Arquivos Notícias - Página 596 De 672 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Saia do estresse

O exaustivo estilo de vida pós-moderno e o acúmulo de atividades na rotina parecem levar as pessoas a um destino inevitável: o estresse. Essa teoria, no entanto, não é uma verdade absoluta e há várias formas de evitar ou, pelo menos, amenizar os efeitos do cotidiano estressante. Quando a tensão emocional se torna constante, pode causar um desgaste extremo a ponto de evoluir para diversas doenças físicas e psicológicas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia e Controle do Estresse (IPCS) em todo o Brasil revelou que cerca de 52% dos entrevistados disseram ter ou já ter tido o diagnóstico de estresse. De acordo com o instituto, trata-se de uma reação do organismo a situações que exigem esforço emocional para serem superadas. Quanto mais esse contexto durar ou quanto mais grave ele for, mais estressada a pessoa pode ficar. E, se ela não souber lidar com esse tipo de experiência, o corpo e a mente podem entrar em colapso. Entre os fatores que mais causam estresse nos brasileiros estão relacionamentos, problemas financeiros e sobrecarga de trabalho. O psiquiatra pernambucano Amaury Cantilino explica que o estresse pode desencadear uma reação fisiológica comum a todos os seres humanos, na qual o organismo produz substâncias que dão vigor e energia. "Essa reação envolve a liberação de noradrenalina, um neurotransmissor, pelo cérebro e do hormônio cortisol pelas glândulas adrenais. Juntos, os dois vão provocar efeitos no corpo, como aumento nas frequências cardíaca e respiratória, diminuição da circulação sanguínea e aumento da pressão arterial", conta. "Isso é algo com que conseguimos lidar razoavelmente bem em curto prazo. O problema é quando essas situações se tornam crônicas e o corpo começa a liberar as substâncias constantemente, durante semanas ou meses", revela Amaury Cantilino. Segundo ele, as reações se tornam crônicas, geralmente, porque as situações de estresse podem persistir durante um tempo ou porque o indivíduo não conseguiu recobrar o seu estado de funcionamento normal. "Então, vai ter uma exposição prolongada ao cortisol e à noradrenalina, o que vai gerar problemas", completa. Segundo estudos do IPCS, o processo do estresse emocional se desenvolve em quatro estágios. O primeiro é a fase de alerta, em que o cérebro produz uma quantidade saudável de substâncias que preparam o indivíduo a enfrentar emergências. Eventualmente, podem surgir dor muscular, azia, espinhas, nervosismo, ansiedade e inquietação, no entanto, se a causa do estresse desaparecer ou for solucionada, o organismo consegue sair do processo sem sequelas. O segundo estágio, a resistência, se desenvolve quando a situação de estresse persiste ou piora. Nesta fase, o corpo tenta resistir ao alto nível de tensão. Os sintomas principais são dificuldades com a memória e muito cansaço. Se o esforço a mais do organismo for suficiente para lidar com esse processo, o estresse pode ser eliminado com certa facilidade. Se o problema continuar, o corpo entra na terceira etapa do estresse, o estágio de quase-exaustão, e começa a sofrer um colapso gradual. É aí que a queda na qualidade de vida se torna bastante perceptível. Entre os sintomas, insônia, falta de libido, problemas de pele, queda de cabelo, gastrite ou úlcera, perda ou aumento de peso, apatia, cansaço mental, dificuldade de concentração, infecções ginecológicas, tumores, crises de pânico, pressão alta e alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos. O último estágio, da exaustão, engloba todos os sintomas da terceira fase, porém mais intensificados, impedindo a sensação de bem-estar no indivíduo. O organismo, desgastado e cansado, fica vulnerável a doenças graves, como depressão, diabetes, enfarte - levando à morte em casos extremos. Nessa etapa, a ajuda médica e psicológica é indispensável. Veja mais: Saiba como aliviar o estresse Confira como a meditação ajuda a combater o estresse. Seus benefícios foram comprovados por estudos científicos. Conheça a Síndrome de Burnout e as consequências do estresse no trabalho  

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18º Festival Recife do Teatro Nacional abre inscrições para oficina

