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Raul Jungmann debate crise da segurança pública em evento do projeto Pernambuco em Perspectiva

Ex-ministro da Defesa será o palestrante de junho da iniciativa que discute estratégias de desenvolvimento para Pernambuco; evento tem patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. O ex-ministro da Segurança Pública e da Defesa, Raul Jungmann, será o convidado da edição de junho do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo. Ele ministrará a palestra com o tema "O Grave Problema da Segurança Pública no País e nos Estados tem jeito?", contribuindo com a reflexão sobre um dos desafios mais urgentes do Brasil contemporâneo. O evento acontece nesta terça-feira (17), com recepção às 18h30 e conta com o patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. A iniciativa é realizada pela revista Algomais, em parceria com a Rede Gestão, e visa discutir caminhos para um novo modelo de desenvolvimento para Pernambuco. A cada edição, especialistas em economia, desenvolvimento sustentável, gestão pública e inovação se reúnem com empresários, gestores e formadores de opinião. As palestras seguem os pilares do projeto: educação de alta qualidade; sustentabilidade ambiental e climática; gestão pública eficaz; ciência, tecnologia e inovação; empreendedorismo dinâmico; e infraestrutura adequada. O projeto conta com a coordenação de Ricardo de Almeida, Francisco Cunha e Fábio Menezes, sócios da TGI Consultoria. A edição será realizada no auditório do novo Empresarial RioMar 05 e as vagas são limitadas. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível no link: https://pernambuco.algomais.com/ Confira os conteúdos do encontro Pernambuco em Perspectiva: 🔹 Apresentações em slides.🔹 Matéria publicada na revista Algomais.

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Pães e Delícias vive auge junino com novo cardápio que une tradição e inovação

Com cardápio completo, casa aposta no São João para atrair turistas e moradores com receitas regionais e opções saudáveis A Pães e Delícias, tradicional padaria de Caruaru, está vivendo um de seus melhores momentos do ano com a chegada do São João. "É o segundo melhor momento do ano, quase igual ao Natal. Muito forte", afirma Elijames Laureano, diretor da casa. O movimento junino aquece as vendas de delícias típicas como bolo de milho, fubá, mandioca, Souza Leão, engorda-marido e, claro, o pé de moleque artesanal, feito sem farinha de trigo nem corante — sua cor característica vem do açúcar mascavo. Além dos moradores, a Pães e Delícias se consolidou como parada obrigatória para turistas que chegam a Caruaru, especialmente durante o São João, quando a cidade se transforma no principal polo de festas juninas do país. “Hoje, se alguém chega em Caruaru, o morador já traz para a Pães. Muitos visitantes passam por aqui”, afirma Elijames Laureano. A combinação de comidas típicas feitas com ingredientes regionais e ambiente acolhedor faz da padaria uma referência para quem busca viver uma experiência gastronômica. A Pães e Delícias tem conquistado público também para sua linha de produtos zero açúcar, pensada especialmente para quem tem restrições alimentares ou busca uma alimentação mais equilibrada, sem abrir mão do sabor. Entre os destaques estão o tradicional pé de moleque e o bolo de macaxeira, ambos em versões sem adição de açúcar, que mantêm o sabor autêntico das receitas juninas. MATURIDADE DA UNIDADE MAURÍCIO DE NASSAU Ao inaugurar sua nova loja, há quatro anos, a proposta inicial era priorizar o serviço à la carte. No entanto, os clientes esperavam reencontrar o tradicional self service. “Poucas horas depois de abrir, percebemos que o cliente queria o que sempre encontrou na casa”, explica Elijames. O resultado foi um modelo híbrido, que respeita os hábitos dos frequentadores e introduz novidades com cautela e escuta ativa. Nos últimos anos, vários produtos foram sendo agregados ao cardápio para atender a pedida dos consumidores e a proposta da nova casa. Nessa fase de conclusão do cardápio, a Pães e Delícias acaba de lançar novos pratos à la carte, como salmão e filé mignon, além de opções regionais como cuscuz com camarão à nata e carne de sol à nata. Sanduíches reforçados com proteínas — como cupim, rosbife, charque e frango — também foram incorporados, atendendo à proposta de oferecer refeições completas em forma prática. "A ideia é que sete pessoas entrem na loja e cada uma consiga achar algo do seu interesse, com variedade suficiente", conclui o empresário. O cardápio inclui ainda sucos funcionais com até 75% de fruta in natura.

