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MP do Saneamento é aprovada em comissão na Câmara

Após mais de duas horas de sessão em meio a ânimos exaltados, senadores e deputados federais da comissão mista do Congresso aprovaram, por 15 votos favoráveis e 10 contrários, o relatório da MP do Saneamento. Houve uma abstenção. O texto, que atualiza o marco regulatório do saneamento básico ao ampliar concorrência e abrir espaço para investimentos privados no setor, segue agora para votação no plenário da Câmara. A proposta perde a validade no dia 3 de junho, data limite para os parlamentares votarem a MP. A reunião dessa terça-feira (7) foi a sexta sessão da comissão mista. O relator, senador Tasso Jereissaiti (PSDB-CE), já havia tentado apresentar o texto anteriormente, mas obstruções da oposição adiaram a votação. A principal mudança da MP na legislação é quanto ao modelo de exploração dos serviços, que passam a ser tratados como concessões públicas. Segundo o presidente da comissão mista que trata do tema, deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES), o texto é um avanço importante para o País. A partir de agora, segundo ele, os esforços serão para garantir maioria na Câmara dos Deputados. “Pra mim essa MP é a MP da dignidade. O que está aí não nos atende, o saneamento no Brasil não funcionou e espero agora que comece a criar mecanismos para que os brasileiros tenham no mínimo a dignidade de morar em um lugar simples, mas que tenha água tratada, que tenha esgoto e lixo recolhido”, defendeu. O senador Tasso Jereissaiti, relator da proposta, afirmou que a tentativa será de universalizar o saneamento básico no País, com a consciência de que os municípios não têm condição de fazer isso sozinhos e, por isso, a necessidade de estabelecer parcerias com o setor privado. “Procuramos conciliar aquilo que é necessário para universalizar, a maior vergonha que o Brasil tem é o saneamento básico. Milhares de cidades, milhares de crianças, a maioria das cidades com esgoto na porta de casa, brincando em cima de esgoto. É necessário mudar, deixar como está é um crime e fizemos com o intuito de alcançar isso”, argumentou Jereissaiti. Com a MP, os serviços de água e esgotamento sanitário passam a ser tratados como concessões públicas, como no caso dos aeroportos, que passaram a ser geridos pela iniciativa privada. Um dos artigos do texto garantirá que os contratos em andamento sejam mantidos e respeitados até o fim da vigência. Os municípios terão um prazo de cinco anos para se adequarem, o que garantirá segurança jurídica aos termos de serviço. Vale lembrar que o saneamento básico é responsabilidade de cada município e, caso não tenha condições de oferecer os serviços, a prefeitura pode firmar um contrato de gestão, por exemplo, com a companhia estadual ou com empresas privadas, como já ocorre em cidades como Limeira (SP) e Niterói (RJ), ambas entre as 20 cidades com melhores indicadores de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto. Questão de saúde pública Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e quase metade da população não tem à disposição serviço de coleta de esgoto. A precariedade do setor no país reflete na saúde de adultos e crianças em 1.935 dos 5.570 municípios brasileiros, onde foram registradas epidemias ou endemias ligadas a falta de saneamento básico, como dengue e diarreias. Estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base no SNIS, estima que caso o marco regulatório não seja modernizado, o Brasil deve atrasar pelo menos em três décadas a meta do Plano Nacional de Saneamento básico, que é de universalizar os serviços de água e esgoto no país. A previsão é de que a meta só seja cumprida após 2060. Na média dos investimentos feitos pelo país entre 2014-2017, seria necessário aumentar a destinação de recursos em cerca de 70% no setor de saneamento básico. Entre 2015 e 2016, os investimentos em água e esgoto no país caíram de R$ 13,26 bilhões para R$ 11,51 bilhões. Vale lembrar que, a cada R$1 investido em saneamento, uma economia de R$ 4 é gerada na saúde, como também mostra o levantamento da CNI. De acordo com a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), o segmento privado tem 6% de participação no mercado de saneamento, muito abaixo dos 70% detido pelas companhias estaduais e dos 24% mantidos por companhias municipais de saneamento. Por outro lado, as empresas privadas respondem por total de 20% dos investimentos realizados no país. Para Percy Soares Neto, diretor de relações institucionais da entidade, não há solução para o saneamento que não envolva a coordenação entre recursos públicos e privados. “O setor de saneamento tem um impacto direto no cotidiano das pessoas e, ao melhorar o marco regulatório, por meio do que está exposto na MP, o país cria condições de atrair mais investimento para ampliar os serviços de saneamento básico”, argumentou. Por Agência Rádio

