Arquivos Cinema - Página 14 De 18 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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“Ferrugem” lança interessante olhar sobre a juventude

Por Houldine Nascimento          “Ferrugem” chega ao circuito comercial brasileiro nesta quinta (30) com a chancela de ter sido eleito o Melhor Filme do Festival de Gramado dias atrás. Em seu novo longa, o diretor Aly Muritiba se debruça sobre o universo dos adolescentes. A história se desenvolve inicialmente em torno de Tati (Tiffanny Dopke), uma adolescente que, assim como boa parte de sua geração, divide momentos felizes de sua vida em redes sociais como Facebook e Instagram. Frustrada com o antigo namorado, a garota se envolve com Renet (Giovanni di Lorenzi), um colega de turma. A vida de Tati vira do avesso quando um vídeo íntimo vaza num grupo de WhatsApp do colégio. A situação, naturalmente, toma grandes proporções. A angústia passa a tomar conta de Tati devido à superexposição a que se submete. Com isso, sofre perseguição de vários colegas com constantes comentários maldosos. Um efeito dominó surge diante desse acontecimento, que mexe com diversos personagens. Na segunda parte, o foco é em cima de Renet e de seus dilemas, que incluem a presença superprotetora do pai (Enrique Diaz) e o ressentimento com a mãe (Clarissa Kiste). Aly nunca perde o controle dos fatos. Pelo contrário, maneja tudo com muita segurança, mantendo o interesse do público em saber o desdobramento da história. Tudo é bem amarrado pelo roteiro que escreveu junto com Jessica Chandal. A discussão a que o filme se propõe também é muito relevante por sintetizar de forma precisa o mundo dos jovens e tratar de temas atuais comocyberbullying e os riscos a se submetem. Nessa seara, cria cenas de grande impacto. Assim como em seu primeiro longa de ficção, “Para minha amada morta”, o diretor volta a construir as ações a partir de um vídeo secreto. No entanto, Muritiba apresenta ao espectador uma obra mais atraente, revelando maturidade neste que possivelmente é o melhor filme brasileiro em 2018. “Ferrugem” iniciou sua trajetória no Festival de Sundance, em janeiro, passou por vários festivais e trata de temas universais com originalidade. Estas razões o fazem sair na frente na corrida para ser o representante do nosso País na luta por uma vaga no Oscar em 2019. Isto é, se a comissão responsável pela escolha não fizer nenhuma bobagem.

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Enel Green Power promove sessões de cinema ao ar livre no interior de Pernambuco

