Arquivos Z_Exclusivas - Página 197 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Síntese do novo som de Pernambuco

Um verdadeiro símbolo de resistência e fomento da cultura pernambucana, a tradicional loja de CDs e LPs Passa Disco completou 15 anos no mês de novembro. E para contemplar a data comemorativa, o proprietário Fábio Cabral de Mello lançou pelo selo da casa o CD Arrisque! - uma coletânea que reúne 18 artistas pernambucanos que surgiram após a inauguração da loja. A iniciativa de produzir o CD Arrisque! surgiu, segundo Fábio, como uma forma de agradecimento por mostrar que a música do Estado continua viva. “A nossa intenção vai além do interesse da loja. Queremos acordar o povo e a mídia. Hoje está tudo muito difícil para os estabelecimentos que atuam na área cultural, mas nós somos a resistência”, posiciona-se. Discurso corroborado pela cantora e intérprete Isadora Melo. “Essa é a essência da Passa Disco. Ela é um símbolo maior da resistência, que se importa com a qualidade e a produção dos trabalhos”. Já para a cantora e compositora Flaira Ferro, o projeto é uma forma de documentar o momento atual da música do estado. “Fazer um registro dessa época, em que as canções pernambucanas trazem um mapeamento das mais diversas linguagens que são usadas atualmente, é algo extraordinário”, declarou a artista, que logo de cara aceitou participar do álbum. “Eu fico bastante feliz em poder fazer parte, pois é uma forma de reconhecimento do que eu tenho feito. Sem dúvida, é uma vitrine para poder levar meu trabalho para um público mais pulverizado”. A música escolhida pela cantora para fazer parte do repertório foi lançada há dez meses e conta com mais de 260 mil visualizações no Youtube. Coisa mais bonita repercutiu dentre os principais veículos do Estado e até mesmo chegou a ser censurada pela plataforma de compartilhamento de vídeos por abordar o gozo feminino. “Eu queria trazer para o projeto o meu trabalho mais atual, que tivesse a cara do que eu estou fazendo nos dias de hoje. Levantar o tema da sexualidade feminina e do orgasmo significa o conhecimento do próprio corpo da mulher e de sua autoestima”, revela Flaira. A cantora Isadora Melo escolheu a obra Vestuário, composta por Juliano de Holanda. “Essa música é uma ótima representação do meu disco, que traz essa ideia de vestir-se das canções. A gente prezou por um som mais limpo, pouco percussivo e o disco não tem muitas camadas de som”, resume Isadora, que não conteve a felicidade. “É quase que um prêmio estar na coletânea da Passa Disco. É uma grande alegria ser escolhida e de estar ao lado de tantas pessoas que eu admiro. São todos grandes amigos, que com muito talento seguem resistindo”, disse a intérprete. Além de Flaira e Isadora, o projeto Arrisque! também conta com a participação de Aninha Martins, Almério, Projeto Sal, Barro, Lara Klaus & André Macambira, Zé Manoel, Amaro Freitas, Marsa, Romero Ferro, Torre, Sofia Freire, Tonfil, Tibério Azul, Bruno Souto, Kalouv e Júlio Ferraz. Responsável por juntar esse time recheado de craques, Fábio tinha como objetivo mostrar ao público as diversas variações de estilos dos artistas pernambucanos. “No projeto podemos ouvir a poesia mais voltada para a cultura popular, até pianistas altamente talentosos, como Sofia, Amaro e Zé Manoel. Além, claro, das bandas de pop rock e das belíssimas vozes que nos encantam”, disse o lojista e agitador cultural, após revelar que enumerou mais de 40 nomes para participar da coletânea. “Infelizmente não podemos contemplar toda a cena. Muita gente boa ficou de fora. Mas seria inviável financeiramente chamar todos eles”, lamenta. Ao lembrar dos ritmos musicais já realizados no Estado, como o maracatu, baião, frevo e os movimentos Armorial e Manguebeat, que despontou na cena underground dos anos 90, Fábio destaca a importância desta nova geração. “Eles são imprescindíveis. É uma ótima forma de mostrar o que há de bom por aqui e que Pernambuco sempre está bem representado em questão de qualidade musical”, pontuou. O título do projeto é originário da música O filósofo no trapézio, dos compositores Geraldo Maia e Marcelo Pereira, que no álbum será interpretada por Aninha Martins. Em conversa com o seu filho Jáder, que também faz parte do CD, com a banda Projeto Sal, Fábio teve a ideia do título. “A gente estava tomando uma cerveja e conversa vai conversa vem, escolhemos a música que abre o disco. Eu acabei me confundindo e cantando a música errado. Ao invés de falar ‘aposte’, eu disse ‘arrisque’”. Apenas no outro dia o erro foi notado. “Estava escutando a música novamente e percebi que estava errado, mas era tarde demais. Já havíamos gostado”, conta o produtor. Esta é a oitava coletânea produzida pelo selo Passa Disco, que também conta com três volumes de Pernambuco Cantando para o Mundo, dois de Pernambuco Frevando para o Mundo e outros dois de Pernambuco Forrozando para o Mundo. Para acompanhar o conceito do disco que traz a nova cena musical pernambucana, Fábio convidou o artista visual João Lin para ilustrar a capa. “As artes foram feitas a caneta e só depois digitalizadas e coloridas. Demos total liberdade para ele criar”, garante o produtor. Durante o lançamento do CD houve uma exposição das ilustrações originais que estavam à venda. Serviço CD Arrisque! A venda na loja Passa Disco, Rua da Hora, Nº 45, Espinheiro. Horário: Segunda à sexta / 10h às 19h – Sábado / 10h às 18h. Telefone: (81) 3268-0888. Preço: R$ 19,90. *Por Marcelo Bandeira