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Recife e Petrolina unem forças para digitalizar serviços públicos

Acordo entre as prefeituras fortalece inclusão digital e eficiência administrativa no Sertão de Pernambuco. Fotos: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife As prefeituras do Recife e de Petrolina firmaram um Acordo de Cooperação Técnica com foco na transformação digital dos serviços públicos. A iniciativa foi formalizada na última sexta-feira (13), durante visita do prefeito recifense João Campos ao Sertão, onde se reuniu com o prefeito Simão Durando. A ação envolve a Empresa Municipal de Informática do Recife (Emprel) e busca ampliar a inclusão digital e a qualidade do atendimento remoto em Petrolina. “Assinamos um termo de cooperação para compartilhar a tecnologia entre as duas cidades. A Emprel, que é a empresa pública de informática do Recife, vai compartilhar as boas práticas e experiências aqui para Petrolina, que é a maior cidade do interior de Pernambuco”, destacou João Campos. “Vamos compartilhar essas experiências e, claro, também receber experiências positivas de Petrolina”, concluiu. Pelo acordo, técnicos da Emprel apoiarão a identificação de necessidades e o diagnóstico dos serviços digitais em Petrolina, além de colaborar com a implantação de soluções tecnológicas e promover capacitação técnica. Em contrapartida, o município do Sertão fornecerá a infraestrutura necessária, dará visibilidade institucional à parceria e assegurará a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A cooperação tem duração inicial de 12 meses, com possibilidade de renovação. Simão Durando também celebrou o convênio entre os municípios. “Aqui é do litoral ao Sertão, trocas de informações, tecnologia e o que vier para ajudar nossa população. Estamos dispostos a parcerias. Quero agradecer muito ao prefeito do Recife, João Campos, que fez questão de vir a Petrolina para assinar este importante anúncio aqui. Obrigado e essa é a primeira de muitas”, disse. O Recife vem se consolidando como referência nacional em inovação no setor público. Com mais de 800 serviços integrados em plataformas digitais como o super app Conecta Recife, a cidade atendeu, só em 2024, mais de 1,6 milhão de usuários, incluindo funcionalidades como agendamentos de saúde, emissão de documentos e atendimento automatizado via WhatsApp, que registrou mais de 15 milhões de mensagens trocadas no ano.

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Pernambuco reduz em 28% o trabalho infantil

Com ações integradas entre Estado, municípios e União, mais de 19 mil crianças e adolescentes foram retirados do trabalho precoce em 2023. Foto: Vinicius Lins Pernambuco alcançou uma das maiores reduções no número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil, com uma queda de 28,2% em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc/IBGE 2024). O número de casos passou de 68.349, em 2022, para 49.103 no ano seguinte, resultado de ações coordenadas entre o Governo do Estado, municípios e governo federal. O avanço consolida o Estado como referência nacional no enfrentamento a essa violação de direitos. “Uma infância digna e feliz para todas as crianças de Pernambuco é um compromisso do nosso governo. Nosso time trabalha incansavelmente para garantir que cada menino e menina esteja bem cuidado, estudando e vivendo com dignidade. Os resultados que estamos colhendo mostram que esse compromisso se traduz em ações concretas. A luta contra o trabalho infantil é uma prioridade da nossa gestão, e o trabalho vai seguir firme com ações em todo o território e o engajamento da sociedade para proteger nossos pernambucaninhos e pernambucaninhas”, destacou a governadora Raquel Lyra. Somente em 2024, foram realizadas 740 ações estaduais e mais de cinco mil atividades nos municípios voltadas à proteção da infância, de acordo com o SIMPETI/MDS. Entre as iniciativas estão campanhas educativas como o Bloco do Cuidado e Proteção, o projeto Praia Legal e o programa Infância Longe das Violências da Rua. “Cada criança afastada do trabalho precoce é uma vitória para Pernambuco e uma reafirmação do nosso compromisso inegociável com um futuro mais justo e com a garantia plena dos direitos da infância e adolescência”, afirmou o secretário Carlos Braga (SAS). A estratégia inclui ainda investimentos estruturantes, como a construção de 250 creches até 2026, com recursos estaduais de R$ 2,1 bilhões, e a criação do programa Mães de Pernambuco, que transfere mensalmente R$ 300 a mulheres responsáveis por crianças de 0 a 6 anos em situação de vulnerabilidade. Mais de 115 mil mulheres já foram beneficiadas com a iniciativa, que integra o Pernambuco Sem Fome e busca fortalecer a primeira infância. Outras ações de destaque incluem a inauguração do Lar Girassol, novo espaço de acolhimento institucional no Recife, e a atuação da recém-criada Secretaria da Criança e Juventude. “Os dados do IBGE comprovam o destaque nacional de Pernambuco. Nosso trabalho é permanente, com foco na identificação e acompanhamento das situações de risco”, reforçou Leônidas Leal, coordenador estadual do PETI.