Estão abertas as inscrições para os interessados em participar da oficina Teatro Épico-dialético. A atividade, destinada a atores, diretores e dramaturgos, acontece no período de 16 a 19 de novembro, das 9 às 13h, no Centro Apolo/Hermilo e integra a parte formativa do 18º Festival Recife do Teatro Nacional. A inscrição é gratuita e será feita mediante envio de carta de intenção, até o dia 14, para gerenciaartescenicas@gmail.com contendo informações dos interessados sobre suas trajetórias artísticas. O número de vagas é limitado a 20 participantes. O objetivo da oficina é promover uma introdução ao estudo do teatro épico e dialético com base na experiência do grupo teatral Companhia do Latão, de São Paulo, e será ministrada pelo dramaturgo, encenador e professor de dramaturgia da USP Sérgio de Carvalho. Os exercícios de atuação realista e narrativa crítica serão baseados na análise ativa de cenas de peças do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, com vistas à escrita de cenas em processo. As vagas serão preenchidas com a análise das cartas pelo próprio Sérgio Carvalho. Os selecionados serão comunicados por telefone, no dia 15 deste mês.

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77% acham que Temer deve fazer a reforma do Ensino Médio

Diante de toda a polêmica em relação a reforma do Ensino Médio, pesquisa realizada pelo Ibope, entre 30 de outubro e 6 de novembro, mostra que 77% dos entrevistados acham que o Governo Temer deve fazer a mudança. Apenas 19% acham que não devia fazer a mudança, 3% não soube opinar e 1% não respondeu. O Ibope realizou a pesquisa para o Governo com 1.200 entrevistas em todo o País, com margem de erro de 3%. A proposta do novo ensino médio apresentada pelo Governo Temer é aprovada por 72% da população, segundo a pesquisa. Dos entrevistados 24% são contrários e 4% não quiseram opinar. Discutida há cerca de 20 anos, a reforma do Ensino Médio foi apresentada pelo Governo Temer, por meio de medida provisória, está sendo discutida no Congresso e tem prazo de 120 dias para ser votada. Um das principais propostas do Novo Ensino Médio, a flexibilidade do currículo por áreas de conhecimento, competências e habilidades, conta com a aprovação de 77% dos entrevistados, enquanto 19% disseram ser contrários, 3% não souberam opinar e 1% não respondeu. Um outro ponto da proposta do Novo Ensino Médio que permite ao jovem escolher pelo ensino técnico é aprovada por 70%, enquanto apenas 28% disseram ser contra. 2% não souberam opinar e 1% não respondeu. O Ibope também perguntou a opinião das pessoas sobre a ampliação da carga horária, contida na nova proposta: 56% são favoráveis à ampliação da jornada e 39% são contrários. ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL Na pesquisa, a proposta de ampliação das escolas em tempo integral, apresentada pelo Governo Temer como uma política de indução do ensino médio, tem apoio de 85% dos entrevistados, contra 14% que não apoiam. O programa de indução das escolas em tempo integral prevê investimento de R$ 1,5 bilhão ao longo de dois anos - até o final da gestão do governo Temer - para atender a 500 mil jovens. Com isso, o País vai passar de 300 mil para 800 jovens atendidos por escolas em tempo integral. A avaliação da Educação é ruim para 54% dos ouvidos pela pesquisa, divididos entre ruim (20%) ou péssima (34%). Apenas 9% dos entrevistados aprovam a Educação brasileira, enquanto 37% avalia como regular. Por região, a pior avaliação é no Sudeste, onde 58% reprovam e apenas 7% aprovam. PEC DOS GASTOS A pesquisa também levantou a opinião dos brasileiros sobre a PEC 241, que estabelece limites de gastos no orçamento da União. 53% são favoráveis ao controle dos gastos e 41% são contrários à limitação. O descontrole das contas públicas é considerado pelas pessoas como causador da crise econômica do Brasil. Para 61% o descontrole das contas públicas "contribui muito" para a atual crise econômica do Brasil; para 20% o descontrole das contas "contribui pouco" e 15% consideram que o descontrole das contas "não contribui" para a crise.

