Arquivos Economia - Página 6 De 401 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Mercado imobiliário e grandes obras pavimentam retomada da construção civil

Setor cresceu 1,1% em 2024, puxado por alta de 20,9% nas vendas de imóveis novos, enquanto requalificação da BR-232 e retomada da Transnordestina animam expectativas para 2025. *Por Rafael Dantas Tijolo por tijolo, a retomada da construção civil está se consolidando em Pernambuco. Em 2024, o setor cresceu 1,1%, puxado principalmente pelo segmento imobiliário que registrou um avanço de 20,9% nas vendas de apartamentos novos, segundo estudo da Brain Inteligência. Para 2025, as expectativas do setor estão voltadas para a retomada de grandes projetos de infraestrutura, em empreendimentos como a requalificação e duplicação da BR-232 e o início dos trabalhos na ferrovia Transnordestina. A demanda reprimida de imóveis por anos de crise econômica e pandemia contribuiu para a aceleração dos lançamentos no ano passado. Porém, um dos fatores que auxiliou nessa retomada foi o fortalecimento do Minha Casa, Minha Vida.  A Caixa Econômica informou que em 2024 foram investidos mais de R$ 3,72 bilhões em financiamentos no âmbito do Programa MCMV em Pernambuco, representando um crescimento de 57,5% em relação a 2023 (R$ 2,36 bilhões) e de 99,8% em relação a 2022 (R$ 1,86 bilhão). Foram mais de 21,4 mil contratos assinados em 2024, frente a 14,9 mil em 2023 e 13,3 mil em 2022. Além do programa federal, em Pernambuco há ainda o Morar Bem PE – Entrada Garantida, que já atendeu 10 mil famílias com subsídios para aquisição da casa própria.  Para 2025, o setor imobiliário tem algumas oportunidades no horizonte mas, também, desafios consideráveis. “O mercado de imóveis para segunda residência e para locação a turistas está efervescente, com muitos negócios acontecendo e muitos empreendimentos sendo lançados. Da mesma forma, os imóveis no padrão do Minha Casa, Minha Vida estão rodando em alta velocidade. O Governo Federal fez uma série de mudanças recentes que favoreceram esse segmento”, avalia Flávio Domingues, consultor na área de negócios imobiliários e de turismo e representante da construtora portuguesa Casais Engenharia. "O segmento de alto padrão no Recife continua em voo de céu de brigadeiro e, sem dúvidas, a Praia de Carneiros vive um boom enorme. Pernambuco é um destino que gera muito interesse para as empresas pela sua posição estratégica no Nordeste." - Flávio Domingues As mudanças do Governo Federal são referentes principalmente à ampliação do público alvo do programa. “O mercado do Minha Casa, Minha Vida que atende até o momento famílias com renda de até R$ 8 mil mensais, passará a atender famílias com até R$ 12 mil de renda mensal, na chamada Faixa 4. Incluiremos famílias com renda entre R$ 8 mil e 12 mil no rol daqueles que podem contar com taxas de juros subsidiadas. “O programa que financiava imóveis no valor até R$ 350 mil passará a englobar aqueles entre R$ 350 e R$ 500 mil”, afirmou Roberto Rios, diretor comercial da Construtora Carrilho. Em relação à nova modalidade MCMV Classe Média, a Caixa tem previsão de atender mais de 120 mil famílias em todo o Brasil. Apostando no bom momento do mercado, a Construtora Carrilho está com empreendimentos à venda em diversas regiões do Grande Recife, com propostas que vão de estúdios compactos a condomínios com ampla área de lazer. O Pátio Solare, na Imbiribeira; o Aurora das Flores, em Paulista; o Pátio Nattú, na Caxangá; o Tivo Studios (Espinheiro) e o Madá Studios (Madalena); além do Paço Decó, na Real da Torre, e o Torres de Olinda, na Avenida Transamazônica. São os projetos que estão no portfólio, focados em perfis variados de públicos. Com a mudança do Minha Casa, Minha Vida, a expectativa do setor é de impulsionar os lançamentos de imóveis mesmo na capital pernambucana. Com o teto mais restrito do MCMV, a maioria dos imóveis comercializados eram nos outros municípios da região metropolitana. O investimento em bairros menos tradicionais é uma das tendências do programa. A Tenda, por exemplo, tem empreendimentos em bairros do Recife que estavam fora dos portfólios, como Passarinho, Dois Unidos e Vasco da Gama.  Além da transição do programa, a Prefeitura do Recife tem se mobilizado para incentivar o setor imobiliário no Centro. Seja com novas construções e ou com retrofits de prédios ociosos nos bairros centrais da cidade, novos mecanismos de incentivos fiscais criados pelo Recentro devem atrair investimentos de moradia para a região.  LITORAL SUL EM ALTA Fora dos imóveis mais populares, o destaque do segmento foram os projetos de alto padrão, em especial no Litoral Sul e até no Recife. Após a consolidação de Porto de Galinhas, os destaques ficam para Tamandaré e, mesmo, Sirinhaém com a atração de empreendimentos residenciais e turísticos. “O segmento de alto padrão no Recife continua em voo de céu de brigadeiro e, sem dúvidas, a Praia de Carneiros vive um boom enorme. Pernambuco é um destino que gera muito interesse para as empresas pela sua posição estratégica no Nordeste. Sirinhaém está se desenvolvendo, com o lançamento de grandes projetos”, afirmou Flávio Domingues. O consultor avalia que Itamaracá, no Litoral Norte, poderá voltar a ser valorizado também com o já anunciado fechamento do presídio na ilha. Com um lançamento de alto padrão em Maragogi, pela Casais Engenharia, o Maragogi Privilege Residence Apart Hotel, Flávio destaca uma outra oportunidade para Pernambuco. A construção, em andamento, de um aeroporto no balneário alagoano, que é muito próximo no Litoral Sul pernambucano, pode contribuir para aquecer ainda mais o mercado local. Após investir na Praia de Peroba (AL), a empresa portuguesa estuda a chegada também em Pernambuco. Quem já está na região com robustos lançamentos no mercado de Tamandaré é a Soma Inc, com um conjunto de empreendimentos, como os condomínios Azzul, o Mar do Atlântico, o Paratiisi e outros três projetos. O volume geral de vendas da empresa na região é de R$ 700 milhões, com mais de 45 mil metros quadrados de área construída. Diferente dos modelos compactos dos imóveis em alta na Região Metropolitana do Recife, esses empreendimentos são mistos de apartamentos e amplas residências, à beira-mar, e generosas áreas verdes. Na praia dos Carneiros, por exemplo, com perfil de

