Dia Mundial da Segurança do Paciente alerta para a necessidade de práticas seguras e o uso de simulação no treinamento de profissionais de saúde.

O Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado em 17 de setembro, destaca a importância de práticas seguras na saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 134 milhões de eventos adversos ocorrem anualmente em países de baixa e média renda, resultando em 2,6 milhões de mortes. Mesmo em nações desenvolvidas, 1 em cada 10 pacientes é prejudicado durante o atendimento hospitalar. Esse cenário reflete a urgência de implementar práticas que minimizem os riscos à segurança dos pacientes.

A médica Brena Melo, coordenadora do Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde, aponta que os erros mais comuns envolvem a administração incorreta de medicamentos, infecções, quedas e diagnósticos imprecisos. “O treinamento com simulações oferece um ambiente controlado para que profissionais aprimorem suas habilidades sem colocar pacientes em risco,” explica Brena. O método tem se mostrado uma solução eficaz para enfrentar os desafios da segurança no setor de saúde.

Essa prática educacional foi adotada no Brasil seguindo uma tendência global que se fortaleceu após o relatório “To err is human”, publicado em 2000 nos EUA, que destacou os erros médicos como causadores de 100.000 mortes anuais. Desde então, os centros de simulação têm se multiplicado, proporcionando aos profissionais de saúde a oportunidade de aprender em ambientes controlados que simulam situações reais e complexas.

Em Pernambuco, o Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde, pioneiro na região, oferece uma experiência imersiva, com uso de robôs, monitores e outros equipamentos que simulam situações reais de atendimento. “Essa área ainda tem muito a contribuir para a qualidade do setor de saúde, principalmente aqui em Pernambuco”, conclui Brena Melo.