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Luciana Santos participa da reunião dos governadores com Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro  está reunido com governadores e líderes do Senado, para tratar do pacto federativo e da reforma da Previdência. Bolsonaro chegou por volta das 7h10 para o encontro, organizado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em sua residência oficial, em Brasília. O governador Paulo Câmara cumpre agenda com emprsários em São Paule e está sendo representado pela vice Luciana Santos. Governadores de São Paulo e Bahia também enviaram seus vices, e os do Paraná e do Amazonas, não participam. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também participa, assim como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Todos os líderes do Senado foram convidados, inclusive os da oposição e da minoria. Enquanto a Câmara trabalha na tramitação da reforma da Previdência, o Senado está empenhado em se debruçar sobre o novo pacto federativo.  A expectativa de parlamentares, governadores e prefeitos é de que a medida contribua para melhorar a situação financeira de seus governos e, consequentemente, das economias locais. No último dia 17 de abril, Alcolumbre se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os dois defenderam que o trato político, social e econômico entre o Executivo e os entes federados precisa ser aperfeiçoado, com nova redistribuição de recursos.

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Sebrae alerta MEI sobre prazo final da declaração anual

Todos os anos, o microempreendedor individual (MEI) deve fazer a declaração anual simplificada (DASN-SIMEI), que é uma espécie de imposto de renda da pessoa jurídica, e enviar ao Governo Federal. A documentação deve incluir todo o faturamento do ano, sendo menor ou igual a R$81mil. O prazo final é 31 de maio. Em Pernambuco, o Sebrae movimenta todo o mês com ações voltadas para a categoria, com capacitações, palestras, atendimentos e ajudando na execução dessa e de outras obrigações. Entre as atividades da instituição está a Semana do MEI, que acontece de 20 a 24. Roseane Gomes da Silva já é MEI há quatro anos. Trabalhando com cortes de cabelo e salão de beleza, mantém-se atenta aos prazos e às obrigações da categoria empreendedora. Nesta terça-feira (30), compareceu à sede do Sebrae/PE, no bairro da Ilha do Retiro, buscando ajuda para fazer a declaração anual. “Nunca deixei passar nenhum prazo. Vim hoje aqui achando que era o último dia para declarar, não sabia que pode ser até o final de maio”, conta. Para Roseane, não há dificuldade em fazer a declaração. “Só preciso trazer meu nome, identidade e CNPJ. A pessoa que me atende me ajuda a declarar e ainda imprime para mim todas as guias de faturamento do ano”, afirma. Já Claudia Fernandes, que atua como professora e, assim como Roseane, também é MEI, vai fazer a declaração anual pela terceira vez em 2019. A empreendedora conta que nunca precisou de ajuda para fazer a declaração, executando a tarefa pelo Portal do Empreendedor na internet (www.portaldoempreendedor.gov.br). “Sempre fiz sozinha e pela internet, nunca precisei de ajuda porque é supersimples. Até para quem tem poucos conhecimentos de processos eletrônicos não há dificuldade alguma. Só preciso consultar o meu bloco de notas fiscais, somar os faturamentos que tive no ano e declarar”, afirma. “Até 30 de abril eu me preocupo como pessoa física, para declarar o meu Imposto de Renda (IR). Nesse momento, eu já tenho que declarar para para a Receita Federal o meu faturamento anual com o MEI, então, já faço tudo de uma vez só”, explica Claudia. De acordo com Leonardo Carolino, coordenador Sebrae RMR e Zona da Mata, o estado de Pernambuco conta com uma forte rede de atendimento ao MEI. Além do próprio Sebrae, o Governo do Estado mantém o Expresso Empreendedor - por meio da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (SEMPETEQ) - e cada prefeitura oferece sua Sala do Empreendedor ao município, ambas com programação fixa para a categoria. "A declaração anual do MEI é uma das obrigações dessa categoria empresarial. Todo microempreendedor individual que esteve em atividade no ano passado, até 31 de maio de 2019, tem que fazer essa declaração. Caso não entregue no prazo o empresário pode receber uma multa. Os empreendedores que deram baixa no MEI também precisa fazer a declaração, mas em situação especial. Independente da situação, o sistema é bem simples, feito diretamente no Portal do Empreendedor ou no Portal do Simples Nacional, mas qualquer pessoa que tenha dificuldade de realizar esse procedimento pode procurar a rede de atendimento do Sebrae e nossos parceiros”, explica Carolino. Semana do MEI – de 20 a 24 de maio, o Sebrae realiza o evento com apoio de parceiros e da rede de atendimento ao empreendedor em todo o estado de Pernambuco. Estão programadas mais de 70 palestras e oficinas gratuitas sobre como se tornar MEI, as obrigações da categoria, planejamento, crescimento empresarial, redes sociais para negócios, atração e conquista de clientes, além de atividades temáticas (para moda, varejo, construção civil, idosos, entre outros). O evento também conta com atendimento individual e consultorias personalizadas.