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Saiba como aliviar o estresse

Segundo o psicanalista Amaury Cantilino, há muitas formas de evitar e combater o estresse no dia a dia. O mais importante é saber reconhecer seu limite e evitar sobrecargas emocionais no trabalho e em relacionamentos. “Todos nós temos limites, mas muitos acabam perdendo a consciência disso. Eventualmente, nos submetemos a uma quantidade de tarefas maior do que nosso organismo pode aguentar. As pessoas se expõem a constantes tomadas de decisões, situações difíceis durante muito tempo”, diz. “É importante sabermos identificar as nossas prioridades, os nossos valores. Dizer sim para as coisas que priorizamos e saber dizer não para o que for excedente. Um dos grandes fatores de prevenção ao estresse é saber dizer não”. Hábitos bastante simples podem afastar o estresse da rotina. É preciso identificar as atividades que causam prazer e praticá-las diariamente. "Certas ocupações geram engajamento e relaxamento, fazendo a pessoa esquecer temporariamente dos problemas. Tocar um instrumento, ver um filme, fazer ioga, conversar com os amigos são coisas simples que fazem a diferença. Encaixar essas atividades ao longo dos seus dias para contrabalançar os efeitos do estresse é essencial", aconselha Cantilino. Manter o corpo saudável também uma das principais formas de se proteger contra o estresse. Uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes, e a prática de exercícios físicos podem ser fundamentais para uma vida mais tranquila. Atividades aeróbicas como caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar ou pular corda, podem reduzir bastante os efeitos da tensão emocional. "O exercício aeróbico também causa a produção de noradrenalina, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial. Quando se pratica essas atividades três vezes por semana por 40 minutos, o organismo se adapta melhor à descarga dessa substância", explica Amaury Cantilino. "O corpo compensa essa exposição no dia a dia, diminuindo o tônus noradrenérgico e dando uma sensação de maior relaxamento", diz. Veja como a meditação ajuda a combater o estresse. Estudos comprovam esses benefícios.

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Meditação, remédio contra o estresse

Com o crescente aumento do número de pacientes diagnosticados com estresse, a neurociência vem aprofundando pesquisas em novas técnicas de combate e prevenção do mal. Atualmente, uma técnica de meditação conhecida mundialmente como mindfullness ("atenção plena", em tradução livre) se destaca na área. "O mindfullness é absurdamente eficaz. É uma das práticas mais estudadas hoje em dia em termos de neurociência e tem efeitos neurobiológicos comprovados", revela o psiquiatra Amaury Cantilino. Segundo o especialista, pessoas que praticam e vivenciam a meditação possuem mais ativação do córtex pré-frontal, região cerebral relacionada à regulação emocional e ao planejamento de comportamentos. "É como se as pessoas aprendessem a lidar melhor com as próprias emoções depois de praticar a meditação", simplifica. "A técnica não está ligada a nenhuma religião e deve ser realizada constantemente para que se ganhe experiência e consiga voltar totalmente a atenção para o momento presente", detalha Cantilino. A professora de meditação transcendental Adriane Brasileiro acredita que é possível ter uma vida livre do estresse. "Nosso estilo de vida não precisar ser exaustivo, em que só se acumula cansaço e não se descansa da forma correta. O repouso precisa ser parte da nossa rotina. O maior filtro antiestresse é o descanso profundo", defende. De acordo com ela, o ritmo metabólico, medido pelo consumo de oxigênio, diminui à medida que a mente acalma. Entre os benefícios da meditação, está o fortalecimento do sistema nervoso, do sistema imunológico e do sistema cardiovascular. "Com a meditação, é possível viver uma vida livre de tensão, dentro de uma rotina que contrabalanceie os estímulos excessivos. A ansiedade diminui, a qualidade do sono melhora, assim como os sintomas da depressão e da crise do pânico", conta Brasileiro. Praticante há poucos meses, a fotógrafa e produtora cultural Helena Brennand, 31, sentiu-se motivada a praticar a meditação transcendental após enfrentar uma situação de estresse. "Passei por um momento turbulento e decidi conhecer a técnica. Faz pouco tempo que pratico, mas já sinto muitas mudanças positivas em mim", diz. "A meditação traz equilíbrio no sono, na alimentação, no emocional. Antes, eu precisava tomar remédio para dormir e, agora, não tomo mais. Tenho sido mais paciente e mais feliz, não sinto mais tanta ansiedade. Além disso, venho sendo mais criativa para resolver questões que eu não conseguia solucionar", completa. Segundo Adriane Brasileiro, a meditação transcendental é técnica científica, praticada duas vezes ao dia, durante 20 minutos. Essa prática não implica em nenhuma mudança no estilo de vida ou comportamento e também não requer uma crença específica. "Devemos praticar a meditação sentados de forma confortável e com os olhos fechados. Durante o processo, a mente é levada espontaneamente para níveis mais sutis do pensamento. O silêncio e a quietude crescem à medida que mergulhamos", conta a professora.  