Projeto CineSolar, que utiliza energia solar como fonte de energia nas projeções, faz parte das iniciativas de Responsabilidade Social da companhia Iniciativa foi criada para oferecer atividades diferenciadas para trabalhadores e comunidades próximas aos parques da empresa nas regiões A Enel Green Power promove, nos dias 9 e 10 de agosto, o CineSolar, projeto itinerante de cinema ao ar livre que utiliza energia solar como fonte de energia. As exibições serão realizadas próximas a usina de Fontes, no município de Tacaratu, na região do Médio São Francisco. Serão promovidas sessões de cinema gratuitas, entre longas e curtas metragens, além de oficinas e uma exposição, unindo arte, cinema e sustentabilidade. O projeto prevê, ainda, a realização de atividades culturais e de educação ambiental em escolas e comunidades locais, abordando aspectos econômicos, sociais, ecológicos, éticos e estimulando a consciência ambiental, em especial, frente aos desafios específicos de cada região. “O CineSolar nos permite compartilhar atitudes em prol da preservação ambiental, já realizadas em nossos empreendimentos, para as comunidades vizinhas, que muitas vezes estão localizadas em áreas remotas. Pouco a pouco a nossa presença é percebida como um agregador de valor na região”, destaca Márcia Massoti, Diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil. Além da exibição dos filmes, serão realizadas oficinas de estímulo à construção de fornos solares, que reduzem o consumo de gás e de lenhas. O projeto também oferecerá oficinas audiovisuais nas comunidades, abordando temas da permacultura (criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos), bioconstrução e os objetivos do desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidadas (ONU). A iniciativa é realizada em parceria com a Brazucah Produções que, acreditando no potencial brasileiro de geração de energias renováveis, tem o objetivo democratizar o acesso à cultura com ações como o Cine Solar. “Além de possibilitar o acesso à produção audiovisual nacional, queremos trabalhar com ações sustentáveis que multipliquem a conscientização ambiental e mostrem a força que a energia solar tem no país”, comenta Cynthia Alario, diretora da produtora.   Sobre o CineSolar É o primeiro cinema itinerante do Brasil que utiliza energia limpa e renovável – a solar – para funcionar.  Além da projeção de filmes, o projeto promove arte e sustentabilidade por meio de oficinas e atividades artísticas e lúdicas. A iniciativa conta com um furgão equipado com um sistema de captação de energia solar, capaz de gerar a própria energia para alimentar toda sua estrutura de funcionamento. Desde o início das atividades, em 2013, o Cinesolar, em seus diversos circuitos, realizou cerca de 670 sessões com a exibição de mais de 50 longas e 100 curtas-metragens com a temática socioambiental em 260 cidades. A iniciativa percorreu mais de 70 mil km pelo país e ofereceu cerca de 180 oficinemas, com 5,5 mil participantes, aproximadamente. Nesse período, foram economizados mais de 1.777,6 kW de energia elétrica, o que equivale a cerca de 5,1 mil horas de uma geladeira ligada sem interrupções.   Sobre a Enel Green Power A Enel Green Power, divisão de Energias Renováveis do Grupo Enel, dedica-se ao desenvolvimento e operação de energias renováveis em todo mundo, com presença na Europa, Américas, Ásia, África e Oceania. A Enel Green Power é um líder global no setor de energia verde, com uma capacidade gerenciada de cerca de 40 GW através de um mix de geração que inclui energia eólica, solar, geotérmica, biomassa e hidroelétrica, e está na vanguarda da integração de tecnologias inovadoras, nas plantas renováveis de energias.   Sobre a Brazucah A Brazucah é uma produtora cultural e uma agência de comunicação que tem como objetivo a formação de público para o cinema brasileiro. Desde 2002 no mercado, a Brazucah desenvolve projetos culturais com foco no cinema nacional e sua democratização, em parceria com organizações, empresas e marcas.  Em seus projetos Cinesolar, Cinesolarzinho, Cine Autorama e CineB, em conjunto, a Brazucah realizou mais de 1.500 eventos para um público superior a 200 mil espectadores.   Programação: Petrolândia – PE  Data: 10 de agosto – sexta-feira Sessão Cinesolar Horário: às 19h Endereço: Em frente à Escola Estadual Lagoinha, Comunidade Lagoinha Oficinema e Oficina Forno Solar Horário: 14h30 às 17h Endereço: Escola Estadual Lagoinha, Comunidade Lagoinha

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Cinema da Fundação lança Sessão Índigo para pessoas com necessidades específicas

O Cinema da Fundação amplia a acessibilidade nas suas salas de exibição e lança neste domingo (29), a Sessão Índigo para crianças, jovens e adultos com necessidades específicas e seus familiares. A sessão inclusiva acontecerá sempre no último domingo de cada mês. “Já com a experiência bem sucedida do projeto Alumiar, para pessoas cegas, de baixa visão, surdas e ensurdecidas, damos mais um passo na inclusão de novos públicos nas nossas salas de cinema. Agora iremos programar também sessões que recebam pessoas com necessidades específicas como Síndrome de Down e autismo”, explica a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache. O filme de estreia será O Galinho Chicken Little, de Mark Dindal, produzido pelos estúdios da Disney. A divertida  animação será exibida às 14h, na sala do Derby, com entrada gratuita. Nesta sessão, a sala ficará mais iluminada e o som será um pouco reduzido a fim de melhor atender às necessidades do público. Para Jaíra Maia, mãe de uma criança com Síndrome de Down, o acesso à cultura e a arte são fundamentais na formação de qualquer pessoa.  Mas ressalva que “a maioria dos espaços são restritos e dificilmente encontramos abertura para a inclusão. Sendo assim, iniciativas como a do Cinema Fundação se fazem cada vez mais necessárias, pois abrem espaço para pessoas com necessidades específicas, adaptando o seu ambiente para acolhê-las”, afirma. Iara Maia é um das famílias fundadoras do Instituto 21, que se uniram para produzir e socializar conhecimento, divulgar informações e promover ações e serviços especificamente à pessoa com Síndrome de Down. O grupo participou da escolha do filme de estreia da Sessão Índigo e estará presente nas sessões mensais recebendo o novo público. “Esperamos contar, cada vez mais, com a participação de grupos e profissionais voltados a ações inclusivas para pessoas com necessidades especiais”, finaliza Ana Farache. Sinopse O Galinho Chicken Little (EUA, 2004) Animação. De Mark Dindal. Com vozes de Zach Braff, Joan Cusack, Garry Marshall, Steve Zahn. Chicken Little é um galinho cheio de imaginação que vive aprontando as maiores confusões. Até que um dia ele pensa que o céu está caindo, deixando todo mundo louco de medo. 77 min | Livre Derby: DOM (29/07), 14h