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Eurovia Omoda | Jaecoo inaugura três lojas no Nordeste e impulsiona mobilidade sustentável

Unidades em Salvador, Fortaleza e Recife marcam avanço da eletrificação automotiva com geração de empregos e foco em inovação A Eurovia Omoda | Jaecoo, nova operação do Grupo VIA1 dedicada à comercialização de veículos híbridos e elétricos, iniciou sua atuação no Nordeste com a inauguração simultânea de três concessionárias premium em Salvador, Fortaleza e Recife. A chegada oficial das marcas à região representa um marco para o setor automotivo, com previsão de vendas de mais de mil veículos no primeiro ano, além de impacto econômico direto por meio da geração de empregos e investimentos em capacitação técnica. A unidade do Recife, instalada na Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, em frente à Via1 Seminovos (Ilha do Retiro), integra a estratégia da empresa de posicionar seus pontos de venda em locais estratégicos e de fácil acesso. Com infraestrutura moderna e oficinas especializadas, as concessionárias seguem o padrão internacional de atendimento da marca, que se posiciona globalmente como referência em sofisticação, tecnologia e sustentabilidade. O portfólio disponível nas novas unidades inclui o Omoda E5, um SUV 100% elétrico com design futurista e alto desempenho, e o Jaecoo 7, um híbrido que alia potência, conectividade e compromisso ambiental. A chegada das marcas movimenta a cadeia produtiva regional por meio de parcerias com fornecedores locais, prestadores de serviço e instituições de ensino, além de incentivar a formação de mão de obra especializada para manutenção de veículos eletrificados. “A chegada da Omoda | Jaecoo à região marca o início de um novo capítulo para o setor automotivo nordestino”, afirma Ubiracelo Campos, gerente geral da operação. “Nosso objetivo é entregar ao cliente uma experiência à altura desse posicionamento, combinando estrutura moderna, equipe qualificada e um portfólio que conversa com as novas exigências do consumidor.” A presença em três capitais nordestinas reforça o compromisso da marca com a descentralização da inovação e com o avanço da transição energética no Brasil. Serviço – Eurovia Omoda | Jaecoo Recife📍 Av. Eng. Abdias de Carvalho, em frente à Via1 Seminovos – Ilha do Retiro, Recife-PE🌐 Informações: www.via1.com.br