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Teatro Negro de Praga pela 1ª vez no Recife

Uma das maiores companhias de teatro da Europa, o Teatro Negro de Praga anuncia turnê nacional com parada, pela primeira vez, no Recife. Após 20 anos longe do Brasil, o grupo fará única apresentação na capital pernambucana, dia 3 de fevereiro, no Teatro Guararapes – a tour passará ainda por Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Com o espetáculo “Antologia - O Melhor do Teatro Negro”, promove uma retrospectiva do melhor dos seus 58 anos de magia, através da combinação de teatro tradicional com mímica, dança e circo, que já encantou mais de 5 milhões de espectadores em mais de 150 países. Mistura de novas tecnologias e artifícios multimídia, como projeção cinematográfica, som e luz negra aliados a várias facetas do teatro, o teatro negro moderno surgiu nos anos 1950, permitindo ao público experimentar emoção, imaginação e sonho no palco. O Teatro Negro de Praga, do diretor e fundador Jiří Srnec, foi criado em 1961 e faz parte da primeira leva do teatro negro checo dos tempos modernos. Anteriormente, o teatro negro tradicional teve suas origens na China, onde as comédias eram apresentadas na forma de telas de projeção à luz de velas. A importância deste tipo de teatro foi reconhecida pelo presidente da República Checa quando, em 2011, foi concedida a medalha de mérito cultural e artístico, um grande prestígio do estado para Jiří Srnec. O Teatro Negro de Praga participou de mais de 80 festivais internacionais de teatro e realizou mais de 250 excursões internacionais. MAGIA - “A fantasia é uma das maiores riquezas do ser humano”. Com esta frase, Jirí Srnec explica muitas vezes por que, anos atrás, ele decidiu lançar as bases de um novo gênero teatral, na então Tchecoslováquia: um teatro baseado na antiga técnica chinesa da câmera negra. Ele foi atraído pela possibilidade de motivar as fantasias das pessoas e queria descobrir os amplos horizontes que esse jogo abriu com a imaginação. De acordo com Jirí Srnec, o surgimento do Teatro Negro de Praga deveu-se a uma coincidência. “As reações positivas do público às primeiras montagens que preparei com meus amigos foram uma grande surpresa para mim. Porque a verdade é que comecei a estudar design de teatro e direção do teatro de fantoches na Escola de Arte de Praga, não porque quisesse fazer teatro, mas porque não precisava prestar serviço militar. Então, nada eu sabia sobre teatro. Durante o estudo, no entanto, rapidamente fiquei realmente fascinado pelas possibilidades oferecidas pelo teatro de bonecos e foi quando comecei a realizar meus primeiros experimentos nesse campo”, diz Srnec. SERVIÇO Teatro Negro de Praga Dia 3 de fevereiro (domingo), às 18h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182.8020 Ingressos: Plateia Especial: R$ 124 (inteira) e R$ 62 (meia) Plateia: R$ 104 (inteira) e R$ 52 (meia) Balcão: R$ 84 (inteira) e R$ 42 (meia) * À venda na bilheteria do teatro, lojas Ticketfolia e site Eventim

