Arquivos Notícias - Página 91 De 679 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Lirinha

Lirinha: "Construir emoções e histórias por meio dos sons"

O artista fala do seu mais recente disco solo, uma criação experimental, dentro de uma estética onírica, que teve influência do slam, a competição de poesia falada da cultura hip hop. Também comenta como o trabalho com o Cordel do Fogo Encantado contribui para popularizar a poesia. (Foto: Thaís Taverna) A partir de um desejo de experimentação, de imaginar e inventar coisas novas, José Paes de Lira, o Lirinha, produziu MÊIKE RÁS FÂN, um disco em que esse experimentalismo é elaborado de forma intimista, numa atmosfera onírica que também nos remete ao cosmos. Não por acaso ele menciona Glauber Rocha, nesta entrevista concedida a Cláudia Santos por videoconferência, em São Paulo, onde reside. O cineasta baiano recorreu a uma “estética do sonho” para encontrar saídas para o surrealismo da realidade brasileira. Lirinha fez o mesmo para abrir as possibilidades da criação. Nessa empreitada, o músico, escritor, cantor e compositor de Arcoverde se encantou pela voz e pelos sons. Um encantamento que o levou à ideia de conceber o novo trabalho a partir de uma fictícia rádio cósmica que recebe o já reportado nome de MÊIKE RÁS FÂN. Talvez nem tão fictícia assim já que, no segundo semestre, Lirinha planeja lançar um podcast. Nesta entrevista, ele fala das concepções desse novo disco, da experiência de usar uma ferramenta de inteligência artificial numa das faixas e de como seu trabalho com o Cordel do Fogo Encantado tem descartado a concepção de que brasileiro não gosta de literatura. Isto porque em seus shows uma multidão costuma declamar com ele poemas de Zé da Luz ou João Cabral de Melo Neto. Quando a gente ouve seu novo disco, a impressão que temos é de uma atmosfera cósmica, um tanto onírica. De onde vem essa inspiração? Esse disco nasce de um desejo de experimentação com essa atmosfera da invenção, desde o próprio título do disco que são palavras que não existem: MÊIKE RÁS FÂN, um nome inventado para uma também fictícia rádio cósmica, interplanetária. A ideia da rádio é para construir emoções e histórias por meio dos sons, do áudio. E esse é um poder que a rádio tem. Então o disco segue dessa forma, quase todas as canções indicam essa ligação com a imaginação, com o sonho, talvez com a influência da estética do sonho que é algo que eu conheci por meio de Glauber Rocha. Mas o próprio Glauber Rocha já cita outras influências para esse conceito da estética dos sonhos. Há uma música do disco que diz que “tem palavras pra inventar” que é a música Oyê e é isso que conduz, vamos assim dizer, a narrativa do disco: o sonho, a imaginação, o entendimento dessa metáfora do universo como uma realidade aberta que ainda está sendo criada, desenvolvida. Outra coisa que chama atenção no disco é que assim como outros trabalhos que você fez, você declama muita poesia. Só que antes você recitava e depois cantava. Desta vez a fala permeia a música, você quase não canta. O material de divulgação do disco, afirma que você está investigando o som, a voz. Isso está relacionado com esse processo? Tem a ver com esse processo, tem a ver com isso da primeira pergunta que eu te disse sobre a rádio. A ideia da rádio é exatamente essa experimentação que eu trago de um determinado estudo desses últimos anos da rádio arte, que é muito ligado à voz, ao grão da voz, ao corpo da voz. Também tive inspiração nos movimentos de declamação, de récita, aqui na periferia de São Paulo, através do slam, do gênero que hoje está muito forte dentro do universo do hip hop. As experiências do rap com as vozes é algo que também me interessa porque eu comecei como declamador, a minha primeira função artística, meu primeiro envolvimento com a música foi com a poesia falada dita em voz alta. Como dizia João Cabral de Melo Neto: “poesia para a voz alta”, dita, declamada. Comecei a desenvolver o meu trabalho com música, mas a canção era uma coisa, a poesia era outra, entendia como movimentos separados. Esse disco é o momento que eu tento fazer com que essas duas coisas se fundam e que a minha interpretação passe a ser entre essas duas expressões: música e poesia. Considero que é o meu trabalho em que eu mais consegui unir esses dois elementos. São construções harmônicas, em alguns casos complexos, com muitos instrumentistas, mas a interpretação é mais ligada à fala. A gente pode definir como um canto falado — que é um exercício de outros artistas também — e que eu acho que, de alguma forma, com esse disco, contribuo com essa discografia do canto falado. Você usou um recurso de inteligência artificial numa das faixas. Como foi essa experiência? Foi na música Antes de Você Dormir. Ela fala desse momento que precede o sono, o mergulho no adormecer. Eu já tinha pensado algumas coisas sobre isso, que nesse momento nós experimentamos algumas coisas sobre-humanas, vamos dizer assim, temos a capacidade de teletransporte, temos o poder de modificar nossa massa física, tudo através do sonho. Essa ferramenta é bem comum hoje, é um programa que transforma texto em fala, a gente escreve um texto e uma voz traduz esse texto, fala. Mas o que há de interessante para mim é que esse corpo não existe, essa voz ganha uma materialidade, mas ela é feita por inteligência artificial. Porém, ela ganha expressividade também, faz uma entonação de declamação. Eu deixei a voz um pouco confusa propositalmente, pois meu interesse não era que entendessem, mas era a sua textura mesmo. É uma voz em inglês falando sobre um momento de lançamento de um foguete, que está prestes a alçar voo. Achei muito curioso que existia essa ferramenta e trouxe para o disco mais uma textura de voz. Existem várias texturas no disco, várias participações e de várias formas. Tem uma música chamada Bebe, que Nash Laila, que é uma atriz, gravou num rádio intercomunicador mesmo, não é um plugin

