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Cinema nacional ocupa o Sertão do Pajeú com exibições, oficinas e debates

Mostra Pajeú de Cinema chega à 9ª edição com programação gratuita em oito cidades pernambucanas e foco em diversidade e formação de público O Sertão do Pajeú está mais uma vez no centro das atenções culturais com a 9ª edição da Mostra Pajeú de Cinema (MPC), que segue até 23 de maio em oito cidades da região: Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira. A iniciativa, que já se consolidou como uma das principais ações de difusão do audiovisual no interior pernambucano, traz uma programação inteiramente gratuita com 22 filmes — entre curtas e longas-metragens —, além de oficinas e encontros com profissionais do setor. Com foco na pluralidade e no debate, a mostra exibe as produções em praças públicas e no Cine São José, tradicional cinema de rua em Afogados da Ingazeira. Os filmes estão organizados em nove programas temáticos e contemplam uma ampla diversidade racial, étnica e de gênero, reunindo obras de realizadores negros, pardos, indígenas, brancos, mulheres, homens, travestis e pessoas não-binárias. “Chegamos a 9º edição da Mostra Pajeú adicionando mais duas cidades a nossa programação. Estamos muito orgulhosos com os passos demos até aqui. O recorte dos filmes traz discussões importantes de forma potente e muito atual, é muito bacana saber que estamos levando o cinema nacional a tantos lugares do Pajeú. Com certeza, será um reencontro com o público repleto de alegria”, destaca Bruna Tavares, diretora de produção da Pajeú Filmes e uma das curadoras. Entre as novidades deste ano, está a chegada da MPC às cidades de Calumbi e Flores, onde também serão realizadas oficinas de realização audiovisual com foco em animação, ministradas por Paulo Leandro. Os trabalhos desenvolvidos pelos participantes serão exibidos nas próprias cidades. Outro destaque é a oficina “Da Poesia ao Vídeo - Ocupação Pajeú”, coordenada por Eva Jofilsan com estudantes de Carnaíba. A formação é um dos pilares do evento, que ainda promove oito encontros com profissionais do audiovisual sobre temas como cinema e meio ambiente, cineclubismo, produção e literatura. As exibições no Cine São José acontecem de 19 a 23 de maio, com sessões diurnas voltadas ao público infantojuvenil, sessões noturnas com curta e longa-metragem e exibições com acessibilidade para pessoas com deficiência. A mostra aposta em uma programação mais enxuta, que privilegia a interação com o público e estimula reflexões sobre o cinema contemporâneo e suas múltiplas linguagens. Realizada pela Pajeú Filmes com apoio de secretarias municipais e incentivo da Lei Paulo Gustavo, a MPC reforça o papel do audiovisual como ferramenta de inclusão, formação e cidadania cultural no interior. A programação completa está disponível no site www.mostrapajeudecinema.com.br. Serviço9ª Mostra Pajeú de Cinema📅 De 28 de abril a 23 de maio📍 Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira🎟️ Todas as atividades são gratuitas🔗 www.mostrapajeudecinema.com.br📱 @mostrapajeudecinema | @pajeufilmes✉️ pajeufilmes@gmail.com

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Cannabis Medicinal é tema de documentários e debate no Encontros do Cinema Pernambucano

