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“Planejar o futuro e agir no presente”: João Campos fala sobre o desenvolvimento do Recife

Prefeito defende educação, inovação e planejamento como pilares para o futuro da região metropolitana, da capital e do Estado. Fotos: Tom Cabral Durante palestra sobre o futuro da Região Metropolitana do Recife e o papel do Recife no desenvolvimento do Estado no encontro de ontem do projeto Pernambuco em Perspectiva, o prefeito João Campos destacou que a capital tem o desafio de planejar as próximas décadas enquanto executa ações concretas no presente. O evento, promovido pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, reuniu lideranças públicas, especialistas e representantes do setor produtivo para discutir soluções de crescimento sustentável e inclusão social. Educação como base do desenvolvimento João Campos abriu sua fala ressaltando que o maior ativo do Recife é o investimento em pessoas. “A gente só tem esse ativo porque investe em capital humano, a gente investe nas pessoas, e a gente precisa continuar a fazer isso”, afirmou. O prefeito destacou que a educação integral e o acesso à creche são as políticas públicas mais transformadoras, capazes de romper ciclos de desigualdade e impulsionar o desenvolvimento. Ele lembrou que, em pouco mais de três anos, o Recife criou mais de 6.500 novas vagas de creches, de educação integral. “Não adianta só você fazer aquilo que nunca foi feito, é preciso ter uma capacidade de gestão, de poder identificar o problema na ponta”, disse, reforçando a importância da execução eficiente de políticas públicas. Inovação e transformação digital Outro ponto central da palestra foi o papel da inovação no serviço público. Campos destacou que o Recife se consolidou como referência nacional na área, sendo a primeira cidade do Brasil a regulamentar o marco legal das startups e a realizar contratações por inovação aberta. “Nós fomos a primeira cidade do Brasil a regulamentar o marco legal das startups e a primeira capital a fazer a contratação por inovação aberta”, afirmou. De acordo com o prefeito, a transformação digital da gestão tem proporcionado ganhos de eficiência, transparência e impacto direto na vida da população. O uso de dados para aperfeiçoar políticas públicas e facilitar o acesso a serviços municipais foi citado como um dos diferenciais da administração recifense, que hoje exporta soluções para outras cidades brasileiras. Planejamento e visão de futuro Em sua fala, o prefeito defendeu que o planejamento urbano deve ter uma visão de longo prazo, conectada à capacidade de agir no presente. “O desafio do gestor é poder conectar a visão de 30 a 40 anos na frente, mas ter a capacidade de botar a sua pedra dentro do quebra-cabeça no dia de hoje”, disse. Campos citou iniciativas voltadas à sustentabilidade e à resiliência urbana, como obras de macrodrenagem e monitoramento climático, destacando que o Recife tem atuado para se preparar para os desafios das próximas décadas. O prefeito mencionou também a importância de fortalecer o diálogo com os municípios vizinhos, em um contexto de planejamento metropolitano mais integrado, mas sem se aprofundar no tema. Ele encerrou reforçando que o sucesso de uma gestão pública moderna depende da combinação entre visão estratégica, capacidade de execução e foco em resultados sociais. O encontro contou com a mediação de Ricardo de Almeida e com uma palestra de Francisco Cunha sobre o projeto Pernambuco em Perspectiva. Confira a cobertura completa na próxima edição da Revista Algomais. Confira os conteúdos do encontro Pernambuco em Perspectiva: 🔹 Apresentações em slides.

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Ciberataques crescem no fim do ano e exigem atenção redobrada de consumidores e empresas

