Arquivos Economia - Página 60 De 398 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

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Pesquisa: 93% dos empresários brasileiros estão otimistas com os negócios em 2024

A Amcham-PE apresentou ontem (28), os resultados da pesquisa Plano de Voo 2024, para empresários e gestores públicos do Estado. Realizada em parceria com o PoderData, o estudo ouviu 775 líderes empresariais brasileiros e revelou um otimismo com os negócios. Realizado entre 3 e 18 de janeiro, o estudo consultou predominantemente CEOs, sócios e diretores de grandes e médias empresas em todo o Brasil. Os resultados indicam que 93% dos participantes antecipam um crescimento nas receitas de suas empresas para o ano corrente, com quase metade projetando um aumento acima de 15%. No encontro no Recife, a pesquisa foi apresentada pela gerente regional da AMCHAM, Fernanda Angeiras, e contou com participações do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Guilherme Cavalcanti, e do consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Leonardo Lahud. Razões do otimismo Este otimismo é atribuído principalmente ao aumento das vendas no mercado interno (72%), expansão da capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganhos de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros fatores. No que diz respeito às expectativas em relação ao governo para impulsionar o crescimento econômico, as principais medidas destacadas são o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), juntamente com a ênfase na segurança jurídica e redução da burocracia (62%). Prioridades para os empresários A sondagem indagou sobre as áreas que deveriam receber prioridade do governo federal no segundo ano de mandato. Entre as 14 opções apresentadas, as mais mencionadas pelos empresários foram:

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Fecomércio-PE: estabilidade do Plano Real trouxe impactos positivos para os brasileiros

Implementado em meio a uma crise inflacionária, o Plano Real transformou o cenário econômico brasileiro, impulsionando o setor de bens, serviços e turismo (Da Fecomércio-PE) Há trinta anos, em 27 de fevereiro de 1994, o Brasil testemunhou o lançamento do Plano Real, um marco histórico que não apenas pôs fim aos ciclos de hiperinflação, mas também redefiniu o panorama econômico do País. A década de 80, conhecida como "década perdida", foi caracterizada por uma inflação descontrolada que desencadeou uma profunda crise econômica e política, afetando diretamente o comércio de bens, serviços e o turismo. Com uma inflação anual de 135.422,77% em 1990, o poder de compra dos brasileiros era corroído, exacerbando a pobreza e a instabilidade social. “A trajetória de estabilidade econômica nos últimos 30 anos, desde o lançamento do Plano Real, representa um divisor de águas na história do Brasil. Ao estabilizar a moeda, o Plano Real não apenas reduziu a miséria, mas também proporcionou previsibilidade aos agentes econômicos, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de todos os setores, incluindo o comércio e o turismo”, comenta o economista da Fecomércio Pernambuco, Rafael Lima. Antes da consolidação do Plano Real, o Brasil atravessou diversas tentativas de estabilização monetária, todas sem sucesso duradouro. No entanto, o Plano Real se destacou por identificar corretamente as causas da hiperinflação e por contar com uma equipe de economistas que uniram técnica e política eficazmente. Sua implementação, em 1994, foi marcada pela introdução da Unidade Real de Valor (URV), que posteriormente deu lugar ao Real, proporcionando estabilidade e confiança ao mercado. O sucesso do Plano Real foi evidente mesmo diante de crises econômicas mundiais subsequentes, como as do Sistema Monetário Europeu em 1992 e do México em 1994. Ainda de acordo com Rafael Lima, "embora o Real tenha sofrido desvalorização desde sua implementação, é inegável que alcançou seu objetivo: acabar com a hiperinflação, estabilizar a moeda e criar um ambiente propício ao desenvolvimento econômico. Este ambiente estável contribuiu diretamente para o crescimento do comércio de bens e serviços, bem como para o fortalecimento do setor de turismo, impulsionando a economia brasileira nas últimas três décadas”, avalia o economista.

