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Pitomba: uma fruta tão pernambucana

Embora o caju seja uma fruta nativa que está em todo o litoral do Nordeste, e tenha um valor heráldico, também reconhecido como um verdadeiro símbolo do território; ainda temos a pitanga, o araçá e a pitomba, entre tantas outras frutas que fazem parte da construção da identidade, da biodiversidade e dos nossos hábitos alimentares. A pitomba é uma fruta telúrica que representa a região, e marca um ciclo de festas, que além de trazer as opções de cardápios, faz parte da nossa soberania alimentar. A pitomba – Tulisia esculenta – abrange todo o nosso país, e alguns países sul-americanos. A pitomba está na Caatinga, no Cerrado e na Mata Atlântica. São extensas áreas de ocorrência, e de uso pelas populações locais. Aqui, é fruta da rua, das carroças, dos carrinhos de mão; e das praias, onde haviam os vendedores com os seus cestos forrados com folhas e as frutas da época, entre elas as pitombas. Estas vendas de rua mostram e anunciam também a sazonalidade das frutas, manga, jaca, caju, pinha, e a pitomba. Estas ofertas de frutas no comércio das ruas, também pontuam a paisagem urbana do Recife, é isso traz uma certa poesia, humaniza as relações entre quem vende e quem compra. A pitomba é fruta do gosto muito popular. É adquirida em cachos que formam um tipo um buquê de pitombas. É uma fruta que tem que se comer muitas. Consumida normalmente in natura, quase sem polpa, a pitomba também pode ser usada para batidas, com cachaça, ou então molhos, usos mais recentes nesta tendência de gourmetização Bem, eu adoraria que houvesse sorvete de pitomba, se possível? No caso Pernambucano, esta fruta tem sua época de colheita e consumo, dias após a Páscoa, geralmente no mês de abril. E por motivos diversos, associa-se a pitomba ao grande evento comemorativo da Batalha dos Guararapes, que no imaginário popular é também chamada da “Batalha das Pitombas”. Isto porque se atribui que pitombas foram jogadas no chão para que os cavalos dos holandeses tombassem, foi uma verdadeira arma de guerra ecológica. Este imaginário integra um sentimento nativo, onde uma fruta da região é argumento para a liberdade, de luta contra os batavos. Ainda, a pitomba é celebrada, e muito consumida, na festa de nossa Senhora dos Prazeres, há mais de três séculos, no monte dos Guararapes, grande Recife. Lugar onde ocorreu a Batalha dos Guararapes. E a partir da grande intimidade da fruta com a população, a pitomba foi eleita como tema e símbolo da agremiação carnavalesca Pitombeira dos Quatro Cantos, de Olinda. Destaque para o estandarte desta agremiação, onde estão bordados cachos de pitombas, verdadeiro símbolo do grupo e das tradições do nosso Carnaval.

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Pesquisadores testam antivirais existentes para combater coronavírus

Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio-CNPEM), em Campinas, está buscando um novo tratamento para a COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. A estratégia, conhecida como reposicionamento de fármacos, consiste em testar a ação antiviral de drogas já disponíveis no mercado para outras doenças. Os cinco primeiros fármacos selecionados têm como alvo uma das proteases do vírus, enzima essencial em seu ciclo de vida. Posteriormente, o grupo vai testar outros fármacos em mais quatro alvos moleculares com diferentes funções no novo coronavírus. O grupo faz parte de uma rede criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que articula pesquisas sobre coronavírus em diversos laboratórios pelo Brasil, a fim de encontrar soluções para a pandemia. Alguns dos pesquisadores envolvidos atuam em projetos financiados pela FAPESP.  “Na RedeVírus MCTIC, cada grupo participante tem uma missão. A nossa é o reposicionamento de fármacos. Assim que tivermos os resultados, eles serão imediatamente encaminhados para outro grupo, que fará os testes em pacientes”, diz Daniela Barretto Barbosa Trivella coordenadora científica do LNBio e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo. “A protease que temos como alvo é responsável por um processo que torna o vírus ativo, ou seja, capaz de infectar as células e se multiplicar”, explica. Trivella coordena um projeto, financiado pela FAPESP e conduzido em colaboração com a Universidade de Nottingham (Reino Unido), cujo objetivo é elucidar o funcionamento de receptores celulares considerados potenciais alvos terapêuticos. “Um medicamento novo pode demorar até 15 anos para chegar ao mercado. Por isso, optamos por essa estratégia, que é a melhor opção no curto prazo. A ideia é usar fármacos já aprovados para uma determinada doença no tratamento de outra. É o que aconteceu com a hidroxicloroquina, indicada para malária, mas usada experimentalmente contra o coronavírus”, diz Eduardo Pagani, gestor de fármacos do LNBio. Pagani explica que a vantagem dessa estratégia é que, se forem encontrados fármacos com potencial para tratar a COVID-19, a eficácia de seu uso no combate a esta doença poderá ser testada diretamente nos doentes, uma vez que os órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já possuem todas as informações de segurança dessas drogas, já testadas em humanos antes de entrarem no mercado. Os pesquisadores alertam, porém, que ainda que esses fármacos estejam disponíveis nas farmácias, nenhum foi testado em humanos portadores do novo coronavírus. Por isso, é fundamental que sejam conhecidos os efeitos nesse contexto, antes que possam ser administrados em pacientes com a COVID-19. Cinco candidatas Para chegar às primeiras cinco drogas potencialmente eficazes contra o SARS-CoV-2, o grupo realizou uma triagem, por meio de simulações computacionais, de 2 mil drogas já aprovadas para outros usos terapêuticos pela FDA (Food and Frug Administration), agência do governo dos Estados Unidos que regula alimentos e drogas. “Durante mais de um mês rodamos simulações que exigem grande capacidade computacional. Nelas, a molécula precisava primeiro se encaixar no chamado sítio catalítico da protease e depois permanecer nesse local após uma simulação de movimento das moléculas. As que se mantiveram conectadas seguiram no protocolo. As outras foram descartadas”, diz Paulo Sergio Lopes de Oliveira, pesquisador do LNBio responsável pela parte computacional da pesquisa. Oliveira coordena o projeto “Detecção e caracterização de cavidades proteicas através de computação paralela e descritores moleculares”, financiado pela FAPESP. Além dos equipamentos e recursos do projeto atual, sua equipe utilizou computadores de um Auxílio à Pesquisa, na modalidade Equipamentos Multiusuários, coordenado por Wilson Araújo da Silva Junior, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). A simulação resultou em 16 fármacos com potencial terapêutico contra o vírus. Destes, foram selecionados cinco para serem testados em células infectadas com o SARS-CoV-2. Entre os critérios para a seleção estava a disponibilidade dessas drogas no mercado brasileiro a um custo relativamente baixo. Biossegurança Os testes da ação dos medicamentos em células infectadas são liderados por Rafael Elias Marques Pereira Silva, pesquisador do LNBio e coordenador de dois projetos financiados pela FAPESP: o primeiro sobre o potencial terapêutica de quimiocinas e o segundo sobre infecções por vírus. Os testes são realizados no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE), no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp). O LEVE é liderado por José Luiz Proença Módena, professor do IB-Unicamp e coordenador do projeto “Patogênese e neurovirulência de vírus emergentes no Brasil”, também financiado pela FAPESP. O laboratório possui nível de biossegurança 3 (NB3), em uma escala que vai até 4. “Por conta da segurança, os testes são bastante exaustivos, têm de ser feitos quase um a um. Por isso a seleção prévia das drogas é importante”, diz Trivella. Participa ainda das pesquisas Marcio Chaim Bajgelman, coordenador do Laboratório de Vetores Virais (LVV) do LNBio. O pesquisador trabalha no desenvolvimento de ensaios de teste de fármacos, em que será possível acompanhar a capacidade de entrada do fármaco nas células humanas. Bajgelman coordena projeto apoiado pela Fundação. Os pesquisadores agora preparam mais quatro alvos moleculares presentes no vírus para serem testados. Os chamados bioensaios serão conduzidos por Artur Torres Cordeiro, pesquisador no LNBio, em projeto também financiado pela FAPESP. Para cada um dos novos alvos, serão feitas novamente as simulações com as 2 mil drogas já existentes. A estimativa é chegar, no total, a 60 fármacos candidatos para os testes in vitro com os alvos isolados e com o vírus. Entre um e três serão indicados para testes clínicos. Encontrar mais de um fármaco é estratégico para que o vírus não desenvolva resistência. Em tratamentos antivirais como o do HIV, por exemplo, são usadas diferentes combinações de fármacos que atacam diferentes alvos moleculares do vírus. “As drogas encontradas nessa pesquisa poderiam ser combinadas entre si ou mesmo à hidroxicloroquina, por exemplo, a fim de aumentar as chances de cura”, diz Pagani. Os testes com os primeiros cinco candidatos já foram iniciados. Os resultados são esperados nas próximas três semanas. Por André Julião -Agência FAPESP