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Ferreira Costa abre novas vagas na loja da Imbiribeira, no Recife

Home center oferece oportunidades para diversos cargos com candidatura via WhatsApp e site oficial A Ferreira Costa está com processo seletivo aberto para contratação imediata em sua unidade localizada na Imbiribeira, no Recife. Com oportunidades para diferentes áreas operacionais, a empresa reforça seu compromisso com a geração de empregos e a valorização de profissionais que buscam crescer dentro de um ambiente colaborativo e acolhedor. Entre os cargos disponíveis estão: Apoio de Caixa, Operadora de Caixa, Auxiliar de Depósito, Auxiliar de Entrega, Operador de Empilhadeira, Eletricista, Auxiliar de Auditoria e Motorista. Cada função tem requisitos específicos, mas todas exigem proatividade e foco no bom atendimento ao cliente. Além de treinamentos contínuos, a Ferreira Costa oferece um ambiente de trabalho inclusivo e incentiva a candidatura de pessoas com perfis diversos. A valorização da equipe e o estímulo à qualificação profissional são marcas da cultura corporativa da rede, presente há 140 anos no mercado. A loja da Imbiribeira, localizada na Av. Marechal Mascarenhas de Morais, 2967, conta com infraestrutura moderna e condições seguras para o desempenho das atividades. A atuação da empresa também contribui para o fortalecimento da economia local, com a abertura de novos postos de trabalho. Serviço – Como se candidatar:📍 Envio de currículo via WhatsApp: (81) 99288-4653🌐 Ou pelo site: carreiras.ferreiracosta.com🔎 No site é possível consultar todos os detalhes sobre as vagas, requisitos e benefícios.

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REC’n’Play 2025 promete agitar o Recife com inovação, cultura e negócios

Festival gratuito chega à sétima edição com novas arenas, foco em internacionalização e circuito de música independente O maior festival de tecnologia e inovação do Brasil já tem data marcada para transformar o Bairro do Recife em um polo efervescente de criatividade e conexões. De 15 a 18 de outubro, o REC’n’Play 2025 realiza sua sétima edição com mais de 600 atividades gratuitas, distribuídas entre os eixos de Cidades, Economia Criativa, Negócios e Tecnologia. Este ano, o tema central é “O Futuro Feito por Gente”, destacando a relevância das relações humanas por trás das inovações e transformações digitais. Entre as grandes novidades está a estreia da Arena de Inovação, inspirada no sucesso da Arena IA em 2024. O novo espaço oferecerá experiências imersivas e interativas, voltadas à criatividade e às mais recentes tendências tecnológicas. Outra aposta é a expansão da Arena de Negócios, que dobrará de tamanho e deverá reunir cerca de 200 startups de todo o país, fomentando conexões estratégicas e novas oportunidades de mercado. A Arena de Negócios também será palco de uma aguardada batalha de startups, na qual as expositoras mais bem avaliadas disputarão prêmios que incluem acesso a ambientes de inovação no Brasil e no exterior. Já a internacionalização ganha um espaço exclusivo na edição de 2025, com conteúdos voltados à inserção de negócios em mercados estrangeiros, especialmente o europeu. As atividades abordarão desde estratégias comerciais até aspectos culturais e de estilo de vida fora do país. Na área musical, o Let’s Play deixa de ser seletiva e ganha status de festival. O novo formato amplia o protagonismo da música autoral pernambucana com 20 apresentações ao vivo em diversos pontos do Bairro do Recife. Artistas independentes de todo o estado poderão se inscrever para compor a programação, que será curada com foco na diversidade e inovação sonora. A abertura das inscrições será anunciada em breve no site oficial. Com mais de 90 mil inscritos em 2024 e 737 atrações, o REC’n’Play se consolida como o “Carnaval do Conhecimento”, reunindo empresas, criadores, investidores, estudantes e o público em geral. “O evento transforma o Bairro do Recife em um grande campus a céu aberto, onde empresas, criadores, estudantes, investidores e o público em geral se encontram para compartilhar conhecimento e impulsionar novos negócios. Nenhum outro festival no Brasil combina, na mesma escala, acesso gratuito, impacto urbano, diversidade temática e volume de conexões geradas", afirma Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Serviço:REC’n’Play 2025Data: 15 a 18 de outubroInscrições gratuitas: https://recnplay.peLocal: Bairro do Recife, Recife (PE)Programação: Mais de 600 atividades nos eixos de Cidades, Economia Criativa, Negócios e Tecnologia.

