Arquivos cinema - Página 8 de 16 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

cinema

Domingo na Fundaj tem atração para todas as idades

No ano em que Joaquim Nabuco comemora 170 anos, a criançada terá a chance de conhecer a história e os ideais do abolicionista na terceira edição do ano do Domingo na Fundaj. O evento integra a programação dos 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco, abrindo as portas da instituição para o público no dia 8 de setembro das 10h às 18h com atividades oferecidas gratuitamente por diferentes coordenações da casa. Um painel com a fachada da casa do Engenho Massangana, onde o abolicionista viveu parte da infância, será montado no pátio interno, com espaço para a criançada fazer fotos, participando do cenário. Os personagens Caco e Luzia contarão a história do Engenho para o público visitante. Na área interna acontecerão também oficinas simultâneas e contação de histórias na Sala de Leitura Nilo Pereira. Do lado de fora, atrações como o Maracatu Cruzeiro do Forte, a Escola de Frevo Fernando Borges, Orquestra Mirim do Galo da Madrugada e Orquestra Sinfônica de Paulista, e uma praça de alimentação. “O Domingo na Fundaj traz um dia inteiro de festividades para comemorar os 170 anos de Joaquim Nabuco. Todas as atividades foram pensadas como forma de estabelecer novos vínculos de aproximação da Fundaj com a sociedade, propondo uma programação especial dentro de nossos espaços comuns de atividade, como a Galeria Vicente do Rego Monteiro, a Sala de Leitura Nilo Pereira e o Cinema da Fundação.” Oficinas O Educativo do Museu do Homem do Nordeste preparou uma série de atividades com oficinas e atrações especiais para a os pequenos. “Quando o Educativo abre suas portas ele presenteia, dialoga, fala, sente e olha para o público. Nossa programação acolhe gratuitamente e com livre acesso em diversas variáveis, através de música, pintura, confecção, teatro. A Fundaj se inova por que quer aprender, não por que quer ensinar”, explicou a Coordenadora do Educativo do Museu, Edna Silva. Partindo da ideia de que várias temporalidades habitam cada corpo, tornando-o, por excelência, ancestral, a Oficina Ancestral Corpo Sonoro explora a influência cultural e sonora afro-brasileira e seus desdobramentos no Nordeste. Brinquedo característico da cultura nordestina, os bonecos de fantoches encantam a crianças e adultos. Já a Oficina de Bonecos de Fantoche dá asas a imaginação dos participantes e contribui para a construção da identidade, vivência de diferentes emoções e desempenho de diferentes papéis por meio da interpretação em teatro. O Educativo de Artes Visuais/Muhne fará a Oficina de Bonecas Abayomi, que propõe, além da confecção das bonecas, uma reflexão a respeito da história afro-brasileira e da população negra na sociedade. O termo “Abayomi” na linguagem Yorubá significa "meu presente" e a boneca faz parte da herança cultural africana trazida para o Brasil durante o triste período da escravidão. As bonecas Abayomi serão confeccionadas com retalhos de pano, sem cola ou costura, nem demarcações de olho, boca e nariz, representando as várias etnias africanas. Inspirada nos vitrais coloridos presentes nas janelas do Engenho Massangana, a Oficina de Vitrais propõe