página www.shoppingpatteoolinda.com.br/vitrine.asp. A Millena Móveis e Eletro também estendeu o seu super feirão até o dia 09 de maio, Dia das Mães, com ofertas exclusivas em produtos das melhores marcas do mercado, além de entrega imediata para a maioria dos itens. . . Camará Shopping sorteia R$ 36 mil em vale-compras na campanha Amor em Dobro O Camará Shopping vai sortear 10 vale-compras no valor total de R$ 36 mil na campanha Amor em Dobro. A ação já começou, assinalando o Dia das Mães, e vai durar até 12 de junho, encerrando no Dia dos Namorados. A cada R$ 150 em compras nas lojas do mall, o cliente terá direito a resgatar 1 número da sorte para participar do sorteio que será realizado totalmente online. Para participar, basta acessar o site https://prizor.crmall.com/amor-em-dobro-camara-shopping e preencher um formulário, informando seus dados - nome, data de nascimento, RG, CPF, telefone, E-mail, endereço completo - e, anexar uma foto da nota fiscal para ser validada. Só serão aceitas notas de compras realizadas até o dia 12/06. O primeiro sorteio será no dia 15 de maio e vai premiar 5 sortudos (2 vale-compras de R$ 5 mil, um voucher de R$ 3 mil e 2 vale-compras de R$ 2 mil). Já no dia 16 de junho, serão sorteados mais cinco números (3 cartões de R$ 2 mil, 1 voucher de R$ 3 mil e o grande prêmio de R$ 10 mil em vale-compras). O sorteio será realizado de acordo com a loteria federal. . . Shopping Tacaruna realiza promoção compre e ganhe para o Dia das Mães O Shopping Tacaruna preparou uma ação especial para o público que for ao mall comprar os presentes para o Dia das Mães ou ainda que optar fazer as compras pelo Tacaruna Online, plataforma de vendas digital do Tacaruna (www.tacarunaonline.com.br). Além das compras, os clientes também poderão dar as suas mamães um presente exclusivo através de uma promoção compre e ganhe. De 29 de abril até enquanto durar o estoque, o cliente que efetuar compras nas lojas participantes da promoção “Dia das Mães 2021”, no valor igual ou superior a R$ 250, ganhará um kit com copo de acrílico, canudo, nécessaire e caixa personalizada. Para retirar o kit, é necessário apresentar as notas fiscais das compras no balcão de trocas, localizado na Praça de Eventos do mall. A participação na promoção é limitada a um brinde por CPF. . . Shopping Guararapes promove campanha Comprou-Ganhou para incrementar vendas no Dia das Mães Com a expectativa de dar um novo ritmo à movimentação do comércio, o Shopping Guararapes preparou este ano uma campanha promocional no formato comprou-ganhou para incrementar as vendas no período. Com a promoção Amor Sempre Juntinho, comprando a partir de R$ 200, os clientes ganham uma bolsa versátil para levar em viagens, academia ou praia, desenhada com exclusividade para a promoção. A bolsa presente do Guararapes para as mães deve ser resgatada no balcão de trocas, localizado no corredor da Le Biscuit, com limite de uma bolsa por CPF. No local, os clientes informam seus dados para cadastro e apresentam as notas fiscais de compras realizadas nas lojas físicas ou pelo Guararapes Online, a partir do dia 29 de abril. A promoção é válida até o dia 9 de maio ou enquanto durar o estoque. Para oferecer ainda mais comodidade no atendimento, o Shopping Guararapes disponibiliza ao cliente a possibilidade de fazer um pré-cadastro pelo site, informando seus dados e das notas fiscais para ganhar tempo. O balcão de trocas conta com uma fila exclusiva para atender com mais velocidade os clientes com pré-cadastro já realizado.