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Daniela Levy Foto Leopoldo Conrado Nunes

"O conhecimento dos judeus influenciou Pernambuco nos ideais democráticos e humanistas"

Entrevista com Daniela Levy: A saga dos judeus que chegaram ao Recife com os holandeses é abordada em livro lançado pela historiadora. Ela conta como eles influenciaram o Estado em vários aspectos e ajudaram a difundir aqui ideias democráticas e diz que a saída deles da cidade foi digna de um enredo de novela, com ataque de piratas, naufrágios e enfrentamento da Inquisição até chegarem em Manhattan. Foto: Leopoldo Conrado Nunes Para a historiadora Daniela Levy, a saída dos judeus do Recife, no final do governo do Brasil Holandês, é comparável a um roteiro de novela. A pesquisadora não está exagerando. Ao embarcarem no navio Valk, rumo a Amsterdã, um grupo de 23 pessoas lutaram contra piratas, sobreviveram a um naufrágio, foram parar na Jamaica – à época colônia espanhola – onde enfrentaram a Inquisição. A única alternativa viável para sair de lá seria rumar para Nova Amsterdã, na América do Norte, a colônia holandesa mais próxima. Tempos depois, a cidade passa a se chamar Nova York e abrigar a maior comunidade judaica da diáspora. Doutora em história social pela USP (Universidade de São Paulo) e autora de vários textos sobre esse período histórico, Daniela é paulista, esteve no Recife para participar de um congresso e lançar o livro Do Recife para Manhattan – Os Judeus na Formação de Nova York, editado pela Cepe. Na ocasião conversou com Cláudia Santos sobre a participação dos judeus no Brasil Holandês, a influência que tiveram na implantação dos ideais democráticos em Pernambuco e no surgimento do capitalismo. A historiadora também detalhou a saga que realizaram para ajudar a construir uma das maiores metrópoles do mundo. A história dos judeus que saíram do Recife para Nova York ainda é pouco estudada. O que a levou a realizar essa pesquisa?   Sou judia e paulista. Morei uns anos em Nova York e, ao voltar, entrei no mestrado na USP.  Na busca por um tema de pesquisa, aceitei a sugestão da professora Anita Novinsky de estudar a história de judeus que saíram do Recife para Nova York. Aí, juntei a história dos judeus, que era algo do meu interesse, com Nova York, uma cidade que tenho apego emocional.  Mergulhei nos arquivos na Jewish Historical Society, na parte de manuscrito da New York Library. Pesquisei, conheci descendentes de judeus que viveram no Recife. Ou seja, as coisas foram acontecendo para que eu desenvolvesse a pesquisa. A missão de contar essa história foi um presente na minha vida. Ela havia sido levantada a primeira vez por um historiador norte-americano chamado Jacob Rader Marcus. Depois dele, ninguém estudou mais o assunto.  Eu usei a bibliografia dele, fui levantando documentos e, assim, descobri essa história. Há outros historiadores norte-americanos, como [Leo] Hershkowitz, que estudou sobre Asser Levy, um dos principais pioneiros que saíram do Recife, mas, ainda assim, é uma história pouco estudada. Entretanto, é muito intrigante, parece um enredo de novela, tem ataque de piratas, naufrágio, revolta dos indígenas norte-americanos, tem um pouco de tudo.  