Aumento de compras no Dia das Crianças, Black Friday e Natal eleva risco de fraudes e invasões digitais, alerta especialista da HSBS Com a chegada do último trimestre do ano, o comércio se aquece e o número de transações online dispara. No entanto, junto com o crescimento das vendas em datas como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal, aumentam também as tentativas de golpes e ataques virtuais. Segundo o especialista em Segurança e Produtividade da HSBS, Guilherme Silvestre, o período é um dos mais críticos para consumidores e empresas no que diz respeito à cibersegurança. Os criminosos aproveitam o grande volume de compras e as vulnerabilidades de sistemas e usuários para aplicar fraudes, roubar dados e invadir redes corporativas. Para evitar prejuízos, Guilherme reforça que a atenção deve ser redobrada. “O cuidado individual é fundamental para reduzir riscos neste período de alto fluxo de transações digitais”, afirma. Entre as medidas preventivas, ele destaca evitar clicar em links suspeitos, verificar a autenticidade de sites, utilizar senhas fortes e diferentes para cada serviço, ativar a autenticação em dois fatores e manter dispositivos atualizados. Do lado das empresas, o alerta é ainda mais urgente. Com o aumento do e-commerce, as corporações se tornam alvos atrativos para hackers. “O aumento de transações e campanhas promocionais torna as empresas mais vulneráveis. A dica é investir em equipes preparadas e soluções em nuvem, capazes de detectar ameaças rapidamente e minimizar danos. Manter sistemas atualizados e seguir boas práticas de segurança é essencial para que o negócio funcione de forma segura, mesmo nos períodos de maior movimento”, ressalta o especialista. Entre os ataques mais comuns no período estão o phishing, a clonagem de sites, as fraudes em pagamentos, a instalação de malwares e as invasões de sistemas corporativos. “Investir em monitoramento constante, backups regulares e protocolos de resposta a incidentes não é apenas uma questão técnica, mas estratégica. As empresas que se antecipam conseguem proteger clientes, fornecedores e toda a cadeia de negócios”, completa Guilherme Silvestre.

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Projeto Somos Uôge realiza workshop Conexões Criativas

Fortalecimento de pequenos negócios da economia criativa e circular aproxima empreendedores de corporações e incentiva sustentabilidade O Projeto Somos Uôge promoveu, há poucos dias, na Arbor Cortinas, em Boa Viagem, o workshop Conexões Criativas. Com foco em fortalecer e dar visibilidade a pequenos negócios da economia criativa e circular, o encontro buscou criar pontes entre empreendedores e corporações. A primeira etapa contou com uma escuta ativa para conhecer os negócios e processos dos participantes, seguida de uma mentoria para prepará-los na formatação de apresentações e pitches. O workshop reuniu nomes expressivos do mercado, como Mariana Rocha, diretora da PRO Live MKT e idealizadora do Somos Uôge; Mariana Moura, fundadora e CEO da Evoa Academy; Isabel Nascimento, CEO da Arbor Cortinas e Love Trash; e Isabella de Roldão, secretária de Trabalho e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife. “O foco principal está no S – Social, já que promove o fortalecimento de pequenos negócios locais, inclusão e geração de oportunidades. Contudo, por envolver empreendedores da economia criativa e circular, também há reflexos no E – Environmental, pois muitos negócios trabalham com sustentabilidade, reaproveitamento de materiais e responsabilidade socioambiental”, destaca Mariana. Participaram empreendedores selecionados da Escola de Empreendedorismo do Desenvolve Recife, como Vih Nascimento – @vih.designer (esculturas em papel / papercraft lowpoly), Dona Fofa – @donafofartesanal (biscoitos amanteigados artesanais), Ateliê Magnolia – @cheiro.de.magnolia (perfumaria e autocuidado), Caio Brito – @cabritocriativo (artesanato focado em Pernambuco e no Nordeste) e Atellie Plural – @atellieplural (acessórios e peças decorativas em cerâmica fria). A programação incluiu curadoria, apoio no acompanhamento de processos, criação de ambiente de integração entre parceiros, mentores e negócios locais, além de registro e comunicação da experiência. “É possível perceber que o fortalecimento do ecossistema empreendedor local desempenha um papel essencial ao estimular negócios criativos e sustentáveis. A conexão entre diferentes esferas, como empreendedores, corporações, poder público e sociedade, amplia as oportunidades reais de mercado, abrindo portas para pequenos produtores se tornarem fornecedores de grandes empresas. Além disso, valorizar a cultura e a identidade regional por meio de negócios enraizados em saberes locais, como artesanato, gastronomia e arte, é um aspecto que merece destaque”, completa Mariana.

