Arquivos Cepe - Página 2 de 4 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Ronaldo Fraga e a narrativa do vestir

Por Carolina Botelho* Mais do que estilista, o mineiro Ronaldo Fraga é um artista da roupa. Mergulhado na cultura brasileira, Ronaldo se inspira principalmente na literatura para criar suas coleções. O criador estará no Recife nesta sexta-feira, 1º de novembro, participando da 5ª Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), às 19h, na palestra Roupa para se ler: a literatura como inspiração nas coleções de Ronaldo Fraga. Ele que já criou coleções baseadas em livros de Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, não deixa de refletir também sobre a questão política, sempre fazendo uso de uma narrativa poética cotidiana. Tudo a ver com o tema da feira: Terra viva: compromisso de todos. Você vem ao Recife justamente nesse momento em que o litoral nordestino passa pela maior tragédia ambiental de sua história. Acha que esse fato triste será expresso de alguma forma em alguma coleção sua? Eu sempre construí as minhas narrativas de moda não olhando para o passado, reproduzindo o passado ou tentando adivinhar o futuro, mas falando de hoje, falando desse momento, falando desse agora. Porque eu acho fascinante essa história da moda como documento de um tempo, e o meu tempo é hoje. Então é impossível me desvencilhar do lugar da moda como manifesto de protesto, como manifesto político. E tem sido assim nas minhas últimas coleções. Falei de transfobia, falei na tragédia de Mariana, falei de Guerra e Paz na coleção passada, dos judeus e palestinos… Quatro ou cinco coleções com temas muito, muito pesados. E agora também não vai ser diferente, principalmente nesse momento que a gente vive em um país de tragédias diárias, onde a gente não tem fôlego, nem nos é dado fôlego. Mas eu acredito que a arte salva, a cultura é um instrumento poderosíssimo. Não à toa, seguindo o exemplo dos regimes ditatoriais, o governo brasileiro nesse momento tem trabalhado com afinco na demonização da cultura. Mas nós não podemos deixar que isso aconteça. Você sempre lançou coleções inspiradas em literatura. Daí seus desfiles tão poéticos, que mostram a beleza e a tristeza do mundo real, assim como os grandes livros. Qual a relação entre moda e literatura no sentido da criação e da expressão de um sentimento? Por que você acha que a moda ainda é uma linguagem cercada de preconceitos e vista como superficial e apelativa ao consumo? Por mais que exista preconceito na moda...Aliás nem sei se é preconceito porque a moda é um vetor muito diverso, de muitas face: ela é econômica, ela é histórica, ela é política, ela é manifesto, ela é cultural. Então você verá a moda sendo falada de formas diferentes. Agora o lugar do vetor que eu enveredei pela moda, que eu construí minha carreira, foi a moda como vetor cultural. Esse é o que me interessa. E desde o início essa história da literatura, onde a sua imaginação vai pela palavra, e aí a cor quem vai dar é você, a forma quem vai dar é você. Eu acho isso fascinante. E essa associação da moda com poesia é o que faço desde a minha primeira coleção. Há coleções em que a literatura está ali exposta de forma explícita; outras de forma implícita. Mas eu acho que moda é leitura; moda é escrita. Como fazer para que, assim como livros, roupas não sejam apenas vestidas, mas também 'lidas'? O desejo de um tempo é a escrita desse tempo. O desejo que as pessoas têm do que colocar no corpo, do que vestir, é muito reflexo desse desejo, e desejo é escrita; desejo é marca. Isso é independente da roupa, do que que você comprar, se é tendência ou não. Ali há uma escrita. Se as pessoas pensassem nisso levariam mais a sério porque além da construção do personagem diário a roupa é essa marca; é essa fala. Você já veio a Pernambuco para trabalhar com bordadeiras e costureiras. É conhecido por valorizar essas técnicas tradicionais. Algo semelhante ao ato de ler um livro, hábito que infelizmente no Brasil é pouco praticado. Como enxerga o futuro do livro e da literatura no Brasil? Você prefere o livro digital ou impresso? Eu até tenho tablet, mas eu ainda gosto do livro físico, de marcar, escrever, do envelhecer da página do livro. Então acho que nunca vai se acabar mas vai se tornando cada vez mais um luxo. Adoro ter biblioteca em casa. Adoro casas com biblioteca, o que é cada vez mais raro, e ficou triste assim. Leio três livros ao mesmo tempo. Trago isso desde a infância. Dói ver meus filhos lendo cada vez menos. Eu lia muito mais que eles. Mas eu não canso de falar. Então diminuiu sim mas nunca vai acabar. Li uma entrevista sua dizendo que em escolas primárias públicas alunos estudam suas coleções para aprender literatura. Acha que o atual modelo de ensino afasta o estudante do prazer de ler? A história da educação do Brasil vive um momento tão árido como a história do sereno na caatinga, que quando cai floresce, e todas as vezes que me convidam, sempre priorizo escola pública, fazem muita exposição e muita pesquisa sobre o meu trabalho. Lembro que uma vez estava dando uma palestra para 800 estudantes jovens. E um levantou a mão e disse que só leu Guimarães Rosa e Drummond por ter visto um desfile seu sobre eles no São Paulo Fashion Week. Então uma forma de a leitura chegar aos jovens é por aquilo que eles amam, e a moda é um desses vetores. Então acho que nesse lugar a moda pode ser muito mais, e é, do que a roupa nova da estação. Sua moda é um ato político, como a coleção sobre Marielle Franco, ou na Quem matou Zuzu Angel. O que esperar de um Brasil que tem censurado a arte? Um país onde o conservadorismo está 'na moda'? Como fazer da moda um ato político mesmo não sendo um criador? Tem uma ditadura velada que está se instalando no País e isso é muito sério.

