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Em tempos de desemprego, pernambucanos buscam alternativas

As altas taxas de desemprego em Pernambuco e no Brasil não são apenas uma fotografia momentânea. Na avaliação dos especialistas, o cenário da desocupação está mais para um filme que tem como protagonista o desmonte recente da economia brasileira. Um roteiro que não foi revertido com as mudanças nas leis trabalhistas e que começa a ser afetado também por uma revolução tecnológica, que promete atingir uma parcela maior de trabalhadores. Até então apenas o “chão de fábrica” teve suas funções substituídas por robôs, mas a perspectiva para um futuro próximo é que a inteligência artificial substitua também cargos nos escritórios. Para enfrentar a escassez de postos de trabalho e ter expectativas melhores, muitos profissionais investem em outros caminhos para geração de renda, como o empreendedorismo e o cooperativismo. A prestação de serviços com apoio de aplicativos, como o modelo do Uber, e a aposta no setor de franquias também são alternativas em crescimento no Estado. “No País a crise bateu na porta no último trimestre de 2014. O cenário do emprego em 2015 foi negativo. Tivemos o pior ano de nossas vidas em 2016. Em 2017, parou de piorar, numa estabilidade perto do fundo do poço, da qual ainda não saímos”, afirma Lúcia Garcia, coordenadora de pesquisa do mercado de trabalho do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Ela avalia que em 2018, a conjuntura que vivemos guarda semelhanças numéricas ao epicentro da crise de 2008, quando ocorreu o estouro da bolha especulativa nos Estados Unidos. “De lá para cá, o capitalismo não dá respostas efetivas para crise global”. A especialista afirma que a crise do emprego no Brasil foi impulsionada por dois fatores da economia brasileira que afetaram diretamente Pernambuco: a paralisia do setor de petróleo e gás e das grandes obras financiadas pelo Governo Federal. A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE aponta que no Estado a taxa de desemprego no último trimestre de 2014 era de 8,3%. No último trimestre de 2017, o percentual subiu para 17,9%. O fechamento de postos de trabalho só no primeiro semestre deste ano foi de 10 mil vagas, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. Como Pernambuco passava há anos por uma onda crescente de investimentos industriais e de infraestrutura, a queda foi sentida de forma mais intensa. Jovens como Marcelly Arcanjo, 23 anos, que se preparava para ocupar uma vaga no polo naval, foi surpreendida com o encolhimento do setor. Tecnóloga em construção naval e com curso técnico em automação industrial, ela não conseguiu emprego. “Quando comecei os cursos havia uma grande oferta de oportunidades na área. Ao concluir era zero o número de vagas”, lamenta. Em reação à crise do setor recém-nascido em Pernambuco, Marcelly migrou de área. Voltou aos estudos e está em formação como técnica em eletrônica. “Troquei de foco para ter maior aceitabilidade no mercado de trabalho. Estou fazendo também iniciação científica, em um projeto de inovação para melhorar a mobilidade urbana. Isso me abre oportunidades tanto para o empreendedorismo como para a carreira acadêmica”, relata. Seguir para o mestrado na área de transportes está nos planos da estudante. Após ter sido demitido de um emprego de vendedor no comércio do Centro do Recife, Raul Teixeira, 23 anos, começou a trabalhar como motorista de Uber. “A crise me prejudicou bastante. Minha esposa estava grávida também. Tive que trabalhar de alguma forma. Decidi arriscar no Uber e não me arrependo”. Apesar de satisfeito com o novo ofício, que lhe remunera melhor que o comércio e proporciona flexibilidade dos horários, ele afirma não estar acomodado. Após iniciar e trancar cursos na área de logística e segurança do trabalho, formações em alta com a retomada industrial anterior à crise, ele está dividido entre fazer graduação em direito e tentar uma carreira pública ou montar seu próprio negócio. “Trabalhar como Uber abriu muito a minha visão. Hoje estou trabalhando para mim. Nunca pensei nisso antes. Minha ideia era sempre buscar emprego. Mas depois dessa experiência, vi que posso investir em algo e conseguir ganhos maiores que ser empregado”, revê Teixeira. Para sobreviver a esse cenário, a criatividade do brasileiro está sendo posta à prova. Um terreno fértil para o chamado “empreendedorismo por necessidade”. De acordo com o consultor do Sebrae, Vitor Abreu, esse fenômeno é caracterizado quando uma pessoa monta um negócio movida pela urgência. “É um tipo de empreendedor que aumenta em tempos de desemprego, quando as pessoas têm dificuldade de retornar ao mercado de trabalho e precisam voltar a gerar renda. Não necessariamente pela identificação de uma boa oportunidade”, explica. A pressa em voltar a ter remuneração, inclusive, faz com que esses empreendedores queimem algumas fases importantes da estruturação de uma pequena empresa. O que aumenta o risco de mortalidade do negócio, de acordo com o especialista. “Trabalhamos muito para evitar que na necessidade as pessoas não pulem etapas do planejamento. Isso faz com que comecem de fato a buscar mais a identificação de uma oportunidade”, afirma. Um dos caminhos acessados pelos empreendedores é a busca pelo setor de franchising. Andrea Fonseca era trainee na área administrativa de uma grande construtora nacional quando os cortes de pessoal a alcançaram. Enquanto ainda estava no emprego, ela visitou uma feira de franquias onde conheceu a marca que seria a sua aposta. Investiu numa unidade da Mister Mix em Camaragibe. Com bons resultados, assumiu uma outra loja em Jaboatão dos Guararapes e, recentemente, uma terceira no Shopping Camará. O conhecimento em administração e gestão aprendido na faculdade e na experiência profissional foi importante para consolidar a iniciativa. “Sempre pensei em montar um negócio. A demissão foi importante para essa passagem. Aproveitei a oportunidade e sempre tive resultado. Não foi fácil passar pelos piores dias da crise, mas aprendi bastante. Virei praticamente uma funcionária, fazendo parte do quadro. Mas estou bastante satisfeita”, conta a empresária. Hoje ela já recebe mais do que no antigo emprego e comemora o fato denão ter que viajar tanto como na

