Arquivos cinema - Página 14 de 16 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Novo filme do Homem-Aranha chega aos cinemas (por Wanderley Andrade)

  O cartaz de Homem-Aranha: De Volta Ao Lar divulgado em maio passado provocou a ira de alguns fãs e estimulou a criatividade de internautas, que encheram as redes sociais de memes. O que chamou a atenção no material, além da qualidade ruim, fora o destaque dado ao Homem de Ferro, personagem interpretado por Robert Downey Jr., que dividiu as atenções com o protagonista do filme. Seria um filme do Homem-Aranha ou de uma possível dupla de heróis? Mas não é a primeira vez que isso acontece em produções da Marvel. Quem não lembra do último longa do Capitão América, o Guerra Civil, que está mais para filme dos Vingadores? Seguindo a mesma cartilha de universos compartilhados, estreia hoje nos cinemas o mais novo filme do herói aracnídeo. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar começa logo após os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil. Após lutar ao lado do Homem de Ferro contra a equipe liderada pelo Capitão América, Parker volta à sua rotina: estudos durante o dia e, à noite, caça a criminosos trajando o famoso uniforme vermelho. Este longa agradará principalmente ao público adolescente. Peter Parker, ainda com 15 anos, divide o tempo salvando velhinhas de assaltantes e enfrentando problemas comuns à idade. O roteiro explora, sem cerimônia, todos os clichês característicos aos filmes de temática adolescente, como bullying, primeira namorada e a ida ao baile da escola. A escalação do ator Tom Holland para o papel do protagonista foi bem acertada. O jovem, além de ser muito talentoso, tem o perfil ideal para essa nova proposta. Em entrevista recente, o diretor e roteirista Jon Watts declarou ter buscado inspiração nos filmes de John Hugues, diretor de grandes clássicos adolescentes do cinema. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar, terá, inclusive, uma das cenas inspiradas em Curtindo a Vida Adoidado. A trama é dividida em duas partes: na primeira, Parker tenta provar a Tony Stark que tem condições de integrar a equipe dos Vingadores. Stark o considera muito jovem e ainda imaturo para tamanha responsabilidade. Na segunda parte, Parker segue para o embate final contra o vilão da história, o Abutre. Interpretado pelo ator Michael Keaton, considero este um dos melhores vilões de todos os seis filmes já produzidos, ao lado, claro, do Dr. Octopus, interpretado pelo excelente Alfred Molina no segundo filme da primeira trilogia. O longa tem cenas hilárias. O roteiro brinca a todo momento com a imagem séria do Capitão América, que aparece em vídeos educativos exibidos para os alunos “rebeldes” da escola. Também faz piada com a famosa cena do beijo da primeira trilogia, aquela em que o Homem-Aranha, de cabeça para baixo, beija Mary Jane. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar prova que o amigo da vizinhança ainda tem fôlego para uma nova trilogia de sucesso. E como acontece em todo filme da Marvel, este também tem cenas pós-créditos. Mas quer um conselho? Não vale muito a pena ficar para ver. Confira o trailer. *Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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Conheça "Rodin", filme que provocou polêmica em Cannes

“É um Filme velho! ” Assim gritou um jornalista espanhol ao final da projeção do longa Rodin na 70ª edição do Festival de Cannes realizada em maio. Os jornalistas que participaram da sessão não perdoaram o mais novo trabalho do experiente diretor francês Jacques Doillon. Muitos, inclusive, questionaram se o filme realmente merecia estar entre os selecionados. A crítica maior ficou para a forma tradicional, até novelesca, escolhida por Doillon para contar a história do famoso escultor francês. Recentemente, Rodin foi exibido no Festival Varilux de Cinema Francês, evento realizado em 55 cidades do Brasil, cinco delas em Pernambuco. Rodin é considerado o progenitor da escultura moderna, um artista de renome mundial. Apesar disso, o filme de Doillon parece mais se preocupar com a vida promíscua do artista. Ele é retratado como um verdadeiro Don Juan francês, que mistura seu trabalho aos momentos de prazer com aquelas que servem de modelo para suas esculturas. Na história, Rodin (Vincent Lindon) vive com Rose Beuret (Séverine Caneele), mas costuma trair sua companheira com as alunas que frequentam seu atelier, entre elas, a famosa escultora francesa Camille Claudel (Izïa Higelin). Esse romance serve de norte para boa parte da trama. A cenas de amor entre Rodin e Camille estão entre os bons momentos do filme, graças também à boa química entre os atores Vincent Lindon e Izïa Higelin. A rotina de Rodin com a família também é mostrada. Rotina conturbada, por sinal. Rose não aceita as constantes traições do marido que, por sua vez, não mantém boa relação com o filho, a ponto de pedir que não o chame de pai, mas de mestre. O filme tem um roteiro ruim. Os fatos e subtramas são jogados ao espectador de forma quase que aleatória, tornando a história cansativa. Apesar do roteiro fraco, resta um alento: a bela fotografia de Christophe Beaucarne. O belga, que traz no currículo quatro indicações ao César (um dos mais importantes prêmios do cinema francês), faz um excelente trabalho no registro das cenas externas e das que acontecem dentro do atelier de Rodin, as que aparecem o artista moldando suas esculturas. Rodin ainda pode ser visto no Cinema da Fundação, que estendeu por mais uma semana a programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Será exibido no sábado (24) às 20h, no Cinema do Museu. Confira a programação completa.

