Arquivos alimentação - Página 2 de 4 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Alimentação balanceada é essencial para uma pele bonita e saudável

Manter uma pele bonita e saudável requer empenho e disciplina; engana-se quem acredita que basta aplicar cosméticos ou investir em procedimentos estéticos. “Para que a nossa pele tenha um aspecto saudável, com boa elasticidade, firme, hidratada, e sem rugas, alguns componentes são essenciais, como as fibras de colágeno e elastina. Mas, para que sejam formados, é necessário investir em uma boa alimentação”, afirma o Dr. Jardis Volpe, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De acordo com ele, a dieta de quem quer ter uma pele impecável deve conter bastante verduras e legumes, sem esquecer de dar atenção aos líquidos. “Esses nutrientes combatem o envelhecimento e renovam as células da epiderme. Alimentos ricos em vitaminas A, C e E têm ação antioxidante e antibactericida. Por isso, dê preferência a estes alimentos, ou ao menos utilize-os na preparação dos pratos.” Se existem alimentos benéficos, existem também os que devem ser eliminados da dieta ou consumidos com cuidado, como é o caso do açúcar, cujo consumo excessivo promove nas células um processo chamado de glicação, que está diretamente relacionado ao envelhecimento da pele. “Essa reação promove o surgimento de rugas, flacidez, linhas de expressão e favorece a perda de elasticidade e de tonicidade da pele”, alerta o Dr. Jardis. Outra dica importante é manter o intestino em bom funcionamento. Ele é o responsável por absorver todos os nutrientes que ingerimos, por isso devemos acrescentar à rotina de alimentação preparações que contenham fibras, como a aveia. Se o seu intestino não estiver funcionando bem, nenhum dos tratamentos que você fizer para a pele terá uma boa resposta. “Às vezes o paciente se queixa de acne e não imagina que a causa pode ser uma prisão de ventre”, diz o dermatologista. Por fim, o Dr. Jardis volpe lista 5 alimentos que contribuem para uma pele saudável e com boa aparência: Amora: Ajuda a produzir colágeno, indispensável para manter a pele macia e flexível. Também são ricas em antioxidantes, eficientes no combate ao envelhecimento. Aveia: Rica em vitamina B, a aveia auxilia na beleza da pele e tem poder de hidratação. Limão: Por ser uma ótima fonte de vitamina C, é capaz de proteger a pele dos radicais livres. Gengibre: Minimiza sinais de envelhecimento e ajuda a clarear e tonificar a pele. Cenoura: Revitaliza a pele do rosto e potencializa o bronzeado. Peixes: Graças aos seus ácidos graxos ômega-3, a sardinha, o atum e alguns outros tipos são fundamentais para manter os poros da pele claros e hidratados. Chocolate amargo: Por conter flavonoides, o doce pode conferir suavidade à pele e oferecer proteção solar extra. JARDIS VOLPE: Dermatologista; Diretor Clínico da Clínica Volpe (São Paulo). Formado pela Universidade de São Paulo (USP); Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; Membro da Sociedade Americana de Laser, da SBD e da Academia Americana de Dermatologia; Pós-graduação em Dermatocosmiatria pela FMABC; Atualização em Laser pela Harvard Medical School.

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Direito à alimentação saudável será tema do II Seminário de Alimentação Escolar de Garanhuns