O que levou os holandeses, predominantemente protestantes, a firmarem parceria com os judeus? Que interesses tinham em comum? Quando o reino português passou a ser domínio da Espanha (período conhecido como União Ibérica),a Holanda era inimiga da Coroa Espanhola. Por isso, o rei da Espanha proibiu os holandeses de comercializarem o açúcar, que era enviado de Portugal para ser refinado e distribuído pela Holanda. Em resposta, os holandeses montaram a Companhia das Índias Ocidentais – que era uma companhia de expansão comercial das colônias do além-mar – e resolveram vir para o Brasil. Mas precisavam de mão de obra, pessoas que conhecessem a língua portuguesa e o território brasileiro.  A primeira vez que vieram para o Brasil, foram para a Bahia, mas não deu muito certo porque tinham poucos aliados que nem conheciam o território e nem falavam português. Na segunda vez, precisavam de soldados e contrataram mercenários de todas as nacionalidades: escoceses, ingleses e judeus portugueses que haviam fugido para Amsterdam, na Holanda, em 1536, para não serem presos pela Inquisição e poderem retornar ao judaísmo naquele momento. Isso porque no governo holandês havia liberdade religiosa. Então, a questão da língua foi importante para os negócios.  No livro, a senhora conta que os judeus sofreram muita discriminação no Recife por parte de protestantes e cristãos. Além das diferenças religiosas, esse comportamento também envolveu interesses econômicos, o temor da concorrência? Quando os judeus chegaram aqui, o governo holandês prometia a liberdade religiosa, mas veio também um grupo de protestantes conservadores que tinham certa reticência em aceitar judeus. No início, era algo mais ligado a questões religiosas, depois começou a haver uma rivalidade, não só desse grupo religioso, mas dos holandeses em geral.  No começo, os holandeses precisavam dos judeus, que conheciam a língua portuguesa e faziam a intermediação. Com o passar do tempo, eles começaram a falar português e não precisavam mais pagar comissão aos judeus para intermediar os negócios. Além disso, havia os portugueses católicos, que também tinham uma questão religiosa com os judeus. Isso porque os judeus falavam tanto com os luso-brasileiros, quanto com os holandeses que viviam aqui, tinham facilidade nos negócios devido a essa rede comercial que estabeleceram. Então, para os católicos e para os protestantes, era uma concorrência desfavorável, eles achavam que era injusto e, assim, criou-se essa rivalidade.  Apesar das diferenças, muitos senhores de engenho, num primeiro momento, aliaram-se aos holandeses. Por quê? Os senhores de engenho acabaram negociando com os holandeses por uma questão de sobrevivência. Além disso, muitos deles eram parentes desses judeus e, por isso, tinham facilidade de negociar melhor o seu açúcar e tiveram um bom relacionamento com o governo holandês, principalmente na época de Nassau. Ele era um homem de grande tolerância, um grande humanista, entendia que a boa convivência era importante para o desenvolvimento.  Com o passar do tempo, uma das promessas da Companhia das Índias Ocidentais era a de que quem viesse com eles poderia adquirir terras no Brasil. Isso era proibido aos judeus na Europa desde a Idade Média. Então,

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Ética e Responsabilidade: IA com Consciência Social