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"Usinas solares e eólicas podem viabilizar desenvolvimento das áreas secas do Nordeste"

Chegou o momento das matrizes renováveis e sustentáveis assumirem o protagonismo da produção de energia no Brasil e no mundo? Sérgio Xavier, ex-secretário de meio ambiente e sustentabilidade de Pernambuco e articulador da iniciativa Governadores Pelo Clima, do Centro Brasil no Clima (CBC), avalia que as políticas anunciadas pelo presidente norteamericano Joe Biden devem acelerar essa trasição. O Brasil e o Nordeste tem grandes oportunidades a partir dessa transformação que o mundo deverá passar nos próximos anos. Sérgio foi um dos especialistas consultados na última edição da Revista Algomais. Publicamos hoje a íntegra da entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas.   Quais as perspectivas para o avanço das energias renováveis a partir desse compromisso do Joe Biden de acelerar os investimentos no setor em um prazo tão curto? Esse movimento de lá pode incentivar o crescimento no Brasil do uso de mais fontes renováveis? As políticas anunciadas por Biden vão impulsionar rapidamente uma economia de descarbonização no mundo. O Brasil, que possui um gigantesco potencial de energias limpas, poderá se beneficiar se o Governo Federal ajustar imediatamente as políticas públicas para fortalecer as fontes renováveis, como eólica, solar e BioCombustiveis, e planejar uma transição justa e harmônica da velha matriz fóssil, que queima diesel, gasolina e carvão, para novos modelos sustentáveis. Esse processo vai ter impactos positivos inclusive na saúde. Ao contrário das fontes fósseis que, segundo a OMS, matam mais de 7 milhões de pessoas por ano com a poluição das cidades e está nos levando ao inferno climático, as fontes limpas evitam poluições e deixam ar mais puro. A carta do movimento dos Governadores pelo Clima é um esforço para se comunicar com o governo americano, frente à dificuldade do Governo Bolsonaro representar a agenda climática do País? Quais os resultados esperados desse movimento? Diante das urgências sociais e climáticas e da necessidade de aproveitar oportunidades econômicas para reduzir desigualdades, os governadores têm papel estratégico no esforço de reduzir emissões de gases-estufa e atrair investimentos para gerar empregos nos eixos promissores da economia do menos carbono. Considerando a falta de sensibilidade socioambiental e de visão estratégica do Governo Federal, o movimento dos governadores é fundamental para fortalecer compromissos do Acordo de Paris e restaurar a imagem do Brasil no exterior. A ação Governadores Pelo Clima, que iniciamos no CBC - Centro Brasil no Clima, em 2019, com Alfredo Sirkis (1950-2020), visa suprir a lacuna deixada pelo governo federal. Ela começa a gerar resultados de visibilidade internacional. A Carta, assinada por 24 governadores, sintetiza uma inédita articulação para enfrentar as mudanças climáticas, preservando todos os biomas do Brasil, valorizando as comunidades locais e criando uma nova economia sustentável. O governador Paulo Câmara participa desde o início do movimento e esteve em Nova York, na Semana do Clima, antes da pandemia, representando governadores do Nordeste. Quais as principais oportunidades que se abrem para Pernambuco e para o Nordeste com essa possível "virada de chave" da geração de energia a partir de matrizes renováveis? Regiões semiáridas têm muito sol e vento. Portanto, as usinas solares e eólicas, que são indústrias que não precisam de água, podem viabilizar o desenvolvimento inclusivo e sustentável em áreas muito pobres, secas e em processo de desertificação. Se forem planejadas com políticas públicas que interliguem atração de investimentos, capacitação de comunidades locais para empregos qualificados, programas de regeneração ambiental e gestão sustentável de água, podem impulsionar um novo modelo socioeconômico muito promissor para o nosso Sertão. Instaladas em áreas suscetíveis a desertificação, estes empreendimentos, podem criar condições financeiras, técnicas e sociais para reverter degradações ambientais e reduzir desigualdades. Podem ainda permitir que as usinas hidrelétricas fiquem como reserva, acumulando água nos reservatórios do rio São Francisco e dos frágeis rios nordestinos, garantindo maior segurança hídrica para consumo, irrigação, indústrias, navegação, pesca, turismo etc. Em fevereiro, realizamos encontro da iniciativa Governadores Pelo Clima, com representantes dos 11 estados que compõem o semiárido brasileiro (9 estados do Nordeste mais Espírito Santo e Minas Gerais) e iniciamos a construção de um plano regional, com 4 eixos interconectados: crescimento das energias renováveis; regeneração hidroambiental do rio São Francisco; oportunidades do Hidrogênio Verde e capacitação, inclusão