recriar com papel celofane colorido os vitrais do Engenho. Para compor o cenário, será usada uma réplica cenográfica da casa, que adentra um universo lúdico e histórico da primeira infância do abolicionista. Já a de Pegadas Policromadas convida os pequenos a usarem as mãos e os pés para experimentar diferentes cores, formas, gestos e movimentos. A prática utiliza tintas não-tóxicas, laváveis, e propõe que crianças interajam com as outras por meio da criatividade e desenvolvam respostas positivas para as situações da vida. Também no pátio interno terá o jogo Twister. Tempo de Nabuco A exposição “Nabuco Em Casa” ganhará um novo nome, um novo espaço e novas vitrines dentro da programação do Domingo na Fundaj. Agora denominada “Tempo de Nabuco”, a mostra proposta pela Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade é uma reedição ampliada da exposição montada na Assembleia Legislativa de Pernambuco com itens inéditos do acervo de Joaquim Nabuco. Desta vez, serão adicionados dois painéis que homenageiam os dois parceiros do abolicionista na luta pelo fim da escravidão, André Rebouças e José Mariano Carneiro da Cunha. “A exposição está maior e recebeu esse título por que acreditamos que sempre é o tempo de Nabuco. Suas ideias chegam até nós de uma forma muito atual, mesmo tendo vindo no século XIX”, explicou a pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, Betty Lacerda. As duas novas vitrines irão exibir documentos originais dos arquivos de Joaquim Nabuco com seus parceiros abolicionistas, como cartas, correspondências documentos do Clube do Cupim e diplomas do grupo Ave, Libertas. A mostra permanece de 8 a 29 de setembro na sala Vicente do Rêgo Monteiro, campus Derby da Fundaj. Cinema O Cinema da Fundação exibe, às 14h, o clássico O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, nas sessões acessíveis Índigo e Alumiar, com Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE), Libras, Audiodescrição, ambiente mais iluminado e som mais baixo adaptado para pessoas com necessidades específicas. Além disso, no domingo será encerrada a mostra Jean Rouch, com o aclamado Eu, Um Negro, às 16h. Realizada em parceria com a Embaixada Francesa, a mostra traz à telona o cineasta que brilhou ao tornar conhecida histórias de costumes e culturas de comunidades tradicionais africanas, denunciando suas transformações em decorrência ao colonialismo inglês. Engenheiro de pontes e estradas, o premiado Jean Rouch descobriu no cinema, e, sobretudo, na etnografia, uma força motriz para contar histórias, influenciando a geração de cineastas da Nouvelle Vague. É um dos representantes e teóricos do cinema direto, tendo cunhado o subgênero da etnoficção e conquistado a admiração de vários realizadores e amantes do cinema ao redor do mundo. A Biblioteca Blanche Knopf A Biblioteca Blanche Knopf preparou uma forma diferente de contar a história de Joaquim Nabuco no Domingo na Fundaj. O ator Adriano Cabral, interpretará o livro Joaquim Nabuco em Quadrinhos, ao lado do músico João Natureza, unindo literatura, teatro e música com a participação da plateia. O livro ficará também exposto na Sala de Leitura Nilo Pereira. “Vamos cantar a vida de Joaquim Nabuco e é importante que as crianças tenham um conhecimento

