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Inamara Melo

"Com o plano de descarbonização é possível Pernambuco ter um PIB 6% maior em 2050"

Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado conta como Pernambuco pretende chegar à neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050 e ainda ter crescimento econômico. Ela rechaça a ideia de que ações ecológicas prejudicam o desenvolvimento da economia. Capturar na atmosfera o dióxido de carbono, um gás causador do aquecimento global, utilizá-lo como combustível e até armazená-lo. Usar o biogás, originado do lixo, como fonte energética em indústrias e em refinaria de petróleo. Essas são algumas das tecnologias inovadoras que constam no Plano Pernambuco Carbono Zero, uma estratégia para o Estado alcançar a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 2050. O plano aponta metas, prazos e ações para mitigação das emissões. Para saber detalhes sobre essa estratégia de descarbonização e quais as ações para implantá-la, Cláudia Santos conversou com Inamara Mélo, que acaba de assumir a Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco), em substituição a José Bertotti, que lançou sua candidatura a deputado estadual. Com formação em jornalismo, Inamara tem larga experiência na área de sustentabilidade, é mestranda em gestão ambiental, já atuou na Secretaria de Meio Ambiente do Recife, onde também assumiu a pasta, quando a então secretária Cida Pedrosa foi disputar a eleição. Junto com Bertotti, direcionou a agenda da Semas para priorizar a política climática e participou da elaboração do Pernambuco Carbono Zero. Nesta entrevista, Inamara conta as dificuldades decorrentes da falta de apoio do Governo Federal para o País atingir o chamado net zero. E como em razão disso, os Estados, em especial Pernambuco, acabaram exercendo um protagonismo, inclusive junto a organizações internacionais. E, para os que pensam que cuidar do meio ambiente prejudica o crescimento econômico, a secretária rebate afirmando que o plano de descarbonização promoverá aumento do PIB e geração de emprego no Estado. Quais são as ações do governo para neutralizar os gases de efeito estufa? Pernambuco vem estruturando sua política climática desde a primeira década dos anos 2000, ainda na época do governo de Eduardo Campos. Na gestão de José Bertotti na Semas, o objetivo foi fortalecer esse trabalho, porque o Plano Estadual de Mudança Climática e a Política Climática já tinham sido aprovados, mas precisávamos avançar tanto nos instrumentos, quanto em ações efetivas para dar conta dessa política. Montamos o nosso Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa, que reuniu dados de 2015 a 2018. Naquele momento o Governo Bolsonaro decidiu não realizar no Brasil a COP 25, que o governo anterior havia se comprometido a sediar. Pernambuco recebeu, então, a missão de realizar a 1ª Conferência Brasileira de Mudança Climática e assumimos junto à Abema, que é a associação brasileira dos órgãos estaduais de meio ambiente, a tarefa de apoiar a participação dos estados no evento. Na medida em que o Governo Federal se retirou dessa agenda, houve a emergência dos governos subnacionais nesta pauta. Ampliamos nosso protagonismo e passamos a discutir quais seriam os compromissos climáticos e como poderíamos efetivá-los. Isso trouxe para Pernambuco o olhar de organizações internacionais e passamos a tratar com diversos desses organismos uma cooperação em apoio ao trabalho desenvolvido na Abema e internamente em Pernambuco. Em 2022 atualizamos o inventário de emissões com informações de 2015 a 2020, sendo que Pernambuco é o primeiro estado da Federação a apresentar esses dados desagregados por município. Agora, já conseguimos identificar o perfil de cada município relacionado à agenda climática e o que precisamos potencializar nesta agenda municipal. Conseguimos o apoio da União Europeia, com a consultoria da agência alemã GIZ, para o desenvolvimento do nosso plano de descarbonização, o Programa Pernambuco Carbono Neutro, que estabelece o compromisso do Estado de chegar em 2050 atingindo a neutralidade das emissões de GEE. Esse trabalho teve o acompanhamento e a participação do Fórum Pernambucano de Mudança do Clima. O que prevê o Programa Pernambuco Carbono Neutro? Ele aponta metas, prazos e ações para mitigação das emissões de GEE no Estado. Essa redução é de 15% em 2025 e 32% em 2035, e em 2050 será alcançada a neutralidade climática. Para chegar a esse resultado, o plano foca em quatro setores estratégicos: energia e indústria, transportes, resíduos e Afolu (agricultura, florestas e outros usos da terra). Para cada um desses setores foram estabelecidas soluções tecnológicas de mitigação. Porém, mesmo se todas essas medidas forem adotadas, ainda assim, não chegaremos a um resultado de carbono neutro, porque, com a adoção delas, é possível evitar 75% das emissões projetadas para 2050. Para os 25% restantes, será necessário fazer a remoção de carbono na atmosfera. Como essa remoção é possível? Hoje existe tecnologia em desenvolvimento para captura, transporte, utilização e armazenamento de CO2. Estuda-se, por exemplo, a implantação de unidade de geração de hidrogênio na Rnest (refinaria) com captura de carbono e em processos industriais. Trata-se de uma tendência que está sendo trabalhada em diversas regiões do mundo. É importante destacar que esse plano de descarbonização fez com que caísse por terra o antigo conceito de que cuidar do meio ambiente impactaria no crescimento econômico. Ao adotarmos essas medidas de descarbonização, é possível ter um crescimento no produto interno bruto 6% maior até 2050, são R$ 20 bilhões a mais na projeção do PIB. Também impactaria positivamente naquilo que é o consumo das famílias em R$ 30 bilhões a mais. A estimativa é gerar 100 mil empregos a mais se forem adotadas essas soluções tecnológicas. Quais são os próximos passos? Ao concluirmos o plano, temos um grande desafio: nós temos um planejamento pronto e agora como implementamos e como desenhamos o monitoramento? A avaliação da União Europeia é que alcançamos um produto de altíssimo nível. Os pernambucanos precisam compreender o que foi feito e como precisamos, a partir de agora, agir envolvendo um grande pacto social no sentido de garantir a implementação deste plano. Fazemos parte da rede Under2 Coalition, que é uma espécie de top dos estados de várias regiões do mundo comprometidos, com a pauta da descarbonização. Nós trabalhamos com eles no projeto para fazermos o controle das