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Dia do Cinema Nacional: filmes brasileiros que podem ajudar no vestibular

Utilizar o cinema para entender o contexto de uma época pode ser um exercício interessante para quem está se preparando para prestar vestibular. Todas as grandes narrativas ocorridas desde a criação do mundo já foram retratadas pela sétima arte. Neste dia 19 de junho, em que é comemorado o dia do cinema nacional, os professores do Stoodi – plataforma de educação à distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo – montaram uma lista com dicas de filmes brasileiros que podem te ajudar na hora da prova. 1) Central do Brasil (1998, Drama, 1h55) De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o fluxo migratório brasileiro é mais expressivo do Nordeste para o Sudeste. Em 2013, por exemplo, a Bahia foi o estado que perdeu maior número de população. Já São Paulo, foi o estado que mais recebeu novos residentes. Para retratar esse cenário, a sugestão de filme é o premiado Central do Brasil. Dirigido por Walter Salles, o longa ganhou o Urso de Ouro em Berlim, o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e mais uma dezena de prêmios. Central do Brasil também foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e rendeu à Fernanda Montenegro a disputa de melhor atriz. 2) Que Horas Ela Volta? (2015, Drama/Comédia, 1h54) O filme chama atenção para os contrastes brasileiros. Val é uma pernambucana que precisa deixar sua família no Nordeste paraprocurar emprego em São Paulo. Ela passa a morar na casa de seus patrões e ajuda na criação de Fabinho. Depois de 10 anos sem ver sua filha, Jéssica decide morar coma mãe para se preparar para o vestibularem uma cidade com mais oportunidades. Ela chega, não segue um “protocolo” e começa a questionar algumas diferenças sociais. O filme é dirigido por Anna Muylaert, que dá uma aula de Sociologia e faz uma crítica social ao modo como a classe média trata seus empregados. 3) Olga (2004, Drama/Romance, 2h21) A produção retrata o período da Intentona Comunista, um movimento liderado pela ANL (Aliança Nacional Libertadora) e contrário ao governo de Vargas. Olga Benário foi uma judia nascida na Alemanha e treinada para lutar em prol do comunismo na União Soviética – local onde conheceu Luís Carlos Prestes. Dirigido por Jayme Monjardim, o filme tem Camila Morgado e Caco Ciocler nos papéis principais e mostra as extremas dificuldades que o casal enfrenta. Olga é enviada para a Alemanha, em pleno período nazista. Sua chegada ao Campo de Concentração de Ravensbrück é uma das cenas mais marcantes do longa. 4) O Dia que Durou 21 anos (2012, Documentário Histórico, 1h17) O documentário “O dia que durou 21 anos”, dirigido por Camilo Tavares, revela áudios sigilosos de telefonemas da Casa Branca e documentos secretos da relação Estados Unidos-Brasil durante o Golpe de 64. Dividido em três episódios de 26 minutos cada, o documentário mostra a influência dos presidentes Jonh F. Kennedy e Lyndon Johnson no processo do golpe militar, na época em que João Goulart comandava o Brasil. O filme revela em que medida a CIA estava envolvida com o cenário político quando o plano para tirar Jango do poder foi executado. 5) Cinema, Aspirinas e Urubus (2005, Aventura/Drama, 1h39) A história se passa no Nordeste brasileiro na época em que aconteceu a Segunda Guerra Mundial. No filme, um alemão veio se refugiar no Brasil, tornou-se caminhoneiro e passou a vender aspirinas pelo país. Em uma de suas caronas, ele encontra um homem simples que, à primeira vista, parece muito diferente de sua realidade. Esse moço acaba virando seu ajudante e começa a exibir filmes do remédio contra dor de cabeça por onde eles passam. A história relaciona características de dois povos muito diferentes que têm em comum a habilidade de enfrentar as condições adversas. 6) O que é isso companheiro? (1997, Drama/Thriller, 1h50) O filme “O que é isso Companheiro?”mostra como foi o sequestro do embaixador americano, Charles Burke Elbrick, realizado pelos grupos guerrilheiros MR-8 e ANL, durante a Ditadura Militar no Brasil. Os dois grupos militantes têm orientação política de esquerda, lutam pelo fim da ditadura militar e pela implantação do socialismo no Brasil. Dirigido por Bruno Barreto, o longa recebeu indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Vale assistir para entender como ocorreram essas disputas ideológicas no período mais sombrio da história nacional. 7) Desmundo (2002, Drama, 1h41) O filme retrata a sociedade da época da colonização e desbravamento do Brasil, em meados de 1570. Naquele período os negros eram mantidos como escravos, os índios eram considerados selvagens e as mulheres, tratadas como propriedades de seus maridos. O longa-metragem traz uma discussão humanizada sobre estes temas. Mostra ainda que a Igreja mandou trazer de Portugal meninas órfãs para se casarem com os colonos e evitar que estes portugueses se relacionassem com as índias. Interessante assistir ao filme para compreender este período histórico brasileiro. Sobre o Stoodi Lançado em 2013, o Stoodi é uma startup de educação à distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidasao vivo. A plataforma nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à educação no país, oferecendo uma plataforma intuitiva e acessível para facilitar a vida dos estudantes em fase pré-vestibular e de alunos do ensino médio que precisam de reforço escolar. A plataforma já conta com 600 mil alunos cadastrados e 40 milhões de aulas assistidas, que correspondem a 5milhões de horas de conteúdo.