Edição especial do projeto exibe filmes e promove conversa com especialistas nesta quinta (24), no Bar Super 8, no centro do Recife O uso da Cannabis para fins terapêuticos será o foco da edição especial do Encontros do Cinema Pernambucano, que acontece nesta quinta-feira (24/04), às 20h, no Bar Super 8, no centro do Recife. A programação inclui a exibição de dois documentários e um debate com especialistas, ativistas, pacientes e profissionais da saúde e do direito. O evento é gratuito. Em cartaz estarão os filmes “Dirijo” (2008), de Raoni Valle, que aborda a relação do povo indígena Mura com a planta, e “Mãeconheiras” (2020), documentário coletivo que retrata a luta de mulheres pernambucanas pelo acesso ao óleo de cannabis para o tratamento de doenças raras em seus filhos. As obras evidenciam o impacto da criminalização da planta e a urgência de políticas públicas para seu uso medicinal. Após as exibições, o público poderá participar de um debate com o médico Wilson Freire, a ativista Ingrid Farias, a presidente da Aliança Medicinal, Hélida Lacerda, o advogado Sergio Urt, da OAB/PE, e o consultor canábico Bernardo Jungmann. Com diferentes vivências e perspectivas, os convidados trarão informações técnicas, jurídicas e pessoais sobre os desafios enfrentados por pacientes e familiares. “É uma pauta urgente e ainda cercada de preconceitos. Trazer essa discussão para um espaço público, acessível e com especialistas é essencial para a conscientização e avanço da sociedade”, ressalta Thor Neukranz, curador do projeto Encontros do Cinema Pernambucano, que já realizou mais de 140 sessões em 2024. Serviço📽️ Encontros do Cinema Pernambucano – Edição Cannabis Medicinal📅 Quinta-feira, 24 de abril🕗 20h📍 Bar Super 8 – Rua Mamede Simões, Centro do Recife🎟️ Evento gratuito🔗 Produção: Vinícius Costa e Wandryu Figuerêdo

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Museu Memorial de Gravatá passa por reforma e ganha sala de cinema

Revitalização do espaço será realizada com recursos das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e deve ser concluída em até 90 dias O Museu Memorial de Gravatá, importante espaço de preservação da história e identidade local, está passando por uma revitalização completa. Com previsão de entrega em 90 dias, a reforma contará com melhorias na estrutura física, aquisição de novos equipamentos e a criação de uma sala de cinema. A iniciativa é financiada por meio das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, sob a coordenação da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer de Gravatá. Segundo o prefeito Joselito Gomes, a requalificação vai além da infraestrutura. “A estética será renovada, e os objetos expostos terão nova disposição — mais harmônica, mais viva, mais próxima de quem os contempla”, afirma. O projeto também prevê segurança reforçada e mais conforto para os visitantes, valorizando o acervo e ampliando a experiência cultural no local. Um dos grandes destaques será a nova sala de cinema, voltada à exibição de produções locais, estaduais e nacionais. O objetivo é fortalecer o audiovisual como instrumento de memória e expressão artística, dando visibilidade à produção cultural pernambucana. “O Memorial se reconstrói não apenas em alvenaria, mas em propósito”, destaca o secretário Marllon Lima. “A cidade preserva sua essência e, ao mesmo tempo, projeta-se para o futuro — com orgulho, com poesia e com respeito à sua trajetória.” Serviço📍 Museu Memorial de GravatáRua Tenente Cleto Campelo, s/n – Centro🕗 Segunda a sexta – 8h às 17h🕘 Sábado – 9h às 17h🕘 Domingo – 9h às 14h🎟️ Entrada gratuita

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Registro do CurtaLab 2022 Credito Hannah Carvalho 2

CurtaLab 2025 oferece imersão criativa para novos cineastas com grandes nomes do cinema brasileiro