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Eleições: tributaristas defendem menos isenção de impostos

Em paralelo à campanha presidencial, há consenso entre especialistas sobre a necessidade de tornar a cobrança de tributos mais simples, compensar os contribuintes mais pobres e restringir a concessão de isenções a empresas. Ilustra essa convergência a aproximação entre as visões do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), organização não governamental brasiliense ligada a movimentos sociais, e o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), de Curitiba (PR), responsável pela elaboração do Impostômetro, referência constante entre empresários que reclamam da alta incidência de impostos no Brasil. “Temos que tirar um pouco da tributação sobre o consumo e aumentar sobre o patrimônio e renda”, defende Gilberto Luiz do Amaral, advogado tributarista do IBPT. “Isso vai fazer com que os produtos fiquem mais baratos, o que permite a lucratividade”. “A forma como a carga tributária é distribuída no País incide muito mais sobre tributos indiretos que são extremamente regressivos - o que é muito prejudicial não apenas para a justiça social, mas para a própria economia”, concorda Grazzielle Custódio, assessora política do Inesc. As duas visões são acompanhadas pelo atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. “Hoje, 48% de nossa carga é incidente sobre consumo. A pessoa na camada mais baixa de renda acaba tendo a renda mais comprometida com esse tributo do que acontece com uma pessoa de alta renda. Então, há necessidade dessa revisão”. Rachid assinala que, além de injusta, a tributação sobre consumo é extremamente complexa. “Chegamos ao ponto de ter legislação para duas ou três empresas que estão dentro de um setor econômico. Isso não é correto”. Ele avalia que, assim como a regressividade dos impostos, a burocracia que se origina do excesso de normas é antieconômica. “A legislação está chegando em um ponto que está sendo prejudicial para o crescimento do país. A necessidade da mudança passa a ser uma imposição”. A urgência também é apontada pelo Banco Mundial. A instituição multilateral estima que as empresas gastam 1.958 horas por ano e R$ 60 bilhões para vencer a burocracia tributária. Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, contabiliza que o efeito da burocracia e do cipoal de normas é insegurança jurídica dos contribuintes e aumento de contencioso nos tribunais. Segundo ele, há em litígio mais de R$ 3,3 trilhões em disputas tributárias (processos administrativos, demandas judiciais e dívidas em execução). “É uma situação ruim, piorando”, assinala. Segundo ele, a própria Constituição Federal, com mais de 250 dispositivos tributários, é causa do volume do contencioso. “Cada um dos dispositivos pode ser questionado do ponto de vista constitucional. Significa dizer que desde o momento que a matéria tem decisão em primeira instância até que a matéria venha a ser encerrada em recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal leva de 15 a 20 anos.” Reforma e próximo presidente Gilberto do Amaral, do IBPT, sugere que o novo presidente da República faça uma consolidação da legislação tributária e elimine 70% das burocracias e obrigações para pagar imposto no Brasil. “Se isso acontecer, os empresários vão dizer ‘graças a Deus. Até posso aceitar mais tributos, mas retire todo esse calcário que são as burocracias porque daí eu tenho mais tempo para vender, para comprar, para prestar serviços e tenho mais segurança no meu negócio’”, acredita. Além de enxugar normas e dar racionalidade ao sistema tributário, “o próximo presidente vai ter que enfrentar o desafio de revisão de benefício tributário. Agora tem que encontrar no Congresso um ambiente propício para esse debate”, aponta o secretário Jorge Rachid. “Ao ceder uma isenção fiscal, esse benefício tem que ter análise, tem que ter um tempo certo, precisa ter uma política de governança, alguém responsável para fazer essa avaliação”, recomenda. A estimativa do relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Luiz Carlos Hauly (PSDB), é de que ao todo as renúncias fiscais custem anualmente R$ 500 bilhões aos cofres públicos. Em muitos casos, são os próprios parlamentares que incluem normas para poupar empresas de pagar impostos. O cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getulio Vargas (FGV), assinala que o excesso de interessados, incluindo 27 governadores que temem perder arrecadação, pode dificultar o andamento da reforma tributária, como ocorreu até hoje. “É a tragédia dos comuns. Se alguém perde, gera veto”. Fonte: Agência Brasil