Domingo na Fundaj tem atração para todas as idades Read More »

"Bacurau" faz retrato de um Nordeste que insiste em resistir

Houldine Nascimento Em um primeiro momento, Bacurau, a comunidade retratada no filme homônimo dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, aparenta ser arcaica, mas vários elementos presentes na trama desmistificam essa impressão. Já nos minutos iniciais, o vilarejo localizado no “oeste de Pernambuco” demonstra estar bastante atento e conectado às novidades. O retorno de Teresa (Bárbara Colen) a sua terra natal serve de introdução para que o espectador tenha acesso às particularidades daquele ambiente. A falta d’água é uma realidade e o funeral da matriarca Carmelita (Lia de Itamaracá) reúne os habitantes, num rito que nada tem de melancólico, exceto pelo comportamento inapropriado da médica Domingas (Sonia Braga), uma das conselheiras do local. A partida da grande figura é o primeiro marco de “Bacurau” (Brasil/França, 2019), o filme – em cartaz nos cinemas brasileiros –, e antecede uma sequência de estranhos acontecimentos que a população passa a assistir. O clima de tensão é crescente: a cidade some do mapa. O caminhão-pipa que trafega com frequência para dentro e para fora da comunidade é misteriosamente atingido por tiros e cavalos soltos em disparada no fim de noite acentuam essa atmosfera. Isolada do restante do Brasil e abandonada à própria sorte, Bacurau resiste às inúmeras dificuldades a sua maneira. Há um senso de união entre os moradores, especialmente diante da chegada de um político oportunista e de dois forasteiros. Qualquer entrada atípica na cidade é motivo de alerta. As ações contínuas preparam o público para um segundo ato bastante explosivo, que sintetiza o distanciamento entre pessoas do Norte e do Sul do Brasil e a forma como uma região enxerga a outra. A partir de um grupo de estrangeiros que aporta nas redondezas, a obra delibera a pretensa superioridade que alguns brasileiros imaginam ter sobre os outros e o chamado “complexo de vira-lata”, abordado outrora por Nelson Rodrigues, perante outras nações. Não há um claro protagonista em “Bacurau”, a não ser a própria cidade. O entra e sai de atores não dificulta o trabalho da montagem, assinada por Eduardo Serrano, que consegue dar um dinamismo aos acontecimentos, garantindo fluidez na transição das personagens. As boas atuações saltam aos olhos. Um dos destaques é Lunga (Silvero Pereira), um foragido da justiça muito festejado pela população. Sua figura híbrida poderia muito bem ter saído de um “Mad Max”. A participação do alemão Udo Kier como Michael, o líder dos estrangeiros, também é marcante em razão das nuances que ele consegue empregar. Há, ainda, uma forte presença de povo, com passagens reservadas a moradores da comunidade de Barra, em Parelhas, no Sertão do Seridó (RN), onde o filme foi rodado. A narrativa de “Bacurau” é bastante intensa na segunda parte e não economiza na violência. O filme transita por diversos gêneros: ficção científica, ação, suspense, faroeste, terror e drama. Isso faz lembrar um bolo recheado com diversas camadas. Numa comparação, é como um suculento bolo de rolo pernambucano. Em seu terceiro longa-metragem de ficção, Mendonça Filho se juntou a Dornelles, designer de produção de “O som ao redor” e “Aquarius”. Uma curiosidade é que a ideia de tecer “Bacurau” surgiu em 2009, anos antes dos dois filmes. O roteiro também foi escrito pela dupla e reserva diálogos muito consistentes, o que, por vezes, costuma ser uma grande dificuldade das produções ficcionais brasileiras. Embora no começo os letreiros anunciem que a história se passa “daqui a alguns anos”, há muitos elementos que se chocam com a situação política do Brasil. O entreguista prefeito Tony Jr., vivido com brilhantismo por Thardelly Lima, talvez seja o que existe de mais evidente nesse sentido. É difícil apreender uma obra como “Bacurau” em sua completude. Experienciar este filme inclassificável será quase sempre muito melhor do que qualquer relato. Trata-se de uma produção única dentro do cinema brasileiro, daquelas que provocam imersão total e fazem a plateia vibrar.

"Bacurau" faz retrato de um Nordeste que insiste em resistir Read More »

Paulo Miklos: "Sou fã da música e do cinema pernambucanos"