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FOGAO DO CEU

Festival Brasil Sabor entra na reta final

Os últimos dias do Brasil Sabor estão chegando, o maior festival gastronômico do Brasil, promovido pela Abrasel, com a participação de mais de 80 estabelecimentos em Pernambuco. Até este domingo, 04 de maio, os visitantes podem desfrutar de pratos exclusivos, preços promocionais e sabores regionais autênticos. Com o tema "Cores e Sabores de Pernambuco", o festival abrange diversas cidades, como Recife, Olinda, Paulista, Ipojuca - Porto de Galinhas, Tamandaré, Caruaru, Garanhuns e Pesqueira. Os menus e locais participantes estão disponíveis no site do evento. Este ano, o Brasil Sabor oferece a opção de degustar os pratos nos restaurantes ou através de delivery ou take away. Os bares e restaurantes selecionados podem ser conferidos aqui https://www.brasilsabor.com.br/restaurantes-participantes/pernambuco/ “Além de colocar a gastronomia pernambucana como a grande estrela do evento, O Brasil Sabor promove o incremento da lucratividade do setor.  É um grande potencial de geração de empregos e negócios para os envolvidos, sem falar que o público também ganha com diversão, sabor e preços acessíveis”, diz Tony Sousa, presidente da Abrasel em Pernambuco. A expectativa de movimentação econômica dos 18 dias do evento é de mais de R$ 6 milhões.

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Dani Portela

Dani Portela propõe emenda para distribuir absorventes a pessoas trans e intersexo

A deputada estadual Dani Portela (PSOL) protocolou uma emenda ao Projeto de Lei 740/ 2023, de autoria do poder executivo, modificando a redação do artigo 1º, a fim de estender o Programa de Distribuição Gratuita de Absorventes Higiênicos a todas as pessoas que menstruam. O PL anterior previa a distribuição do produto apenas a mulheres cisgênero. De acordo com a deputada, é importante destacar que na nossa sociedade há inúmeras pessoas intersexo e transexuais que transitam nos locais que serão contemplados pela distribuição gratuita de absorventes, não devendo, assim, ser excluídas na iniciativa do Poder Executivo. "A nossa emenda vem para qualificar ainda mais o Programa de Distribuição Gratuita de Absorventes Higiênicos para que todos e todas possam ser incluídos no combate à pobreza menstrual. É uma questão de garantia de dignidade", afirmou.