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Festival É Tudo Verdade está na internet

O maior festival de documentários do Brasil, o É Tudo Verdade, suspendeu a sua estreia marcada para hoje nas salas de cinema de São Paulo e Rio de Janeiro. A boa notícia é que a organização do evento manteve a data de início da edição deste ano, quando, só na internet. Os cinéfilos podem conferir produção das mostras paralelas e algumas inéditas nos canais de stresming parceiros: Itaú Cultural ((www.itaucultural.org.br.) e Spcine Play (https://www.spcineplay.com.br.). A iniciativa cultural, coordenada pelo crítico Amir Labaki, comemora 25 anos nesta edição. Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, Labaki explica que mostra on-line no site do Itaú Cultural tem como tema as mudanças contemporâneas na experiência cinematográfica. “Com o fechamento das salas de projeção para o combate da pandemia, frisando nossa absoluta solidariedade com seus responsáveis e funcionários, inviabiliza-se a “situação cinema”, isto é, a tradicional relação pública entre os espectadores que partilham um filme numa sala escura. Nada tão radical poderia ser previsto nos cinco documentários nacionais selecionados, mas estão em focos as variadas crises no setor, assim como as mudanças tanto de hábitos quanto na área técnica”, analisa o crítico de cinema. Entre os destaques no site do Itaú Cultural estão “Cine Mambembe – O Cinema Descobre o Brasil” (1999), de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que mostram a experiência cinematográfica deles com as projeções de filmes em espaços não-convencionais no Norte e Nordeste. “Cine São Paulo” (2017), de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli, documenta a luta pela reforma e reabertura de um secular cinema em Dois Córregos, no interior de São Paulo, pelo apaixonado empenho de seu dono septuagenário, seu Chico. Outros destaques são “Quando as Luzes das Marquises Se Apagam” (2018), de Renato Brandão que reconstitui a ascensão e queda da Cinelândia paulistana. “O elegante e popular circuito de salas de cinema de rua, desenvolvido sobretudo entre os anos 1930 e 1950 e hoje virtualmente liquidado, com a migração de parte das telas para os shopping-centers”, afirma Labaki no artigo. Em “Cinemagia - A História das Videolocadoras de São Paulo” (2017), de Alan Oliveira, aborda as videolocadora, que sucumbiram com o surgimento das opções de audiovisual via internet. Já os dez títulos do ciclo no Spcine Play (https://www.spcineplay.com.br.), segundo Labaki “propõe um balanço da contribuição dos documentários dirigidos por mulheres no último quarto de século. São exibidas as produções de cineastas como Helena Solberg (“Carmen Miranda – Bananas Is My Business”), Sandra Werneck (“Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas’, 2017), Andrea Pasquini (“Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, 2003) e Marília Rocha (“Aboio”, 2005). Serviço: É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários Itaú Cultural ((www.itaucultural.org.br.) Spcine Play (https://www.spcineplay.com.br.).    

