Arquivos Artes - Página 3 De 17 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bloco carnavalesco feminista vai às ruas do Recife, reivindicar o amor

“Ninguém vai poder querer nos dizer como amar”, já diz a música do cantor pernambucano Johnny Hooker. E, sendo amor, que seja livre! E, sendo livre, que se possa amar! Isso é o que defende o Amor Livre, bloco carnavalesco feminista promovido pelo Instituto PAPAI e o Núcleo de Pesquisa Gema/UFPE, que irá realizar sua ação político-educativa pelo Recife Antigo no dia 20 de fevereiro, quinta-feira que antecede o início do carnaval. A concentração será às 18h na Rua da Moeda. Durante a ação do bloco “Amor Livre” pelas ruas do Bairro do Recife, serão distribuídos materiais alusivos à questão dos direitos à livre expressão da sexualidade e de gênero. Para Thiago Rocha, integrante da coordenação do Instituto PAPAI e do Fórum LGBT de Pernambuco, “felizmente o movimento LGBT têm conseguido vários avanços nas últimas décadas. Porém, hoje vemos muitas ameaças a direitos adquiridos e um forte risco de retrocesso. Mas, somos forte. Somos resistentes. O que queremos não é mais, nem menos, queremos direitos iguais e isso exige mudanças profundas, não será da noite para o dia, nem apenas a partir de mudanças legais. Precisamos de processos constantes de mudança cultural”. O Professor Benedito Medrado, Co-coordenador do Núcleo de Pesquisa GEMA da UFPE, argumenta que “poder falar sobre gênero e direitos sexuais no carnaval é uma forma de fortalecermos uma luta mundial e ampliarmos espaços de interlocução com a sociedade como um todo. É preciso favorecer transformações simbólicas e o permanente debate público sobre o direito à felicidade e a necessidade de garantia do exercício deste direito”. SOBRE A CRIMINALIZAÇÃO DA LGBTFOBIA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – É CRIME, SIM! No dia 13 de junho de 2019, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a mora do Congresso Nacional para incriminar atos atentatórios a direitos fundamentais dos integrantes da comunidade LGBT. Por maioria, o Plenário aprovou a tese da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADO) formulada em três pontos: O primeiro prevê que, até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei 7.716/2018 e, no caso de homicídio doloso, constitui circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe. No segundo ponto, a tese prevê que a repressão penal à prática da LGBTfobia não alcança nem restringe o exercício da liberdade religiosa, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio. Finalmente, a tese estabelece que o conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança a negação da dignidade e da humanidade de grupos vulneráveis. Números – Dados  No Brasil, segundo último relatório divulgado em janeiro de 2019, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), foram registradas 420 mortes de LGBT no ano de 2018, uma redução de 5,6% em relação a 2017, ano em que somou a maior média desde que os dados passaram a ser contabilizados pela entidade. Apesar desta redução no numero de mortes registradas, a cada 20 horas, uma pessoa LGBT morre de forma violenta, por motivação LGBTfóbica no Brasil. (Fonte: Grupo Gay da Bahia). Serviço Bloco carnavalesco feminista “AMOR LIVRE” Quinta-feira, 20 de fevereiro Concentração às 18h Rua da Moeda, Bairro do Recife Aberto ao público Informações: (81) 3271.4804

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Sinspire sonoro reúne grandes nomes da cena musical em sua primeira edição no Recife

