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Descoberta molécula com potencial para tratar o câncer de ovário

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Uma molécula com potencial para combater o câncer de ovário e bloquear o processo de metástase das células tumorais foi descrita por pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos na revista Cancer Research. Conhecida como miR-450a, a pequena molécula de RNA geralmente é pouco expressa em tumores. Porém, testes in vitro e em camundongos mostraram que, quando superexpressa, pode ter efeitos positivos no tratamento da doença ao silenciar a expressão de genes envolvidos na migração celular e no metabolismo energético do tumor. O estudo foi realizado no Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Contou com a colaboração de Markus Hafner, professor do Laboratory of Muscle Stem Cells and Gene Regulation, do National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos. “Trata-se de uma molécula promissora. Podemos desenvolver, no futuro, com uso de nanotecnologia, estratégias terapêuticas contra o câncer de ovário”, disse Wilson Araújo da Silva Junior, pesquisador do CTC e coordenador do estudo. Por ser inicialmente assintomático, o câncer de ovário tende a ser detectado já em estágio avançado. Atualmente, a principal arma no tratamento é a cirurgia. “A miR-450a, associada ou não à quimioterapia, pode contribuir como terapia neoadjuvante [tratamento pré-cirúrgico], aumentando taxas de resposta pré-operatórias. Já em casos mais avançados, é possível que diminua o risco de progressão ou de morte pela doença, com efeitos colaterais possivelmente menores que os da quimioterapia. Outro ponto interessante da molécula é a capacidade de bloquear o processo de metástase”, disse Silva Junior à Agência FAPESP. Corte de energia Os chamados microRNAs, como o miR450a, são pequenas moléculas de RNA que não codificam proteína, mas desempenham função regulatória no genoma e, por consequência, em diversos processos intracelulares. A estratégia de atuação dessas moléculas consiste em se ligar ao RNA mensageiro expresso por um gene, impedindo sua tradução em proteína. Os testes in vitro e in vivo realizados no Centro de Terapia Celular, como parte do doutorado de Bruna Muys, bolsista da FAPESP, mostraram que, quando superexpresso, o miR-450a não só reduziu o tumor como também bloqueou o processo de metástase. No entanto, era preciso ainda identificar quais genes de proliferação e invasão celular estavam sendo inibidos pela molécula. Nessa etapa, os pesquisadores trabalharam em colaboração com o grupo do NIH. O estudo teve apoio da FAPESP por meio de uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE). “Depois de toda a fase de caracterização, precisávamos descobrir quais genes de migração celular e invasão o miR-450a estava regulando. Com a tecnologia que o laboratório do NIH dispõe para a procura de alvos de RNA não codificadores descobrimos que esse microRNA atua também na redução de energia da célula, levando-a à morte”, disse Silva Junior. Os pesquisadores identificaram que o miR-450a bloqueia genes relacionados à proteína vimentina, que integra a via de invasão celular. Atua também na desregulação dos genes da via de transição epitélio-mesenquimal – essenciais para o processo de migração, invasão e resistência à apoptose celular (morte celular programada) –, inibindo, assim, a ocorrência de metástase. No que se refere ao crescimento tumoral, a molécula atua em um gene mitocondrial (MT-ND2) e em outros três do genoma nuclear (ACO2, ATP5B e TIMMDC1) envolvidos em uma das etapas da respiração celular e na produção de energia (fosforilação oxidativa). Ainda como consequência das alterações no metabolismo energético, foi observada diminuição da taxa de glutaminólise e aumento de glicólise. De acordo com os pesquisadores, esse desequilíbrio energético pode resultar na produção ineficiente de lipídios, aminoácidos, ácidos nucleicos pelas células tumorais e, com isso, inibir as vias de sinalização associadas à migração e invasão das células tumorais. Informação que vem da placenta A descoberta da molécula e de seu mecanismo de atuação surgiu como resultado do projeto de mestrado de Muys, também apoiado pela FAPESP e vinculado ao Centro de Terapia Celular. O estudo, publicado na PLOS ONE em 2016, mostrou que ocorre expressão elevada do miR-450a na placenta e baixa expressão em tumores, entre eles os de ovário. A conclusão do grupo foi que, na placenta, essas moléculas estariam regulando mecanismos análogos ao do desenvolvimento do tumor. Embora a formação da placenta e dos tumores sejam processos completamente diversos, existe, até certo ponto, muita semelhança na programação genética de ambos. “A placenta cresce, invade o útero, prolifera e passa por uma vascularização – processo conhecido como angiogênese. É tudo o que o tumor precisa. Porém, diferentemente dos tumores, na placenta esses programas genéticos estão ativos de forma controlada”, disse Silva Junior. O grupo teve então a ideia de buscar novos alvos terapêuticos estudando genes altamente expressos na placenta, mas que não estão ativos em tumores. “Essa correlação significa que moléculas como a miR-450a deixam de regular processos biológicos importantes para o desenvolvimento do tumor. Pelos nossos achados, se um gene aparece com essas características, é sinal que ele pode ser um bom alvo terapêutico”, disse. O artigo miR-450a acts as a tumor suppressor in ovarian cancer by regulating energy metabolismo (doi: 10.1158/0008-5472.CAN-19-0490), de Bruna Rodrigues Muys, Josane F. Sousa, Jessica Rodrigues Plaça, Luíza Ferreira de Araújo, Aishe A. Sarshad, Dimitrios G. Anastasakis, Xiantao Wang, Xiao Ling Li, Greice Andreotti de Molfetta, Anelisa Ramão, Ashish Lal, Daniel Onofre Vidal, Markus Hafner e Wilson A. Silva, pode ser lido em https://cancerres.aacrjournals.org/content/79/13/3294.figures-only.