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Dias das Mães: diferença de 70% nos preços de flores

O PROCON Recife, através do seu setor de fiscalização, realizou nos dias 2 e 3 de maio pesquisa de preços em floriculturas, devido à proximidade da comemoração ao Dia das Mães. As flores costumam ser uma das escolhas mais populares entre os filhos para a data. Foram pesquisadas seis floriculturas localizadas em Recife. “Devido ao grande número de espécies de flores usamos o critério das mais vendidas nesta data, segundo alguns floristas. Desta forma selecionamos cinco espécies com diferentes quantidades. A pesquisa serve como um referencial a respeito dos preços praticados e de quanto é possível economizar no momento da compra levando em consideração o menor e o maior preço encontrados para os consumidores”, explicou Ana Paula Jardim, Presidente do Procon Recife. Um bouquet de 12 rosas pode variar de R$60 a R$150,00, uma variação de 60%, já o de 36 rosas, pode custar de R$100,00 a R$370,00, uma variação de quase 73%. Os preços constatados e as variações obtidas referem-se somente aos dias de realização da pesquisa, portanto os valores dos produtos estão sujeitos a mudanças por conta de descontos, ofertas, promoções ou mesmo da disponibilidade de estoque.

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Idosos ganham mais espaço no mercado de trabalho

A expectativa de vida do brasileiro tem crescido ao longo dos anos. Segundo dados do IBGE, um bebê nascido em 2017 tem estimativa de viver até os 76 anos. Em 1940, a projeção era de apenas 45 anos e 6 meses. Essa diferença mostra como a população tem vivido mais e, em por esse motivo, o número de idosos tem crescido. Além disso, a chamada “terceira idade” está, cada vez mais ativa, retornando, inclusive, para o mercado de trabalho. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou, em 2018, que a população idosa representa 7,8% dos trabalhadores formais no País. Para a head trainer e hacker comportamental, Patrícia Lisboa, o aumento de idosos no mercado de trabalho deve ser visto pelas empresas como uma oportunidade. “O perfil da terceira idade é formado por uma mão de obra qualificada, experiente e altamente motivada. Investir nesse profissional é agregar valor e conhecimento, além de estimular a diversificação no ambiente corporativo”, explica. Segundo a especialista esse comportamento já é uma realidade. “As pessoas estão cada vez mais longevas e ativas. Com os avanços da medicina preventiva e da tecnologia, pessoas que já alcançaram a terceira idade encontram-se cheias de disposição e iniciativa. Estão aptas para produzir e contribuir com as empresas e ainda com a vantagem de já terem criado seus filhos e cumprido suas obrigações sociais, e, por isso, estão disponíveis para investir em si mesmas, em aprendizado, crescimento intelectual e porque não, em suas carreiras”, diz. Contratar profissionais maduros tem virado tendência. Já existem inclusive programas específicos para a admissão de pessoas acima dos 60 anos em algumas empresas. O setor público também está seguindo essa mesma linha, em Campo Grande (MS), por exemplo, a lei municipal nº 5.997, institui o Programa Ativa Idade, que prevê a reinserção do idoso no mercado de trabalho, participando da capacitação e da requalificação do profissional. “A pluralidade é benéfica e quando acontece de forma planejada, é possível aproveitar o melhor dos profissionais e da interação entre as gerações dentro do ambiente de trabalho. Pessoas mais maduras conseguem lidar com situações de conflito com mais serenidade e sabedoria. Agregam muito à equipe por sua experiência de vida e maturidade emocional, os tão falados e valorizados ‘soft skills’”, explica Patrícia. Segundo a especialista existem treinamentos e outras ações estratégicas que podem ser realizadas com os colaboradores para o desenvolvimento do trabalho individual e de forma coletiva. “Capacitar pessoas, reforçar e descobrir novas habilidades e competências são ações que podem e devem ser feitas com qualquer profissional, inclusive com aqueles que têm idades e experiências distintas. No final, esse investimento retorna para a empresa e ela terá uma equipe cada vez mais completa”, explica Patrícia. A head trainer e hacker comportamental acrescenta ainda que o idoso quando retorna ao mercado de trabalho já passou pelos anseios e necessidades dos profissionais mais jovens, como subir na carreira, adquirir bens, formar uma família e outros, e com isso, ele tem mais tempo e disposição para o novo. “Os objetivos do idoso são diferentes. É claro que muitos retornam ao trabalho para complementar a renda deles ou da família, mas a grande maioria regressa para aprender, empregar melhor o tempo disponível e também para compartilhar conhecimento. Eles entram nas empresas com sede de aprendizado, mas consequentemente acabam ensinando e aconselhando os mais jovens”, destaca.

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Estudo revela os desdobramentos da pobreza na vida de crianças e jovens brasileiros