Por Yuri Euzébio O Recife vai receber entre os dias 12 e 15 de fevereiro, a primeira edição do projeto Sinspire Sonoro, que reúne grandes nomes da cena musical, em shows inéditos, apresentações, troca de experiências sonoras e inovações musicais. Karina Buhr, DJ Dolores e Luísa Nascimento (Luísa e os Alquimistas) são alguns dos nomes confirmados no projeto que ocorre no Sinspire, Praça do Arsenal – Recife Antigo. A programação abre com o Antimatéria Pré Porto, na quarta-feira (12), a partir das 22h e reúne artistas de Recife, Olinda e Noruega para sessões de improviso livre com percussões, vozes, música de ruídos e beats eletrônicos. Os artistas serão divididos em 3 combos e, por fim, tocam todos juntos. No line, Aishá Lourenço, Karina Buhr, DJ Dolores, Bongar, Siba, Paal Nilssen-Love, Tai Ramosleal, Una e Yuri Bruscky. Os ingressos já estão disponíveis no site do Sympla. Na quinta-feira (13), a partir das 23h, o Sinspire abre para a Donas, festa que reúne as DJs Allana Marques,Malu Donazan e Riana Uchôa para uma noite com as mulheres no comando do som. A Festa da Chapa Quente é o agito que ferve a pista do charmoso casarão, na sexta-feira (14), com shows do Joinhas Band, Lello Bezerra, David Neves, Maria Beraldo, e Grassmas. Os DJs Sangue no Olho e Vinícius Lezo completam a grade da noite, na regência das carrapetas Dale Balanço, a festa que encerra a programação do Sinspire Sonoro no sábado (15), às 23h, traz o grupo pernambucano Toca do Cuco, o DJ HTTP, Talismã e Luísa Nascimento, da banda Luísa e os Alquimistas (RN), para esquentar a pista até de manhã. PROGRAMAÇÃO ANTIMATERIA Quarta-feira (12), às 22h R$ 15 no Sympla Aishá Lourenço Karina Buhr DJ Dolores Bongar Siba Paal Nilssen-Love Tai Ramosleal Una Yuri Bruscky GG Albuquerque DONAS Quinta-feira (13), às 23h R$ 15 no Sympla Allana Marques Malu Donazan Riana Uchôa FESTA DA CHAPA QUENTE Sexta-feira (14), às 23h R$ 15 no Sympla Joinhas Band + Lelo Bezerra David Neves Maria Beraldo e Grassmass DJ Vinícius Lezo DJ Sangue No Olho DALE BALANÇO Sábado (15), as 23h R$ 15 no Sympla Toca do Cuco HTTP TALISMÃ Luísa Nascimento (Luísa e os Alquimistas) SERVIÇO: Sisnpire Sonoro Informações: (81) 9 9993.6266

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Raulis apresenta o surfcumbia: uma mixtape das praias de Recife para o mundo

Direto das praias pernambucanas, a The Raulis lança seu terceiro registro em estúdio intitulado "Raulis apresenta o SURFCUMBIA". Com oito anos de estrada, um EP, um disco e inúmeros festivais na bagagem, o trio volta a liberar músicas inéditas, desta vez em formato mixtape. O lançamento apresenta o grupo em nova formação; esqueçam baixo e bateria, no novo formato são substituídos por synths e bateria eletrônica. A guitarra em linha e o uso de samples completam as mudanças na concepção sonora dos Raulis e evidenciam também uma nova fase estética, mais alinhada com sons contemporâneos e com a música pop. A mixtape contém três faixas instrumentais e simula um programa de rádio fictício. Nele o disco-jóquei convida os ouvintes a se entregarem ao balanço e a safadeza do SURFCUMBIA. Muito além da junção do Surfmusic com a Cúmbia, a nova pesquisa sonora do trio se estende à ritmos latinos como a Chicha peruana e à Cúmbia argentina e absorve elementos da estética do Brega pernambucano e também do Ragga jamaicano. O resultado é um delicioso e colorido coquetel de referências e batidas tropicais. Formado pelos músicos Arthur Dossa, Gabriel Izidoro e Rafael Cunha o trio assina a produção da mixtape que é o primeiro lançamento de uma série que o grupo fará no ano de 2020. Ao fim desta jornada altamente dançante, o grupo promete desvendar os mistérios e segredos deste gênero musical genuinamente rauliano: O SURFCUMBIA. | link prévio para audição "Raulis apresenta: O SURFCUMBIA":

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Escola Pernambucana de Circo abre vagas para novos alunos

