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Descobertas sobre zika e outras arboviroses prestes a sair do laboratório

Os surtos de zika, chicungunha e dengue nos últimos anos fizeram despertar a atenção de pesquisadores para a necessidade de investigar novas formas de prevenir e combater as arboviroses. Órgãos como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria de Saúde do Recife desenvolvem novas pesquisas na área. Confira a seguir o que os estudos mais recentes revelam. Remédio Pesquisas realizadas por cientistas da Universidade da Califórnia, tendo um brasileiro à frente do estudo, Alysson R. Muotri, constatou que a cloroquina, medicamento usado no tratamento da malária, pode impedir transmissão do vírus zika da grávida para o feto, evitando assim que os bebês nasçam com microcefalia. Segundo o infectologista do Hospital Esperança Recife, Moacir Jucá, a análise realizada in vitro mostra que a cloroquina defendeu dos ataques do vírus os minicérebros humanos – estruturas formadas por células-tronco que se aproximam da formação de um cérebro desenvolvido. Em seguida, os testes foram realizados com camundongos, que também responderam positivamente ao medicamento. “As fêmeas grávidas tratadas com cloroquina se tornaram imunes à doença, e tiveram filhotes saudáveis, mesmo após serem expostas ao vírus”, conta Jucá. Entretanto, o coordenador do serviço de infectologia do Hospital das Clínicas da UFPE, Paulo Sérgio Araújo, afirma que ainda é cedo para garantir a eficácia da droga. “Mulheres grávidas, por exemplo, não deveriam usar a substância porque acarreta risco ao feto, por isso, o tratamento requer mais estudos”, alerta. Até pouco tempo acreditava-se que as únicas formas de transmissão da zika se dava pela picada do mosquito, e da gestante para o filho e por meio do aleitamento materno. Entretanto, um estudo intitulado “Zika Bra”, fomentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com a Fiocruz, investiga a forma de transmissão da doença via sexual e a possibilidade de contágio por outros fluídos biológicos, como lágrima, saliva, suor e sêmen, sendo a última já relatada em artigos, mas ainda sem força científica. “Por isso, são necessários estudos mais desenhados, como o que estamos desenvolvendo, com o número maior de pessoas participando, além das cinco identificadas na região”, ressalta Araújo, que é coordenador da pesquisa. Iniciado no segundo semestre de 2017, o estudo está sendo realizado em Manaus, no Rio de Janeiro e no Recife, onde são investigados moradores próximos ao HC, centro em que se desenvolvem as análises. Síndrome de Guillain-Barré O resultado de um estudo intitulado Quadro neurológico associado a Zika Vírus, coordenado por Lucia Brito e Fátima Militão, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o Hospital da Restauração, está prestes a ser publicado. A pesquisa vai divulgar números significativos de pacientes acometidos por zika e chicungunha que desenvolveram sintomas relacionados à Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Trata-se de uma doença neurológica em que há uma produção desordenada de anticorpos que atacam os nervos periféricos, fazendo com que o impulso nervoso seja transmitido de forma lenta, causando fraqueza muscular e paralisia. “O número de pacientes analisados foram mais de 200”, informa o pesquisador e colaborador da Fiocruz Pernambuco, Carlos Brito. O intuito principal desta iniciativa é alertar os especialistas e a população que o quadro neurológico da SGB, relacionado a chicungunha e Zika, é mais frequente do que se imagina. “Inclusive, no caso da chicungunha, a doença pode ser tão grave quanto a zika e, em alguns casos, em uma proporção até maior”, esclarece Brito. Embora seja uma doença pouco conhecida pelos pernambucanos, quatro casos de pacientes com Guillain-Barré foram confirmados pela Universidade Federal de Pernambuco. Brito acredita que os resultados ajudarão a criar protocolos no tratamento de pacientes e melhorar os diagnósticos. Vale lembrar que o Ministério da Saúde já havia confirmado a ligação do Zika vírus com a SGB, depois de alguns estudos realizados pela UFPE, no qual foi observado que dos seis pacientes com sintomas neurológicos, quatro foram confirmados com a síndrome. Em breve, novas vacinas Já existe vacina para dengue desde a metade de 2016, entretanto, ela é oferecida apenas em consultórios particulares e tem eficácia de 66%. “O Programa Nacional de Imunização considera que não é custo-efetivo, logo ele não oferece a vacina nos postos de saúde, com exceção do Estado do Paraná, que implantou ano retrasado”, conta Paulo Araújo. A vacina é indicada para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A boa notícia é que existe uma vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), que se tiver comprovada a sua eficácia será distribuída gratuitamente. Ela está em fase de teste, sendo aplicada em 16 centros pelo Brasil, entre eles a Fiocruz no Recife. Vem sendo aplicada em pacientes de 2 a 60 anos e o bairro eleito para receber o teste no Recife foi Iputinga. Araújo explica que essa vacina é produzida com vírus inativado, ou seja, que está enfraquecido. “Se os resultados encaminharem para comprovar sua eficácia será uma arma contra a doença”, destaca. O estudo vai abranger 17 mil pessoas. Em Pernambuco a mostra é estimada em 1.200 pacientes e, por enquanto, já foram inseridas mais de 900 pessoas. A previsão é que, se tudo der certo, a novidade seja aprovada no prazo de três a cinco anos. Uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika também está sendo estudada. Apesar de ter sido testada em humanos e aprovada por comitês de ética nacionais e internacionais, ela precisa ainda ser avaliada em um novo grupo de pessoas. “A finalidade é estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança no organismo de pessoas sadias. Por enquanto, é tudo ainda muito incipiente”, justifica Jucá. MOSQUITOS ESTÉREIS Uma das estratégias utilizada pela Secretária de Saúde do Recife para combater o Aedes Aegypti é o uso das ovitrampas, armadilhas com água que simulam um criadouro. Por conterem larvicida, os ovos colocados pelo mosquito fêmea não se desenvolvem. “As aplicações das ovitrampas nos ajudam a dar um diagnóstico mais preciso da frequência e quantidade de vetores do Aedes nas comunidades”, explica Jailson Correia, secretário de Saúde