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TSE eleicao

Prazo para emitir ou regularizar título termina quarta-feira

Quem quiser votar nas eleições 2022 tem até a próxima quarta-feira (4) para emitir ou regularizar o título de eleitor. Esse é o prazo legal para que a Justiça Eleitoral conclua o cadastro de todo o eleitorado apto a votar em outubro. O mesmo prazo vale para quem quiser transferir o domicílio eleitoral, mudando o município onde vota, bem como para incluir o nome social no título de eleitor – no caso de pessoas transsexuais e travestis. A data vale também para idosos e pessoas com mobilidade reduzida solicitarem a transferência do local de votação para uma seção acessível. Assim como em todo ciclo eleitoral, a busca por regularizar a situação do título tem aumentado com a proximidade do fim do prazo, o que levou a Justiça Eleitoral de diversos estados a ampliar o horário de funcionamento dos cartórios eleitorais.  Vale lembrar, contudo, que todos os procedimentos relativos ao título de eleitor, incluindo a emissão do documento pela primeira vez, podem ser realizados inteiramente online, sem a necessidade de sair de casa, por meio do Atendimento Online ao eleitor. Por meio da internet é possível, por exemplo, pagar multas eleitorais atrasadas e solicitar a revisão de dados no caso de título cancelados. De acordo com a Justiça Eleitoral, mais de 6 milhões de títulos foram cancelados de 2018 a 2021. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o eleitor não comparece à votação nem justifica a ausência por três eleições consecutivas, apesar de se enquadrar nos critérios de obrigatoriedade do voto. Contudo, quem teve o título cancelado por ter faltado à revisão do eleitorado e à coleta de biometria em seu estado não precisa se preocupar. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu os efeitos do cancelamento devido à continuidade da pandemia de covid-19. Dessa maneira, os eleitores nessa situação poderão votar normalmente em outubro.  Para verificar e resolver pendências relativas ao título, o eleitor deverá ter em mãos documentos como cadastro de pessoa física. Em alguns casos é necessário tirar fotos de rosto e de documentos, entre eles RG e comprovante de residência, para solicitar determinados procedimentos. Todas as informações estão disponíveis no portal da Justiça Eleitoral.  O prazo limite para emitir ou modificar informações relativas ao título de eleitor é decorrente da Lei das Eleições, que prevê o fechamento do cadastro eleitoral 150 dias antes do pleito. Neste ano, a data do fechamento é 5 de maio.