Dos dias 12 a 18 de fevereiro, estarão abertas as inscrições para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos que quiserem ingressar na Escola Pernambucana de Circo. As aulas, oferecidas pelo Projeto Brincar e Aprender para Crescer com Você, da EPC, são regulares e acontecem no período da tarde, das 14h às 17h. Sempre às segundas e quartas para as crianças (6 a 10 anos) e às terças, quintas e sextas para os adolescentes (11 aos 15 anos). Nas aulas, os educandos desenvolvem atividades de um conteúdo programático que incluem Malabares (claves, bolinhas, diabolô, pratinhos, cometas e bandeiras), Equilíbrio (bola de equilíbrio, perna de pau), Acrobacias Aéreas (trapézio, tecido e lira), Acrobacias de Solo (individuais e coletivas). A matrícula só pode ser feita pelos pais ou responsáveis legais dos estudantes munidos de TODA a documentação necessária. Eles devem comparecer à sede da instituição, no bairro da Macaxeira, de segunda a sexta, das 9h às 12h ou das 14h às 17h, com a xerox do registro de nascimento da criança ou adolescente, 01 foto 3x4, xerox do comprovante de residência e declaração escolar. Caso a pessoa a vir efetivar a matrícula não seja um dos pais do aluno, deve levar o número do RG e CPF dos pais ou responsável pelo educando. Para dúvidas ou demais informações : 3266-0050 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA MATRÍCULA: 01 foto 3×4; Cópia do Registro de Nascimento; Cópia do comprovante de residência; Declaração da escola em que estuda; Número do RG e CPF dos pais ou responsável pelo educando A Escola Pernambucana de Circo fica na Av. José Américo de Almeida, Macaxeira, nº 05. Fica na segunda rua após a Academia da Cidade da Avenida Norte (lembrando que a primeira rua é imediatamente após a Academia. A rua da Escola é a que está entre o Restaurante Boizão e a Igreja Mórmon). - Site: www.escolapecirco.org.br

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Carnaval para os pequenos com o bloco conto de fadas

Pernambuco tem se destacado por uma produção cultural infantil efervescente. E nada mais apropriado do que celebrar esse público de famílias com crianças, reunir profissionais que se dedicam o ano inteiro para produzir eventos de qualidade com muitos detalhes e afeto. O Carnavalzinho é um evento especialmente pensado para as crianças e suas família. Uma matinê no coração do Recife Antigo, na emblemática Praça do Arsenal. A festa acontece no dia 08 de fevereiro, a partir das 9h, e contará como base de apoio a sede do SINSPIRE, que mantém um lindo espaço colaborativo e inclusivo, que conecta pessoas, ideias e eventos, na Rua da Guia. O evento é gratuito! Entre os destaques do Carnavalzinho está o lançamento oficial do Bloco Conto de Fada, um sonho antigo da Fada Magrinha Lulu Araújo, que para o evento conta com a apresentação da Orquestra Backstage, com repertório diferenciado e pensado para atender crianças e adultos. Além do bloco, a programação conta com apresentação do Caboclinho Sete Flechas, uma jóia da cultura pernambucana, dentre outras atrações, além de atividades como Lambe Lambe para fotos criativas, Oficina de Bolha de Sabão Gigante, brincadeiras, pinturas de rosto, intervenção artística e educativa da Rádio Matraquinha e um Arrastão de Frevo pela Praça do Arsenal, com os pequenos foliões e suas famílias. A produção está sob a batuta de dois nomes de peso no cenário da cultura e infância de Pernambuco: Lulu Araújo, arte educadora, produtora e musicista, conhecida como a Fada Magrinha e Cláudia Bettini do site Corujices

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Bloco carnavalesco feminista vai às ruas do Recife, reivindicar o amor