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Crítica| Filmando Casablanca (Netflix)

Considerado a antítese do cinema de autor, o diretor húngaro-americano, Michael Curtiz, teve uma vida cercada por polêmicas. Tinha a fama de humilhar seus subordinados nos sets de filmagem e chegou a avaliar o trabalho dos atores como "cinquenta por cento um grande conjunto de truques. A outra metade deveria ser talento e habilidade, mas raramente são." Com ou sem polêmica, Curtiz dirigiu um dos maiores clássicos do cinema mundial: Casablanca, estrelado por Ingrid Bergman e Humphrey Bogart em 1942. E para contar a história dos bastidores desse grande filme, estreou na Netflix a produção original do serviço de streaming, Filmando Casablanca. O título brasileiro revela pouco do que é o filme, ainda que a história tenha como pano de fundo justamente as gravações de Casablanca. Na verdade, a trama se atém aos conflitos de Curtiz com as pessoas que o rodeavam nos sets e com a família, conflitos potencializados pelos relacionamentos extraconjugais do diretor. Problemas também com a irmã que estava na Europa, prestes a ser levada a algum campo de concentração nazista. Junto a tudo isso o desafio de, ao mesmo tempo, filmar e escrever a história com os roteiristas. Quando começou a ser filmado, Casablanca ainda não tinha um final.     Filmando Casablanca, ou melhor, Curtiz (seu título original), tem um belo trabalho de fotografia, assinado por Zoltán Dévényi. Realizado em preto e branco, com algumas cenas recebendo toques de vermelho, o longa imprime uma pegada noir, potencializada pelo charme das atuações, principalmente no trabalho do ator húngaro, Ferenc Lengyel, que encarna Curtiz, um personagem de muitas camadas. A trilha sonora é outro ponto a se destacar, marcada pelos metais do trompetista húngaro, Gábor Subicz. O filme mostra situações inusitadas dos bastidores de Casablanca, como quando contrataram um grupo de anões para a cena final. Como o orçamento para o filme era pequeno, tiveram de fazer um avião de madeira e papel, bem menor que uma aeronave de verdade. Filmando Casablanca ganhou o prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Cinema de Montreal, Canadá. Boa pedida aos fãs do clássico americano.  

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Tulasi oferece aula de ioga pelo Instagram

A ioga além de ajudar a manter a saúde corporal, também auxilia a aliviar o estresse e pode ser praticada em casa. Portanto, é uma boa atividade para esses tensos dias de quarentena.  Para quem quer praticar essa milenar prática indiana, o Tulasi Mercado Orgânico oferece aulas de ioga, ao vivo, a partir das 18h, ministradas pelo professor Fred Santos, de segunda à sexta-feira, no seu perfil no Instagram  (@tulasimercadoorganico). Na próxima sexta-feira haverá uma aula especial dirigida aos praticantes de surfe, já que Fred pratica o surfe desde os 14 anos.  

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Frutas que aumentam a imunidade

Não existe remédio para gripes e resfriados, no geral. No caso do novo coronavírus, que ainda não há vacina desenvolvida e possui grande rapidez no contágio, é ainda mais importante ajudar o nosso sistema imune. Como isso é possível? Pro meio de uma alimentação mais natural, de acordo com a coordenadora professora e do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE, Joyce Moraes. Primeiro, a nutricionista lembra que alimentos industrializados, processados e fast foods podem piorar nossa imunidade. É aquele ditado: “descascar mais, desembalar menos”. Investir numa boa hidratação, bebendo bastante água ao longo do dia, grãos (como arroz e feijão), fontes magras de proteínas (ovo, peixe e frango) e verdura já ajuda bastante. E as frutas são essenciais para uma alimentação balanceada e fortalecer o organismo, já que são principais fontes de vitaminas. “A pera e maçã, por exemplo, promovem a produção de ácidos graxos de cadeia curta, os quais modulam positivamente MALT, que é uma espécie de integrante do sistema imune no intestino”, explica a professora de nutrição da Faculdade IDE. Já o abacate é fonte de magnésio, benéfico para imunidade, juntamente com o ômega 9, pois modulam a produção de substâncias que prejudicam a imunidade, denominadas citocinas pró-inflamatórias. “Na lista de frutas poderosas, está o caqui, fonte de licopeno, verdadeiro varredor de radicais livres, e kiwi, laranja e limão, ricos em vitamina C, a ‘queridinha’ do sistema imune, pois varre radicais livres”. Já as uvas roxas e açaí, assim como repolho roxo beterraba, são fontes de antocianinas. “Essas substâncias aumentam o número de células NK, do inglês, Natural Killer (células matadoras, traduzindo). As células NK são verdadeiras matadoras de patógenos”, explica a nutricionista Joyce Moraes. Orientação também para preferir por alimentos orgânicos, que são livres de agrotóxicos. Mas alimentos da safra ou as “frutas da época”, geralmente, possuem menos agrotóxico. Assim, invista mais os alimentos que são abundantes na estação. COMO CONSUMIR AS FRUTAS? As uvas devem ser consumidas com as cascas. “Você pode também tomar o suco de uva integral. Já o açaí deve ser consumido sem xarope de guaraná, pois o xarope é rico em açúcar, que piora a imunidade, na forma de tigela ou suco”, sugere a nutricionista Joyce Moraes, professora da Faculdade IDE. O limão espremido com um copo de água pela manhã é ótimo para regular a acidez do sistema digestivo e fortalecer a imunidade. A melhor forma de consumir as demais frutas, no geral, é in natura, na forma de fruta mesmo, pois preserva mais as vitaminas e mantém as fibras, evitando picos de açúcar (da frutose) no sangue. Mas pode também variar o consumo fazendo sucos e vitaminas com mais de uma fruta, inclusive. O importante é se alimentar bem para manter a saúde em dia.