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Shopping Tacaruna e Prata Rara promovem campanha solidária do Outubro Rosa em apoio a mulheres mastectomizadas

Ação “Mulheres Mais, por Uma Vida Mais Cor de Rosa” reverte parte das vendas para a doação de próteses e apresenta exposição fotográfica com histórias de superação Em celebração ao Outubro Rosa, o Shopping Tacaruna e a marca Prata Rara realizam a campanha “Mulheres Mais, por Uma Vida Mais Cor de Rosa”, unindo solidariedade e conscientização sobre o câncer de mama. Durante todo o mês de outubro, parte da renda das vendas nas lojas da marca será destinada à compra de próteses produzidas pelo projeto social “Vista-se de Vida”, beneficiando dez mulheres mastectomizadas. As doações serão entregues com apoio do Hospital de Câncer de Pernambuco. Idealizado pela empreendedora Juliana Miranda, o Vista-se de Vida nasceu em 2024 com a proposta de resgatar a autoestima de mulheres que passaram por mastectomia e não puderam realizar reconstrução mamária. As peças, confeccionadas em poliamida de alta qualidade, incluem próteses anatômicas em Neoderma Cirúrgico que proporcionam conforto, leveza e um formato natural. “Mais do que um produto, o Vista-se de Vida é um movimento de cuidado e empoderamento, que reforça a importância da autoestima como parte essencial no processo de cura”, afirma Juliana. Para a gestora da Prata Rara, Hellen Postai, o engajamento com a causa reflete o propósito social da marca. “Ao associar nossa marca a essa causa, a Prata Rara reforça seu compromisso com o social, mostrando que a verdadeira preciosidade está na vida, na saúde e na capacidade de recomeçar”, destaca. A marca, referência em joalheria de prata com 15 lojas no Nordeste, também se destaca pelo protagonismo feminino — mais de 100 mulheres integram sua equipe. Como parte da campanha, o Tacaruna recebe a exposição fotográfica “Mulheres Mais, por Uma Vida Mais Cor de Rosa”, que apresenta histórias inspiradoras de dez mulheres que enfrentaram ou enfrentam o câncer de mama. A mostra, com curadoria de Mariana Fantato e fotos da premiada fotógrafa Debora Ghelman, pode ser visitada na Praça de Alimentação Olinda, de 1º a 31 de outubro, durante o horário de funcionamento do shopping. “Já apoiamos diversas iniciativas como esta e ficamos felizes em realizar mais uma exposição onde o objetivo principal é levar ao público informação e conscientização sobre a prevenção e fortalecer a autoestima de pessoas que enfrentam essa luta”, reforça Yolanda Celeste, gerente de marketing do Tacaruna. Serviço📍 Exposição “Mulheres Mais, por Uma Vida Mais Cor de Rosa”📅 De 1º a 31 de outubro de 2025📌 Local: Praça de Alimentação Olinda – Shopping Tacaruna, Recife⏰ Horário: Durante o funcionamento do mall💗 Apoio: Prata Rara, Hospital de Câncer de Pernambuco e projeto Vista-se de Vida

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Oka Kids

FitDance, Cross Kids e Capoeira agitam os pequenos e suas famílias no Oka Kids Day

Agenda Dia das Crianças O evento será no dia 11, das 10h às 14h. As inscrições estão abertas Criançada é para brincar, se divertir e se movimentar. Chega de telas e de brincadeira no play! Na véspera do Dia da Criança, sábado (11/10), das 10h às 14h, a academia Oka Box abre as portas para o Oka Kids Day, um evento especial que promete uma manhã de energia e alegria. Voltado para crianças de todas as idades, os pequenos terão Fitdance Kids, Cross Kids, Capoeira e recreação, em um ambiente lúdico e seguro. O valor da inscrição é R$ 30. A proposta é proporcionar às crianças uma manhã diferente. “Vivemos em um tempo em que as telas disputam muito a atenção dos pequenos. O Oka Kids chega para mostrar que é possível se divertir em movimento, em contato com outras crianças e com atividades que estimulam o corpo e a mente”, destaca Filipe Figueiredo, à frente da academia Oka. A iniciativa também conta com a parceria do Sítio Dourado. Para a diretora da instituição, Ana Maria Dourado, brincar em movimento é essencial no desenvolvimento infantil. “É no brincar que a criança experimenta seus limites, descobre suas potencialidades e aprende a lidar com o corpo em diferentes situações. Isso gera benefícios para a saúde física, emocional e social”, explica Um dos destaques da programação será a Capoeira Kids, conduzida pelo professor Renato Alexandre, o mestre Timão. Ele ressalta a riqueza cultural da modalidade e sua importância no aprendizado infantil. “A capoeira vai além do movimento físico, ela traz musicalidade, disciplina e interação. As crianças aprendem brincando, e isso fortalece tanto a coordenação motora quanto os laços de convivência”, aponta. O Oka Kids Day será um verdadeiro presente para a garotada. Um momento recheado de movimento, música, diversão e novas descobertas.  Serviço Oka Kids DayData: 11 de outubro (sábado)Horário: 10h às 14hPúblico-alvo: crianças de todas as idadesValor: R$ 30Local: Oka Box – Rua Sebastião Alves, 144, ParnamirimInscrições: @okagymrecife