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Sofá ou cinema? (Por Ivo Dantas)

Nos últimos anos um debate vem crescendo dentro da indústria cinematográfica. Modelos como o do Netflix irão acabar com o cinema? De antemão, minha resposta é direta: não! A verdade é que a revolução dos serviços de streaming vem na esteira de uma demanda latente que foi, durante muito tempo, ignorada pelas grandes produtoras. O consumo de produtos piratas remetia a mais de uma conclusão. Para além da questão meramente financeira, de serem mais baratos, muitas das pessoas que consumiam as mídias ilegais o faziam para não ter que ir até o cinema ver um filme. O consumidor passou a ser mais exigente. Quer o seu desejo atendido do modo que ele entende que é o melhor para si. Baixar filmes tem muito disso. Pegar uma pipoca, ligar o computador, cruzar as pernas no sofá e.... pronto. O Netflix viu esse mercado. O que é o Netflix se não a comodidade de ver conteúdos sem precisar apertar mais do que dois botões. Prova maior disso é que o mercado de filmes ilegais sofreu grande impacto após o crescimento do serviço de streaming. Mas o Netflix foi além. Entendeu que as produtoras começariam a criar seus próprios serviços para concorrer com ele. Qual a solução? Vamos criar conteúdo próprio – de qualidade – e baseado na DEMANDA DO CONSUMIDOR. Hoje, o Netflix tem seu reinado garantido justamente por esse material exclusivo que conta em sua biblioteca. Por isso, quando vejo polêmicas como a entre Almodóvar e Wil Smith (http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-130933/), só enxergo resistência, apego a um modelo que não atende mais ao que o consumidor quer. Cinema ou Sofá depende de cada um, mas acreditar em um purismo da sétima arte é simplesmente não querer enxergar a realidade.