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China amplia investimentos no Brasil em R$ 27 bilhões e mira infraestrutura, energia e educação

Anúncio de Lula durante fórum em Pequim destaca nova fase da parceria estratégica entre os dois países Em viagem oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um pacote de investimentos chineses no Brasil que ultrapassa R$ 27 bilhões. A nova rodada de aportes, revelada durante o Fórum Empresarial Brasil-China, será concentrada nos setores de infraestrutura, energia renovável, tecnologia e educação, com destaque para projetos de pesquisa, conectividade e formação de mão de obra especializada. O anúncio reforça a posição da China como principal parceiro comercial do Brasil, com um fluxo bilateral estimado em US$ 160 bilhões, segundo a ApexBrasil. Entre os principais acordos está o investimento de US$ 1 bilhão na produção de combustível sustentável para aviação (SAF), derivado da cana-de-açúcar, além da criação de centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) voltados para energias renováveis. Outro destaque é a instalação de um hub de inovação em inteligência artificial, fruto da parceria entre Dataprev e Huawei, voltado para áreas como agricultura, saúde e segurança pública. Também está prevista a expansão da conectividade no país, por meio de um novo projeto da Telebras com a empresa chinesa Spacesail para o lançamento de satélites de baixa órbita. Durante o fórum, Lula ressaltou a profundidade do relacionamento bilateral. “É notável que a China tenha tirado, em 40 anos, 800 milhões de pessoas da pobreza. Como é notável que o Brasil, em apenas 10 anos, tenha tirado 54 milhões de pessoas que passavam fome no meu país”, afirmou o presidente. Ele também enfatizou que os avanços tecnológicos exigirão investimentos robustos em educação e formação profissional, reforçando a importância de áreas como engenharia e matemática na construção de um novo modelo de desenvolvimento. Na área da saúde, foram firmados oito acordos envolvendo transferência de tecnologia para a produção nacional de medicamentos, vacinas, insumos farmacêuticos e equipamentos médicos. A colaboração entre o Senai Cimatec e a empresa Windey também permitirá a criação de um centro de P&D para soluções em energia solar, eólica e sistemas de abastecimento. Já no campo dos minerais estratégicos, a China apoiará a estruturação de uma cadeia nacional de valor, com foco em metais como lítio, nióbio e grafite, fundamentais para a transição energética. No setor logístico, Lula destacou o Corredor Ferroviário Leste-Oeste como uma das obras mais transformadoras em andamento no Brasil. Segundo ele, a conexão dos oceanos Atlântico e Pacífico por meio de rotas bioceânicas reduzirá em até 10 mil quilômetros a distância comercial entre Brasil e China, facilitando o escoamento da produção e promovendo o desenvolvimento de regiões do interior do continente. “Será um empreendimento fundamental para a logística brasileira e para a segurança alimentar do mundo”, disse. O presidente encerrou sua fala com um apelo à valorização do conhecimento nacional. “Temos que exportar agronegócio e utilizar esse dinheiro que entra para investir em educação, para podermos ser competitivos com a China na produção de carro elétrico, na produção de baterias, na construção de inteligência artificial. Ninguém vai dar isso de graça para nós brasileiros”, concluiu Lula. A ampliação da cooperação entre os dois países deverá ter desdobramentos concretos já nos próximos meses, com novas rotas aéreas, intercâmbio acadêmico e expansão da infraestrutura digital.