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Música, remédio prazeroso

Desde antes de Cristo, a música já era utilizada para acalmar espíritos. Hoje, ela vem sendo aplicada para fins terapêuticos em hospitais e clínicas. Profissionais como o pediatra, músico e compositor Fernando Azevedo têm constatado na prática os bons resultados dos sons musicais para os pacientes. Juntamente com outros dez médicos de especialidades diferentes, Azevedo canta e toca para pessoas que estão hospitalizadas. “Levamos um ‘cardápio’ de música clássica à MPB para elevar o estímulo das pessoas que estão nos leitos", relata o médico e músico. Ele e seus colegas já se apresentaram no Hospital Otávio de Freiras, no Imip e no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, onde a Orquestra de Médicos do Recife foi criada. “Percebo que todos ficam mais felizes e estimulados com a melodia. Não é apenas o medicamento que trata um paciente enfermo”, assegura. Para ele, a música consegue esse efeito por atingir as pessoas de forma lúdica, aliviando-as um pouco daquela realidade estressante em que se encontram num hospital. E é fácil entender como acontece esse efeito. Segundo a médica intensivista Cláudia Ângela Vilela de Almeida, a música libera endorfina, substância produzida pelo cérebro responsável por proporcionar a sensação de felicidade, humor, bem-estar e prazer; e diminui a produção de cortisol, hormônio liberado pelo nosso organismo quando estamos em situação de estresse. “A música também melhora a imunidade, principalmente quando o paciente está na UTI, pois ele fica mais calmo, diminui ansiedade, a incidência de delírio e, assim, melhora a qualidade do sono”, justifica Cláudia. A intensivista coordena o projeto de extensão Música para o Coração e a Alma, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). No projeto alunos e profissionais do Departamento de Música do Centro de Artes e Comunicação e de outros setores da universidade, além de funcionários do hospital, músicos convidados e corais se apresentam para os pacientes internados. Durante um período de 30 minutos a duas horas, eles cantam e tocam à beira dos leitos. No repertório estão presentes estilos musicais dos mais variados, desde músicas espirituais a marchinhas de Carnaval. “Às vezes eles passam muito tempo deitados, por essa razão ficam deprimidos e isso mexe também com familiares que os acompanham no hospital. A necessidade de algo que os conforte e torne a visita dos parentes agradável é imensa”, justifica Cláudia. O projeto que surgiu com o objetivo principal de promover por meio da música a humanização da assistência à saúde no HC-UFPE, especificamente na UTI, já tomou proporções maiores e passou a ser executado em outros departamentos. MEMÓRIA Sons musicais também são empregados na estimulação cognitiva. "Estudos comprovam que a música vem sendo cada vez mais utilizada em pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, demência senil e hiperatividade, por estimular as áreas emocional e motora", explica Vânia Ribeiro, psicopedagoga e sócia da clínica Amigos da Memória. A música é utilizada no espaço para estimular seus alunos com ou sem doenças neurodegenerativas a recordar. "Pesquisadores como Weinstein (que publicou artigo sobre o tema na Archives of Neurology), mostram ser possível trabalhar a canção com idosos com demência porque a percepção, a sensibilidade, a emoção e a memória para a música podem permanecer por muito mais tempo do que as outras formas de memória", ressalta a fonoaudióloga Lúcia Liberal também sócia do espaço. Escutar uma música que costumava ouvir numa determinada época pode ser uma forma de um indivíduo exercitar a memória e lembrar-se de seu passado. "A música é positivamente aplicada no resgate da história de vida dos alunos, uma vez que é conhecida como a linguagem da emoção”, informa a psicopedagoga. “Isso acontece porque ao escutarmos uma canção que apreciamos, desencadeia-se atividade no hipocampo, região do cérebro que desempenha um papel fundamental na ativação da memória e nas emoções vinculadas à socialização”, esclarece a psicopedagoga. *Por Paulo Ricardo Mendes (algomais@algomais.com)

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Inhame, um superalimento

Ele não usa capa, raios UV e muito menos voa para salvar a população em perigo. Nem tem a fama do espinafre, que ingerido pelo personagem Popeye, conferia grandes poderes ao marinheiro da animação. Mas o inhame pode ser considerado um superalimento. Iguaria presente em boa parte das mesas dos brasileiros, possui em sua propriedade algumas substâncias que fazem bem para quem o consome, sendo bastante útil para a prevenção e o combate de muitas doenças. “Parente” da batata e da macaxeira, poucos sabem que o inhame é originário da África e foi trazido para o Brasil na época da colonização pelos portugueses. Chegando aqui, caiu no paladar dos brasileiros e passou a ser considerado um produto regional, pois se desenvolveu bem no solo nordestino. Atualmente existem mais de 600 espécies, sendo apenas algumas consideradas comestíveis, como o inhame-branco. A nutricionista do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira)Ligia Barros explica que além de ser saboroso quando acompanhado com outros alimentos, o inhame é rico nos chamados “carboidratos complexos”. Esse grupo de alimentos possui baixo índice glicêmico que garante um bom aporte de energia, sem, no entanto, aumentar em demasiado a taxa de glicose no sangue. “É um alimento com teor de calorias reduzido e pode auxiliar no planejamento alimentar de algumas pessoas que se beneficiem desse fato para perda de peso”, explica a nutricionista. Isso porque, o tubérculo garante uma boa quantidade de fibras auxiliando na manutenção da glicemia (nível de açúcar no sangue), no bom funcionamento intestinal, no controle dos lipídeos (gorduras) circulantes na corrente sanguínea e, assim, consequentemente, ajuda o indivíduo a se manter saciado por mais tempo. Mas, seus “poderes” não param por aí. O alimento ainda possui um bom teor de cálcio e fósforo, que ajuda na manutenção da saúde óssea e também contém um excelente teor de potássio, que auxilia no funcionamento do sistema cardíaco e na melhora dos níveis de pressão arterial. Suas propriedades vão mais além. Também dispõe de um bom teor de vitamina C e zinco, fortalecendo o sistema imunológico e fazendo com o que o corpo melhore as defesas do organismo. A nutricionista explica que o inhame também é fonte de vitamina do complexo B, em especial a Tiamina (B1), que auxilia na manutenção de uma boa saúde mental. Ele também pode ser fonte de diosgenina, um fito-hormônio que pode auxiliar no combate dos sintomas da menopausa e da TPM. Ao contrário de outros alimentos que têm algumas contraindicações, o inhame pode ser utilizado desde na dieta de bebês que iniciaram a alimentação complementar ao peito, quanto de idosos. “A quantidade vai depender do planejamento dietético do nutricionista para cada pessoa”, orienta Ligia. Mas, por ser uma fonte de carboidratos, pode ser calórico, logo o ideal é consumi-lo em baixa quantidade, com uma porção ao dia, seja cozido, assado ou feito no vapor. Ainda é possível experimentá-lo no formato de purê, sopas e acompanhado de carnes e/ou ovos, o que garante um bom aporte de carboidrato e proteína. Embora seja comum encontrar outras funções do tubérculo além da alimentar, como compressa de inhame cru no combate de inflamações e abscesso, não existe comprovação científica de que estas práticas realmente funcionam. “Não podemos receitar aos pacientes outras finalidades do alimento, a única garantia que temos é que ele auxilia no tratamento e na prevenção de algumas doenças”, ressalta Ligia. A nutricionista ainda alerta que mesmo sendo um alimento rico em nutrientes, de baixo custo e acessível à população, o inhame deve ser consumido tendo a consciência de que não existe alimento milagroso para o processo de emagrecimento, bem como para as doenças. “Porém, uma boa alimentação desempenha um papel fundamental no bom funcionamento do nosso organismo e só traz benefícios para o dia a dia”, aconselha.