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XII Marcha Pernambuco Contra o Trabalho Infantil reforça combate à exploração e alerta para riscos no meio digital

Evento acontece nesta sexta (10), com concentração no Parque 13 de Maio, e mobiliza sociedade e instituições pela criação de um novo plano estadual de enfrentamento ao trabalho infantil Pernambuco realiza nesta sexta-feira (10) a 12ª edição da Marcha Contra o Trabalho Infantil, um ato público que reforça o compromisso coletivo pela erradicação da exploração de crianças e adolescentes e pela proteção integral no meio digital. A concentração acontece a partir das 14h, no Parque 13 de Maio, com saída às 14h30 em direção ao Pátio do Carmo. O evento é promovido pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Pernambuco (Fepetipe), que conta com a participação da Auditoria Fiscal do Trabalho e diversas instituições da sociedade civil. Como parte das ações preparatórias para a Marcha, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza nesta terça-feira (8), às 10h, uma audiência pública com o tema “Construção Participativa no novo plano estadual de prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção do adolescente trabalhador de Pernambuco”. A proposta, de iniciativa do deputado João Paulo (PT), busca discutir e propor diretrizes para um novo plano estadual de enfrentamento, já que o anterior perdeu validade em 2021. “Diante do aumento da incidência de trabalho infantil em nosso estado, a criação e implantação desse plano se torna ainda mais urgente e necessária”, afirma Simone Brasil, auditora fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco, e integrante do Fepetipe e do Forap. Em 2024, Pernambuco alcançou a segunda posição no ranking nacional de casos de trabalho infantil, com 68.298 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de vulnerabilidade. A audiência pública contará com a presença de Katerina Volkov, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), além de representantes do Governo do Estado, organizações não governamentais e jovens da Região Metropolitana do Recife. Serviço📅 Audiência Pública: 8 de outubro, às 10h – Alepe📅 Marcha Pernambuco Contra o Trabalho Infantil: 10 de outubro📍 Concentração: Parque 13 de Maio, às 14h➡️ Percurso: Parque 13 de Maio → Pátio do Carmo

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Tramontina e Voz dos Oceanos recolhem 241 kg de resíduos na Praia Enseada dos Corais (PE)

Ação ambiental celebra marco de 1.000 toneladas de materiais reciclados utilizados pela Tramontina em 2025 A Tramontina e a Voz dos Oceanos promoveram uma ação de limpeza na Praia Enseada dos Corais, em Cabo de Santo Agostinho (PE), reunindo cerca de 60 voluntários — entre colaboradores, diretores e convidados da empresa — em uma mobilização pela preservação dos oceanos. Em apenas 1h30 de atividades, foram recolhidos 241 kg de resíduos ao longo de 960 metros de faixa de areia, entre garrafas pet, tampas plásticas, canudos, hastes flexíveis, pedaços de redes de pesca e microplásticos. A ação foi liderada por David Schurmann, CEO da Voz dos Oceanos. “Nenhuma limpeza de praia é capaz de solucionar de vez o desafio da invasão plástica em nossas praias. Mas, certamente, é uma ação de impacto, que educa, sensibiliza e transforma cada participante, que passa a ter mais consciência das consequências – e impactos ambientais – de cada escolha de consumo feita”, afirma David Schurmann. A iniciativa também celebrou o marco de 1.000 toneladas de materiais reciclados incorporados aos processos produtivos da Tramontina somente em 2025, reforçando os compromissos da empresa com seus três pilares: fazer bem-feito, com responsabilidade ambiental e ecoeficiência; fazer bonito, valorizando práticas sociais e o bem-estar das comunidades; e fazer correto, pautado pela ética e sustentabilidade em toda a cadeia de valor. “Mais do que fabricar produtos, acreditamos que nosso papel é gerar impacto positivo para as pessoas e para o planeta. Essa parceria mostra que, juntos, conseguimos transformar desafios ambientais em soluções concretas e inspiradoras”, destaca Giovane Capitani, diretor corporativo da Tramontina. A parceria entre Tramontina e Voz dos Oceanos tem se fortalecido com diversas ações conjuntas. Em maio deste ano, uma limpeza semelhante realizada na Ilha do Mel (PR) retirou quase meia tonelada de resíduos em apenas uma hora. O trabalho reflete o compromisso contínuo das duas instituições em unir educação ambiental, inovação e engajamento social. O engajamento ambiental da Tramontina também se estende à produção sustentável. Desde 2018, suas unidades já reutilizaram quase 10 mil toneladas de materiais reciclados. Entre os destaques está a linha de cadeiras Oceano +Clean, produzida na unidade de Recife a partir de resíduos plásticos retirados do litoral brasileiro e processados pela Raposo Plásticos.

