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Crítica| Next Gen (Netflix)

A Netflix segue na missão de encher o catálogo de produções originais. Sua nova aposta é a animação Next Gen, que acompanha a jornada de uma menina e sua (improvável) amizade com um robô de última geração. Na trama, Mai sente falta do pai, ausente já há muitos anos. Sua mãe, Molly, viciada em tecnologia, vive sempre "no automático" e gasta a maior parte do tempo ao lado de um robô. No filme, eles estão em todo lugar, nas residências, ruas e escolas. É quando entra em cena o robô 7723, que com seu carisma e cuidado mudará profundamente a vida de Mai. Next Gen é uma co-produção EUA, China e Canadá e é dirigido pela dupla Kevin R. Adams e Joe Ksander. Baseado numa HQ chinesa chamada 7723, consegue estar à altura de algumas produções da Pixar, com cenários grandiosos e ricos em detalhes.   Alguns personagens são inspirados em personalidades do setor da tecnologia. O vilão, Justin Pin, é praticamente uma cópia de Steve Jobs, com direito aos trejeitos e mesma popularidade do saudoso CEO da Apple. Tem, inclusive, seu próprio Wozniacki, o Dr. Tanner, mente por trás dos projetos de Pin e criador do 7723. Nomes conhecidos do cinema emprestam suas vozes aos personagens. John Krasinski, diretor e protagonista do excelente Um Lugar Silencioso, dá voz ao robô 7723. Michael Pena, que protagonizou recentemente o longa Extinção, também da Netflix, dubla o cachorrinho Momo, alívio cômico da animação. Next Gen trata não apenas do poder da amizade, mas traz também, nas entrelinhas, forte crítica ao mau uso da tecnologia e como isso pode ser prejudicial às relações. Na ânsia por encher o catálogo de produções originais, a gigante do streaming vinha errando feio em algumas de suas apostas. Mas desta vez, parece que acertou.

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Livro infantil Dianimal é lançado no domingo

O lançamento do livro infantil Dianimal é uma boa pedida para quem vai participar da programação do Domingo dos Pequenos no Museu, realizado a partir das 9h no Museu do Homem do Nordeste. Editada pela Cepe, a obra do escritor, músico e poeta Alexandre Revoredo e do ilustrador Stuart Marcelo surpreende pela história que parte dos horários do dia para personificar as ações de diversos animais e é contada em versos rimados e em haikais. Mas também seduz a garotada pelo formato lúdico que permite ler o livro na ordem que o leitor desejar. Isto porque as páginas vêm em formato de cartão dentro de uma caixa, possibilitando uma maior interação entre pais e filhos. “É semelhante a um baralho, e no fim da leitura, as páginas que são feitas com papel mais resistente, se transformam em peças de um quebra-cabeças oculto e um jogo da memória”, explica o editor Wellington de Melo. Ao todo são 24 animais, 12 que aparecem durante o dia e outros 12 noturnos, ou seja, um animal para cada hora do dia. O lançamento será acompanhado de apresentação de música de Alexandre Revoredo e contação da história, que segundo o poeta terá continuação. “Pretendemos fazer uma trilogia, seguindo o formato interativo do primeiro livro e mantendo a distinção entre animais de dois ambientes diferentes”. Serviço: Lançamento do livro Dianimal no Domingo dos Pequenos no Museu Data: 16 de setembro, a partir das 9h Onde: Museu do Homem do Nordeste (Avenida Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte) Preço: R$ 28 (livro impresso) R$ 8 (e-book)

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Fenelivro traz como tema Uma Nova Era dos Extremos