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Algomais 219 maio

A saga da volta de Suape à ferrovia Transnordestina

*Por Rafael Dantas O trem da história que parecia levar a Transnordestina para distante de Suape começa a sinalizar uma mudança de destino. Atualmente, apenas o trecho de Eliseu Martins (no Piauí) até Pecém (no Ceará) ainda está assegurado no empreendimento. No entanto, o ministro dos Transportes Renan Filho fez durante sua passagem no Recife as declarações mais contundentes sobre a decisão política de manter a linha Salgueiro-Suape no projeto. Do pronunciamento para a assinatura dos contratos e a realização das obras há ainda um percurso sinuoso a ser atravessado, mas agora com uma expectativa mais positiva para Pernambuco de enxergar o final desse túnel de incertezas do modal ferroviário. As declarações de Renan Filho causaram otimismo entre os pernambucanos, com grandes manchetes. Porém, a mesma decisão já havia sido informada em uma visita aos senadores pernambucanos há um mês. A ênfase do posicionamento do Governo Federal e os caminhos indicados pelo ministro indicam que alguns passos foram dados nessas semanas. No dia 12 de abril, o ministério havia informado à Algomais que pretendia fazer um estudo de alternativas de ações para a retomada do trecho pernambucano. Inicialmente, isso seria feito pelo próprio ministério e suas vinculadas, como a Infra SA. Os caminhos apresentados por Renan Filho sinalizam as alternativas. “O presidente Lula, diferentemente da decisão anterior, não vai permitir que Pernambuco fique de fora. Vamos buscar outras alternativas para atrair outros investidores privados, ou mesmo se não tiver essa alternativa, o Governo vai tocar o trecho de Pernambuco com recursos públicos federais, para que a gente tenha a condição de integrar o Nordeste como todo”, informou o ministro em entrevista para uma TV local. “(O trecho) de Salgueiro até o Porto de Suape pode ser feito por recursos privados, se houver interessados, tem até uma autorização que pode ser viabilizada, ou ser feito concomitantemente com recursos públicos. Não vai esperar o outro trecho ficar pronto. O governo pode iniciar, inclusive já. Precisa ser feita uma tratativa, porque o projeto é da concessionária. A gente precisaria discutir todas essas questões, mas isso já está em discussão”. São três caminhos mapeados. Um novo investidor privado para o trecho pernambucano da concessão à Transnordestina, a execução pelo próprio poder público da linha Salgueiro-Suape ou a viabilização de uma autorização ferroviária do porto pernambucano até o entroncamento de Salgueiro. A Bemisa conquistou no ano passado uma autorização para construir a ferrovia de Suape até Curral Novo (Piauí). As indicações da discussão em andamento, no entanto, indica uma autorização apenas até Salgueiro, evitando assim duas ferrovias seguindo em paralelo desse município até o Piauí. A volta da concessão à TLSA, como era antes do aditivo assinado em dezembro que retirou o trecho pernambucano, não está descartada, mas é uma alternativa que foi muito criticada durante a primeira audiência pública realizada na Alepe sobre o empreendimento. Resolvido esse passo inicial, de decisão sob qual modelo será construído a linha pernambucana, o seguinte é a viabilização do financiamento das obras em Pernambuco. Mesmo no Ceará, que tem a TLSA como concessionária, os recursos totais para conclusão das obras ainda estão em discussão. Para o trecho cearense, a CSN, grupo que controla a TLSA, estimou necessidade de R$ 7,9 bilhões para finalizar a obra. Em Pernambuco, a conclusão dos 206 quilômetros demanda um investimento previsto de R$ 5 bilhões, segundo declarações do ministro Renan Filho. Nesta semana, o presidente do BNB (Banco do Nordeste do Brasil), Paulo Câmara, informou que a instituição pode ser um dos caminhos para viabilizar o financiamento das obras. “A gente sabe da importância da Transnordestina para Pernambuco, Ceará e Piauí e queremos participar do empreendimento nestes três Estados porque sabemos da importância dele para o desenvolvimento da região”, afirmou o presidente em um encontro promovido pelo Ciepe (Centro das Indústrias de Pernambuco). Ele indicou que no momento em que o investidor privado, a exemplo da Bemisa, iniciar a construção, o BNB vai ajudar. O montante necessário para cobrir os dois ramais, no entanto, exige mais fontes de financiamento. A CSN fala em buscar financiamento de R$ 3,5 bilhões do FNDE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), mais R$ 800 milhões do BNB, que já estariam aprovados, mas não liberados. A própria CSN entraria com R$ 3 bilhões e o restante seria buscado junto ao BNDES. Mesmo entre os cearenses há dúvidas sobre a engenharia financeira para concluir a Transnordestina, como explicou o deputado José Airton Félix Cirilo (PT-CE), durante reunião da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, realizada neste mês. “Infelizmente esse processo vem sofrendo muita descontinuidade, algumas por falta de recursos. Outras, ao meu ver, em função da própria empresa, porque ela não iniciou as obras do começo, que era em Eliseu Martins. Começou do meio, para não chegar no início nem no final. Uma coisa meio complicada. Não sei qual foi a estratégia da empresa. Essa obra vem perpassando quatro governos e não conseguiu sua conclusão, nem na parte do Piauí, nem na parte do Ceará, muito menos em Pernambuco.” Apesar do anúncio do Governo Federal de retomada do trecho pernambucano do empreendimento, o economista e professor do Unit-PE, Werson Kaval, acredita que o percurso ainda é longo. “Existe horizonte, mas a negociação não deve ter prazo tão curto. Acredito que seja de um a dois anos para a negociação sair”. Entre as alternativas postas à mesa, ele avalia que um consórcio público seria o melhor caminho. “A esfera pública é a maior fornecedora de infraestrutura para que o Estado cresça. A Transnordestina é um projeto de desenvolvimento regional, a definição por um consórcio público seria a melhor saída”. Werson avalia que o consórcio pode ser realizado em parceria com uma empresa privada ou mesmo entre entes públicos. “Se a gente pensar, quanto mais instituições, pessoas, Estados e esferas envolvidos, maiores as dificuldades. Entendo que do ponto de vista público, se pudesse ser feito pelo Governo Federal em parceria com Governo Estado seria a melhor saída”. MOBILIZAÇÃO PELOS PRÓXIMOS PASSOS O deputado federal Pedro Campos, vice-presidente da Frente Parlamentar