Gabriel Mascaro, Juliana Rojas e Bárbara Wagner estão entre os convidados da 3ª edição do laboratório, que acontece no Bairro do Recife de 22 a 25 de abril. Foto: Hannah Carvalho A terceira edição do CurtaLab – Laboratório de Desenvolvimento de Curtas-Metragens será realizada de 22 a 25 de abril, no Izi Corporate House, no Bairro do Recife. Destinado a cineastas iniciantes, o evento promove uma verdadeira imersão criativa com aulas, consultorias e mentorias para 12 projetos selecionados do Norte e Nordeste do Brasil. Com foco na formação e na troca de experiências, o laboratório ainda oferece encontros abertos ao público com grandes nomes do cinema nacional, como Gabriel Mascaro, Bárbara Wagner e Juliana Rojas. Além dos projetos contemplados, outros 18 participantes foram escolhidos para integrar as atividades formativas do CurtaLab 2025, totalizando 30 pessoas envolvidas. As oficinas abordam temas como roteiro, direção, produção e distribuição, sempre com orientação dos cineastas Enock Carvalho e Matheus Farias, realizadores premiados e fundadores da produtora Gatopardo. Também participam como mentores os cineastas Fábio Leal, Aleksei Abib e a própria Juliana Rojas. As Conversas de Cinema, ponto alto da programação, acontecem sempre às 16h30, com entrada gratuita e distribuição de ingressos uma hora antes de cada sessão. Na terça (22), o bate-papo será com Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata por “O Último Azul”. Na quarta (23), Bárbara Wagner compartilha sua trajetória ao lado de Benjamin de Burca. Já na quinta (24), Juliana Rojas fecha a programação, trazendo sua experiência com curtas, longas e séries premiadas. O CurtaLab é uma realização da Gatopardo, com incentivo da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Funcultura Audiovisual, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, além do apoio do Izi Corporate House e da Experimento Produções. Desde sua criação, o projeto tem se consolidado como um dos principais espaços de formação para jovens realizadores do audiovisual brasileiro. Serviço3º CurtaLab – Laboratório de Desenvolvimento de Curtas-Metragens📅 22 a 25 de abril de 2025📍 Izi Corporate House – Av. Cais do Apolo, 455, Bairro do Recife🎬 Conversas de Cinema (sempre às 16h30, com entrada gratuita):• 22/04 – Gabriel Mascaro• 23/04 – Bárbara Wagner• 24/04 – Juliana Rojas🎟 Ingressos distribuídos 1h antes no local🔗 Mais informações: www.curtalab.com.br | Instagram: @curtalab

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Premiado na Berlinale, “O Último Azul” amplia circuito internacional e fortalece o cinema brasileiro

Filme de Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata, terá exibições em 13 países e estreia comercial no Brasil no segundo semestre Após vencer o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri na 75ª Berlinale, “O Último Azul”, novo longa de Gabriel Mascaro, consolida-se como destaque do cinema brasileiro no cenário internacional. Protagonizado por Denise Weinberg e com Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás no elenco, o filme já tem presença confirmada em 13 festivais ao redor do mundo e garantiu distribuição em mais de 15 mercados internacionais, da Europa à Ásia. Neste mês, o longa faz sua estreia em festivais latino-americanos e europeus, com sessões em Cartagena (Colômbia), no BAFICI (Buenos Aires) e no Festival de Istambul. Em maio, integra a mostra Rizoma do IndieLisboa (Portugal), que foca em obras com forte apelo social, e em junho desembarca no Sydney Film Festival, na Austrália. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para o segundo semestre, com distribuição da Vitrine Filmes. Ambientado em um Brasil amazônico e distópico, “O Último Azul” narra a jornada de Tereza (Weinberg), uma idosa de 77 anos prestes a ser exilada em uma colônia habitacional estatal. Antes do destino imposto, ela decide realizar um último desejo, navegando pelos rios da floresta em uma jornada de resistência e transformação. A trama toca em temas como envelhecimento, liberdade e dignidade em meio a uma sociedade que descarta seus mais velhos. Além dos prêmios oficiais da Berlinale, como o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost, o filme recebeu críticas entusiasmadas da imprensa especializada. O The Hollywood Reporter chamou-o de “um deslumbrante filme de estrada aquático”, enquanto a Variety destacou seu tom entre a ficção científica e a fábula. O Screen Daily elogiou Denise Weinberg por sua “performance vencedora”, e o Cineuropa classificou sua Tereza como “uma personagem adorável, que carrega o filme com imensa sensibilidade”. Produzido por Rachel Daisy Ellis, da Desvia Produções, e Sandino Saravia Vinay (de “Roma”), o longa é uma coprodução entre Brasil, México, Chile, Países Baixos e conta com apoio da Globo Filmes.