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E-commerce fatura R$ 2,1 bi no período do Dia dos Pais

O comércio eletrônico faturou R$2,1 bilhões no período de compras para o Dia dos Pais, celebrado neste domingo (12). O resultado aponta uma expansão de 8% com relação ao mesmo período do ano passado. O número de pedidos cresceu 22% para 5,11 milhões, enquanto o tíquete médio foi de R$409, queda de 11,5%. As informações são da Ebit|Nielsen, considerando a expectativa de compra dos consumidores no e-commerce de 28 de julho a 11 de agosto. De acordo com Pedro Guasti, consultor de Negócios Ebit|Nielsen, houve uma mudança no comportamento do consumidor neste ano. “A queda no tíquete médio foi impactada diretamente pela venda de produtos com menor valor agregado como livros, tênis, suplementos, perfume, camisetas e vinho. Isso mostra que os consumidores virtuais ainda estão bastante receosos em comprar produtos caros e contrair dívidas.”, disse. Por conta das comemorações de Dia dos Pais, o mercado online de Bebidas Alcoólicas também vem registrando aquecimento. Além do vinho, que consta na lista do top 10 como opção para presentear, bebidas como vodka (96%)*, uísque (20%)* e cerveja (11%)* apresentaram crescimento entre os dias 1º e 7 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado.  

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45% dos beneficiários do PIS/PASEP vão usar dinheiro extra para pagar dívidas

Os recursos do fundo PIS/PASEP, cujos novos saques estarão liberados para trabalhadores de todas as idades a partir desta terça (14/8), devem ajudar muitos brasileiros a sair do sufoco financeiro. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito aponta que 45% dos cotistas devem utilizar os recursos para pagar dívidas em atraso – o percentual sobe para 57% considerando apenas os consumidores das classes C, D e E. A segunda principal finalidade do dinheiro extra será os investimentos, com 30% de citações. Há ainda 30% de entrevistados que devem pagar despesas do dia a dia com o saldo disponível e 15% que anteciparão o pagamento de contas não atrasadas, como prestações da casa, do carro ou crediário, por exemplo. Outros 9% de entrevistados vão usar o dinheiro para adquirir roupas e calçados. Tem direito a sacar recursos, os trabalhadores de empresas públicas e privadas que contribuíram para o PIS ou para o Pasep entre os anos de 1971 e 1988 e que não tenham resgatado o saldo. Ao todo, aproximadamente 28,75 milhões de cidadãos brasileiros têm direito ao saldo das contas, o que deve totalizar uma injeção de R$ 39,52 bilhões na economia, segundo dados oficiais do governo. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o acesso ao dinheiro das cotas do fundo PIS/PASEP é uma medida importante que deve injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do país. “Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise e pelo desemprego a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito na praça. Ao reduzir a inadimplência o impacto sobre a economia é positivo”, explica. O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, também destaca que os recursos também poderão impactar o consumo. “É positivo ver que uma quantidade relevante de beneficiários usará os recursos para antecipar dívidas que não estavam atrasadas. Isso mostra uma atitude preventiva e prudente do consumidor”, analisa. De acordo com a pesquisa, 14% dos brasileiros ainda não sabem se têm direito ou não ao recebimento do benefício e 10% desconheciam a informação de que o governo havia liberado os saques. Metodologia A pesquisa foi realizada em 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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Fenagreste bate recorde de público em sua terceira edição