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Pernambuco tem a segunda rota mais procurada do País

No ranking do acumulado de janeiro e fevereiro, voo SP (Guarulhos)-Recife foi vice-líder no ranking nacional, perdendo apenas para a ponte-aérea Rio-SP. Estado conta ainda com o nono voo com mais passageiros do Brasil, via Congonhas Pernambuco continua a se destacar nesta retomada das atividades turísticas, econômicas e culturais em todo o Estado. Os excelentes indicadores puderam ser conferidos em recente pesquisa da movimentação de passageiros referente ao primeiro trimestre do ano. Os dados, levantados pela Aena Brasil, administradora do Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre, apontam que o terminal atingiu 98% dos passageiros do mesmo período na pré-pandemia. A novidade agora é a análise feita pela Anac, colocando Pernambuco em segundo lugar no ranking das 10 frequências mais procuradas no primeiro bimestre, com a ligação São Paulo (Guarulhos)-Recife. Foram cerca de 260 mil passageiros só em janeiro e fevereiro. No primeiro lugar, está a ponte-aérea Rio-São Paulo (Santos Dumont-Congonhas). Pernambuco aparece ainda em nono lugar no ranking, com o voo São Paulo (Congonhas)-Recife, que movimentou 183 mil passageiros. “As recentes pesquisas do setor de aviação têm trazido bastante alegria para o nosso Turismo e reforçam a importância dos projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado voltados a atrair cada vez mais visitantes a Pernambuco nesta retomada. Ter duas frequências aéreas no ranking dos voos mais procurados no primeiro bimestre do ano muito nos anima e nos leva a vislumbrar tempos de bons frutos para o turismo. Queremos, cada vez mais, fortalecer nossos destinos e atrair ainda mais visitantes”, comenta a secretária de Turismo e Lazer, Milu Megale. A pesquisa traz ainda mais um resultado a ser comemorado: quando analisado apenas o mês de fevereiro, a rota São Paulo (Guarulhos)-Recife também é vice-líder do ranking, totalizando 121 mil passageiros.

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mateus judo

Pernambucano vencedor no judô e no BMX encara desafios nacionais

Com apenas 11 anos de idade, Mateus Menezes coleciona troféus de várias competições e torneios pernambucanos e regionais. Ele é campeão não apenas em uma modalidade, mas em duas. Os primeiros passos foram no judô, mas ele experimentou também o bicicross. Após faturar a maioria das disputas locais, ele está atravessando as fronteiras e passa a ter desafios nacionais na prematura carreira. Os primeiros passos no judô foram em 2015, quando ele tinha apenas 4 anos de idade. Após alguns anos participando apenas em festivais, devido a idade, ele iniciou 2022 estreando nas competições da Federação de Judô, na categoria Sub-13, abaixo dos 47 quilos. “Esse ano venceu a primeira etapa do Campeonato Pernambucano e a seletiva para o Campeonato Brasileiro de Judô, Regional 2, que será em Natal. O campeão garante vaga para o Brasileirão que acontecerá em Curitiba”, afirma o pai e entusiasta Osvaldo Menezes. A competição começa hoje. Para se manter competitivo, o adolescente treina diariamente na Associação Sandro Ferraz, que funciona em Boa Viagem. Em paralelo, o jovem treina também BMX. Era para ser apenas uma brincadeira, um segundo esporte. Mas ele pediu para competir também e ele já coleciona os primeiros prêmios. “Seria só uma diversão, ir para a pista brincar. Mas ele pediu para participar de um campeonato e ficou em segundo lugar geral no Pernambucano, em sua primeira competição. No ano seguinte foi campeão, antes da pandemia. As competições voltaram no meio de 2021 e conseguiu ser campeão do Campeonato Pernambucano, do Nordeste Brasil, do Campeonato Paraibano e da Copa Nordeste. Ele foi finalista também do Campeonato Brasileiro, ficando entre os 8 melhores em 2021”, relata o pai. Em 2022, Mateus, que é treinado por Gilmar Batista, ganhou as duas etapas do Pernambucano e a Copa Pernambuco. O próximo passo no BMX será a disputa do Campeonato Brasileiro, em julho, na cidade de Londrina, no Paraná. No Judô, a expectativa é garantir uma vaga para o Brasileirão de Curitiba, em novembro. “Estamos buscando apoio ou patrocínio para ele, pois são duas competições de alto custo. Sem apoio é muito difícil o fomento de novos talentos do esporte”. Para conhecer mais sobre o jovem atleta e se comunicar com a família, a trajetória dele pode ser acompanhada no perfil @mateussoaresdemenezes