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Rendimento per capta dos pernambucanos está 41% abaixo da média nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem os valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes a 2023. O indicador rendimento domiciliar per capita do Brasil atingiu R$ 1.893, variando de R$ 945 no Maranhão a R$ 3.357 no Distrito Federal. Em Pernambuco, o indicador alcançou R$ 1.113, posicionando o estado no 24º lugar no ranking nacional. Esses números foram calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, refletindo a realidade socioeconômica da população no estado. Comparação nacional O rendimento domiciliar per capita é calculado como a razão entre os rendimentos domiciliares totais e o número de moradores, levando em consideração diversas fontes de renda. Pernambuco, com seu rendimento per capita de R$ 1.113, está abaixo da média nacional de R$ 1.893, evidenciando uma diferença de aproximadamente 41%. Além disso, o estado se encontra a uma distância significativa do líder do ranking, o Distrito Federal, que registrou um rendimento per capita de R$ 3.357. Ranking Rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente, segundo as Unidades da Federação – 2023 (em R$): Nota: Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras visitas da PNAD Contínua feitas no 1º, 2º, 3º, e 4º trimestres de 2023.

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Governo recebe recomendações para reduzir impactos de parques eólicos

Poluição sonora e redução da biodiversidade são algumas das preocupações no radar da instalação dos empreendimentos de geração de energia (Foto: Tarciso Augusto/Semas) O documento Salvaguardas Socioambientais para Energia Renovável, resultado de uma construção coletiva de medidas de mitigação propostas por mais de 30 entidades, foi entregue ao Governo do Estado com diretrizes para a redução dos impactos na instalação dos parques de energia eólica. Embora seja uma agenda do Século 21 e que todos os lugares com potencial de geração tenham elevado interesse em investir na matriz, a expansão de renováveis vem intensificando também os conflitos territoriais. O documento destaca ainda algumas ameaças à biodiversidade. O relatório apresenta uma extensa lista de mais de 100 sugestões destinadas a aprimorar o processo de licenciamento, especialmente nas regiões de potencial de geração eólica, levando em consideração a preocupação com as comunidades tradicionais que residem nessas áreas. A entrega do documento evidenciou as inquietações, como o contínuo ruído gerado pelos aerogeradores e até mesmo o desaparecimento de algumas plantas. Alexandre Santos, representante do povo Pankararu e coordenador de Comunicação da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), destacou a perturbação causada pelo constante barulho dos aerogeradores, afetando a saúde mental dos moradores próximos. Ele mencionou o caso específico da aldeia Baixa do Lero, em Tacaratu, PE, onde os residentes escutam os ruídos mesmo dentro de suas casas. Dentre as precauções sugeridas, destaca-se a proposta de estabelecer uma distância mínima de 2 quilômetros entre as torres eólicas e as edificações, uma medida que atualmente não está em vigor. Além disso, é recomendada a priorização de áreas degradadas para a instalação de centrais de energia, visando evitar o desmatamento. O relatório também ressalta a importância de conduzir estudos sobre poluição sonora, incluindo os infrassons emitidos pelas torres eólicas, que, embora inaudíveis para os humanos, são apontados como disruptores do sono. Confira o documento na íntegra: https://nordestepotencia.org.br/wp-content/uploads/2024/02/Salvaguardas_Socioambientais_Renovaveis.pdf. O estímulo às energias renováveis é uma necessidade, mas essa geração não pode poluir a vida das comunidades vizinhas aos empreendimentos. Em entrevista na semana passada para a Algomais, a secretária de Meio Ambiente de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira, expressou essa preocupação. Queiroz Cavalcanti Advocacia lança Guia de Investimentos Direto Buscando auxiliar investidores estrangeiros, interessados em aplicar recursos no país, a equipe de Negócios Internacionais do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia elaborou um Guia de Investimentos Direto no Brasil. Segundo Gabriela Figueiras, sócia-gestora, o manual, redigido em inglês, apresenta o passo a passo legal necessário para o mercado corporativo realizar a ação. Diretora de Economia Criativa da Adepe palestra em Caruaru com cases da Agência Com o objetivo de explorar o cenário criativo caruaruense e pernambucano, com foco no empreendedorismo feminino, o Armazém da Criatividade promoverá o “Happy Hour Economia em Foco”, quinta-feira (29), das 18h às 20h, na Casa Tipos, em Caruaru. O evento é gratuito, com inscrições pelo Sympla. Tendo como uma das suas principais frentes a Economia Criativa, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) será representada no evento por Camila Bandeira, diretora de Promoção da Economia Criativa, que irá como palestrante levando cases e reflexões sobre o setor. A Agência é responsável pela realização da Fenearte, além da gestão dos seguintes equipamentos: Mercado Eufrásio Barbosa, Centro de Artesanato de Pernambuco, Loja Moda Autoral (Mape), Loja Bebidas de Pernambuco e do Centro de Artesanato de Bezerros com o Museu Lucas Cardoso, além das lojas de artesanato no shoppings da cidade e da Unidade Móvel do Artesanato.