social e geração de empregos verdes. O governador Renato Casagrande, do Espírito Santo, representou os governadores, que estão muito comprometidos em buscar uma retomada da economia, pós-pandemia, pela via de baixo carbono. Para um processo ser sustentável, precisa ser viável hoje e daqui a milênios. Investir no sol e nos ventos é um caminho viável para hoje e para o futuro distante. No Brasil temos enfatizado muito as energias solar e eólica, mas na nossa última entrevista você enfatizou o hidrogênio verde como um caminho relevante de geração de energia renovável. Alguma novidade importante dessa fonte? Os investimentos em energia solar e eólica já estão acontecendo e mudando a realidade de diversos municípios do nosso Semiárido. Mas podem ter impactos multiplicados se forem articulados com novas cadeias produtivas limpas que estão despontando no século 21. Uma dessas cadeias emergentes é a do Hidrogênio Verde, combustível que é produzido a partir de energia renovável. O Hidrogênio é abundante no planeta e pode ser uma solução para carros, ônibus, caminhões e Indústrias, eliminando a poluição nas cidades e evitando as emissões de carbono. Pode ser produzido com eletrólise, separando o H2 do oxigênio da água (H2O). E quando é usado, emite apenas vapor de água. No processo de produção verde podem ser usadas energia solar, éolica ou de biomassa, fontes sustentáveis que o Nordeste possui em grandes quantidades. Assim, é possível conectar a produção de energia renovável do semiárido com usinas de Hidrogênio Verde implantadas próximas ao litoral, onde há maior disponibilidade de água e estruturas portuárias para exportação. Pernambuco, Bahia e Ceará são estados com ótimas condições para se destacar na produção de Hidrogênio Verde. O governo de Pernambuco já criou um grupo de trabalho e começou a prospectar caminhos para acelerar esta promissora cadeia produtiva. A União Europeia lançou em 2020 um robusto plano para impulsionar o Hidrogênio Verde como fonte energética da nova economia

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CIn inicia parceria com Baterias Moura na área de IoT e Automação Industrial

Em 2020, o Centro de Informática (CIn) da UFPE se credenciou como uma Unidade Embrapii (Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) para desenvolvimento de tecnologias veiculares e iniciou recentemente uma parceria com a Baterias Moura para o desenvolvimento de um sistema para melhorar o processo de fabricação de baterias automotivas e estacionárias em todas as suas etapas. O Laboratório de Computação Embarcada e Tecnologias Industriais (Laceti) do CIn, coordenado pela professora e pesquisadora Edna Barros, será o responsável pelo desenvolvimento do produto com uma equipe formada por pesquisadores e engenheiros. A parceria prevê o desenvolvimento dessas funcionalidades através de Sistema IoT de monitoramento e análise produtiva para manufatura de baterias automotivas e estacionárias. A Unidade Embrapii Cin-UFPE desenvolve projetos na área de Tecnologias e Sistemas Veiculares. Seus focos são em Sistemas Automotivos, Software para Sistemas Veiculares, e Automação, Modelagem e Segurança Veicular. Já foram captados mais de R$ 450 milhões em projetos, com mais de 50 empresas, em diversos segmentos. A Unidade Embrapii CIn-UFPE atende o segmento veicular, mas também setores transversais que tenham o “veículo” como foco de inovação. . . TecnoGeeks inaugura no Shopping Costa Dourada O Shopping Costa Dourada acaba de inaugurar a primeira loja do segmento Geek. A TecnoGeeks chega para ampliar o mix do centro de compras com uma variedade de computadores, impressoras, acessórios e até itens como câmeras para serviços de vigilância, webcams, placas de vídeos e muito mais. A loja também vai oferecer serviços como assistência técnica e manutenção de computadores e notebooks, certificado digital para empresas e pessoas físicas, parcelamento de contas, venda e instalação de câmeras de segurança doméstica ou empresarial. É possível realizar as compras também pelo Instagram da loja @tecnogeeks_ e pedir o produto por delivery ou retirada no drive-thru. . . 99 se associa ao Movimento Mulher 360 A 99, empresa de tecnologia, anunciou sua associação ao Movimento Mulher 360, onde irá contribuir com discussões sobre o empoderamento econômico da mulher brasileira no setor empresarial. O Movimento organiza encontros entre empresas para debater práticas de combate ao assédio, inclusão de mulheres negras no mercado de trabalho, melhores práticas de desenvolvimento e coaching para executivas, entre outros temas. Entre as empresas associadas estão outras gigantes em atuação no Brasil, como Gerdau, Cargill, Carrefour, Itaú, Raízen etc.

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"É fundamental investir em educação e requalificação profissional."