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Crítica| Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

Dizer que Dwayne Johnson é o novo Arnold Schwarzenegger dos filmes de ação não seria um exagero. Basta uma rápida olhada na sua filmografia para perceber isso. Muita testosterona, pancadaria e explosões não podem ficar de fora. Uma boa história, às vezes, sim. Seu novo filme, Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, que estreia na quinta (12), é uma prova disso. Dwayne Johnson interpreta o veterano de guerra e ex-líder da operação de resgate do FBI, Will Ford. Ele se afasta da função após perder uma perna durante uma missão, passando a trabalhar como especialista em segurança de arranha-céus. Indicado por um antigo amigo para fazer a vistoria de um edifício na China, conhecido como o mais alto do mundo, Will se depara com um ataque terrorista, que ameaça não apenas a moderna construção, mas também sua família.     Arranha-Céu: Coragem Sem Limite é dirigido por Rawson Marshall Thurber, que já trabalhou com  Dwayne Johnson no filme Um Espião e Meio. Marshall também é responsável pelo roteiro, bem ruim, por sinal. A começar pelos diálogos que, de tão sofríveis, parecem tirados de algum best-seller de autoajuda, com pérolas como “você precisa do medo para ter coragem”. Algumas cenas destoam do conjunto e dão a impressão de que foram forçadamente “enxertadas”. O elenco também não ajuda muito, a começar por Dwayne Johnson que, apesar do carisma, segue no automático interpretando ele mesmo. Outro nome que pode ser citado é o de Neve Campbell, conhecida por protagonizar a franquia de sucesso Pânico. Aqui ela encarna Sarah, mulher de Will. Sua personagem é de grande importância para o desfecho da história.     As sequências de ação, planejadas a princípio para mexer com os nervos do público e prender a atenção, provocam, ironicamente, efeito contrário. O excesso de situações improváveis e soluções inverossímeis enfraquecem a trama e distanciam o espectador. Cenas que insultam a inteligência como a que mostra o protagonista pulando de um guindaste até o edifício em chamas ou recorrendo a artifícios no melhor estilo Macgyver para se pendurar e saltar de um lado a outro do prédio (usando até fita adesiva). Arranha-Céu: Coragem Sem Limite aponta para a seguinte questão: grandes explosões, efeitos especiais de última geração e muita pancadaria em detrimento de uma boa história são suficientes para lotar cinemas? Em muitos casos sim, mas também é possível entreter e conquistar grandes bilheterias com blockbusters de qualidade. Basta ver os recentes Pantera Negra, Vingadores: Guerra Infinita e até Jumanji: Bem-Vindo à Selva, com o próprio The Rock, longas que conquistaram crítica e público. Confira o trailer

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Cinépolis inaugura complexo no Shopping Patteo Olinda