Nesta conjuntura de radicalização de posições políticas, a quarta edição da Fenelivro (Feira Nordestina do Livro) faz uma provocação ao trazer como tema principal Uma Nova Era dos Extremos, que vai permear toda a programação do evento. Promovida pela Cepe Editora (Companhia Editora de Pernambuco) em parceria com a Andelivros (Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros), a feira será realizada de 19 a 23 deste mês no Centro de Convenções de Pernambuco. Inspirado no livro clássico do historiador Eric Hobsbawm A Era dos Extremos, o tema segundo o curador da feira Evaldo Costa é extremamente oportuno. No livro o autor mostrou o século 20 como um período de grandes guerras e da divisão do mundo em dois grandes blocos um capitalista e outro comunista, um momento de radicalismo político. “A Fenelivro vai acontecer a um mês das eleições, num momento em que há pessoas defendendo a supressão das liberdades e por isso fazemos a provocação: será que estamos vivendo uma nova era dos extremos?”, indagou Costa durante o anúncio da programação do evento. Para debater o tema, a Fenelivro traz além de poetas e autores de livros de ficção, profissionais como historiadores e sociólogos. A programação, aliás, abarca vários estilos literários, incluindo história, autoajuda e literatura infantil. Até mesmo a poesia rebelde do rock é contemplada numa mesa redonda que vai abordar os livros Pesado, do jornalista Wilfred Gadelha sobre o heavy metal em Pernambuco, e Música que o povo não ouve , de Canibal, vocalista da banda Devotos. “Também vamos trazer a literatura alternativa das edições cartoneras”, acrescenta o presidente da Cepe Ricardo Leitão. A feira homenageia este ano Marcus Accioly, poeta integrante da Geração 65 e do Movimento Armorial, falecido no ano passado, e Sidney Rocha, jovem escritor, romancista, contista e editor. Além da programação diversificada, a organização do evento pretende atrair um público estimado em 50 mil pessoas com entrada gratuita e shows de artistas como Moraes Moreira, Jessier Quirino e Maciel Melo. Ao todo são 50 expositores na Fenelivro que ocuparão 6 mil metros quadrados do Centro de Convenções. Uma área menor que os 10 mil metros quadrados utilizada na edição anterior. “Essa redução é reflexo da atividade editorial que sofreu uma queda de 20% no País em 2017”, informa Derivaldo dos Santos, representante da Andelivros. Apesar desse desempenho, Santos ressalta que as feiras literárias realizadas no interior do Estado, como em Caruaru, Garanhuns e Petrolina, são um sucesso de público. Confira a programação da feira: 19/9 (Quarta-feira) 9h - Abertura dos portões 15h - Oficina de produção de vídeo com Gustavo Almeida, diretor-presidente da TV Pernambuco 18h - Solenidade de abertura 18h20 - Uma nova era dos extremos? Mesa de debate sobre o mundo atual em meio a uma nova era dos extremos. Palestra com o professor da Unicamp, José Alves de Freitas Neto, com participação do acadêmico Joaquim Falcão (ABL), e de Tales de Castro, especialista em relações internacionais e cônsul de Malta 19h30 - Jessier Quirino apresenta o espetáculo