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Dj Mozaum comanda festa Ai Meu Corassaum na Galeria Joana D'Arc

A festa “Pop Thash Uber Cult” Ai Meu Corassaum esquenta a Zona Sul do Recife, na próxima terça-feira (29). Capitaneada pelo DJ Mozaum, a balada ocorre a partir das 18h, dentro da programação do Som Na Rural, na Galeria Joana D’arc - Pina. O DJ Salvador completa o line da noite, que promete som fino, animado e festivo, para os que curtem uma boa farra. Sempre com público cativo, que busca ouvir de tudo um pouco, a Ai Meu Corassaum é consagrou-se por mistura sucessos dos anos 80, 90 e 2000, com muito pop, rock, funk, mashups, músicas brasileiras e ritmos eletrônicos. Conhecido pela alcunha do DJ Mozaum, Mozart Santos é certeza de pista quente e dançante. Brasilian bass, disco music, anos 80 e 90, pop, samba, carimbós e músicas afetivas, são alguns dos estilos que compõem o set eclético e de alta qualidade de Mozart. Figura conhecida no cenário musical independente. Na década de 90, o DJ Salvador ficou conhecido no circuito de festas da cidade. Durante 10 anos foi residente do UK PUB e é presente em festas no Iraq Club e outras casas badaladas da cidade. A Galeria Joana D’arc fica na Av. Herculano Bandeira. A entrada do evento é gratuita. SERVIÇO: DJ MOZAUM COMANDA FESTA AI MEU CORASSAUM NA GALERIA JOANA D’ARC Nesta terça-feira(29), a partir das 18h, na Galeria Joana D’Arc, Pina Entrada gratuita

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Main Shoes inaugura no Shopping RioMar Recife

Reunindo convidados, amigos e a imprensa, a loja de calçados Main Shoes inaugurou no Shopping Riomar Recife na noite dessa quinta-feira (24). Os sócios Edvandro Leite e Rodrigo Chagas mostraram a nova coleção para os presentes, composta por sapatos e tênis exclusivos da marca. Com direito a muita música, garantida pelo Baile do Ed, as pessoas puderam conferir todas as tendências do verão 2020 em clima de Happy Hour.