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Caixa Cultural Recife recebe mostra sobre Pedro Almodóvar

Estreou na terça (9), na Caixa Cultural Recife, a mostra El Deseo – O Apaixonante Cinema de Pedro Almodóvar. Serão exibidos todos os 22 longas que integram a filmografia do diretor e mais dois documentários sobre sua vida e carreira. A mostra tem curadoria da pesquisadora argentina Silvia Oroz e do jornalista Breno Lira. Silvia participará também de um debate sobre o diretor e estará à frente de um master class. Para saber todos os detalhes da mostra, o colunista Wanderley Andrade conversou com Breno Lira, admirador confesso da obra de Almodóvar. Como surgiu a “Mostra El Deseo”? Eu tive a ideia de fazer a mostra em 2009. Foi a primeira vez que me inscrevi em um edital da Caixa Cultural. Só que o projeto não foi selecionado. Inscrevi outra vez e eles selecionaram para acontecer aqui no Rio de Janeiro em 2011. Depois disso, a mostra já foi para Curitiba, Brasília, ano passado levei para Belo Horizonte e agora Recife, na Caixa Cultural. Sempre gostei dos filmes do Almodóvar. Sempre tive curiosidade de saber os detalhes de todo o processo de realização dele, como escrevia aquelas histórias, de onde vinham. Convidei Silvia Oroz, que divide a curadoria comigo, a montar o projeto da mostra e apresentar para a Caixa. A mostra tem o mesmo formato das que aconteceram nas outras cidades? No Rio, além dos filmes do Almodóvar e dos documentários que estamos apresentando em Recife, tínhamos incluído alguns trabalhos que o diretor produziu pela El Deseo e longas que serviram de referência para seus filmes. Isso foi possível pois tínhamos a disposição duas salas de exibição. Só consegui levar dessa forma para belo horizonte. Nas outras cidades, até por conta da duração, algumas com apenas uma semana, como aconteceu em Curitiba e Brasília, tive que reduzir e fazer essa versão mais compacta que inclui todos os longas dele e esses dois documentários que descobrimos quando estávamos realizando a primeira mostra. De Recife, a mostra seguirá para quais cidades? Ainda tenho vontade de levar a mostra para São Paulo e Fortaleza, que são duas cidades que têm unidades da Caixa Cultural. Como a Caixa tem sido parceira desde o início, tenho priorizado seus editais. Estamos conversando também com outras cidades. Mesmo fazendo uma mostra só com os filmes, sem oferecer catálogo, existe um custo mínimo. É necessário um patrocínio, uma pessoa interessada, alguma empresa que possa bancar o projeto. Qual característica da obra de Almodóvar mais chama tua atenção? Sempre falam sobre como Almodóvar usas as cores em seus filmes. E realmente é algo que chama a atenção. Durante a infância, ele viveu numa região da Espanha que não era muito colorida, uma região mais seca, mais cinzenta. Ele tinha apenas as cores dos filmes que via no cinema. Às vezes até o excesso de cores que usa vem um pouco dessa carência de cor durante a infância. O interessante no trabalho do diretor, desde o “Pepi, Luci e Bom”, que é o primeiro, até o ”Julieta”, é a forma como constrói seus roteiros, tanto nos originais, quanto nas adaptações. Percebe-se sua evolução como roteirista. Se você assistir toda a mostra vai perceber isso. Os roteiros do Almodóvar são uma verdadeira aula de como escrever uma história para cinema, com todas as maluquices e estranhezas que sua filmografia tem. Como começou sua parceria com Silvia Oroz? Nós trabalhávamos no curso de cinema da Universidade Estácio de Sá no Rio. Minha função no curso de cinema era organizar sessões de filmes seguidas de debates para os alunos da universidade. Silvia sempre participava como mediadora. Eu sabia que ela tinha uma pesquisa grande sobre melodrama latino-americano. Nas conversas com ela, descobri que gostava do trabalho do Almodóvar, que pesquisava a obra dele também, mas nunca tinha publicado nada. Daí comecei a falar sobre o projeto da Mostra, de sua participação ao meu lado na curadoria e sobre ela promover uma master class falando justamente da relação do Almodóvar com o melodrama, que são dois assuntos que domina. Foi importante ter esse peso da Silvia no projeto por conta até de todo o conhecimento que tem. Ela é argentina, mas mora no Brasil há mais de 30 anos. Fugiu da ditadura com o marido e se estabeleceu trabalhando em cinemateca, acervos e atualmente como professora universitária. PROGRAMAÇÃO 11/05– quinta-feira 17h – MATADOR – Duração: 1h36 - 18 anos 19h - A LEI DO DESEJO – Duração: 1h40 – 16 anos 12/05 – sexta-feira 17h – FILMES QUE MARCARAM ÉPOCA – TUDO SOBRE MINHA MÃE – Duração: 52 min – 10 anos 18h10 – TUDO SOBRE O DESEJO – O APAIXONANTE CINEMA DE PEDRO ALMODÓVAR – Duração: 49min – 10 anos 19h15 – Debate: O CINEMA DE PEDRO ALMODÓVAR – 90 min 13/05 - sábado 15h – KIKA – Duração: 1h52 – 14 anos 17h15 - DE SALTO ALTO – Duração: 1h53 – 16 anos 19h30 – MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS – Duração: 1h35 – 12 anos 14/05 - domingo 16h – Master class: PEDRO ALMODÓVAR E O MELODRAMA – 120 min 16/05 – terça-feira 17h - A FLOR DO MEU SEGREDO – Duração: 1h42 – 14 anos 19h - ATA-ME! – Duração: 1h41 - 18 anos 17/05 – quarta-feira 17h - CARNE TRÊMULA – Duração: 1h39 - 18 anos 19h – TUDO SOBRE MINHA MÃE - 1h40 – 14 anos 18/05– quinta-feira 17h – MÁ EDUCAÇÃO – Duração: 1h45 - 18 anos 19h - FALE COM ELA – Duração: 1h52 – 14 anos 19/05 – sexta-feira 17h – ABRAÇOS PARTIDOS – Duração: 2h09 – 14 anos 19h15 – VOLVER – Duração: 2h01 – 14 anos 20/05 - sábado 15h – AMANTES PASSAGEIROS – Duração: 1h31 – 16 anos 17h – A PELE QUE HABITO – Duração: 2h13 – 16 anos 19h30 – JULIETA – Duração: 1h39 – 14 anos SERVIÇO El Deseo – O Apaixonante Cinema de Pedro Almodóvar Local: CAIXA Cultural Recife - av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE Telefone: 3425-1915 Data: 9 a 20

