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REC cresce com produções nas telinhas e na telona

A palavra de ordem na REC Produtores Associados para a eterna transição do setor audiovisual é adaptação. Produtora de longas de destaque da sétima arte pernambucana, como Cinema, Aspirinas e Urubus e Tatuagem, a empresa que já teve forte atuação na publicidade tradicional, desenvolveu ao longo dos seus 21 anos outras expertises, como a produção de séries para TV e, mais recentemente, o desenvolvimento de vídeos para redes sociais. O sucesso avassalador dessa nova forma de consumo audiovisual, por meio de canais como Instagram e YouTube, resultou inclusive na criação do mais novo núcleo da marca, a iREC. Em meio a tantas mudanças, a empresa teve um crescimento de 14% de faturamento em 2018 e projeta avançar em 40% neste ano. “Em duas décadas houve uma mudança de hábitos de consumo e de comportamentos da sociedade que refletiram na questão da comunicação. Hoje tem gente que não vai a uma loja física, porque compra tudo na internet. Estamos dentro do processo de se reinventar diante dessa nova dinâmica do mundo. Não temos uma fórmula pronta, nós nos adaptamos de tempos em tempos às novas demandas do nosso mercado”, afirma Ofir Figueiredo, sócio da REC. Entre as mudanças no setor, Chico Ribeiro, também sócio da produtora, ressalta que hoje o consumo de audiovisual aumentou significativamente. No entanto, há grandes audiências com produtos praticamente caseiros, que não passam necessariamente pelo trabalho profissional. Em números, o setor audiovisual hoje é responsável por 0,46% do PIB brasileiro, segundo a Ancine, empregando mais de 330 mil pessoas, entre diretos e indiretos. Para transitar com sucesso entre as oportunidades e ameaças desse novo momento, a REC surfou na onda de crescimento do setor no Brasil. Apesar da crise econômica, o audiovisual viveu seus melhores anos, a partir da Lei 12.485, que ampliou a demanda por produções independentes para a TV fechada, além de investimentos crescentes do Fundo Setorial do Audiovisual. “Enquanto o País vem de crise ou de crescimento quase inexistente, a cultura vem em crescimento, principalmente no audiovisual”, compara Chico Ribeiro. Das oportunidades surgidas com a Lei 12.485 estão experiências na produção de séries, como a ficção Fim do Mundo, produzida para o Canal Brasil, que circulou neste ano. Neste momento a REC está rodando também a série Rotas, sobre turismo no Estado, para o Canal Box Travel. A REC foi selecionada, por meio da chamada da Rede Globo, para produzir o filme de final da ano da Rede Globo Nordeste. Os recentes terremotos na Ancine e na política cultural brasileira, no entanto, estão tirando o sono dos players do setor no horizonte dos próximos anos. A REC tem também prestado serviços de produção para grandes empresas parceiras. Na área de séries, a produtora trabalhou nas vinhetas de abertura e encerramento das séries Justiça e Cine Holliúdy, ambas da TV Globo. Outra produção global com assinatura da empresa foi o serviço de pesquisa de locações e infraestrutura da série Onde Nascem os Fortes. Recentemente, fez também uma produção local do filme espanhol Yucatan, que tinha cenas gravadas em Pernambuco, realizado pela madrilenha Ikiru Film. “Além dos nossos conteúdos, também prestamos serviços para produtoras de fora do Estado e até do Brasil”, conta Ofir. Os sócios contaram que no ano de 2019 voltaram a surgir demandas da publicidade, que é um dos leques de atuação da empresa. A REC foi responsável, por exemplo, pelo filme da Fenearte deste ano e pela campanha de 50 anos do Detran, que foi produzida para o público interno. “Hoje estamos rodando muita publicidade pública, principalmente no último trimestre, o que não vínhamos fazendo nos últimos anos”, relata Chico. Há uma demanda também de vídeos corporativos, que chegam à produtora por meio de grandes agências de publicidade no Estado, como Blackninja, BG9, Aporte e Propeg. Com o crescimento do consumo audiovisual pelas redes sociais, a mais nova cartada da empresa é a organização de um setor específico para esse serviço: o iREC. “É um núcleo exclusivo para atender as demandas de conteúdo publicitário para as redes sociais. É um serviço que já existe, mas está ganhando uma nova estrutura, que trará mais competitividade”, destaca Ofir. Na produção autoral da sétima arte, o destaque mais recente da REC é o longa Estou me guardando para quando o Carnaval chegar, feita em co-produção com a Carnaval e sob direção de Marcelo Gomes. O trabalho entrou em cartaz em julho. “A REC foi conhecida inicialmente pela produção de cinema autoral. Temos hoje dois projetos em desenvolvimento nessa área, mas o nosso foco está mais diversificado. Os tentáculos da nossa produção estão mais distribuídos, justamente pela adequação que passamos em virtude das mudanças do mercado”, destacou Ofir. *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Revista Algomais e assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com)

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A banda Devotos receberá homenagem na Alepe

