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Pesquisas no Recife: estabilidade e incertezas

Ao longo do mês de outubro deste ano foram publicadas 11 pesquisas de intenção de votos para prefeito da cidade do Recife, provenientes de cinco institutos: Ibope (3), Big Data (3), Opinião (2), Datafolha (2) e Ipespe (1). Os resultados estão expostos no Gráfico 1, abaixo, no qual se destacam a liderança de João Campos (PSB), candidato situacionista, durante todo o mês de outubro, e um bloco de três opositores, com intenções de voto relativamente próximas umas das outras: Marília Arraes (PT), um pouco à frente, Delegada Patrícia (Podemos) e Mendonça Filho (DEM). . . No Gráfico 1 já se pode observar certa acomodação recente nos números das pesquisas, tanto no que se refere à candidatura líder, quanto no que diz respeito ao conjunto dos demais concorrente, mas é oportuno separar as últimas cinco pesquisas do mês de outubro para enfatizar esse aspecto, o que é feito no Gráfico 2, a seguir: . . Pelo Gráfico 2, que desfila pesquisas mais atualizadas, fica claro que há estabilidade nas intenções de voto de João Campos. (não é possível afirmar se existe tendência de queda somente com base no resultado da última pesquisa, relativamente à trajetória anterior). A sua média de votos nos cinco levantamentos é de 31,0%, o que até o presente momento sinaliza ser o seu percentual-teto, até porque seu índice de rejeição tem sido invariavelmente o maior entre todos os postulantes. O registro mais marcante do Gráfico 2, todavia, é a linha reta exibindo a evolução de intenções de votos de Marília Arraes, que lidera o segundo pelotão. Tais manifestações de voto se mantêm invariantes nas cinco pesquisas, com percentual de 18%, prenunciando ser este percentual o teto de votos da candidata do PT. A delegada Patrícia, com média de 14,5% de intenções de voto, e Mendonça Filho, cuja média é de 13,5%, situam-se em terceiro e quarto lugares, respectivamente, aparentando flutuações numéricas que podem, eventualmente, caracterizar trajetória de queda. Em síntese, o candidato do governo está bem à frente dos demais postulantes e tem mantido essa distância ao longo do mês de outubro. Os contendores que lhe fazem oposição estão todos em um patamar de intenção de votos que se caracteriza como de empate técnico, tomando como base uma margem de erro de três pontos de percentagem. Segundo turno? Por conta da estabilidade dos números das últimas cinco pesquisas é cada vez mais forte a possibilidade de que haja segundo turno na eleição deste ano no Recife. O Gráfico 3, retratado a seguir, traz evidências dessa assertiva: . . Para que uma eleição possa terminar no primeiro turno é necessário que as intenções de voto da candidatura líder sejam maiores do que a soma das intenções de votos de todos os outros candidatos. As 11 pesquisas de outubro desfiladas no Gráfico 3 não exibem números que corroborem com esse requerimento. Pelo contrário, ao longo de todos os levantamentos a linha que compreende a soma das intenções de voto do grupo “outros” está sempre acima da que corresponde às preferências de voto por João Campos, representando uma diferença média de 20 pontos de percentagem, número que se mantém se apenas as cinco pesquisas mais recentes forem computadas. Dessa forma, o segundo turno se afigura inevitável. Síntese As pesquisas do mês de outubro para prefeito do Recife mostraram que: (a) há relativa estabilidade na trajetória recente nas intenções de voto declaradas às quatro postulações mais competitivas; (b) é praticamente certo que haja segundo turno e o candidato pessebista deve passar tranquilamente para essa etapa do pleito; (c) o grupo de postulantes abaixo da candidatura líder, com Marília Arraes ligeiramente à frente em intenções de voto, está empatado tecnicamente, ficando difícil, a essa altura, sem ulteriores elementos informativos, distinguir quem pode ascender ao segundo turno. Mais incertezas De algumas eleições para cá os pesquisadores se têm deparado com um fenômeno recorrente nas eleições brasileiras: a paulatina mudança de comportamento do eleitor que, cada vez mais, posterga sua decisão de voto para os dias finais dos pleitos, ás vezes até, para a hora de votar. De fato, como lidar com uma situação em que, por exemplo, 10%, 15%, 20% dos eleitores não declararam candidato no levantamento de véspera do pleito? Só se vai saber a destinação desses votos depois dos eleitores pressionarem a tecla “confirma” na urna eletrônica. Esse fenômeno é conhecido como “volatilidade do voto” e tudo leva a crer que estará presente mais uma vez na eleição deste ano no Recife. De fato, as pesquisas mais recentes na capital pernambucana (Ibope, Big Data e Opinião) apresentaram um percentual médio de indecisos gravitando no entorno de 26% na modalidade espontânea, fora a média de 15% de brancos e nulos. Números ainda altos, considerando que se está a poucos dias do pleito. A volatilidade do voto, portanto, deita mais incertezas sobre quem entre os candidatos concorrentes, embolados em empate técnico, fará companhia a João Campos no segundo turno. Os campos ideológicos A eleição do Recife neste ano tem sido rotulada como consistindo de dois blocos ideológicos de candidatos competitivos: um, de centro-esquerda, formado por João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), e outro, de centro-direita, composto por Mendonça Filho (DEM) e a delegada Patrícia (Podemos). Registre-se, en passant, que os dois blocos são coesos apenas na sua identificação político-ideológica, existindo grandes desavenças internas entre os postulantes situados em cada campo. Como Marília Arraes vem há cinco pesquisas cravando a mesma intenção de votos (18%) e João campos se estabilizou no entorno de 31%, segue-se que não está havendo crescimento de votos no espectro centro-esquerda e nem migração de votos de uma candidatura para outra. Esse diapasão enseja dificuldades para a candidatura petista, já que ela só terá possibilidades de romper a barreira dos 18% garimpando votos fora do seu campo doutrinário. Avançar no bloco de centro-direita não é tarefa simples, já que o reduto é majoritariamente hostil às idéias e aos postulantes do bloco adversário (o sentimento é recíproco, partindo do centro-esquerda). Resta colher sufrágios no manancial que compreende os brancos,