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Quando a universidade vai à sala de cinema

O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, em parceria com a UFPE, lança este mês o projeto Lição de Cinema. A ideia é aproximar os espaços de exibição da Fundação aos espaços pedagógicos de ensino da sétima arte. As exibições acontecerão sempre nas primeiras sextas-feiras de cada mês no cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte. Estudantes e professores terão entrada franca. O primeiro filme será exibido já nesta sexta (05), às 13h30: Gritos e Sussurros, do cineasta sueco Ingmar Bergman. Para falar sobre o projeto, conversei com o jornalista e professor Rodrigo Carreiro. Ele coordena atualmente o bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFPE. Como surgiu a ideia? A ideia surgiu de Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação. Ela assumiu o cargo há pouco tempo e um de seus objetivos é aproximar os espaços de exibição da Fundação Joaquim Nabuco dos cursos de Cinema de Pernambuco. Como a Fundação e a UFPE são instituições federais, a aproximação foi natural, e o interesse mútuo. O projeto foi delineado a partir de alguns encontros comigo, que ocupo atualmente a Chefia do Departamento de Comunicação Social. Qual a principal finalidade do projeto? A principal finalidade é aproximar os espaços de exibição da Fundação e os espaços pedagógicos de ensino do Cinema. Não há lugar melhor para se aprender a fruir e, em última instância, fazer cinema, do que as salas de exibição. Então pretendemos ajudar a estimular o interesse de estudantes e professores como ferramenta pedagógica, e estimular o desenvolvimento de um gosto estético pelo audiovisual. Qual critério de seleção foi utilizado para a escolha dos filmes que serão exibidos? Tem algum pernambucano na lista? Não existe uma lista pré-definida. Mês a mês, a coordenação do projeto (representantes do Cinema da Fundação e do DCOM) se reunirão para discutir as possibilidades. Os filmes exibidos poderão fazer parte da grade de programação ou partirem de sugestões que permitam enriquecer o cardápio de opções audiovisuais à disposição do público pernambucano. Naturalmente, filmes locais serão discutidos no projeto. Vocês pretendem ampliar o projeto, levando a proposta para outros cinemas do Recife? Num primeiro momento, a ideia é consolidar o projeto e estreitar os laços entre o Cinema da Fundação e os circuitos acadêmico e estudantil de Pernambuco. Se houver possibilidade de ampliar o projeto, faremos isso em uma segunda etapa. Como você avalia a formação em Cinema no Estado? Desde a segunda metade da década passada, surgiram múltiplos cursos de cinema em vários níveis (profissional, acadêmico, pós-graduação, técnico), e acredito que isso tem ajudado tanto a formar um olhar crítico aguçado no público quanto auxiliado na formação de profissionais mais cientes de suas responsabilidades artísticas e sociais. Serviço: Cinema da Fundação/Museu Endereço: Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte, Recife Telefone: (81) 3073-6272 Site: http://cinemadafundacao.blogspot.com.br/