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Lula revoga reoneração de 17 setores da economia

(Da Agência Brasil) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (27) a exclusão da reoneração gradual de impostos para 17 setores econômicos que constava na Medida Provisória (MP) 1202, editada no final do ano passado. Com isso, esses setores ficam isentos do pagamento de impostos, por enquanto, até que o assunto seja resolvido por meio da tramitação de um projeto de lei de urgência, que ainda será enviado pelo governo federal. A decisão de Lula já era aguardada e foi fruto de um acordo feito com lideranças do Congresso Nacional, fechado ainda na semana passada. O anúncio da revogação foi feito pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o texto já foi despachado pelo presidente e estará publicado na edição de quarta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU). A prorrogação da isenção de impostos foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, por mais quatro anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial. Mesmo assim, uma nova MP foi editada pelo presidente, já em dezembro, reonerando os mesmos setores, mas de forma gradual até 2027, e incluindo outras medidas para melhorar a arrecadação, como a revogação dos benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação no percentual para compensação tributária por decisões judiciais passadas. A revogação do Perse e a compensação por decisões judiciais seguem na MP, mantendo-se em vigor até que o Congresso aprove ou não a medida. "Hoje [27], assinado pelo presidente Lula, vai estar publicado amanhã [28], o caminho para a continuidade dessa negociação. A retirada, da Medida Provisória, do ponto específico sobre reoneração dos setores econômicos. Isso vai para um projeto de lei em regime de urgência. Vai permitir que a gente possa continuar tratando, no âmbito da MP, os pontos relacionados ao Perse, programa criado na época da pandemia, que já acabou, para os setores eventos, que começa a gerar um impacto muito grande na saúde das contas públicas. E também o tema da compensação tributária, que continua", afirmou Padilha em vídeo postado nas redes sociais. Diferentemente da MP, que tem efeito imediato e, por isso, a cobrança dos tributos sobre a folha já retornaria em abril, o projeto de lei, mesmo com urgência, precisa de aprovação prévia e sanção presidencial para começar a valer, e o prazo para isso é incerto. A edição de uma reoneração gradual dos mesmos setores que haviam tido o benefício prorrogado pelo Congresso gerou um conflito entre legisladores e o governo federal. Parlamentares de oposição exigiam que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolvesse a MP 1202/2023 sem nem analisá-la, por entender que o Congresso já havia decidido sobre o tema. No entanto, durante as negociações que se arrastaram ao longo das últimas semanas, o próprio governo recuou prometendo retirar os trechos que causavam o impasse. Um outro ponto que constava na MP era a reoneração da folha de pagamento de municípios com menos de 156 mil habitantes, que também foi revogada por Lula no texto que será publicado no DOU. Neste caso, o governo não informou quando e se enviará um projeto de lei para retomar a cobrança tributária. Na semana passada, associações e sindicatos patronais que representam os 17 setores econômicos afetados pela MP que reonerou a folha de pagamento de funcionários lançaram um manifesto em defesa do benefício tributário, aumentando a pressão sobre o governo. Esses 17 setores, que agora voltam a ser beneficiados com isenção de impostos, são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

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Silvio Costa Filho diz que pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões

(Da Agência Brasil) O ministro de Portos e Aeroportos, o pernambucano Silvio Costa Filho, afirmou nesta segunda-feira (26) que o pacote do governo federal para financiar as companhias aéreas deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. De acordo com o ministro, a proposta do projeto deverá ser encaminhada para as empresas no próximo mês. O ministro explicou que os valores serão repassados a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um fundo garantidor deverá ser criado para dar garantias aos empréstimos que serão feitos pelas companhias. A análise do projeto é feita em conjunto com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil. "Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março", afirmou. Com os valores, as empresas poderão pagar dívidas, fazer investimentos e comprar novas aeronaves. "Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza compra 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos", completou o ministro. Voa Brasil Silvio Costa Filho também informou que a primeira etapa do Programa Voa Brasil deve disponibilizar 5 milhões de passagens aéreas a partir de março. "Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões aposentados e mais 800 mil alunos Prouni", completou.  O ministro participou de um evento sobre investimentos em aeroportos na Bolsa de Valores de São Paulo.