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Outubro foi o mês com menor número de casos e óbitos de Covid-19 no Recife

Da Secretaria de Saúde do Recife O mês de outubro, encerrado no último sábado (31), trouxe os menores números de casos e óbitos no Recife desde o pico de casos, em maio. O prefeito Geraldo Julio fez um pronunciamento e destacou que no mês de outubro a cidade registrou 2.001 casos confirmados da doença, o menor número desde o início da pandemia. Em maio, mês com mais casos confirmados, o número chegou a 11 mil. Em relação ao número de óbitos, em outubro foram registrados 23 no total, uma diminuição de 97,1%, quando comparado com maio, o pico da pandemia. Em seu pronunciamento, o prefeito Geraldo Julio destacou a manutenção das medidas de prevenção como essenciais para a manutenção dos indicadores da pandemia em baixa na cidade. “Nós continuamos acompanhando os números da covid em nossa cidade e agora no mês de outubro nós tivemos o registro do menor número de casos confirmados, com 2001 casos, quando em maio, o pior mês, nós tivemos mais de 11 mil casos confirmados. É uma diferença muito significativa. A gente teve também o menor número de óbitos registrados por Covid que representam 3% do número de óbitos ocorridos no mês de maio. Mas é muito importante que a prevenção continue, nós estamos com 130 agentes fazendo a sanitização e já fizeram quase 120 mil visitas. É muito importante que a população continue tomando também todos os cuidados, a limpeza das mãos, o uso do álcool e uso permanente da máscara. É fundamental que todos utilizem a máscara para continuar controlando a covid em nossa cidade”, declarou o prefeito Geraldo Julio. Os sete hospitais municipais e os leitos de covid abertos em outras duas unidades de saúde propiciaram quase 21 mil atendimentos e mais de 6.800 internações. Para dar conta dessa demanda extraordinária, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife contratou mais de quatro mil profissionais e adquiriu mais de 10 mil equipamentos médico-hospitalares, além 3,5 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a queda dos indicadores da pandemia, foi possível desmobilizar seis dos hospitais de campanha. Ao todo, já foram desativados 796 leitos municipais, restando 232 leitos em funcionamento, sendo 110 UTIs e 122 enfermarias. Neles, estão internados hoje 147 pacientes – 67 nas enfermarias e 80 deles nas UTIs. O único hospital de campanha municipal que permanece funcionando completamente é o Hospital Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, em Santo Amaro. Uma das medidas importantes implementadas pela PCR para prevenção de infecções por covid-19 foi a sanitização de espaços públicos - técnica reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como eficaz no enfrentamento ao novo coronavírus. De forma pioneira no Nordeste, a Secretaria de Saúde do Recife realizou, desde março, quase 120 mil visitas para desinfecção de espaços públicos. Diariamente, mais de 130 profissionais da Vigilância Ambiental do Recife sanitizam cerca de 600 locais de grande fluxo de pessoas. Foram empregados, até hoje, mais de 630 mil litros da solução desinfetante com ação viricida de alto nível, cujo efeito tem início em até cinco minutos e o efeito residual atua por 24 horas.