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Brasileiros frequentam mais teatros e cinemas, diz pesquisa

Pesquisa nacional divulgada na última segunda-feira (24) pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) sobre os hábitos culturais dos brasileiros revela que 56% dos entrevistados – o correspondente a cerca de 86 milhões de pessoas – frequentaram pelo menos uma atividade cultural no ano passado, com avanço de três pontos percentuais em comparação a 2015. Em relação a 2008, o resultado mostrou incremento de 13 pontos percentuais. A sondagem foi feita em parceria com o Instituto Ipsos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2016, com uma amostra de 1.200 pessoas, em oito capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília) e em mais 64 cidades do país. A principal atividade mencionada foi a leitura de livros, revelando a prática por 37% dos entrevistados e aumento de seis pontos percentuais comparativamente ao início da série histórica, em 2007. Cinema foi a segunda atividade citada, com 34% das respostas e o maior aumento comparativamente à pesquisa de 2007: 17 pontos percentuais. Pelo menos 29% dos entrevistados revelaram frequentar shows musicais, mostrando a expansão de nove pontos percentuais ante 2007 na prática. Os frequentadores de peças de teatro aumentaram 11%, com crescimento de cinco pontos percentuais. Os que assistem espetáculos de dança aumentaram 11%, um crescimento de quatro pontos percentuais; e os que vão a exposições de arte, passaram a 11%, com aumento de três pontos percentuais em relação a 2007. No caso de museus, que começaram a ser pesquisados em 2015, as respostas totalizaram 10%, mostrando avanço de três pontos percentuais. Avanços O gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, disse que são avanços significativos em relação à série histórica. “Há dez anos temos acompanhado os hábitos de lazer e culturais dos brasileiros. Não há ruptura de um ano para outro mas, gradualmente, vemos uma melhora significativa. Então, aos poucos, percebemos uma melhora na frequência de ambientes culturais por parte do brasileiro”, disse o economista. Desde o primeiro ano da pesquisa, a maior adesão a bens culturais continua sendo a leitura de algum livro ou e-book (livro digital). “É mais acessível, a gente toma emprestado. Na listagem, é o mais representativo, disse Travassos. Ele atribuiu a maior expansão do hábito de ir ao cinema nesta década (de 17% para 34%) não só ao desenvolvimento da linguagem visual, mas também ao boom (explosão) de filmes 3D. Em paralelo, ocorreram promoções e parcerias de salas de cinema com empresas de telecomunicações e bancos, que contribuíram para facilitar o acesso do consumidor, com ingresso mais em conta. A internet, também ajudou a dar maior visibilidade aos programas culturais. “É um complemento da atividade de lazer”, disse Christian Travassos,. Televisão Entre os 44% de brasileiros que não fizeram nenhum programa cultural no ano passado, a atividade mais procurada foi a televisão, com 80% das respostas. O gerente de Economia da Fecomércio-RJ destacou que o total de entrevistados que relataram não ter consumido nenhum bem cultural vem caindo de ano para ano. Em 2015, eram 47%; em 2008, 48%. Segundo Travassos, a não realização de uma atividade cultural se deve, historicamente, à falta de hábito. O desafio é despertar o interesse de pessoas que nunca tenham lido um livro ou ido ao cinema, afirmou o gerente. “Pode ser um fator de mudança trazer crianças e adolescentes para os ambientes culturais para que isso tenha efeito entre os mais velhos. O preço das atrações culturais é uma questão secundária, até porque há muitos shows, exposições e espetáculos gratuitos." As atividades mais procuradas pelos que não consomem bens culturais, ao contrário, vem se ampliando. Assistir televisão passou de 52%, em 2008, para 80%, em 2016. Na mesma comparação, ir à igreja ou a algum centro religioso subiu de 11% para 24%; fazer almoço ou churrasco com amigos, de 9% para 21%; ir a bares, de 10% para 15%; e jogar futebol, de 9% para 10%. Preços justos O economista avaliou que o cenário econômico ainda adverso acaba impactando o lazer do brasileiro em geral. Por isso, disse ser razoável que, para manter o padrão de consumo, seja reservado um valor menor para o lazer, que não é visto como atividade essencial como ir ao supermercado ou farmácia. Daí ser razoável que na passagem de 2015 para 2016 haja, para a maioria dos itens, uma redução de custo justo sugerido. A pesquisa revela que os consumidores declararam estar dispostos a pagar pelas atividades culturais listadas menos do que em 2015. Os preços considerados justos por eles variaram de R$ 13,31 para compra de CDs até R$ 35,61 para ingresso de shows musicais. No ano anterior, os mesmos itens tinham preços apontados de R$ 16 e R$ 41, respectivamente. (Agência Brasil)

