Governo de PE e Prefeitura do Recife recomendam uso de máscaras – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Governo de PE e Prefeitura do Recife recomendam uso de máscaras

A Prefeitura do Recife e o Governo de Pernambuco passam a recomendar o uso de máscaras durante a pandemia da covid-19. De acordo com o anúncio feito pelo secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, e o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, durante a coletiva de imprensa da tarde desta quinta, no Palácio do Campo das Princesas, a orientação é que a proteção facial seja utilizada pelas pessoas que precisarem sair de casa para exercer atividades essenciais ou para adquirir produtos ou ter acesso a serviços essenciais ao longo do período de pandemia. Decretos com esta recomendação serão publicados nos Diários Oficiais do Município e do Estado, nos próximos dias.

A decisão foi tomada após a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendar o uso comunitário das máscaras artesanais como medida para diminuir o risco de contaminação. Tanto o Ministério da Saúde (MS) quanto o Consórcio Nordeste seguiram a recomendação da OMS. Os órgãos públicos e os estabelecimentos privados que estejam autorizados a funcionar de forma presencial terão que exigir que seus servidores, empregados e colaboradores façam o uso de máscaras. O item de proteção deverá ser fornecido pelas próprias instituições. A medida começa a valer a partir da próxima segunda-feira (27) e continua válida durante o período de calamidade pública.

O Ministério da Saúde orienta que a população utilize as máscaras de uso não- profissional. “As máscaras profissionais, como a cirúrgica e a N-95, devem continuar reservadas para uso dos profissionais de saúde, considerando que no mercado mundial há uma grande dificuldade de se adquirir essas máscaras. É fundamental que haja a priorização dessas máscaras para quem de fato precisa delas”, explica o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que também é médico infectologista.

O secretário municipal reforçou também que, para ser eficiente como barreira física, a máscara artesanal precisa seguir algumas especificações e precisa ser usada corretamente. “Além disso, a utilização das máscaras não substitui o distanciamento social, que ainda é a principal medida de prevenção contra o novo coronavírus. A população só deve sair de casa em caso de extrema necessidade. Além disso, as outras medidas de prevenção devem continuar sendo respeitadas, como lavar as mãos com água e sabão frequentemente ou usar álcool em gel a 70%”, afirmou Jailson Correia.

Nessa terça (22), o prefeito Geraldo Julio anunciou a aquisição de dois milhões de itens de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para os profissionais de saúde. O montante é suficiente para garantir a proteção dos profissionais por dois meses e se soma a quantia de um milhão de EPIs distribuídos pela Prefeitura no início do mês de abril.

A lista dos EPIs para os profissionais inclui máscaras cirúrgicas, luvas, aventais, máscaras N95, toucas, óculos de proteção e protetores faciais. Entre os destaques dos itens já nos estoques da Secretaria de Saúde estão 450 mil unidades das máscaras N95. Cada profissional que presta assistência ou precisa entrar em contato a menos de um metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus recebe equipamentos de acordo com o tipo de procedimento que realiza no paciente, conforme recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

COMO USAR – Caso a pessoa decida usar a proteção facial artesanal de tecido, é importante priorizar os tecidos de algodão ou tricoline, por exemplo, além de evitar aqueles que possam irritar a pele, como poliéster puro e outros sintéticos. Para serem utilizadas corretamente, as máscaras devem cobrir totalmente a boca e o nariz, sem deixar espaços nas laterais, mantendo o conforto e espaço para a respiração.

A recomendação da Anvisa é que cada pessoa tenha em torno de cinco máscaras de tecido de uso individual e que cada uma seja usada por, no máximo, três horas. Portanto, a máscara deve ser trocada após esse período ou até antes se tiver úmida, com sujeira aparente, danificada ou se estiver dificultando a respiração.

O Ministério da Saúde recomenda que a população, ao precisar sair de casa, leve pelo menos uma máscara reserva e uma sacola para guardar a proteção facial suja, quando necessário trocar. É importante lembrar que a proteção facial é individual e não deve ser compartilhada com ninguém.

Antes de utilizar a máscara, é preciso observar se ela está limpa e se não está rasgada em algum ponto. Deve-se higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool a 70%. Também é preciso ter cuidado para não tocar na máscara e, caso isso aconteça, as mãos devem ser higienizadas imediatamente. A Anvisa recomenda, ainda, que seja evitado o uso de batom ou outra maquiagem durante o uso da proteção facial.

HIGIENIZAÇÃO E DESCARTE – Antes de retirar a máscara, é necessário higienizar as mãos novamente. Ela deve ser retirada manuseando os elásticos ao redor das orelhas, sem tocar a parte frontal da máscara, e descartada ou colocada para lavar, caso seja de tecido. Após a retirada, os procedimentos de higienização das mãos devem ser repetidos.

Embora possam ser lavadas e reutilizadas, diferentemente das descartáveis, é preciso ter alguns cuidados para higienizar as máscaras de tecido. Primeiro, é preciso saber que não se deve lavar mais do que 30 vezes o material. Para manter o autocuidado, essa lavagem deve ser feita pela própria pessoa que utilizou e deve acontecer separadamente das demais roupas.

As máscaras devem ser lavadas previamente com água corrente e sabão neutro e, em seguida, colocadas de molho em uma solução com água sanitária ou outro desinfetante durante 20 a 30 minutos. Em seguida, o material deve ser enxaguado com água corrente para remover qualquer resíduo de desinfetante (nesta etapa, deve-se evitar torcer a máscara). Após secar, a proteção facial deve ser passada com ferro quente e, se não estiver com nenhum dano, deve ser guardada em um recipiente fechado.

A máscara de tecido deve ser descartada caso apresente perda de elasticidade das alças ou deformidade no tecido. O descarte deve ser feito em um saco de papel ou plástico fechado ou em uma lixeira com tampa.

COMO CONFECCIONAR – Para confeccionar a sua própria máscara, a recomendação da Anvisa é que sejam priorizados tecidos de algodão e evitados os tecidos sintéticos, como poliéster puro. Como a proteção facial serve como barreira física ao vírus, o ideal é que ela tenha três camadas: uma de tecido não impermeável na parte frontal, outra de tecido respirável e uma de tecido de algodão na parte em contato com a superfície do rosto.

A máscara deve ter um tamanho que permita cobrir a boca e o nariz. Ela também deve estar bem adaptada ao rosto, para que se evite sua recolocação toda hora. Por isso, é importante que a proteção facial tenha elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca.

É preciso lembrar que, mesmo durante a confecção, se faz necessário seguir as recomendações de higiene. Portanto, as superfícies do local onde será confeccionada a máscara devem ser higienizadas com um produto para desinfecção, como álcool 70% ou hipoclorito de sódio a 1%. Ao término, é importante que a proteção facial seja lavada com água e sabão e passada com o ferro quente.

(Da Prefeitura do Recife)

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