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Raquel Lyra Pedra Reino

Raquel Lyra participa da Cavalgada à Pedra do Reino, em São José do Belmonte

A Cavalgada à Pedra do Reino, um dos principais eventos culturais do Sertão pernambucano, contou com a presença da governadora Raquel Lyra no último domingo (28), na cidade de São José do Belmonte. Em sua 29ª edição, o evento, que serviu de inspiração para o Movimento Armorial criado por Ariano Suassuna, teve como tema "De Pedra Bonita ao Reino Encantado" e prestou homenagem ao compositor, sanfoneiro e cantor Paulo Batula. Esta foi a primeira vez que um chefe do Executivo estadual participou do evento. Para marcar a ocasião, a governadora recebeu das mãos de Ieda Araújo, membro da Associação Cultural Pedra do Reino responsável pela organização da festa, um manto que simboliza a importância da celebração. "Viemos ao Sítio da Pedra do Reino para vivenciar o que temos de mais rico, que é a nossa cultura popular. Quero parabenizar a todos que fazem essa linda festa, que está arraigada no coração do povo do Sertão pernambucano. No nosso governo iremos ajudar a trazer mais estrutura para que as pessoas possam viver melhor no município de São José do Belmonte e vivenciar momentos como esse da melhor maneira", afirmou a governadora Raquel Lyra. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), ofereceu apoio financeiro ao evento de R$ 170 mil. O evento contou com a participação do deputado federal Carlos Veras, juntamente com os deputados estaduais Luciano Duque e João Paulo Costa. Além deles, estiveram presentes a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, o vice-prefeito de Salgueiro, Edilton Carvalho, e diversas lideranças políticas locais.