O II Seminário de Alimentação Escolar irá discutir, na próxima terça-feira (22), o tema ‘Alimentação saudável na escola: um direito humano’. O evento, realizado pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE), com o apoio da Secretaria de Educação (Seduc), irá reunir conselheiros de educação, gestores de instituições municipais de ensino, merendeiros, representantes de cooperativas de agricultura familiar, estudantes universitários e da Rede Municipal de Garanhuns. O seminário será realizado no auditório da Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (Aesga), a partir das 9h. O encontro será iniciado com a palestra “Conhecendo o Conselho de Alimentação Escolar: importância e composição”, ministrada pela conselheira Erivânia Ferreira. A palestra “O Controle Social na gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae): experiências do Cae”, também será abordada durante a manhã. Os nutricionistas da Secretaria de Educação, Graziele Édila e Élisson Ruan Almeida, irão promover um momento de conversa sobre a “Importância das políticas de alimentação específica para as comunidades quilombolas, a educação infantil e educação de jovens e adultos”. Na parte da tarde, à partir das 13h, serão realizadas as palestras “Conhecendo o Conselho de Alimentação Escolar: importância e composição”, “Direitos Humanos, direito à alimentação adequada” e “Agricultura familiar: da roça à escola”. O evento será encerrado com a palestra “O papel do nutricionista: ampliando conceitos de nutrição de qualidade”, ministrada pela nutricionista Thaís Cordeiro Teles. CAE — O Conselho de Alimentação Escolar é um instrumento de controle social e tem como objetivo acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos à conta do Pnae; zelar pela qualidade dos produtos, em todos os níveis, desde o processo de licitação até a distribuição aos educandos, observando sempre as boas práticas higiênicas e sanitárias; receber e analisar as prestações de contas do Pnae, na forma desta lei, e remeter ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, com parecer conclusivo, as prestações de contas dos recursos recebidos à conta do Pnae. Em Garanhuns, o conselho vem atuando em maior intensidade desde 2017 e sua sede está localizada na Casa dos Conselhos, na rua Ernesto Dourado, 890, Heliópolis.

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Delícias para quem tem restrição alimentar