O aniversário de 30 anos da Devotos, banda de punk rock e hardcore que já levou o nome de Pernambuco nacional e internacionalmente, será marcado na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A proposição da homenagem é do deputado estadual Isaltino Nascimento, que também é da comunidade do Alto José do Pinho, local onde a banda nasceu. A solene será nesta quarta-feira (28), às 18h, na Alepe. O trio que compõe a Devotos - Cannibal (baixo e voz), Neilton (guitarra) e Celo (bateria) - virá receber a homenagem junto com vários artistas e produtores da cena musical local, numa demonstração de que a banda tem um trabalho consolidado e de resistência. “São 30 anos da banda e eu tiro o chapéu para o trabalho que os meninos fazem, tanto artisticamente quando socialmente dentro do Alto José do Pinho. Eles são inspiração para a juventude da nossa comunidade”, ressalta Isaltino. “Estamos muito felizes com a homenagem e é gratificante esse reconhecimento. A história da Devotos vai além da música e Isaltino sabe disso. É transformação social porque somos militantes da área e queremos levar para outras comunidades o que fazemos no Alto José do Pinho”, explica Cannibal. “Fomos a primeira banda da comunidade a rodar o mundo e a mostrar a multi-culturalidade do Alto. Nessa luta temos uma identificação com Isaltino, que também trabalha pela transformação social”, complementa. Na sessão solene da Alepe a banda aproveita para tocar algumas faixas do seu álbum. Recentemente, a Devotos colocou na praça "O Fim que Nunca Acaba". O disco consegue um feito raro para quem está na terceira década de carreira: mantém suas raízes e ao mesmo tempo expande os horizontes da banda. O trabalho traz participações do Maestro Forró que conduz a banda para uma espécie de “frevo-jazz-hardcore” e Maciel Salú que, com sua rabeca, leva o som do Devotos até o Oriente Médio. Com temática social forte, a Devotos subirá no auditório Sérgio Guerra da Alepe para ser agraciada com o reconhecimento do legislativo de Pernambuco. Serviço: Homenagem banda Devotos Local: Assembleia Legislativa de Pernambuco Data: 28.08 Horário: 18h

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Economia patina, mas arrecadação federal cresceu

A arrecadação das receitas federais somou R$ 137,735 bilhões, em julho de 2019, informou a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia. O crescimento real (descontada a inflação) comparado ao mesmo mês de 2018 chegou a 2,95%. É o maior resultado para o mês desde julho de 2011 (R$ 141,801 bilhões). Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, o resultado do mês foi influenciado por eventos atípicos. O principal motivo foi o aumento da arrecadação de receitas extraordinárias de aproximadamente R$ 3,2 bilhões com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. De acordo com Malaquias, isso aconteceu devido a reorganizações societárias, em que há incidência dos tributos sobre o ganho de capital com a nova organização societária das empresas. De acordo com a Receita, também houve influência do crescimento da arrecadação de depósitos judiciais. Nos sete meses do ano, a arrecadação chegou R$ 895,330 bilhões, com aumento real de 1,97%. O valor corrigido pela inflação chegou a R$ 902,506 bilhões, o maior volume arrecadado no período também desde 2014, quando chegou a R$ 905,371 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. As receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 127,637 bilhões, em julho, com aumento real de 4,15%, e acumularam R$ 854,285 bilhões nos sete meses do ano, alta de 1,6%. As receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) registraram queda em julho. Essas receitas totalizaram R$ 10,097 bilhões, no mês passado, com retração 10,18% em relação a julho de 2018. De janeiro a julho, o total chegou a R$ 41,045 bilhões, com aumento real de 10,25%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Malaquias, a arrecadação segue em crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, mas ainda está abaixo da expansão das despesas. O aumento da arrecadação ajuda o governo a cumprir as metas fiscais. Arrecadação mostra sinais de recuperação gradual da economia Mesmo com a desaceleração da economia nos últimos meses, a arrecadação federal indica que a economia está se recuperando de forma gradual e consistente. Para técnicos do Ministério da Economia, o fato de que a arrecadação de julho atingiu o maior nível em oito anos e superou as estimativas das instituições financeiras indica um início de retomada. O valor arrecadado em julho representa 2,95% a mais que o registrado no mesmo mês do ano passado, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As receitas do mês passado foram infladas por uma arrecadação extraordinária de R$ 3,2 bilhões de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), decorrente da reorganização societária de algumas empresas. O valor, no entanto, continuaria a subir sem essa receita adicional. A União teria arrecadado R$ 134,535 bilhões em julho, montante 0,56% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Lucros maiores O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, ressalta que o recolhimento de IRPJ e CSLL dos dez principais setores da economia mostra que a recuperação está começando. Tanto em julho como no acumulado do ano, todos esses setores registram alta acima da inflação em relação ao mesmo período de 2019. Os segmentos com maior destaque são entidades financeiras (elevação de R$ 5,32 bilhões), extração de minerais metálicos (+R$ 2,93 bilhões), combustíveis (+R$ 1,67 bilhão), eletricidade (+R$ 1,64 bilhão) e comércio atacadista (+R$ 1,55 bilhão). O IRPJ e CSLL indicam que as empresas estão lucrando mais este ano e, segundo Malaquias, indicam que a retomada pode intensificar-se nos próximos meses. “Está havendo uma recomposição da base tributária”, diz. De janeiro a julho, a arrecadação de IRPJ pela modalidade de estimativa mensal, por meio da qual grandes empresas pagam com base no lucro estimado, aumentou 17,63% acima da inflação na comparação com o mesmo período de 2018. “Essa alta reflete a expectativa das empresas projetando lucro melhor para este ano”, acrescenta Malaquias. IOF Outro sinal de que a atividade econômica está ganhando impulso está no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cujas receitas subiram 6,24% acima da inflação nos sete primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica, Marco Cavalcanti, os dados mostram que a concessão de crédito está aumentando. “Ainda que de forma lenta, os sinais apontam para recuperação, em particular nas operações de crédito É um bom indício”, comenta. Dificuldades A melhor arrecadação em oito anos no mês passado alivia o caixa do governo, mas não diminui as dificuldades na execução do Orçamento. No fim de julho, a equipe econômica contingenciou (bloqueou) mais R$ 1,44 bilhão do Orçamento, elevando o valor contingenciado no ano para R$ 31,225 bilhões. O contingenciamento é necessário para que o governo federal encerre o ano com déficit primário (resultado negativo sem os juros da dívida pública) dentro da meta de R$ 139 bilhões estabelecida para o ano. No fim de setembro, o Ministério da Economia revisará o Orçamento e divulgará um novo valor de contingenciamento. (Agência Brasil)