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Cida Pedrosa lança livro em seu aniversário

“Você que vem, venha com tempo e ouvido atento, que a viagem é em distância e fundura”, convida o prefácio do livro Solo para vialejo, da poeta Cida Pedrosa, editado pela Cepe. Em 128 páginas, um longo poema épico-lírico se inicia versando sobre um percurso que segue do litoral para o Sertão. Foi lá, mais precisamente em Bodocó, que Cida nasceu. Mas será no Recife, dia 18 de outubro, que ela celebrará seu aniversário com o lançamento da nova obra. “Cida Pedrosa, esta mulher que sabemos multidão, poeta de palavra-labareda, é quem nos leva pela língua à infância da nossa história, Terra Brasilis, sangue e seiva, suas cores, seus ritmos, e, em cores e ritmos, suas extraordinárias mestiçagens”, continua poeticamente o prefácio assinado pela poeta, ensaísta, crítica e cronista paulista Mariana Ianelli. A viagem de retorno às memórias da escritora recorda a diáspora do negros e negras, índios e índias, homens e mulheres oprimidos que saíram do litoral para o Sertão após a devastadora chegada dos brancos. “Ao celebrar e refletir esse período, faço um link sobre a música sertaneja e o blues”, revela Cida. Na jornada são descritos o clima, a fauna e a flora, a geografia do caminho, cheiros, sabores e sons que viajam a uma distância tão longa quanto o Sertão do litoral, e também tão profunda quanto a busca pela própria identidade. “É uma narrativa fragmentada, assim como são as nossas memórias. Ninguém se lembra do percurso da vida de forma linear. Tem horas que é pura biografia e tem outras que é pura ficção”, revela Cida. Referências estéticas da poesia moderna, da cultura pop - Bob Dylan, Caetano Veloso - se misturam aos campos de algodão, por exemplo, que aparecem exibindo a dureza do trabalho de plantio e colheita e a memória afetiva desse cenário. “Pode-se afirmar que o poema é todo construído a partir de tensionamentos que assumem diversas configurações: entre o individual e o comunitário, entre racional e o afetivo, e, naturalmente, entre o lírico e o épico. A tensão entre as memórias pessoais e as coletivas funciona como um pêndulo entre o “dentro” e o “fora”, entre o que pertence ao domínio da memória afetiva do indivíduo e o que está fincado numa memória cultural compartilhada”, diz o editor da Cepe, Wellington de Melo, em texto presente no livro. O vialejo - como é chamada a gaita no interior - foi o instrumento que Cida ganhou do pai na infância mas nunca tocou. A música negra perpassa a poesia juntando o blues aos ritmos sertanejos. “O baião é negro, o xote é negro. Havia bandas de blues nos anos 1940 em Petrolina, São José do Egito, Bodocó...”, garante Cida, que continua tentando tocar a gaita. “Nunca aprendi a tocar. Tento aprender e não consigo”. O poema, no entanto, sugere que ela ainda o pode fazer a qualquer momento, ou que sempre o fez. “A jornada é circular, não há um ponto de chegada, apenas a percepção que a identidade se encontra no próprio ato de resistir/existir”, completa Wellington. “(...) serra talhada talha o verso pajeuzeiro serra talhada é telha tinhosa que divide sertões ao nordeste espraia-se são josé do egito uma trilha para o verso a veia e a velocidade da métrica para as rimas rubras vindas de outros mares mouros murmuradas e lamentadas em violas serra talhada berço de virgulino aquele pardo que se fez povo poder e pária migrou do campo de algodão para o campo de batalha se fez punhal e fé escuridão e facho quimerou ser tapera para marias e dadás banidos de todos os gêneros e negros sem destino se fez corisco e cascavel se fez imagem e imaginário imaginário imaginário(...) (...) te encontro me encontro te encontro me encontro te encontro no vialejo azul que ganhei do meu pai quando menina e nunca aprendi a tocar na canção azul na flor azul no anjo azul na borboleta azul na flor árida e azul me encontro e te encontro no ser ser tão assim sertão e só (...)” Sobre Cida A poeta nascida em 1963 no município pernambucano de Bodocó estreou em 1982 com a coletânea Poesias do Fim. Na mesma década coordenou o Movimento de Escritores de Pernambuco, e lançou também O cavaleiro epifania (1986). Em 2000 veio Cântaro, seguido por Gume (2005), e As Filhas de Lilith (2009). Ano passado a escritora lançou Gris, também pela Cepe Editora. Preço do livro: R$ 25,00 (livro impresso) e R$ 7,50 (E-book)