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Festival Reconhecer ocupa Pina e Brasília Teimosa com teatro, cinema e música gratuita ao ar livre

Evento chega à 4ª edição nos dias 22, 25 e 26 de abril valorizando a arte feita por artistas das comunidades, com atrações de dança, rap, brega e curtas-metragens locais A arte das periferias vai ganhar as ruas, os palcos e a praia com a quarta edição do Festival Reconhecer, que movimenta os bairros do Pina e Brasília Teimosa nos dias 22, 25 e 26 de abril. Com o tema “A arte que celebra o povo”, o evento gratuito tem como proposta enaltecer a produção cultural feita por artistas locais, levando ao público apresentações de dança, teatro, cinema e música ao ar livre. A programação começa com o Dia do Teatro e da Dança, no Teatro Barreto Júnior, segue com uma sessão de curtas-metragens na orla e termina com um grande cortejo musical no Pina. Idealizado por um coletivo de produtores culturais das duas comunidades, o Festival surgiu em 2018 com o objetivo de reconhecer e visibilizar talentos locais que muitas vezes não têm acesso aos grandes palcos. “Queremos que o público enxergue o valor dos artistas da própria comunidade, reconheça suas raízes e se sinta representado pela arte feita aqui”, explica Ewerton de Oliveira, o Tom, um dos organizadores. A curadoria da programação inclui grupos de dança como Samba Queiroz e Hunters Dance Crew, além de nomes da cena musical como Tonhão MC, Dry Alves, Frenezzi MC, VIXTOR e DJ Atom. Com expectativa de público superior a 2.500 pessoas, o Reconhecer também movimenta a economia dos bairros ao contratar fornecedores locais e incentivar o consumo dentro das comunidades. Além das apresentações, o festival oferece oficinas, gravações de podcasts e rodas de conversa com jovens do Pina e de Brasília Teimosa, reforçando seu papel formativo e comunitário. “É uma ação que transforma. A arte toca, forma e também gera renda”, diz Ítalo Luz, produtor e responsável pela comunicação do projeto. A 4ª edição do Festival Reconhecer conta com incentivo da Fundação de Cultura Cidade do Recife e da Secretaria de Cultura do Recife, além do apoio do Instituto JCPM de Compromisso Social. Todas as atividades são gratuitas. A programação completa e os perfis dos artistas participantes estão disponíveis no Instagram oficial do evento: @festivalreconhecer.

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Albinismo é tema de curta que estreia este mês em festival no Rio

Joselito, negro, 65, descobriu que era albino aos 20 anos quando fora usado como exemplo numa aula por sua professora de Biologia. Laís, negra, 7, albina, com a ajuda da mãe entendeu desde nova que o albinismo não é uma condição limitante. Joselito mora em Salvador, Laís, no Rio de Janeiro. Distantes geograficamente, dividem os desafios de uma condição e uma complexa rede ancestral. O curta observacional, À Flor da Pele, acompanha os dois personagens em sua jornada diária com o albinismo.  Joselito é filho de mãe indígena e de pai negro. Descobrir-se albino tardiamente custou ao baiano sérios problemas de pele. Foi submetido a mais de 100 procedimentos cirúrgicos para remover lesões pré-cancerígenas. Apesar disso, costuma manter otimismo e bom humor. Numa das cenas, diverte-se com a enfermeira durante o procedimento de remoção de uma das lesões nas costas. Diferente de Joselito, Laís é acompanhada desde que nasceu, quando fora diagnosticada como albina. Patrícia, a mãe, conta que a princípio tomou um susto, mas logo em seguida entendeu que a filha veio para lhe dar coragem e mudar a forma de pensar sobre a condição. O entrelaçar das histórias é visível também na montagem realizada por Natara Ney. Numa das cenas, Laís está à mesa com os pais. Em off, ouvimos a voz de Joselito, que conta a história do nascimento do irmão que também é albino. Momentos distintos quanto ao contexto, porém interligados pela condição dos personagens.  À Flor da Pele tem direção e roteiro da carioca Danielle Villanova. Danielle foi produtora executiva do documentário Fico Te Devendo Uma Carta Sobre o Brasil, que conquistou Menção Honrosa do Júri Oficial no IDFA em 2019 e no Festival É Tudo Verdade em 2020. Também foi coordenadora de produção do documentário Divinas Divinas, de Leandra Leal. À Flor da Pele é sua estreia na direção. O curta irá estrear no Festival Curta Cinema no Rio de Janeiro, que acontece de 23 a 30 de abril.  Sobre o doc: https://www.aflordapelefilme.com/

