Arquivos Notícias - Página 594 De 672 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Caboclinho pode se tornar Patrimônio Cultural do Brasil

O Caboclinho pernambucano pode se tornar Patrimônio Cultura do Brasil. O pedido de registro como patrimônio e o resultado da pesquisa e documentação sobre essa manifestação cultural serão analisados pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido em Brasília, na próxima quinta-feira ( dia 24). O pedido de Registro para o Caboclinho ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi apresentado pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, com a anuência dos representantes e membros da comunidade desse bem cultural. A manifestação cultural dos grupos de Caboclos, ou Caboclinho – conhecida principalmente por suas atividades no Carnaval pernambucano – e datada desde o final do século 19, simboliza a memória do encontro cultural e da resistência sobretudo das populações indígenas e também dos povos africanos escravizados, que reverberam profundamente na história do Nordeste rural brasileiro. As estruturas dramáticas em sua performance artística, que reúnem elementos de dança e música, reelaboram narrativas de guerreiros e heróis, sendo capazes de conectar a vida cotidiana ao elemento mítico do caboclo brasileiro. A prática marcada por uma forte presença religiosa afro-indígena-brasileiras está ancorada principalmente no culto à Jurema, com entidades espirituais denominadas Caboclos. Os instrumentos musicais são outra singularidade da expressão cultural, sendo o Caracaxá e a Preaca, por exemplo, exclusivos dos Caboclinhos. A geografia do Caboclinho compreende uma área que vai de Pernambuco ao Rio Grande do Norte. A ocorrência dos Caboclinhos se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, ficando como referência para proposta de Registro a Região Metropolitana de Recife e a Zona da Mata Norte de Pernambuco. Como entre tantas expressões da cultura popular, a transmissão de saberes no Caboclinho está atrelada à observação e à prática, orientada pela transmissão oral de conhecimentos dos mais antigos na manifestação para os mais jovens. A performance dos caboclinhos ocorre geralmente nas ruas com indumentária específica e sendo composta por dança e música características e singulares e, em alguns grupos, um recitativo ou drama, podendo essa estrutura variar a partir do tipo de apresentação – no desfile carnavalesco, nos ensaios, ou nos palcos e apresentações públicas. A dança, cujo movimento básico se denomina "manobra", é executada pelos participantes, que se apresentam, geralmente, em duas filas, cada um deles portando uma preaca (adereço/instrumento musical, em forma de arco e flecha), também denominado brecha ou flecha. A música apresenta uma sonoridade singular, tanto pelos instrumentos empregados – alguns exclusivos do Caboclinho – quanto pelos aspectos musicais (ritmos, melodias etc), propriamente ditos. A indumentária e os adereços dos caboclinhos são emplumados e ornamentados com muito brilho. O aspecto religioso dos Caboclinhos está muito vinculado aos fundamentos do culto da Jurema, e sua identidade associada às entidades espirituais dos "caboclos". Para a Superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Duarte Borba, os grupos de Caboclinhos integram um importante conjunto de formas de expressão características da Zona da Mata de Pernambuco, juntamente com o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo-Marinho – estes já registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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Governo revê projeção do PIB 2016 e 2017