de poesia popular Mentira Provisória - a verdade eleitoral 20/9 (Quinta-feira) 14h às 17h - Oficina literária com o escritor Raimundo Carrero 17h - Show com o padre Damião Silva 18h - Palestra com o escritor e consultor empresarial Márcio Giacobelli + lançamento do livro Relacionamento, Influência e Negócios (Márcio Giacobelli) 19h - Palestra e lançamento de livro de Eduardo Bueno 19h45 - Show e lançamento do livro A história dos Novos Baianos, de Moraes Moreira. 21/9 (Sexta-feira) 14h - Oficina com a editora Mariposa Cartonera (Wellington de Melo) 17h - Questões étnico-raciais: Professor Antônio Torres Montenegro 18h - Palestra sobre Fake News com Fernanda da Escóssia (ombudsman da Agência Lupa), Juliano Domingues (Sinjope) e Vandeck Santiago (Diario de Pernambuco) 18h - Palestra com o escritor Julián Fuks e Wellington de Melo (editor da Cepe) 19h - Lançamento do livro Palavra de Jornalista - as entrevistas do projeto Memória Viva da Imprensa de Pernambuco, com participação dos entrevistados. Autores: Gilson Oliveira e Evaldo Costa 19h45 - Apresentação do poeta Bráulio Bessa e sessão de autógrafos dos livros Poesia que transforma e Poesia com Rapadura 22/9 (Sábado) 09h às 11h - Oficina literária com o escritor Raimundo Carrero 10h – Palestra com Dr. Celerino Carreconde, médico naturalista e mestre em Saúde Pública, presidente do Centro Nordestino de Medicina Popular. Tema: Segurança alimentar e ecologia 15h30 - Lançamento do livro No sertão em que vivi, de Zelito Nunes. Apresentador: Eugênio Gerônimo 15h – Palestra com o padre Rubens (reitor da Unicap). Tema: Bíblia, um código cultural 16h - Lançamento do livro Poemas, de Enock Ferreira. Apresentador: Zelito Nunes • Lançamento do livro Loucura, de Rafael Rocha Neto 17h - Palestra A era dos extremos e questões de gênero, com a economista e pesquisadora da Fundaj Cristina Maria Buarque e a secretária da Mulher de Pernambuco, Sílvia Coimbra 17h - Lançamento da coleção É Campeão (Cepe Editora) 18h - Lançamento da biografia O Tiradentes, do jornalista Lucas Figueiredo 19h - Palestra 1968: Uma revolta em cada esquina, com José Almino Alencar, Socorro Ferraz, Luiz Felipe de Alencastro e Homero Fonseca (mediador) 20h - Show e poesias de Maciel Melo 23/9 (Domingo) 10h - Aulão e lançamento do livro Eu, um vencedor, do professor Fernando Beltrão 15h - Lançamento do romance De espaços abandonados, de Luisa Geisler 16h - Palestra e lançamento do livro Boca de forno, boca da gente – Quando as palavras saltam do livro (Editora Companhia Palavras Andarilhas), com a escritora Lenice Gomes 16h - Palestra Cabeça Jovem: adolescência, saúde mental, literatura e tecnologia, com o escritor e professor do IFPE, Severino Rodrigues, com mediação da jornalista Juliana Lopes 17h - Lançamento dos livros Pesado (Cepe Editora) e Música para o povo que não ouve (Cepe Editora), com os jornalistas Wilfred Gadêlha e José Teles, e o diagramador e produtor Marcus Asbarr 18h - Lançamento do livro A fé do interior: uma história de coragem do povo nordestino, de Raissa Nascimento * A programação principal ocorrerá no palco principal e no