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Kleber Mendonça Filho estreia novo longa em Cannes com Wagner Moura no papel principal

Filme “O Agente Secreto” integra a Competição Oficial e disputa a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2025 O cinema brasileiro volta aos holofotes internacionais com O Agente Secreto, novo longa-metragem do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, que terá estreia mundial na Competição Oficial do Festival de Cannes 2025. Estrelado por Wagner Moura, o thriller ambientado no Brasil de 1977 marca a primeira colaboração entre o ator e o cineasta, e disputa a cobiçada Palma de Ouro, prêmio máximo do evento, que acontece de 13 a 24 de maio, na França. Esta é a terceira vez que Kleber é selecionado para a mostra principal do festival — feito já alcançado com Aquarius (2016) e Bacurau (2019). Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que retorna ao Recife para fugir de um passado misterioso. Ao chegar, percebe que a cidade está longe de representar a paz que ele busca. O elenco reúne nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes e Thomás Aquino. Coprodução entre Brasil, França, Holanda e Alemanha, o filme tem distribuição nacional da Vitrine Filmes. A montagem foi assinada por Eduardo Serrano e Matheus Farias, e a pós-produção ocorreu em Berlim e Paris. “Esse filme é resultado de um desejo grande de continuar filmando o Brasil e o Recife, desta vez no contexto histórico do mundo de 50 anos atrás, de um Brasil do passado", destaca Kleber Mendonça Filho. Já Wagner Moura celebra o reencontro com o Recife e a realização do sonho de trabalhar com Kleber: "Filmar ‘O Agente Secreto’ foi uma das melhores experiências que tive em sentidos diversos. Trabalhar com Kleber era quase uma obsessão desde que vi ‘O Som ao Redor’.” A presença do filme em Cannes também celebra os 20 anos da estreia de Kleber no festival, com o curta Vinil Verde (2005), exibido na Quinzena dos Realizadores. Desde então, o diretor se consolidou como um dos principais nomes do cinema autoral brasileiro, com trajetória consistente no circuito internacional. Serviço:O Agente SecretoEstreia mundial: Festival de Cannes 2025 (13 a 24 de maio)Distribuição no Brasil: Vitrine Filmes

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Thor Neukranz: "O cinema é coletivo, e começar com o que se tem é essencial"