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Corte dos EUA impede que Biden acabe com deportação imediata

Juiz da Louisiana alegou que fim da regra “Title 42” representa risco para segurança e saúde pública O governo Biden estava a caminho de revogar a regra conhecida como “Title 42”, que desde março de 2020 levou a mais de 1,7 milhão de expulsões imediatas de migrantes que entraram no país pela fronteira com o México. No entanto, os planos do atual presidente foram frustrados nesta terça-feira (26/04) após decisão de um juiz federal de Louisiana, que considerou que o fim do Title 42 neste momento representaria um risco eminente para a segurança e para a saúde pública nos Estados Unidos, Ao todo, 20 estados americanos haviam pedido ao tribunal federal que impedisse o governo de revogar o Title 42, alegando que o fim da lei neste momento, como desejava o presidente, provocaria uma onda ainda maior de migrantes na fronteira, que se sentiriam encorajados a tentar entrar ilegalmente nos EUA, e dificultaria ainda mais o trabalho do já sobrecarregado Departamento de Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP). “O fluxo de imigrantes indocumentados, pode chegar a 2,1 milhões de pessoas até o fim de 2022, e as autoridades americanas precisarão de um plano efetivo de contingência. Atualmente cerca de 7 mil imigrantes são apreendidos diariamente na fronteira, e esse número deve saltar para 12 a 18 mil apreensões diárias quando a lei Title 42 for encerrada. São números sem precedentes na história dos Estados Unidos” – analisou Marcelo Gondim, advogado de imigração. No início da pandemia da covid-19, o governo de Donald Trump adotou o Title 42 como medida de saúde pública, dando mais poder aos agentes de fronteira para remover migrantes ilegais por terra para o México ou em voos de deportação para outros países. Segundo dados do CBP (Customs and Border Protection), cerca de 1.500 brasileiros foram deportados para o Brasil em 2021, com base no Title 42. Com a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em janeiro de 2021, havia uma expectativa de que o Title 42 fosse imediatamente revogado, o que acabou não acontecendo. Pelo contrário, o ápice de deportações com base no Title 42 ocorreu em setembro do ano passado, quando as autoridades americanas deportaram 10.000 pessoas para o Haiti. “De fato, o presidente Biden adotou diversas políticas pró-imigrantes, como o restabelecimento de programas de asilo e o fim da separação de menores nas fronteiras, mas o Title 42 continuou em vigor, principalmente devido a legião de pessoas vindas da América Central, que se aglomeraram na fronteira dos EUA com o México desde o início do atual governo. É importante mencionar que a não revogação da lei foi mais uma medida sanitária, devido ao avanço da covid-19, do que uma decisão política” –comentou novamente Marcelo Gondim, que também é fundador do escritório Gondim Law, localizado na Califórnia. A decisão de manter o Title 42 foi criticada por diversas ONGs pró-imigrantes. No entanto, foi elogiada pelos republicanos e também por grande parte dos democratas. O governo já anunciou que irá seguir as determinações da corte federal até que ocorra a nova audiência sobre o tema, marcada para o dia 13 de maio.