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Fernando Andrade Grupo Haro 1

Empresa pernambucana aposta em dark kitchens para acelerar expansão no food service

A nova economia da entrega tem nas dark kitchens um de seus pilares mais dinâmicos. Sem salão, vitrine ou fachada, essas cozinhas dedicadas ao delivery já representam um terço dos restaurantes listados no iFood e são responsáveis por uma revolução silenciosa no setor de food service. Em Pernambuco, o Grupo Harõ é um dos destaques desse movimento, com mais de 50 unidades em 12 estados operando no formato de franquia 6 em 1. A estratégia da holding — que reúne marcas como Harõ Sushi, The Roll e Mango Salad — aposta no compartilhamento de estrutura, reaproveitamento total de insumos e gestão inteligente para multiplicar os resultados dos franqueados. Segundo o CEO Fernando Andrade, o sucesso do modelo está na eficiência operacional e no investimento constante em experiência digital e marketing direcionado. Cada unidade pode operar com até seis marcas simultaneamente. Embalagens atrativas, cardápios inteligentes e campanhas digitais personalizadas são as novas vitrines desse modelo que coloca Pernambuco no mapa das inovações do food service nacional PETROLINA RECEBE SISTEMAS INOVADORES DE TRATAMENTO DE ÁGUA COM APOIO DA WIER, FINEP E PREFEITURA Três sistemas de tratamento de água baseados em plasma frio e ozônio serão instalados gratuitamente em Petrolina, no Sertão, por meio de uma parceria entre a Wier, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e a prefeitura local. A iniciativa beneficiará famílias em situação de vulnerabilidade com soluções específicas para consumo humano, irrigação agrícola e criação de animais. A ação une tecnologia limpa, sustentabilidade e inclusão social, promovendo saúde e dignidade nas comunidades rurais mais afetadas pela escassez hídrica. “Nossa missão é tornar acessível uma tecnologia de ponta que pode transformar realidades, levar ozônio e plasma frio para comunidades que sofrem com a escassez ou a baixa qualidade da água é um passo concreto rumo a um futuro mais justo, saudável e produtivo”, afirmou o CEO da Wier, Bruno Mena Cadorin. SANTANDER PROMOVE ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS E INVESTIDORES NO RECIFE O Santander realiza, entre os dias 12 e 16 de maio, uma série de encontros com empresários e investidores no Recife. A programação inclui visitas a clientes e dois eventos voltados ao fortalecimento do ambiente de negócios. Na terça (13), executivos do banco e da Getnet apresentarão soluções de gestão e transações para o setor corporativo. Já na quinta (15), a economista-chefe Ana Paula Vescovi conduz um bate-papo sobre o cenário macroeconômico e a reforma tributária, dentro do Pro￾grama Avançar no Estado. PERNAMBUCO SERÁ UMA DAS SEDES DA COPA DO MUNDO FEMININA DA FIFA 2027 Pernambuco foi oficialmente escolhido para sediar a Copa do Mundo Feminina da Fifa 2027, e a Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, será o palco dos jogos. O Recife já vinha numa trajetória crescente de atração de grandes competições de diversas modalidades no Geraldão. Com a volta de um torneio Fifa para Pernambuco, o Estado ficará mais uma vez em evidência no cenário internacional, fortalecendo sua imagem como destino turístico.

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Crédito do Trabalhador injeta R$ 305 milhões na economia de Pernambuco

Mais de 64 mil celetistas no estado já contrataram empréstimos com garantia do FGTS e juros mais baixos O programa Crédito do Trabalhador, do Governo Federal, já beneficiou mais de 64,1 mil trabalhadores com carteira assinada em Pernambuco, liberando um total de R$ 305,72 milhões em empréstimos consignados até 7 de maio. Com valor médio de R$ 4,66 mil por contrato e parcelas médias de R$ 285,38, a iniciativa oferece crédito mais acessível ao trabalhador do setor privado, com taxas reduzidas graças à garantia de até 10% do saldo do FGTS. “O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS”, afirma Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego. O ministro alerta, no entanto, para o uso consciente do recurso: “O trabalhador precisa ter cautela para fazer o empréstimo e pesquisar as melhores taxas”. Em nível nacional, o programa já movimentou R$ 10,1 bilhões em pouco mais de um mês, atendendo a 1,8 milhão de celetistas. A média dos contratos é de quase R$ 5,4 mil, com prestações de R$ 323,76 e prazo médio de 17 meses. O Banco do Brasil lidera a concessão de crédito, com R$ 2,7 bilhões emprestados, principalmente para quitação de dívidas mais caras, como cartões de crédito e CDCs. A partir de 16 de maio, entra em vigor a portabilidade do crédito consignado com FGTS, o que permitirá ao trabalhador transferir sua dívida para outro banco com juros mais baixos, promovendo concorrência entre instituições financeiras. “A portabilidade favorece o trabalhador, pois a instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC ou do consignado para outro banco se não oferecer taxas melhores”, destaca Marinho. Além da portabilidade, desde 25 de abril já é possível realizar a migração de dívidas antigas, o que contribuiu com um incremento de R$ 2 bilhões em empréstimos nos últimos 12 dias. A medida tem sido um dos impulsionadores da rápida adesão ao programa. O Crédito do Trabalhador conta atualmente com 35 instituições financeiras parceiras. Pernambuco se junta a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná entre os estados com maior volume contratado — reforçando o impacto da medida na economia regional. 4o