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Senado aprova projeto de autonomia do Banco Central

O Senado aprovou o projeto de lei (PL) que confere mandato de quatro anos para o presidente e diretores do Banco Central. De acordo com o texto, o presidente indicará os nomes, que serão sabatinados pelo Senado e, caso aprovados, assumirão os postos. Os indicados, em caso de aprovação no Senado, assumirão no primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do presidente da República. A ideia, segundo o autor do projeto, senador Plínio Valério (PSDB-AM), é garantir estabilidade da política do Banco Central independente das mudanças de ideias do governo que estiver no Planalto. “Meu projeto não torna independente o Banco Central, é autonomia. Para que ele possa, numa liberdade de não ser demitido da noite para o dia, executar o que foi traçado em comum acordo com o governo”, disse o autor do projeto. A escolha dos nomes pelo presidente da República, bem como a sabatina no Senado, já ocorrem atualmente. A novidade é estabelecer um mandato para esses cargos. Atualmente, eles podem ser trocados a qualquer momento. De acordo com o relator, Telmário Mota (PROS-RR), o Banco Central não estará subordinado a nenhum ministério, estando no mesmo nível deles. Ao mesmo tempo, o BC não será independente do governo e aplicará as políticas definidas por ele. No entanto, sua diretoria terá estabilidade para trabalhar “com relativa autonomia administrativa e operacional frente aos ministérios que compõem o Poder Executivo”. O projeto também propõe autonomia do BC na tomada de providências na política cambial, política monetária, podendo tomar providências mais amplas nesses quesitos. “A aprovação do projeto deve levar à redução das expectativas inflacionárias e dos prêmios de risco inflacionários de longo prazo. Essa melhora nas expectativas poderá levar a taxa básica de juros a um patamar menor e juros reais menores, melhorando o ambiente dos negócios e gerando círculo virtuoso na economia brasileira”, disse Mota em seu relatório. O projeto segue para a Câmara dos Deputados. Segundo o autor do texto, foi feito um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para priorizar a votação do PL, de autoria do Senado. Há expectativa de outro projeto semelhante originado na Câmara e, segundo Valério, esse projeto será apensado ao PL dele. “Há um compromisso com o Maia para apensar o projeto da Câmara ao nosso, cumprindo o acordo”. (Da Agência Brasil)