“Ninguém vai poder querer nos dizer como amar”, já diz a música do cantor pernambucano Johnny Hooker. E, sendo amor, que seja livre! E, sendo livre, que se possa amar! Isso é o que defende o Amor Livre, bloco carnavalesco feminista promovido pelo Instituto PAPAI e o Núcleo de Pesquisa Gema/UFPE, que irá realizar sua ação político-educativa pelo Recife Antigo no dia 20 de fevereiro, quinta-feira que antecede o início do carnaval. A concentração será às 18h na Rua da Moeda. Durante a ação do bloco “Amor Livre” pelas ruas do Bairro do Recife, serão distribuídos materiais alusivos à questão dos direitos à livre expressão da sexualidade e de gênero. Para Thiago Rocha, integrante da coordenação do Instituto PAPAI e do Fórum LGBT de Pernambuco, “felizmente o movimento LGBT têm conseguido vários avanços nas últimas décadas. Porém, hoje vemos muitas ameaças a direitos adquiridos e um forte risco de retrocesso. Mas, somos forte. Somos resistentes. O que queremos não é mais, nem menos, queremos direitos iguais e isso exige mudanças profundas, não será da noite para o dia, nem apenas a partir de mudanças legais. Precisamos de processos constantes de mudança cultural”. O Professor Benedito Medrado, Co-coordenador do Núcleo de Pesquisa GEMA da UFPE, argumenta que “poder falar sobre gênero e direitos sexuais no carnaval é uma forma de fortalecermos uma luta mundial e ampliarmos espaços de interlocução com a sociedade como um todo. É preciso favorecer transformações simbólicas e o permanente debate público sobre o direito à felicidade e a necessidade de garantia do exercício deste direito”. SOBRE A CRIMINALIZAÇÃO DA LGBTFOBIA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – É CRIME, SIM! No dia 13 de junho de 2019, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a mora do Congresso Nacional para incriminar atos atentatórios a direitos fundamentais dos integrantes da comunidade LGBT. Por maioria, o Plenário aprovou a tese da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADO) formulada em três pontos: O primeiro prevê que, até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei 7.716/2018 e, no caso de homicídio doloso, constitui circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe. No segundo ponto, a tese prevê que a repressão penal à prática da LGBTfobia não alcança nem restringe o exercício da liberdade religiosa, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio. Finalmente, a tese estabelece que o conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança a negação da dignidade e da humanidade de grupos vulneráveis. Números - Dados  No Brasil, segundo último relatório divulgado em janeiro de 2019, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), foram registradas 420 mortes de LGBT no ano de 2018, uma redução de 5,6% em relação a 2017, ano em que somou a maior média desde que os dados passaram a ser contabilizados pela entidade. Apesar desta redução no numero de mortes registradas, a cada 20 horas, uma pessoa LGBT morre de forma violenta, por motivação LGBTfóbica no Brasil. (Fonte: Grupo Gay da Bahia). Serviço Bloco carnavalesco feminista “AMOR LIVRE” Quinta-feira, 20 de fevereiro Concentração às 18h Rua da Moeda, Bairro do Recife Aberto ao público Informações: (81) 3271.4804

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Pedro Severien lança livro que reflete sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica