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Inscrições abertas para o programa que leva cinema brasileiro a festivais internacionais

Estão abertas até o dia 23 deste mês as inscrições para a 22ª edição do programa Encontros com o Cinema Brasileiro, iniciativa da Agência Nacional do Cinema (Ancine) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores para aumentar a visibilidade do cinema brasileiro no mercado internacional. Este ano, o programa vai possibilitar que novas produções cinematográficas nacionais sejam vistas pelos curadores dos festivais de Veneza, na Itália; de San Sebastián, na Espanha; e de Locarno, na Suíça. O programa aceita inscrições de filmes brasileiros de longa-metragem já finalizados e ainda inéditos fora do território nacional, ou obras em fase de finalização que já possuam corte provisório de som e imagem. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição online no portal da Ancine (www.ancine.gov.br) e disponibilizar um link onde esteja disponível para visualização um teaser/trailer com duração entre 2 e 5 minutos, legendado em inglês. As informações das inscrições e os respectivos links serão repassados aos responsáveis pelos comitês dos festivais que selecionarão de dez a 12 filmes. As curadoras Andrea Stavenhagen, delegada para América Latina do Festival de San Sebastian, e Violeta Bava, delegada para América Latina do Festival de Veneza, virão ao Rio de Janeiro entre os dias 6 e 9 de junho para assistir aos longas-metragens em sessões exclusivas. O Festival de Veneza ocorre de 30 de agosto a 9 de setembro e o de San Sebastián, de 22 a 30 de setembro. Nesta edição, excepcionalmente, a equipe do Festival de Locarno verá os filmes à distância. As produções selecionadas pela curadoria ganham isenção na taxa de inscrição no festival suíço, que será realizado de 2 a 12 de agosto. De acordo com a Ancine, o planejamento do programa Encontros com o Cinema Brasileiro leva em conta o calendário de realização dos festivais para aumentar as chances de participação dos filmes brasileiros. Em edições anteriores, já vieram ao Brasil curadores de festivais internacionais de cinema como os de Cannes, Sundance, Toronto, Roterdã, Berlim, BAFICI (Buenos Aires), Havana e Roma. (Agência Brasil)

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Ancine quer garantir acessibilidade para deficientes em cinemas

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) lançou hoje (28) o Programa de Apoio à Distribuição de Conteúdo Acessível no Segmento de Exibição Cinematográfica 2017. A iniciativa visa garantir que os lançamentos de pequeno porte contem com recursos de acessibilidade para deficientes visuais e auditivos. A acessibilidade para deficientes visuais e auditivos nas salas de cinema está prevista na Lei 13.146/2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A lei fixou um prazo máximo de quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2016, para que as salas de cinema brasileiras ofereçam, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. Após um período de consulta pública, a Ancine editou uma instrução normativa que dispõe sobre os critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados pelos distribuidores e exibidores cinematográficos. As salas de cinema deverão dispor dos recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os recursos deverão ser providos na modalidade que permita o acesso individual ao conteúdo especial, sem interferir na fruição dos demais espectadores. “O programa de apoio à distribuição de conteúdo acessível foi pensado para que todos os filmes, mesmo aqueles lançados em poucos cinemas, cheguem aos brasileiros que necessitam de tecnologia assistiva”, explicou o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. Segundo ele, a obrigação de acessibilidade “é uma questão civilizatória”. O programa lançado nesta terça-feira vai contemplar com até R$ 15 mil as empresas distribuidoras de filmes nacionais ou estrangeiros com ocupação máxima de até 20 salas de cinema. Os apoios serão destinados às obras, nacionais ou estrangeiras, a serem exibidas comercialmente até 30 de junho de 2018. Os recursos terão que ser utilizados exclusivamente para a execução de serviços de legendagem, legendagem descritiva, Libras e audiodescrição. Os pedidos deverão ser feitos em nome das distribuidoras, ou da empresa produtora que esteja distribuindo diretamente a obra, com a exigência de que estejam com o cadastro regularizado na Ancine. (Agência Brasil)