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Entrevista com William Smethurst: "Não nascemos para ficar sentados"

O corpo humano é dependente do movimento. O professor de educação física da UPE explica por que a evolução da espécie nos moldou para manter nosso corpo em atividade. Aborda como o exercício físico contribui para prevenir e tratar doenças, como câncer e Alzheimer, e informa qual a atividade oferece melhores benefícios: correr ou caminhar. Exercitar-se é uma atividade que vai muito além do desejo de emagrecer. Na verdade, o movimento faz parte da natureza do ser humano, desde os tempos em que nossos ancestrais viviam nas cavernas. O educador físico e professor da UPE (Universidade de Pernambuco), William Smethurst, explica, nesta entrevista a Cláudia Santos, como as necessidades do Homo Sapiens por alimentação e sobrevivência, durante o processo de evolução, levou-o a uma intensa atividade física que estruturam o formato do seu corpo, a expansão do seu cérebro e da sua capacidade cognitiva. Se hoje não já corremos para caçar nossa comida e, no conforto do sofá, com simples toques no celular, obtemos alimentação por delivery, não significa que prescindimos de exercícios físicos. Nosso organismo, tal qual o do nosso longínquo parente pré-histórico, continua dependente do movimento. Estudos científicos, segundo William Smethurst, comprovam como a prática regular de exercícios físicos contribuem para manter o organismo saudável e para prevenir e tratar doenças, como câncer e Alzheimer. O educador físico também comenta a grande adesão dos brasileiros às corridas, mas – para a satisfação dos que preferem caminhar – afirma que as caminhadas oferecem os mesmos benefícios para a saúde do que correr. E o melhor: sem provocar riscos ao praticante, como pode acontecer com os corredores.  No início de sua evolução, o ser humano não tinha comportamento sedentário. Como essa característica ancestral impacta no corpo humano hoje? Há cerca de 5 a 7 milhões de anos, uma certa espécie ancestral, ainda não bem definida pela ciência, dividiu-se em duas linhagens. Uma delas evoluiu para os grandes símios, como chimpanzés e gorilas, com corpos musculosos e compactos, adaptados à vida em bosques e florestas, onde encontram sua alimentação e sobrevivência. A outra linhagem deu origem aos Homo sapiens, caracterizados por corpos esguios, pelo andar sobre as duas pernas, um cérebro bem desenvolvido e com uma fisiologia adaptada à intensa atividade física que os constantes deslocamentos para a caça e a coleta de alimentos exigiam para a sobrevivência na vida terrestre.     Portanto, nossos parentes mais próximos – os símios – têm níveis baixos de atividade física que não causam efeitos nocivos à saúde. Já nos seres humanos, pesquisas revelam que à medida que a anatomia e o comportamento mudaram nos últimos milhões de anos, a fisiologia também mudou de tal modo que passamos a precisar de níveis muito mais altos de atividade física para sermos saudáveis. Para equilibrar a relativa fragilização do seu físico durante a evolução da espécie com as demandas de sobrevivência, o ser humano necessitou fazer uso extensivo do seu corpo, aprimorar habilidades percepto-motoras para realização de movimentos corporais cada vez mais complexos e precisos, além de desenvolver tolerância a esforços repetitivos e prolongados. Para dar conta dessa diversidade de novas demandas, o cérebro foi pressionado a expandir suas capacidades durante seu curso evolutivo.  