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Tai chi chuan: bom para corpo e mente

Caminhar, fazer academia ou praticar alguma modalidade esportiva são as primeiras atividades físicas que a maioria dos brasileiros pensa quando quer se exercitar para melhorar a saúde. Porém, uma alternativa ainda pouco conhecida pela população com grandes benefícios para o corpo e mente é o tai chi chuan. A Universidade de Harvard apontou a arte marcial chinesa como a ideal para idosos. Diversos outros estudos científicos revelaram que o tai chi proporciona um organismo mais equilibrado e saudável em qualquer idade. “Por ser considerado como uma prática corporal da medicina tradicional chinesa, o tai chi chuan é visto como promotor da saúde e prevenção de doenças”, revela a doutora em psicologia social da USP (Universidade de São Paulo), Lisete Barlach. Ela afirma que essa atividade traz benefícios gerais para qualidade de vida, envolvendo o ser humano em suas dimensões fisiológicas, mentais e emocionais. “Trata-se de uma visão mais abrangente de saúde, pois o tai chi chuan não é apenas uma prática física, mas contém uma filosofia de vida”. A arte milenar exige muita concentração, contribui para melhorar a postura do corpo e promove o fortalecimento dos ossos e dos músculos, de acordo com Angela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental. “É uma metodologia que usa a baixa velocidade e o exercício de baixo impacto, mas é bastante exigente. Há um fortalecimento imediato dos membros inferiores e um estímulo à circulação sanguínea. O sistema cardiovascular é melhorado e o metabolismo geral do indivíduo acaba ganhando com isso”, explica a professora. Estudo da Universidade de Xangai, publicado pelo Jornal da Sociedade Americana do Coração, confirmou que essa atividade reduz a pressão arterial, além de baixar também os níveis de mau colesterol e triglicérides — que é uma gordura que amplia os riscos cardíacos. Praticante há dois anos, a médica Lucely Alves, 67 anos, buscou o tai chi chuan com a motivação de melhorar a saúde, porque enfrentava problemas articulares, na coluna e além de ter osteoporose. “Reduziu muito as dores, melhorou muito o meu humor e disposição, além disso, fiquei também mais paciente. A prática nos traz também uma maior consciência corporal, que nos faz corrigir alguns vícios de postura que assumimos no dia a dia”, conta. Ela faz duas aulas por semana com o professor André Silva, que é coordenador do núcleo pernambucano da Associação Chin Woo Martial Arts Institute. Como médica, Lucely avalia ser importante conhecer outras alternativas terapêuticas, principalmente quando são práticas sociais, que colocam as pessoas em contato umas com as outras. André informa que há um interesse crescente pela arte milenar no Recife e no País, pois as pessoas têm buscado uma vida mais equilibrada, fazendo um contraponto à agitação do cotidiano das grandes cidades. Além disso, tanto essa atividade como outros pilares da medicina tradicional chinesa promovem uma redução do uso de medicamentos, que seria outra motivação para vários praticantes. “A vida moderna não permite mais momentos de reflexão. Temos muita informação e pressões diariamente. Isso adoece o corpo, que é tratado com medicamentos. As pessoas estão percebendo que o organismo não suporta tanto remédio e entendem que o corpo tem um processo natural de cura. O tai chi chuan é um estado de meditação em movimento, muito indicado para descarregar o estresse e trazer mais equilíbrio às emoções”, declara o professor André Silva. Para a terceira idade, especificamente, a professora Angela Soci afirma que o tai chi chuan se tornou mais popular. Na China há o costume das pessoas idosas de praticá-lo nas praças. “Os benefícios para a saúde são positivos para todas as idades. Mas para os idosos, a ciência já comprovou que a prática reduz o índice de quedas e fraturas dos membros inferiores, promove a recuperação do sistema cardiovascular e contribui nos processos de recuperação ortopédica, inclusive de cirurgias. Muitas pessoas que tiveram AVC estão utilizando o tai chi chuan para auxiliar na recuperação neurológica também”, enumera. Os benefícios diversos que têm sido revelados pelas ciências nas últimas décadas motivaram a USP a criar uma Especialização em Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa, que é coordenada pela professora Barlach. Ela afirma que no Brasil, a medicina reconheceu o tai chi chuan como uma prática integrativa e complementar desde 2006, já sendo praticada em unidades de saúde públicas. “Essa política busca incorporar os benefícios à saúde, de maneira a complementar os tratamentos médicos convencionais”. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Cuidado, rede social vicia