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A Mobilidade que Precisamos

A mobilidade urbana é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados. A mobilidade urbana é uma das principais preocupações dos recifenses. Quais as suas propostas para melhorar a mobilidade no Recife? Alguma proposta referente à mobilidade ativa? MENDONÇA FILHO A mobilidade na cidade do Recife tem piorado nas últimas duas décadas, graças ao adensamento populacional ocorrido sem o devido planejamento e controle. A situação é tão grave que o Recife está entre as 15 cidades com pior tráfego do mundo. Para mudar esse cenário é preciso um verdadeiro choque de gestão. Quando formos eleitos, iremos concluir e implementar um Plano Municipal de Mobilidade que dará prioridade para o transporte coletivo. Vamos promover a reestruturação dos corredores exclusivos (Linha Azul) de ônibus; criar um programa que garanta internet nos ônibus que circulam no Recife e atuar fortemente enquanto integrante do Consórcio Grande Recife para garantir a retomada e a plena operação do sistema transporte BRT. Sem esquecer da mobilidade ativa, iremos garantir a expansão das ciclovias e ciclofaixas e promover um amplo processo de construção e recuperação de calçadas propiciando condições adequadas de acessibilidade para o uso da caminhada como um modal de deslocamento. MARÍLIA ARRAES O Recife tem o trânsito mais congestionado do Brasil, o 3º pior da América do Sul e o 15º do mundo, segundo a pesquisa TomTom Traffic de 2019. Também somos a 9ª capital mais violenta no trânsito no país. Para melhorar a mobilidade no Recife, vamos criar o Observatório da Mobilidade para analisar e estudar os diferentes aspectos ligados à mobilidade da RMR. Também vamos democratizar o espaço viário em prol da melhoria da qualidade do transporte público coletivo, ampliando as faixas azuis nas ruas e avenidas da cidade. Também temos o objetivo de integrar o sistema cicloviário atual aos corredores estruturantes de transporte, criando condições de circulação segura para as áreas da cidade com maior potencial de emprego. O Recife também ocupa a 7ª posição no ranking mundial de tempo perdido em deslocamentos no transporte público, por isso é fundamental investir no transporte ativo. Vamos adotar uma política de manutenção e construção da malha cicloviária eficiente que dialogue com a necessidade das bicicletas. É fundamental, ainda, que o Recife tenha uma presença mais eficaz dentro do Consórcio Grande Recife, uma participação mais ativa. DELEGADA PATRÍCIA Nós temos o projeto Transporte Massa. Vamos tirar o Recife do Consórcio Grande Recife, um consórcio que nos aprisiona, onde o Recife não tem poder de decisão. Vamos municipalizar o transporte entre os bairros. Exigir no termo de licitação que todos os veículos tenham ar condicionado. Também vamos colocar em debate a redução do preço da passagem, de acordo com o trecho que o passageiro percorrer dentro do município. CORONEL FEITOSA Um dos problemas no Recife, é que muitos serviços de carga e descarga de veículos de grande porte são realizados nos horários comerciais, ou seja, de maior pico. No meu governo, isso será regulamentado, pois irei estabelecer regras de restrição para a circulação, estacionamento, carga e descarga de veículos de grande porte dentro da área urbana da cidade, com delimitação de horários para evitar o congestionamento de locais com fluxo intenso. Haverá uma flexibilização de horários e também de jornada. Quando falo em flexibilização de jornada, quero dizer que irei dialogar com escolas, construção civil, empresas, comércio, etc., para que haja uma flexibilização de horários nas entradas e saídas para que não coincidam, evitando o trânsito intenso na cidade do Recife. Irei resolver os problemas de mobilidade com inversões do trânsito em mão única em horários de maior movimento, ofertando veículos coletivos menores e com maior frequência, além de regulamentar mototáxis e incentivar a carona coletiva. Em relação à mobilidade ativa, as bicicletas são consideradas, no mundo todo, um meio de transporte alternativo, sendo, até mesmo, um equipamento de trabalho para muitas pessoas. Dessa forma, irei criar ciclovias nos principais corredores para que tenham conectividade para que haja deslocamentos para quem vai trabalhar e estudar, e não apenas para o lazer. Irei ainda promover campanhas de segurança no trânsito para motoristas e ciclistas, para reduzir os índices de acidentes nas ruas da cidade. Pretendo solicitar a ampliação do metrô e cuidar das calçadas para que as pessoas possam andar a pé e com acessibilidade. JOÃO CAMPOS A mobilidade urbana é um desafio enorme, de toda grande cidade e existe espaço para avanços e renovações. Com muito mais força, vamos fazer o exercício da nossa presença no consórcio metropolitano. Isso quer dizer que vamos cobrar por rotas melhores e mais otimizadas, o que evitará a longa espera nas paradas. Vamos cobrar por uma melhora na frequência do transporte, o que evitará a superlotação. Vamos cobrar por uma melhora na qualidade do próprio ônibus. É um absurdo que as empresas não assumam a responsabilidade por essas melhorias. Tocando diretamente na questão da mobilidade ativa, outro ponto fundamental: sem gerar uma nova estrutura física, apenas reorganizando o que existe na prefeitura, será criada uma área para cuidar especificamente da mobilidade humana: pedestres, ciclistas e passageiros de transporte coletivo seguirão como uma prioridade, merecem políticas específicas ainda mais fortes, que se fazem urgentes. Estamos falando de 71% de recifenses que se locomovem a pé ou usam o transporte coletivo para deslocamento. As ações exitosas, como a implantação de novas ciclovias e a faixa exclusiva de ônibus, serão ampliadas. Em relação às ciclovias, vamos ampliar a malha em pelo menos 100 km, trabalhar a sua implantação em grandes eixos de mobilidade e fazer a ligação entre esses espaços. Sobre as calçadas, vamos manter e ampliar o programa de requalificação existente, avançando no passeio público para pedestres. Por fim, pretendemos usar o que tem de mais avançado em termos

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Nícolas Augusto: “As práticas integrativas têm trazido saúde para as pessoas".