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sala de aula

Pesquisa mostra por que brasileiros deixam escola

(Da Agência Brasil) Quando deixou Araioses, no Maranhão, de ônibus e percorreu mais de 2 mil quilômetros até Brasília, em 2017, Maria de Fátima Santos, então com 18 anos de idade, sonhava engatar em uma profissão no comércio e voltar aos estudos. Aos 15 anos, Maria de Fátima tinha abandonado a escola, no quinto ano fundamental, para ajudar em casa. Ela trabalhava no interior maranhense como diarista. Os livros não tinham espaço, nem eram prioridade na rotina da jovem. Hoje, em Brasília, a escola é só um sonho distante. Atualmente, perto dos 25 anos de idade, ela vive da coleta de objetos no lixo de condomínios para conseguir algum recurso, pagar o aluguel e mandar ao menos R$ 50 para a mãe, que ficou em Araioses. Da escola, Maria de Fátima diz que sente falta das aulas de matemática. “Eu gostava e iria me ajudar na minha vida hoje.” Deixar a escola em plena juventude não é raro no Brasil, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Depois dos 16 anos, apenas 15% estão em salas de aula. ”Os dados são fortes. Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. Das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para interrupção dos estudos.  “Um número muito alto de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola que, muitas vezes, não tem elementos de atratividade para os jovens e certamente esses números se agravaram durante a pandemia”, afirmou Lucchesi. O levantamento mostrou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam. Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixar de estudar é a gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%. Preparo O levantamento revela também que a maioria dos jovens acima dos 16 anos de idade considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho. O levantamento foi realizado com uma amostra de 2.007 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram feitas entre 8 e 12 de dezembro do ano passado. Entre as pessoas que responderam a pesquisa, 23% disseram que a alfabetização deveria ser prioridade para o governo, seguida pela instituição de creches (16%) e pela ênfase no ensino médio (15%). A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% quando se fala de educação privada. Entre os fatores para aumentar a qualidade, os mais citados são o aumento do salário dos professores, mais capacitação deles e melhores condições das escolas. Avaliação Pelo menos 23% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram a educação pública como ruim ou péssima e só 30% a consideraram ótima ou boa. A educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Para Rafael, Lucchesi, a pesquisa traz uma dura reflexão sobre a necessidade de aumentar a qualidade da educação e também a atratividade da escola e, “como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade”.

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racismo maos

Racismo dentro e fora de campo: o que são e como prevenir atos de discriminação racial?