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Literatura e cinema: afinidades e diferenças

Audiovisual e literatura sempre trocaram figurinhas. Mas nem tudo é preto no branco: as palavras contidas em um livro não vão para a telona de forma literal. Afinal, como resumir uma obra de 500 páginas em duas horas? Esse, porém, não é apenas o único dilema. “Muita gente assiste a um filme baseado em um livro e comenta ‘gostei mais do filme’ ou ‘o livro é melhor’. Não dá para fazer esse tipo de comparação pois são linguagens diferentes”, explica o roteirista Nelson Caldas. Ele estará ao lado da cineasta Kátia Mesel, dentro da programação da 3ª edição da Feira Literária do Sertão (Felis), na Praça Winston Siqueira. O evento é uma co-realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com o Coletivo Cultural de Arcoverde (Cocar). O Diálogo Alimentação e Identidade, dia 26 de outubro, às 17h30, ocorre na Praça Winston Siqueira. O cinema é uma das muitas linguagens que dialoga com a literatura dentro da Felis (ver programação ao final da matéria). Realizada em Arcoverde de 24 a 27 de outubro, nesta edição a Felis aborda o tema Literatura, Preservação e Memória. “O atual momento político do Brasil e do mundo reflete uma tendência ao revisionismo da história e a literatura pode ser um grande antídoto à tentativa de se apagar o passado. Há também uma discussão local que a Felis propõem uma reflexão geral: estamos cuidando da nossa memória patrimonial?”, destacou Kleber Araújo. É o primeiro evento a ser realizado dentro do Circuito Cultural de Pernambuco, que reúne ações da Cepe, Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe nas diversas linguagens artísticas. Serão mais de 40 horas e quase 60 atividades dentro de uma programação totalmente gratuita, que abrirá espaço para lançamentos de livros de autores locais e convidados, palestras, rodas de conversas, debates, apresentações musicais, oficinas, teatro, dança e gastronomia. A cineasta recifense Kátia Mesel enxerga a proximidade entre audiovisual e literatura a partir do roteiro. “No início de um filme tudo é escrito: primeiro o argumento, depois o roteiro. O cinema já nasce com a palavra escrita”, observa Kátia. Mas como nasce o roteiro? “De uma fofoca sai um mito, depois um livro, a seguir um filme. Essas trajetórias fazem parte da humanidade”, acredita Nélson. O pernambucano é roteirista da TV Globo e já adaptou 20 novelas da emissora para DVD. “A novela possui a linguagem de ganchos. Por isso acabo contando a minha novela dentro de outra novela. Conto minha história como acho que deve ser contada”, explica. Premiada internacionalmente, Kátia é reconhecida como a primeira diretora pernambucana, e já realizou mais de 300 filmes, desde a década de 1960. Mas dessa gama apenas três foram inspiradas em obras literárias, o que não exime o realizador de inevitavelmente produzir literatura ao escrever o roteiro. “Cacá Diegues, por exemplo, é membro da Academia Brasileira de Letras por causa dos seus roteiros”, ressalta. Isso, claro, para quem realiza filmes da maneira formal, como Kátia ressalta. “Sem esquecer de todas as licenças poéticas para uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Para resguardar a autoralidade da obra cinematográfica é preciso registrar por escrito”. Dentre os filmes inspirados em literatura, Kátia destaca seu premiado documentário Recife de dentro pra fora (1997), inspirado no poema Cão sem Plumas (1940-1950), de João Cabral de Melo Neto. “Basear-se em uma obra escrita por outra pessoa é desvendar seu conceito. Fiz grandes transtornos na obra poética. Mudei o sentido do rio, troquei estrofes de lugar. São olhares reversos”, explica a cineasta, que depois se encontrou pessoalmente com o autor e ele disse: ‘A obra de arte é como um filho. Depois que você coloca no mundo não é mais sua’”. Kátia também fez outras duas obras inspiradas em literatura. Rosana (2008) é baseada no livro de poemas de Cida Pedrosa, As filhas de Lilith (2008). Já Oh de Casa (1985) é baseado em textos de Gilberto Freyre, e traz imagens do escritor. Apesar de íntimas, para Nélson literatura e audiovisual são duas narrativas totalmente diferentes. “O importante é não haver preconceito entre as linguagens. É uma linguagem em cima de outra linguagem”, diz. O filme Através da Sombra (2016), dirigido por Walter Lima Jr. e com roteiro de Nélson Caldas Filho, é inspirado no clássico livro A volta do parafuso (1898), do inglês Henry James. “O desafio foi transportar para outra época”. No momento, o roteirista está adaptando o conto A queda da casa de Usher, do escritor americano Edgar Allan Poe. “Trago ele para o litoral recifense do começo do século 20”, adianta o roteirista, para quem a maioria dos filmes que assistimos são baseados em livros. “Só que são títulos desconhecidos, portanto ninguém se dá conta”.