A pandemia acabou provocando, além de uma crise sanitária, uma crise de saúde mental. O isolamento social, a possibilidade de se contaminar e a ocorrência dos óbitos pela Covid-19 levaram muitas pessoas a um estado de estresse, ansiedade e medo. Um cenário muito propenso à disseminação das chamadas práticas integrativas complementares a ponto de o Conselho Nacional de Saúde recomendar a inclusão dessas práticas na assistência ao tratamento para combater a Covid-19. O Recife conta com um serviço gratuito na rede municipal que oferece esse tratamento incluindo métodos como acupuntura, ioga, plantas medicinais, medicina antroposófica, entre outros. O coordenador da Política de Práticas Integrativas do Recife, Nícolas Augusto, conta a Cláudia Santos, o que são essas práticas, quais os seus resultados e os estudos científicos que comprovam sua eficácia. Ele é psicólogo de formação e gestalt-terapeuta, instrutor de Tai Chi Chuan, Lian Gong e meditação. O que são as práticas integrativas complementares? São maneiras de cuidado com a saúde de forma complementar que vão além da biomedicina. São terapias que complementam a saúde hegemônica, biomédica, e que podem atuar, por exemplo, em quadros de algias (dores), dificuldades motoras, questões psicoemocionais, entre outros. Elas têm caráter vitalista, o que significa que boa parte dessas nossas práticas atua não só no corpo, mas também no emocional e na energia das pessoas. São exemplos de práticas integrativas a acupuntura, a ioga, a meditação, as plantas medicinais, entre muitas outras. Segundo a definição do Ministério da Saúde, práticas integrativas são sistemas e recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. O foco da nossa atuação no Recife são as questões psicoemocionais, as algias e as dificuldades motoras. Há estudos científicos comprovando a sua eficácia? Na política nacional de práticas integrativas constam 29 práticas no arcabouço terapêutico. No Recife é um pouco mais. Cada uma delas tem seus métodos e seus estudos. Algumas práticas são mais estudadas que outras, porque contam com mais investimentos, atraem mais interesse científico. A acupuntura, por exemplo, é muito estudada, a meditação (mindfulness), também. Você pode achar um volume grande de estudos científicos em algumas plataformas, como a Biblioteca Internacional de Medicina Integrativa Complementar, da OMS (Organização Mundial da Saúde), que oferece milhares de trabalhos científicos do mundo inteiro. Uma plataforma brasileira é o Observatório de Práticas Integrativas, mantido pela Fiocruz. Existe uma diversidade de estudos de todos os tipos, de evidências científicas sobre sua eficácia, do impacto social que proporcionam etc. Mas a questão é que existe uma grande dificuldade porque o método que faz a prática integrativa funcionar, muitas vezes, não contempla a lógica da biomedicina. Dizemos que não estamos negando o conhecimento, estamos acrescentando conhecimento. Mas há resistências a isso. A ciência, porém, é feita de resistência e inovação. Toda inovação gera resistência e a gente está nessa fase. Quanto mais o tempo passa, mais estudos são realizados e mais comprovações da eficácia dessas práticas são obtidas. Essa resistência é proveniente das pessoas em geral ou dos médicos? As práticas integrativas têm grande aceitação na população, em especial entre as pessoas que foram tratadas com elas. Temos milhares de exemplos de como as práticas integrativas têm mudado vidas e trazido saúde física e mental para as pessoas. Existem algumas corporações específicas que realmente têm uma resistência. Queira ou não, a saúde é um mercado e, por isso, existe uma questão de concorrência. Mas não gostaria de dizer que a classe médica é contrária às práticas integrativas porque não é uma realidade. Boa parte dos médicos, aqui no Recife, encaminha seus pacientes para o nosso serviço, porque sabe que eles vão encontrar uma solução para muitos problemas que os próprios médicos não conseguem encontrar. Mas há um corporativismo médico, de algumas instituições específicas, que tem resistência e, consequentemente, lutam contra as práticas integrativas. Não importam quantos estudos científicos de peso e relevantes sejam apresentados – porque o argumento é o de que não há comprovação científica – elas dizem que nunca é o suficiente. O Conselho Nacional de Saúde recomendou a inclusão e divulgação das práticas integrativas e complementares em saúde na assistência ao tratamento para combater a Covid-19. O que prevê essa recomendação? Temos que ter um cuidado porque as práticas integrativas não se propõem a tratar a Covid-19. Agora, podemos atuar em tudo o que envolve o contexto da Covid-19. Por exemplo: a pandemia está trazendo não só uma crise sanitária mas, também, uma grande crise de saúde mental. Isso tem sido confirmado em pesquisas nacionais, artigos científicos, pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), pelo próprio Ministério da Saúde e pelas instituições de saúde relevantes como a Fiocruz. É uma situação que gera rejeição das pessoas a aderirem ao isolamento social. Situações estressantes também são um fenômeno que inibe a imunidade. As práticas integrativas são um dos melhores métodos que conhecemos para lidar com o estresse e a ansiedade. Aqui no Recife temos exemplos de pessoas que ficaram sem tratamento na pandemia e encontraram nas práticas integrativas uma maneira de cuidar da sua saúde, de entender melhor o isolamento social e, consequentemente, não adoecer e poder controlar alguma comorbidade. LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO 1755 DA REVISTA ALGOMAIS