Quando os profissionais, munidos com seus notebooks e smartphones, instalaram seus ambientes de trabalho nas residências, não tinham dimensão do quanto suas rotinas iriam mudar. Passado um ano, desde que a Covid-19 levou muitas empresas a fechar seus escritórios, o futuro ainda permanece meio nebuloso. Mas nesta entrevista a Cláudia Santos, o sócio da TGI, Fábio Menezes, vislumbra alguns cenários. Fábio, que é consultor em gestão estratégica de negócios, especialista em formulação e execução de planejamento estratégico empresarial, analisa as perspectivas do home office e dos impactos da tecnologia, como o 5G, além de alertar para a necessidade ainda maior de incentivar a educação no Brasil e requalificar os profissionais. Reflexões importantes para esta semana em que celebramos o Dia do Trabalhador. A pandemia impôs a necessidade do home office para muitas empresas e chegou-se a dizer que essa seria uma modalidade de trabalho que veio para ficar. No entanto, grandes empresas, inclusive da área de tecnologia como o Google, anunciaram o retorno ao escritório, mesmo que seja de forma híbrida. Qual o futuro do home office? Acho que o home office veio para ficar, não como substituto definitivo do trabalho presencial, mas como recurso, pelo menos para boa parte das empresas. Entendo que não necessariamente precisamos colocar a equação presencial x remoto, mas presencial + remoto. As análises que estão sendo feitas agora estão usando uma base muito específica, que é a pandemia. Muitas empresas saíram do 100% presencial para o 100% remoto, muito rapidamente, sem planejamento e sem nem mesmo desejo, foram obrigadas a se modernizar. Por isso, acho ainda cedo para avaliar se o home office funciona ou não. Aposto mais no modelo complementar: físico + remoto, com as adaptações necessárias a cada segmento de negócio, função dentro das organizações, perfis dos profissionais, entre outras características específicas. De certa forma, o avanço da tecnologia nas últimas décadas já foi construindo essa condição. Quantos de nós deixamos de ter computadores fixos (desktops) e telefones fixos em casa? Na medida em que usamos notebooks e smartphones já facilitamos muito a circulação do trabalho pelos ambientes corporativos e residenciais, literalmente nos bolsos e nas bolsas. Quando podemos checar o e-mail ou responder a uma mensagem em qualquer lugar, dia ou horário, usando uma ferramenta que está sempre conosco, ao alcance das mãos, isso significa que é cada vez mais difícil separar o home do office. Assim como tantas outras questões, a pandemia acelerou o que já estava em curso. Quais as habilidades que passaram a ser necessárias no trabalho com o surgimento da pandemia? Entendo que ninguém se preparou para enfrentar uma pandemia nas proporções como estamos vivendo. Talvez só consigamos analisar bem os impactos daqui a alguns anos, depois de sairmos do meio do furacão e após vários estudos complementares. No entanto, minha impressão é que a pandemia tem sido uma espécie de “pós-graduação” em planejamento estratégico para muitos empreendedores e profissionais. De fato, estamos vivendo um tempo em que é muito difícil projetar cenários e administrar as incertezas, estamos lidando com uma variável (o vírus) ainda muito desconhecida e surpreendente. E já que está difícil vislumbrar o futuro, um efeito quase que automático é a angústia gerada pelas incertezas, sobretudo quando os impactos envolvem o risco à saúde e à sobrevivência, tanto pessoal como empresarial. Por isso, outra competência importante é a capacidade de suportar pressões e ameaças, manter o equilíbrio e conseguir decidir com pragmatismo. Como a tecnologia vai continuar impactando o trabalho? O desenvolvimento tecnológico influencia a forma como as pessoas vivem de maneira abrangente – como produzem, estudam, consomem... Portanto, a tecnologia impacta também os modelos de trabalho na medida em que traz novas possibilidades, às vezes substituindo padrões antigos, outras vezes acrescentando recursos e ferramentas novas. Por exemplo, estamos nos aproximando cada vez mais do 5G e isso deve trazer novas possibilidades que mudarão a forma como muitas pessoas trabalham atualmente. Segundo um estudo da Nokia e da consultoria Omdia, a expectativa é de mais de US$ 1 trilhão de investimento até 2035, com potencial de agregar cerca de um ponto percentual ao ano no PIB brasileiro. A implantação do 5G vai acelerar as transformações que já estão em curso como IoT (internet das coisas), big data, analytics, entre outras. Vai possibilitar a conexão não só entre computadores, tablets e celulares, como também entre outros equipamentos, como carros, eletrodomésticos, drones e máquinas. Isso tudo muda a vida das pessoas e, consequentemente, aparecem novas demandas de trabalho. Afinal, quantas pessoas hoje trabalham diretamente com internet e mídias sociais ou usam, de alguma forma, essas ferramentas nos seus negócios? Leia a entrevista completa na edição 181.5 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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"A eólica é hoje a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil"