Quando a quarta filha de Teresa Miranda, Maria Júlia, nasceu com autismo, há 12 anos, a então professora de creche municipal procurou alternativas para aumentar a qualidade de vida da pequena. Entre suas procuras, Teresa se deparou com o livro Autismo – Esperança pela Nutrição, de Cláudia Marcelino. Exatamente nesse momento sua vida mudou. Ela passou a conhecer a chamada culinária inclusiva, que visa a integrar à sociedade pessoas com necessidades alimentares especiais. “É a culinária que coloca na mesma mesa, a maioria das restrições alimentares. Vai desde o diabético até a pessoa que é fit”, elucida a chef. Teresa resolveu apostar nesse caminho alternativo como novo estilo de vida. “Não tem comprovação científica, mas a culinária inclusiva é uma dieta que ajuda muito no desenvolvimento e como coadjuvante nas terapias do autista”, assegura. “A esperança do livro, não é a cura, mas a esperança de melhora”, explica. Segundo Teresa, a criança com autismo tem um nível maior de sensibilidade e o intestino mais facilmente irritável. A dieta inclusiva atenua essas irritações e torna o cotidiano do autista mais agradável. Depois de se aposentar do trabalho de professora, Teresa percebeu que suas receitas inclusivas começaram a fazer sucesso e não só entre aqueles que tinham restrições alimentares. No começo, Teresa preparava seus quitutes para as Super Mães, grupo de mães de autistas. “Comecei a receber ligações de pessoas dizendo: ‘Olha, meu filho é celíaco, faz um brownie. Minha filha é alérgica a ovo, faz sem ovo por favor”, relembra. Os pedidos foram um estímulo para estudar e se especializar na área. Dessa experiência surgiu a Dom Sabores, um petit café abrigado no espaço Casa das Asas, com o cardápio voltado à culinária inclusiva. “Na cozinha da Dom Sabores foram retirados os principais produtos alergênicos (que podem produzir algum tipo de reação alérgica), como: glúten, leite e derivados, ovo, açúcar, farinhas que tenham multi ou poli refinamento e produtos transgênicos, como a soja e o milho", explica. Apesar da ausência desses ingredientes, os quitutes são de dar água na boa. “Quando diziam que certo prato era sem glúten, sem leite, sem ovo, sem açúcar, o que é que vinha depois? O sem sabor!”, brinca a fundadora da Dom Sabores. “Além da inclusão, eu prezo acima de tudo pelo sabor, isso é um diferencial”, garante. O carro-chefe da casa são os brigadeiros, famosos pela mesma consistência e sabor dos tradicionais. Segundo Teresa, o "algo mais" do brigadeiro está na receita, que se atém à original substituindo os ingredientes por aqueles mais próximos dentro da proposta inclusiva. “O brigadeiro convencional é feito com leite condensado, manteiga e chocolate. Como eu não posso usar produtos lácteos, fiz um curso e aprendi a fazer um leite condensado com leite de amêndoas, de castanhas e de arroz integral. Faço a condensação, a manteiga substituí por um pouco de óleo de girassol e o chocolate transformei em cacau”, explica. A casa fornece uma grande variedade de opções de lanches, como: biscoitos de polvilho, pizzas, beijinhos, tortas, brioches, coxinhas (vegana e de frango), pães de queijo, bolos de bacia, tortinhas (vegana e de frango), brownie, todos feitos com ingredientes da culinária inclusiva. Apesar de manter um cardápio fixo, o café adapta a sua produção à demanda dos clientes. “Existem aqueles que pedem coisas específicas, próprias para as suas necessidades, e fazemos a adaptação. Então nosso menu é inclusivo ao mesmo tempo que é adaptativo”, esclarece Amanda Miranda, filha mais velha de Teresa e assistente de cozinha da mãe, nas horas vagas. Hoje, Teresa faz parte do Coletivo de Cozinhas Inclusivas do Brasil e também fornece para escolas que têm crianças alérgicas ou veganas que fazem lanche coletivo. A Dom Sabores atende encomenda para festas infantis, aniversários, formaturas e qualquer outra celebração, além de fazer entrega delivery. O público de Dom Sabores é formado, majoritariamente, por mães que ainda amamentam, ou cujos filhos têm APLV (alergia a proteína do leite de vaca) e pessoas com estilo fit. A localização dentro da Casa das Asas foi um casamento perfeito, já que é um espaço voltado para as crianças brincarem. “A ideia era ter um café para que as pessoas que não conhecem a culinária inclusiva pudessem conhecê-la”, pontua a proprietária do local. “Mas não só isso, as pessoas podem trazer o filho pra brincar e não precisar trazer o lanche. Ou ainda tomar um café e um petisco, enquanto a criança brinca. Como aqui tem wifi, os pais podem trabalhar enquanto comem e os filhos se divertem”. O diferencial do café está em não se especializar no menu de almoço. “Feijão, arroz integral, espaguete de abobrinha ou sem glúten, as famílias já cozinham em casa no dia a dia. Mas e o lanche?”, questiona a cozinheira. “Não tem nada mais triste do que você ir pra uma festa e ver o seu filho voltando pra mesa pra comer a marmita dele sozinho. Eu procurei trazer sabor para quem tem essa alimentação restritiva”, destaca. “Minha comida não é fit, minha comida é inclusiva. Ela tem menos caloria? Ótimo! Ela ajuda na dieta? Ótimo. Mas o meu propósito é ver as crianças com restrições alimentares lanchando igual a todas as outras”. Serviço Casa das Asas, Rua Dom Sebastião Leme, 81. Bairro das Graças. Encomendas por Whatsapp: (81) 99458.7499. *Por Yuri Euzébio

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Conheça os riscos das dietas da moda