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Europa enfrenta aumento de 100% de casos de covid-19 em duas semanas

Da Agência Brasil Os novos casos de covid-19 na Europa dobraram em cinco semanas, levando a região neste domingo a superar a marca de 10 milhões de infecções totais, segundo dados da Reuters. Apenas no mês passado, tanto América Latina quanto Ásia informaram mais de 10 milhões de casos totais em suas regiões. Os Estados Unidos sozinhos têm mais de 9 milhões de casos com o surto em rápida aceleração. Enquanto a Europa demorou nove meses para registrar seus 5 primeiros milhões de casos de Covid-19, os 5 milhões seguidos foram relatados em pouco mais de um mês, segundo análise da Reuters. Com 10% da população mundial, a Europa responde por cerca de 22% dos 46,3 milhões de infecções globais. Com mais de 269 mil mortes, a região responde por cerca de 23% do total de óbitos por covid-19 em todo o mundo, que já perdeu quase 1,2 milhão de vidas.

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9 fotos do Colégio Sagrada Família Antigamente

Na semana passada uma notícia triste para o setor de educação foi o anúncio do fechamento do Colégio Sagrada Família, um dos mais tradicionais do Recife que funcionava em Casa Forte. Fundado há 115 anos por Santa Emília de Rodat, a instituição encerra suas atividades no dia 31 de dezembro. Localizamos um série de 9 imagens do Colégio Sagrada Família dos últimos anos das primeiras décadas século passado nos Acervos Benício Dias e Josebias Bandeira, ambos da Fundaj. Confira abaixo. Clique nas imagens para ampliar. VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente . Prédio do Colégio Sagrada Família, em postal datado de 1914 . Colégio Sagrada Família, em 1938 . Colégio Sagrada Família, em 1939 . Fechada do Colégio  . Estudantes no pátio do Colégio Sagrada Família . Classe do Colégio Sagrado Família . Refeitório da instituição de ensino . Capela no interior do colégio . Sala de visitas . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com) . VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente  

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Governo autoriza retomada do ensino fundamental e infantil na rede privada

Da Secretaria de Educação de Pernambuco O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Educação e Esportes, anunciou nesta quinta-feira (29), durante coletiva de imprensa, a autorização para o início do processo de retomada das aulas presenciais para o Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) e para a Educação Infantil. Este retorno, que neste momento contempla apenas as unidades de ensino da Rede Privada, será realizado em etapas e poderá ser iniciado a partir do dia 10 de novembro com as turmas dos Anos Finais (6º ao 9º. ano). No dia 17 de novembro, as escolas retornam com os estudantes dos Anos Iniciais (1º ao 5º ano) e, concluindo este processo, no dia 24 de novembro, a Educação Infantil retorna à sala de aula. É importante lembrar que as aulas do Ensino Médio foram retomadas no dia 09 de outubro. Para este retorno as instituições devem continuar observando todas as normas e orientações estabelecidas no protocolo setorial da Educação, respeitando as regras de distanciamento social, medidas de proteção e prevenção, bem como as de monitoramento e orientações e de vigilância epidemiológica. Vale ressaltar que o documento traz alguns pontos importantes como o uso obrigatório de máscaras, distanciamento de 1,5 metros em todos os ambientes das escolas, inclusive dos estudantes sem sala de aula, lavagem e higienização das mãos, uso do álcool gel. Além disso, todos que estiverem dentro das unidades devem ser orientados, monitorados e testados em casos suspeitos e de seus contactantes. REDE PÚBLICA ESTADUAL – Na Rede Estadual, a retomada das aulas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (Anos Finais) segue suspensa. Na quarta-feira (21) as unidades de ensino da rede deram início ao processo de retomada das aulas presenciais para as turmas do Ensino Médio com as turmas do 3º ano. Nesta terça (27) e no dia 03 de novembro retornam, respectivamente, as turmas do 2º ano, 1º ano, Ensino Técnico Concomitante e Subsequente e da Educação de Jovens e Adultos.