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Estratégia usada em vacina contra ebola pode ser aplicada para coronavírus

Estratégia usada para desenvolver uma candidata à vacina contra o ebola, elaborada pela farmacêutica americana Flow Pharma em parceria com pesquisadores brasileiros, pode orientar a criação de um imunizante contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Em testes com camundongos, a vacina experimental contra o ebola demonstrou ser capaz de conferir, com uma única dose, imunidade contra o vírus hemorrágico que se propagou na África Ocidental entre 2013 e 2016. Os resultados dos testes do imunizante em modelo animal foram descritos em um artigo publicado no final de fevereiro no bioRxiv – um repositório de acesso aberto de artigos em fase de pré-print na área de ciências biológicas. “Uma abordagem semelhante à usada para desenvolver essa vacina contra o ebola pode ser possível de ser aplicada contra o novo coronavírus”, disse à Agência FAPESP Edécio Cunha Neto, professor do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores da plataforma. O projeto também tem a participação de Daniela Santoro Rosa, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Daniela e eu somos autores da busca da sequência para a vacina contra o ebola”, contou Cunha Neto, um dos pesquisadores principais do Instituto de Investigação em Imunologia – um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) financiados pela FAPESP no Estado de São Paulo. A vacina contra o ebola é composta por fragmentos de proteínas (peptídeos) do vírus – capazes de estimular o sistema imune e de induzir uma resposta potencialmente protetora – encapsulados em partículas micrométricas. Para mapear regiões da estrutura do vírus ebola mais promissoras para identificação desses peptídeos capazes de serem usados como antígenos para o desenvolvimento da vacina, os pesquisadores usaram algoritmos computacionais. Um dos critérios que estabeleceram para os algoritmos localizarem essas potenciais regiões na estrutura do vírus é que tinham de ser muito conservadas, ou seja, não poderiam variar muito de um isolado viral para outro. Isso garante que a vacina será eficaz mesmo contra variantes do patógeno. Outro critério é que as regiões escolhidas sejam capazes de serem reconhecidas pelo sistema imune da maioria das pessoas. “Esse critério é muito importante porque garante a cobertura ampla da vacina, uma vez que essas regiões do genoma viral mudariam muito pouco de um microrganismo que circula em um determinado local em relação ao que está aparecendo em outro, e o sistema imune dos pacientes induzirá resposta contra a vacina”, explicou Cunha Neto. Os potenciais peptídeos localizados em regiões mais conservadas do vírus foram testados em células de 30 pacientes sobreviventes do surto do ebola no Zaire, entre 2013 e 2016. As análises indicaram que células do sistema imune, chamadas linfócitos T CD8+, de 26 desses 30 pacientes sobreviventes ao ebola responderam a uma proteína denominada NP44-52. Com base nessa constatação, foi fabricada uma vacina experimental com a NP44-52 encapsulada em microesferas, na forma de um pó seco, estável à temperatura ambiente e biodegradável. A vacina experimental foi inoculada em camundongos geneticamente modificados (C57BL/6), usados como modelo de doenças humanas. Os resultados