Cinco dias de lançamentos de livros, shows, contação de histórias, games, palestras e muita gente percorrendo os corredores marcaram a terceira edição da Feira Nacional do Livro do Agreste - Fenagreste, encerrada neste domingo, em Caruaru. O evento, que de 8 a 12 de agosto recebeu estudantes, professores e o público geral de todo o Agreste, atingiu a marca de 67 mil pessoas, superando os 54 mil registrados em 2017. Para a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e a Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras (Andelivros), a feira literária consolida-se como evento importante do calendário de Caruaru pelo seu apelo não apenas para a Capital do Forró, mas para toda a região. Diariamente, caravanas de municípios como Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Riacho das Almas, Bezerros, Bonito e Garanhuns trouxeram centenas de estudantes e professores para visitar os 50 estandes montados no Espaço Cultural Tancredo Neves. “O sucesso da terceira edição da Fenagreste comprova o acerto do Governo do Estado, por meio da Cepe, Andelivros e Prefeitura de Caruaru, em realizar um evento dessa natureza na região. Caruaru é um polo cultural do Agreste que influencia uma população estimada em 1,2 milhão de pessoas de toda a região, fato que dá a necessária sustentação à Fenageste. Esse ótimo resultado nos anima a realizar novas feiras literárias nos próximos anos”, afirmou o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, realizadora do evento. A prova de que o bom resultado aponta para a continuidade do evento é que o homenageado da quarta edição, em 2019, foi anunciado na cerimônia de encerramento pela prefeita Raquel Lyra. “A Fenagreste é um sucesso, sem dúvida. É um evento cultural de qualidade, que funciona como oportunidade única para atualizar e capacitar nossos professores. Estaremos novamente juntos com a Andelivros e a Cepe em 2019. E nosso grande mamulengueiro, nosso mestre da companhia Feira de Teatro, será o homenageado do evento, ao lado de Fernando Lyra”, declarou a gestora. A Fenagreste atingiu resultado surpreendente também economicamente. A estimativa é que a movimentação financeira seja finalizada em R$ 2 milhões. Em 2017, foi R$ 1,5 milhão. Durante os cinco dias da feira, estiveram representadas mais de 100 editoras, que comercializaram livros e outros materiais educacionais voltados a adultos e crianças. “Podemos dizer, sem medo, que a Fenagreste já está hoje entre as dez maiores feiras literárias do País. Isso é algo que muito nos honra e alegra. Como livreiro, fico muito feliz em poder levar o livro e os escritores ao encontro com crianças e adultos. Esse é o nosso objetivo principal”, salientou José Alventino Lima, diretor de feiras da Andelivros. Entre os pontos altos da programação de 2018, estão o show de abertura, com Jessier Quirino, a homenagem ao compositor Onildo Almeida pelos seus 90 anos, a palestra com Raimundo Carrero e os shows de Petrúcio Amorim, filho de Caruaru, e de Maciel Melo. A Fenagreste discutiu o tema “Toda família tem histórias”, abordando as novas configurações familiares em várias palestras. A garotada e os adolescentes tiveram espaços especiais, o Cantinho da Trela, com brinquedos e contação de histórias, e o Espaço Geek, arena com games e concurso de cosplay. Durante toda a feira, ainda, o Mamusebá, do mestre Sebá, realizou apresentações com distribuição de pipoca e algodão-doce para os pequenos. Toda a programação oferecida foi aberta ao público.

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Espetáculo Magna, de Christianne Galdino, é uma celebração à vida

Foi inspirada pela história da mãe que a jornalista, produtora cultural, pesquisadora e bailarina pernambucana Christianne Galdino, 45 anos, trouxe ao mundo o enredo de Magna. Diagnosticada com câncer de mama em novembro de 2017, Christianne desenvolveu um espetáculo de dança baseado na cultura popular do Nordeste brasileiro para tratar de forma leve e poética a delicada e complexa temática da doença. “O nome Magna é uma homenagem à minha mãe, falecida em 1991, em decorrência de complicações do câncer de mama”, explica ela. “Não sofri quando descobri que eu também estava doente porque entendi, à luz da minha religiosidade budista, que essa seria uma oportunidade de transformar esse carma negativo, para que não ele perdure nas próximas gerações da minha família”. Decidida a não se entregar à tristeza, Christianne, participante da primeira formação do Balé Brasílica - braço jovem do Balé Popular do Recife, do qual passou a ser bailarina em 1991, contou com o apoio fundamental de Pedro Pernambuco, também bailarino e seu “irmão na dança” para elaborar a proposta do espetáculo, uma oportunidade para que ambos, após alguns anos longe dos palcos, voltem a dançar. O elenco, dirigido por ela, é formado por cerca de 30 bailarinos, de variados níveis técnicos – alguns estão tendo a primeira experiência com a dança -, que se desdobrarão para apresentar ritmos como maracatu, caboclinho, xaxado e frevo. Será uma mescla entre balé e artes circenses, para contar todas as etapas de luta e empoderamento na batalha contra o câncer. Compositores locais cederam os direitos de suas canções para delinear a trilha sonora de Magna, entre eles, Flaira Ferro, com as músicas Me Curar de Mim e Bom Dia, Doutor. Os ensaios acontecem no Vila, espaço de arte-educação gerido por Christianne e o marido, o mágico Raphael Santacruz. Com estreia marcada para outubro, no Teatro de Santa Isabel, o Magna é, além de uma celebração à vida, uma maneira de Christianne estender o cuidado consigo a outras mulheres. Toda a renda adquirida com o espetáculo será destinada a pacientes do Hospital de Câncer de Pernambuco, através do financiamento de testes genéticos, uma das formas de prevenção à doença. “Testes genéticos são exames de sangue realizados em pessoas com indicação médica, que tenham propensão à doença. Se o resultado for positivo, significa que a paciente tem uma mutação genética que acusa uma probabilidade muito alta de desenvolver câncer de mama ou ovário. Esses testes não são oferecidos pela rede pública de saúde, por isso a necessidade de investir recurso próprio”, explica Christianne. Para as pacientes ainda não diagnosticadas com a doença, a recomendação, caso o teste genético tenha resultado positivo, é que se faça a cirurgia profilática, que consiste na retirada das mamas e implantação de próteses. Para que o projeto, de fato, aconteça, a coreógrafa abriu um financiamento coletivo online com o objetivo de arrecadar R$ 37 mil, valor necessário para custear o aluguel e a manutenção do espaço onde acontecem os ensaios, além da confecção de figurinos, adereços, cenografia e demais detalhes da produção. As doações para que o Magna aconteça podem ser feitas até o dia 26 de agosto através do site Catarse. Aqueles que contribuírem com valores acima de R$ 40 receberão recompensas que vão do ingresso para a pré-estreia da montagem a camisetas com a logomarca bordada à mão. “Queremos muito conseguir montar o espetáculo, mas o Magna vai além disso. A intenção levar também a mensagem de que precisamos cuidar de nós mesmas. Quanto mais cedo se tem o diagnóstico, mais chance há de cura. O câncer é uma doença multifatorial, relacionada à questões como alimentação inadequada, passando pelo sedentarismo, estresse e sobrecarga de trabalho. É preciso que estejamos atentas também ao nosso lado emocional”, encerra Christianne Galdino.   COLABORE COM A CAMPANHA AQUI.   SIGA O MAGNA NAS REDES SOCIAIS: Facebook: facebook.com/espetaculomagna Instagram: @magnaespetaculo