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Senado aprova criação do Programa Internet Brasil

(Da Agência Brasil) O Senado aprovou hoje a medida provisória (MP) que cria o Programa Internet Brasil. A iniciativa prevê o acesso gratuito à internet em banda larga móvel aos estudantes da educação básica da rede pública de ensino de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O texto segue para sanção presidencial. A MP foi editada pelo governo em dezembro do ano passado e, como toda medida provisória, precisava da aprovação do Congresso para que seus efeitos se tornassem permanente. Na Câmara, sofreu alterações. Os deputados incluíram os estudantes das comunidades indígenas e quilombolas no atendimento do programa. Além disso, acrescentaram quatro artigos sobre atividades de radiodifusão que ampliam as oportunidades para solicitação de renovação de concessões ou permissões para execução dos serviços. O trecho é considerado um “jabuti”, ou seja, um assunto estranho ao texto original da MP e foi mantido no Senado. Pelo texto, o Ministério das Comunicações deverá reconhecer pedidos apresentados fora do prazo para a renovação da concessão ou permissão de serviços de radiodifusão, desde que encaminhados ou protocolizados até a publicação da lei de conversão da MP. Programa Internet BrasilO Ministério das Comunicações deverá implementar e coordenar o Programa Internet Brasil. A implantação deve ocorrer de forma gradual, a depender da disponibilidade de recursos, dos requisitos técnicos para a oferta do serviço, dentre outras necessidades definidas pelo ministério. O acesso gratuito à internet poderá ser concedido a mais de um estudante por família. Serão distribuídos chips, pacote de dados ou dispositivo de acesso aos estudantes, principalmente celulares. Segundo dados levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a internet era utilizada em 82,7% dos domicílios do país em 2019, um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, a maior demanda por internet nas áreas rurais teria contribuído para esse crescimento. “Para atingir os cerca de 15% de domicílios sem acesso à internet, e considerando a permanente crise fiscal por que passa o país, que agrava a escassez de recursos públicos, serão imprescindíveis políticas públicas que se direcionem mais precisamente aos fatores que causam essa 'lacuna digital'”, afirmou a relatora da MP no Senado, Daniella Ribeiro (PP-PB).

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CarlosValle SincorPE

Programa Falando Seguro de abril apresenta a campanha “A pé, de moto ou de carro”

O Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne) recebe, nesta quarta-feira (27), às 19h30, no seu canal do YouTube, mais uma edição do programa “Falando Seguro”, idealizado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de Pernambuco (Sincor-PE). Com mediação de Mario Neto, âncora da rádio CBN Recife, vai apresentar a campanha “A pé, de moto ou de carro”. Falando sobre os riscos, responsabilidades, cuidados necessários e o papel do corretor de seguros, participam do bate-papo o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle, o presidente da Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), José Aurelio Ramalho, e o responsável pelo setor de educação no trânsito da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Davino. “É importante que as pessoas que não são dessa área assistam para terem o real conhecimento de como funcionam os seguros, quais as coberturas, o que se acrescenta, o que se retira, quais os riscos que as pessoas sofrem. Quando sabemos as coberturas que existem, os direitos que a gente tem, sabemos discutir com o corretor. E quando a gente não sabe, têm muitas dicas que podem ajudar a buscar a melhor oferta”, explica Carlos Valle. É o corretor de seguros o profissional que pode auxiliar o segurado em todas as etapas da contratação de um seguro, trazendo conhecimentos referentes à área e sanando quaisquer dúvidas. Fora isso, ainda existe a responsabilidade que você tem se causar um acidente. “Você não precisa ser culpado para ter que honrar por um serviço de um terceiro. Se for negligente, imperito ou imprudente, você pode estar fadado a ser o responsável pelo acidente. E as despesas são altas”, afirma o presidente do Sincor-PE. A transmissão do programa será ao vivo e aberta ao público. Para participar, basta acessar o canal do Sindsegnne no Youtube (www.youtube.com/SindsegNNE), inscrever-se e ativar as notificações para receber alertas sempre que um novo vídeo for publicado.