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Sônia Braga alerta sobre queimadas na Amazônia: “É sobre nosso futuro”

*Por Houldine Nascimento Pouco antes de a entrevista coletiva sobre o filme “Bacurau” – realizada em um hotel na Zona Sul do Recife, neste sábado (24) – chegar ao fim, a atriz Sônia Braga fez um apelo sobre as queimadas que atingem a floresta amazônica: “Eu queria que todos se colocassem em alerta sobre a Amazônia. A gente está passando por esse momento muito sério. A gente está falando sobre cinema e sobre arte, mas também sobre nosso futuro.” Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas na Amazônia dispararam em agosto: são 31.375 focos de incêndio apenas neste mês e 78.383 até o momento em 2019. Os números superam em 84% todos os dados referentes ao ano anterior. Em 1994, Sônia havia feito uma antropóloga no premiado telefilme “Amazônia em Chamas”, pelo qual foi nomeada ao Emmy e Globo de Ouro. A produção versava sobre a trajetória do ambientalista Chico Mendes. Coincidência ou não, em “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, também é possível enxergar uma mensagem ecológica numa passagem envolvendo a professora Ângela (Clebia Sousa), que cultiva uma horta dentro da carcaça de um ônibus escolar. Em linhas gerais, a trama é ambientada em um vilarejo homônimo no oeste de Pernambuco, que some do mapa após a morte de uma matriarca (Lia de Itamaracá). A partir daí, a população assiste a estranhos acontecimentos e um clima de tensão vai aumentando, numa história que trafega por diversos gêneros: suspense, comédia, faroeste, ação, fantasia, terror e ficção científica. É também uma produção com forte presença de povo e na qual há um protagonismo dividido entre várias personagens. Além de Sônia e da dupla de realizadores, participaram da coletiva: a produtora Emilie Lesclaux, o montador Eduardo Serrano, a figurinista Rita Azevedo e nomes importantes do elenco, como Bárbara Colen, Thomás Aquino, Luciana Souza, Rubens Santos, Clebia Sousa, Márcio Fecher, Jr. Black, entre outros. . A equipe tratou de diversos assuntos: OSCAR - Os diretores falaram sobre a possibilidade de “Bacurau” ser escolhido como o representante brasileiro na disputa por uma vaga no Oscar de melhor filme internacional – novo nome da categoria melhor filme estrangeiro. “Neste ano, ‘Bacurau’ é o filme que está carregando o maior prestígio internacional e local para representar o Brasil. A comissão [da Academia Brasileira de Cinema, responsável pela escolha] é autônoma, formada por pessoas do setor, diferentemente do que já ocorreu”, declarou Dornelles. “’Bacurau’ será o único filme brasileiro no Festival de Cinema de Nova York, que é incrivelmente prestigioso e frequentado por muitos membros da Academia. Eu acho que a gente poderia representar muito bem o Brasil, como poderíamos ter representado com ‘Aquarius’”, completou Mendonça. GOVERNO FEDERAL - O filme esteve na mostra competitiva do Festival de Cannes, em maio deste ano, e foi agraciado com o Prêmio do Júri. De acordo com Emilie, não houve menção do governo federal sobre essa conquista. “Não houve contato do governo federal. Quando ‘Bacurau’ foi anunciado na seleção oficial, o comentário foi de que a Ancine demorou bastante para parabenizar todos os filmes brasileiros que estavam em Cannes, por ser um ano histórico, mas no final das contas teve uma nota no site. Foi a única manifestação do governo a respeito. Alguns deputados federais prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam moção de aplauso no Congresso, mas não foi aceita”, relatou a produtora. “Na verdade, estamos em território desconhecido. Há pouco tempo observamos um desrespeito pelo papel do artista no país e a gente tem que ver o que vai acontecer porque isso não é democrático e não é normal”, disse Mendonça, que antes ressaltou estar aberto ao diálogo com a gestão atual: “O filme foi feito com dinheiro público, acho que o governo federal tem todo direito de pedir para ver ‘Bacurau’”. APOIO NO NORDESTE - Em contrapartida, os governadores de Pernambuco e do Rio Grande do Norte prestigiaram o filme. “Antes de irmos para Cannes, o governador Paulo Câmara e o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto, nos receberam. Foi uma conversa muito boa, tranquila e sem artificialismos, mostrando respeito por nós que somos pernambucanos”, realçou Kleber Mendonça. “A própria sessão em Barra [comunidade de Parelhas (RN), onde o filme foi rodado] foi feita com apoio muito importante do governo do Rio Grande do Norte”, seguiu Juliano Dornelles. CINEMA PERNAMBUCANO - “Sou muito orgulhoso de fazer parte da comunidade que se convencionou chamar de cinema pernambucano. Acho que há grandes artistas, homens e mulheres. Eu venho fazendo meus filmes, mas há talvez 25 nomes muito interessantes. Isso é muito importante para a cultura do país e há uma tendência de que o Funcultura [edital de fomento do governo de Pernambuco] dê continuidade e eu espero que a gente continue produzindo”, destacou Kleber. DIÁLOGO COM A ATUALIDADE – Quando perguntado sobre a recepção obtida nas sessões de pré-estreia, Dornelles pontuou: “É um filme sobre história também, além de ser um filme de ação no Nordeste, bem aberto a trabalhar ideias absurdas. A gente tem visto gente acreditando, por exemplo, que a Terra é plana. O mundo está meio pirado e o Brasil comete os mesmos erros.” “É como alguém que tem amnésia, encontrando várias vezes a escova que colocou em cima da pia. ‘Aquarius’ teve uma coisa muito parecida: quando a gente estava filmando, eu achava que um golpe não era possível e que a democracia brasileira era mais sólida. E aí o filme estreou em 1º de setembro e Dilma foi expulsa do Palácio no dia 30 de setembro. Considerando que é a história de uma mulher que tem que enfrentar uma ação quase de despejo da própria casa e agora se repete de outra forma. Zeitgeist [sinal dos tempos]”, descreveu Mendonça. ELENCO – Os atores se pronunciaram sobre a mistura de gêneros. Sônia Braga vive a médica Domingas e falou do primeiro contato com a obra: “Quando eu recebi o roteiro, comecei a trocar mensagens com Kleber. Era algo diferente e a emoção era grande. Eu via aquilo tudo: O disco voador, as pessoas tomando