Você consegue ficar dois dias num lugar sem internet, sem possibilidade de acesso às redes sociais? Se respondeu “não”, é bom ficar alerta. Estudos científicos comprovam que a compulsão por checar constantemente o feed de mensagens pode ser um sinal de vício. Na verdade, psiquiatras estão de orelha em pé com o impacto desses aplicativos na saúde mental. Pesquisa feita pela RSPH (Real Sociedade de Saúde Pública do Reino Unido) e pela Universidade de Cambridge revelou que jovens que passam mais de duas horas por dia no Facebook, Twitter e Instagram são mais propensos a sofrer de angústia, ansiedade e depressão. Tal qual o viciado em álcool não consegue ficar no primeiro gole, os viciados digitais não resistem a permanecer horas na web. “Mesmo fazendo esforço para reduzir o tempo, essas pessoas não conseguem resistir, eventualmente até se sentindo culpadas. O comportamento compulsivo se dá pela dificuldade em controlar o impulso de checar se há algo novo, interessante, quantas curtidas recebeu, se o seu comentário foi retrucado”, constata o psiquiatra Amaury Cantilino. Mas calma, o fato de passar algum tempo diante de tablets e smartphones não quer dizer que você seja um viciado ou depressivo. Mas, então, quando é que este hábito se torna nocivo à saúde? “É importante verificar o quanto as redes sociais impedem a pessoa de atender suas demandas produtivas e de circulação social”, aponta Marina Assis Pinheiro, professora do Departamento de Psicologia da UFPE e da pós-graduação de Psicologia Cognitiva da universidade. Portanto, se sua produção no trabalho ou sua relação com as pessoas foi afetada, é bom ficar atento. O certo é que há estudos que associam tempo de exposição a redes sociais e sintomas depressivo-ansiosos. Mas, segundo Cantilino, não se sabe exatamente o que surge primeiro, se o excesso de internet provoca a depressão ou se pessoas deprimidas buscam mais este tipo de ferramenta para lidar com a solidão ou a ansiedade social. A grande dica é não deixar que o mundo virtual elimine os relacionamentos pessoais mais profundos, que são protetores da saúde mental. “Quando passamos por dificuldades, nada melhor do que uma conversa com um bom amigo. As redes sociais não são o melhor espaço para desabafos”, previne Cantilino. Há ainda o agravante de quem se expõe na rede estar sujeito a toda sorte de comentários grosseiros e extremados. Sem falar nas páginas e grupos virtuais que estimulam comportamentos danosos, como hábitos alimentares mórbidos, incitamento à agressividade e até incentivo à automutilação e ao suicídio. Um tipo de isolamento extremo, que limita os relacionamentos ao mundo da web, tem sido observado em jovens. São os chamados hikikomori, fenômeno verificado originalmente no Japão, onde se tornou uma epidemia atingindo 1 milhão de pessoas. Mas também é observado em várias partes do mundo, incluindo em Pernambuco. “Tenho visto algumas pessoas com características típicas”, destaca Cantilino. Sem amigos e afastado dos pais e parentes, os hikikomori (significa “ficar de lado” em japonês), passam a maior parte do tempo em seus quartos. Trocam o dia pela noite para evitar se relacionar com o mundo exterior. O único contato é feito pela web, geralmente, utilizando perfis falsos nas redes sociais. Especialistas notam também a influência desses aplicativos na autoestima de pessoas, que acabam se comparando com o que vê postados nos perfis. “É curioso como boa parte da autoavaliação do bem-estar subjetivo se dá por comparação. O mesmo ocorre com a avaliação da nossa adequação física e da nossa satisfação com a vida. Nesse sentido, as pessoas se sentem felizes ou não tomando como referência a situação de quem está mais próximo”, explica Cantilino. Essa realidade é ainda mais forte entre adolescentes e jovens. “A adolescência é o momento em que se começa a experimentar intensidades afetivas fora da família, o jovem vai perguntar o que ele vale para o outro da sua idade”, destaca Marina. O problema, ressalta Cantilino, é que o Instagram e o Facebook tendem a dar duas falsas impressões: “a de que o outro que postou a mensagem é meu próximo e de que a vida dele é melhor do que a minha”. E a vida como ela é não está estampada nas redes sociais. Em geral, as pessoas postam seus sucessos, seus sorrisos, mas não suas incertezas, seus fracassos. “Cuidadosamente escolhem as fotos em que ficaram mais fotogênicas, mais saudáveis, mais ‘ensolaradas’. Para um adolescente, que está tomando isso como referência do que ele é e representa, pode ser complicado atingir este padrão como modo contínuo de vida”, adverte o psiquiatra. Foi o que aconteceu com a estudante de publicidade Bárbara Sales, de 20 anos. Ela conta que sempre se achou gordinha, o que não a impedia ter vida social. As coisas começaram a mudar, aos 16 anos, quando passou a ficar mais ativa nas redes sociais. “Comecei a me preocupar mais com a aparência e a me espelhar nos outros”, relata a jovem. Bárbara pedia ao pai para pagar a academia, mas se boicotava, não frequentava os treinos porque ninguém da sua turma malhava. “Não queria ser a única do meu grupo a ter esse compromisso para emagrecer”, justifica. Em compensação, passou a acompanhar compulsivamente pelo Instagram o processo de emagrecimento de outras pessoas. O aplicativo abriga vários perfis que orientam como ser “fitness”, nem sempre com informações balizadas por um profissional de saúde. Logo Bárbara passou a se “desmerecer”, porque não conseguia emagrecer em duas semanas como preconizavam as "modelos" do aplicativo. “No Instagram você deseja ter o corpo de outra pessoa e, aí, você vai se frustrando. Eu queria ter o corpo da Bruna Marquezine, o que era impossível”. Com o passar do tempo, ela entrou em depressão, a ponto de não querer ir ao shopping com familiares ou frequentar festas de amigos. “Não me sentia bem na roupa que estava vestindo”. Para sair do baixo astral, Bárbara recorreu à psicoterapia. “Aí que descobri que posso ser magra, mas dentro do meu tipo físico, sem ter que me espelhar em ninguém”, diz, aliviada. Ela chegou a perder oito

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Capibaribe luta contra a poluição