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Prefeitura lança convocatória de contratação artística para o Carnaval

Produtores culturais e artistas que desejem se apresentar no Carnaval do Recife 2017 devem ficar atentos. Foi publicada no Diário Oficial a Convocatória de Contratação Artística para o Carnaval 2017. As inscrições ficam abertas até o dia 30 de novembro pela internet através do site www.culturarecife.com.br. Portadores de deficiência podem também fazer a inscrição no Posto Credenciado, localizado no Prédio sede da Prefeitura do Recife, na Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, no horário das 9h às 12h e das 13h às 17h, em dias úteis. A convocatória contempla todo o Ciclo Carnavalesco que começa no dia 12 de janeiro, com as prévias, passando pelos cinco dias totalmente dedicados à folia de Momo, 24 a 28 de fevereiro, e indo até o dia 5 de março de 2017. O processo de contratação é composto por quatro etapas: inscrição, habilitação documental, habilitação artística e montagem da grade. A relação com os habilitados deve ser divulgada na segunda quinzena de dezembro. A Programação Artística do Ciclo será feita pelo Grupo de Trabalho composto pela Secretaria de Cultura do Recife/SECULT, Fundação de Cultura Cidade do Recife/FCCR e Secretaria de Turismo e Lazer, com a participação do Conselho Municipal de Política Cultural. Para a seleção das atrações, a Comissão de Avaliação Artística irá avaliar a trajetória do Artista, do Grupo ou da Agremiação por meio dos documentos fornecidos: material de áudio e vídeo, matérias de jornais, panfletos e qualquer outro tipo de comprovação apresentada, que mostre a atividade profissional do Artista, Grupo ou Agremiação. Além do Posto Credenciado, na sede da Prefeitura, o Núcleo de Cultura Cidadã, localizado no Pátio de São Pedro, Casa 39, também estará disponível para orientar artistas, grupos e agremiações carnavalescas na emissão de seus documentos, inscrições e prestação de contas das apresentações realizadas. A convocatória e o material necessário para a inscrição podem ser acessados na página da Secult no site da PCR. Dúvidas e outras informações sobre a convocatória podem ser tiradas pelo endereço eletrônico inscricaofccr@recife.pe.gov.br ou nos telefones: 3355.4551/4601 para Agremiações Carnavalescas, e 3355.8582/9013 para produtores, artistas e grupos.

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Galeria Amparo 60 recebe a mostra Compacto, de Marcelo Silveira