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Cultura pop japonesa conquista os recifenses

Já faz algum tempo que vários bens culturais do Japão fazem parte do cotidiano dos jovens no Ocidente, seja por meio de mangás, animes ou jogos digitais. As produções japonesas conquistaram um espaço relevante dentro do cenário pop mundial, rompendo fronteiras geográficas ou diferenças de cultura. No Recife não é diferente, todo um universo do entretenimento japonês foi incorporado à rotina dos moradores da cidade, sobretudo, a parcela mais jovem da população. Desde o famoso macarrão instantâneo, o inconfundível miojo, até as grandes feiras de encontro e celebração da cultura oriental, a cidade aporta diversas práticas e atividades relacionadas ao povo asiático e abriga uma legião de fãs apaixonados e engajados em tudo o que é relacionado à Terra do Sol Nascente. O fenômeno começou com a publicação dos primeiros mangás no Brasil, em meados da década de 80, mas ganhou força mesmo no fim dos anos 90 e início dos anos 2000 com a alta popularidade de animes como Dragon Ball e Pokémon em exibição na TV aberta brasileira no período.Os mangás, as histórias em quadrinhos japonesas, se caracterizam pela forte preocupação com o lado humano dos personagens e são uma diversão para todas as pessoas, independente de idade. A produção dessas histórias abrange uma variedade maior de leitores do que os gibis tradicionais, por isso, há a preocupação na produção de especificar o público alvo, direcionando o tipo da narrativa de acordo com o leitor. Dentre os principais tipos, destacam-se os mangás Shonen, que são aventuras com muita ação, direcionados para o público jovem masculino, e geralmente são aqueles que mais obtêm êxito no Ocidente. Sucessos como Naruto, One Piece, Dragon Ball fazem parte dessa categoria. Os do tipo Shojo são romances leves e focados no público jovem feminino como, por exemplo, a obra Sakura Card Captions, já os Seinen são voltados especialmente no público masculino adulto, como Ghost In The Shell. Cada um desses tipos envolve uma gama de gêneros literários diversificados, que vão desde o mais tenro romance, até as ficções científicas e contemplam públicos que não se veem tão bem representados nos outros quadrinhos, como crianças, mulheres e idosos. A historiadora Viviane Holanda, 25 anos, relaciona sua paixão com os quadrinhos orientais aos valores que são transmitidos dentro das obras. “Ao contrário das produções ocidentais, que enfocam mais no protagonismo individual, nas japonesas o herói é parte de uma equipe, e geralmente, só consegue alcançar o seu objetivo em grupo”, explica. “Posteriormente, descobri que isso é um traço da cultura deles, de pensar no coletivo antes do individual”, completou. Já o universitário Pedro Pequeno, 20 anos, relaciona outras questões ao fenômeno. “Desde criança tive muito contato com os desenhos japoneses, na TV mesmo, e a partir daí comecei a explorar muito essa conexão por meio dos eventos que acontecem na cidade”, destacou. A cultura pop japonesa atingiu tamanho patamar, que crescem a cada dia o número de otakus e de eventos relacionados ao que é produzido na Terra do Sol Nascente. Otaku é como são conhecidos, popularmente, os fãs da cultura japonesa, que formam um público respeitável na cidade e as convenções servem como uma maneira de unir essas pessoas. “Os eventos são muito importantes para a disseminação da cultura japonesa, porque é lá onde os fãs de vários tipos de animes e mangás se reúnem para trocar influências. Acontecem também exibição de animes, o que faz você conhecer as novidades produzidas. Além das barracas vendendo todo tipo de mangás, expondo as novidades e os raros. Sem os eventos, isso ficaria meio solto na internet, cada um na sua bolha. O evento agrega gostos diferentes”, explica Viviane. Na fileira de outros eventos que exploram essa cultura de games e de heróis, os encontros dos fãs de cultura pop japonesa têm cada vez mais se diversificado para abrigar os mais diferentes públicos, consolidando fãs cativos dentro da cidade. “Acredito que a infância das pessoas, assistindo aos desenhos na TV, misturando aos eventos que acontecem acabaram criando um grande grupo de fãs aqui, fidelizando-os e atraindo curiosos pelas tradições japonesas”, destaca Pedro. Pelo caráter plural dos tipos e temáticas dos mangás e animes, os eventos acabam se tornando também bastante democráticos para todos que participam. Neles se vê gente de todos os gostos e todas as idades, desde os primeiros fãs advindos dos primeiros animes e mangás no Brasil na década de 80, até os filhos destes, que herdam dos pais o gosto por essa parte da cultura japonesa. Isaac de Melo, atendente em um restaurante no Recife, é um otaku das primeiras gerações, e acredita que houve grande revolução para os fãs da cultura pop japonesa a partir do surgimento e da popularização da internet. “Antigamente era muito difícil encontrar um mangá, um anime, hoje em dia está muito mais fácil e isso é graças à internet, que facilitou a proximidade com esse mundo. Antes, se eu queria ver algum anime, entrava em contato com um rapaz da locadora, que ia encomendar a fita ou o DVD para só depois de 15 dias eu conseguir assistir à produção”, relembra. Isaac mantém até hoje ligações com a cultura oriental, seja lendo os mangás, jogando as produções eletrônicas de lá ou praticando o cosplay em feiras e eventos japoneses. O chamado cosplay, é uma prática de se vestir igual a um personagem dessas histórias ou dos games, tentando ser o mais fiel possível ao original. Todos os eventos que ocorrem no Estado possuem concursos de melhor cosplay, alguns até estipulam categorias diferentes para os praticantes concorrerem. Exemplo disso são as categorias de cosplay individual e em grupo. “Eu só faço cosplay de personagens que eu respeito e admiro. Eu incorporo aquele personagem. Não é simplesmente se vestir igual a ele. Tem que unir a aparência com a personalidade”, elucida Isaac. O que encanta Isaac são as diferenças e peculiaridades da cultura asiática, tanto nos formatos das produções, quanto nas narrativas produzidas. “Os quadrinhos brasileiros são mais ligados à comédia, muito raramente se vê um quadrinho de ação,