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30 Anos do Plano Real: Uma Jornada de Estabilidade Econômica

*Por Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar Há 30 anos, em um domingo dia 27 de fevereiro de 1994, o Brasil lançava o Plano Real, um plano econômico que mudaria os rumos do país. Nascia com ele uma nova moeda, o Real, que entrou em circulação no dia primeiro do mês de julho do mesmo ano. O plano foi certamente um divisor de águas na história econômica do Brasil, finalmente após vários planos fracassados, o Brasil encontraria a estabilidade financeira em meio às turbulentas águas da hiperinflação. Imagine viver em um mundo onde os preços mudavam tão velozmente que derrubavam o poder de compra da moeda, deixando o trabalhador atônito com a rapidez com que seu dinheiro perdia valor. Entre 1980 e 1982, a inflação no Brasil ficava na casa dos 100% ao ano, imagine que isso significava que as mercadorias, em média, dobravam de preço a cada doze meses, agora imagine novamente que essa inflação ainda era baixa, se comparada ao que ocorreria em anos seguintes. A década de 80 foi marcada pela estagnação do nível de atividade, por profundos desequilíbrios macroeconômicos e, em especial, pela hiperinflação; um processo de explosão de preços, combinado com baixas taxas de crescimento da economia. A inflação entre os anos de 1980 a 1993, medida pelo IGP-DI, atingiu o patamar médio de 438% a.a. (com picos de explosão ao longo dos meses). No ano de 1994, ano de lançamento do Plano Real, a inflação acumulada em 12 meses (mês de junho) foi de quase 5000%. Em 1º de julho de 1994 foi adotada efetivamente a moeda Real, substituindo o agora extinto, Cruzeiro Real, e em agosto do mesmo ano a inflação já estava em 1,86% (medidos pelo IPCA), uma queda significativa da inflação, o dragão parecia estar domado. Esse era o desafio enfrentado pelo trabalhador brasileiro nos anos 80 e início dos 90. Foi nesse cenário caótico que uma equipe de economistas entrou em cena para escrever um novo capítulo na história econômica do Brasil. Lançado em fevereiro de 1994 o Plano Real deu início ao combate da inflação com uma ideia inusitada, foi criada a URV – Unidade Real de Valor, uma unidade monetária temporária, introduzida no Brasil como parte do processo de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, como conhecemos hoje. A URV tinha a função de ser uma "moeda virtual" que representava uma unidade estável de valor. Ela não era uma moeda física circulante; era, na verdade, utilizada como uma referência para precificação durante o período de transição para o Real. Sua principal finalidade era servir como uma âncora de estabilidade. Imagine que os preços agora, estavam sendo cotados em URV´s e assim aquela geladeira, que o trabalhador brasileiro desejava comprar, não mais subia de preços (em URV´s), apenas a cotação da URV era alterada. A verdade é que a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real contribuiu fortemente para a redução da pobreza no Brasil. Com a diminuição da inflação e a melhoria nas condições econômicas, a renda real das famílias mais pobres aumentou, permitindo-lhes adquirir bens e serviços básicos. O aumento no consumo, impactando o crescimento de setores como comércio, indústria e serviços, o que por sua vez gerou novas oportunidades de emprego e renda. Além do fato que, no bojo do Plano Real, foram lançadas as sementes de programas sociais ainda hoje importantes. Entre julho de 1994 e janeiro de 1996, período imediatamente após a implantação do Plano Real, segundo dados do IPEA – a proporção de pobres, no Brasil, declina de 38% para 29%, uma redução significativa. O Plano Real trouxe uma série de benefícios para a economia brasileira. A redução da inflação proporcionou uma maior previsibilidade e segurança para os agentes econômicos, estimulando o consumo, o investimento e o crescimento econômico. A estabilização monetária contribuiu para a melhoria das condições de crédito, incentivando o acesso a financiamentos e impulsionando o mercado interno. Além disso, o Plano Real trouxe confiança aos investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros. A estabilidade econômica fortaleceu a imagem do Brasil como um destino atraente para negócios e investimentos, aumentando o fluxo de capital para o país e impulsionando setores econômicos diversos, além dos impactos sociais. De fato, a porcentagem de brasileiros que viviam na pobreza diminuiu e a distribuição de renda registrou pequena melhoria nos anos imediatamente após o Plano Real, e certamente muito mais poderia ter sido realizado nestes trinta anos. Porém, é fato que hoje, quando tiramos uma cédula de Real do bolso, estamos segurando não apenas dinheiro, mas um pedaço da história brasileira. Uma história de desafios, e acima de tudo, uma história de sucesso daqueles que idealizaram e participaram da implantação do Plano Real no Brasil. Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar são economistas