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Lar do Nenen realiza a 12ª edição do Bazar Solidário

O Lar do Nenen, organização não governamental que acolhe crianças de 0 a 3 anos em situação de abandono ou risco, realiza a 12ª edição do Bazar Solidário, nos dias 28 e 29 de outubro, no Arcádia Boa Viagem, das 10h às 19h. O público poderá encontrar uma variedade de produtos de 18 expositores, como utensílios de porcelana para casa, bijouterias, roupas, moda praia, vestidos infantis, artigos de croché, antiguidades, entre outros. Os preços variam de R$ 10,00 a R$ 300,00. Os expositores aceitarão cartão de crédito e débito. Todo o valor arrecadado com as vendas dos produtos será revertido para a manutenção da ONG, que fica localizada no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. A 12ª edição do Bazar Solidário do Lar do Neném também terá um espaço gourmet, capitaneado pelas voluntárias que atuam na instituição. Estarão à disposição do público algumas opções de lanches, como sanduíche de pernil, bolos de mandioca, laranja e banana, até pratos como bobó de frango e strogonoff de frango. O valor vai de R$ 10,00 a R$ 20,00. O acesso ao bazar é gratuito. Os interessados em obter mais informações sobre o bazar devem ligar para os fones (81) 3227-2762 e 3228-0123. O Lar do Nenen acolhe crianças em situação de abandono ou risco. O Lar sobrevive de doações, tem 26 funcionários e cerca de 40 voluntários. O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) cede uma profissional em pediatria uma vez por semana para avaliar a saúde das crianças. Na instituição, as crianças recebem toda a assistência necessária ao cuidado dos bebês, como higiene, alimentação, puericultura (cuidados do desenvolvimento infantil), acompanhamento psicossocial e recreação. Os interessados em ajudar podem contribuir doando leite, fraldas, material de higiene pessoal e limpeza. Doações financeiras podem ser realizadas no Banco do Brasil Ag: 1833-3 CC: 29.348-2. A instituição fica na Rua Menezes Drumond, 284, Madalena.

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Criança toca Sino da Conquista para marcar o fim do tratamento contra o câncer

Nesta quinta (24), a partir das 9h, o Sino da Conquista volta a celebrar o fim do tratamento de uma criança com câncer. A iniciativa é Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer – Pernambuco (GAC-PE). Depois de longas sessões de quimioterapia e radioterapia, o paciente Allyson Adriel de 2 anos vai tocar o sino que, através das suas badaladas, vai poder estimular outras crianças. Médicos, enfermeiros, pacientes, acompanhantes e voluntários vão prestigiar o momento. É por meio do equipamento, instalado no Centro de OncoHematologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no bairro de Santo Amaro, que os pacientes podem anunciar o fim do tratamento oncológico. O Sino da Conquista é inspirado em modelos internacionais e posto em prática pelo GAC-PE desde Julho deste ano. O objetivo é que os pacientes compartilhem o dos processos mais agressivos no tratamento do câncer. Além disso, comemorar as dificuldades vencidas. Natural de Vitória de Santo Antão, o pequeno Allyson venceu um tumor no testículo e depois de se tratar durante 11 meses. A partir de agora vai ser acompanhado apenas por consultas eletivas e atendimento psicossocial. “O toque do sino significa para mim e para minha família uma etapa vencida. Apesar das dificuldades, agora é hora de recomeçar a vida, comemorar a cura”, conta Alexsandro Gomes, pai do paciente Allyson. “Cada salva diz muita coisa para nós. Significa que estamos conseguindo humanizar o atendimento e ajudar essas crianças a entender que para além da doença devastadora que pode ser o câncer, elas podem recomeçar”, explica a oncologista pediátrica e presidente do GAC-PE, Vera Morais. Serviço - Criança toca Sino da Conquista para marcar o fim do tratamento contra o câncer Quando: quinta 24/10, a partir das 9h. Onde: Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (Rua Arnóbio Marques, 310 – Santo Amaro).