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Terreo fazercrescer

Colégio Fazer Crescer inaugura segundo Ecoprédio no Rosarinho

Ecoprédio Rute Vitalino homenageia sua fundadora e aposta em soluções sustentáveis, como tetos e pisos de vidro, reuso de água da chuva, luz natural, arquitetura sustentável e automação, desde a construção até seu funcionamento O Colégio Fazer Crescer (CFC), localizado no bairro do Rosarinho, inaugurou do novo projeto da instituição, o Ecoprédio Rute Vitalino. Ele foi todo concebido no conceito de arquitetura verde, que respeita pilares ecológicos, diminuindo os impactos de uma construção, da execução ao modelo de operação cotidiana. “A preocupação com o outro e com o meio ambiente se encontram e estão na nossa essência. Passamos isso em sala de aula e nas atitudes uns com os outros, e queremos reforçar essa preocupação para os estudantes e para a sociedade. Cada um pode, sim, fazer a sua parte”, justifica Ana Henriqueta Trajano, diretora pedagógica do CFC, sobre a decisão de construir o segundo prédio sustentável. O primeiro Ecoprédio Urbano Vitalino foi erguido há seis anos. O espaço, além de abrigar as turmas do Ensino Médio, tem quatro salas e um auditório e será voltado para a integração dos alunos, proporcionando trocas e vivências que nem sempre são experimentadas em salas de aula e que ficaram prejudicadas com a pandemia. “Queremos estimular o olho no olho, menos digital, mais pessoal. Por isso o prédio disponibiliza diferentes espaços de convivência”, explica Gláucia Lira, diretora de Marketing e Novos Projetos do colégio. Exemplo disso são os hubs, balanços, mesas e bancos espalhados e o ambiente voltado para a música, com um piano, violão e percussão que ficarão disponíveis para qualquer pessoa tocar; os cantos com redes para conversar com os amigos; e o “Redário Literário”, que irá disponibilizar livros e um ambiente de descanso para eles. Além disso, os alunos terão à disposição um rooftop envolvido por verde, miniquadra para vôlei e beach tennis e um tobogã, para os que gostam de aventura e queiram sair do terceiro pavimento para as salas de aula de forma mais rápida e divertida. A tendência está em alguns escritórios, como o Google. O Ecoprédio abrigará também uma mostra de arte permanente de artesãos nordestinos renomados, como Abias do Galho, Adriana das Alagoas, Mestre Heleno, Nando de Zezinho, Áurea Gomes, Rafael Raimundo, entre outros. O espaço possui quatro pavimentos, tendo 28% de área de solo natural só no térreo - e a iluminação será natural durante grande parte do dia, com pisos e tetos de vidro em alguns locais, e janelas generosas, garantindo ótima ventilação. Foi adotada uma estrutura metálica aparente, painéis pré-moldados (tecnologia lightwall) e concreto sem revestimento, garantindo uma personalidade estética ao projeto. “As salas de aula, escadas, espaços de convivência e os banheiros também trazem essa arquitetura com estilo industrial, que permeia todos os andares e reduz o desperdício de material na obra, o que geralmente acontece em construções de alvenaria tradicional”, explica, Suzana Gueiros, uma das arquitetas responsável pelo projeto. Os vidros e paredes possuem proteção térmica. Em alguns locais foi utilizado piso emborrachado feito a partir do reuso de pneu. Além disso, pela primeira vez, será utilizada uma nova metodologia de energia solar à distância, uma vez que o prédio está localizado em área de grande sombreamento. O Ecoprédio Rute Vitalino também será inteligente. “Por meio da automação, podemos controlar irrigação das plantas, iluminação, ar condicionado e outras funções pelo celular”, explica Pedro Selva, arquiteto também responsável pelo projeto.