Quem já não disse “estou fazendo dieta” pelo menos uma vez na vida? Infelizmente, muitas destas dietas utilizadas pela população, em geral, e divulgadas nas redes sociais, não refletem o verdadeiro sentido desta palavra. “Dieta” tem origem no latim diaeta, que vem do grego “díaita”, que significa modo de vida. Em outras palavras, fazer dieta significa mudar o estilo de vida em relação aos alimentos consumidos. Um estudo publicado recentemente na Revista de Nutrição (Braga et al, 2019), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, identificaram déficits significativos de nutrientes nas dietas da moda publicadas em sites e blogs. Nestas, estavam inclusas as famosas low-carb, jejum intermitente e dieta sem glúten. De acordo com a gestora de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira, Ana Ferrer Soares, a busca incessante pelos protótipos de corpo ideal desvirtua o conceito do que se considera um corpo saudável, desconsiderando a saúde do indivíduo e fazendo das dietas da moda verdadeiros milagres que induzem a ilusões de emagrecimento rápido e sem sacrifício. “Uma dieta equilibrada necessita de harmonia entre macronutrientes que são os carboidratos, proteínas e gorduras, e os micronutrientes que são as vitaminas e minerais, fibras alimentares e compostos bioativos”, explica. Pessoas que fazem dieta low-carb geralmente excedem na quantidade de proteína, podendo provocar lesões renais, e na quantidade de gorduras saturadas que podem desencadear doenças cardiovasculares. Já no jejum intermitente, passam por períodos de jejum que não condizem com o objetivo a ser atingido. Quando fazem dieta sem glúten, escolhem alimentos industrializados ao invés de aderirem à dieta baseada em alimentos naturais. “Estes três tipos de dietas são e devem ser usadas, porém no momento certo e com a prescrição de um Nutricionista. A utilização errada de tais dietas provoca o inevitável efeito sanfona, comumente observado em quem “vive” de dieta, e assim a obesidade torna-se mais difícil de ser controlada”, comenta. Por falar em obesidade, essa doença ainda atinge a maioria da população brasileira, sendo reconhecida como uma doença inflamatória crônica de baixo grau. Ela desencadeia uma série de respostas inflamatórias que cursam com o aparecimento de doenças crônicas como Diabetes, Doenças Cardiovasculares e Síndrome Metabólica. Por isso, são recomendados compostos bioativos que atuam reduzindo esta resposta inflamatória e assim auxiliam no processo de emagrecimento e na prevenção de muitas doenças. Entre os compostos mais frequentes estão o resveratrol (uvas e vinho tinto), curcumina (cúrcuma longa, açafrão da terra), quercetina (frutas cítricas, cebola e maça), tirosol (azeite de oliva), licopeno (tomate, melancia e goiaba), gingerol (gengibre), indol-3-carbinol e sulforafano (brócolis, couve-flor), campferol (tomate), apigenina (hortaliças e própolis), luteolina (chás, frutas e hortaliças), catequinas (chá verde), ácido elágico (romã) e capsaicina (pimenta vermelha). Mas, para saber a dieta ideal é preciso orientação de um nutricionista, profissional capacitado que vai identificar a necessidade de suplementação nutricional e utilização de alimentos funcionais com compostos bioativos essenciais e específicos para cada caso. Pensando nisso, a Universidade Salgado de Oliveira disponibiliza atendimento gratuito em seu ambulatório de nutrição, de segunda a quinta das 8h às 12h e das 14h às 18h. As marcações podem ser feitas de segunda a sexta, das 12h às 14h, pelo número 81 3797 9007. O atendimento é realizado pelos alunos do curso, sob orientação de professores nutricionistas capacitados para garantir o melhor atendimento ao público. SERVIÇO: Universidade Salgado de Oliveira Ambulatório de Nutrição Endereço: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2169 – Imbiribeira – Sala 19, Térreo Atendimento: de segunda a quinta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os interessados devem agendar a consulta pelo telefone (81) 3797 9007, de segunda a sexta, das 12h às 14h.