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Flaíra Ferro lança "Virada na Jiraya"

A cantora e compositora recifense Flaira Ferro lança seu segundo disco, “Virada na Jiraya” hoje nas plataformas digitais. O álbum de 12 faixas, 11 assinadas pela artista, é uma produção independente e conta com as participações de Chico César na música “Suporto perder”,  do pianista Amaro Freitas em “Maldita” e das compositoras Isaar, Ylana, Sofia Freire, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá Lourenço na música “Germinar”. Quem assina a produção musical e os arranjos é o músico Yuri Queiroga (Elba Ramalho, Pedro Luís, Lula Queiroga), exceto na faixa “Coisa mais bonita”, produzida por Pupillo. Gravado entre Recife e São Paulo, o lançamento virtual do álbum completo está previsto para 25 de outubro e três, das doze faixas inéditas e autorais, já foram lançadas como clipe e single. “Coisa mais bonita” foi a primeira música a ser lançada em março de 2018 e teve repercussão viral na internet abordando a temática da liberdade sexual da mulher. Depois foi a vez de “Revólver”, lançada em fevereiro deste ano unindo o frevo à sonoridade do rock eletrônico. A mais recente foi “Suporto Perder”, divulgada em agosto e com a participação de Chico César, que também convidou Flaira para participar do seu recém-lançado disco O amor é um ato revolucionário cantando na faixa “Cruviana”. Com letras aguerridas, reflexivas e afiadas, o disco une rock, frevo, samples e beats eletrônicos em atmosfera dançante e combativa. Influenciada por artistas como Tom Zé, Rita Lee, Ave Sangria, Bjork, Chico César e Gilberto Gil, Flaira traz canções que representam diferentes estados de humor atravessando ironia, raiva, otimismo, discursos políticos e existenciais. O nome do álbum traduz a força desse anseio. “Virada na Jiraya” faz alusão ao jargão popular e humorado de estar em fúria. Para Flaira, o título sintetiza o movimento interno do extravasamento. “Esse termo ‘Virada na Jiraya’ me remeta à medicina da lucidez, ao anti-enlouquecimento. É um jeito bem humorado de transformar a raiva e os sentimentos de baixa frequência em combustíveis de transição para a conexão com nossa verdade”, afirma. “O jiraya simboliza a precisão. É o arquétipo do ninja, da agilidade dotada de grande inteligência física e emocional. Estar ‘virada na jiraya’, é trazer essas ações de poder para o corpo feminino”, complementa.

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Filme pernambucano ‘Piu Piu’, que conta a história do primeiro transformista do Recife, estreia em Brasília