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Realizadoras do Brasil e do mundo terão seus filmes exibidos no II FINCAR

II Festival Internacional de Cinema de Realizadoras exibe mais de 70 produções audiovisuais em três cinemas públicos situados no Grande Recife, de 14 a 19 de agosto, com entrada a preços populares   Mais de 70 filmes dirigidos por mulheres serão projetados em três cinemas de rua durante o II FINCAR - Festival Internacional de Cinema de Realizadoras. De 14 a 19 de agosto, além das atividades formativas, a extensa programação contempla curtas, médias e longas-metragens de várias partes do mundo exibidos no Cinema São Luiz, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (ambos no Recife) e no Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro em Camaragibe, na região metropolitana do Recife. Viabilizado através do 10° Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco - Funcultura / Fundarpe, da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco, o FINCAR é uma produção da Orquestra Cinema Estúdios e Vilarejo Filmes. Em sua segunda edição, conta com a apoio da Fundação de Cultura de Camaragibe, Pajeú Filmes, Paço do Frevo, Portomídia e Porto Digital. O FINCAR tem como proposta ocupar os equipamentos culturais públicos da Grande Recife com uma programação provocativa, política e produzida por mulheres, com debates pós-sessões de cinema para investir na formação de público. Durante o mês que a convocatória esteve aberta 1168 filmes de realizadoras foram inscritos. O país que mais inscreveu filmes foi o Brasil, com 320 filmes submetidos à curadoria, estritamente formada por mulheres. Na primeira edição, em 2016, o país que mais inscreveu filmes foram os EUA. Realizadoras, artistas visuais, cineclubistas, comunicadoras populares, pesquisadoras acadêmicas, pesquisadoras livres, estudantes de cinema: cada curadora ao seu modo trouxe uma perspectiva sobre o cinema feito por mulheres. "A diversidade de vivências e experiências audiovisuais entre as curadoras é uma das potências políticas do festival. Os debates estabelecidos a partir dos filmes foram muito produtivos e a programação instigante a qual chegamos é resultado direto disso", afirma Maria Cardozo, idealizadora e diretora de programação do FINCAR. O que ainda ecoa dos debates curatoriais desta edição poderão ser encontrados no catálogo digital que será lançado no dia 14 de agosto no Cinema São Luiz e estará disponível online no site do FINCAR (www.fincar.com.br).     MÉDIAS E LONGAS acesse   A realizadora Patrícia Ferreira, a primeira diretora indígena a exibir filme no FINCAR, co-dirigiu o média-metragem Teko Haxy - Ser Imperfeita com Sophia Pinheiro. As duas realizadoras estarão presentes nas sessões do filme no Recife e em Camaragibe. Na programação de médias e longas encontra-se também o documentário O Caso do Homem Errado (RS - Brasil), de Camila de Moraes, que rompe o hiato de 34 anos sem longa de realizadora negra lançado em circuito comercial, vencedor do 9º Festival Internacional de Cine Latino, Uruguayo y Brasileiro; o documentárioMulheres Rurais em Movimento, direção coletiva do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste / MMTR-NE e Héloïse Prévost, vencedor do prêmio do júri do 11º Seminário Fazendo o Gênero; Piripkura (Brasil), de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, exibido no forumdoc.bh2018 e Festival do Rio 2018; Diários de Classe (BA - Brasil), dirigido por Maria Carolina da Silva e Igor Souza, exibido no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; Lírios não Nascem da Lei (MG - Brasil), realizado por Fabiana Leite, presente na Seleção oficial para o WomenCinemakers Biennial Edition 2018; Wild Relatives (França, Líbano e Noruega), dirigido por Jumana Manna e estreado mundialmente no 67º Festival Internacional de Cinema de Berlim - Berlinale 2018; Cuatreros(Argentina), dirigido por Albertina Carri, circulou pelo mundo em festivais, a exemplo do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (La Habana, Cuba) e Mar del Plata Inernational Film Festival (Mar del Plata, Argentina); e Dreamstates (EUA, França e Ruanda), realizado por Anisia Uzeyman, que estreou mundialmente no Los Angeles Film Festival. CURTAS-METRAGENS  acesse Ao todo 65 curtas serão exibidos no II FINCAR, com várias estreias em Pernambuco. Entre as primeiras exibições de filmes de realizadoras pernambucanas nas cidades do Recife e Camaragibe, temos duas diretoras negras e uma indígena: Anna Andrade com Entremarés, documentário que aborda a vida de mulheres pescadoras na Ilha de Deus (Recife); Ayla Oliveira comEntre Pernas, ficção de realismo fantástico sobre a Perna Cabeluda; e Graci Guarani comMensageiro do Futuro, documentário que fala sobre questões urgentes em uma das aldeias indígenas mais populosas do país. Dos 65 curtas que serão exibidos, 22 são de realizadoras negras e 6 de realizadoras indígenas.   