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Livro sobre longevidade será lançado na quinta (15)

Diante do fato de que a expectativa de vida do brasileiro aumentou para mais de 75 anos, surgem novas perspectivas no horizonte. Hoje quem tem acima de 50 anos enfrenta desafios bem diferentes dos cinquentões do passado: fazer planejamento de carreira, cuidar da estética e da saúde de forma preventiva são essenciais na agenda para uma maior qualidade de vida. Atenta a esta tendência a Cepe Editora publica Maturidade: um tempo novo, título organizado pela psicanalista e consultora de carreira da Trajeto Consultoria, Sílvia Gusmão. O lançamento será no próximo dia 15, na Caixa Cultural, às 19h. “A pirâmide social brasileira está se invertendo. Em 2010, o número de jovens era dez vezes maior do que o das pessoas mais velhas. Segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) essa diferença tende a cair para três vezes em quatro décadas. Em 2050, 29% da população brasileira terá mais de 60 anos. Em algumas décadas, a proporção de pessoas acima dos 60 anos atingirá a de países ricos”, ressalta Sílvia Gusmão. Prefaciado pelo sócio-fundador da TGI Consultoria em Gestão, Francisco Cunha, o livro reúne textos de seis autores, incluindo a própria organizadora. Cada um deles discorre sobre questões essenciais ao planejamento de uma vida longeva. Gabriel Perrusi e Jéfter Domingos Barbosa Campos falam sobre a importância dos exercícios físicos nessa etapa da vida; Germana Uchoa dedica-se ao tema do empreendedorismo criativo; Nathalia Cavalcanti mostra como os cuidados com a alimentação podem ser fortes aliados nesse desafio; enquanto Georgina Santos enfatiza a necessidade de organização das finanças pessoais. O grande desafio no mundo é promover mudanças para acompanhar o novo cenário. Na introdução de Maturidade, Francisco Cunha faz a seguinte reflexão: “ E agora, o que fazer, quando nos deparamos com o fato de serem os 50 os novos 30 anos? Ou, melhor ainda, os 60 os novos 40 anos? (…) A longevidade já é um fato científico e social irrefutável. Agora, precisamos promover essa mudança, que o mundo já processa, só que dentro de nós. Precisamos nos assumir pós-balzaquianos e isso não é fácil”. Maturidade traz uma visão realista desse processo de envelhecimento da população, com o otimismo de uma vida com mais possibilidades. Por outro lado aborda as dificuldades da falta de políticas públicas e de saúde compatíveis com as necessidades dos que estão envelhecendo. Um dos impactos apontados por Sílvia Gusmão está refletido no sistema previdenciário: “O número de contribuintes não cresce na mesma proporção dos beneficiários”. A novidade é que as mudanças estão acontecendo, segundo o IBGE, com a volta dos aposentados ao mercado de trabalho, um salto de 63% do ano 2000 para 2011. Para ilustrar esse dado, o livro contempla depoimentos de pessoas que colocam suas dúvidas e questionamentos frente ao desconhecido, e fala como se reinventaram. Antes do lançamento será realizado debate, mediado por Sílvia Gusmão, tendo como convidados Denise Mazaferro, sócia da Angatu IDH, mestre em gerontologia pela PUC-SP, autora do livro Longevidade: os desafios e as oportunidades de se reinventar; Jane Okazaki, geriatra e mestre pela Univesp; e Marcelo Carrilho, engenheiro mecânico de formação, que após os 50 anos, fez transição de carreira, e hoje é proprietário da cafeteria GrãoCheff, localizada no Espinheiro. Artigos dos autores Sílvia Gusmão é psicanalista, consultora de carreira da Trajeto Consultoria e organizadora do livro. Ela assina a introdução e os artigos de Maturidade: um tempo novo: “Os 50+ anos de hoje” e “Faça o que gosta e encontre um mercado para isso” Gabriel Perrusi, sócio-diretor da Unic – Espaço de Metas, assina o artigo: Movimento é para todos: adquira saúde pelo exercício Georgina Santos é consultora e sócia da AgilisRH / TGI e assina o texto: Organize suas finanças pessoais Germana Uchoa, publicitária e gestora da plataforma Garimpo, escreve sobre Empreendedorismo: transforme o que você ama em um negócio criativo Jéfter Domingos Barbosa Campos, sócio-administrador da Unic – Espaço de Metas discorre sobre O desafio do envelhecimento saudável Nathalia Cavalcanti, nutricionista, assina: Comendo bem com prazer SERVIÇO Lançamento do livro Maturidade: um tempo novo Data: 15 de agosto Horário: 19h Local: Caixa Cultural Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife Valor do livro: R$ 40,00 (impresso) e R$ 12,00 (e-book)