Por Yuri Euzébio Olá!! Eu sou Yuri Euzébio e começo hoje um espaço dedicado à música, aqui no site da Revista de Pernambuco.  Falaremos sobre a cena nacional, novidades que estão surgindo, shows, lançamentos e tudo o mais que envolva ritmo, melodia e letra. Sempre com o sotaque pernambucano, claro. No debut, teremos nada mais nada menos do que Paulo Miklos. Paulo Miklos é um artista inquieto. Músico reconhecido, com longa passagem em uma das mais importantes bandas de rock brasileiro, Titãs, ele mantém em paralelo uma premiada carreira de ator no cinema e estreou nos palcos de teatro há dois anos com uma peça sobre um músico. Ora porque não unir as duas paixões?? Ainda mais contando a história de um dos grandes ícones do jazz norte-americano Chet Baker, morto em 1988? No último domingo, o espetáculo desembarca no Recife e um simpático Paulo atendeu a coluna, por telefone, para conversar sobre essa mais nova empreitada em sua carreira. “Dezessete anos depois da minha estreia como ator no cinema em O Invasor, eu finalmente tive tempo e o convite pra estrear nos palcos”, destacou entusiasmado. Após, o lançamento do seu terceiro disco solo, o primeiro desde que anunciou sua saída dos Titãs, o cantor recebeu o convite do produtor Fábio Santana para estrelar a peça escrita por Sérgio Roveri e dirigida por João Jardim. “O teatro é uma experiência fundamental para o ator e me faltava isso. Depois de O Invasor, fiz diversos longas-metragens, recebi algumas premiações, fiz novela na TV, só faltava mesmo vivenciar uma história no palco”, confidenciou o ex-titã. Em Chet Baker – Apenas Um Sopro, o artista une duas paixões, a atuação e a música, além de celebrar uma de suas grandes influências sonoras. “A peça se passa na década de 1960 e aborda o lado humano e conturbado do Chet Baker, ele é espancado na rua em São Francisco, perde os dentes e acompanhamos sua volta ao estúdio de gravação, sem saber se ele vai conseguir ou não gravar alguma coisa. Ele tem que superar a desconfiança tanto do público quanto dos próprios amigos e outros artistas” provocou. A relação de Paulo com Chet Baker não vem de agora. Sua admiração pelo trompetista surgiu há bastante tempo e foi amor à primeira vista; “Conheci o Chet Baker na adolescência e me interessei muito pelo jazz, cantando e tocando trompete, porque eu sempre toquei flauta transversal desde criança. Quando soube da influência pra bossa nova, reconhecida inclusive pelo mestre João Gilberto, só me fez admirá-lo ainda mais” recorda o compositor. “Com o processo todo da peça, tive que me debruçar novamente sobre a vida dele, li biografias, assistir documentários e vejo como ele é um artista único e lançou uma tendência, um estilo com uma maneira cool de cantar, bem suave”, relembrou o compositor. A grande expectativa da peça é saber o desfecho do drama vivido pelo músico, se ele irá conseguir superar as dificuldades e voltar a tocar ou não. “Nós já sabemos o que aconteceu, ele superou e teve uma carreira brilhante, entrou para a história com sua voz que era quase a continuação do trompete que ele tocava” destacou o músico. Mesmo com a peça agora rodando por todo o Brasil, o músico continua a fazer shows de seu último CD A Gente Mora no Agora (2016) e não demonstra nenhuma preocupação em equilibrar as duas carreiras. No último Festival de Gramado, Paulo Miklos foi eleito melhor ator pelo filme O Homem Cordial, reconhecimento de que caminha na direção certa. Perguntado sobre a música e o cinema pernambucanos, o artista demonstra estar totalmente conectado com o que acontece aqui, relatando um carinho especial pela terra. “Sou muito fã tanto do cinema, como da música pernambucanos. Conheci pessoalmente Kleber Mendonça Filho agora em Gramado, sou muito fã dos filmes dele. Assim como os de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e outros”, revelou entusiasmado. “Na música, eu sou apaixonado pela cena pernambucana, basta dizer que a produção musical do meu disco mais recente, A Gente Mora No Agora, ficou à cargo do Pupillo, baterista da Nação Zumbi” celebra. Miklos transmite uma energia boa e isso se reflete tanto em sua música quanto em sua obra cinematográfica, figura solar, mesmo quando era mais ligado ao rock dos Titãs, ele parece não saber ou não se importar com o status que ocupa dentro da música e do cinema brasileiro. E é isso que cativa seus fãs, incluindo aqui o autor dessa coluna que vos escreve.

Paulo Miklos: "Sou fã da música e do cinema pernambucanos" Read More »