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Micro, pequenas e médias empresas apostam na inteligência artificial para crescer e inovar

Estudo da Microsoft revela otimismo das MPMEs brasileiras com os impactos da IA nos negócios e destaca áreas estratégicas de aplicação A inteligência artificial já é uma realidade no cotidiano das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no Brasil — e vem sendo recebida com entusiasmo. De acordo com a pesquisa “IA em micro, pequenas e médias empresas: tendências, desafios e oportunidades”, encomendada pela Microsoft à Edelman Comunicação, 75% das MPMEs estão otimistas quanto ao impacto da IA em suas atividades. Esse sentimento está diretamente ligado à percepção dos benefícios proporcionados pela tecnologia: 77% dos tomadores de decisão acreditam que a IA agiliza os processos da empresa e 73% planejam continuar ou iniciar investimentos na área. A pesquisa mostra que o otimismo é compartilhado por diversos níveis hierárquicos dentro das organizações. Enquanto 54% dos líderes afirmam que a IA é uma prioridade estratégica, 64% dos funcionários também demonstram confiança nos resultados da tecnologia em suas rotinas de trabalho. Entre os principais ganhos apontados pelas empresas estão o aumento da produtividade (76%), a melhora na qualidade do trabalho (77%), o impacto positivo na motivação das equipes (65%) e o aprimoramento do atendimento ao cliente (70%). As áreas que mais lideram a adoção da IA nas MPMEs são marketing (17%), tecnologia da informação (16%) e atendimento ao cliente (14%). Em empresas não nativas digitais, o marketing costuma assumir a dianteira no uso e na compra de soluções. Já nas organizações nativas digitais, a liderança na adoção costuma ser do setor de TI. Finanças, recursos humanos e vendas também participam ativamente do processo decisório. A IA generativa tem ganhado destaque, com aplicações voltadas à criação de soluções, otimização de tarefas, análise de dados e suporte em marketing. “O futuro da IA no Brasil passa pela inclusão produtiva das MPMEs e qualificação de seus colaboradores. Para os profissionais que desejam se tornar mais competitivos, desenvolver essas habilidades é essencial. Na Microsoft, temos diversas iniciativas gratuitas para endereçar esse desafio”, afirma Andrea Cerqueira, vice-presidente de Vendas Corporativas para Clientes e Startups na Microsoft Brasil. Um dos exemplos citados é o programa ConectAI, lançado em setembro de 2024, que tem a meta de treinar 5 milhões de pessoas até 2027 em competências relacionadas à IA. Apesar do entusiasmo, as empresas ainda enfrentam desafios na aplicação da tecnologia, especialmente em relação à qualificação da mão de obra. Contratar profissionais com conhecimento em IA é uma dificuldade para 28% das MPMEs, enquanto 24% relatam obstáculos para capacitar suas equipes atuais. A demanda por habilidades técnicas é mais expressiva nas médias empresas (63%), mas também relevante nas pequenas (41%) e micro (30%). A valorização das chamadas soft skills, como colaboração e empatia, também se mantém em alta entre os empreendedores. O estudo ainda revela preocupações crescentes com segurança digital e privacidade de dados. Quase metade das empresas teme o roubo ou uso indevido de dados, e outras destacam o risco de manipulação de modelos de IA (33%) e ataques com softwares maliciosos (30%). A familiaridade com a regulação da IA varia conforme o porte: 53% dos tomadores de decisão afirmam conhecer o panorama regulatório, mas esse número cai para 31% nas microempresas. A adoção consciente da IA exige, portanto, uma combinação de estratégias de governança, investimento em capacitação e políticas claras de uso responsável da tecnologia.