“Quando a cortina se abria, sob um universo colorido de plumas e paetês, ela surgia no palco, serpenteando movimentos lascivos, ao som de uma rumba ou de um merengue” (Leda Rivas, Diario de Pernambuco, 1986). Piu Piu, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima foi, talvez, um dos primeiros transformistas do Recife. Nos anos 1950 e 1960, ele atuou na Companhia Barreto Junior, nos palcos dos teatros Almare e Marrocos, onde imitava as cantoras e atrizes Sarita Montiel e Carmem Miranda. Foi também um dos criadores da Companhia Tra-la-lá, de teatro rebolado. “Descobri a existência de Piu Piu a partir de uma matéria publicada, em fevereiro de 1986, no caderno Viver, do Diario de Pernambuco, de autoria da jornalista Leda Rivas. Nela, Elpidio Lima, já com 65 anos, aposentado e vivendo de maneira modesta como costureiro numa pensão na Rua da Glória, contava, em entrevista, um pouco de sua vida nos palcos iniciada ainda muito jovem, com apenas oito anos de idade, num internato em São José da Laje, Alagoas”, conta o diretor Alexandre Figueirôa. O filme “Piu Piu”, que estreia na Mostra Diversidade do Festival de Cinema do Paranoá, em Brasília, no próximo sábado (26), tem como principal intenção homenagear esse artista, cujos vestígios de sua carreira, com exceção da matéria de Leda Rivas, são apenas algumas poucas fotos e notas publicadas nos jornais do Recife nos anos 50 e início da década de 1960. No Recife, está a produção participa da sétima edição do Recifest, data de exibição marcada para o dia 21 de novembro, no Cinema São Luiz. Piu Piu segue também o caminho de outros trabalhos audiovisuais que Figueirôa tem realizado – “Eternamente Elza” (2013) e “Kibe Lanches” (2017) – no sentido de trazer aos dias de hoje, personagens que, bem antes das conquistas dos movimentos LGBTQI+, assumiram de alguma forma, uma atitude pioneira e libertária, diante da forte discriminação e opressão aos homossexuais. Piu Piu não é, todavia, um documentário biográfico dentro dos padrões clássicos do gênero. É um docudrama poético cujas imagens evocam o espírito de um artista vivenciando um Recife do passado e do presente, ou seja, um personagem real que vagueia por um tempo não determinado e que, apesar de estar mergulhado numa sociedade conservadora, expressou seus desejos através da arte. “A realização deste curta foi um trabalho prazeroso de descoberta de um personagem e de revisitação a uma época em que a moral e os costumes conservadores vigentes eram subvertidos pelos artistas de teatro das comédias populares, revistas e chanchadas”, explica o diretor. E ele se concretizou graças à dedicação de uma equipe pequena que abraçou a brincadeira com muita garra e alegria: Alexandre Figueirôa, na direção; Túlio Vasconcelos, na produção; Sérgio Dantas e Jonatan Oliveira, na direção e assistência de fotografia; Chico Lacerda, na montagem; e principalmente, o ator Julio César no papel de Piu Piu, cujo desempenho mostra como ele encarnou pra valer esse personagem que não conhecemos em vida, mas merece toda nossa admiração e respeito. Também assinalamos nossa reverência aos entrevistados Luís Maranhão e Valdi Coutinho, cujos testemunhos foram fundamentais para a composição da narrativa. Nossos agradecimentos vão ainda a Fernando de Albuquerque, Cleberson Rafael, Duda Correia, Cristiano Arthur da Silva, Fred Nascimento, Lau Veríssimo, Marcos André F. de Albuquerque, Cícero Belmar, João Batista de Lima, Eliú, Luiz Carlos Ferreira, Paulo D’Arce, Taína Veríssimo e Yeda Bezerra de Melo

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Sala Vicente do Rego Monteiro e galeria Massangana recebem exposição Longe