Assim, pode-se afirmar que foram principalmente os movimentos corporais, cada vez mais sofisticados e eficientes, dentro de um estilo de vida fisicamente muito ativo, que induziram as adaptações estruturais do sistema nervoso central. O que permitiu ao Homo sapiens diversificar e aprimorar suas relações com seus semelhantes, com o ambiente e outras espécies, desenvolver sua capacidade criativa e alcançar o nível hierárquico mais elevado na escala evolutiva. Portanto, não nascemos para ficar sentados. Outro aspecto importante é que nosso coração é uma bomba que precisa ser poderosa para fazer o sangue circular por todo o corpo. Sabemos que o lado esquerdo do coração é muito mais robusto, mais volumoso, mais musculoso que o lado direito, que é menor. Mas, veja: a circulação sanguínea é um sistema fechado.  Como é que o sangue circula se, de um lado, há uma bomba poderosa para empurrá-lo, mas no outro lado a bomba que “puxa” é mais débil? Então, há algo ajudando esse lado menos forte que é a musculatura dos membros inferiores, do quadril, que deve estar em constante movimento ou em movimento tonificado, contraindo e relaxando, para manter a postura e ajudar o coração a bombear o sangue.  Então, quem costuma fazer exercício de manhã, depois passa o restante do dia sentado, não tem uma vida muito saudável? Michael Mosley, jornalista e médico, fez estudo em que comparou um escritor – que diariamente fazia duas horas de academia mas passava o restante do dia sentado – com uma moça que passava o dia em pé trabalhando e nunca foi a uma academia. Ele mostrou que todos os indicadores de saúde desse escritor eram piores do que os da moça.  Por isso, é recomendado inserimos na nossa rotina os breaks, a cada 50 minutos para que possamos levantar, durante 5 a 10 minutos, para então voltar e depois sentar novamente. Se nascemos para o movimento, quais os prejuízos causados pelo comportamento sedentário? Para que tenhamos um correto funcionamento do nosso organismo faz-se necessário que ele seja constantemente exposto às mesmas condições que proporcionaram seu desenvolvimento e aprimoramento no processo evolutivo. Do contrário, ele pode tornar-se disfuncional, o que, em médio ou longo prazo, degenera para condições patológicas crônicas.  Está muito bem documentada a associação da inatividade física com o aumento do risco para câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, demência, dentre outras de caráter degenerativo e crônico. Do mesmo modo também está comprovado o quanto a prática regular de atividade física, juntamente com uma alimentação balanceada, é o principal fator de redução de riscos para essas doenças. Como a prática de exercícios físicos ajuda a prevenir e tratar o câncer? O corpo humano possui mecanismos autônomos de, digamos, “autorreparo” para, na hora que houver um distúrbio, esse sistema fazer o reparo antes que aquilo se torne catastrófico. Todos estamos sujeitos a ter alterações espontâneas no