A Cinépolis, maior operadora de cinemas da América Latina e segunda maior do mundo em ingressos vendidos, inaugura um novo complexo de cinema este mês no Shopping Patteo Olinda, que abriu suas portas em abril deste ano. O complexo abrirá para o público no dia 05 de julho, trazendo para Olinda os lançamentos mais importantes e esperados do circuito comercial nacional e internacional. O cinema foi construído com padrão de qualidade Cinépolis, sendo entregue para a cidade com equipamentos de som e projeção novos e de última tecnologia. O projeto contempla seis salas tradicionais com projeção digital, incluindo três com tecnologia 2D e três com tecnologia 3D, totalizando 1.501 lugares numerados, 31 vagas para cadeirantes e 13 lugares para obesos. Todas as salas têm formato stadium, poltronas reclináveis, braço removível (tipo namoradeira), óculos 3D em tamanho infantil e adulto e som digital biamplificado. Já no dia 18 de julho, acontece a inauguração de duas salas VIP, que fazem parte do complexo e contam com tecnologia 3D, 130 lugares numerados e seis vagas para cadeirantes. Ambas as salas possuem formato stadium, poltronas de couro com comando elétrico e totalmente reclináveis, braço removível (tipo namoradeira), óculos 3D em tamanho infantil e adulto e som digital biamplificado. O acesso às salas contará com um lobby exclusivo e com a bombonière VIP, transformando a experiência do cinema em algo mágico. O cardápio trará uma grande variedade de pratos VIP como: o exclusivo Hot Dog feito com pão e salsicha especiais e bacon bits e cheddar importados; Boneless Chicken Tenders; Mini Hamburguer Sliders; Mini Hot Dog com Batata Smiles; Crepes; Sanduíche de Pernil e Churros gourmet. Já as tradicionais pipocas trarão temperos exclusivos como Lemon Pepper, Doce e Salgada, além da Pipoca Mix, que permite misturar diferentes sabores e temperos. O grande diferencial no atendimento fica por conta do serviço exclusivo dentro das salas VIP, onde os clientes poderão ser servidos em suas poltronas até o início do filme, solicitando quaisquer serviços da bombonière, incluindo os pratos VIP. “Estamos felizes em fazer parte deste novo empreendimento em Olinda, um projeto que foi idealizado para o lazer das famílias olindenses. Nosso complexo de cinema possui a última tecnologia em som e imagem, além de toda qualidade de nossos serviços que proporcionam uma excelente experiência aos clientes. Estamos também levando para Olinda nossas premiadas salas VIP, onde os clientes poderão ser servidos em suas poltronas até o início do filme, solicitando quaisquer serviços da bombonière, incluindo os pratos VIP.”, afirma Luiz Gonzaga de Luca, presidente da Cinépolis Brasil. Todas as salas têm lugar marcado e a venda de ingressos está disponível nas bilheterias, nas máquinas de autoatendimento e também pela internet. É possível consultar a programação dos filmes, trailers e promoções pelo site: www.cinepolis.com.br. “Ter um complexo de cinema com a qualidade Cinépolis tem tudo a ver com o Shopping Patteo Olinda, juntos vamos elevar os padrões de qualidade e experiência de nossos consumidores”, comenta José Luiz Muniz, diretor do Grupo CM, que é o empreendedor do centro de compras junto com a HBR Realty. A programação trará as estreias nacionais e internacionais de acordo com os lançamentos do mercado, em formatos legendado, dublado, 2D e 3D. Os clientes poderão complementar a experiência dentro de salas com uma grande oferta de produtos na bombonière, incluindo combos de pipoca, bebidas e balas tematizados dependendo do filme em lançamento. Destaque especial para a pipoca salgada e doce preparada na hora, assim como produtos especiais como nachos e cachorro quente. Serviço: Inauguração Cinépolis Shopping Patteo Olinda (Olinda) – salas tradicionais Data: 05/07/2018. Endereço: R. Eduardo de Morais, S/N – Casa Caiada, Olinda – PE, 53030-030.

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Curta metragem ‘Kibe Lanches’ é exibido no Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema

Dirigido por Alexandre Figueirôa, o documentário Kibe Lanches, sobre uma lanchonete especializada em pratos árabes que funcionava no bairro do Pina, na zona sul do Recife, ganha duas sessões no Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema. As exibições ocorre no próximo sábado (7) e na segunda-feira (9), no Cinestar Speciall Laura Alvim, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O festival, que tem início nesta quinta-feira (5), chega à sua oitava edição em 2018. Na década de 1980, nos finais de semana, além de vender kibes, esfihas, charutos de repolho, entre outras iguarias, o Kibe Lanches transformava-se numa casa de espetáculos improvisada. Grupos de pagode animavam as tardes de domingo; aos sábados, se realizavam festas dançantes; e, nas sextas, o local tornava-se um dos principais ponto de encontro LGBT da cidade, com apresentações de transformistas e um desfile de rapazes. Ousado para a época, com os candidatos desfilando primeiro vestidos e, no final, completamente nus, o inusitado concurso era conhecido como as “rolinhas do Barão”, referencia ao proprietário do estabelecimento e o animador das festas Luiz Ferreira de Araújo, mais conhecido como Barão. O documentário Kibe Lanches resgata essa história que, infelizmente, não conta com registros em imagens da época. Nos anos 1980, as casas noturnas recifenses frequentadas por “entendidos e frangos”, como em geral se chamava os gays masculinos, ainda eram vistos como lugares à margem. Embora não houvesse uma repressão violenta e explícita contra esses espaços, as atividades neles realizadas eram meio escondidas. O desfile das rolinhas do Barão acontecia num palco improvisado nos fundos da lanchonete depois da meia noite, mas logo se tornou um grande sucesso e era conhecido por toda a comunidade gay do Recife. Para reconstituir a história do Kibe Lanches, o diretor Alexandre Figueirôa reuniu alguns dos frequentadores assíduos dos shows e desfiles e também ouviu o próprio Barão que, por cerca de dez anos, abriu sua casa para a diversidade sexual. Por meio dessas lembranças vamos descobrindo um pouco como eram essas noitadas, num tempo em que os movimentos LGBT ainda estavam dando os seus primeiros passos e os desejos e os prazeres sexuais vividos entre pessoas do mesmo sexo eram, muitas vezes, marcados pela clandestinidade. O filme é uma produção independente e só foi possível graças a contribuição do artista plástico e cabeleireiro Cristiano Artur; do coletivo Surto e Deslumbramento, sobretudo Chico Lacerda e André Antonio que contribuíram com o roteiro e a edição; dos cinegrafistas Sergio Dantas e Francisco Baccaro; e dos produtores Fernando de Albuquerque e Túlio Vasconcelos. Ele tem também o apoio da Revista O Grito!

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Cine PE 2018 começa com manifestações políticas

*Houldine Nascimento, especial para a Algomais A 22ª edição do Cine PE teve início nessa quinta-feira (31), no Cinema São Luiz, na Boa Vista, centro do Recife. Mais curto em razão da crise de abastecimento que parou o Brasil, o festival foi adiado por dois dias e passou a ter entrada gratuita. A abertura refletiu as tensões que acometem o país. A política se fez presente na plateia e nos discursos de cineastas. Do público, foi possível ouvir diversos gritos de “fora Temer”, protestos contra o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e