CURADORAS Todo o processo de seleção dos filmes foi feito por uma equipe de curadoras mulheres, são elas: Ana Carvalho, Aurora Jamelo, Cíntia Lima, Elaine Una, Íris Regina Gomes, Maria Cardozo, Mariana Porto, Sabrina Luna, e as curadoras assistentes: Erlânia Nascimento,  Júlia Karam, Karla Fagundes, Mariana Souza e Rayanne Layssa. Algumas delas escreveram textos para o catálogo inspirados nos nomes das sessões de curtas: Dançando a revolução, Correntezas, Vivas nos queremos!, Recontando a história, É minha cada parte do meu corpo, Existir, ocupar!,  Noturnas, Corpos de terra e mar e Me chame pelo meu nome. INFÂNCIAS E ESCOLAS O cinema de animação realizado por mulheres em diversos países compõem a Sessão Infantil, novidade neste II FINCAR junto a Programação Escolar. Estes últimos terão como espectadores estudantes de escolas públicas nas duas cidades, resultado de uma intensa articulação institucional para viabilizar o transporte e a pauta letiva junto ao Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação, e da Prefeitura Municipal de Camaragibe, através da Fundação de Cultura. SÓCIAS E SOCIAIS Além das articulações via instituições públicas, estão sendo feitas mobilizações junto às comunidades ao redor dos cinemas para que estas pessoas possam conhecer mais estas e outras sessões do II FINCAR, bem como a proposta do festival como um todo. Já a sessão do médiaMulheres Rurais em Movimento contará com a presença das ativistas do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste / MMTR-NE, mulheres que participaram da direção coletiva do filme. Elas virão de Caruaru e de outros estados do Brasil para participar da exibição e muitas entrarão pela primeira vez no Cinema São Luiz, em sessão que acontece na quinta (16) à noite. No domingo (19) à tarde o filme volta a ser exibido, mas desta vez no Cine Teatro

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Vendas do Dia dos Pais devem crescer até 3%, projeta Boa Vista SCPC

A área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista SCPC projeta um crescimento entre 2,5% e 3% nas vendas neste Dia dos Pais, na comparação com 2017. A data que costuma movimentar o varejo, é a primeira data comemorativa do segundo semestre. Caso esta alta se comprove, o Dia dos Pais em 2018 seguirá a tendência das últimas datas comemorativas, de crescimento nas vendas na comparação com as de anos anteriores. Segundo Flávio Calife, economista responsável pela projeção, a economia tem melhorado gradativamente nos últimos meses, com impacto significativo sobre o consumo. “Depois de três anos de queda, as vendas voltaram a crescer. Em 2017 o comércio nessa data recuou 0,5%. Em 2016 caiu 5,2%. Esses percentuais devem ser observados sempre em relação às vendas do ano anterior”, detalha. Caso as vendas neste Dia dos Pais atinjam os percentuais de 2,5% ou mesmo de 3%, o aumento se igualará aos índices de 2013, quando houve uma elevação de 3% nas vendas do varejo nesta data.   SOBRE A BOA VISTA SCPC A Boa Vista é uma empresa brasileira que alia inteligência analítica à alta tecnologia para transformar dados em soluções para os desafios de clientes e consumidores. Criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da atividade de crédito no Brasil, ajudando o País a estabelecer uma relação de consumo mais equilibrada entre empresas e consumidores. A Boa Vista é precursora do Cadastro Positivo, banco de dados com informações sobre o histórico de pagamentos, que deixa a análise de crédito mais justa e acessível. Pioneira também em serviços ao consumidor, a Boa Vista responde por iniciativas que cooperam com a sustentabilidade econômica dos brasileiros, como a consulta do CPF com score, dicas de educação financeira e parcerias para negociação de dívidas. Tudo disponível de forma simples, rápida e segura no portal consumidorpositivo.com.br. Atualmente é referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do clico de negócios: prospecção, aquisição, gestão de carteiras e recuperação. Dados estão em toda parte. O que a Boa Vista faz é usar inteligência analítica para transformá-los em respostas e soluções às necessidades e desejos dos consumidores e empresas. www.boavistascpc.com.br