A Fundação Abrinq acaba de lançar uma nova edição do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil. A publicação reúne mais de 20 indicadores sociais relacionados às crianças e adolescentes, como mortalidade, nutrição, gravidez na adolescência, cobertura de creche, escolaridade, trabalho infantil, saneamento básico, acesso a equipamentos de cultura e lazer, violência, entre outros. Desta vez, os indicadores foram relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas, compromisso global do qual o Brasil é signatário para a promoção de desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável até 2030. “Além de ser uma publicação prática para consulta, o Cenário da Infância e da Adolescência é capaz de mostrar um retrato do Brasil quanto à garantia de direitos para essa faixa etária, permitindo o monitoramento dos desafios que precisamos vencer para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz o presidente da Fundação Abrinq, Carlos Tilkian. “Acreditamos que as crianças e adolescentes devem ser foco prioritário de ação para os países comprometidos com o desenvolvimento sustentável, com a redução da pobreza e das desigualdades e com a promoção de sociedades mais justas e pacíficas”, acrescenta Heloisa Oliveira, administradora executiva da organização. Editado no formato de um caderno de bolso, o documento é uma fotografia da população de 0 a 19 anos, que já representa 33% do total de habitantes no Brasil, de acordo com o IBGE (2016). No recorte que abrange a faixa etária de 0 a 14 anos, por exemplo, o estudo revela que ainda há 17,3 milhões de crianças e adolescentes – equivalente a 40,2% desse universo – vivendo em situação domiciliar de pobreza. Entre as regiões que apresentam a maior concentração de pessoas que vivem com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo, o Nordeste e o Norte do país continuam apresentando os piores cenários, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo nessa condição. Já os dados sobre a extrema pobreza – número de famílias que possuem renda per capita inferior a ¼ de salário mínimo – destacam que 5,8 milhões (ou 13,5%) de crianças e jovens de 0 a 14 anos vivem nessas condições. A estatística é melhor compreendida quando reveladas as condições de vida das famílias brasileiras: 55 milhões de pessoas, algo como 30% da população, vivem em situação de pobreza no Brasil, sendo que 18 milhões deste total se encontram em situação de extrema pobreza. As precárias condições de vida dessa parcela da população geram um círculo vicioso do qual dificilmente a criança ou o adolescente pobre conseguem escapar, vendo suas vidas condenadas ao mesmo padrão econômico do que o de seus pais. Meninas engravidam precocemente. Em 2016, 17,5% dos bebês nascidos no Brasil foram de mães adolescentes. O Nordeste e Sudeste lideram os índices de gravidez antes dos 19 anos de idade, com 167.573 e 161.156 partos, respectivamente. Jovens ou não, essas futuras mamães precisam lidar com a falta de acesso às consultas no pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, quase um terço (32,2%) das mães brasileiras foram menos de 7 vezes ao médico para acompanhar a saúde do bebê durante a gestação. No Nordeste, esse percentual chega a 40% de mães com acompanhamento inadequado de pré-natal. Após o parto, o baixo índice de aleitamento materno e a falta de acesso à alimentação de qualidade acabam impactando a nutrição da criança em seus primeiros anos de vida. Em 2017, 12,5% da população entre 0 a 5 anos no Brasil tinha a altura baixa ou muito baixa para a sua idade, sendo o maior percentual de ocorrências no Nordeste, com 18% de suas crianças em situação de desnutrição. A infraestrutura inadequada também causa situações em que a criança cresce desprotegida em sua comunidade. Dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos (2016), apontam que as principais formas de violência contra as crianças são a negligência, violência psicológica, violência física e violência sexual, sendo comum a vítima sofrer vários tipos dessas agressões simultaneamente. Na adolescência, é a vez de esse jovem brasileiro ser vítima da violência. O Cenário da Infância e da Adolescência mostra que 18,4% dos homicídios cometidos no Brasil em 2016 vitimaram menores de 19 anos de idade – quase sempre (80,7%) assassinados pelo uso de armas de fogo. O Nordeste concentra a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo (85%) e chega a superar a proporção nacional, chegando a 19,8% de jovens vítimas de homicídios sobre o total de ocorrências na região. Os indicadores selecionados para o Cenário da Infância e da Adolescência podem ser encontrados também no portal criado pela Fundação Abrinq “Observatório da Criança e do Adolescente” (observatoriocrianca.org.br), onde os dados são apresentados por estados e municípios, podendo ser feita comparação entre eles. Como na edição anterior, a publicação deste ano também apresenta a Pauta Prioritária da Infância e Adolescência no Congresso Nacional, com as principais proposições legislativas em trâmite no Senado Federal e Câmara dos Deputados e os respectivos posicionamentos da Fundação Abrinq, sempre baseados na efetivação e proteção de direitos da criança e do adolescente no Brasil.

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47% dos jovens da geração Z não controlam finanças