O governo anunciou redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) em 2017, de 1,6% para 1%. Para 2016, a projeção, que era queda de 3%, piorou, passando para uma contração de 3,5% da economia. As informações foram divulgada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. O governo também revisou as estimativas da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelas novas previsões, o IPCA acumulado em 2017 ficará em 4,7%, ante 4,8% estimado em agosto. Para 2016, a projeção para a inflação caiu de 7,2% para 6,8%, segundo a equipe econômica. Spread Em agosto, o governo havia chegado a rever para cima a previsão do PIB para 2017, de 1,2% para 1,6%. Segundo Fábio Kanczuk, a revisão atual tem relação com o quadro de endividamento das empresas e o aumento da percepção de risco pelo mercado. De acordo com ele, o spread (diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra para emprestá-lo) está subindo, o que sinaliza um crédito mais caro e maior risco atribuído pelo setor bancário às empresas. “ [O efeito] era totalmente esperado, mas a dimensão dele só está se tornando clara agora. Isso [risco] está puxando os spreads para cima. A gente continua falando de recuperação econômica, mas tem um pouco de atraso para que haja essa digestão do aumento da dívida sobre o lucro [das empresas]”, disse. Meta fiscal Kanczuk afirmou ainda que, independentemente da revisão do PIB, o governo está comprometido com a meta fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Para 2016, a meta é déficit de R$ 170,5 bilhões. Para 2017, é déficit de R$ 139 bilhões. O secretário admitiu que o PIB menor pode levar a queda das receitas do governo, o que dificultaria o cumprimento da meta fiscal neste ano e no próximo. No entanto, ele não deu uma estimativa do possível impacto e disse que "outros fatores" poderiam influenciar positivamente a arrecadação. “Se nenhuma outra projeção for alterada, a projeção de receita cai. Mas tem um monte de outros fatores acontecendo ao mesmo tempo. A projeção de receita também é [feita] em função de câmbio, de massa salarial. Há outras coisas para apurar com cuidado e ver o que vai acontecer”, disse o secretário. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia adiantado na semana passada, durante viagem a Nova York, que o governo revisaria a estimativa de crescimento do PIB para o ano que vem. Pela manhã, o boletim Focus, pesquisa semanal que reúne projeções de diversas instituições financeiras para e economia, reduziu de 1,13% para 1% a previsão de alta do PIB em 2017. Para 2016, as instituições financeiras elevaram a estimativa de queda do PIB, de 3,37% para 3,4%. (Da Agência Brasil)

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Ensino x Aprendizagem

*Por Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe No decorrer do segundo semestre um grande contingente de pais preocupados com a escola em que os filhos vão estudar no próximo ano letivo visitam as instituições identificadas previamente como boas e buscam informações sobre a proposta pedagógica, a qualificação dos professores, os resultados... Em síntese: a qualidade do ensino. Em recente conversa com um grupo de pais iniciei perguntando qual seria o diferencial para escolha da escola. As seguintes percepções foram mencionadas: qualidade do ensino, resultados no Enem, formação integral, boas informações dos alunos, acolhida na escola, que o educando aprenda a gostar de estudar, identificação dos estudantes pelo nome, o aluno ser tratado como pessoa e o número controlado de discentes em sala. Das percepções mencionadas faço as seguintes inferências. Antes de tudo, o que me parece crucial: a qualidade de ensino. É uma constante o foco ser o ensino. Ensino remete a professor. Focar em resultados hoje é muitas vezes um critério para matricular o filho na escola. Poucas pessoas se referem à aprendizagem. Proponho aos leitores e aos interessados no assunto que o foco seja a aprendizagem. A literatura educacional é rica em pressupostos e dados sobre a aprendizagem entendida como “Uma nova cultura de aprendizagem”. Os pesquisadores Douglas Thomas e John Seely Brown são os autores de um livro com este título. Focar na aprendizagem exige do professor postura de reconhecimento da autonomia e da liberdade dos estudantes em explorar sem limites. Nessa perspectiva Fernando Valenzuela, CEO da National Geographic Learning para a América Latina se refere ao professor como curador. A prestigiada revista The Economist, na edição de 11 de junho de 2016, publicou uma matéria sobre “Como formar um bom professor”. No texto lemos que “bons professores traçam objetivos claros, reforçando altos padrões de comportamento e gerenciando o tempo da sala de aula sabiamente. Eles usam técnicas instrucionais já testadas e praticadas para garantir que todos os cérebros estejam trabalhando o tempo todo, por exemplo, fazendo perguntas em sala de aula de maneira inesperada ao invés de se acomodar naqueles alunos que estão sempre levantando a mão para contribuir”. É animador constatar que as pesquisas em educação explicitam duas assertivas na perspectiva da formação do professor: bons professores não nascem prontos e as habilidades a serem conquistadas podem ser ensinadas. Os professores são os principais protagonistas da educação. As atitudes docentes precisam estar impregnadas de norteadores como o respeito à autonomia dos alunos, a mediação das aprendizagens e a criação de ambientes onde o conhecimento pode ser produzido, explorado e conectado. A conectividade implica necessariamente a existência de uma cultura digital na escola. O relatório da Unesco sobre educação para o século 21 – Um tesouro a descobrir – propõe que a educação deve se estruturar em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. A missão da escola é, portanto, envidar esforços para o desenvolvimento humano entendido como a evolução da “capacidade de raciocinar e imaginar, da capacidade de discernir, do sentido das responsabilidades”. Eis um bom paradigma para iluminar a escolha da escola para nossos filhos. *Todas as segundas-feiras estaremos publicando artigos sobre as transformações e tendências da educação Leia também: Educação Cidadã De olho na escola do futuro Escola deve focar na aprendizagem e não no ensino Alunos estão mais autônomos