Geneton Moraes Neto ganha livro biográfico

A vida e a obra de Geneton Moraes Neto são tema do livro “Geneton. Viver de ver o verde mar”, escrito por Ana Farache e Paulo Cunha, e publicado pela Companhia Editora de Pernambuco. O lançamento acontece neste sábado, dia 31 de agosto, às 18h, no Cinema da Fundação/Museu. Antes do lançamento, às 16h, será exibido o último longa de Geneton, Cordilheiras no mar: A fúria do fogo bárbaro (2015), que resgata a figura de Glauber Rocha. O livro é resultado de dois anos de pesquisa e 68 entrevistas com familiares, amigos e colegas de trabalho. Com dez capítulos e 224 páginas, a publicação percorre as experiências de Geneton nas redações de jornais impressos e televisões, nos sets de filmagem e em viagens pela América Latina e Europa. A biografia traz ainda dezenas de imagens inéditas, além de textos nunca publicados dos diários de Geneton. O título do livro, “Viver de ver o verde mar”, é um verso de um dos poemas que ele escreveu. “A biografia que produzimos é marcada pelo afeto. Fomos amigos muito próximos de Geneton, desde os anos 1970, e nossa relação está naquilo que escrevemos”, explica Ana Farache. “Mas mesmo com essa proximidade, as entrevistas que fizemos e as centenas de documentos que consultamos nos surpreenderam em muitos momentos – onde nos deparamos com um Geneton até então desconhecido por nós, com características e fatos que só fizeram aumentar nossa estima por ele”. Nascido no Recife em 1956, Geneton morou também no Rio de Janeiro, em Paris e em Londres, e se destacou como jornalista e cineasta. Como jornalista, foi considerado por muitos colegas como um dos melhores que atuaram no Brasil. Pessoas tão diferentes como Paulo Francis, Joel Silveira e Caetano Veloso o consideraram um profissional muito acima da média. Tendo iniciado a carreira como repórter ainda antes da adolescência, no suplemento infantil Júnior, do Diario de Pernambuco, no início dos anos 1970. Geneton fez parte da equipe da sucursal Nordeste de O Estado de S. Paulo, entre 1975 e 1980; trabalhou na Rede Globo de Televisão a partir de 1985, tendo sido editor do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, e posteriormente correspondente da GloboNews e do jornal O Globo na Inglaterra. Foi ainda editor-chefe do programa dominical Fantástico. Em paralelo ao trabalho jornalístico, Geneton foi responsável por uma importante produção no campo do cinema. A partir de 1973, passou a realizar curtas em Super-8, por influência e incentivo do crítico de cinema Fernando Spencer, do Diario de Pernambuco. Entre 1973 e 1984, realizou 13 curtas em super-8, filmados em Pernambuco e na França. Paulo Cunha, que co-dirigiu dois curtas com Geneton, ressalta: “Ele foi um cineasta incrivelmente talentoso e rompeu com os limites entre cinema e televisão. Embora tenha se tornado muito conhecido como jornalista, ele foi brilhante também realizando filmes. O nosso livro procura realçar todas as dimensões de Geneton: cineasta, viajante, jornalista, poeta”. Em 2010, associando cinema e jornalismo, passou a dirigir documentários num formato novo. Fez Canções do Exílio, exibido no Canal Brasil, com depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé, sobre o período em que viveram em Londres como exilados da ditadura no Brasil. Também dirigiu o primeiro documentário de longa-metragem produzido pela Globonews: Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças - reunindo entrevistas gravadas ao longo de vinte anos de convivência com o jornalista Joel Silveira, tido como o maior repórter brasileiro. Além desses, GMN realizou, em 2013, o documentário Dossiê 50: Comício a Favor dos Náufragos - com gravações em áudio e vídeo feitas com todos os onze jogadores que enfrentaram a Uruguai na decisão da Copa de 1950, no Maracanã. Sobre os Autores Ana Farache é jornalista e fotógrafa. Doutora em Comunicação, Trabalhou em revistas, jornais e emissoras de televisão (O Globo, Jornal da Cidade, Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco, Revista Isto É, TV Manchete e TV Globo, entre outros), como repórter, editora e fotógrafa. Atualmente é Coordenadora do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e da Cinemateca Pernambucana. Participou do movimento superoitista dos anos 1970, quando atuou em filmes de Geneton Moraes Neto e Amim Stepple. Paulo Cunha é pesquisador e foi Professor Titular na UFPE. Jornalista (Jornal do Commercio, O Estado de S. Paulo, TV Globo, entre outros), é Doutor em Artes na Universidade de Paris I e participou, a partir de 1973, do ciclo de cinema super-8 do Recife, realizando curtas experimentais, entre os quais “Esses Onze Aí” e “O Coração do Cinema”, em parceria com Geneton Moraes Neto. Dirigiu também, com Geneton Moraes Neto. SERVIÇO: Lançamento do livro “Geneton: Viver de Ver o Verde Mar”, de Ana Farache e Paulo Cunha Programação Dia: 31 de agosto de 2019 (sábado) 16h: Exibição do filme: Cordilheira no Mar: A Fúria do Fogo Bárbaro, de Geneton Moraes Neto. Sessão Cinemateca Pernambucana. Entrada Gratuita 18h: Lançamento do Livro Local: Cinema da Fundação/Museu - Av. Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte

Geneton Moraes Neto ganha livro biográfico Read More »