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Diretor do Banco do Nordeste integra nova diretoria da ABDE para o biênio 2025-2027

Aldemir Freire atuará em articulação nacional por mais desenvolvimento regional e sustentável O diretor de Planejamento do Banco do Nordeste (BNB), Aldemir Freire, foi eleito para a diretoria da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) no biênio 2025-2027. A escolha ocorreu durante a Assembleia Geral da entidade, realizada nesta quarta-feira (7), em Brasília. A nomeação reforça o papel estratégico do BNB nas políticas públicas de fomento econômico, especialmente no Nordeste, onde a atuação do banco é essencial para a redução das desigualdades regionais. Freire acumulará o cargo na ABDE com sua função atual no Banco do Nordeste. Para ele, o novo desafio representa um esforço coletivo por maior sinergia entre os agentes de desenvolvimento. “É uma honra representar o Banco do Nordeste na diretoria da ABDE, num momento em que os desafios do desenvolvimento regional e sustentável exigem ainda mais integração entre as instituições públicas de fomento”, destacou. A diretoria recém-eleita será presidida por Maria Fernanda Coelho, diretora do BNDES. Ela enfatizou a importância da atuação coordenada das instituições financeiras públicas e privadas para a promoção de uma economia mais inclusiva. “É importante que as instituições financeiras estejam alinhadas para ampliar o desenvolvimento sustentável do Brasil, fortalecendo os principais setores da nossa economia e gerando empregos de qualidade”, afirmou. A nova composição da diretoria da ABDE inclui representantes de importantes instituições de fomento, como Banco do Brasil, BRDE, Sicredi, Fomento Paraná, Cresol, Caixa Econômica, Bandes, AGN, AFEAM e Banco da Amazônia. Essa diversidade reflete a abrangência e o peso da associação, que representa instituições responsáveis por mais de 45% do crédito ofertado no país.

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Empresas nordestinas recebem apoio para expansão no mercado europeu com programa do Porto Digital

Iniciativa em parceria com o Governo de Pernambuco oferece consultoria, aceleração e acesso ao ecossistema de inovação em Aveiro, Portugal Dez empresas de base tecnológica do Nordeste foram selecionadas para um programa de internacionalização que abrirá portas para o competitivo mercado europeu. A ação é liderada pelo Porto Digital, considerado o maior distrito de inovação do Brasil, em parceria com o Governo de Pernambuco, e visa inserir essas startups no ecossistema de inovação de Aveiro, em Portugal — um dos polos emergentes em tecnologia e inovação na Europa. Durante 10 meses, as empresas participarão de um ciclo estruturado de aceleração e imersão no novo mercado, sendo seis meses com atividades presenciais em solo português. O apoio contempla desde consultorias jurídicas e contábeis até mentorias, prospecção de clientes e aproximação com fundos de investimento europeus. O objetivo é dar às empresas as ferramentas e conexões necessárias para que se posicionem como players globais. Entre as startups contempladas estão nomes como Neurobots, focada em neurotecnologia; Even3, especializada em soluções para eventos científicos; e ITnext, voltada para soluções em TI. A curadoria das participantes considerou o potencial de escalabilidade, inovação e preparo para internacionalização dos modelos de negócios. A internacionalização de empresas é um dos pilares do desenvolvimento tecnológico do Porto Digital, que aposta na criação de uma ponte sólida entre o ecossistema nordestino e o europeu. Para a organização, a presença das startups em Aveiro permitirá não apenas o fortalecimento individual dos negócios, mas também o reconhecimento internacional da inovação feita no Nordeste brasileiro. Serviço:Programa de Internacionalização – Porto Digital📍 Local: Aveiro, Portugal⏳ Duração: 10 meses (sendo 6 presenciais)🌐 Mais informações e futuros editais: site.portodigital.org/programadeinternacionalizacao

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Setor produtivo reage com críticas ao novo aumento da Selic