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Viagem através da literatura brasileira

No Rio de Janeiro, Brás Cubas, personagem póstumo de Machado de Assis, revela suas memórias do século XIX. Na mesma época, a situação e o cenário eram bem distintos no Sertão da Bahia descrito por Euclides da Cunha. A diversidade da literatura brasileira não reflete apenas a amplitude geográfica de seu continente, mas também as distinções políticas, sociais e culturais do nosso povo, presentes nos títulos literários. Partindo de obras canônicas brasileiras, surge o projeto Viagem ao País do Futuro, assinado pela jornalista portuguesa Isabel Lucas. A ideia é escrever 12 grandes reportagens sobre lugares/livros visitados/lidos pela autora para traçar o Brasil de agora. Ao final de um ano, as matérias se transformarão em livro a ser editado pela Cepe em parceria com o jornal português Público e a Fundação Oceanos. O projeto será apresentado oficialmente na edição 2019 da Festa Internacional de Paraty (Flip), dentro da programação da Casa Paratodxs, dia 11 de julho, às 19h, em conversa entre Isabel Lucas e o editor da Cepe, Wellington de Melo. Antes disso, no dia 6 de julho, já será publicada - na versão online do jornal literário Pernambuco (Cepe), e no jornal Público - a primeira das 12 reportagens, e o Pernambuco também já terá na versão impressa do mês de julho uma entrevista exclusiva com a escritora falando sobre o projeto. “Em meio à crise política e social em que vive o Brasil, pensar a literatura é fundamental, tanto a canônica quanto a que está sendo feita neste momento, no calor da hora. A ficção sempre vê mais longe”, defende o editor do Pernambuco, Schneider Carpeggiani. Selma Caetano, representante da Fundação Oceanos, enxerga ainda uma possibilidade de “aproximar literaturas e artes de língua portuguesa”. A escolha por títulos pertencentes ao cânone literário brasileiro, segundo Isabel, foi uma forma de abrir as possibilidades para abordar a diversidade temática e geográfica que compõe a identidade brasileira. “É uma escolha que se pode dizer conservadora, mas que tem o objetivo de, durante a viagem, descobrir e integrar obras mais atuais, chegando ao que neste momento o Brasil escreve sobre o Brasil”, esclarece Isabel. Além de Os Sertões (Euclides da Cunha) e Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), a autora utiliza como pontos de partida os títulos Vidas Secas (Graciliano Ramos), Menino de engenho (José Lins do Rego), Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre), A hora da estrela (Clarice Lispector), Olhai os lírios do campo (Érico Veríssimo), Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa), Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo Ribeiro), Dois irmãos (Milton Hatoum), As menina (Lygia Fagundes Telles), Macunaíma (Mário de Andrade), e Lavoura Arcaica (Raduan Nassar). O primeiro texto do road book começou a ser escrito no Recife, em junho passado. Por aqui, a jornalista e escritora portuguesa Isabel Lucas iniciou sua narrativa baseada em pessoas anônimas que por aqui conheceu, e em escritores contemporâneos, como o poeta Miró da Muribeca, que emprestaram seus olhos para que Isabel enxergasse a capital pernambucana à sua maneira. Hotel Central, Mercado da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho e Praça Maciel Pinheiro vistos pelos versos de Miró não são os mesmos de um cartão postal. Depois do Recife, Garanhuns, Caetés, Palmeira dos Índios e Quebrangulo (AL), Canudos (BA), e Petrolina (PE) foram os destinos. De 10 a 21 de julho, os destinos serão para Rio de Janeiro e Paraty. De 2 a 12 de setembro, Isabel passará por Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Itaparica, e termina sua viagem entre São Paulo, Manaus e Pindorama, de 21 de outubro a 6 de novembro. Isabel já havia feito projeto semelhante nos Estados Unidos, por onde viajou por 16 cidades para tentar entender a complexa realidade daquele País. O resultado foi o livro Viagem ao sonho americano, publicado em Portugal em junho de 2017. O título é tão repleto de ironias quanto o que, por ora, batiza o projeto brasileiro, pois o que Isabel descobriu em terras norte-americanas desmontou muitos dos conceitos prévios. “Naquela época, 2015, o então candidato a presidente Donald Trump surgia como uma piada que se tornou realidade”. Algo semelhante ao que ocorreu no Brasil com o atual presidente. Já a escolha dos livros foi pautada por questões de raça, imigração, tecnologia… “Achava que sabia o que era racismo nos Estados Unidos e descobri que não sabia nada; é um país de imigrantes conservadores”, confessa Isabel.   Há dois anos Isabel ‘descobriu’ o Brasil quando fez sua primeira visita aos trópicos. Mas a cultura brasileira há muito que ‘conquistou’ a ela e aos portugueses. Caso de Jorge Amado, muito conhecido por lá. Em Portugal, no entanto, é grande o desconhecimento da literatura brasileira. “E os portugueses acham que conhecem o Brasil ,por causa das novelas!”, conta Isabel. Apesar de não haver a barreira linguística, há sim uma barreira de vocabulário, pois nem tudo se conhece do mesmo jeito aqui e do outro lado do Atlântico. “Meu trabalho consiste também em fazer uma tradução de valores; uma tradução cultural”. Quanto ao fato de ser uma portuguesa, ‘colonizadora’ escrevendo sobre o Brasil ‘colonizado’, Isabel pondera que a alteridade pode favorecer o olhar. “Provavelmente esse livro não será consensual. Se assim fosse, escreveria lá de Lisboa mesmo”.  