Diante do avanço da agenda global pela transição da geração de energia em direção às matrizes renováveis, entrevistamos Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), sobre como anda no País a energia movida pelos ventos. Ela destaca a participação do Nordeste neste mercado (80% dos parques eólicos estão na região) e das oportunidades para quem quer investir no setor. Qual o cenário atual da geração de energia eólica no Brasil, no Nordeste e em Pernambuco? Houve crescimento em 2020, apesar da pandemia? A eólica é hoje a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil e, em dias de recorde, já chegou a atender até 17% do País durante todo o dia. É uma trajetória virtuosa de crescimento sustentável no Brasil, compatível com o desenvolvimento de uma indústria que foi criada praticamente do zero no País, o que foi o grande desafio deste período. Do ponto de vista de resultados de instalação tivemos um bom ano e terminamos 2020 com pouco mais de 17 GW. Agora em fevereiro de 2021, a eólica acaba de atingir a marca de 18 GW de capacidade instalada, em 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores. Vale lembrar que 80% dos parques eólicos estão no Nordeste. Pernambuco tem 798 GW e 34 parques. Há exatos dez anos, em 2011, tínhamos menos de 1 GW de capacidade instalada e cá estamos nós comemorando 18 GWs no início de 2021. É um feito impressionante, fruto não apenas dos bons ventos brasileiros, mas também de uma indústria que se dedicou a construir fábricas, trazer e implantar novas tecnologias e que se tornou muito competitiva. Quais as perspectivas nacionais para o segmento eólica e para as energias renováveis de forma geral no contexto pós-pandemia? Há alguma previsão de avanço para o ano de 2021? O ano de 2020 foi muito desafiador e no que se referem à impactos da Covid-19 precisamos separar em efeitos de curto, médio e longo prazo. Num primeiro momento, o maior impacto foi a queda de demanda de energia, o que levou ao cancelamento dos leilões regulados. Para a indústria eólica, no entanto, tivemos uma boa saída que foi o mercado livre. Como o ACL já era mais importante que o ACR para eólicas desde 2018, isso nos deu uma opção para seguir fechado contratos e terminamos o ano com um bom número de novos contratos, mas todos graças ao mercado livre. No que se refere a pedidos para cadeia produtiva, não há impactos no momento. Importante entender que as fábricas estão produzindo hoje aerogeradores, pás e torres eólicas para parques que são fruto de leilões realizados ou contratos no mercado livre nos anos anteriores, para entregas nos próximos anos. Produzir equipamentos para o setor eólico é um negócio de longo prazo. Não é, por exemplo, como outras cadeias produtivas de bens de consumo que recebem o impacto de forma muito rápida com a queda no consumo. O ponto é que a crise de demanda que estamos vivendo fará com que as contratações sejam pequenas e a retomada vai depender da velocidade com que nossa economia vai se recuperar. Não existe dúvida, no entanto, de que a expansão da matriz elétrica se dará por meio de renováveis, com forte destaque para a eólica, dados seus preços competitivos. Portanto, ainda que as contratações sejam menores, entendemos que as eólicas farão parte disso. Importante entender que uma contratação de nova capacidade de energia eólica muito pequena em 2020 e 2022 vai se refletir nas fábricas daqui cerca de dois anos, mas esse efeito pode ser diluído se o mercado livre conseguir se manter num bom nível, que é o que estamos verificando. Ainda considerando o longo prazo, sabemos que os negócios seguem sendo discutidos e o mercado livre, que já vinha representando a maior parte da contratação nos últimos dois anos, pode ser um fator decisivo para que o setor de eólica não sofra impactos muito grandes da pandemia. . O recente movimento do presidente americano Joe Biden de adoção de várias metas para redução das mudanças climáticas pode influenciar o Brasil e o mundo no avanço nas energias renováveis? Decisões que significam diminuir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis e poluentes são não apenas louváveis e bem-vindas, mas profundamente necessárias para o planeta. Há um grande esforço global de vários países para aumentar o peso das renováveis em suas matrizes energéticas e as decisões do governo Biden estão alinhadas com essa necessidade e isso é uma boa notícia. No caso do Brasil, considerando que já temos uma das matrizes elétrica mais renováveis do mundo dado nosso potencial hidrelétrico, estamos caminhando bem no que diz respeito à geração de energia por fontes renováveis, sendo que a eólica é hoje a segunda fonte da matriz e deve ser uma das principais fontes de expansão para os próximos anos. Vale sempre lembrar que o Brasil tem um enorme potencial eólico, com um dos melhores ventos do mundo, o que é uma das caraterísticas que explica a grande expansão da eólica no Brasil nos últimos anos, assim como o grande futuro que essa fonte tem pela frente em nosso país. . Quais as principais oportunidades e vantagens de se fazer uma transição para a energia eólica?  A energia produzida pelos ventos é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima; não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional. Além de estarmos nos destacando, ano a ano, no cenário global do mercado de energia eólica, o Brasil também está contribuindo por um futuro sustentável para nosso planeta.