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Lucas Bispo divulgacao 1

Pernambucano é o novo campeão internacional de karate

Na última sexta (22), Lucas Kauan Bispo obteve a medalha de ouro no Campeonato Sulamericano de Karate, na modalidade Kumite, categoria Cadete +70kg (ou seja: combate real, para atletas de 14 a 16 anos e acima de 70kg). Ele é atleta da Associação Beneficente Criança Cidadã. O torneio foi disputado ao longo desta última semana (18 a 24 de abril) em Guaiaquil, cidade mais importante do Equador. Com a conquista, Lucas se classificou automaticamente para o Panamericano, que será realizado entre os dias 22 e 28 de agosto, na Cidade do México. Ele e sua treinadora, Vanessa Araújo, chegam ao Recife à 01h50 da próxima quinta (28), no voo 3686 da Latam, vindo de Guarulhos. Ambos foram contemplados recentemente nos programas Bolsa Atleta Pernambuco e Bolsa Treinador, promovidos pelo governo estadual. Vanessa é treinadora da Seleção Pernambucana Feminina e instrutora de Karate da ABCC e do Lar Fabiano de Cristo. Ela foi a principal responsável pela ida de Lucas ao Equador, após as recentes classificações nos campeonatos regional e nacional, ambos disputados em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. LUCAS KAUAN BISPOO primeiro contato de Lucas Kauan com as artes marciais foi nas aulas de Educação Física da escola, onde conheceu o judô e o karate. Posteriormente, teve a oportunidade de conhecer o jiu-jitsu, mas foi ao karate que decidiu se dedicar. Em seu histórico já são mais de 40 prêmios em competições, a maioria em primeiro lugar. Lucas conta que conheceu em pessoa sua atual treinadora, Vanessa Araújo, através do amigo Emanuel Messias, que treinava com ela. “Mas sempre acompanhava o trabalho dela em competições. Ótima professora e ótima técnica”, pontua. Foi por intermédio de Vanessa que Lucas passou a competir pela ABCC, há pouco mais de dois anos. “A ABCC é um ótimo lugar para se tornar um profissional, pois dá todo o suporte necessário aos atletas”, elogia. No Complexo Esportivo da ABCC, ele treina três vezes por semana e, quando necessário, auxilia a professora. Aos 16 anos de idade, Lucas cursa o segundo ano do ensino médio na Escola Joaquim Xavier de Brito, no bairro da Iputinga, e revela-se bastante satisfeito com seu atual momento: “Acredito que estou em uma das minhas melhores fases, pois tenho ganhado muitas competições”. Além do karate, Lucas pratica musculação e, nas horas de lazer, gosta de andar de bicicleta, jogar futebol e desenhar VANESSA ARAÚJOA garota de origem humilde do bairro do Barro, no Recife, encontrou no karate a chance que precisava para mudar a história da sua vida. Criada num ambiente hostil, Vanessa Araújo se agarrou ao esporte para valer e, depois de 32 anos, desde que foi apresentada à modalidade por um tio, a atual técnica da ABCC e da Seleção Pernambucana acumulou diversas conquistas nacionais e internacionais, como atleta ou treinadora. Integrante da equipe de esportes da ABCC desde outubro de 2019, Vanessa ganhou facilmente a simpatia da garotada, que rapidamente se identificou com a sua trajetória. A experiência da comandante foi o trunfo em que a Associação apostou, visando a alçar voos mais altos dentro do karate, a exemplo da preparação realizada com Lucas Kauan.

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"Subfinanciamento da saúde pública levou hospitais filantrópicos a um endividamento de R$ 20 bilhões"