Através deste mar/ vou chegando a São Lourenço/ que de longe é como ilha/ no horizonte de cana aparecendo (...)/Navegando este mar/ até o Recife irei,/ que as ondas deste mar/ somente lá se detém. Na série de reportagens Rio da Resistência, chegamos com João Cabral de Melo Neto, em seu poema O Rio, ao trecho mais urbano do Capibaribe. Entre seus desafios e belezas, o curso d'água mais simbólico de Pernambuco é alvo de projetos de revitalização, estudos acadêmicos e da mobilização de parte dos recifenses. Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, Alexandre Ramos, há três desafios vitais dessa passagem metropolitana. "Há uma questão mais institucional, que é implantar instrumentos para realizarmos a governança da água. O engajamento dos prefeitos e prefeitas para a revitalização do rio faz parte disso. A coleta e o tratamento de esgotos e o reflorestamento são os outros fatores essenciais. Está provado cientificamente que plantar árvores (nas margens) é como plantar água", defende. Um trabalho em andamento do comitê é sensibilizar os prefeitos para assinarem uma carta de compromisso em defesa do Capibaribe. Até o fechamento desta edição, 23 chefes do poder executivo municipal já tinham assinado. Em São Lourenço, primeira cidade visitada por Cabral na sua descida pela Região Metropolitana do Recife, aconteceu recentemente um trabalho educativo da ONG Recapibaribe com escolas públicas. Tendo sua sede no Capibar, um bar às margens do rio no bairro do Monteiro no Recife, a ONG realiza há 20 anos um trabalho de coleta de lixo e de sensibilização ambiental. "Se houvesse mais ações educativas ao longo dos 42 municípios onde o rio passa, a população sentiria mais vontade de cuidar dele", considera a presidente da organização Socorro Catanhede. Na sua atuação no Recife, a ONG chegou a retirar de uma só vez 600 toneladas de lixo. O espaço recebe visita de escolas para educação ambiental e nos eventos em datas especiais, como no Dia do Meio Ambiente, são recolhidos alimentos não perecíveis. A arrecadação de dinheiro ou de cestas básicas é destinada a pescadores que têm no rio, hoje poluído, a sua fonte de renda. "Nosso trabalho é uma junção dos três pilares da sustentabilidade: econômico, ambiental e social. Buscamos resgatar a cidadania dos pescadores", afirma Socorro. Os resíduos já eram percebidos por Cabral no poema: Via-me, rio, passar/ com meu variado cortejo/ de coisas vivas, mortas,/ coisas de lixo e de despejo. Para o professor Fernando Porto, do Departamento de Zootecnia da UFRPE, o acúmulo de resíduos no Capibaribe, associado às recentes mudanças climáticas, representa um grande risco de agravar os alagamentos no Recife, com impactos também na saúde dos seus moradores. Ele conta que os índices pluviométricos da cidade têm-se concentrado num período menor de tempo (o volume de chuvas que caía entre quatro e cinco meses está caindo em apenas dois meses). "Toda a área urbana do Capibaribe enfrenta esse problema dos lançamentos de lixo e esgoto. Quando ocorrem as chuvas mais intensas e o rio não consegue drenar, a cidade fica alagada. Lixo, animais, como ratos, e os fluidos de veículos se diluem com essa água, o que expõe a população ao contágio de doenças". Pós-doutor em biologia marinha, Porto afirma que o acúmulo dessa carga difusa de plásticos, borrachas, madeiras tem sido consumida pela vida marinha. "Nos plânctons (microrganismos) do rio venho notando uma imensa quantidade de microplástico. Isso está sendo estudado nos últimos anos como um perigo para o metabolismo humano. Por meio dos esgotos, eles chegam nesses ambientes e os peixes podem comê-los. E isso acaba chegando na alimentação humana". Um contraponto positivo da cidade, segundo o professor, é que o Recife concentra a maior área de manguezal urbano na América do Sul. "O Capibaribe está a cada dia mais fino, com suas margens sendo diminuídas. Mas o manguezal é um ativo importante que precisa ser mantido, é necessária uma política mais séria para conservá-lo. Ele capta boa parte da chuva que se acumularia nas ruas. Sem ele, a cidade pararia e ficaria ainda mais caótica nos dias de chuvas", sentencia. AFETIVIDADE De Apipucos à Madalena, Cabral apresenta um Capibaribe diferente do que via até então. Agora vou entrando/ no Recife pitoresco,/ sentimental, histórico. No olhar do poeta, são bairros que trazem uma experiência mais contemplativa do rio. Estão neste caminho, Apipucos, Poço da Panela, Casa Forte, Madalena, Jaqueira. Esse trecho, intensamente habitado, tem sido alvo de um dos maiores projetos de revitalização da cidade, o Parque Capibaribe. O projeto da Prefeitura do Recife, em parceria com o Inciti - Pesquisa e Inovação para as Cidades, da UFPE, propõe a criação de um sistema de parques integrados por 30 quilômetros nas margens do Capibaribe. Uma iniciativa de longo prazo que tem a pretensão de fazer os olhos dos recifenses se voltarem para o rio. A primeira entrega foi a construção do Jardim do Baobá, nas Graças. "A receptividade e apropriação desse pequeno parque, de 100 metros, é surpreendente. Imagine o impacto de um quilômetro de margem com esse padrão, com terraços de contemplação, um píer maior", sugere o secretário executivo de projetos especiais da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, Romero Pereira. O próximo passo será o trecho entre as pontes da Torre e da Capunga, que será licitado neste semestre e as obras, previstas para durar 18 meses, devem começar no segundo semestre. A PCR planeja outros trechos do parque. "Queremos ter o projeto pronto para buscar recursos para a sua implantação", conta Romero. Outro trecho dessa região está sendo revitalizado pelos próprios moradores. Trata-se do Jardim Secreto, um projeto da Associação dos Moradores e Amigos do Poço da Panela prestes a completar um ano. Em fase de planejamento das hortas para o local, o espaço passará também a ter a oferta de aulas gratuitas de alongamento, dança e ginástica funcional a partir deste mês. "Espaços públicos se tornam bem utilizados quando nos tornamos os verdadeiros protagonistas da cidade que sonhamos e queremos. Acreditamos que através deles podemos promover mais igualdade social,

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Pernambuco: 11 concursos e seleções públicas com inscrições abertas