Praticamente metade dos jovens com idades entre 18 e 24 anos, nascidos dentro da chamada Geração Z e considerados os primeiros nativos digitais, tendo crescido em um ambiente com acesso a grandes quantidades de informação, recursos tecnológicos e propensão ao autoaprendizado, não realiza o controle das finanças pessoais (47%). A principal justificativa é o fato de não saber fazer (19%), sentir preguiça (18%), não ter hábito ou disciplina (18%) ou não ter rendimentos (16%). Por outro lado, 53% afirmam controlar receitas e despesa, e apesar de bastante conectados, 26% ainda utilizam o tradicional bloquinho de papel para organizar o orçamento. Oito em cada dez entrevistados garantem ter alguma fonte de renda (78%), sendo que a maior parte (36%) trabalha com carteira assinada e 23% estão alocados em trabalho informal, fazendo bicos ou atuando como freelancers. Em contrapartida, 22% não têm rendimentos. O estudo mostra, ainda, que dos jovens que afirmam ter dinheiro guardado (52%), a maioria investe em opções pouco ou nada rentáveis: 53% mantém os valores na poupança, 25% guardam em casa e 20% na conta corrente. Os dados foram levantados em uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que avaliou hábitos de gestão das finanças pessoais desse grupo. A pesquisa integra o convênio Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae, e pretende coletar insumos para a proposição de políticas públicas que contribuam com a melhoria do ambiente de negócios no país e, consequentemente, apoiem o desenvolvimento do varejo. O estudo também revela que 65% dos jovens da Geração Z contribuem financeiramente para o sustento da casa. Considerando os gastos mensais pagos com o próprio dinheiro, nove em cada dez mencionam ao menos alguma despesa, sendo que as mais comuns são: alimentação (51%), roupas, calçados e acessórios (43%), produtos de higiene e beleza (34%), TV por assinatura ou internet (31%) e contas de serviços básicos como água e luz (27%). Por outro lado, 11% têm todas as despesas e gastos mensais pagos por terceiros. Quem é a Geração Z? A Geração Z reúne os nascidos entre 1995 e 2010, que hoje têm entre nove e 24 anos – sendo que a pesquisa considerou os jovens de 18 a 24 anos. São considerados os primeiros nativos de um ambiente tecnológico definido pela mobilidade digital e pela onipresença da internet e das conexões em rede. Como consequência da hiperconectividade, é a primeira geração a crescer e chegar à vida adulta tendo acesso online e instantâneo, desde cedo, a grandes quantidades de informações. “A Geração Z está vivendo seu período de formação intelectual num contexto social e cultural de intensas transformações, em que a todo momento surgem produtos e serviços mediados pela tecnologia. Esses jovens prometem ser a próxima grande força indutora do consumo e, na verdade, já tomam parte em muitas das decisões de compra de suas famílias”, comenta o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. Metade dos jovens da Geração Z possui dinheiro guardado e maioria se revela conservadora com os investimentos Pouco mais da metade dos jovens entrevistados possui dinheiro guardado (52%), sendo as principais motivações os acontecimentos imprevistos (33%), viagens (21%) e compra da casa própria (19%). 