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TRE-PE proíbe atos presenciais de campanha que causem aglomeração

Do site do TRE-PE Diante do aumento de casos de contaminação pelo novo coronavírus e preocupado em preservar vidas, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) determinou, na noite desta quinta-feira (29-10), a proibição, em Pernambuco, de todos os atos presenciais de campanha eleitoral causadores de aglomeração. Estão suspensos, portanto, em todos os 184 municípios do Estado, eventos como comícios, bandeiraços, passeatas, caminhadas, carreatas e similares, além de confraternizações, inclusive para arrecadação de recursos de campanha. A proibição se estende a eventos no modelo drive-thru e drive-in. Pernambuco e o Brasil, assim como outros Estados e países, vivem, atualmente, sob a ameaça da chamada "segunda onda" da covid-19. "O TRE, com a decisão de hoje, mostra o seu compromisso com a saúde e a vida dos cidadãos e cidadãs pernambucanos", disse o presidente do Tribunal, desembargador Frederico Neves. A Corte Eleitoral de Pernambuco aprovou a decisão por 6 a 0 (houve uma abstenção). A proposta de proibição dos atos presenciais de campanha foi apresentada em Resolução pelo presidente do TRE-PE, desembargador Frederico Neves. O julgamento pode ser acessado no Canal do TRE-PE no YouTube (www.youtube.com/watch?v=qHfbKzKVnjg) De acordo com a resolução, os juízes eleitorais, no exercício do poder de polícia conferido pela legislação, deverão coibir todo e qualquer ato de campanha que viole a resolução. A resolução também estabelece que as decisões judiciais para restauração da ordem, no que se refere à aglomeração irregular de pessoas e à inobservância das demais medidas sanitárias obrigatórias em atos de campanha, deverão ressalvar que constitui crime de desobediência a recusa ao cumprimento de diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou a oposição de embaraços à sua execução. Ao apresentar a proposta de resolução, o presidente do TRE-PE levou em consideração, entre outros fatores, que, na prática, o controle do distanciamento social, do uso de máscaras e de outras precauções tem se revelado absolutamente ineficaz nos atos de campanha eleitoral. A prova de que as ações do Poder Público não estão surtindo efeito são os vários vídeos de aglomerações que vêm sendo veiculados na imprensa e nas redes sociais. A resolução também aponta, em seus "considerandos", dois pontos que merecem ser destacados. Primeiro: A conjuntura de extrema gravidade e incertezas decorrente da pandemia da covid-19 está por exigir postura responsável de todos e, sobretudo, daqueles que almejam ocupar cargos nos Poderes Legislativo e Executivo, responsáveis pela definição e execução de políticas públicas, bem assim da própria Justiça Eleitoral. E o mais importante: a preservação da vida, que está acima de tudo, exige a contribuição de todos.

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Sonho de estudar em Portugal ficou mais caro