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Colégio Fazer Crescer promove ações no Setembro Vermelho

O Colégio Fazer Crescer (CFC), que fica no Rosarinho, zona Norte do Recife, promove, em parceria com o Instituto Lado a Lado e a Universidade de Pernambuco (UPE), várias ações que marcam o Setembro Vermelho, movimento que alerta sobre o alto índice de doenças cardiovasculares na população. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), de 2004 a 2013, mais de três milhões de pessoas morreram em decorrência dessas doenças, o que significa, em média, uma morte a cada 40 segundos. De acordo com o Instituto Lado a Lado, as doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que todos os tipos de cânceres juntos, três vezes mais do que as doenças respiratórias e seis vezes mais que todas as infecções, inclusive a AIDS. A coordenadora dos projetos sustentáveis do CFC, Denise Paranhos, explica que de 11 a 13 de setembro, alunos do curso de medicina da UPE (Projeto Conhecimento Salva Vidas) estarão no colégio, a partir das 8h, para conversar com os alunos do 5° ano do ensino Fundamental ao 2° ano do ensino Médio sobre a importância de identificar os sintomas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou uma Parada Cardiorrespiratória (PCR) e realizar os primeiros socorros, com o objetivo de minimizar as possíveis sequelas das doenças. Os alunos do 8° ano construíram cerca de 30 protótipos de bonecos para que possa ser feita uma simulação de como fazer uma massagem cardíaca, aumentando a chance de salvar a vida de uma pessoa. Vale ressaltar que todos os bonecos foram construídos com material reciclável como jornais e garrafas PET, respeitando a filosofia sustentável do colégio. No dia 14, o cardiologista Nélson Araújo vai ministrar uma palestra para os funcionários do CFC sobre o tema, a partir das 8h, no auditório do Ecoprédio. No dia 24, às 8h, uma equipe do Serviço Social do Comércio (Sesc) estará no CFC para fazer testes de glicemia e aferir a pressão arterial dos funcionários. Além disso, as turmas da Educação Infantil e do Fundamental I vão trabalhar o tema em sala de aula, numa parceria com o Instituto Lado a Lado. A Canteen também participa das ações do Setembro Vermelho, com palestras em sala de aula, com a nutricionista Simone Carneiro, abordando o tema da alimentação saudável para que todos possam viver com mais saúde.