Sônia Braga alerta sobre queimadas na Amazônia: “É sobre nosso futuro”

*Por Houldine Nascimento Pouco antes de a entrevista coletiva sobre o filme “Bacurau” – realizada em um hotel na Zona Sul do Recife, neste sábado (24) – chegar ao fim, a atriz Sônia Braga fez um apelo sobre as queimadas que atingem a floresta amazônica: “Eu queria que todos se colocassem em alerta sobre a Amazônia. A gente está passando por esse momento muito sério. A gente está falando sobre cinema e sobre arte, mas também sobre nosso futuro.” Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas na Amazônia dispararam em agosto: são 31.375 focos de incêndio apenas neste mês e 78.383 até o momento em 2019. Os números superam em 84% todos os dados referentes ao ano anterior. Em 1994, Sônia havia feito uma antropóloga no premiado telefilme “Amazônia em Chamas”, pelo qual foi nomeada ao Emmy e Globo de Ouro. A produção versava sobre a trajetória do ambientalista Chico Mendes. Coincidência ou não, em “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, também é possível enxergar uma mensagem ecológica numa passagem envolvendo a professora Ângela (Clebia Sousa), que cultiva uma horta dentro da carcaça de um ônibus escolar. Em linhas gerais, a trama é ambientada em um vilarejo homônimo no oeste de Pernambuco, que some do mapa após a morte de uma matriarca (Lia de Itamaracá). A partir daí, a população assiste a estranhos acontecimentos e um clima de tensão vai aumentando, numa história que trafega por diversos gêneros: suspense, comédia, faroeste, ação, fantasia, terror e ficção científica. É também uma produção com forte presença de povo e na qual há um protagonismo dividido entre várias personagens. Além de Sônia e da dupla de realizadores, participaram da coletiva: a produtora Emilie Lesclaux, o montador Eduardo Serrano, a figurinista Rita Azevedo e nomes importantes do elenco, como Bárbara Colen, Thomás Aquino, Luciana Souza, Rubens Santos, Clebia Sousa, Márcio Fecher, Jr. Black, entre outros. . A equipe tratou de diversos assuntos: OSCAR - Os diretores falaram sobre a possibilidade de “Bacurau” ser escolhido como o representante brasileiro na disputa por uma vaga no Oscar de melhor filme internacional – novo nome da categoria melhor filme estrangeiro. “Neste ano, ‘Bacurau’ é o filme que está carregando o maior prestígio internacional e local para representar o Brasil. A comissão [da Academia Brasileira de Cinema, responsável pela escolha] é autônoma, formada por pessoas do setor, diferentemente do que já ocorreu”, declarou Dornelles. “’Bacurau’ será o único filme brasileiro no Festival de Cinema de Nova York, que é incrivelmente prestigioso e frequentado por muitos membros da Academia. Eu acho que a gente poderia representar muito bem o Brasil, como poderíamos ter representado com ‘Aquarius’”, completou Mendonça. GOVERNO FEDERAL - O filme esteve na mostra competitiva do Festival de Cannes, em maio deste ano, e foi agraciado com o Prêmio do Júri. De acordo com Emilie, não houve menção do governo federal sobre essa conquista. “Não houve contato do governo federal. Quando ‘Bacurau’ foi anunciado na seleção oficial, o comentário foi de que a Ancine demorou bastante para parabenizar todos os filmes brasileiros que estavam em Cannes, por ser um ano histórico, mas no final das contas teve uma nota no site. Foi a única manifestação do governo a respeito. Alguns deputados federais prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam moção de aplauso no Congresso, mas não foi aceita”, relatou a produtora. “Na verdade, estamos em território desconhecido. Há pouco tempo observamos um desrespeito pelo papel do artista no país e a gente tem que ver o que vai acontecer porque isso não é democrático e não é normal”, disse Mendonça, que antes ressaltou estar aberto ao diálogo com a gestão atual: “O filme foi feito com dinheiro público, acho que o governo federal tem todo direito de pedir para ver ‘Bacurau’”. APOIO NO NORDESTE - Em contrapartida, os governadores de Pernambuco e do Rio Grande do Norte prestigiaram o filme. “Antes de irmos para Cannes, o governador Paulo Câmara e o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto, nos receberam. Foi uma conversa muito boa, tranquila e sem artificialismos, mostrando respeito por nós que somos pernambucanos”, realçou Kleber Mendonça. “A própria sessão em Barra [comunidade de Parelhas (RN), onde o filme foi rodado] foi feita com apoio muito importante do governo do Rio Grande do Norte”, seguiu Juliano Dornelles. CINEMA PERNAMBUCANO - “Sou muito orgulhoso de fazer parte da comunidade que se convencionou chamar de cinema pernambucano. Acho que há grandes artistas, homens e mulheres. Eu venho fazendo meus filmes, mas há talvez 25 nomes muito interessantes. Isso é muito importante para a cultura do país e há uma tendência de que o Funcultura [edital de fomento do governo de Pernambuco] dê continuidade e eu espero que a gente continue produzindo”, destacou Kleber. DIÁLOGO COM A ATUALIDADE – Quando perguntado sobre a recepção obtida nas sessões de pré-estreia, Dornelles pontuou: “É um filme sobre história também, além de ser um filme de ação no Nordeste, bem aberto a trabalhar ideias absurdas. A gente tem visto gente acreditando, por exemplo, que a Terra é plana. O mundo está meio pirado e o Brasil comete os mesmos erros.” “É como alguém que tem amnésia, encontrando várias vezes a escova que colocou em cima da pia. ‘Aquarius’ teve uma coisa muito parecida: quando a gente estava filmando, eu achava que um golpe não era possível e que a democracia brasileira era mais sólida. E aí o filme estreou em 1º de setembro e Dilma foi expulsa do Palácio no dia 30 de setembro. Considerando que é a história de uma mulher que tem que enfrentar uma ação quase de despejo da própria casa e agora se repete de outra forma. Zeitgeist [sinal dos tempos]”, descreveu Mendonça. ELENCO – Os atores se pronunciaram sobre a mistura de gêneros. Sônia Braga vive a médica Domingas e falou do primeiro contato com a obra: “Quando eu recebi o roteiro, comecei a trocar mensagens com Kleber. Era algo diferente e a emoção era grande. Eu via aquilo tudo: O disco voador, as pessoas tomando