Pernambuco tem 11 concursos e seleções públicas com inscrições abertas. Destaques para o aguardado concurso da Compesa, que tem 63 vagas e salários de até R$ 6,7 mil e a seleção simplificada da UFPE, com 50 vagas para professores substitutos, com remunerações de até R$ 3,1 mil. Há oportunidades ainda para o IFPE, Conselho Regional de Psicologia, Câmara de Serra Talhada, Ibama e diversas prefeituras. Confira na lista abaixo as oportunidades. IFPE Vagas: 6 Oportunidades: Professor substituto no Campus de Pesqueira (nas áreas de Ambiente e Saúde, Controle e Processos Industriais, e Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias) Inscrições: Até o dia 20 de maior, pelo site: http://www.selecao.pesqueira.ifpe.edu.br Salários: Variam entre R$ 3.121,76 e R$ 5.742,14. Confira o edital: IFPE COMPESA Vagas: 63 Oportunidades: Analista de Saneamento - Engenheiro Cartógrafo, Engenheiro Eletrônico, Engenheiro Químico, Engenheiro Civil e Engenheiro Eletrotécnico. Analista de Gestão - Administrador, Analista de Gestão de Pessoas, Analista de Tecnologia da Informação e Enfermeiro do Trabalho. Assistente de Saneamento e Gestão - Técnico em Contabilidade, Técnico Operacional (desenho técnico), Técnico Operacional (topografia), Técnico Operacional (mecânica), Técnico Operacional (Edificações) e Assistente de Gestão e Serviços Comerciais. Inscrições: Até o dia 4 de junho, pelo site: http://fgvprojetos.fgv.br Salários: Entre R$ 1.442,36 a R$ 6.743,28 Confira o edital: http://fgvprojetos.fgv.br/concursos/compesa2018 Conselho Regional de Psicologia Vagas: 70 (3 para contratação imediata e 67 para cadastro de reserva) Oportunidades: Assistente Administrativo (nível médio) e Psicólogo Orientador/Fiscal (nível superior). Inscrições: Até o dia 6 de junho, no site: http://www.quadrix.org.br Salários: R$ 2.760,66 a R$ 4.502,61 Confira o edital também no site da banca organizadora: http://www.quadrix.org.br UFPE Vagas: 50 Oportunidades: professor substituto de diversas áreas (conferir no edital) para os Campi de Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru. Inscrições: Até o dia 14 de maio diretamente nas secretarias dos departamentos que são responsáveis pelos processos seletivos (alguns desses departamentos, onde houve ampliação de vagas, aceitam as inscrições até o dia 16 de maio). Salários: Entre R$ 2.236,30 e R$ 3.121,76 Confira o edital: Seleção Simplificada da UFPE Câmara de Serra Talhada Vagas: 16 Oportunidades: Procurador Jurídico, Agente de Controle Interno, Agente Administrativo, Digitador, Telefonista, Motorista "E", Vigilante e Auxiliar de Serviços Gerais Inscrições: Até o dia 3 de agosto pelo site: http://www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 950,30 e R$ 4.206,33 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/camara-de-serra-talhada-pe/downloads Prefeitura de Paulista Vagas: 439 Oportunidades: Diversos cargos nas secretarias de saúde (Médicos em diversas especialidades; enfermeiros; Técnico de Enfermagem, Cuidador; psicólogo; assistente social; terapeuta ocupacional; fonoaudiólogo; Cirurgiões-Dentistas para diversas especialidades; Agente de Saúde em função Auxiliar Em Saúde Bucal; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fisioterapeuta Respiratório; Nutricionista; Profissional de Educação Física; Condutor Socorrista; Agente de Combate às Endemias; Auxiliar de Farmácia; Maqueiro; Sanitarista), de meio ambiente (Engenheiro Civil, Engenheiro Ambiental, Biólogo, Engenheiro Florestal, Geólogo, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Pesca, químico, serviço social, Técnicos ambientais de edificações, saneamento, química, geoprocessamento, agrícola e meio ambiente) e de políticas sociais e esportes (psicólogo, assistente social e pedagogo) Inscrições: Até o dia 10 de junho, pelo site: http://www.upenet.com.br Salários: Entre R$ 1.040,30 e R$ 4.931,02 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/AD7FEAAA Ibama / Prevfogo - Serra Talhada Vagas: 29 Oportunidades: brigadistas, chefes de esquadrão, chefe de brigada, Gerente Estadual do Fogo. Inscrições: Até o dia 16 de maio, na Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos Hídricos de Serra Talhada (Avenida Vicente Inácio de Oliveira, s/n, Parque de Exposições). Salários: A partir de R$ 1,2 mil Confira o edital: http://www.serratalhada.pe.gov.br/noticias/ibama-realiza-selecao-para-contratacao-de-brigadistas-que-atuarao-em-serra-talhada Prefeitura de Altinho Vagas: 133 Oportunidades: Auxiliar de serviços gerais, vigia, cozinheiro, coveiro, jardineiro, pintor, Lombador e Fiscal de Feira, Auxiliar de Operação de Saneamento Básico, Fiscal de Adutora e Gari, Motorista, Assistente Social, Auxiliar de Farmácia, Auxiliar Técnico Administrativo, Biomédico, Enfermeiro, Nutricionista, Fisioterapeuta, Técnico de Analises Clínicas, Técnico de Enfermagem, Técnico de Radiologia, Mecânico e Eletricista. Inscrições: Até o dia 18 de maio na Secretaria de Obras, Viação e Serviços Urbanos (Rua Dr. Gercino de Pontes, s/n, Centro) ou na Secretaria de Saúde (Rua Siqueira Campo, s/n, Centro). Salários: Entre R$ 954 e R$ 1.600 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/F0C41C18 Prefeitura de Floresta Vagas: 70 (além de 100 vagas de cadastro de reserva) Oportunidades: Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Anos Iniciais; 1ª e 2ª fase da Educação de Jovens e Adultos Anos Finais) Inscrições: Até o dia 16 de maio, na Secretaria Municipal de Educação, no horário (das 9h às 13h). Salários: R$ 1.144,80 Confira o edital: http://floresta.pe.gov.br/processo-seletivo-simplificado-no-001-2018/ Prefeitura de Passira Vagas: 490 Oportunidades: Advogado, Assistente Social, Cirurgião Dentista, Educador Físico, Enfermeiro, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico Ambulatório, Médico ESF, Ortopedista, Médico Plantonista, Psiquiatra, Nutricionista, Professor de várias modalidades, Psicólogo, Agente Comunitário de Saúde, Agente de Desenvolvimento Social, Agente de Endemias, Apoiador Físico, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Biblioteca Escolar, Auxiliar de Higienização, Auxiliar de Secretaria, Auxiliar Disciplina, Auxiliar em Saúde Bucal, Auxiliar Pedagógico, Digitador, Instrutor de Informática, Instrutor de Músicas, Interprete de Libras, Orientador Social, Recepcionista, Técnico em Enfermagem, entre outros. Inscrições: Até o dia 14 de maio, no site: www.idhtec.org.br Salários: Entre R$ 954 e R$ 6.500 Confira o edital: http://www.idhtec.org.br/index.php Prefeitura de Serra Talhada Vagas: 375 Oportunidades: Procurador jurídico, agente administrativo, arquiteto, engenheiro civil, fiscal de controle urbano, Técnico em Edificações e Eletrotécnico, auditor fiscal, fiscal de tributos, agente fazendário, auxiliar de laboratório, biomédico, educador físico, Enfermeiro, Farmacêutico, Médico de Cabeça e Pescoço, Médico Cardiologista, Médico Clínico Geral, Médico Dermatologista, Médico Endocrinologista, Médico Gastroenterologista, Médico Geriatra, Médico Ginecologista, Médico Infectologista, Médico Mastologista, Médico Ortopedista, Médico Otorrinolaringologista, Médico Pediatra, Médico Psiquiatra, Médico Ultrassonografista, Médico Urologista, Médico Veterinário, Odontólogo e Técnico em Enfermagem, Auxiliar de Creche; Professor de anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil, 1ª e 2ª fase de educação de jovens e adultos; Professor de Geografia; Professor de Letras; e Professor de Matemática, entre outros. Inscrições: Até o dia 03 de agosto, no site: www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 937 e R$ 4.100 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/prefeitura-de-serra-talhada-pe/downloads

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Sem crise: Tambaú cresce 10% ao ano