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Por que a fome voltou a assombrar o País e como reverter esse fenômeno?

Uma pesquisa recente de professores da Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal da Minas Gerais e Universidade de Brasília (UNB) revelou que quase três quintos (59,4%) dos domicílios brasileiros no final do ano 2020 apresentaram um crescente grau de insegurança alimentar. Conversamos com José Arlindo Soares, que é sociólogo e pesquisador do Centro Josué de Castro, sobre esse cenário de recrudescimento da fome e quais as possíveis saídas para o País. José Arlindo explica que os dados dessa pesquisa não significam que todo esse conjunto dos 59,4% dos brasileiros estejam em uma situação de fome absoluta, mas o estudo aponta que essas famílias diminuíram o consumo de alimentos em importantes níveis. "É considerado um domicílio que vive em insegurança alimentar ou em uma situação de incerteza quanto ao acesso de comida quando a família já foi obrigada a reduzir a quantidade e a qualidade de alimentos que consumia. No Nordeste, na nossa região, a situação é mais grave, o fato ocorre em 73% das casas", afirma o pesquisador. Ele explica que a pesquisa faz um distinção entre os graus de insegurança. Entre os lares brasileiros, 31,7% são considerados em insegurança alimentar leve, 12,7% são avaliados como moderados e 15% vivem a insegurança grave. "Essa última é que deve ser motivo de maior de preocupação da sociedade e do poder público. O Brasil, já no final de 2020, chegou em números absolutos de 19 milhões de pessoas em situação de grave insegurança. O maior destaque é dirigido para o Nordeste, para famílias com crianças e para aquelas que não concluíram o ensino fundamental", disse Arlindo. Para exemplificar o agravamento do cenário da fome, o pesquisador lembra que a conclusão da pesquisa de Orçamentos familiares de 2017-2018, divulgada pelo IBGE em setembro do ano passado, já indicava essa tendência de aumento da insegurança alimentar. "Esse crescimento da insegurança alimentar vem desde a recessão de 2014/2015, quando o desemprego atingiu cerca de 12 milhões da trabalhadores. Agora, o problema foi aguçado pela pandemia que agravou a situação econômica do País . Temos então um quadro histórico bem diferente daquele momento em que a ONU declarou o Brasil livre da fome. As pesquisas revelam que desde 2015 já havia uma sinalização de um quadro de aumento da insegurança alimentar, situação que foi apenas ligeiramente amenizada em 2019. Agora vivemos um aumento da dramaticidade da fome outra vez". Auxilio Emergencial O sociólogo explica que no meio da Pandemia ocorreram três movimentos importantes na análise do quadro de insegurança alimenta no Brasil. "Primeiro houve uma queda do consumo de alimentos. Em seguida, com o auxílio emergencial, houve um efeito imediato na própria diminuição da miséria ou mesmo da pobreza, com uma diminuição da insegurança alimentar. Em um terceiro momento houve um recrudescimento da situação de fome com o final do auxílio". Em números, José Arlindo Soares explica que tomando como referência o mês de abril de 2020, cerca de 66 milhões de famílias receberam o auxílio na primeira fase. Isso correspondia a três vezes a quantidade de famílias que recebiam o Bolsa Família.  "O principal problema, além da descontinuidade do Auxílio Emergencial, é que o desenho dele não foi resultado de um conceito mais estruturador do fenômeno que, em tese, se pretendia combater. Foi mais o resultado da pressão imediata sobre o Governo Federal, que ele procurou se livrar. Não foi apresentada uma proposta estruturadora para a crise, que tinha obrigação dimensionar e projetar o tempo necessário do auxílio. Além disso, faltou um projeto coerente em relação a implicações sanitárias, econômicas e humanitárias do fenômeno da pandemia que ainda estamos vivendo". Além da crítica a falta de um programa mais consistente de distribuição de renda de forma emergencial, José Arlindo criticou a rejeição da compra cerca de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer sob o pretexto de exigências de cláusulas draconianas no contrato. "Foram cláusulas que 58 países com sólidas estruturas jurídicas já tinham aceito. Isso permitiria começar a vacinar entre dezembro e janeiro, o que significaria que já em março ou abril  teríamos 50 milhões de pessoas vacinadas, com repercussões naturais na economia. Claro que o problema não era de rigor jurídico, longe disso, mas de colocar obstáculos ao reconhecimento da própria pandemia. Isso porque no mesmo período