vaias à Rede Globo, uma das instituições que apoiam o evento. Espirituosa, a jornalista Graça Araújo, que apresenta o Cine PE desde a primeira edição, conseguiu contornar com leveza e bom humor o clima pesado. “Daqui a pouco, eu vou pensar que essas vaias são para mim”, disse, arrancando risos e aplausos dos espectadores. Ao subir ao palco, o diretor e pesquisador Marcos Buccini, que compete na mostra de curtas pernambucanos com a animação “O consertador de coisas miúdas”, fez críticas ao Governo Federal e se solidarizou com o cineasta Kleber Mendonça Filho, notificado pelo Ministério da Cultura para devolver R$ 2,2 milhões referentes a recursos captados para a realização de “O som ao redor” (2013). “A gente precisa prestar atenção ao sucateamento da cultura e educação que está acontecendo no país. Queria também deixar meu apoio a Kleber Mendonça Filho, vítima de perseguição simplesmente porque expôs esse governo golpista que está aí”, declarou. Buccini também lançou o livro “História do cinema de animação em Pernambuco”. A obra é fruto de uma tese e faz um apanhado da produção de animação no estado. Cada exemplar está sendo vendido por R$ 20. “Meu trabalho não foi só catalogar, mas também discutir questões de mercado”, explicou. Ainda pela mostra local, houve a exibição do curta “Dia um”, de Natália Lima. Na competição de curtas nacionais, “Marias” (RJ) documenta a dura trajetória de cinco mulheres vítimas de violência de seus ex-companheiros. Uma das personagens retratadas é Cristiane, mãe da diretora Yasmim Dias, morta pelo marido. “Eu transformei a minha dor em luta. Hoje, sigo em frente”, falou Yasmim, emocionada. O filme foi ovacionado. “Sob o delírio de agosto” (PE), de Carlos Kamara e Karla Ferreira, tem a cidade de Orobó como cenário e aborda como pano de fundo a esquizofrenia, retratada na figura de Severo (Bruno Goya). Já “Abismo” (RJ), de Ivan de Angelis, narra de forma cômica a situação de um porteiro (Jurandir de Oliveira) às voltas com o elevador do edifício em que trabalha. Tanto Kamara quanto De Angelis protestaram contra o presidente Michel Temer. Fora de competição, o curta de animação libanês “Desculpe, me afoguei”, de Hussein Nakhal e David Hachby, foi produzido pela ONG Médicos sem Fronteiras e retrata a fuga dos refugiados sírios para sobreviver. Comovente, a obra partiu de uma carta encontrada junto ao corpo de um refugiado que naufragou no Mar Mediterrâneo. O último filme da noite foi o longa “Mulheres alteradas”, de Luís Pinheiro, estrelado por Deborah Secco, Alessandra Negrini, Monica Iozzi e Maria Casadevall. HOMENAGEM – A diretora pernambucana Katia Mesel foi homenageada pelos 50 anos de carreira. Coube ao secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, entregar a Calunga de Ouro à cineasta. “Quero dedicar uma parcela dessa homenagem às mulheres porque, nesses 50 anos, eu vi o foco mudar. Antes, as mulheres no audiovisual eram basicamente atrizes. Hoje em dia, elas desempenham todas as funções dentro do mercado cinematográfico. Cinema não se restringe mais a um só gênero”, pontuou. O Cine PE segue nesta sexta-feira (1º) com homenagem à atriz Cássia Kis e exibição dos curtas “Uma balada para Rock Lane” (PE), “Teodora quer dançar” (RJ), “Balanceia” (RO), “Banco Brecht” (PE) e dos longas “Christabel” (RJ) e “Os príncipes” (RJ). O festival vai até 5 de junho. *Houldine Nascimento é jornalista