Cineasta pernambucano fala sobre sua trajetória, a importância dos cineclubes e como a produção independente pode alcançar o mundo. O cineasta pernambucano Thor Neukranz, formado há pouco tempo na Graduação em Cinema pela UFPE, está construindo sua jornada no cinema de forma independente, apostando na formação contínua e na força do coletivo. Desde os primeiros experimentos audiovisuais até a criação do cineclube “Encontros do Cinema Pernambucano”, ele tem se dedicado à valorização do cinema local e à ampliação do acesso a produções independentes. Seu documentário Elos da Matriarca (2021), produzido com recursos mínimos, circulou internacionalmente e reforçou sua crença de que o olhar singular do artista é mais importante do que a perfeição técnica. Nessa curta trajetória profissional, o seu documentário Elos da Matriarca fez um percurso de exibições em vários festivais, alcançando reconhecimento dentro e fora do Brasil. A obra foi exibida em eventos internacionais como o Festival Brésil en Mouvements, em Paris, o First Nations Film and Video Festival, em Chicago, e o Squish Movie Camp, em Roterdã, onde Thor Neukranz esteve presente. Além disso, integrou a programação do Lift-Off Global Network, na Inglaterra, e do Paus Premieres Festival, em Manchester. No Brasil, participou do Encontros do Cinema Negro, o mais importante festival dedicado à temática no país. A qualidade do trabalho foi reconhecida com prêmios como Melhor Montagem na III JED – Jornada de Estudos do Documentário, no Recife, além de menções honrosas no MOV Festival, também na capital pernambucana, e no Student World Impact Film Festival, nos Estados Unidos. Nesta entrevista, Neukranz compartilha sua experiência no setor audiovisual, a importância dos cineclubes como espaços de aprendizado e troca, e os desafios de manter um projeto cultural ativo. Ele também reflete sobre as oportunidades que o cinema pernambucano tem conquistado e dá conselhos para quem deseja ingressar na área. Como foi a sua experiência de formação para o setor de cinema aqui no Recife e seus primeiros passos no audiovisual? Ao decidir fazer cinema, em 2014, busquei cursos de formação na área e encontrei muitos gratuitos. Além dos aprendizados nas aulas, a rede de contatos desenvolvida com professores e colegas foi essencial, afinal o cinema é uma arte coletiva. Para quem quer começar na área, é preciso estar atento e buscar as oportunidades dentro e fora da internet. Mas que não aguarde por isso para produzir. O perfeccionismo pode ser o maior inimigo. Com um celular já se pode começar. Talvez no próprio bairro haja um grupo cultural antigo, um ancião histórico ou uma jovem artista talentosa que tem uma história inspiradora. Um documentário assim pode ser uma peça importante na construção da nossa identidade e na preservação da memória, por exemplo. É fundamental também desenvolver o seu próprio olhar e não só reproduzir o que já estamos saturados de ver. Fiz um documentário sobre a minha avó com imagens de arquivo e, durante a pandemia, filmei ela com o meu celular, sem equipe nem acessórios como tripé ou microfone. Não é o ideal, mas funcionou. Elos da Matriarca (2021) foi o meu TCC no curso de Cinema & Audiovisual na UFPE e circulou em diversos países. Há uma cena de um vídeo vertical que meu primo mandou para o grupo do Whatsapp da família. Eu jamais faria isso antes do curso de Cinema, quebrei essa visão dogmática nas aulas. Adorei ver aquele vídeo de baixa resolução - mas essencial na narrativa - nas telas do cinema. Emociona o público e prova que a qualidade técnica não é o que mais importa. Após as exibições conversei com pessoas de outros países e me tocou como o ponto de vista de culturas diferentes me fez ver outras camadas e detalhes que nunca havia pensado sobre meu trabalho, minha vó e até o meu país. A experiência também deixou claro que a nossa arte, mesmo a de baixo orçamento, quando bem feita, é bem-vinda e valorizada pelo mundo. Qual a importância do movimento cineclubista aqui no Estado? O movimento cineclubista existe em Pernambuco desde a década de 1940. Tivemos muitos cineclubes que foram espaços de desenvolvimento para gerações de realizadores, como o “Jurando Vingar” e o “Barra Vento”. Comecei a fazer parte do cineclube “THCine” em 2014 trabalhando na produção e curadoria. Os filmes assistidos e os debates com pesquisadores nas sessões ao longo dos anos foram parte da minha formação. Depois tive a experiência circulando em festivais com meus filmes, sempre observando atentamente aspectos como a recepção aos cineastas, a apresentação e a proposta curatorial de cada um. Foi dessa experiência que nasceu o projeto Encontros do Cinema Pernambucano? Com a bagagem neste cineclube, aumentou o desejo de colocar em prática uma velha ideia: um cineclube focado em curtas independentes e pernambucanos. Toda sessão com a presença dos autores das obras para um debate franco e direto com o público. Com o conceito nasceu o “Encontros do Cinema Pernambucano” em parceria com o Bar Super 8, a casa do projeto independente. Desde 2 de janeiro de 2024 já foram mais de 135 sessões com centenas de obras e convidados como Gabriel Mascaro, Katia Mesel, Cláudio Assis e Adelina Pontual. Apresentei e fiz a curadoria da maioria das sessões, sempre levando em conta a diversidade das pessoas convidadas, abrindo espaço para cineastas sem espaço, seja das periferias, dos quilombos ou das comunidades indígenas, mas também de realizadores de destaque no cinema pernambucano. A equipe, que começou só comigo, Vinícius Costa e Gabriela Esposito, casal sócio do Super 8, hoje conta com outros profissionais que se somaram de forma espontânea. Wandryu Figuerêdo é estudante de Cinema da UFPE e produtor das nossas sessões. JP Seixas participa registrando em fotos e vídeos. O designer Saulo Rodrigues faz nossas artes de divulgação mesmo vivendo em Aracajú-SE. O jornalista Marcus Iglesias conhece o bar desde o início e passou a colaborar como assessor de imprensa no projeto, assim como o projecionista Silas Alexandre, que se tornou parceiro estratético no planejamento da programação e registros. Malu Sá é atriz e vive na Inglaterra,