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A Geração Y e o futuro do consumo

Tenho escrito há quase dois anos sobre o futuro das pessoas, das empresas e dos mercados e percebido que essa transformação está acontecendo todos os dias perto de nós. Na convivência com a equipe da minha empresa, com minhas filhas e outros jovens entre 18 e 30 anos, que fazem parte da Geração Y ou Millenials, fica claro que esse futuro já é quase presente quando analiso a forma de pensar e agir desse grupo: 1. Para a Geração Y, o foco na profissão está acima das outras coisas. A carreira é o principal investimento dessa geração. Eles querem causar impacto em suas profissões e deixar uma marca relevante para a sociedade. 2. Por causa do foco na carreira, a busca por novos desafios profissionais leva a Geração Y a trocar de emprego e de cidade com muita frequência. Por isso, eles não compram imóveis. Preferem dividir o aluguel com outras pessoas de mesmo estilo de vida. 3. Em função de não comprar imóveis e dividir o aluguel, a Geração Y não compra móveis, nem eletrodomésticos, nem enxoval de casa. Eles alugam apartamentos mobiliados, próximo do emprego e com infraestrutura básica ao redor. 4. Como a Geração Y mora perto de onde trabalha, não precisa comprar carro. Eles preferem o transporte público e serviços compartilhados, como Uber e aluguel de bicicletas. 5. Como a Geração Y foca no profissional, casamento e filhos não estão na lista de prioridades desses jovens. Muitos deles, inclusive, decidiram não ter filhos. Portanto, não vão movimentar setores relacionados à criação e educação, como escola, transporte, material escolar, plano de saúde, supermercado, fraldas, roupas etc. A partir dessas constatações, observa-se que a demanda por produtos da indústria da transformação – tais como imóveis, automóveis, eletrodomésticos, entre outros – começa a ser impactada pela primeira vez em muitos anos. E que o estilo de vida da Geração Y coloca em questão o modelo econômico tradicional, pois esses produtos para serem fabricados movimentam uma grande cadeia de valor e geram milhares de empregos. Por outro lado, os jovens da Geração Y ativam outros setores da economia baseados na oferta de serviços, tais como viagens, restaurantes, festas e o comércio eletrônico. Mas o consumo maior de serviços em relação à diminuição da demanda por produtos da indústria da transformação será suficiente para manter o atual nível econômico do País e a quantidade de empregos? Será que o mundo está preparado para o cidadão “Y”? Será que dá tempo de se preparar? Nesse momento, quanto mais observo, tenho mais perguntas do que respostas. E perguntas que me geram mais perguntas. Por isso, nas próximas edições da coluna Vida Digital, ao longo de 2019, vou relatar outras experiências que tenho passado para mostrar como esse futuro está se tornando realidade e o que fazer diante disso.