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Roteirista pernambucano é indicado ao prêmio HQMIX

O roteirista pernambucano de HQs, Eron Villar foi indicado ao prêmio nacional 30º Troféu HQMIX, na categoria “Adaptação para os Quadrinhos”, com a HQ “A noiva”, ilustrada pelo quadrinista da Marvel, Thony Silas. Os resultados e a premiação estão previstos para acontecer no dia 16 de setembro, às 17h, na Comedoria do Sesc Pompeia, em São Paulo. A entrada é gratuita e os bilhetes serão entregues uma hora antes do evento. Ao todo foram cerca de 500 trabalhos analisados para concorrer nas 27 categorias do prêmio como os melhores de 2017. “A parte mais interessante da indicação do prêmio HQ Mix é o reconhecimento nacional de um trabalho feito no Recife, Pernambuco. É uma iniciativa própria custeada e produzida pelos autores, com apoio, obviamente, mas em uma luta permanente de divulgação do quadrinho nacional. Essa indicação é um fato histórico para o Pernambuco”, afirmou Eron que ainda exaltou sua parceria no trabalho indicado com o também pernambucano Thony Silas. “Essa parceria tem uma sincronia e uma forma de trabalhar muito produtiva”. Além de “A Noiva”, Eron lançou recentemente a HQ “Cérebro”, com ilustrações de Carlos Eduardo Cunha. A nova HQ já está disponível para compra no Recife, na Bakamoon, na Banca Guararapes, e na Toca Disco Comic Shop. A obra tem a periodicidade bimestral e é comercializada por R$ 15. Sobre “A noiva” “A noiva” foi publicada pela Rico Editora/ UEON Productions, e é uma série de HQs que trata sobre a Revolução Pernambucana, ocorrida em 1817. A adaptação foi inspirada na obra "A noiva da revolução", do autor Paulo Santos de Oliveira. As HQs estão sendo vendidas por R$ 16. Sobre Eron Villar Eron Villar tem se destacado no cenário cultural pernambucano pela sua versatilidade: é autor, roteirista, ator, diretor, iluminador e dramaturgo. O artista de 44 anos, natural do bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, ganhou notoriedade no meio geek com as edições das HQs “A Noiva”, e “Reconnectors” ambas feitas em parceria com o renomado artista Thony Silas. Recentemente, publicou sua nova HQ, “Cérebro”, ilustrada por Carlos Eduardo Cunha, lançada em maio de 2018 na primeira Bienal Geek de Pernambuco

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Brasil está em penúltimo no ranking de participação feminina no Congresso