No próximo dia 17 de novembro, a galeria Amparo 60 abre seus salões para a exposição Compacto, do artista pernambucano Marcelo Silveira, com curadoria de Joana D'Arc Lima. Serão pouco mais de 30 obras – algumas mais recentes e outras mais antigas –, todas em dimensões mais reduzidas, mas que se sobressaem pela delicadeza, pelo detalhe, pelo pequeno, pelo menor, sem deixar de ser representativas da poética desenvolvida pelo artista ao longo dos seus mais de 30 anos de trajetória artística. Para Silveira, que volta a ocupar o espaço da Amparo 60 pela segunda vez, essa mostra é um modo de tentar estabelecer conversas com instâncias do mundo da arte que, pelo menos em Pernambuco, aparentam estar muito afastadas. “Não sei, mas aqui temos galeristas que não frequentam outras galerias, artistas que não vão as mostras de outros artistas, museus e galerias de arte que não se articulam... Para a engrenagem funcionar, precisamos que todos conversem, entrem em contato, dialoguem. Trata-se de uma cadeia produtiva”, pontua o artista, ressaltando que essa ideia de estabelecer pactos é central na mostra. Segundo a curadora, nos diversos encontros que tiveram para executar o recorte da mostra, ficou clara a necessidade de criar uma espécie de pacto entre as obras, colocando-as num contexto para que dialogassem. “Nossa ideia é que esses pactos que criamos sejam refeitos ao longo do tempo, reposicionando algumas obras, vamos gerar novas conversas, novos ruídos, nossa ideia é brincar com essa ressignificação”, diz Joana D'Arc. O poeta Manoel de Barros, que comemoraria 100 anos neste mês de dezembro, foi inspirador no processo de seleção das peças. A dupla leu junto, discutiu, e colocou “o poeta” em contato com as obras. “Nos inspiramos na ideia de Manuel de Barros: O cisco tem agora para mim uma importância de catedral. (Retrato do artista quando coisa, Manoel de Barros, p. 23)”, destaca Joana. Entre as obras, estarão peças bi e tridimensionais (objetos, livros de artista, múltiplos, vídeos, lambe), feitos nos mais diversos materiais, tendo a madeira, matéria-prima tão estimada pelo artista, um papel bastante especial. “Parte deles estava adormecida a espera de um momento certo para serem postos em diálogo”, diz a curadora. O foco nos objetos em menor escala se justifica através do conceito de compactibilidade. Para facilitar a circulação e o deslocamento é preciso compactar. “Fazer a portabilidade de uma coisa, estimulando seu trânsito, seu contato com os outros, é mais fácil quando ela é compacta”, diz Silveira. A montagem da mostra conta com mesas que vão deixar o ateliê e a casa de Marcelo Silveira para serem postas nos salões da galeria, recebendo alguns dos objetos, passando a ser ressignificadas naquele novo ambiente. Para Silveira, a mesa é bastante simbólica, pois o momento das refeições foi durante anos um espaço de diálogo, de conversa, de troca. “Não se trata de um mero mobiliário expositivo, a mesa via estar ali dentro de um contexto”, afirma. Os trabalhos em exposição trazem características marcantes do trabalho de Silveira, que utiliza, habitualmente, coisas e objetos esquecidos, técnicas e procedimentos obsoletos, na construção de sua poética, colocando diversas camadas de tempo em diálogo. “Essa exposição está vinculada a anterior, realizada por Marcelo, há dois anos, no Mamam, Especialista em coisas inúteis. Não dá para separar. É incrível o enorme cuidado que ele tem com o seu fazer, e também o seu rigor formal, algo invejável, algo que poucos artistas contemporâneos têm. São idas e vindas, avanços e voltas, que produzem elos entre essas mostras, entre tempos que se conversam”, detalha a curadora, que apesar de ter contato intenso com o artista há anos, nunca havia feito uma curadoria de uma mostra individual de Silveira, que nos últimos 15 anos se consolidou como um nome muito forte no cenário artístico nacional.

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Estado em busca de recursos da repatriação

O governador Paulo Câmara esteve, nesta ontem (08.11), no Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o andamento da ação do Governo de Pernambuco que pede a partilha com os Estados da multa moratória cobrada pelo Governo Federal no programa de regularização de ativos mantidos no exterior e não declarados à Receita Federal – a chamada repatriação. “Diante da relevância do tema para os Estados foi importante ter essas reuniões com as ministras. Acredito que possamos ser bem sucedidos. É urgente uma definição, diante da difícil situação fiscal dos Estados e dos municípios brasileiros. Será um reforço de caixa importante para ajudar nas contas deste final de ano”, afirmou Paulo. O governador de Pernambuco esteve, no início da tarde, com a ministra Rosa Weber, relatora da ação de Pernambuco, e, já no final da tarde, com a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia. Dessa segunda reunião, participaram todos governadores que têm ações questionando o critério de partilha. A expectativa é que o Pernambuco receba em torno de R$ 220 milhões com a repatriação. A divisão da multa poderia até dobrar esse valor. Vinte e quatro Estados e mais o Distrito Federal recorreram ao Supremo com o mesmo objetivo de obter a partilha da multa moratória da repatriação. Apenas São Paulo e Paraná não recorreram ao Judiciário. De acordo com o procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, o entendimento dos Estados é o de que a multa cobrada pelo Governo Federal é a confissão, por parte do contribuinte, de que existe um débito com a Receita Federal, portanto, uma multa moratória. Caúla explicou que toda multa moratória decorrente do não recolhimento no Imposto de Renda – seguindo as regras do Fundo de Participação dos Estados – deve ser partilhada com os governos estaduais. O entendimento do Governo Federal é o de que se trata de uma multa punitiva, não cabendo partilha com os Estados. (Blog do Governo de Pernambuco)