Entidades da indústria, do comércio e sindicatos avaliam que alta dos juros compromete emprego, renda e crescimento econômico (Com informações da Agência Brasil) A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a taxa básica de juros (Selic), agora para 14,25% ao ano — o maior nível em 19 anos —, provocou reações contundentes de representantes do setor produtivo. Confederações da indústria, associações comerciais e centrais sindicais consideraram a medida excessiva, alertando para os efeitos nocivos da política monetária sobre a economia real, especialmente num cenário de desaceleração. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) argumentou que a elevação da Selic em 0,5 ponto percentual representa um “fardo ainda mais pesado à economia”. A entidade avalia que a inflação está em trajetória de queda e que a possível recessão nos Estados Unidos deve contribuir para a valorização do real. “Embora o controle da inflação seja o objetivo primordial do Banco Central, a elevação da Selic traz riscos significativos à economia, que está em processo de desaceleração mais acentuado do que esperávamos no final de 2024”, declarou o presidente da CNI, Ricardo Alban. A Associação Paulista de Supermercados também criticou a manutenção da política de juros altos, destacando que o Brasil vai na contramão do movimento global de estímulo à produção local. “É importante lembrar que o mundo vive um ciclo neoprotecionista, em que os países buscam fortalecer sua produção e seu mercado interno. Com a taxa Selic nos patamares atuais, o Brasil favorece o rentismo e a especulação, em detrimento da geração de empregos, do investimento produtivo e do crescimento econômico de médio e longo prazo”, alertou a entidade. Em posição distinta, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) avaliou que a decisão do Copom está dentro do esperado. Para o economista-chefe da entidade, Ulisses Ruiz de Gamboa, o contexto de inflação elevada justifica a postura do Banco Central. “Apesar da desaceleração gradual da atividade econômica interna e do aumento das incertezas externas, que tendem a diminuir a pressão sobre os preços, houve aceleração da inflação corrente [em relação a 2024], que se mantém acima da meta anual, num contexto de expansão fiscal e expectativas inflacionárias ainda desancoradas, justificando uma política monetária contracionista”, afirmou. As centrais sindicais, por sua vez, classificaram a medida como prejudicial ao desenvolvimento e à qualidade de vida da população. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os juros altos penalizam famílias, empresas e o próprio Estado. “O brasileiro já convive com uma taxa básica de juros proibitiva para o desenvolvimento econômico e que aumenta o custo de vida, o endividamento das famílias, das empresas e os gastos do governo federal”, disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da CUT. A Força Sindical foi mais enfática, afirmando que “continuar com a atual taxa de juros impõe um forte obstáculo ao desenvolvimento do país”.

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Do paper para o PIB: ciência, tecnologia e inovação no novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco

Marcelo Carneiro Leão defende a articulação entre ciência, tecnologia e inovação como motor de crescimento econômico e social de Pernambuco *Por Rafael Dantas Do paper ao PIB. Das pesquisas acadêmicas e do desenvolvimento científico para a vida real e para o desenvolvimento econômico e social. Esse foi o desafio projetado pelo presidente do Cetene (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste), Marcelo Carneiro Leão, na edição de abril do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, que é realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, com patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. O encontro destacou a necessidade de se investir estrategicamente em tecnologia e inovação no novo ciclo de desenvolvimento do Estado. Após uma abrupta queda de investimentos em pesquisa e desenvolvimento a partir de 2014, o País vive uma recuperação dos aportes nesse setor desde 2023. Mesmo assim, o pesquisador apontou que o Brasil ainda não está nem perto dos líderes mundiais em inovação, como a Coreia do Sul e Israel.  Para Pernambuco, que enfrenta ainda graves desafios socioeconômicos e tem uma ampla faixa do seu território no semiárido, a aposta na educação e no desenvolvimento tecnológico se torna uma peça-chave. "Não existe nenhum país na história da humanidade que tenha se desenvolvido sem investir pesado em educação, ciência e tecnologia. Ou a gente aposta de verdade em ciência e tecnologia, ou vamos continuar andando em círculos”, destacou Marcelo Carneiro Leão. "Não existe nenhum país na história da humanidade que tenha se desenvolvido sem investir pesado em educação, ciência e tecnologia. Ou a gente aposta de verdade em ciência e tecnologia, ou vamos continuar andando em círculos” - Marcelo Carneiro Leão O diretor do Cetene, que é ex-reitor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), destacou que a participação dos recursos públicos é fundamental para a inovação. Isso não é uma realidade brasileira mas global. Mesmo em países com forte desenvolvimento empresarial e tecnológico, como os Estados Unidos e a Coreia do Sul, a presença do estado no financiamento da inovação é uma peça-chave. Esse ecossistema é formado principalmente por universidades, agências de fomento, deep techs (empresas que objetivam fornecer soluções tecnológicas baseadas em conhecimentos científicos), centros de tecnologia, como o Cetene, e também por estruturas privadas de diversas naturezas. Embora muitos recursos aportados nesse ciclo sejam federais, no Estado foi criado o programa Inova PE, que prevê aportar até R$ 1,04 bilhão nos próximos anos em formação de novos talentos, P&D (pesquisa e desenvolvimento), melhorias das infraestruturas de inovação, entre outros. Uma região estratégica em Pernambuco tem-se destacado como um polo dinâmico de inovação, que Marcelo tem chamado de “Várzea Fértile”. Em um raio de poucos quilômetros, concentram-se importantes instituições e centros de pesquisa e desenvolvimento, como a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFRPE, o Cetene, o Parqtel (Parque Tecnológico de Eletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco), o ParqueTec e o Instituto de Tecnologia de Pernambuco, formando um ecossistema fértil para a ciência, a tecnologia e o empreendedorismo. “A gente precisa criar nessa região um parque tecnológico, um parque de desenvolvimento, um pouco diferente do Porto Digital, que tem uma pegada mais na tecnologia da informação, olhando o que é que se pode contribuir nas cadeias produtivas do Estado de Pernambuco”, destacou Carneiro Leão. No Cetene, por exemplo, ele apresentou a biofábrica para a pesquisa e produção de lúpulos, um insumo estratégico para o setor de bebidas, que tem uma atuação forte no Estado. A instituição possui também trabalhos aplicados no desenvolvimento de soluções relacionadas à cana-de-açúcar, outro protagonista da economia pernambucana. REDESENHO DAS UNIVERSIDADES Além de promover uma sinergia dessas instituições, Marcelo Carneiro Leão tem repetido três questões em seus pronunciamentos que são referentes às universidades. A primeira é a necessidade dessas instituições levarem suas metas da produção de artigos científicos e de registros de patentes para o desenvolvimento de soluções que gerem efeitos reais na sociedade. Esse é o pensamento que ele resume na expressão “do paper ao PIB”.  “Fazer uma pesquisa, publicar um artigo em um periódico foi o mote das universidades por um longo tempo. O que se avançou nos últimos anos foi o registro de patentes. E se achava que isso era inovação. Isso não é inovação, isso é invenção. A inovação só vai acontecer se isso chegar na ponta. É a transformação de invenção em inovação. Esse é o processo que a gente precisa construir”, afirmou Marcelo Carneiro Leão. A outra mudança é no formato dos cursos acadêmicos. Diante das transformações sociais e tecnológicas, essas formações longas se tornaram menos atrativas para a população mais jovem. O terceiro destaque apontado pelo docente é a necessidade de incentivo ao empreendedorismo junto aos universitários. De forma objetiva, ele apresentou iniciativas implementadas durante sua gestão na UFRPE como exemplos práticos de fomento à inovação. Uma delas foi a criação do Programa de Formação em Empreendedorismo Científico que, mesmo com orçamento reduzido, contribuiu para o surgimento de startups capazes de captar recursos e desenvolver novos negócios em curto prazo. Outra iniciativa de destaque foi a fundação do IPÊ (Instituto de Inovação, Pesquisa e Empreendedorismo), concebido para estimular parcerias nacionais e internacionais, promover a transferência de conhecimento científico e tecnológico, fortalecer a cultura de inovação e empreendedorismo e viabilizar a captação de recursos para projetos acadêmicos. PROPOSTAS PARA PERNAMBUCO Ao abordar a concepção de um novo ciclo de desenvolvimento para Pernambuco, Marcelo Carneiro Leão apresentou propostas que reforçam o papel da ciência, tecnologia e inovação como eixos estratégicos para impulsionar a competitividade, a geração de conhecimento e a sustentabilidade do Estado. Ele defende que uma das prioridades é promover o fortalecimento dos núcleos de inovação tecnológica já presentes em Pernambuco.  O diretor do Cetene também defende a melhoria da proteção das patentes geradas no Estado. Disse ainda ser necessário promover a transferência de tecnologia para empresas, mas garantindo o retorno financeiro para as instituições que produzem conhecimento.  “Isso já existe aqui em Pernambuco, mas a gente precisa fortalecer esses núcleos, proteger as patentes de produção intelectual do que é realizado aqui

Do paper para o PIB: ciência, tecnologia e inovação no novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco Read More »