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Lourival Holanda lança livro nesta segunda

A crítica literária pode parecer áspera para o leitor pouco habituado a esse gênero. Mas em Realidade inominada – Ensaios e aproximações, do professor e ensaísta pernambucano Lourival Holanda, essa dificuldade é dissipada por um texto que flui com profundidade, mas sem hermetismo, associando literatura à política, filosofia e psicanálise. “A clareza é a cortesia de quem escreve”, defende o autor do título de 280 páginas, a ser lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), no dia 13 de maio, na Academia Pernambucana de Letras (APL), às 19h. O escritor estudou filosofia na França, é membro da APL e diretor da Editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Apesar de sua erudição optou por uma linguagem contrária a academicismos e sem notas de rodapé, embora sofisticada no estilo e na exposição das ideias. Mesmo apostando na simplicidade salienta que não se pode jogar xadrez com a regra do dominó. Para o autor a literatura é a representação de uma realidade inominada e, que pela sua complexidade, não se pode conceituar. “A literatura ajuda a fabricar uma realidade além do conceito, alargar o campo do possível”, diz. O título foi organizado pelo professor de crítica literária do Departamento de Letras da UFPE e editor da revista Estudos Universitários, Eduardo Cesar Maia. “Eu forcei Lourival a abrir a gaveta”, conta. De acordo com o organizador, o autor tem uma grande produção de contos e romances engavetados, que não costuma mostrar a ninguém. Realidade inominada fazia parte desse conjunto incólume. Para ordenar o trabalho Cesar Maia construiu três eixos temáticos. Conseguiu sustentar a sequência lógica de 22 ensaios agrupando-os por assunto e proximidade: textos referentes à literatura, aqueles com amplitude filosófica e o terceiro eixo associado à memória. “O livro paira sobre inquietações intelectuais e faz analogia entre o trabalho do crítico literário e a psicanálise”, descreve. “É pela linguagem poética que se renova o mundo, em só fazendo ver diferente. Pois, se a visão que cada um tem da realidade está relacionada com seus hábitos e associações verbais, então o escritor, quando revolve a estrutura da língua, está libertando o homem de seus condicionamentos mentais. Assim, ele ajuda a enxergar realidades novas, explorando as possibilidades latentes dentro do sistema da língua”, descreve Lourival num dos ensaios. SOBRE O ENSAÍSTA Natural de Bodocó, Sertão do Araripe, Lourival Holanda é membro da Academia Pernambucana de Letras (APL), ensaísta, crítico literário, professor da Pós-Graduação do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e diretor da Editora Universitária da UFPE. SERVIÇO: Lançamento do livro Realidade inominada – Ensaios e aproximações Quando: 13 de maio Onde: Academia Pernambucana de Letras Endereço: Avenida Rui Barbosa, 1596, Graças Horário: 19h Preço do livro: R$ 30,00 (impresso) e R$ 9,00 (e-book)  

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Cepe lança três títulos de Carnaval