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No embalo do Oscar: Quais as expectativas para o cinema pernambucano?

O Sucesso de Ainda estou aqui traz a perspectiva de aumento de público para o cinema brasileiro e local. O setor audiovisual local abriu mercado para profissionais, mas precisa de mais investimentos públicos e despertar a iniciativa privada para financiar as produções. *Por Rafael Dantas O País está vibrando pelo primeiro Oscar do Brasil com Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, e diante de toda a visibilidade que a história de Eunice Paiva ganhou. Em meio às expectativas de Hollywood, outro longa-metragem, O Último Azul, com a direção do pernambucano Gabriel Mascaro, venceu também o Urso de Prata do Festival de Berlim. Com salas de cinema lotadas e um orgulho do cinema nacional tomando os brasileiros, as expectativas para o setor audiovisual nacional e do Estado, que é uma das referências na sétima arte, são de atrair mais investimentos e público. O furacão de sucesso de Ainda Estou Aqui, que já levou 5,7 milhões de pessoas para as telonas, aumentou o percentual de salas dedicadas ao cinema nacional. O longa, estrelado por Fernanda Torres, já representa 30,2% das vendas gerais da Ingresso.com, que é a maior tiqueteira do País. O setor cinematográfico nacional comemorou 3.509 salas de cinema em funcionamento em 2024, quebrando o recorde pré-pandemia de 2019. Pernambuco registrou 118 salas, que é o mesmo número do último ano antes da pandemia.  Evolução do número de salas de cinema em funcionamento em Pernambuco Neste momento de valorização do público com as produções nacionais e do impulso de voltar às salas de cinema, após anos de perda de cinéfilos para os streamings, há um otimismo, mesmo que contido, com o futuro do setor audiovisual. “Um Oscar não garante nada mas, certamente, é um fator que dá aval para que nosso cinema tenha capacidade de alcance de público e de competitividade, em um nível industrial internacional”, considera Nina Velasco, docente do curso de Cinema da Universidade Federal de Pernambuco. A pesquisadora ressalta que as produções nacionais e pernambucanas têm uma história de receber premiações em festivais de qualidade cinematográfica, especialmente festivais de arte. Festivais de Cannes (França), de Veneza (Itália) e de Berlim (Alemanha) sempre ofereceram espaços privilegiados ao cinema brasileiro. O reconhecimento da Academy Awards com o Melhor Filme Internacional traz um outro tipo de reconhecimento. “Concorrer e conquistar o Oscar nos leva a outro patamar de disputa e de visibilidade para o mundo. Se já havia esse reconhecimento internacional de qualidade, talvez não tivesse essa competitividade de público internacional. Ainda Estou Aqui é um fenômeno que dependeu também do público nacional para estar nesse lugar de disputa internacional”, avalia Nina Velasco. "Concorrer e conquistar o Oscar nos leva a outro patamar de disputa e de visibilidade para o mundo. Se já havia o reconhecimento internacional de qualidade, talvez não tivesse essa competitividade de público internacional". Nina Velasco UM MERCADO QUE PREMIA E EMPREGA MUITA GENTE Kleber Mendonça Filho, Gabriel Mascaro, Guel Arraes, Cláudio Assis, Lirio Ferreira, Marcelo Gomes… são