Hospitais filantrópicos e Santas Casas do País enfrentam séria crise financeira porque os recursos repassados pelo SUS são insuficientes para manter esses centros hospitalares. Tereza Campos, a presidente do Fehospe que congrega essas instituições no Estado, fala sobre o problema. A pandemia evidenciou para os brasileiros a importância do SUS (Sistema Único de Saúde). Sem ele, certamente a tragédia provocada pela Covid-19 teria uma dimensão ainda maior no Brasil. O que talvez algumas pessoas não saibam é que os hospitais filantrópicos e as Santas Casas têm um papel estratégico para o sistema. Só para se ter uma ideia, em 824 municípios do Brasil, essas instituições são o único equipamento de acesso ao cuidado e à assistência em saúde, com uma representatividade no SUS de 70% do volume assistencial da alta complexidade e 51% da média complexidade. Apesar de toda essa importância para a saúde pública do País, os hospitais filantrópicos e as Santas Casas passam por uma situação muito difícil. Os recursos que o SUS destina a essas instituições são insuficientes para financiar as suas atividades, um descompasso que perdura há décadas, levando os hospitais a acumularem um endividamento de R$ 20 bilhões, sucateamento das suas estruturas físicas e tecnológicas. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a presidente da Fehospe (Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco) e superintendente-geral do Imip, Tereza Campos detalha o problema e fala das reivindicações do movimento Chega de Silêncio encampado pela CMB (Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas) com adesão da Fehospe. Qual é a situação hoje dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas? Os hospitais filantrópicos e Santas Casas, que têm participação efetiva no atendimento e na contribuição de formulação de políticas públicas de saúde, são essenciais para o sistema público, nas esferas públicas e privadas. No entanto, enfrentam um descompasso gigantesco que representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento. O que levou os hospitais a essa situação? O subfinanciamento crônico do sistema público de saúde levou as instituições a um alto endividamento, com o acúmulo de valores na ordem de R$ 20 bilhões, sucateamento das suas estruturas físicas e tecnológicas. Esta situação foi agravada durante a pandemia da Covid-19, principalmente no abastecimento de materiais, medicamentos e insumos com preços elevadíssimos, além da inflação que atinge os custos dos nossos hospitais. Qual a importância desses hospitais no atendimento à população que utiliza o SUS e qual o tamanho da sua estrutura? O setor hospitalar filantrópico tem papel estratégico para o SUS. Nos serviços oferecidos pelo SUS, muitas vezes são únicos prestadores em municípios do interior do Brasil e, também, nos serviços de maior complexidade hospitalar em capitais e cidades de maior porte. A CMB (Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas) representa 1.824 hospitais filantrópicos brasileiros, são 169 mil leitos hospitalares e 26 mil leitos de UTI. Em 824 municípios do Brasil, a Santa Casa ou hospital filantrópico é o único equipamento de acesso ao cuidado e à assistência em saúde, com uma representatividade no SUS de 70% do volume assistencial da alta complexidade e 51% da média complexidade. Anualmente faz mais de 5 milhões de internações, 1,7 milhão de cirurgias e mais de 280 milhões de atendimentos ambulatoriais. Dependem economicamente destas instituições mais de 3 milhões de trabalhadores, com vínculo direto e/ou indireto. Em Pernambuco, os hospitais filantrópicos têm atuação igualmente relevante, em consonância com a sua condição na história nacional. Composto por estrutura assistencial de 35 unidades hospitalares que estão presentes em todas as regiões, do Sertão do Pajeú à capital, essa rede filantrópica representa uma atividade imprescindível e exitosa, assegurando uma cobertura na atenção à saúde eficaz, possuindo, inclusive, uma grande representatividade na assistência em alta complexidade. A Fehospe (Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco) é uma instituição com sede no município de Recife, que congrega 24 Santas Casas e hospitais filantrópicos, que ofertam quase 4 mil leitos de internação e 705 leitos de UTI em assistência à nossa população, protagonizando o SUS em todo o Estado de Pernambuco. É evidente o patrimônio histórico e compromisso social dos hospitais filantrópicos no Brasil, que têm uma expressiva capilaridade e interiorização no território nacional. Qual é a reivindicação dos hospitais e das Santas Casas? Alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, em simultaneidade à aprovação do PL nº 2.564/20, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do PL, assim como para a imprescindível adequação do equilíbrio econômico e financeiro da relação das instituições filantrópicas com o SUS. O que determina o Projeto de Lei 2564/20? A Fehospe está na defesa para a aprovação do relevante Projeto de Lei 2564/20 que altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para instituir o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira. A proposta, o valor mínimo inicial para os enfermeiros será de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. O PL 2564/20 originário e aprovado no Senado, tramita na Câmara Federal e está com regime de urgência aprovado. O impacto deste PL para os hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS é estimado em R$ 6,3 bilhões por ano. *Leia a entrevista completa na edição 193.4 da Revista Algomais: assine.algomais.com

"Subfinanciamento da saúde pública levou hospitais filantrópicos a um endividamento de R$ 20 bilhões" Read More »