do estudo indicaram que a vacina produziu uma resposta imune protetora nos animais 14 dias após uma única administração. “A plataforma que desenvolvemos possibilita a fabricação e a implantação rápida de uma vacina de peptídeo para responder a uma nova ameaça viral”, afirmam os autores no artigo. Vacina contra a COVID-19 Na avaliação dos autores do estudo, a mesma abordagem poderia ser aplicada à COVID-19, uma vez que o vírus também possui regiões conservadas e é possível identificar peptídeos potenciais para o desenvolvimento de uma candidata à vacina. “Se agirmos agora, durante a pandemia de COVID-19, talvez seja possível coletar e analisar amostras de sangue e criar rapidamente um banco de dados de peptídeos ideais para inclusão em uma vacina com cobertura potencialmente ampla, com desenvolvimento e fabricação rápidas”, afirmam. Cunha Neto também trabalha em outra estratégia de vacina contra a COVID-19, desenvolvida no Laboratório de Imunologia do Incor, com apoio da FAPESP. “A ideia de usar a mesma estratégia da candidata à vacina do ebola para desenvolver um imunizante contra a COVID-19 é da farmacêutica americana, com quem continuamos a colaborar em outros projetos. A estratégia da vacina que estamos nos baseando aqui, no Brasil, é um pouco diferente”, disse. O pesquisador e algumas das maiores autoridades mundiais em vacina, como Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID, na sigla em inglês), têm ponderado, contudo, que o desenvolvimento de uma candidata à vacina contra a COVID-19 deve demorar de um ano a um ano e meio. Esse tempo é necessário para a realização de todas as fases de testes, inicialmente em animais e depois em humanos, a fim de assegurar a segurança e a eficácia do imunizante, ressaltam os especialistas. O artigo An effective CTL peptide vaccine for ebola Zaire based on survivors’ CD8+ targeting of a particular nucleocapsid protein epitope with potential implications for Covid-19 vaccine design, (doi.org/10.1101/2020.02.25.963546), de CV Herst, S Burkholz, J Sidney, A Sette, PE Harris, S Massey, T Brasel, E Cunha Neto, DS Rosa, WCH Chao, R Carback, T Hodge, L Wang, S Ciotlos, P Lloyd e R Rubsamen, pode ser lido no bioRxiv em www.biorxiv.org/content/10.1101/2020.02.25.963546v2.abstract. E o artigo Coronavirus infections – more than just the common cold (10.1001/jama.2020.0757), de Catharine I. Paules, Hilary D. Marston e Anthony S. Fauci, pode ser lido no Journal of the American Medical Association (JAMA) em jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2759815. Elton Alisson  da Agência FAPESP

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Lançamento da marca Basis de camisetas

Hoje, a partir das 19h, no restaurante Na Praça acontecerá o  lançamento da segunda coleção da marca pernambucana Basis. O projeto surgiu quando dois amigos, Luiz Orlando e Lucas Garrido, que sempre sonharam em fazer parte desse mercado, resolveram se juntar e criar algo novo logo quando se formaram na faculdade. A marca se diferencia por ter um storytelling e por contar sua história através das estampas produzidas manualmente por Luiz (que podem ser conferidas no Instagram @basis_br). Os sócios tentam se comunicar de forma criativa com os clientes, por meio de cartas escritas à mão. As camisetas  são comercializadas numa ecobag, com adesivos das estampas de brinde.