No evento, aberto ao público, o autor fará uma leitura do capítulo que dá título ao livro, com intervenção visual da artista Biarritz. A obra estará à venda no local, além do DVD duplo Todas as Cores da Noite e outros filmes que andam juntos, ambos pelo valor promocional do “pague o quanto puder”. Enquanto se prepara para filmar seu segundo longa-metragem, Fim de semana no paraíso selvagem, o realizador Pedro Severien lança na próxima semana o livro Quando as luzes artificiais se apagam. A obra, com tiragem inicial de 500 exemplares, nasce da vontade do diretor refletir sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica. Para promover essa narrativa que se volta para um trajeto ao mesmo tempo conceitual e pessoal, ele age como organizador, reunindo conteúdos (boa parte dos quais escritos por ele) acerca da feitura de filmes com os quais esteve envolvido na última década, dos mais autorais aos mais colaborativos. Com roteiros, entrevistas, ensaios, materiais visuais e contribuições de parceiros criativos, o autor constroi um trajeto que passa por aspectos práticos sobre organização de uma produção, dinâmicas de set e experimentações nos campos ficcional e documental. O projeto tem distribuição da Inquieta e incentivo do Funcultura / Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e do Fundo Setorial do Audiovisual / Ancine / Governo Federal. “Mais do que estabelecer um foco pontual e estático sobre um determinado tema ou forma, em Quando as luzes artificias se apagam realizo uma cartografia dos meus desejos no cinema. Mobilizo roteiros, ensaios e entrevistas, assim como textos de colabores criativos, para pensar as forças vitais que me movem na criação artística. Ao mesmo tempo, busquei refletir sobre a micropolítica na realização audiovisual, relacionando isso com as experimentações estéticas e dramatúrgicas dos filmes. Os meus interesses são nômades, estão sempre em movimento, e é um pouco desse nomadismo que tentei imprimir no livro”, explica Severien. O seguinte trecho do prefácio escrito pelo jornalista e artista visual Chico Ludermir dá uma ideia desse trajeto: “Olho para Quando as luzes artificiais se apagam, organizado e, em boa parte, escrito por Pedro Severien sobre sua própria obra, como água. É a possibilidade de navegar junto, desde as nascentes, em múltiplas camadas que circundam a produção do cineasta pernambucano – presentes e passados –, que há mais de uma década vem produzindo filmes; é mergulhar no seu processo sempre artesanal de feitura, que envolve, como se vai notar, relações fortes com a literatura, com o teatro e, mais recentemente, com os movimentos sociais urbanos de sua cidade; e perceber, dentro do seu trajeto, referências, repertórios, dúvidas, desvios, revisões e, acima de tudo, transformações.” Quando as luzes artificiais se apagam é divido em três partes. A primeira, Anoitecer, gira em torno da experimentação e dos processos criativos relacionados a Todas as cores da noite, longa-metragem do diretor que funciona como um ponto de observação privilegiado por conta dos desafios narrativos (um horror existencialista e crítico à desigualdade e aos privilégios da classe média) e produtivos (um filme de baixíssimo orçamento) envolvidos em sua feitura, mas também porque tornou-se um lugar de diversos atravessamentos (durante o processo de produção Severien realizou diversos outros filmes). O projeto iniciou-se em 2010 e só em 2019 parece ter encontrado um ponto de chegada com a edição especial em DVD intitulada Todas as cores da noite e outros filmes que andam juntos. A segunda parte do livro, Paisagens interiores, traz os roteiros originais de Canção para minha irmã, Loja de Répteis e Todas as cores da noite. E a terceira, Uma prática política com as imagens, versa sobre cinema militante. O texto que abre a primeira parte da obra, Memórias de todas as cores, escrito pela atriz Sabrina Greve, oferece uma visão íntima do processo de construção da personagem de Iris, protagonista do primeiro longa-metragem do diretor. Entre impressões e inquietações, Sabrina compartilha um pouco de sua experiência para a impactante interpretação que ela entrega no filme. Já a atriz Brenda Ligia, por sua vez, reescreve roteiros. Fagocita a linguagem fílmica para contar-se em um processo de dor extrema que lhe acompanhava durante o lançamento do longa no texto Cores. Juntos, os textos parecem comunicar sobre a potência da experiência como formadora do fazer criativo. O roteirista e colaborador recorrente Luiz Otávio Pereira, em Mutilado (ou todo mundo conhece uma versão dessa história), também imbrica experiências pessoais ao ofício da escrita do roteiro do longa, mas com tom fabular e intencionalmente híbrido. Para dialogar com esse escrito, há uma entrevista com Severien conduzida por Alice Gouveia sobre o processo de realização de Todas as cores da noite, originalmente publicada no seu livro Direções: relatos do cinema pernambucano contemporâneo (2015). Como fechamento dessa primeira parte, o realizador faz uma viagem ensaística sobre o universo conceitual do filme no texto que dá título ao livro Quando as luzes artificiais se apagam. Durante o período de realização do Todas as cores da noite, Pedro teve contato com experiências políticas que o transformaram profundamente. A mais impactante, sem dúvida, foi seu engajamento no Movimento Ocupe Estelita. Foi através da realização audiovisual que ele se aproximou desse movimento social. Como rima reflexiva sobre trabalhos audiovisuais militantes, a terceira parte do livro, Uma prática política com as imagens, inclui o ensaio Ocupar é narrar, que versa sobre a experiência de realização de Onde começa um rio, documentário correalizado com Julia Karam, Maria Cardozo e Maiara Mascarenhas, sobre o levante estudantil universitário contra a PEC do teto de investimentos sociais, e de outras ações como o Ocupe Cine Olinda para refletir sobre a relação entre discurso e prática. Já o artigo Imagine uma cidade, é uma espécie de resumo da dissertação de mestrado de Severien sobre o cinema contemporâneo engajado na luta pelo direito à cidade no Recife, originalmente publicado na revista Continente. O último conteúdo do livro é uma conversa entre Pedro e Chico Ludermir para a sua pesquisa de mestrado sobre as relações entre arte e política com foco no Ocupe Estelita. “Adoro digressões e

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Projeto Santa Isabel em Cena seleciona artistas e espetáculos para segundo ano