Com recortes diferentes de uma das festas populares mais apaixonantes do ano, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lança três importantes títulos para quem quer conhecer a história do Carnaval do Recife, seus personagens e o frevo, ritmo que leva o nome de Pernambuco para o mundo todo. O historiador Leonardo Dantas Silva assina Carnaval do Recife, numa segunda edição caprichosamente ampliada, traz curiosidades sobre os principais signos carnavalescos. Já o jornalista e pesquisador Carlos Eduardo Amaral escreveu o perfil biográfico José Michiles: Recife, manhã de sol. O segundo título de uma série criada pelo maestro Marcos FM, o livro Arranjando Frevo-canção volta-se para a formação de músicos e compositores, abordando aspectos sobre arranjo e orquestração. O lançamento das obras será no dia 23, às 15h, no Paço do Frevo, no Bairro do Recife. Durante o lançamento, a Orquestra do Maestro Formiga tocará os acordes do que há de melhor no Carnaval pernambucano. O clima vai esquentar quando o compositor Jota Michiles se reunir à turma do maestro para cantar um dos seus sucessos, acompanhado da orquestra. Inclusive é sobre a vida e obra de Jota Michiles que o jornalista e pesquisador Carlos Eduardo Amaral se debruçou para escrever o 4º perfil biográfico da coleção Frevo, memória viva, selo da Cepe Editora, que será lançado neste mesmo dia. A marcha de bloco Recife, manhã de sol, composta pelo carnavalesco, dá título ao livro. A canção tornou-se um marco na vida do artista e na história do próprio frevo-canção. Foi com ela que o músico, na época com apenas 23 anos, ganhou o concurso promovido pela Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife, em 1966, que ficou memorável pelas circunstâncias. Até então desconhecido, Jota Michiles desbancou 19 outros finalistas, entre eles nomes como Capiba (com A canção do Recife, em parceria com Ariano Suassuna), Nelson Ferreira, Sebastião Lopes e outras sumidades. Ganhou um vultoso prêmio e uma gravação em compacto pela Rozenblit. Em Carnaval do Recife, o historiador pernambucano Leonardo Dantas Silva convida o leitor a um mergulho profundo no emaranhado de confete, serpentina, purpurina, mela-mela, fantasia, frevo, maracatu e multidão de rua. O pesquisador exibe as entranhas carnavalescas da capital pernambucana. Trata-se de uma segunda edição - a primeira é de 2000. Revisada e, segundo o autor, “muito ampliada, como dizia Gilberto Freyre”, revela as mudanças da folia recifense de 1553 até 2018, em 428 páginas - o dobro da primeira edição. O terceiro título Arranjando frevo-canção preenche uma lacuna histórica, sinalizando caminhos para os interessados em aprender a escrever para orquestras de frevo. É uma contribuição importante para quem compõe e faz música. No prefácio assinado pelo Mestre, Doutor em Música e professor do Conservatório Pernambucano de Música Climério de Oliveira Santos, ele destaca a importância da iniciativa: “Desde que o frevo é frevo, ninguém se atrevera a publicar um livro sobre arranjo e orquestração dessa música – incrível realidade! Com o método Arranjando frevo de rua (Cepe, 2017), o baixista, maestro e compositor Marcos FM já tinha lançado a pedra fundamental de uma nova fase do frevo. É o marco da etapa em que os adidos dessa intrépida cultura musical começam a se sentir aliviados do receio de que o frevo pudesse desaparecer por não terem às mãos escritos da sua sistematização”, afirma no texto. SERVIÇO Lançamento dos livros: José Michiles: Recife, manhã de sol, de Carlos Eduardo Amaral; Carnaval do Recife, de Leonardo Dantas Silva; Arranjando Frevo-cancão, do maestro Marcos FM Quando: 23 de fevereiro, sábado Horário: A partir das 15h Onde: Paço do Frevo Endereço: Rua da Guia s/n, Bairro do Recife

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Recife terá primeira feira de literatura infantil