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As emergências climáticas e a governança global: A posição de Donald Trump em perspectiva

*Por Zacarias Ribeiro Filho Este artigo não tem como propósito alimentar a polarização política. O objetivo é analisar como narrativas de lideranças globais influenciam a governança climática e o futuro comum da humanidade. O clima não conhece fronteiras ideológicas: trata-se de ciência, responsabilidade civilizatória e sobrevivência coletiva. O debate climático tornou-se um dos grandes pontos de tensão entre ciência e política no Século 21. Donald Trump desconsidera a diferença fundamental entre percepções episódicas do passado e o consenso científico contemporâneo, baseado em evidências acumuladas por décadas e respaldadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).  Ele, recorre a comparações históricas simplificadas: lembra que, nos anos 1920 e 1930, havia temores sobre resfriamento, para então sugerir que as preocupações atuais com o aquecimento global também seriam passageiras. Essa afirmação não pode ser lida apenas como opinião pessoal. Ela reflete como líderes, em diferentes contextos, utilizam narrativas para defender interesses e moldar políticas públicas. O “resfriamento global” e a construção de um falso dilema De fato, entre 1940 e 1970, houve estudos que discutiram os efeitos resfriadores da poluição atmosférica (aerossóis). Porém, mesmo nesse período, pesquisas já apontavam para o risco do aquecimento associado ao aumento dos gases de efeito estufa. Ou seja, nunca houve consenso sobre resfriamento global. A ciência evoluiu, acumulou dados e consolidou o entendimento de que o aquecimento atual é inequívoco e acelerado pela ação humana. A narrativa de Trump confunde hipóteses transitórias com consensos consolidados.    Tempo geológico x tempo político Outro ponto usado na retórica climática dele é a comparação entre a escala de milhões de anos das mudanças naturais da Terra e o curto intervalo de um século. Embora seja verdade que o planeta já tenha passado por ciclos de resfriamento e aquecimento, o fenômeno atual é distinto por duas razões: 1. Velocidade sem precedentes: em pouco mais de 150 anos, a concentração de CO² saltou de 280 ppm (partes por milhão), no nível pré-industrial, para mais de 420 ppm. 2. Origem antropogênica: o atual aquecimento decorre diretamente da queima de combustíveis fósseis, desmatamento e expansão agrícola. A política, no entanto, opera em outro tempo: mandatos de quatro anos, resultados trimestrais, respostas imediatas a crises. É nesse desencontro entre o tempo da geologia e o tempo da governança que reside a urgência climática. O peso da liderança global.  Os Estados Unidos são o segundo maior emissor histórico de gases de efeito estufa. Assim, quando um presidente norte-americano adota discurso de rejeição, os impactos não se limitam ao plano interno. Isso repercute diretamente na cooperação internacional, no ritmo da transição energética e na legitimidade de acordos multilaterais, como o Acordo de Paris.  É importante destacar que esse não é um fenômeno exclusivo de um país ou espectro político. Ao longo da história recente, diferentes governos – de perfis ideológicos variados – também mostraram resistência em alinhar suas políticas às evidências científicas, especialmente quando isso contraria interesses econômicos imediatos. Rejeição como estratégia de poder As emergências climáticas rejeitadas não devem ser vistas apenas como ignorância, mas como estratégia política, que cumpre funções claras: • internamente, mobiliza eleitores contrários a regulações ambientais e reforça narrativas de identidade política; e • externamente, projeta uma postura de resistência a compromissos internacionais e preserva setores econômicos estratégicos. É importante frisar que a dificuldade em lidar com a questão climática não é exclusiva de Trump ou de governos conservadores. Nem as utopias de esquerda, nem as de direita, foram capazes de oferecer respostas consistentes à pobreza estrutural ou às emergências climáticas. Ambas nutriram esperanças, mas falharam em dar soluções definitivas frente à complexidade dos desafios globais. Conclusão: ciência além da ideologia.  A análise da postura de Trump serve como alerta para algo maior: o desafio climático transcende a polarização entre direita e esquerda. O aquecimento global é um fato científico, não uma opinião. A resposta a ele depende da capacidade de líderes e instituições de superar divisões políticas e construir soluções coletivas. Em última instância, a questão climática não é sobre preferências ideológicas, mas sobre a obrigação ética, social e histórica que os seres humanos têm de proteger, preservar e desenvolver a civilização de forma sustentável e justa. Enfim, estamos diante da responsabilidade civilizatória. A ciência nos mostra a urgência; cabe à política decidir se responderá a tempo. *Zacarias Ribeiro Filho é engenheiro agrônomo; mestre em Dinâmica de Desenvolvimento do Semiárido; consultor  ESG da Abrafrutas; diretor da ESG Planning Consultoria.

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Lula e Donald Trump retomam diálogo e projetam nova fase nas relações Brasil-EUA

Em telefonema de 30 minutos, líderes discutem comércio, cooperação diplomática e possibilidade de encontro presencial nos próximos meses O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na manhã desta segunda-feira (6), uma ligação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um tom amistoso, os dois líderes conversaram por cerca de 30 minutos, relembrando o bom entendimento que tiveram em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU. Ambos reforçaram a impressão positiva daquele encontro e manifestaram interesse em estreitar novamente os laços entre as duas maiores democracias do Ocidente. Lula destacou que o telefonema representou uma oportunidade de fortalecer as relações bilaterais de 201 anos entre Brasil e Estados Unidos. Durante a conversa, o presidente brasileiro ressaltou que o país é um dos três membros do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança de bens e serviços. Ele também solicitou a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros e a revisão de medidas restritivas impostas a autoridades nacionais. Para dar continuidade às tratativas, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, que deve dialogar com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois presidentes também expressaram intenção de realizar um novo encontro presencial. Lula sugeriu uma reunião durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, e reiterou o convite para que Trump participe da COP30, marcada para 2025, em Belém (PA). De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Lula e Trump trocaram contatos diretos para facilitar a comunicação entre ambos. A conversa foi acompanhada, do lado brasileiro, pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim.

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