Abrindo alas para a produção cultural da cidade, em todos os seus desdobramentos e variadas linguagens, o Teatro de Santa Isabel convoca músicos, atores, palhaços, circenses e bailarinos para participar do processo seletivo do Projeto Santa Isabel em Cena 2020. Iniciado no ano passado, o projeto oferece visitas guiadas e espetáculos culturais gratuitos todas as terças e recitais de música a preços populares um domingo por mês, para atrair novos públicos para um dos mais majestosos teatros da cidade, que conjuga arquitetura e história a serviço da arte. As inscrições para os artistas interessados em participar da programação do segundo ano do Santa Isabel em Cena devem ser feitas presencialmente, até o próximo dia 6 de março, das 9h às 14h, na Administração do Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N). Além de documentos de identificação dos proponentes e release completo, como fotos e material publicitário de eventuais apresentações anteriores do espetáculo, os candidatos devem entregar também a ficha de inscrição, disponível junto com o regulamento na página da Secretaria de Cultura (http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura), devidamente preenchida. Só serão aceitas inscrições pelos Correios, via Sedex ou Aviso de Recebimento (AR), com data de postagem até o dia 6 de março. Seleção – A seleção contemplará no máximo 16 projetos de artes cênicas e 8 projetos de música. Participarão da comissão de seleção três integrantes, todos com direito a voto, sendo dois profissionais de notório saber convidados pela Fundação de Cultura e um representante do Teatro de Santa Isabel. O resultado da seleção será anunciado no dia 11 de março. Informações: (81) 33553323 ou 33553324, em horário comercial. Sobre o projeto - O Santa Isabel em Cena tem como objetivo programar atividades artísticas para dois públicos distintos que são, prioritariamente: jovens e terceira idade. Para a juventude o projeto destina atividades gratuitas às terças-feiras, que compreendem uma visita guiada e um espetáculo curto, com foco em estudantes e instituições de assistência social que lidam com essa camada do público. Para pessoas idosas, o projeto acontece em um domingo a cada mês, com um recital camerístico às 17h, com preços simbólicos de R$ 10 inteira e R$ 5 meia entrada. A primeira temporada do projeto ocorreu, experimentalmente, no período de julho a novembro de 2019, com grande adesão do público, tendo recebido artistas de música, teatro, cultura popular e dança, a exemplo de: Antúlio Madureira, Elyanna Caldas, Geraldo Maia, Edjalma Freitas, Mônica Feijó, Walmir Chagas e Sérgio Galdino, entre outros.

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Lenine, intimista, no Teatro RioMar

Não é sem razão que Lenine se diz um cantautor: o artista que canta suas próprias composições, ou – como faziam os trovadores do século 12 – transforma em versos as questões, os amores e as sagas de seu tempo. Dono de uma assinatura própria com seu violão multifônico e percussivo, o pernambucano promove, dia 29 de maio no Teatro RioMar, um encontro com o público durante um novo processo criativo. Estabelece um fluxo contínuo para canções que percorrem sua carreira no palco e no estúdio, como “A Mancha” (parceria com Lula Queiroga), composições recentes do projeto “Lenine Em Trânsito” e algumas surpresas da criação colaborativa na estrada, em detalhes que revelam a essência de cada canção. Os ingressos já estão à venda e custam a partir de R$ 70 (serviço abaixo). O show é voz e violão. Mas Lenine nunca está a sós com seus instrumentos: o produtor musical Bruno Giorgi – direto da housemix, a mesa de som – divide com ele os holofotes, vez ou outra, enquanto processa toda a experiência do palco em informação sentimental, produzindo nuances sensoriais com loops, samples originais dos discos e com sua voz. E Gabriel Ventura, técnico de palco e guitarrista, incendeia o palco com a dupla em algumas canções. Com uma carreira de 35 anos, Lenine acaba de ganhar o seu sexto Grammy Latino, na categoria rock alternativo. Caminhada de destino imprevisível, mas com pelo menos uma certeza: a de que estará fazendo música livre, sem adjetivos, no exercício constante de se aventurar a cada novo trabalho. SERVIÇO Lenine Dia 29 de maio (sexta), às 21h Teatro RioMar: Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping www.teatroriomarrecife.com.br Duração: 70 minutos Classificação: Livre Ingressos: Plateia Gold: R$ 220 e R$ 110 (meia) Plateia Baixa: R$ 200 e R$ 100 (meia) Plateia Alta: R$ 160 e R$ 80 (meia) Balcão Nobre: R$ 140 e R$ 70 (meia)

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Passa Disco recebe lançamento de nova edição do livro Vozes do Brasil de Patricia Palumbo