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Síndrome de Burnout - Por Sylvia Lemos Hinrichsen

Independentemente da profissão, o estresse faz parte da vida das pessoas, em qualquer lugar do mundo, que a cada dia é mais exigente, competitivo e repleto de movimentos. As atividades profissionais/laborais não permitem, muitas vezes, que se tenha tempo de lazer, hobbies e atividades físicas. Um estudo americano da Right Management revelou que 67% das pessoas gastam mais tempo no trabalho, e que está cada vez mais difícil se desvencilhar deste, seja para pequenas pausas diárias e ou conciliar férias integrais. Isso leva às situações de angústias, estresse, desmotivação, adoecimentos e baixa qualidade de vida. No mundo atual, são grandes as cobranças de performance profissional, sejam relacionadas aos aspectos técnicos individuais, à capacidade de gerenciar crises, inteligência emocional e liderança junto às equipes. Essas situações podem estar relacionadas: 1. ao excesso de trabalho e à falta de recursos estruturais e pessoais para responder às demandas laborais; 2. às relações tensas e ou conflituosas com os companheiros/colegas/usuários/clientes, assim como políticas/valores da organização; 3. ao impedimento de gestores (stakeholders) e ou superior hierárquico para que o empregado/profissional exerça a sua atividade laboral; 4. à impossibilidade de progredir ou ascender no trabalho; e, 5. o alto nível de exigência para se aumentar a produtividade, diminuir custos e atingir metas, muitas vezes, impossíveis de serem alcançadas. Nesse contexto, surge o conceito da Síndrome do Burnout (“queimar por completo, exterior”), descrito em 1974 pelo médico americano Freudenberger, e reconhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional (Brasil, Ministério do Trabalho, 1999). Como o próprio nome já sugere, é um conjunto de sinais e sintomas relacionados a um desgaste físico e mental que afetam a vida das pessoas. Pode ter consequências desastrosas, como estados de depressão e suicídios. Estes considerados como um problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde), com taxas de 11,4% de mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, estando o Brasil em oitavo lugar do mundo em número de suicídios. A Síndrome do Burnout, em geral, atinge principalmente, os profissionais que lidam direta e intensamente com pessoas e influenciam suas vidas, como no caso de profissionais das áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos, bombeiros, policiais, agentes penitenciários, advogados, jornalistas, bancários, recepcionistas, gerentes, atendentes de telemarketing, motoristas de ônibus dentre outras. O  Burnout,  é, portanto, a resposta a um estado prolongado de estresse. Ocorre pela cronificação deste quando o indivíduo tenta se adaptar a uma situação claramente desconfortável no trabalho, relacionado com suas atividades profissionais, que estão desgastadas e sendo causa de desmotivação para trabalhar. São diversos os sintomas, que, em fase inicial, até se confundem com estados clínicos depressivos, sendo, portanto, necessário um diagnóstico mais detalhado, para evidenciar a presença de esgotamento físico e emocional que pode estar refletido através de comportamentos diferentes, como agressividade, isolamento, mudanças de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, falha da memória, ansiedade, tristeza, pessimismo, baixa autoestima, sentimentos negativos, medos, desconfiança paranoia e constantes ausências no trabalho. Clinicamente, observam-se queixas de dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais, respiratórios, cardiovasculares, e, em mulheres alterações no ciclo menstrual. Assim, para que a Síndrome do Burnout seja prevenida, é fundamental a implementação e a priorização de estratégias: individuais (assertividade e gestão do tempo); grupais (apoio externo); e organizacionais (clima). Sylvia Lemos Hinrichsen é médica infectologista e professora universitária  

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As cervejas Tchecas, tradição secular (Por Rivaldo Neto)