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Festival Varilux de Cinema Francês turbinado em 2018

A maratona de filmes franceses já tem data marcada. De 7 a 20 de junho, cinemas de 63 cidades brasileiras recebem o Festival Varilux de Cinema Francês de 2018 com seus 21 filmes participantes, sendo 20 longas-metragens da nova safra da cinematografia francesa e um clássico: o famoso Z, de Costa-Gavras. Além dessas cidades, graças a uma parceria estratégica com o SESC Nacional, 15 longas da programação serão exibidos em 29 unidades culturais do SESC, com entrada franca, entre junho e julho, levando o Festival a municípios onde geralmente o cinema francês não chega. Com isso, o Festival Varilux estará presente em 88 cidades, cobrindo quase todo território nacional. Outra novidade importante: o festival contará com uma delegação de profissionais franceses reconhecidos nos ramos da produção, da distribuição e da TV e organizará pela primeira vez o Encontro Franco-Brasileiro de Cinema nas três cidades, discutindo temas como o da atualidade das coproduções franco-brasileiras, do financiamento, da regulamentação e dos mercados do cinema na Europa e no Brasil (distribuição, VOD, vendas internacionais, etc). As outras atividades paralelas contemplam debates com os integrantes da delegação, ações e sessões educativas, além do laboratório franco-brasileiro de roteiros sob a coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e diretor geral do FIPA (Festival Internacional de Programação Audiovisual). Pioneira em festivais e sucesso na edição passada, o Varilux promove novamente uma Mostra de Realidade Virtual com curadoria do cineasta e especialista francês de VR Fouazi Louahem, que também ministrará uma Masterclass de Realidade Virtual em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Em parceria com a Unifrance Films, o Festival apresenta pela primeira vez uma seleção de curtas-metragens franceses, alguns premiados, demonstrando dessa forma a diversidade e a criatividade da narrativa audiovisual da França. O evento, que conquistou o ranking de maior festival francês do mundo e levou 180 mil pessoas aos cinemas apontando um crescimento de 15% em relação ao ano anterior, segue em expansão. O diretor do festival, Christian Boudier, comemora: “A parceria com o SESC Nacional permite que o Varilux alcance um público que não costuma ter acesso à cinematografia francesa, reforçando nosso trabalho de democratização do Festival e formação de plateia no país”. A produção é da Bonfilm, e o evento conta com patrocínio principal da Essilor/Varilux, Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. OS FILMES O público terá a oportunidade de assistir aos mais novos trabalhos de cineastas, astros e estrelas consagrados e também de premiados jovens talentos que imprimem diversidade e originalidade ao cinema francês. Entre as produções, destacam-se três filmes da nova geração francesa de cineastas, designada várias vezes pela crítica de “nouvelle guarde”: “Custódia” (Jusqu’à la garde), de Xavier Legrand, que acompanha a disputa entre um casal pela guarda do filho. O longa foi vencedor do Prêmio de Melhor Direção e Melhor Primeiro Filme no Festival de Veneza. “A Excêntrica Família de Gaspard” (Gaspard va au mariage), de Antony Cordier, comédia melancólica sobre o adeus à infância, desejo e tempo. “O Poder de Diane” (Diane a les Épaules), de Fabien Gorgeart, em que uma mulher concorda em gerar o filho de um casal de amigos homossexuais, abordando com humor e ternura a temática dos novos modelos familiares. Também obras de jovens cineastas, dois filmes de gênero pouco comum na França têm como cenário uma Paris pós-cataclismo. Ao mesmo tempo uma sátira social e um filme de zumbis, o longa de Dominique Rocher “A noite devorou o mundo” (La nuit a dévoré le monde) mostra a cidade invadida pelas criaturas, com um único ser humano tentando sobreviver. Na mesma veia, “O Último Suspiro” (Dans la brume), do quebequense Daniel Roby, mostra uma família tentando se salvar após uma contaminação química, com Romain Duris no papel principal. Será apresentado o último filme de François Ozon: “O Amante Duplo” (L’amant double), um thriller exibido na seleção oficial do Festival de Cannes com a bela Marine Vacth em romance erótico com Jérémie Renier, que desempenha duplo papel na trama. O ator também estará no festival como diretor pois assina, ao lado do irmão Yannick Renier, a direção do suspense “Carnívoras” (Carnivores), sobre a relação conflituosa de duas irmãs atrizes. A cinebiografia “Gauguin – Viagem ao Taiti” (Gauguin – Voyage de Tahiti), de Edouard Deluc, traz Vincent Cassel no papel do artista em seu autoexílio no Taiti, onde encontra sua musa Tehura, tema de suas mais importantes pinturas, e local no qual enfrenta solidão, pobreza e doença. Já o drama LGBT “Marvin”, mais recente longa de Anne Fontaine, conta com a atuação de Finnegan Oldfield, um dos jovens atores atuais mais cotados na França. No longa-metragem, ele ainda contracena com a consagrada atriz Isabelle Huppert, que interpreta ela mesma. O histórico “Troca de Rainhas” (L’échange des Princesses), ambientado em 1721, conta a história da troca de princesas entre França e Espanha para manter a paz entre os dois reinos e traz no elenco os emblemáticos atores franceses Lambert Wilson e Olivier Gourmet. Pierre Niney, reconhecido especialmente por sua interpretação em “Yves Saint-Laurent”, poderá ser visto atuando como filho de Charlotte Gainsbourg no filme “Promessa ao Amanhecer” (La Promesse de l’aube), adaptado do famoso romance do renomado escritor francês Romain Gary, que foi o único vencedor de dois Prêmios Goncourt. Um dos mais populares atores franceses, o veterano Daniel Auteuil está no longa “Orgulho” (Le Brio), de Yvan Attal, como um explosivo professor que aceita preparar uma aluna da periferia para um concurso de oratória. A protagonista Camélia Jordana, atriz e cantora, chamada na França de “Nova Madonna”, foi premiada com o César 2018 de Melhor Atriz Revelação por esse papel. Outros dramas que também estão na programação deste ano focarão em questões humanas e sociais. É o caso de “Primavera em Casablanca” (Razzia), que trata de intolerância e

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“Deadpool 2” chega aos cinemas com o desafio de superar números do primeiro