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Café Mais Prosa: Um café familiar na Zona Norte

Por Yuri Euzébio O casal Taciana e Adriano Soares sempre teve o desejo de empreender. Com a recessão econômica do país, Adriano se viu fora do mercado de trabalho e resolveu embarcar de cabeça no desejo de sua mulher de abrir um negócio próprio. Para isso, resolveu apostar num ramo pelo qual era apaixonado: os cafés. Depois de um período de estudo do mercado, surge o Café Mais Prosa, aconchegante e autoral espaço no bairro do Espinheiro, Zona Norte da cidade. “Eu, como Coffe Lover, sempre gostei de experimentar cafés e admirava alguns espaços da cidade e na época, já vislumbrava a possibilidade de um dia empreender nesse segmento”, recorda Adriano. Desde o início de sua formação, o Café Mais Prosa se caracteriza como um empreendimento familiar. As mães de Taciana, Dona Rosa, e de Adriano, Dona Ângela, são boleiras e embarcaram junto dos filhos na empreitada. “Os nossos produtos, os doces, a maioria são produções próprias. Os sanduíches, os escondidinhos também. Casamos os produtos caseiros com a ideia de um espaço intimista”, destaca o proprietário do local. Os bolos caseiros e recheados produzidos por Dona Rosa fazem grande sucesso entre os clientes. “O bolo vulcão red velvet é um dos que mais sai, que é um bolo com cobertura de brigadeiros”, pontua o proprietário do espaço. O ambiente é um caso à parte, charmoso e acolhedor, foi criado especialmente pela decoradora Sara Freitas com o intuito de projetar um ambiente caseiro. Ambiente charmoso e aconchegante Porém, engana-se quem pensa que a participação do casal empreendedor se resume a administração do espaço. Eles também estão à frente do atendimento do café e acompanham de perto o dia a dia do espaço. “Nós atuamos muito forte na operação. Estamos nos bastidores também, mas bem presentes no cotidiano da cafeteria”, pontua o empresário. “Acabamos criando clientes fiéis, que veem aqui muitas vezes pra bater papo conosco”, celebra. “Começamos a criar esse vinculo aqui com os moradores do Espinheiro e da Zona Norte, e isso é fruto de estarmos à frente, participando da rotina do café e entendendo o que o cliente gosta”, pontua. Bolo Vulcão Red Velvet, um dos queridinhos da casa O café do Café Mais Prosa é torrado em Pernambuco, da marca Café do Brejo. A carta de bebidas do espaço é bem diversificada, com cafés filtrados e expresso. Ainda são ofertados cafés gelados. Os destaques são o Café Dedo De Prosa, um café servido em um copo de cookie comestível, e o cappuccino Café Mais Prosa, o cappuccino da casa. O cardápio é formado por algumas receitas autorais, como escondidinhos, croissant com recheio de produção autoral e sanduíches com recheios de produção própria. O recheio dos salgados são produzidos artesanalmente Os destaques dos salgados ficam por conta do sanduíche de pão ciabatta com recheio de filet mignon, queijo do reino e cebola caramelizada, o escondidinho de carne de sol e queijo coalho e a entrada dupla sertaneja. “Temos um casal de clientes, vizinho aqui da casa, que se tornaram amigos. Eles sempre veem aqui e uma vez pediram queijo coalho maçaricado. Decidimos incrementar com mel de engenho ou cebola caramelizada e colocar no cardápio. Em homenagem a eles, colocamos dupla sertaneja porque eles se chamam Fábio e Fabiana”, conta Adriano. Nos doces, os queridinhos dos clientes são o Prosa de Leite Ninho, Prosa de Chocolate e Prosa de Cappuccino, que são feitos de um brownie tradicional com uma bola de sorvete e um brigadeiro com farofa crocante em cima. Dedo de Prosa, café expresso dentro de um copo de cookies de chocolate Nesse mês de Agosto, o café comemora dois anos de funcionamento e prepara algumas novidades no cardápio para celebrar a data. “Para a comemoração já reformulamos o cardápio, mas não de maneira drástica. Tem produtos novos, tanto na parte de cafés, quanto na de comidas”, revela Adriano. No próximo dia 26 está programado um evento de lançamento dos novos produtos do estabelecimento. “Vamos ter uma semana de comemoração de aniversário, durante os dias estaremos divulgando os novos componentes do cardápio”, revela o empresário. O Café Mais Prosa participa há dois anos do Recife Coffe e é membro da Associação dos Empresários do Cafés Especiais de Pernambuco (Ascape) SERVIÇO: Café Mais Prosa - Galeria Chalé, Rua Barão de Itamaracá, 284. Espinheiro. Segunda a Sexta – 13hrs às 21 hrs Sábado e Domingo – 14 hrs às 21 hrs