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Crítica| O Banquete

O Banquete, nova aposta da diretora carioca Daniela Thomas, pode ser considerado, no mínimo, ousado. A começar pelo cenário, na verdade, único de todo o filme: uma sala de jantar. Na primeira cena, uma planta carnívora ataca e devora uma mosca: prenúncio do que iremos presenciar mais adiante. Na história, um grupo de amigos está (teoricamente) reunido para comemorar os dez anos de casamento de Mauro (Rodrigo Bolzan), respeitado editor de jornal, e Bia (Mariana Lima), famosa atriz de teatro. Entretanto, Mauro não tem muito a comemorar: poderá ser preso a qualquer momento por publicar no jornal uma carta aberta contra o presidente da república. Soma-se a isso a presença no jantar de sua amante, a crítica de artes do jornal, Maria, interpretada pela paulistana Fabiana Guglielmetti. Na verdade, o jantar serve apenas de pretexto às reais intenções da anfitriã do encontro, Nora (Drica Moraes). A cada prato ou taça de vinho servidos, um novo segredo é revelado, constrangendo os convidados.     O suspense é reforçado pelo competente trabalho de fotografia do peruano Inti Briones, que também trabalhou com Daniela no longa Vazante. A câmera trêmula e sempre muito próxima aos atores transporta o espectador para dentro da cena, ampliando a experiência de tensão e angústia. Soma-se à fotografia a boa trilha sonora, composta por frases de jazz. A proposta de O Banquete é bem parecida com a do filme espanhol Perfectos Desconocidos, disponível na Netflix. A ideia de utilizar uma sala de jantar como único cenário e de fazer do encontro ocasião para tratar, sem pudor, de temas como sexo e traição torna as duas produções bem parecidas. Além dos atores já citados, completam o elenco: Caco Ciocler, como Plínio, advogado alcoólatra, esposo de Nora, Chay Suede, que interpreta o garçom, Ted, Bruna Linzmeyer, no papel de uma stripper, a Batwoman e, por fim, Gustavo Machado, encarnando o colunista gay, Lucky, personagem que traz alívio cômico à história. Polêmica Em setembro do ano passado, num debate no Festival de Brasília, a diretora carioca Daniela Thomas recebeu diversas críticas por Vazante. Alguns a acusaram de retratar com superficialidade a escravidão e os personagens negros no filme. Mês passado, mais um fato relacionado a festivais, desta vez ao de Gramado. O longa O Banquete foi retirado da disputa pela diretora em função da morte de Otávio Frias Filho, Publisher da Folha de São Paulo. A história é inspirada em alguns acontecimentos verídicos corridos na década de 90, entre eles o da carta aberta publicada por Otávio Frias em abril de 1991 contra o então presidente da república Fernando Collor.

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Crítica| Deus Não Está Morto - Uma Luz na Escuridão

O primeiro semestre de 2018 foi marcante para as produtoras de filmes com temática cristã. Em março, Eu Só Posso Imaginar arrecadou só na semana de estreia nos EUA mais de 17 milhões de dólares, desbancando grandes produções, entre elas, Uma Dobra no Tempo, da Disney. Outro que também fez sucesso foi Paulo, Apóstolo de Cristo: já soma mais de 22 milhões de dólares em bilheterias. E a lista de estreias relacionadas ao segmento cristão só faz aumentar. Com boas expectativas de público, chega aos cinemas, no próximo dia 30, Deus Não Está Morto - Uma Luz na Escuridão.   A primeira cena é exatamente a mesma que encerra Deus Não Está Morto 2: o pastor Dave (David A. R. White) é levado à prisão por não entregar as cópias de seus sermões ao governo. O fato chama a atenção da mídia e da sociedade, que passa a questionar a presença da igreja Saint James dentro do campus de uma universidade estadual. A situação piora quando um incêndio, fruto de um suposto atentado, destrói a igreja, matando o pastor auxiliar Jude (interpretado pelo excelente Benjamin A. Onyango). O roteiro de Howard Klausner e Michael Manson (que também ocupa a cadeira de diretor) explora uma narrativa tradicional, linear, quebrada uma única vez logo no primeiro ato, na sequência que retorna ao passado para explicar a motivação para o ataque à igreja. Mesmo não ousando quanto à narrativa, o roteiro, bem escrito, faz do longa o mais maduro da franquia.   Ao invés de recorrer ao sentimentalismo, tacando uma trilha sonora melosa a cada cena triste ou lágrima que surja na tela, a história segue por caminho oposto: o do bom humor. O principal responsável pelos momentos de alívio cômico é Pearce, advogado e irmão do pastor Dave. A relação, por vezes, tempestuosa da dupla traz à trama as cenas mais engraçadas. Pearce é interpretado pelo ator John Corbett, conhecido por protagonizar a comédia romântica Casamento Grego. Deus Não Está Morto - Uma Luz na Escuridão fecha a trilogia como o melhor da franquia, com uma mensagem de amor e perdão. Tema necessário em tempos marcados por ódio e intolerância, seja ela religiosa ou de qualquer outra espécie.