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Dieta rica em fibras pode prevenir e amenizar infecções respiratórias em crianças

Agência FAPESP – Dados de um estudo apoiado pela FAPESP e publicado na revista Nature Communications sugerem que uma dieta rica em fibras solúveis pode proteger crianças contra os efeitos do vírus sincicial respiratório (RSV) – causador da bronquiolite –, reduzindo significativamente a perda de peso, a carga viral e o infiltrado de células de defesa nos pulmões durante a infecção. Por meio de experimentos com camundongos, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) mostraram que, no intestino, as fibras são transformadas pela microbiota em ácidos graxos de cadeia curta, que atuam no pulmão ativando os receptores celulares do tipo GPR43, responsáveis pelo efeito protetor. A pesquisa começou em 2013, por meio da colaboração do grupo coordenado pelo professor Marco Aurélio Ramirez Vinolo, do Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia, do Instituto de Biologia (IB-Unicamp), – com o grupo da PUC-RS liderado pela professora Ana Paula Duarte de Souza, especializado em vírus. Integram a equipe Maria Teresa Pedrosa Silva Clerici, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-Unicamp); José Luiz Proença Módena, do IB-Unicamp; e Hosana Gomes Rodrigues, da Faculdade de Ciências Aplicadas, sediada em Limeira (FCA-Unicamp). Como explicou Vinolo, o trabalho foi proposto porque à época existiam dados epidemiológicos sugerindo que alimentos com alto conteúdo de fibras poderiam proteger crianças de infecções respiratórias. Além disso, estudos feitos em modelos animais mostraram que o consumo de fibras tinha efeito protetor em relação à asma. “Chegamos à conclusão que valeria a pena verificar se a infecção pelo RSV poderia de alguma forma ser prevenida ou atenuada. É um problema muito comum em crianças recém-nascidas e até os três anos de idade. Parte dos pacientes evoluei para um quadro grave de inflamação respiratória, chamada de bronquiolite, que pode causar a morte”, disse Vinolo ao Jornal da Unicamp. A bronquiolite é caracterizada por inflamação e edema das vias aéreas, aumento na produção de muco e necrose das células epiteliais dos brônquios. Em 2017, registrou-se em São Paulo um aumento nos casos graves de crianças infectadas pelo RSV, o que despertou a atenção da comunidade médica e científica para a necessidade do desenvolvimento de terapias. Até o momento, existem apenas tratamentos paliativos, para alívio de sintomas como febre, dor no corpo e dificuldades respiratórias. O estudo Nos experimentos feitos em camundongos, metade dos animais recebeu uma dieta com alto teor de fibras e os demais (grupo controle) consumiram alimentos pobres em fibras. Após três semanas, todos foram infectados pelo RSV. Análises feitas depois de cinco dias mostraram que os roedores do primeiro grupo tinham menos vírus no pulmão e não desenvolveram inflamação pulmonar. Já os do grupo controle manifestaram uma grande inflamação nos pulmões. Confirmada a hipótese inicial, os pesquisadores decidiram investigar o mecanismo pelo qual as fibras protegem o sistema respiratório. Já se sabia que elas induzem a formação, pela microbiota intestinal, de ácidos graxos de cadeia curta. Mas as concentrações desses compostos podem variar e dependem de vários fatores, como tipo de alimentação e condições metabólicas dos diferentes organismos. Essa variação de concentração pode tornar o indivíduo mais ou menos suscetível a vários tipos de doenças, embora não se soubesse ainda como se dava a ação sobre a infecção provocada pelo RSV. Foram então realizados experimentos para comprovar que a proteção decorria da ação dos ácidos graxos de cadeia curta. Para tanto, eliminou-se a microbiota dos animais com antibióticos – o que fez cessar o efeito protetor. A proteção, no entanto, foi observada novamente quando esses animais tratados com antibiótico receberam por via oral os ácidos graxos de cadeia curta. Comprovava-se, assim, a hipótese de que os ácidos graxos produzidos pela microbiota do intestino são absorvidos pelo órgão e agem nas células pulmonares, reduzindo a quantidade de vírus. O efeito protetor foi observado quando os ácidos graxos foram administrados aos roedores por meio da água de beber contendo acetato de sódio e também pela inalação dessa mesma solução. Segundo Vinolo, tratamento semelhante poderia funcionar para humanos. Em um estudo em andamento, o grupo avalia se há correlação entre as quantidades produzidas de ácidos graxos de cadeia curta no organismo e a intensidade da infecção por RSV. Essa pesquisa está sendo realizada com crianças afetadas pela infecção e atendidas em hospital de Porto Alegre. Nelas são medidas as concentrações de ácidos graxos endógenos. Resultados ainda preliminares indicam que, quanto maior a quantidade desses compostos nas fezes, menor a chance de as crianças desenvolverem infecção grave e menor é o tempo de internação. No trabalho com animais, verificou-se efeito benéfico da administração de ácidos graxos de cadeia curta antes da infecção (estratégia de prevenção) e também em animais recém-infectados, com redução de vírus no pulmão e diminuição do grau de inflamação no órgão. Esses achados indicam que a abordagem pode ser empregada como forma de tratamento. Patente Segundo Vinolo, os resultados levaram o grupo a requerer patente do uso dos ácidos graxos de cadeia curta e de moléculas que atuam pelo mesmo mecanismo de ação no tratamento de doenças virais. A ideia, disse o pesquisador, é conseguir parcerias para realizar os testes em humanos. “Identificamos uma proteína celular que estabelece a conexão entre os ácidos graxos de cadeia curta e sua ação protetora, o receptor GPR43, presente nas células pulmonares. O que patenteamos foi o uso de ácidos graxos de cadeia curta ou moléculas similares que ativam esse receptor que, por sua vez, age no combate a doenças infecciosas virais”, afirmou. O trabalho teve a participação do bolsista de doutorado José Luís Fachi, da bolsista de mestrado Laís Passariello Pral, ambos do IB-Unicamp, e da doutoranda Krist Helen Antunes, da PUC-RS. O artigo Microbiota-derived acetate protects against respiratory syncytial virus infection through a GPR43-type 1 interferon response pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-019-11152-6. * Com informações do Jornal da Unicamp.