É do sertão pernambucano, no município de Custódia, que funciona uma das marcas mais conhecidas e consumidas pelos brasileiros do Norte e Nordeste no setor de alimentos. A Tambaú surfou na recente recessão econômica, crescendo seu faturamento em média 10% ao ano desde a eclosão da crise no País. O desempenho é explicado por dois fatores principais: uma mudança no comportamento dos consumidores – que passaram a experimentar mais as marcas locais – e o lançamento de novos produtos no mercado. “Crise para alguns, oportunidades para outros”. Foi assim que o diretor Hugo Gonçalves descreveu o que aconteceu nos últimos anos com sua empresa. O empresário explica que no início da recessão várias pessoas que consumiam apenas marcas nacionais começaram a conhecer as regionais. Nesse movimento, ao perceberem a semelhança no padrão de qualidade e alguma vantagem competitiva nos preços, passaram a migrar para a Tambaú. “Isso nos favoreceu muito. Tivemos um crescimento anual muito forte na nossa própria área de atuação”. Além de receber os novos clientes que vieram por intermédio desse processo natural de experimentação dos seus produtos, a marca sertaneja trouxe inovações. Em 2016, por exemplo, chegaram ao mercado as azeitonas da Tambaú, uma estreia bem-sucedida na linha de conservas, que já representa entre 3% e 4% do faturamento com apenas dois anos de vendas. No ano passado foi a vez dos caldos em tablete e de novos tipos de molhos prontos. Ainda neste ano chegarão às gôndolas o catchup premium, com novo sabor e apresentação diferenciada, além de uma linha de temperos (especiarias). Uma sacada de mestre da Tambaú, feita há alguns, foi inovar também nas embalagens. Além do investimento no design dos seus produtos, a empresa passou a acondicioná-los em recipientes de composição diferentes das tradicionais e em formatos variados. O extrato de tomate, por exemplo, antes vendido apenas em copo de vidro, ganhou embalagem tipo abre fácil. “Em todos os lançamentos de novas embalagens procuramos estar na frente e sermos pioneiros”, afirma Hugo. Conhecida pelos doces de frutas, que estão no DNA da marca desde quando o fundador Gerson Gonçalves, pai do atual presidente, comercializava ainda pirulitos, esse segmento de produtos hoje representa apenas um terço do faturamento total. Os catchups, produtos da marca que ganharam muita força nos últimos anos, e os molhos já são responsáveis cada um por mais um terço do faturamento recente da Tambaú. Em 2018 a empresa fará dois grandes investimentos para ampliar sua capacidade de produção e entrega de mercadorias. Serão destinados R$ 3 milhões para ampliação do parque industrial, principalmente com aquisição de novas máquinas. A logística, receberá ainda mais recursos: R$ 4 milhões, parte deles destinados ao aumento da frota de caminhões. “Alguns desses investimentos foram adiados devido à crise, mas serão realizados neste ano. Hoje quem entrega rápido se diferencia no nosso mercado, estando com o produto sempre nas prateleiras”, diz Hugo. Com juros atrativos neste ano e diante de perspectivas de seguir crescendo com a retomada da economia, a direção entendeu que esse é o momento adequado para essa qualificação. COMUNICAÇÃO Na comunicação com os consumidores, o gerente comercial Igor Gonçalves afirma que a Tambaú tem um trabalho mais focado nas praças que estão em crescimento. “Em geral lançamos uma nova campanha publicitária por ano, chegando em alguns programas de receitas mais populares, por exemplo. Também investimos em redes sociais, pois percebemos que há um engajamento grande com a marca por meio desses canais digitais, onde os consumidores se sentem mais próximos”. Só na sua página no Facebook a empresa tem mais de 120 mil seguidores. No Instagram, onde a marca tem uma presença mais recente, já são 12 mil seguidores. A Tambaú já se destaca entre as marcas mais lembradas na região nas suas principais linhas de atuação. A empresa atualmente produz em média quatro mil toneladas por mês, somando as suas diferentes linhas de produção. Com a estrutura atual, a empresa ainda tem a capacidade de ampliar essa produtividade entre 25% e 30%. Diante do lançamento de novos produtos e com os novos investimentos, a Tambaú projeta um aumento de faturamento para 2018 de 15%. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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BNDES planeja atuação no Nordeste

Em 2017 o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) empregou na região nordestina 20% do total de investimentos realizados. A informação é do chefe de Departamento Regional Nordeste do BNDES, Caio Ramos, que foi palestrante da reunião do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, ocorrida em abril. O encontro faz parte da Pesquisa Empresas & Empresários, que é realizada pela TGI e INTG, com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco. Entre 2007 e 2017, o banco destinou R$ 190,2 bilhões para o Nordeste, o que representou 13,3% do total investido na década. “Esse percentual é fruto de um crescimento nos últimos anos, visto que em 2007 os aportes na região representavam apenas 8% do total”, informa Ramos. A maior parte dos investimentos foram em infraestrutura (68% do total em 2017), com obras como ferrovias e sistemas de abastecimento. Mas um setor que ganhou destaque foi o de energias renováveis, principalmente com a implantação dos parques eólicos. Entre 2012 e 2017, foram aplicados R$ 23,82 bilhões no Nordeste neste segmento. Valores que representam 19,9% de todo o aporte do banco no período na região. Nos dois últimos anos, o desembolso do BNDES em Pernambuco foi de R$ 1,7 bilhão. Muito inferior aos anos anteriores, antes do agravamento da crise econômica. As principais operações apoiadas pelo banco foram no Estaleiro Atlântico Sul, na Petroquímica Suape e na Fiat, além do apoio ao próprio Governo do Estado de Pernambuco. O município que mais recebeu recursos neste período foi Ipojuca, onde está localizado o Pólo de Suape. A instituição tem destinado uma atenção especial ao fomento de cadeias produtivas estratégicas, como a de energias renováveis e a indústria automotiva. “O Nordeste é um dos lugares onde podemos fazer investimentos e ter um retorno mais rápido, pois há uma grande deficiência de infraestrutura na região”, explica Caio Ramos. O diretor do BNDES, que é o terceiro maior banco de desenvolvimento do mundo, destacou que a instituição financiou diversos projetos na última década, fundamentais para o crescimento do desempenho econômico regional recente acima da média nacional. Dentro de um recorte mais social da atuação da instituição, o chefe do departamento regional ressaltou o financiamento dos bancos de sementes crioulas do semiárido e da construção de cisternas. “Desde 2013, o BNDES apoiou a implementação de cisternas para produção da segunda água (voltada para produção de alimentos), que são destinadas a famílias rurais de baixa renda”, conta Caio Ramos. Ele afirma que um novo projeto foi contratado para implantação de 6.821 tecnologias sociais em 68 municípios dos nove estados do Semiárido, no valor de R$ 100 milhões. Na missão estratégica do banco até 2035, Caio destacou três áreas de maior interesse da instituição: infraestrutura; estrutura produtiva (que está relacionada ao apoio à transformação de modelos de negócio tradicionais e à inserção do Brasil na economia global e do conhecimento); e em educação, saúde e segurança. Como alvos transversais do BNDES estão o estímulo à sustentabilidade, à inovação, ao desenvolvimento regional e do mercado de capitais. Apenas no fomento à inovação, o banco dedicou em 2017, 3,2% do seu desembolso total no ano. A critério de comparação do foco dado a essa questão, em 2009 apenas 0,4% dos recursos do BNDES tinham sido voltados para projetos inovadores. “O investimento em inovação é relevante, considerando o momento econômico o País, que está cortando recursos nesta área. Alguns desses valores, inclusive, são não reembolsáveis, para incentivar o aumento da produtividade regional e o avanço tecnológico”, destaca Ramos. E&E Com o tema Pernambuco Além da Crise, a pesquisa Empresas & Empresários tem o desafio de mapear quais foram as ações do empresariado pernambucano para superar a recessão econômica que se abateu no País nos últimos anos. A TGI e o INTG estão convidando as companhias dos 15 principais setores produtivos do Estado para responderem a um questionário (disponível no site: www.algomais.com/pesquisa). Os melhores cases de cada setor e um geral serão reconhecidos com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco.

