Obesidade na gestação traz inúmeros riscos para a saúde da mãe e do bebê
Obstetra Natascha Fox diz que a prevenção deve começar antes da gestação A obesidade e o sobrepeso são problemas de saúde pública, sendo considerados uma “pandemia" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, dados do Ministério da Saúde e outras fontes atestam que a prevalência da obesidade entre adultos, no país, mais que dobrou, passando de 11,9% em 2006 para 22,4% em 2021. No mesmo período, a taxa de sobrepeso subiu de 37,3% para 58,8%. “São números alarmantes que afetam especialmente mulheres em idade reprodutiva, com a gestação entre os fatores de risco”, alerta a ginecologista e obstetra do Grupo MaterCore, Natascha Fox. Considerada uma doença crônica e multifatorial, a obesidade não tem cura definitiva. Por isso, o controle de peso antes e durante a gestação é essencial, trazendo efeitos benéficos na própria gravidez e na saúde do bebê. Os riscos da obesidade gestacional são diversos. Dentre eles, está o aumento de complicações antenatais, intraparto, pós-parto e neonatais. “Esses problemas elevam as chances de doenças como diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclâmpsia, além dos riscos de indução do trabalho de parto, cesarianas, hemorragia puerperal e crescimento intrauterino restrito”, explica Natascha. A obesidade materna também pode gerar recém-nascidos grandes ou pequenos demais para a idade gestacional. A criança também pode ter complicações como dislipidemia, hipoglicemia neonatal, trauma fetal, defeitos do tubo neural, sofrimento fetal, prematuridade e até risco aumentado de aspiração de mecônio. “Sem falar que a taxa de malformações fetais é maior em mulheres obesas”, comenta a obstetra. PREVENÇÃO - Segundo a médica, para prevenir a obesidade é indispensável cuidar da alimentação antes da gestação. A tentante deve manter hábitos alimentares saudáveis, seguindo ingestão calórica apropriada e praticar atividades físicas. “Para controlar o peso durante a gestação, é importante ter um plano alimentar saudável, seguindo as instruções do obstetra e do nutricionista”, orienta. Para Natascha, a gestante deve monitorar o ganho de peso por meio de intervenções nutricionais e orientação individualizada. Assim, aumentam as chances de um resultado mais favorável e se reduz a morbidade materna e fetal. Quanto à fase de puerpério e amamentação, os cuidados são basicamente os mesmos com uma alimentação rica em produtos in natura. “A paciente deve priorizar pratos à base de legumes, verduras, arroz, feijão e frutas, bem como alimentos ricos em cálcio, carnes, ovos e cereais”, recomenda. Serviço: Fala que Alimenta oferece formação gratuita para jovens do Recife sobre comunicação e alimentação saudável A Prefeitura do Recife, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Umane e a Angola Comunicação, está com inscrições abertas até 9 de novembro para o Fala que Alimenta. O projeto oferece formação gratuita para jovens de 18 a 29 anos interessados em aprender sobre comunicação, nutrição e alimentação saudável. A iniciativa disponibiliza 60 vagas, priorizando mulheres (cis e trans), pessoas negras, com deficiência, LGBTQIAPN+ e jovens em situação de vulnerabilidade. A formação acontece entre dezembro de 2025 e abril de 2026, com seis módulos presenciais e online. Os participantes terão acesso a temas como segurança alimentar, produção de conteúdo digital, inteligência artificial e comunicação comunitária, além de receber ajuda de custo para transporte, alimentação e recarga de celular. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário disponível em bit.ly/inscricoes_falaquealimenta até o dia 9 de novembro. A lista de selecionados será divulgada no dia 17 de novembro no Instagram do projeto (@falaquealimenta) e da Secretaria de Assistência Social do Recife (@sas.recife). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail contato.falaquealimenta@gmail.com ou pelo WhatsApp (81) 9201-3466. Que tipo de pão pode ser incluindo em uma vida saudável e equilibrada? Especialista explica como incluir o pão nas refeições e o que observar na hora da escolha Um dos alimentos mais amados pelos brasileiros, o pão é também um dos mais malcompreendidos quando o assunto é dieta ou adoção de hábitos mais saudáveis. Mas segundo a Doutora em Ciência dos Alimentos e coordenadora de qualidade/P&D da Ultra Pão Alimentos, Ana Caroline, o problema não está no pão em si, mas no tipo que se consome. Para a especialista, o pão pode fazer parte de uma alimentação equilibrada e estar presente em até duas refeições do dia, como no café da manhã e no lanche da tarde, desde que seja preparado com ingredientes naturais, tenha boa qualidade nutricional e seja consumido em porções adequadas. “O ideal é que o pão tenha farinha integral ou fermentação natural, e que o número de ingredientes seja reduzido. A ausência de conservantes e açúcares adicionados faz toda a diferença no impacto que ele tem na dieta”, explica. Ainda de acordo com a profissional, o segredo está em saber ler o rótulo e entender a diferença entre um pão ultraprocessado e um de fermentação natural. Pães saudáveis X pães vilões da dieta Pães ultraprocessados, com açúcar, gordura vegetal, conservantes e aditivos químicos, costumam ter baixo valor nutricional e alto índice glicêmico, o que causa picos de glicose e sensação de fome pouco tempo após o consumo. Além disso, são produtos que costumam depender de aditivos artificiais para manter textura e durabilidade, o que os torna menos interessantes para quem busca bem-estar e equilíbrio alimentar. Existem no mercado alternativas criadas justamente para transformar essa relação do consumidor com o pão. Produzidos com apenas cinco ingredientes naturais farinha, água, sal, massa madre e fermento natural , esses pães não contêm conservantes, nem gorduras e açúcar adicionados. O resultado é um produto artesanal que cabe em uma rotina equilibrada. De acordo com Ana Caroline, antes de colocar o pão no carrinho, vale observar: Seguindo esses critérios, é possível manter o pão dentro de uma alimentação saudável e balanceada. Ana Caroline é coordenadora de qualidade/P&D da Ultra Pão Alimentos - Leviassa
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