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TGI promove feira orgânica no Espinheiro

Com o recente aumento da liberação dos agrotóxicos nos alimentos, movimento de feiras orgânicas/agroecológicas vem crescendo por toda cidade. A mais nova opção de compra de alimentos saudáveis acontece no estacionamento da TGI Consultoria em Gestão, na Rua Barão de Itamaracá, número 333 do bairro do Espinheiro. A feira acontece toda quinta-feira das 06h30 às 12 horas e é aberta ao público geral. No espaço, são comercializadas grandes variedades de hortaliças, verduras, frutas, cultivadas de maneira orgânica, sem qualquer tipo de agrotóxico. Também são vendidos bolos e os disputados pastéis de frango e cenoura, feitos com farinha de trigo integral. Os alimentos são produzidos e comercializados pelos agricultores da Associação dos Produtores de Palmeira, de Glória do Goitá, sem a interferência de atravessadores. Dionízio Alves, sócio da TGI, acredita que a feira tem grande importância tanto para os agricultores como para as pessoas que moram e trabalham no Espinheiro. “O intuito é não só ajudar esses pequenos produtores, como também facilitar o acesso da comunidade a uma alimentação orgânica, saudável e sem agrotóxicos”, esclareceu. Inicialmente, a feira conta com duas barracas recheadas de opções para quem frequenta, mas o objetivo é aumentar os expositores com o tempo. “Vai funcionar de forma construtiva, colocamos duas barraquinhas pra ver como o público responde e a partir da demanda, pretendemos aumentar o número de expositores”, destacou Dionízio

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Consumo de vegetais diminui riscos de câncer de cabeça e pescoço