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Inadimplência do consumidor cresce 3,54% em abril

O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores voltou a apresentar alta no último mês de abril. Segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) houve um crescimento de 3,54% na quantidade de inadimplentes na comparação entre abril deste ano com o mesmo mês do ano passado, o que configura a sétima alta consecutiva na série histórica do indicador. Na comparação mensal, ou seja, na passagem de março para abril, sem ajuste sazonal, o indicador apresentou estabilidade, com uma variação de 0,04%. Dados detalhados do indicador mostram que o crescimento da inadimplência nacional foi puxado pela região Sudeste, cuja alta foi de 8,56% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse crescimento se deve, a revogação de uma lei no Estado de São Paulo, que limitava o processo de registro de inadimplência. Com a derrubada da lei, muitos dos atrasos que estavam represados foram inseridos na base de devedores de forma abrupta. Na demais regiões, também foram observadas altas na quantidade de inadimplentes, mas de forma mais modesta: crescimento de 3,63% no Centro-Oeste, 3,37% no Nordeste, 3,34% no Norte e 1,86% no Sul. Brasil encerrou abril com aproximadamente 62,2 milhões de negativados O SPC Brasil e a CNDL estimam que o Brasil encerrou o mês de abril com aproximadamente 62,2 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas – o que representa 41% da população adulta do país. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados refletem o quadro de dificuldades econômicas que as famílias ainda enfrentam, apesar do fim da recessão. “O desemprego segue elevado e a renda reduzida. Mesmo com o fim da recessão e sinais mais evidentes de que o país está se recuperando da crise, os efeitos imediatos no bolso do consumidor ainda demoram a aparecer”, explica. Com a perspectiva de que a economia e o consumo irão se recuperar de forma lenta e gradual ao longo do próximo semestre, a economista do SPC Brasil avalia que a expectativa é de que a inadimplência se estabilize e pare crescer a taxas elevadas ao longo de 2018. “Com a retomada do ambiente econômico acontecendo de forma lenta, ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências”, afirma a economista. Sudeste tem mais inadimplentes, mas em proporção, liderança é do Norte Em termos absolutos, é na região Sudeste onde se encontra a maior quantidade total de brasileiros com contas em atraso: 26,83 milhões, o que representa 41% do total da população. Em segundo lugar aparece o Nordeste, que possui 16,66 milhões de pessoas com contas em atraso (41% da população adulta da região). A região Sul contém 8,09 milhões de inadimplentes, o que representa 36% de sua população e o Norte, aproximadamente 5,62 milhões de consumidores registrados em cadastros de devedores. Proporcionalmente à sua população residente, são os Estados do Norte que possuem a maior inadimplência do país, uma vez que 47% da população adulta dessa região possui contas em atraso. No Centro-Oeste são 4,98 milhões de inadimplentes (43% da população). Brasil tem quase 18 milhões com contas em atraso na faixa dos 30 anos 39 anos. Idosos de 65 até 84 anos formam 5,2 milhões de inadimplentes O indicador ainda revela que a maior parte dos inadimplentes está na faixa dos 30 aos 39 anos. São aproximadamente 17,6 milhões de consumidores entre com contas sem pagar nessa faixa etária. Em segundo lugar estão os adultos com idade entre 40 e 49 anos (13,8 milhões) e em terceiro os consumidores de 50 a 64 anos (12,7 milhões). Jovens adultos de 25 a 29 anos são 7,9 milhões de inadimplentes no Brasil e os idosos de 65 a 84 anos, são 5,2 milhões. Na faixa etária dos mais jovens, de 18 a 24 anos, o número verificado é de que 4,7 milhões de consumidores estejam com alguma conta em atraso e com o CPF registrado em cadastros de devedores. “O volume de atrasos é maior nas faixas etárias em que há mais responsabilidades da vida adulta, como casamento, filhos, aluguel ou aquisição da casa própria. É um momento em que as atribuições financeiras crescem de forma acentuada, exigindo organização. Já a inadimplência elevada entre os mais idosos se justifica pelo que fato de que, atualmente, essas pessoas permanecem por um tempo maior no mercado de trabalho”, analisa a economista Marcela Kawauti. Volume de dívidas cresce 1,29% em abril, em patamar menor do que o de devedores. Pendências com bancos e crediário lideram atrasos no mês Outro número calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL foi o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Nesse caso, o crescimento foi mais modesto do que o de devedores e apresentou alta de 1,29% na comparação entre abril de 2018 e do ano passado. É a primeira vez, desde junho de 2016, que é observado um aumento no volume de dívidas. Em média, cada inadimplente possui duas contas em atraso. Na comparação mensal, isto é, entre março e abril deste ano, houve uma retração de -0,30% no número de dívidas em atraso. As dívidas bancárias, que englobam faturas atrasadas de cartão de crédito, empréstimos não pagos, financiamentos em atraso, entre outros, foram o tipo de pendência que mais cresceu em abril, com alta de 7,96%, de acordo com o indicador. Em segundo lugar aparecem as dívidas com empresas que prestam serviços de telefonia, TV por assinatura e internet, cuja alta foi de 6,81%. As pendências com crediário no comércio crescerem 6,11% no período, enquanto os atrasos com serviços básicos de água e luz, recuaram 3,06%.

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