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Onda de calor no País afeta a saúde, a economia e a sociedade

Altas temperaturas propiciam o aumento de casos de doenças, como a dengue, afetam a produção agropecuária e aumentam as vendas de ar-condicionado, ventiladores e freezers. *Por Rafael Dantas Que calor! Esse é o começo de muitas conversas no Recife e talvez no Brasil nos últimos tempos. O ano de 2023 foi marcado por nove meses em que o País superou a média histórica de temperaturas, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Para 2024, as previsões não são otimistas. O observatório europeu Copernicus classificou o mês de janeiro como o mais quente da história do Planeta. Essa transição rápida da sensação térmica mexe com a saúde, com a agricultura e com os negócios em diversos setores. SAÚDE EM AMEAÇA O desconforto pelo calor está longe de ser o principal mal gerado pelo aumento da temperatura. Dias quentes provocam problemas de saúde (como a desidratação), que chegam inevitavelmente aos postos, clínicas e nos atendimentos de urgência, como explica o geriatra Rafael Duncan, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. “O aumento da temperatura global faz com que o nosso corpo sofra. Esse sofrimento vem associado especialmente ao desconforto do calor, que gera uma sensação térmica desagradável e uma perda de líquido. Quando a gente está em um ambiente quente, a gente tende a suar e esse suor é muito prejudicial”, afirmou o médico. Ele explica que para pacientes mais jovens, que têm uma reserva fisiológica maior, isso pode ser um problema mais simples. Mas quando se trata da população mais velha, a perda de água no organismo pode criar dificuldades mais significativas. “Em uma pessoa jovem, 70% do corpo é água. Um paciente mais idoso pode chegar a 45% ou 50%. Se esse idoso perde mais um pouco, porque está suando, isso faz com que ele tenha muitas consequências negativas, com um mal-estar importante devido à desidratação”. A sonolência, a letargia e até a incapacidade de viver sozinho podem ser alguns efeitos da desidratação no público mais velho. “Isso termina sobrecarregando o sistema público de saúde, que vai receber muito mais pacientes com problemas porque estão desidratados. A nossa velocidade de pensamento e de interação também vai sendo muito prejudicada com a desidratação, que nos deixa mais suscetíveis a outras infecções”, explica Rafael Duncan. A exposição ao calor e ao sol tem ainda outros efeitos, segundo a professora Beatriz Araújo, da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, da Universidade de Pernambuco, no Recife. “As pessoas podem ficar expostas ao sol e até ter queimaduras solares. Isso deve desencadear futuros problemas dermatológicos, como câncer de pele”, alerta. O calor também está relacionado ao aumento do número de casos de dengue. “Com o aumento da temperatura, há uma mudança nos ciclos biológicos de determinados organismos que podem acelerar a veiculação de patógenos e causar um maior número de doenças. Podemos observar um aumento do número de insetos, especialmente dos vetores das arboviroses, como o Aedes aegypti, e dos vetores da Doença de Chagas e das leishmanioses”, afirmou Beatriz Araújo. Ela explica que a atual onda crescente da dengue, que já ultrapassou 650 mil casos no País e mais de 100 mortes, tem relação direta com os dias mais quentes. “O aumento da incidência das chuvas, da temperatura e da umidade fazem com que o ciclo biológico dos insetos fique mais reduzido. Eles se transformam logo em adultos e vão iniciar o processo da transmissão da dengue. Estamos diante de uma epidemia da doença”. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM ALERTA Além da saúde humana, a saúde dos solos e das plantações também sofrem com a onda de calor que atinge o País. O professor Saulo de Tarso, da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, docente do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Animais, destaca que é possível observar em todas as regiões do País alterações em volume, em quantidade, na qualidade de alimentos, além da disponibilidade de matéria-prima em diversos setores. “Na região Centro-Oeste do Brasil, recebemos dados alarmantes sobre o número de pedidos de recuperação judicial de empresas do agronegócio. Lembrando que se trata tipicamente de uma área produtora de grãos e que depende muito da agricultura de sequeiro, sem irrigação. E devido à extrema ação degradante do setor agropecuário em relação à cobertura vegetal daquela região, essas mudanças climáticas já são sentidas com muita gravidade. Já conseguimos ver dados mostrando que a safra do começo do ano já está afetada em quase 20%”, afirmou o pesquisador, em referência principalmente à produção de grãos do País. Ao analisar especialmente o semiárido, que sofre com ações centenárias de degradação do meio ambiente, os impactos são ainda mais graves. “Os efeitos, inclusive na produção, estão sendo mais sentidos por aqueles que são pequenos produtores, aqueles que têm que comprar insumos para a sua produção. Isso tem aumentado os custos com tratos agrícolas, com combustíveis, com a mão de obra. A situação é alarmante”. Em relação a Pernambuco, Saulo lembra que o Estado tem produções agrícolas já reduzidas, sendo mais concentrada em regiões no Vale do Rio São Francisco. Mas, além da fruticultura, a agropecuária no Estado também está sofrendo, visto que depende diretamente de insumos que vêm da produção nacional de grãos, que está sendo afetada pela mudança climática. “Já se consegue perceber efeitos graves em relação à temperatura que afetam a produção de frutas, com maior presença de pragas e, principalmente, pela mudança na pluviometria. Esse talvez seja o efeito mais grave. Quando mexemos na cobertura vegetal do nosso bioma, seja ele qual for, afetamos diretamente a quantidade de volume de umidade atmosférica e a formação das chuvas”, declarou Saulo. Quanto à produção de animais no Estado, há dois polos que demandam mais atenção: a bacia leiteira e a avicultura. Ambos têm sofrido com a inflação dos insumos, atingindo principalmente os pequenos produtores. “Temos uma bacia leiteira forte, cujos insumos já são extremamente caros. Já se fala que quase 70% dos custos totais de produção pecuária estão voltados para a alimentação dos animais. Esses custos têm subido e forçado os produtores a