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Futuro dos bairros de São José e Santo Antônio em debate

Nas ruas e edificações dos bairros de São José e Santo Antônio foram escritos os primeiros capítulos da história do Recife. Do protagonismo inicial à situação de abandono dos dias atuais, há diversos desafios econômicos, sociais e urbanísticos a serem superados. No encerramento da série Região dos Contrastes, apresentamos algumas sugestões dos especialistas, entidades de classe e representantes do poder público para sua revitalização. O interesse de expansão do Porto Digital e o avanço do uso universitário dos prédios antes desocupados são novos vetores de desenvolvimento que contribuem para esse movimento de revitalização. O futuro dos bairros centrais do Recife foi discutido em uma audiência pública em 2018 na Câmara Municipal promovida pelo vereador Jayme Asfora (PROS). Mesmo com o diagnóstico negativo do retrato atual do Centro, a arquiteta Amélia Reynaldo defendeu que “a região é muito mais uma oportunidade que um problema”. A especialista propõe uma governança exclusiva para o local. “Com o rico patrimônio arquitetônico, cultural e humano, o nosso Centro é uma oportunidade, desde que se instale uma gestão própria para ele. Não só para Santo Antônio e São José, mas para o centro histórico e antigo do Recife. Um plano de ordenamento sistêmico, além dos quatro anos de gestão do poder municipal”, defende Amélia, mencionando que seria um escritório de reabilitação e conservação integrada. A insegurança, as dificuldades de mobilidade e o desordenamento do comércio informal são os calos que incomodam o dia a dia dos lojistas que atuam nas movimentadas ruas desses bairros. Para solucionar essas questões, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) defende também um plano de longo prazo para a região e até já elaborou o projeto nesse sentido. “Temos um plano feito junto com outras instituições para a região que compreende os bairros de Boa Vista, São José e Santo Antônio, que já foi entregue para a prefeitura”, afirmou Cid Lobo, presidente da entidade. Conectada à atual discussão sobre o Plano Diretor do Recife, a CDL realizou um pedido para que conste no documento um dispositivo que obrigue o poder público a realizar um estudo amplo sobre os problemas e soluções para esses bairros em um ano. “Essa seria uma forma de termos um diagnóstico das vocações e do que fazer para que o Centro do Recife possa renascer”, explica o presidente da câmara. Já a arquiteta e professora da Unicap Clarissa Duarte defende que um plano específico para a região de Santo Antônio e São José é fundamental e urgente. "Esses bairros guardam hoje muito mais vestígios da origem do Recife do que qualquer outro, inclusive o Bairro do Recife, que sofreu grande reforma no início do século 20 e perdeu grande parte de seu patrimônio urbano-arquitetônico colonial", ressalta a arquiteta. A principal intervenção sugerida por Clarissa para reorganização desses bairros seria na Avenida Dantas Barreto. "Dentre tantas iniciativas importantes para se implementar nesse território, a mais estratégica e eficaz a ser priorizada é a reabilitação e humanização integrada de toda a Avenida Dantas Barreto e de suas ruas transversais que dão acesso direto aos principais elementos patrimoniais do lugar, incluindo seus espaços públicos (vegetados ou não) e seus edifícios notáveis (religiosos, antigos e modernos). Uma vez reabilitada e humanizada, essa avenida terá valorizado seu potencial de indução e articulação do território, estimulando fortemente o encontro qualitativo de toda a população da cidade com os tesouros ali esquecidos". Estudos da arquiteta apontam que a partir da Dantas Barreto é possível se ter acesso de modo fácil a mais de 50 elementos notáveis do nosso patrimônio urbano-arquitetônico, como as 14 edificações religiosas que se encontram nesses dois bairros. O desenho acima faz parte da pesquisa da arquiteta no ano de 2002 e já foi Capa da Algomais em 2014, que sugeria transformar a avenida em um boulevard. Praticamente nenhuma das propostas elencadas no estudo para essa via saiu do papel. O arquiteto José Luiz da Mota Menezes defende que as intervenções tenham uma preocupação funcional para o público que já circula na região. “É importante preparar a cidade para o uso pela gente comum. Não podemos exigir que essa parcela da população, que não teve uma educação estética aprimorada, deseje uma cidade bonitinha. Eles querem uma cidade utilitária”, adverte. O especialista afirma que a renovação urbana já começou com a chegada das faculdades na região e deve ser perseguida pela realocação dos ambulantes. “O melhor seria negociar com eles para que pudessem ocupar as casas desabitadas ao longo da Avenida Dantas Barreto”, afirma o arquiteto. Mota Menezes também propõe a retomada do caráter habitacional do bairro. Sobre a vocação acadêmica, Uninassau, Centro Universitário Joaquim Nabuco, Universidade Estadual Vale Do Acaraú (UVA) e um polo de educação à distância da Rede Laureate já estão em funcionamento na Avenida Guararapes. Ao participar da audiência pública na Câmara dos Vereadores, o secretário de Desenvolvimento Urbano do Recife Antônio Alexandre afirmou que diante de muitos projetos e experiências de revitalização já realizados para a região histórica da cidade, é necessário desenvolver uma estratégia que garanta a efetividade e sustentabilidade do que está sendo proposto nas discussões. Mais do que uma questão estritamente urbanística, o secretário defendeu ser necessário garantir a vitalidade econômica dos bairros e incentivar a reocupação também para moradias. “A dimensão socioeconômica é um dos pontos de partida para a recuperação dessa região. Nossa preocupação é com a reocupação do Centro e a diversidade de uso para a área continuar ativa e dinâmica”. PORTO DIGITAL A necessidade de expansão do Porto Digital poderá beneficiar a região. O atual presidente Pierre Lucena disse em entrevista à Algomais ter como meta dobrar o faturamento (que atualmente é de R$ 1,8 bilhão) em cinco a seis anos. Para tanto, planeja duplicar o número de empresas embarcadas no parque tecnológico passando das atuais 300 para 600, além de dobrar a quantidade de pessoas que trabalham no local, chegando a 20 mil profissionais. Portanto, o setor de TI pernambucano vai requerer mais espaço físico. “Existe uma ideia nossa de expansão do projeto do Porto Digital para outros