Criança não deixa a literatura de lado nem na crise! O segmento infantojuvenil foi o único que não entrou na estatística da retração de 21% que o mercado editorial nacional sofreu ano passado. Por si só, essa já seria uma forte justificativa para uma feira voltada exclusivamente para o público infantil. De 22 a 25 de novembro será realizada a I Feira da Literatura Infantil (Flitin), na Academia Pernambucana de Letras (APL). O evento, realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em parceria com APL e a Proa Cultural, será gratuito e voltado ao público de 3 a 12 anos. Na programação, além de lançamentos literários, oficinas, animações e mediação de leituras, haverá espaço para outras manifestações culturais como música e teatro. Serão cinco polos que ocuparão os oito mil metros quadrados com eventos simultâneos, além da feira permanente de livros com editoras e livrarias de todo País. A expectativa de público é de 30 mil pessoas. Haverá ônibus gratuitos para escolas de ensino fundamental. Em coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira, foi anunciado o tema da feira: “Era uma vez…Minha História”. Trata-se de uma referência a como se iniciam muitas histórias infantis, e ainda insere a criança como protagonista, tanto do evento como da própria vida que está sendo escrita. Na ocasião, o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, falou do investimento da editora pública estadual no segmento infantojuvenil. “A Cepe é a editora que mais edita livros infantis em Pernambuco e no Nordeste. Além disso, temos um prêmio literário voltado apenas para esse público, o Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil”, declara Leitão. O presidente ainda destacou como objetivo da feira discutir o conteúdo da literatura infantil na educação dos pequenos. O catálogo da editora pública voltado a esse segmento chega a 53 títulos, muitos deles premiados. Já Maria Chaves, da Proa Cultural, mencionou o potencial transformador que a leitura tem sobre as crianças, “gerando cidadãos críticos”, pontua a produtora. A presidente da APL, Margarida Cantarelli, falou da importância de aproximar o público infantil da academia. “É uma oportunidade de contato com a leitura, o que é papel da academia. No nosso museu teremos apresentação adequada ao público infantil”, declarou Margarida. Também parceira da feira, a Fundarpe, representada pelo coordenador de Literatura José Jaime, entrará com duas ações. Uma delas chama-se “Livros Livres”, que se propõe a ‘libertar livros’ desde 2011, uma vez por mês, em todos os cantos do Estado. “Deixaremos livros em lugares da feira para que as pessoas peguem, leiam e depois devolvam”, explica Jaime. Já o “Escambo de Livros” leva um estande e propõe a troca de livros em bom estado que não sejam nem didáticos, nem religiosos. I Feira da Literatura Infantil – Flitin Tema: Era Uma Vez...Minha História Quando: 22 a 25 de novembro Horário: 9h30 às 20h (quinta e sexta-feiras) e das 9h30 às 17h (sábado e domingo) Local: Academia Pernambucana de Letras (APL) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 1.596, Graças Entrada franca PROGRAMAÇÃO QUINTA-FEIRA (22/11) - ANCESTRALIDADE 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h às 11h – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h - Oficina Galeria Reciclada SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 11h - Cerimônia de abertura da Flitin 2018 - Apresentação do grupo Meninos do Batuque (Garanhuns) 16h - Apresentação teatral “O Pequeno Príncipe Preto” (Pé de Vento Produções -RJ) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h30 às 15h30 - Mediação de Leitura - “Histórias do meu povo”, com Roma Júlia (Contação de histórias com livros de temática afro-brasileira e africana com o objetivo de valorizar autores e personagens negras) SEXTA-FEIRA (23/11) - SONHOS E IDEIAS TRANSFORMADORAS 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 10h30 – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h - Oficina Galeria Reciclada 16h às 17h - Oficina de Palhaçaria - “Ao amanhecer, brincar”, com Marcelo Oliveira SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h - Mediação de leitura - Livro Um Novo Abraço (Cepe Editora), com grupo Tapete Voador 14h30 às 15h30 - Bate-papo com Cleyton Cabral (O Menino da Gaiola - Funcultura) SÁBADO (24/11) - HERANÇAS E TRADIÇÕES 9h30 às 20h – Feira de Livros SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 - Sessão de filme de animação 15h às 15h30 - Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 10h às 12h - Seminário Flitin: “A produção literária para a infância no Brasil” - participação de Sueli Cagneti (autora e crítica literária), Wellington de Melo (editor da Cepe) e Renata Penzani (Lançamento do livro A coisa brutamontes - Cepe Editora) 14h às 16h - Seminário Flitin: “A leitura como ferramenta de transformação social” POLO LETRAS MIÚDAS 11h - Apresentação teatral - “As aventuras de Mané Gostoso” (Cia. Meias Palavras - PE) 17h - Apresentação teatral - “Histórias da Caixola (Coletivo Tear - PE) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h às 15h - Mediação de leitura - Livro Pequeninas histórias de gente pequenina (Cepe Editora), de Xico Bezerra-PE 15h às 16h - Mediação de leitura - Livro Dianimal (Cepe Editora), de Alexandre Revoredo 16h às 17h - Lançamento do livro Pedrinho e a chuteira da sorte (Cepe Editora), de Marcelo Cavalcante DOMINGO (25/11) - DESPRINCESAMENTO 9h30 às 17h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 11h - Oficina de Musicalização com Cacau da Mini Rock! POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h - Bate-papo com a autora Débora Seabra sobre o livro Débora conta histórias (Alfaguara) 11h às 12h - Mediação de leitura - Lançamento do livro Uma Festa na Floresta (Cepe Editora), com presença da autora, Lêda Selaro, e grupo Tapete Voador 14h às 16h - Oficina de Desprincesamento com a jornalista Cláudia Bettini (Rádio Matraquinha/ Corujices) SALA DE PROJEÇÃO 14h às 16h -