85% guardaram os próprios recursos, enquanto 20% obtiveram esses recursos financeiros dos pais. Mas mesmo com acesso a grandes quantidades de informação, estes jovens investem em opções pouco ou nada rentáveis, com claro predomínio do uso das modalidades mais tradicionais: 53% mantém os valores na poupança, 25% guardam em casa e 20% na conta corrente. Entre os motivos de quem não guarda nenhuma quantia, 51% afirmam que nunca sobra dinheiro, 22% não têm disciplina para juntar dinheiro e 19% sentem-se desestimulados e sem esperança de juntar um bom valor a longo prazo por sobrar pouco dinheiro. Em relação aos hábitos de consumo, 56% admitem que costumam ceder aos impulsos quando querem muito comprar algo, enquanto 47% às vezes perdem a noção de quanto podem gastar com atividades de lazer e 34% gostam de ter um produto que a maioria dos seus amigos têm. Três em cada dez admitem que a forma como gastam o dinheiro é motivo para brigas frequentes com pais, familiares ou cônjuge (32%). Quatro em cada dez entrevistados já estiveram com o nome negativado (37%). Ao comentar as razões para os compromissos financeiros não pagos, os jovens mencionam a perda do emprego (24%), o fato de não terem planejado os gastos ou terem gasto mais do que podiam (21%) e o empréstimo do nome para terceiros (20%). “Embora a crise econômica e desemprego elevado ajudem, em parte, a explicar as dificuldades financeiras dos jovens, é preciso ressaltar a importância de investir na formação e na educação financeira dessa parcela da população. A seu favor eles têm a enorme familiaridade com a tecnologia e o pensamento lógico, a fluidez ao transitar entre os ambientes físico e o online, a aptidão intrínseca para absorver e compreender novas formas de interação social mediadas pelos aplicativos e ferramentas online, bem como para colocar ideias novas em prática”, comenta Costa. Somente um em cada quatro se prepara para a aposentadoria A pesquisa revela que 75% não se preparam para a aposentadoria. Dentre os que realizam algum preparo, a estratégia mais comum é a aplicação em poupança (26%), o INSS pago pela empresa (21%) – que não reflete um investimento deles mesmos –, a Previdência Privada (21%), a abertura do próprio negócio (21%) e o INSS pago de forma autônoma (19%). As razões apontadas pelos que se preparam para a aposentadoria envolvem julgar que sempre foram precavidos (35%), espelhar-se em exemplos de pessoas que não se prepararam e tiveram problemas financeiros (22%) ou mesmo em pessoas que se prepararam e, por isso, tiveram uma aposentadoria tranquila (18%). Por outro lado, aqueles que não se preparam argumentam não ter renda (27%), o fato de ser cedo, pois ainda são muito jovens