O país do Leste Europeu é o maior consumidor de cerveja por habitante no mundo. Com uma média de cerca de 143 litros de cervejas por ano. No Brasil, o consumo da bebida por habitante é de 62 litros, os Tchecos mais que o dobro. Com essa tradição e esse enorme consumo per capita, a República Tcheca é um dos países mais importantes na fabricação da bebida, sempre inovando com excelentes receitas tradicionais. Mas vamos dar uma rápida passada em algumas de suas tradições para entendermos essa paixão pela bebida. A República Tcheca, em 1265 fazia parte da região da Boêmia, do então Rei Otakar II, sendo assim, a cidade de Ceske Budejovice recebeu o direito de ter e produzir a sua própria cerveja. Em 1895 foi formalizada como produtora de cerveja oficial a Budejovice Pivovar, que hoje fabrica a conhecida Pilsen Czechvar (ver abaixo), uma das mais tradicionais Pilsens do mundo. Os cervejeiros da cidade de Pilsen, na Boêmia, em meados de 1840, produziam em sua maioria cervejas de alta fermentação, as chamadas ALE, com cores mais escuras e teor alcoólico mais robusto. Então os produtores locais se reuniram para criar uma um outro tipo de cerveja e que essencialmente permitisse utilizar insumos da região, e com isso permitindo a elaboração de sabores e aromas diferentes. O “start” foi dado quando em 1842 foi lançada a primeira receita da Pilsner Urquell (ver abaixo), bebida essa que se caracterizou como leve e refrescante e totalmente diferente do que era encontrado no país na época. Foi um sucesso entre os produtores e pela população. Depois dessa rápida introdução, vamos conhecer alguns dos rótulos que os cervejeiros de plantão não podem deixar de conferir. Vamos começar pela Cerveja Bernard Celebration Lager, uma legítima representante das excelentes Pilsens da Boêmia. A Bernard realmente surpreende. Uma cerveja com redondos 5,0%Vol, é muito leve, refrescante e cristalina, um amargor bem na medida certa, tem um bom malte e um destaque no processo é que a mesma não utiliza a pasteurização e sim uma microfiltragem e refermentação feitas na própria garrafa. Uma dica é tomá-la com uma tábua de frios com queijos e salames. A tradicional Czechvar Cerveja classificada como uma Pilsen tradicional, com os mesmos 5,0%Vol e produzida com lúpulos especiais e, por esse motivo, apresenta um discreto amargor suave. A sua produção leva lúpulos inteiros da variedade Saaz e maturada por pelo menos 90 dias, o resultado é uma babida dourada, clara, cristalina com boa formação de espuma. Traços florais (característicos do lúpulo Saaz no aroma) e paladar seco de malte abiscoitado, dão uma ótima sensação e com o final levemente malteado. Outra dica de destaque é a Cerveja Primator Premium. Ela é uma Pilsen feita pela cervejaria Nachód, que foi eleita a melhor do país em 2007. Possui coloração dourada, aroma de lúpulo, espuma branca, densa e persistente e de média carbonatação e com 5,0% Vol e bem equilibrada. A cerveja Lobkowicz, é outra Pilsen com 4,7%Vol. É feita com uma pura água dos poços artesianos da cervejaria e cevada da Boêmia que é transformada em malte. Tem uma coloração mais acobreada e com uma generosa porção de lúpulo Saaz, conhecido pelo seu aroma. A adição desse insumo, segundo o fabricante e feita com as mãos. Finalizando com a Pilsner Urquell, uma cerveja dourada, saborosa e com teor alcoólico mais baixo 4,4%Vol, o que permite que ela seja considerada mais leve e refrescante. Outra Boêmia Pilsen que harmoniza perfeitamente com frutos do mar fazendo um contraponto delicioso. E como dizem os Tchecos “Dej Bůh Štěstí” (Deus conceda alegria e sorte). *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Confiança no agronegócio bate recorde