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Francisco Cunha Agenda TGI

Painel Mensal da Agenda TGI discute hoje a crise internacional e a turbulência política

O consultor Francisco Cunha conduz hoje (26) o Painel Mensal da Agenda TGI, que debate o tenso cenário internacional e as turbulências políticas no País, pós-Carnaval. O tema do encontro virtual de fevereiro é Depois do carnaval, o ano “começa” com crise internacional e turbulência política. O que pode acontecer?. O consultor irá explorarar as projeções para os cenários climáticos, econômicos e políticos que moldarão o ambiente global e local este ano. A análise detalhada abordará as interconexões entre esses três pilares destacando como as mudanças em um desses aspectos podem impactar diretamente nos demais. O Painel Mensal atualiza mensalmente os principais temas do mundo, do País, do Estado e do Recife. O evento começa às 19h. Raquel Lyra cria grupo de trabalho para acelerar contratação de 10 mil moradias A governadora Raquel Lyra instituiu um grupo de trabalho intersetorial com o objetivo de agilizar as contratações de mais de 10 mil empreendimentos habitacionais no Estado. Estas habitações são selecionadas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, sendo financiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O grupo é composto por seis órgãos estaduais e sua função é assegurar a liberação das licenças no prazo necessário para formalizar as contratações dos empreendimentos junto à Caixa Econômica Federal (CEF), agente financiador do programa federal. Esse processo deve ocorrer dentro do prazo estipulado pelo Ministério das Cidades, ou seja, 15 dias após o protocolo da solicitação. O Grupo de Trabalho terá a responsabilidade de estabelecer os parâmetros para a emissão dos documentos necessários à viabilidade técnica dos empreendimentos. Além disso, o grupo também ficará encarregado de formalizar os contratos habitacionais das 10.276 unidades destinadas ao Estado. Inteligência Artificial & Growth Hacking A convite de Gustavo Delgado, coordenador dos cursos de gestão do Centro Universitário UniFBV Wyden, Diego Castro, CEO da ImpulseOne, Investidor e Mentor de Growth Hacking estará realizando palestra aberta ao público no dia 28 deste mês, às 19h, no auditório do UniFBV. No encontro será abordado o uso da inteligência artificial e do Growth Hacking para ajudar na aceleração de negócios e empresas. Trata-se de uma metodologia que une uma série de ações de marketing que visam inverter a lógica tradicional do desenvolvimento gradual de um empreendimento, encontrando brechas e oportunidades que possibilitam saltos de crescimento.