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Benefícios do vinagre

Usado na medicina popular há séculos, o vinagre é um alimento versátil produzido por meio da fermentação do álcool, que pode fazer bem à saúde de diversas formas diferentes. Além de ser utilizado nas mais variadas receitas culinárias, o ingrediente também atua no combate a algumas doenças, como hipertensão e diabetes. Existem também aqueles que o consomem com o objetivo da manutenção ou perda de peso. É importante destacar, no entanto, que se usado de maneira equivocada pode ocasionar sérios problemas para a saúde. Segundo a supervisora de nutrição do Hospital São Marcos, Gabriela Tabosa, existem diversos tipos de vinagre, porém, o de maçã é o mais indicado. “O ideal mesmo é que o vinagre seja orgânico, ou seja, livre de agrotóxicos, e com uma maior concentração de componentes provenientes da macieira, pois estes não são filtrados e por isso possuem uma maior quantidade de pectina em sua composição. Essa substância é um poderoso antioxidante, que também estimula enzimas que ajudam na digestão”. Mas será que o vinagre funciona mesmo na batalha contra a balança? Há indícios de que sim. Um estudo realizado na Universidade do Arizona, segundo Gabriela, mostrou que indivíduos com hábitos alimentares saudáveis que fizeram o consumo do vinagre duas vezes ao dia, diluído em água, conseguiram emagrecer em média 2kg em um mês. Porém, para desfrutar desse efeito benéfico não basta apenas consumi-lo. “Não existe fórmula milagrosa. O vinagre faz parte de um conjunto de hábitos saudáveis, composto por atividade física e dieta”, ressalva a nutricionista. Portanto, é melhor “cair na real”: não adianta ter uma alimentação constituída de alimentos gordurosos e cheios de açúcares e consumir o tempero. “Caso o paciente tenha uma dieta altamente inflamatória, composta, por exemplo, por fast foods, o uso do vinagre pode até ser prejudicial, agravando algumas doenças. Por isso é importante que haja o acompanhamento médico e nutricional”. Caso prescrito por um especialista, o vinagre pode ser altamente benéfico para diversos problemas de saúde. Estudos recentes comprovam que ele desempenha uma importante função na prevenção do diabetes tipo 2, aquele que pode ser desenvolvido ao longo da vida. De acordo com Gabriela, o ingrediente auxilia no controle do açúcar no sangue. “Melhora a sensibilidade à insulina, o que facilita a sua ação, evitando assim os picos glicêmicos que podem levar à falência do pâncreas, e consequentemente o desenvolvimento do diabetes tipo 2”, detalha Gabriela. O vinagre também é bastante rico em potássio e, devido a isso, ele acaba competindo com o sódio, que, em excesso, pode desencadear a hipertensão. “O consumo de uma quantidade equilibrada de potássio tem o efeito positivo de redução da pressão arterial”. Porém, é preciso ter muito cuidado. O consumo isolado do vinagre não é sinônimo de cura. “Os hipertensos têm que estar bastante atentos. Para fazer o uso é necessário um acompanhamento periódico tanto cardiológico, como nutricional. A conduta será aplicada ao paciente de forma individualizada”, alertou a especialista. Além de contribuir para o combate de doenças, o vinagre, apesar de atuar como coadjuvante, tem um papel muito importante na perda ou manutenção da massa corporal. “Estudos comprovam que se ingerido uma hora antes das refeições pode inibir a absorção de amido, provocando uma melhora na saciedade. É dessa maneira que ele atua no emagrecimento”, afirmou Gabriela. Segundo ela, uma ou duas colheres uma hora antes do almoço e jantar é o mais indicado. É importante destacar que a ingestão do ingrediente necessita acontecer anteriormente à refeição para surtir efeito. A ação inibidora permite que o corpo esteja saciado por mais tempo. Mas nem tudo é benefício. O alto teor de ácido acético, principal componente do vinagre, pode causar problemas digestivos após o seu consumo. “Não é indicado para aqueles que sofrem de problemas como o refluxo, gastrite e úlcera. Pacientes renais são descompensados de substâncias como o potássio. O consumo do vinagre pode exacerbar a doença”, advertiu Gabriela. O consumo também é contraindicado para pacientes que fazem o uso de medicamentos neurológicos. “Existem estudos que comprovam que o vinagre pode intensificar a frequência de epilepsias”. O ingrediente também é capaz de comprometer o esmalte dentário. Por se tratar de um ingrediente ácido, o vinagre é apontado pela sabedoria popular como um componente fundamental para fazer a higienização de frutas e verduras. A ação, no entanto, não é indicada por Gabriela, que não enxerga o método com bons olhos, pois não é capaz de eliminar os agrotóxicos. “A minha dica é que as pessoas façam o uso de produtos orgânicos”, orienta. Também é comum encontrar na internet, dicas de beleza envolvendo o tempero. “Muitas blogueiras, inclusive, estão usando-o para tornar o cabelo mais forte e brilhoso, mas não existem estudos suficientes que comprovem esses efeitos”, rebate a especialista. A grande dica de Gabriela Tabosa é que haja, sempre, o acompanhamento médico e com um profissional nutricionista, para, então, fazer o uso do vinagre. “É um ingrediente muito rico, mas que exige cuidado”, completou.