O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) do 3º trimestre, medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), alcançou 106,3 pontos, alta de 4,2 pontos em relação ao trimestre anterior. A pontuação é recorde na série histórica do indicador, iniciada em 2013, e confirma o otimismo do setor. De acordo com a metodologia da pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (10), uma pontuação igual a 100 pontos corresponde à neutralidade. Resultados acima disso indicam confiança.Entre as variáveis que contribuíram para o resultado do ICAgro, o destaque ficou novamente com o item “economia do Brasil”, com alta de 14 pontos, atingindo um patamar de 98 pontos, marca superior a qualquer sondagem anterior. Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, esta sondagem confirmou a forte variação de quase 20 pontos ocorrida no segundo trimestre deste ano. “Da mesma forma, o principal indicador a alavancar o resultado foi a economia do País. Mesmo com o crescimento da preocupação com a queda dos preços, por exemplo, a confiança de que o Brasil sairá da maior crise econômica de sua história sustentou o índice em níveis elevados”. No entanto, complementa Skaf, “sabemos que a confiança dificilmente se manterá se os indicadores econômicos não apresentarem uma melhora efetiva, o que somente ocorrerá com as reformas estruturantes de que precisamos e essa agenda começa com a aprovação da PEC do teto dos gastos públicos pelo Senado Federal”. Os índices de confiança dos produtores agropecuários e das indústrias Antes e Depois da Porteira, também retratam otimismo do setor. A confiança dos produtores agropecuários chegou a 108,2 pontos, 4,7 pontos em relação ao trimestre anterior, que pela segunda vez consecutiva registra pontuação acima dos 100 (que representa visão positiva). O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que a confiança do produtor agropecuário, que registrou o quinto aumento trimestral consecutivo, foi influenciada por uma situação mais favoráveis para culturas que vinham sendo muito castigadas, como a cana-de-açúcar, o café e a laranja, que compensaram a falta de entusiasmo com a queda nos preços de grãos, cujas cotações vêm caindo desde que atingiram o pico, no segundo trimestre deste ano. “O clima mais favorável ao plantio também ajuda, já que os últimos anos foram marcados por quebras de safras de diferentes produtos em diferentes estados e traz uma boa expectativa quanto à produtividade para a safra 2016/17”. Como em todos os elos da cadeia analisados pelo indicador, os fornecedores de insumos agropecuários (indústria Antes da Porteira) fecharam o terceiro trimestre com 108,2 pontos, 6,4 pontos a mais que o resultado anterior. Os setores de fertilizantes e defensivos agrícolas contribuíram para o otimismo. No entanto, neste elo da cadeia, as condições específicas do negócio preocupam, como os preços dos grãos para a próxima safra o que afeta o agronegócio de forma geral. No terceiro trimestre de 2016, a indústria Depois da Porteira (Alimentos), conseguiu sustentar o otimismo e a avaliação positiva que conquistou no trimestre anterior – depois de registrar pontuação abaixo dos 100 pontos por oito trimestres consecutivos – e avança 2,8 pontos, fechando o período com 103,4 pontos.

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UNINASSAU realiza o 1º Webinário com transmissão pela internet

Webinário é um seminário transmitido pela web, ou seja online. Estes seminários são com vídeo, áudio, slides para informar ou divulgar algo para seu público. O objetivo de um webinar é levar comunicação e informação, de forma interativa. Pensando nisso, nesta quinta-feira (17), a partir das 19h, a UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau realiza o 1º Webinário Educar na área digital: design, ensino e aprendizagem. O encontro pretende promover conhecimento por meio de webconferências. Para esta primeira edição, será ministrada palestra com o doutor João Mattar, especialista na área da educação digital, e autor de diversos livros alusivos ao tema. Os interessados em participar da webconferência podem realizar sua inscrição gratuitamente através do endereço.   Serviço 1º Webinário Educar na área digital: design, ensino e aprendizagem Quando: quinta-feira, 17 Onde: em qualquer polo de EAD da UNINASSAU Horário: às 19h

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Brasileiro planeja gastar menos no Natal