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Ao modo dos alquimistas

Por Paulo Caldas* Glauce Brennand já atravessou as fronteiras do ineditismo quando publicou Dorí e os micróbios (2013), livro editado pela CEPE. Em seguida integrou as coletâneas Todo amor vale a pena, em 2015, O dito pelo não dito, em 2016 e Insólitos, em 2017, editadas pelo selo Novo Cenário das Letras em Pernambuco-Edições Bagaço, escritos produzidos na Oficina Literária Paulo Caldas. Com este Encruzilhada das lembranças, Glauce chega ao público leitor com um texto ungido ao modo dos alquimistas, dosada a mistura exata de sentimentos, emoções reveladas à ótica da autora e observadas nas contradições humanas do cotidiano: mistura do prazer doído, ansiedade serena, fidelidade traída, lucidez com loucura e o amor à família, livro cujo principal cenário é o tradicional bairro recifense da Encruzilhada. Dona de uma escrita delicada, ela transpassa o doce viver da classe alta, divide o teor das narrativas com o amargo das carências suburbanas. Os protagonistas procuram espaços por vias paralelas, obedecendo às ordens da lógica, embora sob sua pena, deslizam com suavidade e rigor ao mesmo tempo. Com elogiável sagacidade, consegue intervir na trama dos acontecidos e das opiniões sisudas, símiles e metáforas instrumentos que, sob medida, manejados com a necessária perícia, são de extrema valia na construção da estética desejada. A autora possui mestrado e doutorado em Genética Bacteriana e Antibióticos, professora adjunta de Microbiologia e Imunologia do Centro de Ciências da Saúde (UFPE), busca compor crônicas e contos além de adequar textos científicos à linguagem acessível. Impresso pela CEPE, o livro tem a diagramação de Bel Caldas e projeto de capa assinado por Luís Arrais. *Paulo Caldas é escritor.

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Fenelivro: destaques da sexta-feira

Com uma programação diversificada para adultos e crianças, a IV Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) é uma boa opção de roteiro para esta sexta-feira o dia começa com oficina Mariposa Cartonera, no horário de 9h às 12h. E das 14h às 17h oficina sobre produção de vídeos. É bom lembrar que todos os eventos da Fenelivro, promovida pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Andelivros, são gratuitos. No Café Literário, às 17h haverá mesa redonda com Silvio Ferreira e militantes do movimento negro com o tema Intolerância Racial , Visão do Futuro. Também às 17h, acontecerá o lançamento do livro Confusão e astronomia na floresta, de Carlos Galindo. Eleito pela revista literária britânica Granta como um dos vinte melhores escritores brasileiros, Julián Fuks, autor de A procura do romance, estará na Fenelivro às 18h para conversar sobre literatura. Neste mesmo horário haverá mesa redonda sobre fake news, com a ombudsman do jornal O Povo, Daniela Nogueira; a professora Sheila Borges, coordenadora do Núcleo de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) de Caruaru; e professor Paulo Cunha, da UFPE. Sibele Barbosa, da Fundaj mediará a mesa redonda. Também às 18h o jornalista pernambucano Bruno Albertim fará o relançamento do seu Tereza Costa Rêgo: Uma mulher em três tempos, da coleção Memória, da Cepe. Jornalistas se reunirão na sala Nordestinados, a partir das 19h, para o lançamento do livro Palavra de jornalista, de Evaldo Costa e Gilson Oliveira. A obra reúne entrevistas  reúne depoimentos de 21 jornalistas pernambucanos, que também participarão do evento. Também às 19h, no auditório da Fenelivro, acontecerá o da coleção Teses e dissertações, da Editora Bagaço, composta por 13 livros, que estarão à venda no estande da Editora Vozes.  A coleção, editada em parceria com o  Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Unicap, trata do fenômeno religioso sob treze diferentes olhares.

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Livro infantil Dianimal é lançado no domingo

O lançamento do livro infantil Dianimal é uma boa pedida para quem vai participar da programação do Domingo dos Pequenos no Museu, realizado a partir das 9h no Museu do Homem do Nordeste. Editada pela Cepe, a obra do escritor, músico e poeta Alexandre Revoredo e do ilustrador Stuart Marcelo surpreende pela história que parte dos horários do dia para personificar as ações de diversos animais e é contada em versos rimados e em haikais. Mas também seduz a garotada pelo formato lúdico que permite ler o livro na ordem que o leitor desejar. Isto porque as páginas vêm em formato de cartão dentro de uma caixa, possibilitando uma maior interação entre pais e filhos. “É semelhante a um baralho, e no fim da leitura, as páginas que são feitas com papel mais resistente, se transformam em peças de um quebra-cabeças oculto e um jogo da memória”, explica o editor Wellington de Melo. Ao todo são 24 animais, 12 que aparecem durante o dia e outros 12 noturnos, ou seja, um animal para cada hora do dia. O lançamento será acompanhado de apresentação de música de Alexandre Revoredo e contação da história, que segundo o poeta terá continuação. “Pretendemos fazer uma trilogia, seguindo o formato interativo do primeiro livro e mantendo a distinção entre animais de dois ambientes diferentes”. Serviço: Lançamento do livro Dianimal no Domingo dos Pequenos no Museu Data: 16 de setembro, a partir das 9h Onde: Museu do Homem do Nordeste (Avenida Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte) Preço: R$ 28 (livro impresso) R$ 8 (e-book)

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