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Energia solar avança em Pernambuco

A energia solar parece enfim dar os primeiros passos de uma caminhada mais acelerada de crescimento em Pernambuco. Em 2018 a microgeração de energia distribuída (realizada por residências e pequenas empresas para consumo próprio) a partir da fonte solar saltou de 5,9 MW em janeiro para 15,6 MW no último mês do ano, um avanço de 264%. O desempenho positivo também aconteceu na contratação de geração centralizada (realizada por usinas solares) que subiu em torno de 50% no período, passando de 222 MW contratados no início do ano para 323 MW, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Hoje apenas 1% da matriz energética brasileira é composta por energia solar. A projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é que em 2030 essa participação alcance a marca dos 10%. A projeção da empresa BloombergNEF é ainda mais otimista ao prever uma participação de 32% também em 2030, o que significaria a liderança entre todas as fontes de energia do País. Hoje a microgeração distribuída é liderada pelos Estados no Sul e Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná são os Estados líderes). Pernambuco está apenas na décima colocação nesse ranking. O Brasil possui atualmente 350 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Já na geração centralizada o Nordeste é o destaque (Bahia é o primeiro lugar, seguido de Minas Gerais, Piauí e Ceará). Os investimentos acumulados no Brasil nesse segmento são de aproximadamente R$ 20 bilhões até final de 2018. De acordo com o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, a associação recomenda que até 2030 o País gere 30 GW de energia solar. “Isso pode proporcionar ao Brasil a atração de R$ 100 bilhões de investimentos privados, além da geração de um milhão de empregos no setor”. Ele afirma que o grande problema do País para impulsionar a cadeia produtiva dos equipamentos para geração fotovoltaica é a alta carga tributária. “Isso tem feito com que o fabricante nacional produza sempre os equipamentos com preços mais elevados”, destaca. Atualmente o País possui mais de 40 fabricantes desses equipamentos, que estão em sua maioria no Sul e Sudeste do País, com algumas unidades no Nordeste e Centro Oeste. Em Pernambuco, Sauaia sugere um aprimoramento no Programa PE Solar, lançado em 2014, para que o Estado avance mais rápido. Apesar dos indicadores positivos de 2018, o Estado tem perdido posições no ranking nacional. “O estímulo ao acesso aos financiamentos, a inclusão dessa tecnologia na geração dos edifícios públicos, o aprimoramento do licenciamento ambiental (mais ágil e fácil de acompanhar), estruturação de uma campanha de conscientização da população e o estabelecimento de metas para o crescimento dessa tecnologia no Estado são algumas das nossas recomendações para o PE Solar”, propõe Sauaia. Ele sugeriu ainda a inclusão dessa tecnologia nos programas de habitação popular e a redução da complexidade de pedidos de conexão junto à Celpe. Neste ano, um avanço na popularização dessa tecnologia em todo o País foi a liberação de crédito para pessoa física pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Programa Fundo Clima e Finame Energia. “Essas mudanças contribuem para que a fonte fotovoltaica consiga demonstrar sua competitividade e ajude a democratizar o acesso a essa tecnologia”, afirma o presidente da Absolar. Para 2019, Sauaia aposta que o Governo Federal demandará mais atenção ao incentivo da geração de energias renováveis de olho no potencial de atração de investimentos e de geração de empregos. *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais

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NX Boats fatura R$ 44 milhões ao produzir barcos de luxo