Em mais um ano afetado pela crise econômica no País, e à espera de uma retomada que possa ser percebida no seu dia a dia, o consumidor brasileiro ainda está cauteloso, e planeja gastar menos do que no ano passado em suas compras do Natal. É o que mostra a sétima edição da Pesquisa de Natal, da Deloitte. O levantamento aponta que 63% dos brasileiros pretendem gastar menos em 2016 em relação ao que foi despendido no ano passado, que também apresentou este índice de desacelaração, o que, consequentemente, revela um sentimento de preocupação do consumidor brasileiro. Entre os participantes, 41% afirmam que a situação financeira de suas famílias está pior do que em 2015. O dado é negativo, já que, no ano passado, o mesmo percentual de respondentes já dizia que a condição econômica familiar encontrava-se pior do que em 2014. Além disso, de acordo com o levantamento, 60% dos entrevistados afirmam sentirem-se inseguros em relação à estabilidade de emprego. “Apesar de diversos indicadores econômicos e de confiança do empresariado sinalizarem uma perspectiva mais positiva para 2017, o fato é que as pessoas ainda vivenciam, na prática, os efeitos da queda da renda e o receio de perderem seus empregos. Essa insegurança faz o consumidor ficar naturalmente mais contido. Isso tem reflexo na disposição para comprar, o que deve influenciar os resultados das vendas do varejo”, explica Reynaldo Saad, sócio-líder para a indústria de Bens de Consumo e Produtos Industriais da Deloitte Brasil. Diante desse comportamento do consumidor, os varejistas devem se preparar e se adaptar para conquistar esse público, com bons preços e produtos de qualidade. “Se o consumidor planeja comprar algo, ele vai buscar onde suas expectativas tenham maior chance de serem atendidas, seja em meio online ou nas lojas físicas. Cada canal tem seus atrativos. A praticidade de poder comprar e levar na hora um produto, assim como a facilidade para trocas, valoriza as lojas físicas. Já o preço mais baixo, a diversidade de mercadorias e a agilidade para comprar estimulam as vendas pela internet. Vai vender mais quem atender melhor às expectativas do comprador neste momento”, avalia Saad. Menos dinheiro, menos presentes Os brasileiros que participaram da pesquisa estimam que vão gastar R$ 342 com a compra de até 4 presentes, em média. O valor é 9,5% menor do que a estimativa apurada pela edição 2015 da Pesquisa de Natal da Deloitte, quando o objetivo médio de gastos chegava a R$ 378 para a compra de 5 presentes. Vale lembrar que, em enquete posterior ao Natal de 2015, realizada pela própria Deloitte, os consumidores disseram ter gasto R$ 422, efetivamente. Tradicionalmente, de acordo com as nossas pesquisas, os brasileiros acabam desembolsando sempre mais do que o previsto nas estimativas com a compra de presentes. “É interessante perceber que, mesmo pretendendo gastar menos e comprar um número menor de presentes, o brasileiro acaba investindo na qualidade dos itens, já que, na média, pagará R$ 85 por presente. Esse valor foi de R$ 75 do ano passado”, afirma Reynaldo Saad. “Além do temor em relação à manutenção de seus empregos, a verdade é que o brasileiro está com o bolso um pouco mais vazio neste ano, em razão da queda da renda e dos efeitos da inflação sobre o poder de compra. Esse cenário recente foi determinante para estimular um comportamento mais ponderado neste momento”, diz o executivo da Deloitte. Entre as razões para justificar a contenção de gastos em 2016, 52% afirmaram que pretendem reduzir suas dívidas e não gastar mais, enquanto que 36% buscam economizar, em vez de gastar. Além disso, a piora na situação financeira da própria família, com acentuada diminuição da renda, é apontada como razão do freio nas compras por 25% das pessoas. Percepção melhor sobre a economia Em relação à percepção sobre a situação econômica brasileira, apesar da cautela nas intenções de compra imediata, a pesquisa indicou melhoria em relação ao ano passado. As opiniões continuam negativas em relação ao cenário geral: 44% dos entrevistados consideram que a economia está estagnada, enquanto que 33% a classificam como em declínio. Esses númeross mostram uma relativa melhora na percepção do brasileiro, já que, no ano passado, os que enxergavam a economia em declínio eram 70% dos pesquisados. A intenção de economizar ou poupar o 13° salário neste ano é manifestada por 31% dos participantes da pesquisa. Outros 18% dos entrevistados dizem que vão quitar dívidas com o pagamento extra. Um quarto dos respondentes pretende gastar o 13° com as compras de Natal, enquanto 23% disseram que nem mesmo terão direito ao benefício. Esses percentuais são similares aos apurados nos levantamentos feitos pela Deloitte em anos anteriores. Trocando presente por ceia Em resposta a uma questão de múltiplas escolhas, a maior percentagem de entrevistados (53%) explicitou a intenção de priorizar os gastos com as ceias de Natal e de fim de ano. Já 50% dizem pretender investir mais na compra de roupas, enquanto que 49% vão dar preferência à compra de presentes. De acordo com Reynaldo Saad, “para o brasileiro, especialmente em épocas de crise, priorizar as atividades relacionadas à convivência em família é uma tendência que ganha força, refletindo uma prática já consolidada em outros países latino-americanos onde o estudo da Deloitte também foi realizado (Argentina, Chile, Colômbia e México) pelo quinto ano consecutivo”. Cinco fatores para o sucesso do varejista Cinco fatores serão essenciais para o sucesso de vendas dos varejistas no Natal de 2016, de acordo com avaliações feitas a partir das indicações apuradas na pesquisa: preços baixos; variedade na oferta de produtos; fechar parcerias com o setor manufatureiro, buscando sinergias; garantir a fidelidade do consumidor a seus produtos e marcas; e investir nos serviços que agradam grande parte dos consumidores. “Certamente, o preço será um fator decisivo para atrair o consumidor. Os varejistas devem estar muito atentos a isso. Acompanhar o que a concorrência está fazendo é, portanto, essencial para o sucesso das vendas”, comenta Saad. A pesquisa mostra que o brasileiro está pesquisando muito mais antes de comprar,