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Número de inadimplentes cresce 4,31% em julho, apontam CNDL/SPC Brasil

A atual situação econômica vem desafiando as famílias brasileiras. Ao encontrar dificuldades em equilibrar o orçamento, muitos acumulam contas em atraso e acabam por ingressar em cadastros de devedores. Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de consumidores com restrição no CPF cresceu 4,31% na comparação entre julho e o mesmo período do ano anterior. Ao todo, o país fechou o mês passado com 63,4 milhões de negativados. Esse número representa 41% da população adulta. Quanto ao volume de dívidas em nome de pessoas físicas, a inadimplência avançou 1,47% na comparação anual, ou seja, de julho de 2017 a julho de 2018. Já na comparação mensal, isto é, entre junho e julho deste ano, houve uma queda de 0,82%. Os dados por setor revelam que o crescimento mais expressivo foi o das contas de serviços básicos, como água e luz, cuja alta registrada é de 7,66% na comparação anual. Em seguida aparece o número de dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, que subiu 6,90%. “O desemprego elevado e a renda achatada dos brasileiros seguem contribuindo para esse avanço no quadro de inadimplência. Ainda que o país tenha superado a recessão, a recuperação da economia continua mais lenta do que o previsto, agravada pelo clima de incertezas das eleições”, avalia o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. Mais da metade dos negativados no país tem entre 30 e 49 anos, representando 32 milhões de brasileiros A maior parte dos negativados está entre o público de 30 a 49 anos, de acordo com estimativa da CNDL/SPC Brasil. Nessa faixa, o volume de devedores com CPF restrito chegou a 32 milhões em julho — mais da metade do total de inadimplentes (51%). Outro destaque é a parcela significativa de jovens, entre 25 e 29 anos, que está inadimplente — representando 46% do total ou 8 milhões de pessoas. Já entre os que possuem idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 19%. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, o percentual é de 33%. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o desequilíbrio das finanças afeta em maior grau a faixa etária de 30 e 49 anos por ser um momento de construção da vida pessoal e profissional. “É nessa fase que muitos formam família ou constituem novas uniões, além de buscarem a consolidação do patrimônio. Isso implica em assumir diversos compromissos financeiros e, com as dificuldades que a crise ainda geram, a conta nem sempre fecha no final mês, levando à inadimplência ”, analisa. Inadimplência cresce 10,41% no Sudeste; região também concentra maior número de negativados, com total de 27 milhões O Indicador aponta ainda que a região Sudeste apresentou a maior alta no volume de inadimplentes, cujo crescimento foi de 10,41% em julho frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste, que avançou 4,84% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (3,49%), Norte (2,78%) e Sul (2,64%). Além de ser responsável pelo maior crescimento da inadimplência em julho, o Sudeste concentra, em números absolutos, a maior fatia de negativados no país: 27 milhões de consumidores. Na sequência aparece o Nordeste, com 18 milhões de devedores com dívidas em atraso; o Sul, com 8 milhões; o Norte, com 6 milhões; e o Centro-Oeste, com 5 milhões. Metodologia O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Alimentos e remédios lideram gastos no cartão de crédito em junho, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o uso do cartão de crédito já não se limita a compra de itens de mais alto valor, que geralmente são parcelados. As despesas correntes, incluindo produtos de primeira necessidade, também já fazem parte das aquisições mais feitas via cartão. No último mês de junho, os alimentos de supermercados lideraram esse tipo de compra, com 63% de menções, seguidos dos remédios (45%) e dos combustíveis (37%). Somente em quarto lugar aparecem as roupas, calçados e acessórios (36%). De acordo com o levantamento, no último mês de junho, 40% dos brasileiros recorreram à alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, citado por 35% dos consumidores. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 8% de utilização, empréstimos (5%), cheque especial (5%) e financiamentos (3%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade no período somam 60% dos consumidores. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por trata-se de uma modalidade de crédito pré-aprovada, o cartão de crédito é um instrumento bastante popular como forma de pagamento. “Hoje o cartão de crédito já não é uma exclusividade dos bancos. Redes varejistas e fintechs já oferecem o instrumento, tornando-o ainda mais acessível para várias camadas da população”, explica a economista. 25% dos usuários de cartão caíram no rotativo em junho; média da fatura supera R$ 1 mil Apesar de ser um aliado do consumidor que não pode pagar por um bem à vista, o cartão de crédito também pode se tornar fonte de problemas financeiros para pessoas que perdem o controle dos gastos. A CNDL e o SPC Brasil apuraram que no último mês de junho, um quarto (25%) dos usuários de cartão de crédito no país entraram no rotativo, ao não quitarem a fatura integral no período. Os que pagaram o valor cheio da fatura somam 72% da amostra. Para a maioria dos entrevistados, o tamanho da fatura do mês de junho aumentou na comparação com o mês de maio, observação feita por 39% dos usuários de cartão de crédito. Apenas 23% notaram queda na fatura, ao passo que 32% acreditam que ela permaneceu igual. Considerando os que souberam reportar o valor gasto com as compras em junho realizadas no cartão de crédito, a média é de R$ 1.045,63. Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, o cartão de crédito é um instrumento de pagamento que facilita a vida das pessoas, mas que deve ser utilizado com vigilância. “O requisito básico para o usuário do cartão de crédito é ter organização. Ele é um excelente meio de pagamento porque ao contrário do crediário, só cobra juros se não houver o pagamento mínimo da fatura. Então, se os gastos estiverem dentro de um planejamento, o cartão cumpre um papel positivo na vida financeira do consumidor”, explica Vignoli. Apenas 13% dos brasileiros estão com contas ‘no azul’. Maioria vive no limite do orçamento e as principais razões são preços elevados e queda da renda O Indicador de Propensão ao Consumo investigou a vida financeira dos consumidores e descobriu que somente uma minoria se encontra em situação confortável. Em cada dez brasileiros, oito (80%) vivem no aperto financeiro, seja por estarem no ‘zero a zero’, ou seja, sem sobras de dinheiro no orçamento (44%) ou até mesmo ‘no vermelho’, isto é, não conseguem terminar o mês com todos os compromissos financeiros quitados (36%). Os que estão com as contas ‘no azul’ formam 13% da amostra. Na avaliação dos próprios entrevistados, as principais razões para tantos brasileiros viverem com dificuldades financeiras são os preços elevados (43%) – embora a inflação esteja sob controle -, queda da renda (33%), desemprego (27%) e descontrole dos gastos (12%). Para o último mês de julho, mais da metade (56%) dos consumidores planejavam cortar gastos ao longo do mês, contra apenas 6% que iriam desembolsar mais. Metodologia O Indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Integração do Rio São Francisco poderá usar fontes de energias renováveis