Episódio vivido pelo jogador Vinicius Jr. durante partida de futebol reacende a discussão sobre o tema. Coordenador do curso de Direito da Wyden comenta pena e medidas de combate ao racismo No dia 21, durante uma partida contra o Valencia pelo Campeonato Espanhol, Vinicius Jr., atacante do Real Madrid e da seleção brasileira, foi vítima de atos racistas. Esse incidente ganhou destaque nos noticiários ao redor do mundo, trazendo à tona a necessidade de discussão e adoção de medidas efetivas contra o racismo. Infelizmente, essa não foi a primeira vez que o jogador enfrentou tal situação, havendo pelo menos dez registros de ofensas raciais sofridas por ele em jogos anteriores. Esses episódios, somados a casos semelhantes envolvendo outros jogadores nos clubes espanhóis, reforçam a triste imagem de que a Espanha ainda enfrenta desafios em relação à tolerância ao racismo. No Brasil, a lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, estabelece de forma clara os crimes decorrentes de preconceito racial ou étnico. Especificamente em seu artigo 1º, a lei determina que "serão punidos, de acordo com esta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem nacional." Essa legislação foi atualizada em 1997 pela Lei nº 9.459, de 15/05/97. Apesar de serem considerados inafiançáveis e imprescritíveis conforme a Constituição Federal, os crimes de racismo continuam ocorrendo diariamente em todo o país, em estádios, escolas, ruas, empresas, unidades de saúde e qualquer outro ambiente. De acordo com o professor e coordenador do curso de Direito da Wyden, Luís Henrique Bortolai, os crimes de racismo sempre estiveram presentes em nossa sociedade. “Desde a época da escravidão, e após esse período, sempre houve e, infelizmente, por um tempo ainda teremos o racismo em nossas vidas, com pré-conceitos de raça, crenças, etnias e demais direitos violados, e a indiferença sendo apresentada, seja em jogos de futebol, espetáculos ou mesmo no nosso cotidiano”, comenta o professor. Dados sobre o racismo no Brasil De acordo com o IBGE, 56% da população brasileira é negra. Uma pesquisa publicada no 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que pessoas negras ainda são a maioria das vítimas de crimes violentos. Dados sobre mortes violentas intencionais (homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, por exemplo) evidenciam percentuais alarmantes: 78% dos crimes foram sofridos por negros e 21% por brancos. E dados sobre a população carcerária brasileira também reforçam que a violência está diretamente ligada a questões raciais: 67,5% dos presos no país são negros, ao passo que 29% são brancos. Mesmo com esses dados evidentes sobre o racismo no país, parte da população ainda afirma que o racismo não existe. Uma pesquisa realizada em 2020 pelo PoderData mostrou que 81% dos brasileiros dizem haver preconceito contra negros no Brasil por causa da cor da pele, enquanto 13% da população afirma que o racismo não existe no país. Outros 6% não souberam responder. Para combater o racismo, o caminho é um só: o trabalho de conscientização por meio da educação, desde o ensino básico, até nas faculdades em todos os cursos de todas as áreas. "Conhecer nossos direitos, mas especialmente nossos deveres, também é extremamente importante, diria até essencial, para uma boa convivência em sociedade. Entender e compreender as diversas visões de mundo, respeitando-as, é fundamental", complementa Bortolai. Como denunciar casos de racismo? Casos de racismo e de injúria racial podem ser denunciados em delegacias por meio de abertura de um boletim de ocorrência, pela internet no através do site da Secretaria da Justiça e Cidadania (https://www.ouvidoria.sp.gov.br/Portal/) e pelo telefone (Disque 100 ou Disque 190, se for um flagrante).

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Livraria do Jardim tem programação especial no Dia do Orgulho Nerd

A Livraria do Jardim, localizada no bairro da Boa Vista, promoverá o Dia do Orgulho Nerd no próximo sábado, 27 de maio. O evento contará com mais de 10 atrações e terá como foco reunir os fãs da cultura POP e Geek. Dentre as atividades planejadas, destacam-se cinco painéis com convidados especiais, abordando temas como Star Wars, adaptações Marvel/DC, Duna, Jogos Vorazes, quadrinhos, séries e a influência da cultura POP na sociedade. A participação é gratuita, porém é necessário realizar uma inscrição prévia por meio do link do Sympla para garantir presença. Durante o Dia do Orgulho Nerd na Livraria do Jardim, os participantes poderão desfrutar de uma programação diversificada, que engloba uma série de atrações voltadas para os entusiastas do universo nerd. Além dos painéis com convidados especiais, serão oferecidas mais de 10 atividades durante o evento, como o Potterando, que trará a magia do universo de Harry Potter, o Nerdpoesia, que combinará a arte da poesia com artigos nerds, e a presença de autores, ilustradores e quadrinistas renomados. É uma oportunidade para os apaixonados pela cultura pop e geek. A participação no Dia do Orgulho Nerd na Livraria do Jardim é gratuita, porém, para garantir sua presença no evento, é necessário realizar a inscrição prévia por meio do link disponibilizado no Sympla. Os interessados devem se inscrever o quanto antes, pois as vagas são limitadas. A iniciativa busca proporcionar um dia de diversão e interação entre os fãs da cultura nerd, promovendo um ambiente propício para a troca de conhecimento e experiências. Serviço: Data: 27 de maio de 2023  Horário: 10h Local: Livraria do Jardim, bairro da Boa Vista, Recife  Evento: Dia do Orgulho Nerd  Entrada: Gratuita  Inscrição: https://www.sympla.com.br/dia-do-orgulho-nerd__1987287