O estaleiro pernambucano NX Boats começou a se aventurar nos mares do mercado náutico em um momento completamente adverso e marcado pelo início da crise econômica que atingiu o País em 2014. Mas conseguiu navegar com tranquilidade e sucoso em meio às águas turvas da recessão econômica. Qual o segredo? O planejamento estratégico bem definido permitiu que a empresa pudesse crescer aproximadamente 25% já em seu primeiro ano. “Não houve cortes e muito menos demissões. Pelo contrário. Nós sempre buscamos uma operação enxuta, com a maior produtividade possível. Para se ter uma ideia, no início tínhamos apenas 14 funcionários”, revelou o diretor executivo do estaleiro Jonas Moura. O empresário também focou os investimentos na qualidade dos barcos construídos. “Acho que tudo aconteceu devido à aceitação do nosso produto”, apontou, indicando que quatro pilares foram fundamentais para a consolidação da marca no mercado nacional: design, inovação, acabamento e navegabilidade. “Todos os nossos barcos estão dentro deste padrão”. Hoje, o estaleiro oferece seis opções de modelos e já produziu mais de 340 embarcações. Apenas em 2018 foram 144, o que gerou um faturamento de R$ 44 milhões. Além de vender para as cinco regiões do País, Moura também navega em mares estrangeiros e já exportou as embarcações para EUA, Argentina, Uruguai e Turquia. Para este ano, a empresa planeja chegar em países como o Paraguai, Espanha e Emirados Árabes. Até março não há vaga na linha de produção da NX Boats e boa parte das encomendas está voltada para o seu novo lançamento. O Nx 340 Sport Coupe, embarcação de luxo, com capacidade para 16 pessoas, dispõe de proa aberta, cabine com móveis planejados, além de dois quartos com capacidade para pernoite. O projeto foi assinado pelo engenheiro naval argentino Ricardo Rinaldo e projeto de ambientação do arquiteto Humberto Zirpoli. É vendido a partir de R$ 540 mil. A produção do novo modelo teve um investimento de R$ 2,1 milhões e a estimativa para retorno é de cerca de 15 meses. Para retornar o dinheiro aplicado, Jonas conta com 15 revendedoras autorizadas por todo o País. “A nossa maior revenda está no Estado de São Paulo. Eles compram 40 barcos por ano e vendem todos”, ressalta Moura. O curioso é que a maior parte das vendas não são destinadas a consumidores residentes no litoral, mas que navegam em água doce. “Hoje nós vendemos mais embarcações para o interior. Temos muito mercado nas cidades interioranas de São Paulo e na região Norte do País”, afirmou. IMPORTAÇÃO Desde novo apaixonado por barcos, Jonas, que atuava como advogado tributarista, contou que não tinha nenhuma experiência na comercialização de embarcações e que a sua história com o mercado aconteceu por acaso. “Importei um automóvel em 2009. A partir daí, vários amigos começaram a me pedir para importar carros, motos e até jet skis. A atividade tornou-se um negócio bem atraente para mim”. Devido ao aumento do imposto de importação em 2012 e a alta do dólar, a transação acabou ficando inviável e as vendas se resumiam ao jet ski, que é considerado a primeira entrada no ramo náutico. “Nesse período muitos clientes começaram a nos pedir embarcações maiores. Até chegamos a representar duas marcas nacionais, mas havia muitas falhas. Foi a partir dessa demanda que surgiu a ideia de construirmos os barcos”, revelou. Para fazer frente a sua crescente produção, o empresário projeta ampliar o estaleiro. “Construímos a sede (situada em Jaboatão dos Guararapes) que tem 4.500 m² de área construída, mas precisamos ainda de mais espaço. Já neste mês vamos expandir mais 2 mil m²”. As metas também são arrojadas para este ano. Moura planeja fechar 2019 com um crescimento recorde de 40% no faturamento – o que representaria, em números, mais de R$ 60 milhões. *Por Marcelo Bandeira