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4 fotos de movimentos populares no início do século passado

Encontrar imagens de grandes aglomerações de rua no início do século passado não são fáceis. No acervo de Manoel Tondella, da Fundaj, localizamos quatro imagens nas duas primeira décadas do século XX. As três primeiras tratam-se da recepção do General Emídio Dantas Barreto. A última é provavelmente uma festa popular. As datas informadas abaixo estavam na descrição das fotos na Fundaj. Clique nas imagens para ampliar. . Chegada do general Emídio Dantas Barreto, em 1900. (Acervo Manoel Tondella) . Chegada do general Emídio Dantas Barreto no Recife, em 1922. (Acervo Manoel Tondella) . Chegada do General Dantas Barreto em Pernambuco; Passagem de carro puxado a braço humano na rua da imperatriz, em 1911. . Manifestação popular de rua, em 1910 . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) . LEIA TAMBÉM 10 fotos da Praça da República Antigamente . 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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Por que há mais crianças deprimidas?

As vivas cores da infância têm-se desbotado com as pressões na vida moderna. Conectados ao mundo impessoal das telas dos smartphones desde cedo e sem o tempo e a qualidade de convívio adequado dos pais, cada vez mais aprisionados pela vida profissional, as crianças e adolescentes estão enfrentando um sofrimento silencioso. Mais pressão e menos suporte emocional aumentam os índices de ansiedade e até depressão desde pequenos. Nos casos mais graves chegam ao suicídio. Um cenário vem se agravando e já ligou o sinal amarelo de alerta para as famílias, psicólogos e profissionais da educação. O mal do século 21 invadiu a mente dos pequeninos dos nossos dias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um percentual de 8% dos meninos e meninas do mundo inteiro sofrem com depressão. No Brasil, os especialistas falam de uma parcela entre 1% e 3%. Nas escolas, a percepção do avanço da ansiedade excessiva e dos quadros depressivos é gritante. “Nos estudos brasileiros, 1,8% dos alunos tem depressão e um índice de 9,4% apresentaram problemas com ansiedade. Isso é preocupante”, aponta a diretora pedagógica da Escola Vila Aprendiz, Sandra Kattah. . . Tanto na sua prática clínica como no acompanhamento dos alunos na escola, a psicóloga do Colégio Equipe Suzi Moura avaliou um crescimento galopante dos casos dessas doenças. “Temos percebido que tem crescido o número de adolescentes apresentando transtornos de ansiedade e depressão. Entre 2017 e 2019 estimo que aumentou em 30% dos alunos diagnosticados com algum desses transtornos”, avalia Suzi. Mas o que tem levado tantas crianças ao acompanhamento psicológico e até psiquiátrico diante desses males? Segundo os especialistas entrevistados, as causas dos problemas relacionados à ansiedade e depressão são provenientes de vários fatores. Embora haja também componentes biológicos que contribuem para esses quadros, os psicólogos, psiquiatras e educadores listaram raízes que nascem na vida contemporânea, com a alta carga de dependência das tecnologias digitais e a ansiedade dos pais em quererem que sejam bem-sucedidos. “As cobranças voltadas às crianças atualmente são maiores. São como pequenos adultos, com muitas atividades e muitas pressões. Os pais querem desde muito cedo que elas escrevam e que façam coisas em que ainda não são competentes”, relata Rita Amado, psicóloga clínica escolar da Escola Villa Aprendiz. . . As maiores expectativas sobre o desempenho escolar e de desenvolvimento dos filhos não é acompanhado, no entanto, por mais atenção e tempo de lazer com a família. Esses pais, não raramente, como uma compensação da sua ausência em casa, procuram construir uma “redoma” para evitar qualquer espécie de decepção ou frustração dos pequenos. Uma sequência de fatores que tira das crianças uma necessária preparação emocional para suportar as dificuldades que enfrentarão na adolescência e vida adulta. “A infância é a fase da vida em que é maior a exigência de felicidade. É com relação a ela que devemos afastar as tristezas e preocupações, para que não estraguemos essa fase que vai entregar adultos felizes para o resto da vida. Só que isso não é verdade. A infância é uma fase, semelhante às outras, com perdas e ganhos, tristezas e alegrias, expectativas e frustrações. Mas se nós, adultos que cuidamos delas, procuramos poupá-las demasiadamente das exigências e tristezas, vamos estar, aí sim, preparando uma constituição frágil para os desafios que o mundo lhes fará”, afirma Luiz Felipe Andrade, psicólogo clínico e psicanalista do Centro de Estudos Freudianos e do Ciclos da Vida. O psicanalista avalia que os adultos não devem fazer tudo o que está ao seu alcance para atender os anseios das crianças. Muitos pais da classe média se arvoram em comprar tudo o que seus filhos lhe pedem. Com essa atitude, as crianças ganham e conquistam tudo o que desejam com muita facilidade e sem responsabilidades. "Isso adia a constituição do controle dos impulsos e da lida com a tristeza e com a perda, empurrando-as ainda mais para a ansiedade e depressão no futuro”. Felipe afirma que se a mãe leva a filha para tomar antidepressivos porque terminou um namoro, ela, de fato, estará empurrando sua adolescente para um maior risco de entrar num quadro depressivo. “O trabalho de elaboração dessa perda, com suas questões e o próprio sentir, são negados por uma mãe que já pensa na medicação como primeira opção”. As famílias que enfrentam grandes crises, situações de separação dos pais e os casos de violência doméstica são outros fatores que têm a capacidade de aumentar a ocorrência dos transtornos de ansiedade e do desencadeamento de quadros depressivos. TECNOLOGIAS O uso frequente das novas tecnologias é um ponto crítico na infância e na adolescência. São vários os aspectos a serem considerados sobre o acesso a smartphones ou tablets, como o isolamento, a redução de atividades ao ar livre e das brincadeiras com amigos. “Hoje as mídias sociais ditam como é que essas crianças e adolescentes precisam ser. Além disso, há a exibição dessa felicidade mostrada o tempo todo nas redes sociais, que nem sempre é real. O período em que eles ficam expostos à internet também tira deles os momentos de maior socialização”, aponta Suzi. Ela ressalva, porém, que esse problema não é apenas da infância e adolescência, mas é comum também entre adultos, que estão muito conectados. “É uma conexão que não tem um limite, vivemos em um tempo em que temos que aprender a conviver com as novas tecnologias.” A velocidade na comunicação e no acesso à informações da vida contemporânea cria nas pessoas uma impaciência quando a resposta não é dada na rapidez com que estão acostumados, de acordo com Luiz Felipe. Além disso, as crianças, que antes precisavam vencer as barreiras da timidez para se socializarem e enfrentarem o próximo em suas particularidades, hoje se escondem atrás das telinhas, se isolando ou se comunicando apenas por meio das redes. De acordo com o psicólogo, isso faz com que eles adiem o processo de aprendizado do “lidar com a diferença e com o social, aumentando os níveis de ansiedade e vivendo padrões ilusórios de autoestima”. COMO DETECTAR Alguns sintomas dos