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Encãotro acontece neste sábado na Imbiribeira

Evento acontecerá no próximo sábado (27) a partir das 10h no Estacionamento do Home Center Ferreira Costa Em parceria com o Abrigo do Sr. Alberto, irá acontecer o Encãotro no estacionamento do Home Center Ferreira Costa, localizado na Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2967 - Imbiribeira, Recife – PE, no dia 27/05 a partir das 10h. Para quem pretende frequentar o local, além de cães, encontrarão também gatos, todos vermifugados e castrados. Os interessados em adotar um animal de estimação devem ser maiores de 18 anos e têm de apresentar documento de identificação e comprovante de residência. O evento servirá ainda como ponto de coleta de doações para o abrigo, tanto de materiais de higiene e limpeza, quanto de ração e demais itens para os pets. O Abrigo Seu Alberto existe desde 2004 e, atualmente, assiste uma média de 90 cães, todos resgatados em situação de vulnerabilidade. Mais informações sobre o abrigo, como ajudar e/ou realizar uma adoção responsável, através do Instagram @abrigodeseualberto.

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raquel japao

Raquel Lyra recebe embaixador do Japão e discute projetos de cooperação

(Com informações do Governo de Pernambuco | Foto: Janaína Pepeu-Secom ) A governadora Raquel Lyra recebeu o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, para discutir possíveis cooperações entre Pernambuco e o país asiático. O encontro, realizado no Palácio do Campo das Princesas, abordou ações de prevenção de desastres, especialmente relacionados a enchentes e deslizamentos de barreiras. Raquel Lyra destacou a importância da comunidade japonesa em Pernambuco, composta por mais de 30 mil pessoas, que desempenham um papel significativo na cultura, indústria e agropecuária do estado. A governadora ressaltou o interesse em aprender com o Japão e manifestou a disposição de estabelecer parcerias com o país e suas entidades. Visando solucionar os deslizamentos de barreiras que ocorrem em Pernambuco durante períodos chuvosos, o governo estadual já está em contato com a Japan International Cooperation Agency (JICA), uma instituição japonesa que apoia o desenvolvimento socioeconômico de países em desenvolvimento. O objetivo é elaborar projetos de construção de barragens para contenção de detritos e barreiras em áreas de risco em todo o estado. Em sua visita ao Nordeste, Teiji Hayashi também participará da abertura da Bunkyo Rural, em Petrolina, na próxima sexta-feira. O evento, promovido pela Bunkyo, uma comissão da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, tem como objetivo facilitar o intercâmbio de conhecimento entre produtores, profissionais e pesquisadores. O assessor especial Guilherme Coelho representará o governo estadual no compromisso. Atualmente, a comunidade japonesa em Pernambuco está concentrada principalmente na produção de frutas e hortaliças no Vale do São Francisco. Além disso, empresas japonesas estão presentes nos setores automotivo, como a indústria Yazaki em Bonito, e de hemoderivados, além da participação da multinacional japonesa Mitsui no quadro societário da Copergás. Nos primeiros meses de sua gestão, a governadora Raquel Lyra recebeu representantes das sete maiores economias do mundo para discutir cooperações técnicas e atração de investimentos para Pernambuco. Energias renováveis, tecnologia e urbanismo social, com foco no hidrogênio verde, foram temas abordados durante essas reuniões. A reunião contou com a presença de autoridades estaduais, como o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca, Aloísio Ferraz, o secretário-chefe da Assessoria Especial, Fernando Holanda, os cônsules-gerais Hiroaki Sano e Masami Ohno, e o deputado federal Túlio Gadelha.

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