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Chuvas intensas atingem Pernambuco

A segunda-feira dos pernambucanos foi marcada por intensas chuvas, trovões e relâmpagos. A Agência Pernambucana de Águas e Clima emitiu um aviso meteorológico com a previsão de chuvas com intensidade moderada e pontualmente forte no Agreste, na Mata Norte, na Região Metropolitana do Recife e na Mata Sul. De acordo com a Defesa Civil do Recife, o índice de chuvas da capital nesta manhã correspondeu ao esperado para 21 dias (70mm). Pela manhã foram registradas várias ocorrências de quedas de árvores e de falta de energia elétrica promovidos pelos efeitos climáticos. A UFRPE, o TJPE e o Ministério Público do Trabalho são alguns dos órgãos públicos que suspenderam o expediente de hoje devido as fortes chuvas.

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Regulação Estadual: inscrições para seleção simplificada terminam hoje (28)

Termina hoje (28.01) o período de inscrição dos interessados em participar da seleção pública simplificada de Apoiadores Institucionais de Regulação. Ao todo, estão sendo ofertadas 23 vagas, sendo 18 para a Central de Regulação Ambulatorial e 5 para a Central de Regulação Hospitalar. Desse total, 5% são destinadas a pessoas com deficiência. O edital está disponível no portal.saude.pe.gov.br. As vagas de apoiadores de Regulação Ambulatorial estão espalhadas por todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres). Já as para Regulação Hospitalar estão fixadas na I Geres, com sede no Recife. Todas as funções cumprirão uma carga horária semanal de 40 horas. O salário é de R$ 3,6 mil. As inscrições podem ser realizadas via Sedex, com aviso de recebimento, ou presencialmente, nos endereços descritos no edital. No Recife, as inscrições presenciais devem ser realizadas no Complexo Regulador do Estado, localizado na antiga sede da Secretaria Estadual de Saúde (Praça Oswaldo Cruz, S/N, Boa Vista). A seleção será feita por meio de avaliação curricular, de caráter classificatório e eliminatório para todas as funções. O resultado preliminar da seleção será divulgado em 14.02. Os recursos poderão ser realizados nos dias 15.02, 18.02 e 19.02. Já o resultado final sairá em 12.03. O prazo de validade da seleção será de 24 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. QUEM PODE PARTICIPAR: O apoiador de Regulação Ambulatorial precisa ter diploma ou declaração de conclusão de graduação superior em qualquer área, emitido por instituição oficialmente reconhecida, autorizada pelo órgão competente. Também é preciso ter certificado ou declaração de pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu em Saúde Pública ou Coletiva ou Regulação, emitido por Instituição oficialmente reconhecida, autorizada pelo órgão competente; ou diploma ou declaração de conclusão de graduação de bacharelado em Saúde Coletiva. Já para Regulação Hospitalar há duas especificações. Em uma delas, é preciso ter diploma ou declaração de conclusão de graduação em Enfermagem, além de registro no conselho de classe e comprovante de experiência de, no mínimo, 12 meses em Central de Regulação Hospitalar. Também há vagas para quem tem diploma ou declaração de conclusão de graduação superior em qualquer área e comprovante de experiência de, no mínimo, 12 meses em Central de Regulação Hospitalar. As atribuições para cada cargo estão descritas no edital.