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Entrevista com Roberto Tavares

Roberto Tavares é presidente da Compesa. Em entrevista para a Revista Algomais ele falou sobre os investimentos da estatal em andamento e avaliou a experiência da PPP do Saneamento na RMR. Ele falou sobre a possibilidade de realizar um modelo semelhante para o esgotamento sanitário do interior, onde pretende elevar a cobertura de atuação da empresa de 21% para 75%. No Recife, ele estima que em dois anos a cobertura chegue aos 65%, com a conclusão das obras já contratadas. Qual a sua avaliação sobre a PPP do Saneamento? Nossa PPP, que foi batizada de Cidade Saneada, é a maior parceria público-privada do Brasil na área de saneamento. Estamos falando de R$ 4,5 bilhões de investimento e um negócio que gera recursos da ordem de R$ 16 bilhões. O Brasil tem um déficit histórico de saneamento, onde mais de 20 estados tem menos de 20% de cobertura. Por que a opção pela PPP? Porque a solução alternativa, que era continuar financiando pelo modelo tradicional do País, demonstrou que foi um modelo fracassado. Em mais de 50 anos usando recursos do trabalhador ou da união, a gente conseguiu resultados muito baixos, olhando a área de esgotamento como um todo. A gente precisava ter outras soluções que venham a atacar esse problema. Optamos pela PPP na RMR. Uma parceria extremamente ousada que quer triplicar a quantidade de esgotamento que a gente tem hoje. Sair de 30% para 90% em pouco mais de uma década. E com 100% de tratamento. Essa é a principal meta. Outra, não menos importante, é a recuperação do sistema existente. Investimentos nesses primeiros anos da PPP na recuperação do sistema que existia. Foram mais de 150 unidades do sistema sanitário recuperadas (seja bombeamento, seja de tratamento) fazendo que o volume de esgoto que a gente trata hoje seja bem maior que o que tínhamos antes. Mais tratamento significa melhor qualidade de vida. É o sistema atingindo o seu objetivo. Porque a população não tem uma percepção muito clara dos benefícios? Porque no Recife e a RMR ainda falta fazer muita obra. Nas áreas onde não tem esgotamento sanitário, alguns prédios ou casas, de forma equivocada, estão ligados à rede de drenagem. O que é proibido. Recife é uma cidade a nível do mar. Então, ou seja, quando a maré enche, a água da maré entra pelas tubulações de drenagem e o esgoto é jogado para fora. Então, há percepção que não trouxe muito benefício. Mas, no número de chamados, 100% das nossas demandas são atendidas em até 48h. E 70% são atendidas nas primeiras 24 horas. Então a qualidade e a velocidade na prestação do serviço já é percebida pela população que tem a rede de esgotamento sanitário no seu bairro. Em dois anos o percentual de cobertura cresceu 2%. É satisfatório? Veja, dois pontos percentuais ou três pontos percentuais para quem tem 30% significa dizer que cresceu 10%. Nós gostaríamos que fosse mais, porque temos obras atrasadas, mas entendemos que o conjunto de obras que nós temos hoje contratadas vão fazer esse percentual crescer muito. Por exemplo, no Recife, que o percentual deve estar em torno de 40% hoje, com as obras que já estão contratadas temos condições de levar isso para 65% em dois anos. São obras já contratadas. O que está faltando na verdade hoje é uma certeza do fluxo financeiro de repasse do Governo Federal. O orçamento da união praticamente parou nos últimos dois anos. Temos o contrato, mas o repasse não chega no tempo certo e isso está fazendo que a gente tenha que relicitar a maioria dos contratos. Porque as empresas que estavam contratadas tem desistido, esse é o nosso maior problema. Alguma outra parceria está no horizonte da Compesa? Estamos estudando uma outra PPP pequena que é para eficiência energética. Isso para a gente ter uma geração de energia própria, queimando lixo. É basicamente isso. Na ordem de R$ 70 milhões, onde a gente pretende autorizar uma empresa para estudar como seria a preparação de um incinerador desse, os acordos com a prefeitura para a gente receber o lixo, queimar e gerar a energia que a gente mesmo usa. Então isso, além de ser ambientalmente correto, melhoraria a nossa eficiência. Estamos elaborando uma nota técnica para encaminhar ao governo, sugerindo que seja autorizada. E para o interior do Estado, algum projeto? Com esse Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, nós estamos também estudando a possibilidade de fazer uma PPP de esgotamento sanitário no interior. Não há definição ainda, mas nós temos um plano estratégico de levar todo o Estado de Pernambuco. Falamos de levar a RMR a 90% de cobertura, mas se for olhar o Estado inteiro, temos 21%. A gente tem um planejamento de levar desses 21% para 75% no Estado inteiro. Temos metas ousadas para o interior do Estado e pensamos que esse PPI pode ser uma oportunidade da gente viabilizar isso. No entanto, não podemos aceitar que o Governo Federal faça um programa de estímulo à participação da iniciativa privada e corte os recursos orçamentários para saneamento. Entendemos que eu não posso ter as mesmas condições que um Estado do Sudeste, que é muito mais rico, tem muito menos problema de seca. Nós defendemos que haja estímulo à participação do capital privado, mas continue havendo desembolso dos recursos do orçamento da União dos impostos, que todos nós pagamos, para que sejam também incrementados e reforçados a nossa modelagem, considerando também o orçamento da União. Há algum desenho de como seria essa parceria para o interior? A gente tem uma ideia. Esse desenho será feito na modelagem, pois vai estudar onde é que tenho mais rentabilidade. O que a gente não vai fazer é colocar só o que for rentável numa PPP, porque depois não teremos quem faça o que não é rentável. Nossa ideia é fazer semelhante o que fizemos na RMR. A gente misturar sistemas superavitários com sistemas deficitários. No interior não sabemos se será uma PPP única para o interior todo ou uma PPP