O projeto itinerante Muhne 360º, do Educativo do Museu do Homem do Nordeste, rompeu fronteiras neste final de semana. Em visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi, no Parque Zoobotânico, em Belém (capital do Pará), o Muhne e o Engenho Massangana foram mostrados virtualmente para mais de 1.000 pessoas. A exposição aconteceu entre os dias 18 e 20 de outubro. Quem passou pelo local teve a oportunidade de conhecer os espaços pernambucanos pertencente à Fundação Joaquim Nabuco, além da cultura e dos aspectos étnicos da Região Nordeste. A imersão ocorreu por meio de imagens em 360 graus, reproduzidas em óculos de realidade virtual. "Podemos afirmar que levamos o Muhne e o Engenho para muita gente. Esse e outros meios de atuações geram novas possibilidades de mostrar a Fundaj nos diferentes lugares do Brasil", comentou a coordenadora do Educativo do Museu, Edna Silva. Além da mostra tecnológica em um centro de pesquisas contendo exemplares da flora e da fauna amazônica - equipamento cultural fundado em 1896 e situado no centro urbano -, o Muhne 360º levou registros do acervo, banners, folders do projeto Pesquisa Escolar da Biblioteca Blanche Knopf e livros da Editora Massangana para divulgação. Foram distribuídos cerca de 2.000 folders, diversos exemplares da Editora Massangana e 15 caixinhas do itinerário musical do Nordeste. "A experiência foi, sem sombra de dúvidas, exitosa. Mais de 5.000 pessoas viram, ouviram ou viveram um pedacinho da Fundação Joaquim Nabuco aqui no Museu Emílio Goeldi. É importante mencionar a visão ampliada do presidente da Fundaj, Antônio Campos, em apoiar ações como essa", destacou o chefe de monitoria do Educativo do Muhne, Victor Carvalho. O Muhne 360º seguirá sendo apresentado no Pará. O projeto participará da 11ª edição da Olimpíada de Ciências, que acontecerá de 22 a 30 de outubro na Floresta Nacional (Flona) de Caxiuanã, situada no nordeste paraense, nos municípios de Portel e Melgaço. O evento contará com a presença de estudantes e professores de comunidades ribeirinhas da Floresta Nacional, a segunda mais antiga do Brasil, além de voluntários e pesquisadores. Os representantes do Educativo do Museu do Homem do Nordeste vão de barco do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi até a Estação Científica Ferreira Pena, da Floresta Nacional de Caxiuanã. A travessia pelo rio dura de 18 a 20 horas

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Museu Murillo La Greca reagenda oficina de análise de imagens

A oficina "Por uma pedagogia do olhar: dissecando as imagens", oferecida pelo Museu Murillo La Greca, mudou de data. Inicialmente marcada para ocorrer entre os dias 21 e 25 de outubro, a atividade foi remarcada para ocorrer de 4 a 8 de novembro, no horário das 14h às 17h. A atividade busca analisar discursos visuais historicamente construídos e que ainda estão presentes no imaginário coletivo, sob a forma de estereótipos. A oficina será conduzida por Karla Fagundes e Kayo Ferreira, fotógrafos da exposição “Olhares Negrxs Sobre a Jurema Sagrada”, que se encontra em cartaz no Murillo La Greca. Serão discutidos os percursos da imagem e os eixos de representação e representatividade, a fim de estimular a ruptura de parâmetros imagéticos euroamericanos, como forma de descolonizar do olhar. Os interessados em participar da oficina como pagantes devem entrar em contato pelo e-mail: karla.hist@gmail.com . O valor do curso é R$ 60 pelos quatro dias. Certificado ao final do curso. O curso disponibilizará quatro bolsas com inscrições até o dia 18/10, feitas via formulário, sendo posteriormente liberadas mediante análise do educativo do museu. Link para seleção de bolsistas: https://forms.gle/fbJ3VrADzrv3eNLY6 Karla Fagundes - Historiadora, fotógrafa e realizadora audiovisual afroindígena. Seu trabalho fortalece e cria inciativas ligadas ao cinema, cultura negra, ameríndia e periférica. Sua última produção fílmica foi premiada na 7ª edição do Festival Etnográfico do Recife (2016), Prêmio Menção Honrosa 13° Mundo de Mulheres e 11° Fazendo Gênero (Florianópolis, 2017), Exibido no 14º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe (Uruguai, 2017). Kayo Ferreira - Desde 2014, tem um trabalho fotográfico dentro dos terreiros de Candomblé e Jurema. Foi fotógrafo de três edições da Marcha da Capoeira Zumbi dos Palmares e da Rede de Povos Tradicionais. Em janeiro de 2018, foi convidado pelo Instituto Ecoar para Cidadania, para facilitar uma oficina de fotografia, mais a montagem da exposição fotográfica, através de um fundo da CPRH nas cidades de Paulista e Cabo de Santo Agostinho, pelo projeto Águas, Biodiversidade e Floresta. Serviço Oficina "Por uma pedagogia do olhar: dissecando as imagens" Carga horária: 12 horas Datas e horário: 4 a 8 de novembro, das 14h às 17h Museu Murillo La Greca Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim Mais informações: educativommlg@gmail.com Fone: (81) 3355.3126

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