Com jeito desbocado e senso de humor ácido, Deadpool conquistou plateias em 2016, ano em que estreou na tela grande. Seu primeiro longa chamou a atenção da crítica especializada e do grande público ao apresentar uma proposta ousada, carregada de violência e referências a outros filmes, bem diferente das produções do gênero realizadas até então. Deadpool custou US$ 58 milhões a Fox e arrecadou mais de US$ 783 milhões em todo o mundo. Todo esse sucesso empurra agora para Deadpool 2 a (ingrata) responsabilidade de tentar superar em criatividade e bilheterias o primeiro filme. A sinopse hilária divulgada pela Fox em novembro de 2017 já revelava qual seria o tom do novo longa: Depois de sobreviver a um ataque bovino quase fatal, um chefe de cafeteria desfigurado (Wade Wilson) luta para alcançar seu sonho de se tornar o barman mais quente de Mayberry, enquanto também aprende a lidar com sua perda de paladar. Procurando reencontrar seu gosto pela vida, junto com um capacitor de fluxo, Wade precisa lutar contra ninjas, Yakuza, e uma alcateia de caninos sexualmente agressivos, enquanto faz uma jornada pelo mundo para descobrir a importância da família, amizade e sabor – encontrando um novo gosto para a aventura e ganhando o cobiçado título de Melhor Amante do Mundo em sua caneca de café. Na história, Deadpool (Ryan Reynolds) terá que proteger um jovem mutante chamado Russel (Julian Dennison). Ele está sendo procurado por Cable (Josh Brolin), um soldado que veio do futuro com a missão de eliminar o garoto. O mais louco é notar que a trama se desenvolve em função das piadas, não o contrário. Em uma das cenas, toda uma equipe de heróis é formada, a X-Force, para logo em seguida ser descartada pelo roteiro, apenas com o intuito de concluir uma sequência cômica. Nem tudo é ruim em Deadpool 2. Alguns personagens conseguem se destacar, como o vilão, Cable, em mais uma boa interpretação de Josh Brolin e a novata Dominó (Zazie Beetz), que tem como superpoder (acreditem!) a sorte. A personagem está nas melhores cenas de ação do filme, ora saltando de paraquedas, ora dirigindo um enorme caminhão desgovernado.   Ironicamente, o senso de humor que fez do primeiro filme um grande sucesso torna Deadpool 2, em alguns momentos, repetitivo. O que antes era inovador, aqui tem cara de formulaico. Algumas piadas relacionadas aos universos Marvel e DC agradarão aos já familiarizados com o assunto. Por outro lado, podem não conseguir arrancar risadas daqueles que não sabem muito do tema. Há rumores de que ao menos mais dois longas com o herói serão lançados: Deadpool 3 e X-Force. Mais que fazer piadas de cunho sexual ou ridicularizar a concorrência, chegou a hora dos roteiristas focarem numa boa história. Resta saber se a franquia terá fôlego para tantos projetos.  

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Bazar, música e cinema ao ar livre

O Jardim Secreto convida todos para uma programação bem especial neste final de semana, dia 17/03, é o “Sábado no Jardim: com bazar, música e cinema”. O evento começará às 14h com a venda de roupas, livros, brinquedos, entre outros objetivos a preços simbólicos com o objetivo de arrecadar fundos para a manutenção e sustentabilidade do projeto que surgiu pelo desejo de moradores e amigos do Poço da Panela, de ressignificar uma área abandonada e transforma-la num espaço de convivência, lazer, cultivo e preservação da natureza. Às 16h, teremos apresentação de Alysson, do Oca Xucuru, que traz em seu repertório músicas brasileiras. O palco, improvisado pelos próprios voluntários do projeto, ficará aberto para participação dos convidados que queiram mostrar um pouco da sua musicalidade. No começo da noite, as 18h, é a vez do cineminha ao ar livre no gramado, que exibirá um filme “secreto” para todas as idades. Os jardineiros deixam a solicitação para que as pessoas levem cangas, cadeirinhas, almofadas e repelentes a fim de que a sessão seja mais confortável. O evento contará com a venda de alimentos e bebidas, bem como iluminação, policiamento e banheiros químicos que foram pleiteados pelos voluntários aos respectivos órgãos responsáveis como o 11º Batalhão da Policia Militar, Emlurb e Prefeitura do Recife. EVENTO Sábado no Jardim: com bazar, música e cinema Data: Sábado, dia 17 de março de 2018 Horário: Das 14h às 21h Local: Final da Rua Marquês de Tamandaré, às margens do rio Capibaribe, no bairro Poço da Panela.  

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