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Novo Atacarejo

Em expansão, Novo Atacarejo abre mais 600 vagas em Pernambuco

A rede nordestina Novo Atacarejo tem oportunidades de emprego disponíveis para suas novas lojas, bem como para aquelas que já estão em funcionamento. A unidade em construção no município de Ribeirão, localizada na Zona da Mata a 90 km da capital pernambucana, está oferecendo 250 vagas para cargos de liderança e operacionais. Para a unidade em Caruaru, no Agreste, estão sendo disponibilizadas 380 vagas. A seleção abrange uma variedade de funções, como açougueiro, assistente de operações, assistente de recursos humanos, assistente de TI, encarregado de manutenção, encarregado de operações, gerente de área, operador de empilhadeira e operador de loja. Além disso, o processo seletivo inclui vagas destinadas a pessoas com deficiência. No ano passado, a rede Novo Atacarejo encerrou o ano de 2023 com a inauguração de nove lojas, sendo sete em Pernambuco e duas na Paraíba. Atualmente, a rede já opera 27 estabelecimentos, distribuídos em 22 cidades, com 25 localizados em Pernambuco e dois na Paraíba. Essa expansão resultou na geração de uma média de oito mil empregos diretos. Os interessados devem acessar a plataforma de recrutamento da rede de atacarejos: https://novoatacarejo.jobs.recrut.ai/#openings, buscar a cidade, a ocupação desejada e preencher os dados. Há vagas também disponíveis para o Recife, Jaboatão dos Guararapes. Arcoverde, Bezerros, Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Carpina, Gravatá, Limoeiro, Moreno, Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe e Vitória de Santo Antão.  Vagas de emprego no Grupo Morada: conheça as oportunidades em aberto O Grupo Morada, uma empresa destacada no segmento funerário do Nordeste e detentora das marcas Morada da Paz, Morada da Paz Essencial - Assistência Funeral e Morada da Paz Pet, está disponibilizando oportunidades de emprego na Região Metropolitana do Recife. As vagas disponíveis abrangem posições como consultor de atendimento, instrutor de treinamento, líder administrativo, supervisor de logística e vendedor externo. Os interessados em participar do processo seletivo podem acessar o site www.moradadapaz.com.br e clicar na seção "Trabalhe Conosco", ou utilizar o link direto: bit.ly/VemSerGM. No site, é possível obter informações detalhadas sobre as vagas, requisitos e realizar o cadastro do currículo. Após as inscrições on-line, os currículos serão analisados, e os candidatos selecionados serão convocados a prosseguir no processo seletivo, que terá uma duração estimada de 20 a 30 dias. Drogasil inaugura primeira filial na cidade de Limoeiro, em Pernambuco A cidade de Limoeiro, em Pernambuco, acaba de ganhar a primeira filial da Drogasil. A unidade está localizada Praça Othon Bezerra de Melo, 13. A farmácia tem uma área de vendas de 128 m² e treze vagas de estacionamento. A abertura da nova filial reforça a presença da Drogasil e dá continuidade à expansão da rede em Pernambuco. Hoje, já são quase 100 farmácias no estado. “Mais do que um espaço destinado ao tratamento de doenças, nossas farmácias são hoje um ambiente voltado aos cuidados e à promoção da saúde integral. Com a primeira filial, nós reforçamos esse posicionamento e também a confiança no crescimento do mercado regional”, detalha Ianna da Silva, gerente regional da RaiaDrogasil.

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