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BC aponta melhoras na atividade econômica

A economia pernambucana está em recuperação dos seus piores dias de crise. De acordo com o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica do Estado cresceu 2,1% no trimestre encerrado em agosto. Essa análise avalia um mix de indicadores que repercutem as decisões da política monetária do País, como produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros. É como se fosse uma previsão do PIB. O desempenho do Estado está acima da Região Nordeste (que avançou 1,5% no período). A manutenção da taxa de desemprego elevada e o aumento da informalidade no mercado de trabalho, porém, são duas preocupações mais graves apontadas pelo estudo para Pernambuco. A retomada da economia estadual e as dificuldades a serem superadas fazem o cenário de avaliação da pesquisa Empresas & Empresários, realizada pela TGI e pelo INTG, com patrocínio do Governo de Pernambuco. O bom desempenho da economia pernambucana no trimestre deve-se principalmente à indústria automobilística e ao setor sucroalcooleiro. Na análise do economista Ecio Costa, da consultoria CEDES, essa recuperação está conectada a mudanças no comportamento do consumo e ao câmbio favorável para exportações.   “O fim do represamento dos preços da gasolina melhorou a condição dos negócios do setor sucroalcooleiro. Além disso, o dólar está ajudando nas exportações de açúcar. No caso dos automóveis, há uma retomada de aquisições do setor automobilístico que incentiva essa indústria”, aponta o economista. Outra área em destaque na pesquisa é o de refino de petróleo. Para uma maior solidez desse crescimento, há a expectativa para a recuperação do comércio. As vendas decresceram em oito dos dez segmentos pesquisados. O varejo recuou 1,2% no trimestre finalizado em agosto. “A continuidade da expansão das atividades econômicas de Pernambuco deverá passar por outros segmentos importantes, como comércio e serviços, que representam 60% do PIB pernambucano, e da construção civil, que ainda está sofrendo muito com a retração da economia. Vem ensaiando uma recuperação, mas ainda com dificuldades”, comenta Ecio Costa. Os indicadores positivos de recuperação econômica não têm atingido o mercado de trabalho. O boletim do Banco Central, utilizando dados da PNAD Contínua, apontou que a taxa de desocupação caiu apenas 0,2% no segundo trimestre de 2018, ficando em 17%. No trimestre anterior houve recuo de 0,1%. Não há, no entanto, uma melhoria na taxa dos empregos formais. O documento do BC, aponta que se “sobressaíram os postos de trabalho por conta própria”, os chamados autônomos, além das contratações em segmentos que respondem pela maior participação nos empregos com carteira assinada, como comércio, serviços técnicos e construção civil. A insegurança com a economia nacional tem feito também resistir na zona de pessimismo o índice de Intenção de Consumo das Famílias. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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