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"Memórias de um Cão" abre Festival Recife do Teatro Nacional

  O Festival Recife do Teatro Nacional começa neste sábado (19). A produção paraibana "Memórias de um Cão", do Coletivo Alfenim vai inaugurar a programação. O espetáculo será às 20h, no Teatro Santa Isabel. Os ingressos custam R$10 (inteira) e R$5 (meia). A realização do festival é da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. O espetáculo parte do estudo da obra de Machado de Assis para propor uma abordagem crítica das estratégias de dissimulação, engodo e autoengano que marcam no campo subjetivo e político as relações sociais do Brasil. Durante a encenação é narrada a trajetória de ascensão e queda de Rubião, um mestre-escola interiorano que, às vésperas da abolição da escravatura, se muda para a Corte, após receber uma herança se seu benfeitor, Quincas Borba, um típico escravocrata. O espetáculo estreou em maio de 2015, em João pessoa. Quem assina a direção é o dramaturgo Mário Marciano. O festival acontece de 19 a 27 de novembro, com 17 espetáculos encenados nos equipamentos culturais da cidade. Além dos espetáculos, o festival também conta com uma programação formativa, que acontece de 16 a 26, com oficina, seminário, palestras e mesa de debates. A programação completa pode ser conferida no site http://bit.ly/2fGbfe7 . A classificação etária da peça é de 14 anos. Mais informações pelo telefone 3355-3137. Confira o teaser do espetáculo   SERVIÇO: Abertura do Festival Recife do Teatro Nacional com o espetáculo "Memórias de um Cão" Onde: Teatro Santa Isabel, Praça da República, s/n - Santo Antônio, Recife. Quando: Sábado (19) Horário: 20h Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia) ---

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FPS realiza Fórum pelo Dia Nacional da Consciência Negra

Discutir e promover a reflexão sobre a população negra na sociedade brasileira são os principais objetivos do I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós”. O evento, alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, será realizado pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) na próxima sexta-feira (18.11) a partir das 13h, por meio do Projeto UBUNTU. Uma mesa-redonda será montada com representantes de coletivos e professores para debater temas como cultura, saúde, genocídio e desigualdade da população negra no Brasil. O tema da abertura será “Aspectos Culturais da População Negra”, apresentado pelo professor convidado Marcelo Vilela, integrante de grupos de resistência cultural afro de PE e docente titular do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco. No encerramento do evento haverá um debate promovido pelo Coletivo Negrex, que conduzirá a discussão sobre a experiência do estudante negro nas instituições de ensino superior. O I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós” acontecerá no auditório da Faculdade Pernambucana de Saúde, na Imbiribeira, com participação aberta ao público. As inscrições deverão ser feitas no site da FPS (www.fps.edu.br), com vagas limitadas. PROGRAMAÇÃO 13h às 13h20min – Credenciamento 13h20min – Composição da mesa – Mediador: Wellington Filho – Egresso da FPS – Graduado em Psicologia 13h30min – Aspectos Culturais da População Negra – Convidado: professor Marcelo Vilela - Integrante de grupos de resistência cultural afro de PE e professor titular do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco 13h50 – Saúde da População Negra do Brasil Convidada: professora Angela Nascimento – Profª Universidade Federal de Pernambuco 14h10min – Debate 14h45min – Intervalo 15h - Genocídio da população negra do Brasil – Questão social? Convidado: Derson Silva – Assistente Social, coordenador e conselheiro estadual do Fórum de Juventude Negra e membro do Coletivo Cara Preta 15h25min – Implicações subjetivas da desigualdade Convidado: Lassana Danfá e Wellington Filho 15h50min – Estudante Negro nas instituições de ensino superior- Coletivo Negrex 16h20min – Debate 17h – Encerramento SERVIÇO I Fórum “Sou quem sou porque somos todos nós”. Data: 18/11/16 Horário: 13h às 17h Local: Auditório da Faculdade Pernambucana de Saúde - Av. Jean Emile Favre, n°422 - Imbiribeira

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