Entre vieses, decisões autônomas e privacidade, a ética surge como eixo essencial para guiar o desenvolvimento da inteligência artificial rumo ao bem comum. *Por Rafael Toscano Se a inteligência artificial já está ajudando a compor músicas e corrigir provas, o que acontece quando ela começa a tomar decisões que afetam diretamente a vida das pessoas? Quem responde quando um carro autônomo sofre um acidente? Quem é o responsável por um algoritmo que comete injustiças? É nesse ponto que a ética entra na conversa — não como um detalhe, mas como o coração da questão. A IA não é neutra. Por trás de cada algoritmo, há escolhas humanas: que dados usar, que objetivos priorizar, o que ignorar. Essas decisões, ainda que técnicas, têm consequências morais. Quando um sistema de reconhecimento facial funciona bem para algumas pessoas e mal para outras, estamos diante de um problema ético — não apenas estatístico. Um exemplo emblemático são os algoritmos de recrutamento. Empresas começaram a usar IA para selecionar currículos com base em padrões aprendidos a partir de contratações anteriores. O resultado? A máquina aprendeu a reproduzir preconceitos existentes, excluindo perfis femininos ou de minorias com base em correlações injustas. A IA não “quis” ser injusta — mas aprendeu com o que os humanos fizeram. Esse fenômeno é conhecido como viés algorítmico, e aparece em áreas sensíveis como justiça criminal, concessão de crédito, diagnóstico médico e concessão de benefícios sociais. Em todos esses casos, a IA pode reforçar desigualdades se não for cuidadosamente projetada, testada e supervisionada. Outro dilema ético diz respeito à privacidade. Para funcionar bem, sistemas de IA precisam de dados — muitos dados. Isso significa coletar informações sobre nossas conversas, preferências, localização e hábitos. Até onde vai esse monitoramento? E quem controla esse fluxo de dados? Vivemos em uma era em que assistentes virtuais escutam o tempo todo, e câmeras com IA monitoram ruas, lojas e até nossos lares. Proteger a privacidade individual tornou-se uma das grandes batalhas éticas do nosso tempo. Além do viés e da privacidade, há ainda uma questão de responsabilidade. Quem responde quando um sistema comete um erro? O desenvolvedor? A empresa? O próprio sistema? Como exigir prestação de contas de uma máquina que, tecnicamente, não possui intenção ou culpa? Para resolver isso, especialistas propõem modelos de “IA auditável”, em que todas as decisões possam ser rastreadas e explicadas — algo essencial quando vidas estão em jogo. Essas preocupações se intensificam quando falamos sobre autonomia das máquinas. Imagine um drone militar com capacidade de identificar e atacar alvos por conta própria. Ou um sistema de IA que decide quem deve receber um transplante de órgão. Em que momento uma máquina cruza a linha entre ferramenta e agente moral? A possibilidade da chamada “superinteligência” — IAs que ultrapassem nossa capacidade de controle — não é apenas ficção científica. É um alerta ético sobre os limites que não podemos ignorar. Mas nem tudo são riscos. A ética também nos mostra caminhos de esperança. Ela nos convida a usar a IA para promover a justiça, corrigir desigualdades, garantir acessibilidade, diagnosticar doenças com mais precisão e ampliar o acesso ao conhecimento. O desafio é garantir que esses benefícios sejam distribuídos de forma justa, sem deixar comunidades vulneráveis de fora. E aqui entra o papel das humanidades. Filósofos, sociólogos, juristas e educadores precisam estar envolvidos no desenvolvimento da IA. Não basta deixar essas decisões nas mãos de engenheiros e programadores. É preciso construir pontes entre técnica e reflexão, entre inovação e valores. A ética não é um freio para o progresso. Ela é o volante. Sem ela, corremos o risco de acelerar rumo ao desconhecido sem saber para onde vamos — ou quem deixamos para trás. Com ela, podemos guiar a IA de forma mais consciente, mais justa e mais humana. Este artigo não busca oferecer respostas definitivas, mas levantar perguntas urgentes: que tipo de mundo queremos construir com a ajuda das máquinas? Que valores queremos codificar em nossos algoritmos? E, acima de tudo, como garantir que, ao criarmos máquinas inteligentes, não percamos a nossa própria inteligência moral? A ética na IA não é um luxo. É uma necessidade. E quanto mais cedo compreendermos isso, maiores serão as chances de usarmos essa poderosa tecnologia para o bem comum. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de Admnistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades LEIA TAMBÉM Criatividade Algorítmica: quando a máquina cria com a gente Filosofia e IA: A Mente por Trás da Máquina

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SAO JOAOZINHO NO IMIP FOTO ROGERIO ALVES