*Por Amanda Ribeiro, especial para a Algomais Alunos pernambucanos da Universidade do Porto, em Portugal, viram o valor das suas mensalidades - chamadas no país de “propinas” - aumentar em período de pandemia, sem qualquer aviso prévio. Na Universidade do Porto existem três modalidades para as propinas com valores diferenciados: para os estudantes nacionais e europeus, para os estudantes internacionais e para os estudantes classificados como integrantes da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). Em mudança orçamentária ocorrida entre 2019 e 2020, houve aumento para todos os estudantes internacionais, bem como para os estudantes vindos de países abarcados pela CPLP, com alguns aumentos chegando até 87,5% do valor anterior – 1300 euros a mais anualmente. Uma das estudantes pernambucanas, Júlia Cordeiro, está de volta ao Brasil. Ela estudou na Universidade do Porto desde 2019 e voltou para Pernambuco neste ano, sem concluir o curso, por causa das grandes dificuldades encontradas tanto em termos da procura de emprego quanto do aumento das mensalidades. “O aumento me afetou muito fortemente. Eu já fui a Portugal sabendo que iria ter uma quantia muito certa e limitada de dinheiro pra viver por mês, e sabia que teria que trabalhar, pois a minha mãe não tem condições financeiras de me sustentar integralmente em Portugal. Só que, mesmo trabalhando num emprego part-time, e conciliando com a faculdade, não seria o suficiente para me sustentar integralmente, pois o salário não cobriria alguns custos, sendo um deles o das propinas”. . Júlia Cordeiro explica que a sua mãe pagaria o valor das propinas, entretanto, com a pandemia, houve também a desvalorização do real e a dificuldade de encontrar emprego. “Em meio à pandemia, o euro aumentou muito para quem depende do real brasileiro. As coisas foram ficando cada vez mais difíceis e, ainda, a universidade anunciou o aumento [das mensalidades] sem nos consultar. Com isso, um valor que seria de 150 euros mensais foi para quase 200 [euros]. E, se antes já seria muito difícil conseguir pagar todas as contas, agora seria quase impossível. Nós, estudantes, tentamos negociar com a universidade o aumento das propinas, mas eles não nos deram ouvidos e mantiveram esse aumento abusivo. Devido à pandemia, ficou também muito difícil conseguir um emprego no Porto, as oportunidades ficaram muito escassas. Assim, depois de meses procurando emprego, conversei com a minha mãe e vimos que eu teria que voltar para Recife, abandonando a universidade em Portugal e o meu sonho de concluir a graduação lá”. A estudante pernambucana não é a única. Andressa (nome ficticio da entrevistada que preferiu não se identificar) é uma estudante que veio para Portugal com a filha a procura de novas oportunidades no mercado de trabalho. Mestranda em Mecânica Computacional pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, explica que todo o seu planejamento financeiro para a ida a Portugal contou com o valor estável da mensalidade. “Com a reserva financeira que eu vim, na época que eu vim, o euro estava cerca de quatro reais. Dava tranquilo para passar os dois anos, e mais um pouco, quase três anos, tranquilo, sem precisar trabalhar, cem por cento focada na faculdade, tomando como base de que as propinas seriam aquelas, todo o meu planejamento financeiro foi feito baseado nisso [sic]” Andressa representa os diversos estudantes pegos de surpresa pelo aumento de propinas, que não contou com aviso prévio e tornou-se vigente para o ano letivo de 2020/2021. Maria Cecília Viana, estudante do curso de Relações Internacionais da Universidade do Porto, conta-nos sobre o movimento denominado UP Não Aumenta, uma tentativa dos estudantes de chamarem a atenção para o caso. A estudante explica que tudo começou pelas redes sociais, mas reuniram-se pessoalmente durante o mês de fevereiro para planejar um abaixo assinado e eventualmente manifestações. Com o advento do coronavírus, pararam com as movimentações que exigiam presença física, entretanto já haviam reunido cerca de 1300 assinaturas. O nome Up Não Aumenta surgiu com o engajamento da movimentação nas redes sociais da Universidade do Porto. . Nesse período, fizeram também um inquérito online que contou com a participação de 837 estudantes, sendo 95,6% brasileiros. Nos dados presentes no inquérito, 55% dos entrevistados afirmam terem descoberto sobre o aumento através de amigos ou conhecidos e 60,5% afirmam que o aumento das propinas os afeta significativamente. Atualmente, as movimentações dos estudantes internacionais permanecem ocorrendo, principalmente dos alunos de mestrado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que aumentou as propinas de 29 dos seus 34 mestrados. No caso da FCUP, os aumentos também abarcam os alunos nacionais, mas em menor grau: 375 euros anuais a mais para os estudantes europeus e até 1312 euros anuais a mais para os estudantes da CPLP. Em comunicado de imprensa enviado ao JPN, a Universidade do Porto afirma que o aumento das propinas para os mestrados da FCUP foi homologado em dezembro de 2019, antes dos sinais da pandemia, e que decorreu da “necessidade de acompanhar os crescentes custos de realização destes cursos”, que seriam “altamente técnicos”. *Por Amanda Ribeiro, especial para a Algomais (alexsyane.amanda@gmail.com)

Sonho de estudar em Portugal ficou mais caro Read More »