o presidente e o medieval Ministro das Relações Exteriores faziam uma diplomacia das cruzadas contra uma potência mundial na produção de insumos de vacinas, que hoje é responsável por 90% das vacinas  efetivamente aplicadas no Brasil, além de ser é o principal comprador do agronegócio do Brasil", afirmou o pesquisador se referindo aos ataques do ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, à China. Renda Mínima Para além do retorno do Auxílio Emergencial, o sociólogo José Arlindo Soares defende que o País crie um programa de Renda Mínima para combater o problema da fome de forma mais sustentável. "O retorno do ciclo da fome no Brasil coloca a urgência para a criação de um programa de renda mínima mais substantivo, que possa superar as oscilações das conjunturas econômicas. Isso sem falar na necessidade de uma maior prioridade da educação, que é quem faz com que a renda do trabalho ultrapasse a renda da proteção social. É preciso entender que o Programa Bolsa Família foi e ainda é muito importante para aliviar a pobreza, mas ele só funciona funciona bem como complemento de uma outra renda da família. Quando a única renda é a Bolsa a situação da família é de vulnerabilidade absoluta, ou seja, uma situação de insegurança alimentar grave".

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José Graziano da Silva: "Um de cada três nordestinos está passando fome"

No ano em que o livro Geografia da Fome completa 75 anos, a insegurança alimentar disparou no País. A crise econômica que se arrasta há anos e a pandemia colocaram (ou devolveram) alguns milhões de brasileiros a não ter sequer o alimento na mesa. Outros tiveram sua alimentação comprometida em quantidade ou qualidade pela falta de recursos para adquiri-los. Para analisar o cenário em que chegamos, o jornalista Rafael Dantas entrevistou José Graziano da Silva, ex-Ministro da Segurança Alimentar e Combate à Fome (entre 2003 e 2004) e ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) entre 2012 e 2019. Referência global no tema, o doutor em Ciência Econômica foi responsável por comandar a implementação do programa Fome Zero no início do Governo Lula. O quanto a pandemia agravou a situação da fome no País? E qual o cenário podemos esperar para 2021? A pandemia agravou muito a situação da fome no país. Primeiro aumentou muito o número de pessoas em situação de insegurança alimentar, diminuindo, portanto, as pessoas em segurança alimentar, as pessoas que se alimentavam bem. Os últimos dados disponíveis antes da pandemia, da Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) de 2018, mostravam que mais de 63% da população estava em segurança alimentar, ou seja, dois de cada três brasileiros. Isso cai em 2020, segundo a pesquisa da Rede PENSSAM, para menos de 45%, ou seja, praticamente um de cada dois brasileiros não tem segurança alimentar garantida. E em termos de fome, os indicadores mais duros, mostram a insegurança alimentar grave aumentou de 5,8% em 2018 para 9%. Praticamente quase dobra. O número de insegurança alimentar moderada passa de 10% pra 11,5%. Somados os dados da insegurança alimentar moderada e mais grave passa de 16,2% em 2018 para 20,5% em 2020. Isso em dezembro de 2020, no fim do Auxílio Emergencial, ou seja, um de cada cinco brasileiros passava fome. Há algum olhar mais específico para a situação da fome Nordeste, que sempre foi a região mais vulnerável e alvo principal dos programas sociais do País? A situação do Nordeste é ainda mais grave. O Nordeste em 2018 tinha 52% da população em segurança alimentar. Praticamente um de cada os nordestinos em segurança alimentar. Isso cai para 28% em 2020. É uma queda muito forte. O número de pessoas com fome (insegurança grave) passa de 8% para 14%. Somando a alimentar grave e a moderada, nós passamos de 23% em 2018 para 31% em 2020. É um número assustador. Um de cada três nordestinos está passando fome. Só para você comparar, em uma pesquisa feita em 2018 na Venezuela, que é um país sempre apontado como tendo muita fome na América Latina, o levantamento dava 8%, que é o número do Nordeste em 2018, 8% em situação alimentar grave. Então, o Nordeste hoje é um espelho do que se passa em termos de segurança alimentar na Venezuela. Quais as principais estratégias para combater a fome no curto prazo, neste momento de intensa crise, e no médio/longo prazo? A estratégia de combater a fome hoje, no meio dessa pandemia, passa por uma transferência de renda para o mais pobre. Fortalecer o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, mas um auxílio