Tumores de cabeça e pescoço são o nono tipo de câncer mais comum no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das aliadas para a prevenção é a alimentação, como já era divulgado há bastante tempo pelos órgãos e profissionais de saúde. Mas um estudo realizado em Goiânia, São Paulo e Vitória, pelo Centro de Câncer do Hospital AC Camargo, em São Paulo, relacionou o hábito de consumir alimentos minimamente processados e o risco de tumores de boca, laringe, orofaringe e hipofaringe, conseguindo, inclusive, especificar que vegetais são melhores para certas áreas. Segundo os pesquisadores, tomates e frutas cítricas ajudam na prevenção de câncer de boca. Já a maçã e a pera, protegem a boca e laringe. Couve, brócolis e repolho são bons para laringe e faringe; e cenoura, frutas cítricas e banana contribuem para evitar câncer na faringe. De acordo com o Dr. Cleydson Oliveira, cirurgião de cabeça e pescoço e otorrinolaringologista, que atende no Hospital Agamenon Magalhães e no IRO (Instituto Rezende Oliveira), ambos no Recife, os vegetais e frutas estudados são compostos de elementos protetores, como o licopeno, por exemplo: “A prática já demonstrava e a pesquisa confirmou que quanto maior o consumo desses alimentos minimamente processados, menor será o risco de câncer na boca. Quem consome estes alimentos, pelo menos 3 vezes por semana, reduz significativamente a chance de câncer de cabeça e pescoço.” - explica. “Mas é preciso lembrar que fatores de risco como cigarro e álcool são os grandes vilões em se tratando de câncer de cabeça e pescoço. Evitar esses hábitos é fundamental para manter a saúde de uma forma geral” - reforça o especialista. NÚMEROS - A pesquisa, foi publicada no Brasil e por revista do ministério da saúde dos Estados Unidos, dá conta de que quem consumiu tomate todos os dias, diminuiu a chance de câncer de cavidade oral em 72%. Já quem se alimentou diariamente de brócolis, repolho e couve, diminuiu o risco de desenvolver câncer de laringe em 80%. Os que comeram esses três alimentos de uma a duas vezes por semana reduziram a chance de ter câncer hipofaríngeo em 69%. O consumo de cenoura, também de uma a duas vezes por semana, reduziu a probabilidade desse tumor em 86%.

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Alimentação de qualidade é essencial no combate à insegurança alimentar

Erradicar a fome, consumir os nutrientes corretos e, até mesmo, praticar exercícios físicos são características que garantem a segurança alimentar à sociedade. Por causa da deficiência desses e outros fatores que englobam a questão, no Brasil, são 7,2 milhões são atingidos pela insegurança alimentar grave, segundo levantamento de 2018 da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Para se ter ideia, 60% dos brasileiros estão com sobrepeso, enquanto 20% estão obesos e 3% ainda passam fome. A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que alguns nutrientes e alimentos são essenciais para uma alimentação saudável, afastando a sociedade da insegurança alimentar. São exemplos grãos integrais, frutas e legumes, leguminosas – como feijão e lentilha – e alimentos de origem animal. Em sinergia, o Ministério da Saúde recomenda o aumento do consumo de comida caseira como aliado ao combate à obesidade. “O Brasil produz alimentos ricos em nutrientes, como diversos vegetais e grãos, a exemplo da variedade de tipos de feijão, e devemos aproveitar esta característica para melhorar a qualidade da nossa alimentação”, afirma Lucas Oliveira, nutricionista formado pela USP (Universidade de São Paulo). Sempre priorizando a segurança alimentar da população brasileira, a Broto Legal Alimentos é a única marca brasileira a ter o Selo de Análise Contra Agrotóxico. “Nós buscamos os melhores grãos, fazemos a análise do produto e enviamos para o Instituto Biológico de São Paulo, para ter certeza que o produto é seguro para as pessoas”, destaca Lívia Pereira, engenheira de alimentos da marca. Pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com o apoio da FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta que o país desperdiça mais de 130 quilos de comida por ano. Por isso, a segurança alimentar é um assunto que precisa ser debatido. “Precisamos eliminar o desperdício na nossa alimentação para erradicar a fome e garantir uma alimentação equilibrada a todos”, finaliza Oliveira.