Alegria junina chega ao IMIP com os Doutores da Alegria

Grupo leva espetáculo inspirado na cultura nordestina às alas pediátricas de hospitais públicos do Recife. Foto: Rogério Alves A programação especial de São João dos Doutores da Alegria começou com muita música, risadas e encantamento na manhã desta quarta-feira (11), no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no Recife. O grupo de palhaços profissionais animou crianças hospitalizadas, acompanhantes e equipes de saúde com o espetáculo Presepada de São João, abrindo oficialmente a agenda do tradicional São Joãozinho nas unidades de saúde da capital pernambucana. O espetáculo, com cerca de 40 minutos de duração, é inspirado no cordel “A peleja do noivo que tentou enganar a noiva na festa de São João ou vice e versa”, escrito por Arilson Lopes. Ele mesmo, que também é coordenador artístico dos Doutores da Alegria no Recife, destaca: “São João é uma festa muito importante para a nossa cultura. É bonito ver como as mães e as enfermeiras preparam as crianças para o nosso São Joãozinho e brincamos todos juntos, mesmo dentro do hospital”. E completa: “Mesmo diante da doença e da vulnerabilidade, resgatamos o lado saudável da criança, a brincadeira”. A peça conta a história de Dr. Gonda, que foge ao saber que o pai da noiva é o temido Dr. Mircolino Lampião. Na fuga, ele se enrosca no vestido da noiva, que decide então inverter os papéis. A confusão toma conta das enfermarias, com a ajuda das fuxiqueiras Dra. Muskyta, Dra. Nana e Dra. MonaLisa, além de personagens típicos do São João, como Dr. Wago Ninguém (o balão-narrador), São João e Santo Antônio — e o convidado especial, São Foneiro, vivido pelo músico Ricardo Lima. O São Joãozinho segue nesta quinta-feira (12) com apresentações no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (9h30) e no Procape (11h), ambos no bairro de Santo Amaro. Na próxima semana, os palhaços visitam o Hospital da Restauração, no Derby, na segunda-feira (16), às 10h, e o Hospital Barão de Lucena, na Iputinga, na terça-feira (17), no mesmo horário. Serviço:📍 Programação do São Joãozinho:

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Pernambuco ganha voo direto para Madri

Nova rota fortalece hub internacional do Recife e amplia conexão com a Europa. Foto: Arthur Marrocos Recife agora está mais próxima da Europa. Em parceria com a Azul Linhas Aéreas, o Governo de Pernambuco lançou nesta terça-feira (10) a nova rota internacional direta entre a capital pernambucana e Madri, com três voos semanais. A operação é parte da estratégia estadual de fortalecer o turismo e a malha aérea internacional. Durante o lançamento, a governadora Raquel Lyra afirmou que o Estado já articula outras três rotas internacionais, reforçando Pernambuco como uma das principais portas de entrada do Brasil. A ação inclui incentivos fiscais e promoção do destino em mercados estratégicos. “É o início de uma nova conexão direta de Pernambuco com a Europa, proporcionando a vinda de mais turistas para o nosso Estado, para conhecer nossas belezas, nossa cultura, nossa gastronomia e aquecer ainda mais nossa economia. Nosso aeroporto chega a oito conexões internacionais em operação e nosso governo já articulou outras três rotas que entrarão em vigor nos próximos dias para destinos da América do Sul e Europa”, destacou a governadora. A nova rota será operada regularmente pela Azul às terças, quintas e domingos, com voos de retorno partindo de Madri às segundas, quartas e sextas-feiras. Destino europeu de grande relevância, Madri é o coração da Espanha e se destaca como um dos principais polos culturais, políticos e históricos do continente, reconhecida por seus museus renomados, amplos parques e a efervescente gastronomia local. Joaquín Rodríguez, diretor-geral da Aena Brasil, ressaltou o valor simbólico e econômico da nova ligação. “A nova ligação direta entre Recife e Madri tem um enorme valor simbólico e operacional, tanto da perspectiva econômica, quanto social e histórica, uma vez que estamos falando da conexão entre um dos mais relevantes hubs do Nordeste do Brasil com outro dos mais importantes da Europa. Trata-se de uma rota com alto potencial de tráfego, seja para o turismo, seja para as operações logísticas, que ratifica a vocação do Aeroporto Internacional do Recife como polo de intercâmbio entre continentes. A Aena segue investindo na ampliação da conectividade e na modernização da infraestrutura aeroportuária brasileira”. Para celebrar a estreia, a Empetur realizou uma ação receptiva com orquestra de frevo, brindes e um kit exclusivo de viagem. No primeiro quadrimestre de 2025, mais de 27 mil estrangeiros chegaram ao Estado por meio de voos internacionais. Além de Madri, o Recife já conta com voos para Orlando, Montevidéu, Porto, Lisboa, Buenos Aires, Santiago e, a partir de julho, também para Assunção e Córdoba.

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