emergencial de um valor muito superior. Hoje a estimativa do PROCON é de que os itens da cesta básica, que inclui alimentação e higiene, chegam perto de mil reais. Um auxílio emergencial de R$ 250 e até mesmo R$ 350 não vai livrar a situação dos mais necessitados. O auxílio emergencial precisa ser entendido como um tipo de seguro para as pessoas poderem ficar em casa sem passar fome. Senão fica aquela situação: Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Se ficar passa fome, se sair de casa o Covid mata. Não pode. A médio e longo prazo não há dúvida de que temos que restabelecer as políticas de segurança alimentar e nutricional como política de Estado e não como política de governo. Não pode um governo entrar e acabar com o PAA (Programa de Aquisição Alimentar), acabar com a merenda escolar, com o Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional). Essas são políticas permanentes de Estado, não podem ser modificadas ao sabor do interesse desse ou daquele governo. Em todas as palestras que tenho visto, o Sr. tem dito que se reeditasse o Fome Zero hoje, incluiria também o Gordo Zero, em referência à má nutrição das populações com situação de insegurança alimentar leve. É possível fazer isso diante do custo dos alimentos mais saudáveis?  De fato, se tivéssemos que reeditar um programa tipo Fome Zero, que me parece ser a saída para enfrentar não só a fome nesse momento. Nós precisamos ter uma mobilização social. Sem dúvida quem acaba com a fome não é um governo, é a sociedade. Então, mais do que nunca, nós precisamos de uma mobilização social e não apenas uma campanha temporária, como nós estamos vendo acontecer nesse momento agudo da pandemia. Uma mobilização permanente da sociedade para implantar políticas de segurança alimentar. Mas se tivesse que reeditar, sem dúvida, um componente importante era combater a obesidade. O Brasil tem hoje um problema de subnutrição grave, com a fome, mas tem um problema de má alimentação que é muito maior. A insegurança alimentar leve atinge quase 24 milhões de pessoas no Nordeste, por exemplo. Essas pessoas comem mal, são potenciais obesos. Essas pessoas não comem produtos frescos, frutas, verduras, legumes, ovos, leite, carne. Essas pessoas com o tempo, com o consumo de muito açúcar, muita farinha, tendem ao sobrepeso e senão a obesidade. E a obesidade tem um fator agravante quando atinge crianças e mulheres. Temos que cuidar disso sobre o risco de comprometer uma geração futura de brasileiros. Como o incentivo à Agricultura Familiar e à agroecologia poderiam ser parte da solução deste problema? O incentivo a agricultura familiar é a saída pra baratear o custo da alimentação saudável e tornar esses alimentos saudáveis mais acessíveis localmente. Hoje quando a gente fala em incentivo a agricultura familiar,

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Confiança do empresário do comércio recua no País

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 6,4% de março para abril deste ano e chegou a 95,7 pontos. Essa foi a quinta queda consecutiva do indicador, que atingiu o menor patamar desde setembro do ano passado (91,6 pontos). Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com abril de 2020, o recuo chegou a 20,7 pontos. Esse foi o 13º recuo consecutivo neste tipo de comparação. . . Experience Lab NE acontece hoje O Experience Lab Nordeste, que tem patrocínio da Alelo e da Oi soluções, ocorrerá na noite de hoje (26). O evento digital e contará com a participação de Rodrigo Galvão, presidente da Oracle Brasil; Ana Paula Bogus, Global Head of Business da Rappi; e Conrado Schlochauer, Founder & Member at nōvi. O encontro terá como tema: “Toda empresa precisa ser uma empresa de tecnologia.” As bases da mudança partem de 3 pilares estratégicos: a transformação digital, a transformação de mindset e a transformação do aprendizado. Em pauta, os processos e as principais práticas na visão dessas 3 personalidades do mercado e as decobertas das competências que precisam ser desenvolvidas para guiar as empresas para os próximos anos. . . Prata Rara aposta em venda direta e empreendedorismo feminino Para incrementar as vendas e de oferecer oportunidade de inclusão no mercado de trabalho com venda direta, a rede de lojas Prata Rara lança no mercado o Catálogo Virtual da Prata Rara. A iniciativa tem como objetivo cadastrar revendedoras de produtos da marca de joias que é a quarta maior joalheria de prata do País. Cada revendedora terá uma espécie de loja virtual e personalizada.

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