Equipes do Ministério da Integração Nacional e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) têm se dedicado a estudos de viabilidade para o uso de energias renováveis - solar, eólica ou hídrica - para o Projeto de Integração do Rio São Francisco. O objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica do sistema, que corresponde a cerca de 80% dos custos da operação do empreendimento, e adotar o uso de fontes sustentáveis e menos poluentes. Os estudos incluem análises das tendências de mercado em energias renováveis e o levantamento dos aspectos técnicos da região de implantação, como geologia, acesso, restrições ambientais, além da hidrografia e clima. Isso porque a maior obra de infraestrutura hídrica do País atravessa três estados nordestinos (Pernambuco, Ceará e Paraíba) e passa por 17 cidades. Também serão observados custos de investimento e de operação das novas tecnologias. Uma das possibilidades em estudo é a geração de energia solar sobre espelho d’água (ou seja, cobrindo parte dos canais). Este método é utilizado em outros locais do mundo e possibilita que a evaporação seja bastante reduzida, já que os painéis solares montados em canais bloqueiam a radiação do sol. De acordo com estimativas, uma planta fotovoltaica (painéis) de um megawatt pode economizar nove milhões de litros de água por ano. Os painéis solares ainda oferecem outra vantagem: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é minimizado, ajudando também na redução do custo de manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos. As equipes técnicas já produziram dois relatórios de diagnóstico preliminar (plano de trabalho e análise de cenário). Ao término dos trabalhos, será entregue um documento final apresentando todas as alternativas de exploração dos recursos energéticos renováveis e a viabilidade de execução. Além de atender ao consumo do Projeto São Francisco, o suprimento de energia a partir de fontes de energia limpa contribuirá para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da  Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas no Brasil (ONU).   Redes O Projeto de Integração do Rio São Francisco possui 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão. As estruturas passam por nove cidades pernambucanas nos dois eixos de transferência de água: Norte e Leste. No Eixo Norte, a linha de transmissão passa nos municípios de Cabrobó, Salgueiro, Verdejante, Mirandiba e São José do Belmonte. Já no Eixo Leste, a linha está nas cidades de Floresta, Betânia, Custódia e Sertânia. A demanda anual nas fases pré-operacional e operacional do Projeto gira em torno de 746 mil MW, sendo 212 mil MW para o Eixo Leste e 534 mil MW para o Eixo Norte.

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Mudanças climáticas podem extinguir 10% das espécies de anfíbios da Mata Atlântica