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Cineasta pernambucana lança novo longa na Mostra de Cinema de Tiradentes

O documentário longa-metragem Modo de Produção, da pernambucana Dea Ferraz, foi exibido nesta quinta-feira (26), na 20ª Mostra de Cinema Tiradentes, em Minas Gerais. A produção faz do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipojuca (PE) seu personagem central. Depois do forte Câmara de Espelhos, lançado no último Festival de Brasília, Modo de Produção mantém a pegada urgente, se mostrando um filme atual e necessário por refletir possibilidades de um olhar sobre instâncias como Trabalho, Estado, Justiça, Sindicato e uma massa de trabalhadores à mercê de mecanismos burocráticos que transformam a vida em espera. Aposentadorias, demissões, relações de trabalho e um suposto desenvolvimento econômico-social que se avizinha como uma miragem distante ou, quem sabe, fantasma: o Porto de Suape e suas promessas. Modo de Produção nasce em 2013. Seu argumento recebeu o prêmio Rucker Vieira, para produção de um curta-metragem. O desejo era o de falar sobre a forte ideia de progresso e desenvolvimento imposta pela mídia, Governo e setores da sociedade civil diante do que era “vendido” como principal saída para o desenvolvimento social do Estado. Em 2015, após a diretora perceber que o curta não comportava a riqueza do material captado, o projeto recebeu apoio para a montagem do longa-metragem pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). Com os olhos mais livres, num contexto de país completamente transformado, as imagens foram revisitadas por Dea e o parceiro neste trabalho Ernesto de Carvalho, montador. Foi assim que o filme ganhou outra dimensão. “Nesse reencontro com o material, percebemos que Suape já não era a questão, tinha virado passado. Tinha algo mais forte ali: as relações de trabalho, o abismo entre Estado e cidadão, a distância entre direitos e realidade”, reflete a diretora. Para além do registro dessa suposta transição de modo de produção, que seria da cana-de-açúcar para a indústria, o filme ganha contornos extremamente atuais. “Suape não é o foco, mas está no extra campo desse Sindicato e portanto na vida desses homens e mulheres - mas, mais do que isso, o filme pra mim é um retrato brutal de um sistema que oprime e isola. O retrato da lógica de exploração do Capital, de mãos dadas com Estado e Justiça”, completa Ferraz. A capacidade de observar é desafio do documentário, onde tudo parece se desenrolar diante da equipe, como situações e histórias prontas. “Havia algo da experiência física que me soava muito potente e mesmo entendendo a interferência que uma equipe de filmagem causa num ambiente como esse, apostei nessa abordagem porque - nesse espaço - acreditei que a interferência se daria mais de uma forma a potencializar do que intimidar”, conta Dea sobre o processo de filmagem, que priorizou perceber a imagem numa ordem menos descritiva, menos narrativa, e mais como experiência. A força e o desejo de compartilhar a experiência da imagem, a espera, o tempo, a situação que se forma diante do espectador. Num mundo onde a informação, a agilidade, a virtualidade transformam a sensorialidade das pessoas, Modo de Produção caminha pro lado oposto, tentando mergulhar o espectador na fala e no silêncio do outro, para quem sabe reencontrar o silêncio em si. “Porque dentro daquelas paredes parecia caminhar toda a história do Brasil. As escolhas econômicas de um país que faz suas apostas em modelos de desenvolvimento que parecem estar sempre um passo atrás. Tangendo uma massa de trabalhadores - como gados - de uma lado a outro, sem nenhum investimento na formação básica desses homens e mulheres, que vão e vêem porque precisam sobreviver. O capital em seu mais alto grau de perversidade”, observa a diretora.

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