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ThoughtWorks expande escritório do Recife e abre vagas

A ThoughtWorks, consultoria global de software, expandiu seu escritório na capital de Pernambuco, agora, localizado no bairro da Ilha do Leite. O escritório, que começou com 30 pessoas divididas em 2 salas, hoje está apto a receber um time de 200 pessoas. Com vagas abertas para contratação, a empresa prevê para 2020 um aumento de 34% no seu quadro de funcionárias. A inauguração do novo espaço aconteceu ontem (20). A empresa começou a operar em Recife com apenas dois projetos e meio andar num prédio no bairro do Recife Antigo. O crescimento foi rápido e em pouco tempo foi preciso ampliar, agregando mais salas de reunião, até que o prédio ficou pequeno para o desenvolvimento da organização. Na busca pelo lugar ideal, o Recife Antigo era a preferência unânime, mas não havia locais que comportasse o atual tamanho da ThoughtWorks e, "o único prédio que atendia as expectativas de crescimento, não se alinhava com a cultura, pois tinha um dress-code que impedia a equipe de ir trabalhar de bermuda e havaianas", relembra Ricardo Cavalcanti, o Caval, primeiro funcionário da ThoughtWorks Recife. . . Caval conta que a capital pernambucana foi escolhida para receber a empresa devido à grande quantidade de talentos presentes na região, não só de Recife, mas de todo o nordeste. Uma das preocupações era encontrar um lugar que, além de atender o propósito de crescimento, se alinhasse com a cultura da ThoughtWorks. "Nosso escritório novo é acolhedor, espaçoso e bonito. Fomos atendidos nos mais diversos aspectos: salas com isolamento acústico, banheiros livres de gênero, copa, lounge e espaço de eventos, o graffiti nas paredes é lindo e inspirador. Nos resta então celebrar e usar esse novo espaço para continuar fomentando essa liderança de pensamento, coletivamente, como sempre. Mais do que nunca, somos mudança", celebra. Segundo Taís Costa, Head de Recrutamento da ThoughtWorks Brasil, a expansão física reflete o crescimento da empresa, que espera contratar mais 25 pessoas até o final do ano. O número representa um crescimento de 20% em relação às contratações do ano passado e atualmente, há 27 vagas abertas nos escritórios de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e São Paulo, a maioria para Pessoas Desenvolvedoras, além de Designer de Experiência de Usuário e Gerente de Projetos de Desenvolvimento de Software.

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