Peter Moon/via Agência FAPESP O aquecimento global poderá levar à extinção de até 10% das espécies de sapos, rãs e pererecas endêmicas da Mata Atlântica em cerca de 50 anos. Isso porque regimes de temperatura e chuva previstas para ocorrer entre 2050 e 2070 serão fatais para espécies com menor adaptação à variação climática, que habitam pontos específicos da Mata Atlântica. Essa é uma das conclusões de um estudo que analisa a distribuição presente e futura de anfíbios (anuros, ou seja, sapos, rãs e pererecas) na Mata Atlântica e no Cerrado, à luz das mudanças climáticas em decorrência do contínuo aquecimento global. O estudo foi publicado na revista Ecology and Evolution. O trabalho teve como autor principal o herpetólogo Tiago da Silveira Vasconcelos, da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Bauru, e foi feito com apoio da FAPESP no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais. Colaboraram Bruno Tayar Marinho do Nascimento, também da Unesp, e Vitor Hugo Mendonça do Prado, da Universidade Estadual de Goiás. "O objetivo maior da pesquisa foi fazer um levantamento de todas as espécies de anfíbios do Cerrado e da Mata Atlântica e caracterizar suas preferências climáticas nas diferentes áreas que habitam. Com os dados em mãos, buscamos fazer modelagens para poder projetar cenários de aumento ou de redução das áreas climáticas favoráveis às diferentes espécies, em função dos regimes climáticos estimados para 2050 e 2070”, disse Vasconcelos. Conhecem-se atualmente 550 espécies de anfíbios na Mata Atlântica (80% delas, endêmicas) e 209 espécies no Cerrado. Vasconcelos trabalhou com os dados de distribuição espacial de 350 espécies da Mata Atlântica e 155 do Cerrado, aquelas encontradas em ao menos cinco ocorrências espaciais diferentes. "Desse modo, foi possível identificar as áreas com maior riqueza de espécies de anfíbios, ou com composição de espécies únicas, tanto no Cerrado como na Mata Atlântica. Uma vez identificadas tais áreas, avaliamos a comunidade de anfíbios no cenário de clima atual e futuro, de modo a determinar quais são as áreas de clima favorável para cada uma das 505 espécies analisadas, e se haverá expansão ou redução dessas áreas em 2050 e 2070, em função do aquecimento global”, disse Vasconcelos. Os dados de distribuição espacial das 350 espécies da Mata Atlântica e 155 do Cerrado foram aplicados em duas métricas de ecologia de comunidade. A primeira, denominada diversidade alfa, é a diversidade local, correspondente ao número de espécies em uma pequena área de hábitat homogêneo. A diversidade beta é a variação na composição de espécies entre diferentes hábitats e que revela a heterogeneidade da estrutura de toda a comunidade. Vasconcelos conta que o passo seguinte foi usar os dados de clima para fazer a modelagem de nicho climático. Foram usados quatro algoritmos diferentes baseados nas características de clima favorável a cada espécie. Trata-se de algoritmos de modelo linear generalizado, de árvore de regressão, de floresta aleatória e de máquina de vetores de suporte. Os algoritmos serviram para determinar, na Mata Atlântica e no Cerrado, quais são as áreas de climas semelhantes, gerando um mapa da distribuição das áreas atuais onde cada espécie pode sobreviver. A seguir foi a vez de calibrar os mesmos algoritmos com os cenários de clima futuro, a partir das estimativas feitas disponíveis no portal WorldClim. "Para cada cenário futuro, em 2050 e 2070, utilizamos dois cenários de emissão de gás carbônico na atmosfera, um cenário mais otimista, com menor aquecimento global, e outro pessimista e mais quente. Também usamos três modelos de circulação global atmosférica e oceânica", disse Vasconcelos. Os dados são do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). "Para cada uma das 505 espécies analisadas geramos 24 mapas de distribuição [quatro algoritmos x dois cenários de emissões de CO2 x 3 modelos de circulação global]. Ao todo, foram mais de 12 mil mapas”, disse. A partir dos resultados dos 24 mapas de distribuição para cada espécie, foi gerado um mapa consensual e, então, uma matriz de presença e ausência de espécies, determinando a ocorrência prevista de cada espécie em 2050 e 2070. "O primeiro impacto esperado da mudança climática nos anfíbios da Mata Atlântica e Cerrado é a extinção de 42 espécies por meio da perda completa de suas áreas climaticamente favoráveis entre 2050 e 2070", disse Vasconcelos. Os dados apontam para a extinção de 37 espécies na Mata Atlântica (ou 10,6% do total) e cinco no Cerrado. Das 42 espécies, apenas cinco são atualmente consideradas como em risco de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente. Homogeneização de anfíbios no Cerrado A maior riqueza de anfíbios da Mata Atlântica ocorre atualmente na porção sudeste, nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Já as regiões interioranas da Mata Atlântica são as áreas com menor riqueza de anfíbios. Embora os resultados do estudo apontem para a perda de espécies em toda a Mata Atlântica, mesmo as taxas mais altas de perdas no sudeste do bioma não deverão alterar o fato de que esta região específica permanecerá como a mais rica em anfíbios. Por outro lado, no Cerrado haverá perda generalizada, mas também ganho de biodiversidade em determinadas regiões. "Os resultados da pesquisa indicam uma expansão das áreas climaticamente favoráveis aos anfíbios, dado que em função do aumento das temperaturas se espera uma expansão das áreas de Cerrado nas direções norte e nordeste, ocupando espaços que hoje são de floresta amazônica. A savanização de porções da floresta amazônica abrirá novas áreas para ocupação dos anfíbios do Cerrado”, disse. Especificamente, a mudança climática não deverá alterar a área de maior riqueza de anfíbios do Cerrado, que fica na margem sul deste bioma, mas uma considerável perda de espécies é esperada no oeste e sudoeste, que faz contato com as terras baixas do Pantanal Mato-Grossense. Por outro lado, poderá haver ganho de espécies em Tocantins, no norte de Minas Gerais e no oeste da Bahia. "Os cenários futuros de mudança climática sugerem que poderá haver uma homogeneização da fauna de anfíbios ao longo da extensão do Cerrado. Ou seja, aquelas espécies mais generalistas,

Mudanças climáticas podem extinguir 10% das espécies de anfíbios da Mata Atlântica Read More »