muitos os cineastas pernambucanos com premiações nacionais e internacionais nas suas estantes. Com filmes que levaram as histórias e paisagens de Pernambuco para o mundo. Em paralelo, essas produções geram empregos e renda para muita gente. Se são os atores que estão nas telas e são reconhecidos pelo público, a mágica da sétima arte se faz com o trabalho de diretores, produtores, roteiristas, editores/montadores, figurinistas, cenógrafos, entre tantas outras posições. De acordo com dados do IBGE de 2021, ainda em plena pandemia, Pernambuco tinha registradas 262 empresas ou organizações que atuavam no segmento das atividades cinematográficas, que engloba ainda produção de vídeos e de programas de televisão, gravação de som e edição de música. No País, o Anuário Estatístico do Audiovisual Brasileiro de 2023 (o último publicado) indica que o setor gerou 86.227 empregos formais em 2022.  Isadora Gibson é uma profissional multifacetada que viveu as experiências de estar na frente e por trás das câmeras, atuando tanto como atriz quanto na direção de arte. Arquiteta de formação, seu envolvimento com o cinema começou de forma espontânea, influenciado por amigos da área. Dentre suas experiências mais marcantes, Isadora destacou sua atuação no filme O Som ao Redor e na série Lama dos Dias, da Globoplay. No campo da direção de arte, atuou como assistente de produção de arte e objetos em O Último Azul, o filme premiado de Gabriel Mascaro.  Além das produções que vão para as telonas, ela afirma que os profissionais locais estão entrando também no mercado dos streamings, onde ela já teve experiências na direção de arte. "Onde mais trabalho são em produções selecionadas em editais públicos, mas já trabalhei em streaming para Cangaço Novo, que foi em Campina Grande. Há várias produções em São Paulo e no Rio de Janeiro, isso deu uma fomentada no nosso mercado”.  Ela ressalta que, apesar da profissionalização do setor, os desafios persistem, sobretudo com a carga tributária elevada para os profissionais autônomos. Contudo, mantém o otimismo em relação ao futuro, torcendo por mais investimentos e valorização do cinema nordestino. “Pernambuco é um lugar rico culturalmente como um todo, na área musical, na dança, no teatro. O cinema pernambucano é forte porque junta a grande base de capital cultural, com certa precariedade que torna tudo mais criativo. Fazemos na raça, mas está mudando. Com a profissionalização e com os recursos. Com o Oscar, esperamos melhorar os investimentos para o setor”, almeja Isadora. "O cinema pernambucano é forte porque junta a grande base de capital cultural com certa precariedade que torna tudo mais criativo. Fazemos na raça, mas está mudando. Com a profissionalização e com os recursos. Com o Oscar, esperamos ter mais investimentos". Isadora Gibson Outra que atua na direção de arte é Sephora Silva. Também arquiteta, ela ingressou no audiovisual após ser convidada para trabalhar como assistente em um projeto de um amigo que estava realizando seu primeiro filme. Essa experiência inicial despertou sua paixão pelo cinema e a levou a buscar capacitação técnica, incluindo um curso de formação no México. Ao longo de sua trajetória, ela já

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