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CAM FPS debate tecnologia no ensino de saúde

Recursos de aprendizagem criativos, lúdicos e que parecem saídos de um filme de ficção científica começam a ser incorporados pelos cursos da área de saúde. Novas tecnologias, como realidade virtual e aumentada, estão revolucionando a aprendizagem o ensino da medicina e de outras profissões da área no setor. O assunto tem impactado o cotidiano de grandes centros médicos e universidades de ponta e será debatido na segunda edição do Cidades Algomais FPS 2019. O evento que terá como tema central A Educação do Futuro – Inovação e Tecnologia na Formação de Profissionais de Saúde. Realizado pela Algomais e Rádio CBN Recife, acontece hoje, no Teatro RioMar e conta com patrocínio da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e apoio da Rádio Globo Recife, Hotéis Pernambuco, Luck Viagens e Shopping RioMar. Destinado a profissionais, estudantes e docentes das áreas de saúde e de tecnologia aplicada a saúde, o CAM FPS 2019 terá entre os palestrantes Romero Tori, professor Livre-docente da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), onde coordena o Laboratório de Tecnologias Interativas. É autor do livro Educação sem Distância. Tori vai abordar como as chamadas mídias imersivas (realidade virtual, vídeo imersivo e realidade aumentada) permitem estratégias didáticas inovadoras, interativas, motivantes e lúdicas, com baixo custo. “Nesta palestra serão discutidos os conceitos de imersão e presença, apresentadas as tecnologias de realidade virtual e aumentada e suas possibilidades na educação, bem como suas limitações e desafios”, explica Mariana. Alonso Verdugo, da Microsoft, fará a palestra Experiências de Transformação em Saúde , em que vai apresentar os desafios da saúde digital e cases de sucesso. Outros palestrantes são Luiz Candreva, futurista do Hub São Paulo, Lilia Porto, idealizadora e curadora do site O Futuro das Coisas, e Brena Melo, obstetra e docente da FPS. Os participantes do CAM FPS 2019 terão ainda a oportunidade de conhecer o vencedor da Startup Weekend Health Recife 2019. Trata-se de um evento onde grupos formados por profissionais das áreas de negócios, design, TI e saúde vão se reunir, durante três dias, para desenvolver projetos de inovação para o tratamento e diagnóstico de pacientes. Os ganhadores farão no Cidades Algomais FPS um pitch, termo utilizado pelas startups para designar uma apresentação rápida de um produto ou um negócio.

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Prêmio Sesc de Literatura reúne escritores no Recife

Um dos principais concursos literários do país, o Prêmio Sesc de Literatura chega à capital pernambucana em maio para um encontro especial. Amanhã, dia 7, a partir das 18h30, o projeto vai reunir no teatro da CAIXA Cultural Recife os escritores Tobias Carvalho (RS) e Juliana Leite (RJ), vencedores da edição do ano passado, em um diálogo sobre suas experiências e processos de escrita, com apresentação da cantora Flaira Ferro. A entrada será aberta ao público, mas limitada à capacidade do espaço, de 96 lugares. Desde 2003, o Prêmio Sesc de Literatura seleciona autores inéditos e dá apoio para publicação e circulação de suas obras. Durante o encontro, os convidados vão apresentar suas obras e falar sobre o ofício da escrita. “Vamos receber dois escritores jovens, com trabalhos de alta qualidade. É uma alegria receber encontros assim, porque são um estímulo para as pessoas mergulharem no universo da literatura”, afirma a professora do Sesc Santa Rita e organizadora do evento, Cláudia Cavalcanti. Após a conversa, a cantora recifense Flaira Ferro fará um pocket show. Aos 23 anos, Tobias Carvalho venceu o prêmio na categoria Contos, com o livro “As Coisas”, que traz diversas situações e vivências humanas narradas a partir do ponto de vista de um jovem homossexual. Nascido em Porto Alegre, o autor é estudante de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Vencedora na categoria Romance, Juliana Leite é a autora de “Entre as Mãos”, sobre o processo de recuperação de uma tecelã que sofre um grave acidente. Mestre em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ela nasceu em 1983 em Petrópolis. Serviço – Encontro Prêmio Sesc de Literatura Local: CAIXA Cultural Recife, Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife Data: 7 de maio Horário: 18h30 Entrada gratuita