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Crítica | Por Lugares Incríveis (Netflix)

"Apenas um melodrama adolescente comum." A resposta de Theodore Finch (Justice Smith) ao professor Embry (Keegan-Michael Key) após ser questionado quanto ao seu estado, reflete bem o que é o novo filme da Netflix, Por Lugares Incríveis. A história acompanha Violet Markey (Elle Fanning), uma adolescente de 17 anos que sofre com a perda da irmã, morta em um acidente automobilístico. Violet decide pular de uma ponte, mas é impedida por Theodore, um colega da escola. Desde então, uma forte ligação começa a ser construída entre os dois. Este é sim mais um daqueles melodramas adolescentes no melhor (ou pior) estilo A Culpa É das Estrelas ou Um Amor Para Recordar. Ainda que o gênero tenha público, falta a essas histórias coragem para ousar e fugir do lugar comum. Por Lugares Incríveis é baseado no livro homônimo de Jennifer Niven, que também assina o roteiro ao lado de Liz Hannah (The Post: A Guerra Secreta). A trama até que ousa ao, no primeiro momento, dar destaque ao drama de Violet e, no meio do filme, mudar o foco para Theodore. A segurança demonstrada pelo protagonista no início era apenas uma capa que ocultava traumas do passado que o fazem fugir. Desde então, passa a sofrer bullying na escola e a ser chamado de aberração.     É justamente na metade do segundo ato que os personagens se revelam mais complexos, cheios de camadas. Mas o filme perde a força outra vez na conclusão ao optar por um desfecho clichê e preguiçoso. Elle Fanning e Justice Smith têm até carisma, mas falta química ao casal de protagonistas. Parte por culpa do roteiro que não desenvolve bem a relação entre os personagens. Importantedestacar o belo trabalho de fotografia realizado por Rob Givens. Por Lugares Incríveis tem algumas pitadas de road movie: as cenas na estrada, algumas tomadas aéreas, e de lugares exóticos como um grande lago (que terá certa importância para o desfecho da história) são de encher os olhos. As fragilidades do roteiro e das atuações não ofuscam a importância do filme no sentido de propor a discussão de temas atuais e necessários como o bullying e a depressão. Por Lugares Incríveis está atualmente entre os dez filmes mais assistidos na Netflix.    

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Ex-presidenta do Equador virá ao Recife para evento da Amupe

A 13ª Cúpula de Prefeitos e Governos Locais Latino Americanos, que vai ser realizada no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, entre os dias 17 e 20 de março, terá a jornalista, doutora em jurisprudência, ex-ministra da educação, ex-vice-presidente e ex-presidente do Equador, Rosalía Arteaga, como destaque do terceiro dia de evento. No dia 19, a também ativista social vai ministrar a palestra magna sobre "Os Desafios e as Potencialidades da Liderança Feminina na América Latina", a partir das 9h30. Atualmente, Rosalía Arteaga é presidente executiva da Fundação Fidal, uma entidade que tem a missão de fortalecer a educação e consolidar a democracia e governança com um enfoque de consciência ecológica e desenvolvimento sustentável do Equador e da América Latina. A Palestra da ex-presidenta vai gerar dois painéis de discussões: "Mulher como Construtora da Política e Mulheres em Espaços de Poder" e "Decisão, a Busca por Representatividade". O Painel "Mulher como Construtora da Política" terá cinco representantes femininas na mesa de discussão. A fundadora do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), Tânia Ziulkoski; a secretária executiva da União de Governos Locais da Costa Rica, Karen Porras; a prefeita de São Bento do Una e secretária da Mulher Amupe, Débora Almeida; a ex-prefeita do município de Policarpa Nariño, Claudia Cabrera; e a associada de Programa da ONU Mulheres, Juliana Maia. A mesa 2 vai discutir mulheres em espaços de poder e decisão, a busca por representatividade. Estão confirmadas a representante da Universidade de Assuntos Internacionais da Flórida, Cristina Rodrigues-Acosta; a secretária da mulher de Pernambuco, Silvia Cordeiro; a diretora nacional do Mujeres Sin Límite do Equador, Anita Fernandez; a presidenta da Associação de Prefeitas da Bolívia (Acobol), Isabel Guzmán; e a gerente de projetos da ONU Mulheres, Ana Claudia Pereira. Ainda no dia 19, serão realizadas mais de 30 oficinas temáticas sobre inovação, desenvolvimento e desigualdade social. Além de programação na Arena da Inovação, um espaço onde será mostrada ações exitosas de gestão. A programação completa e o painel de inscrições estão disponiveis nos sites www.cupula.cnm.orb.br ou www.amupe.org.

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