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Confira as cidades mais endividadas de PE

Enquanto São Paulo é a cidade brasileira mais endividada do Brasil, o Recife é a cidade que lidera esse ranking em Pernambuco, de acordo com o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, publicado pelo Tesouro Nacional. O estudo mapeou 146 municípios brasileiros com mais de 200 mil pessoas, catalogando as contas de mais cinco cidades pernambucanas. O índice de endividamento é a relação entre a dívida consolidada e a receita corrente líquida do município. O indicador da capital pernambucana é de 29%. Apesar de ser o maior estadual, é um indicador muito inferior aos 204,3% de endividamento de São Paulo e dos 87,73% do Rio de Janeiro. Considerando apenas os pernambucanos, após o Recife, os municípios de Paulista (24%), Olinda (23%) e Caruaru (22%), são os mais endividados. Endividamento (dívida consolidada/receita líquida): Recife – 29% Paulista – 24% Olinda – 23% Caruaru – 22% Petrolina – 17% Jaboatão dos Guararapes – 10% Fonte: Tesouro Nacional / Elaboração Algomais   Outro indicador relevante, levantado pelo Tesouro Nacional, é a autonomia financeira. Esse indicador mede o percentual da arrecadação própria do município em relação as receitas totais. Quanto menor esse percentual, sinaliza uma menor dependência dos repasses do Governo do Estado e do Governo Federal, além da capacidade de potencializar a arrecadação tributária local. O Recife é a cidade pernambucana, entre as analisadas, com maior autonomia, com o índice de 48% de arrecadação própria em relação ao total de receitas. Nessa lista, em segundo lugar aparece Olinda, com 36%. A cidade com menor autonomia é Paulista, com 29%. Autonomia própria (arrecadação própria/receita total) Recife – 48% Olinda – 36% Jaboatão dos Guararapes – 32% Petrolina – 30% Caruaru – 30% Paulista – 29% Fonte: Tesouro Nacional / Elaboração Algomais (Por Rafael Dantas)

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