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Nordeste é a região que mais desconhece a gravidade da insuficiência cardíaca

Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos mostra que apesar da grande maioria (86%) dos entrevistados da região Nordeste afirmarem conhecer Insuficiência Cardíaca, apenas 21% soube descrever a doença corretamente1 como sendo a falta de capacidade do coração em bombear sangue de maneira adequada e suficiente para o corpo3. O levantamento mostrou que, apesar de ser a segunda principal doença cardíaca no país3 e afetar 2, 8 milhões de brasileiros4, a gravidade da Insuficiência ainda é muito desconhecida pela população. A doença não tem cura, mas há tratamentos capazes de melhorar o prognóstico ou diminuir a velocidade de progressão, além de elevar a qualidade de vida do paciente. No entanto, 13% dos entrevistados da região Nordeste ainda acredita que IC tem cura1. Se analisar a média nacional, o dado é ainda maior: 33% dos brasileiros acredita que existe cura para a insuficiência cardíaca. A pesquisa mostrou que a grande parte dos pesquisados não compreende a real gravidade da Insuficiência Cardíaca, que mata mais pessoas do que alguns tipos de câncer - cerca de 50% dos pacientes não sobrevivem após cinco anos do diagnóstico2. Segundo dados da Pesquisa Ipsos, 41% da população do Nordeste pensa que o câncer de mama (27%) ou de próstata (14%) são mais letais que a insuficiência cardíaca1, porém esta condição cardíaca tem maior mortalidade2 – provoca de duas a três vezes mais mortes que cânceres avançados, como o de mama2. O impacto da insuficiência cardíaca na qualidade de vida e na realização de tarefas diárias é reconhecido por 30% dos consultados da região e, ainda, 49% acha que é uma doença exclusiva de idosos. Pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca enfrentam repetidas internações e sintomas como falta de ar para atividades físicas, inchaços nos tornozelos e pés, e tosse persistente, que impactam na realização de atividades cotidianas e, consequentemente, na qualidade de vida. “O impacto da Insuficiência Cardíaca é abrangente e causa limitações físicas e psicológicas. Na parte física, podemos citar fadiga e dispneia, por exemplo, e em relação à saúde emocional dos pacientes, a enfermidade pode gerar mudanças nas relações financeiras, sexuais, nas atividades laborais, no lazer, entre outros. Em casos mais extremos, pacientes podem sofrer com depressão”, explica Dr. Dirceu Rodrigues Almeida, cardiologista, especialista em Insuficiência Cardíaca e professor da Universidade Federal de São Paulo (SP). A enfermidade também tem um peso importante e crescente na saúde, gerando uma perda de R$ 22 bilhões na economia do País, por custos no sistema de saúde e redução de produtividade. Apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 65 anos, a incidência da doença em pessoas mais jovens cresce em virtude do estilo de vida. Muito se deve aos fatores de risco que estão presentes cada vez mais precocemente, como má alimentação, sedentarismo, hipertensão e diabetes. A falta de cuidado com o coração também é um ponto importante. De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados no Nordeste nunca foram ao cardiologista ou não vão há 10 anos. “Negligência de cuidados com as doenças que afetam o coração são comuns e vão desde a não marcação de uma consulta médica com especialista, algo endossado pela pesquisa, até crenças dificultadoras da adesão ao tratamento, por exemplo”, acrescenta Dr. Dirceu. A amostra do estudo realizado pela Ipsos é uma representatividade da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016) e tem margem de erro de ±3 pontos percentuais. As entrevistas foram pessoais em domicílios, realizadas entre os dias 01 e 13 de agosto de 2018. Sobre a pesquisa A pesquisa entrevistou 1.200 homens e mulheres com idade a partir de 16 anos, de 72 municípios do Brasil no segundo semestre de 2018, com erro amostral de 3 p.p. e 95% de nível de confiança1. A amostra é uma representatividade da população brasileira nas áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2016). As entrevistas foram pessoais e em domicílios, realizadas entre os dias 01 e 13 de agosto de 2018.

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