Por Yuri Euzébio A Passa Disco, loja que é o verdadeiro oásis da música pernambucana, promove mais um evento cultural nesse fim de semana. O espaço mais charmoso da Rua da Hora recebe o lançamento do livro Vozes do Brasil: entrevistas reunidas, da jornalista Patricia Palumbo, em nova edição revista e ampliada. A obra das Edições Sesc São Paulo lançam traz 33 entrevistas com artistas fundamentais da música popular brasileira, como Rita Lee, Elba Ramalho, Luiz Melodia, Naná Vasconcelos, Lenine e Itamar Assumpção, numa edição com 560 páginas. Não dá pra perder essa maravilha! Uma das vozes mais conhecidas do rádio brasileiro, a jornalista Patrícia Palumbo está no ar com o programa Vozes do Brasil há 20 anos. Durante esse período, lançou dois volumes de entrevistas, em 2002 e 2008. A presente edição traz este material e adiciona entrevistas inéditas com Mart’nália, Marina Lima, Elza Soares, Vanessa da Mata, Criolo, Naná Vasconcelos, Djavan, Gal Costa e Jards Macalé. São encontros em que os artistas oferecem ao leitor relatos sobre sua vida e sua obra, num tempo mais alargado do que o de um programa de rádio. Mas o recorte temático do livro se equipara ao do programa radiofônico, dando voz de modo descontraído e coloquial a músicos de estilos musicais e ritmos variados, como os regionais, o pop, o eletrônico, o funk e o rap. “O livro Vozes do Brasil: entrevistas reunidas, mais do que espelhar as transmissões de rádio, aprofunda as reflexões originadas da relação entrevistador-entrevistado, que não seriam possíveis nos espaços, em geral limitados, das emissoras. A habilidade em conduzir tais encontros desvela, por meio das incitações jornalísticas, momentos e narrativas únicos da história da música brasileira”, resume Danilo Santos de Miranda, Diretor Regional do Sesc São Paulo. Entre os depoimentos colhidos, registros memoráveis como o de Rita Lee, numa de suas poucas entrevistas ao vivo nos últimos anos: “Com esta entrevista, até gostei mais de mim”, ao finalizar a conversa que abordou o fim d’Os Mutantes, o encontro com Roberto de Carvalho, que viria a ser seu marido e pai de seus três filhos, o peso da crítica e a infância, entre outros assuntos. Além deste, podemos relembrar a saudosa Cássia Eller falando sobre a sua relação com a música e a sensação de que “tudo acontece em tempo de compasso musical”, Marina Lima afirmando que “a música é o mar, as embarcações são as letras”; ou conhecer um pouco mais do ainda jovem e muito talentoso Criolo, que descreve sua catarse no palco: “Eu acho que o corpo expurga, o corpo sofre, porque o verbo ainda é falho para descrever o sentimento”. “(...) Essas e muitas outras revelações e insights são extraídos pelo fino bisturi da jornalista Patrícia Palumbo na estonteante sequência de entrevistas deste Vozes do Brasil: entrevistas reunidas. Dona de cultura abrangente, não raro ela recorre a outros ramais da arte para estimular o entrevistado a sair da zona de conforto das respostas padronizadas, habituais na mídia de massa.”, afirmou Tárik de Souza – jornalista e crítico musical. As demais entrevistas são com Zélia Duncan, Itamar Assumpção (1949-2003), Daúde, Lenine, Chico César, Paulinho Moska, Luiz Melodia (1951-2017), Arnaldo Antunes, Ná Ozzetti, Zeca Baleiro, Rita Ribeiro, Ed Motta, Adriana Calcanhotto, Ana Carolina, Elba Ramalho, Fernanda Abreu, Jussara Silveira, Mônica Salmaso, Nando Reis, Pato Fu, Tom Zé e Zizi Possi. Sobre a autora Patricia Palumbo é jornalista especializada em música e rádio com 35 anos de carreira, tem três livros lançados e criou o programa Vozes do Brasil, que está há 20 anos no ar, e a Rádio Vozes, uma emissora 100% digital. É apresentadora do Instrumental Sesc Brasil desde que ele passou a ser transmitido pela TV, em 1990. Curadora e consultora musical da TV Cultura e do Itaú Cultural. Ganhou três prêmios APCA. SERVIÇO: Lançamento do livro Vozes do Brasil: Entrevistas Reunidas Local: Passa Disco (Galeria Hora Center / Rua da Hora – 345 – Espinheiro) Data: 06 de fevereiro (quinta-feira) Hora: a partir das 19 horas Informações: 32680888

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