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Dia Nacional de Combate ao Colesterol, doença atinge 12% da população adulta

O dia 8 de agosto, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, foi estabelecido pela a Sociedade Brasileira de Cardiologia como forma de conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, um em cada quatro brasileiros acima de 60 anos está com o colesterol alto. Na população adulta, as estatísticas também são expressivas: mais de 18 milhões de pessoas apresentam nível acima do recomendado,  número que representa 12,5% da população acima dos 18 anos. A prevalência de níveis elevados de colesterol é maior em mulheres, atingindo 15% da população feminina ante 9% dos homens. A pesquisa ainda aponta que 15% dos adultos nunca realizaram a medição das taxas de colesterol. Para o cardiologista e membro da SBC-PE o doutor Vanildo Guimarães explica que as pessoas com níveis elevados de colesterol têm um risco maior de apresentar infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral (derrame) e aterosclerose (obstrução arterial) em outro territórios como, por exemplo, nas artérias dos membros inferiores que podem causar amputações. Vale ressaltar que o colesterol tem funções importantes no organismo. Ele é transportado no sangue em partículas denominadas lipoproteínas. As com baixa densidade (chamadas de LDL) são responsáveis pelo transporte do colesterol para os vasos onde são depositados. As lipoproteínas de alta densidade (chamadas de HDL) fazem o transporte reverso retirando o excesso de olesterol da circulação levando de volta para o fígado. Se existir excesso de LDL na circulação aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura), por isso o LDL é popularmente conhecido como "mau" colesterol, devendo ser reduzido quando em nível elevado. O HDL colesterol elevado revela eficiência da remoção do excesso de colesterol, sendo conhecido como "bom" colesterol. Após o diagnóstico do colesterol elevado, o médico reforça a importância da mudança no estilo de vida como um dos principais pontos do tratamento. Isso inclui ingestão reduzida de gorduras, açúcares e carboidratos, maior consumo de frutas, leguminosas e hortaliças e a prática regular de atividade física. “O tratamento é baseado em 3 pilares fundamentais, dieta, atividade física e medicamentos redutores de colesterol. Sendo a dieta e atividade física para todos, e medicamentos para os que não conseguem atingir a meta, informa o cardiologista Vanildo Guimarães.

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41% dos brasileiros não se preocupa com o colesterol

O brasileiro não está tão preocupado quanto deveria com a sua saúde. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 41% da população não está atento ao colesterol. Desse total, 11% nunca nem chegou a realizar um exame para medir a taxa na vida. Na véspera do Dia Nacional de Controle do Colesterol, lembrado nesta quinta-feira (08), não é demais reforçar a importância de manter a taxa controlada para evitar outros problemas no futuro. "O colesterol elevado é uma das principais causas de infarto e acidente vascular cerebral. Em excesso no organismo, há o acúmulo gradativo de placas de gorduras nas artérias. O que chamamos de aterosclerose. Essa complicação impede o sangue de circular naturalmente", explica a médica do Hospital Jayme da Fonte, Beslie Arruda. "O ideal é que o colesterol total sempre esteja abaixo dos 200mg/dl, o LDL (colesterol ruim) abaixo dos 100 mg/dl e o HDL (colesterol bom) acima dos 50 mg/dl", completa. O principal risco do colesterol elevado está na ausência de sintomas aparentes. Uma pessoa com colesterol em excesso não consegue perceber. E apesar de ser mais comum em pessoas acima do peso, esse problema também pode afetar pessoas magras. Histórico familiar e algumas doenças crônicas também podem aumentar o colesterol. Por isso, monitorá-lo é fundamental para evitar surpresas desagradáveis. Atualmente, segundo a pesquisa da SBC, o colesterol elevado atinge 40% da população brasileira adulta. É possível controlar o colesterol alto, no entanto, o tratamento não se resume a tomar medicamento. Ele passa por uma mudança de estilo de vida. "O quadro de colesterol elevado, normalmente, está associado a obesidade, alimentação inadequada e falta de prática de exercícios. O medicamento pode ajudar a estabilizar a taxa. O mais importante, no entanto, é manter uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos para manter o colesterol normal", orienta Beslie Arruda.

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