Apesar da mudança na legislação que obriga os partidos políticos a destinarem pelo menos 30% do Fundo Especial de Financiamento de R$ 1,76 bilhão – dinheiro do orçamento da União –, para campanhas de mulheres, o atual cenário de participação feminina pode permanecer inalterado. A avaliação é do analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz. Na avaliação de Queiroz, a nova exigência pode até ajudar na ampliação da participação feminina na vida pública, mas não será suficiente para eliminar o desequilíbrio entre homens e mulheres no Parlamento brasileiro. Levantamento preliminar do Diap aponta que a tendência das próximas eleições é de uma baixa renovação em relação às anteriores, o que pode impactar no número de mulheres eleitas. “Só com a possibilidade de um sistema eleitoral com lista fechada e alternância de gênero é que poderia resolver isso definitivamente”, defendeu. Ele lembrou que hoje o Congresso é majoritariamente masculino, com 10% de mulheres. Penúltimo no ranking A exigência de que os partidos destinem pelo menos 30% ao financiamento de campanhas de mulheres foi determinada, por unanimidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em resposta a uma consulta apresentada pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e outras parlamentares. Pelo entendimento da corte eleitoral, o tempo de propaganda no rádio e TV também deverá ter a mesma divisão. Segundo o TSE, a aplicação de cerca de R$ 533 milhões do Fundo Especial em candidaturas femininas é condição obrigatória para a liberação dos recursos. No entanto, o critério para a distribuição do fundo será definido pela Comissão Executiva Nacional do partido, que poderá destinar essa cota de gênero para qualquer tipo de eleição, majoritária ou proporcional. O Congresso brasileiro tem atualmente 54 mulheres entre 513 deputados federais e 12 entre 81 senadores. Segundo o ranking Mulheres na Política 2017 da União Interparlamentar (IPU, na sigla em inglês) e da ONU Mulheres, o País ocupa a 32ª posição em um ranking de 33 países latino-americanos e caribenhos sobre participação das mulheres nos parlamentos nacionais. Com 9,9% de parlamentares eleitas, o país só fica à frente de Belize, cujo índice é de 3,1%. O primeiro colocado é a Bolívia, com 53,1% de participação de mulheres no Parlamento. Na América Latina e Caribe, o índice médio de participação de mulheres no Parlamento é de 28,8%. O Brasil também ocupa as últimas posições no ranking mundial de 172 países, ficando em 154º lugar, considerando o índice de participação de mulheres de 10,5% na Câmara e de 14,8% no Senado. Maioria do eleitorado Dados atualizados da Justiça Eleitoral mostram que as mulheres são maioria do eleitorado brasileiro, com 52,5% dos eleitores. No entanto, nas últimas eleições majoritárias, em 2014, elas representaram 31,4% das candidaturas, das quais apenas 15% foram eleitas. Já nas eleições municipais, em 2016, apenas 31,89% dos candidatos eram mulheres. A primeira vez que as candidaturas femininas alcançaram 30% do total de candidaturas de um pleito no país foi nas eleições de 2012. Entretanto, desde 2009, a Lei das Eleições prevê que cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Com a obrigatoriedade de pelo menos 30% de candidatas mulheres, também apareceram as chamadas “candidatas laranja”. Segundo o TSE, em 2016 mais de 16 mil candidatos terminaram a eleição sem ter recebido sequer um voto. Naquele ano, em 1.286 dos 5.568 municípios, não houve nenhuma mulher eleita para o cargo de vereador. Além disso, apenas em 24 municípios as mulheres representam a maioria dos eleitos para o Legislativo municipal. Na avaliação da assessora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Jolúzia Batista, os partidos políticos estão mais cautelosos no cumprimento da lei, já que nas últimas eleições foram multados pelo TSE. “Então, acreditamos que pode ter um avanço significativo do ponto de vista de ter mais candidaturas de mulheres. Esse recurso [de candidatas laranjas] não vai deixar de existir, mas vai ficar um pouco mais camuflado”, afirmou. Pautas Para a assessora do Cfemea Jolúzia Batista, as mulheres já têm atuado de forma mais expressiva, sobretudo nos partidos de esquerda. “Nos partidos em que já havia uma batalha interna, intensa, por exigência de lugar e visibilidade, a pode ser que isso venha a reverberar de forma um pouco mais consistente. Mas ainda é um desafio, é uma incógnita que só vamos descobrir na apuração”, disse. Para o Cfemea, as pautas ligadas à mulher no Parlamento brasileiro tendem a ser dominadas pela atuação masculina. "Os debates sobre direitos reprodutivos, aborto, atendimento às mulheres vítimas de violência no SUS [Sistema Único de Saúde] são completamente mediados pela presença do pensamento moral conservador e dos homens”, afirma. “Eles dominam o debate sobre leis que atingem diretamente a vida das mulheres e de uma experiência que, inclusive, não está neles, mas se legitima por força dessa cultura machista patriarcal”, completa. Segundo Jolúzia, o sistema político funciona para não permitir que candidaturas femininas sejam visíveis, além de oprimir e apagar trajetórias que propõem pautas diferentes das já estabelecidas. “As candidaturas femininas em si já trazem uma agenda que é rechaçada, que não é valorizada pelo sistema político”, afirmou. Eleições 2018 Entretanto, as novas regras, a sensível predominância das mulheres no eleitorado e o cenário indefinido das eleições majoritárias deste ano têm pressionado os partidos políticos a valorizar a participação feminina na corrida presidencial. Com a realização das convenções partidárias, das 13 chapas oficializadas, sete são integradas por mulheres. As siglas têm até o dia 15 de agosto para registrar os pedidos de candidatura no TSE. Essas solicitações devem ser homologadas pela corte até o dia 17 de setembro. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa de Geraldo Alckmin pelo PSDB. A também senadora Kátia Abreu (PDT-TO) disputará como vice na chapa do partido junto a Ciro Gomes. Pelo PSOL, a líder indígena Sônia Guajajara disputará como vice ao lado de Guilherme Boulos. A professora Suelene Balduino Nascimento é a vice de Cabo Daciolo, pelo Patriota. Já

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