Sônia Braga alerta sobre queimadas na Amazônia: “É sobre nosso futuro” Read More »

Mostra de cinema ambiental do Recife - MARÉ movimenta equipamentos ambientais da cidade

Promover a reflexão crítica sobre o meio ambiente e o engajamento socioambiental no Recife através da exibição de filmes é a proposta da 4ª edição da MARÉ – Mostra Ambiental do Recife - que será realizada entre os dias 25 e 31 de agosto com sessões gratuitas no Jardim Botânico, Econúcleo Jaqueira, Escola Municipal José da Costa Porto, Cais do Imperador e Cinema São Luiz. A iniciativa é incentivada pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS). Serão exibidos 30 filmes, entre curtas e longa-metragens, baseados em três eixos temáticos: Ecossistemas & Biodiversidade, Cidades & Conflitos e Povos & Territórios. O produtor cultural Rafael Buda, coordenador da mostra, conta que o projeto integra filmes pernambucanos e nacionais e alerta para um debate sobre as novas tecnologias que podem contribuir para a questão ambiental no município. A websérie Cidade Plástica, que aborda o consumo consciente do uso plástico, integra a lista de lançamentos nesta edição. Os episódios reúnem depoimentos de pessoas que trabalham para o desenvolvimento sustentável no Recife, como Erica Vidal de Negreiros, analista de desenvolvimento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. “Dentro do circuito nacional de festivais ambientais, Recife está no roteiro dos principais com a execução da MARÉ e consolida uma perspectiva de trabalhar a consciência ambiental utilizando os novos meios de comunicação na cidade”, ressalta Rafael Buda, coordenador da mostra. O Jardim Botânico do Recife sedia a abertura da mostra de cinema ambiental no domingo (25), a partir das 11h, com sessão infantil dos curtas Fazenda Rosa (PE), Plantae (RJ), O Malabarista (GO), Viagem na chuva (GO) no auditório. Às 14h, os visitantes participam de Sessão Ambiental com temática Povos & Territórios, Maré (BA), Fantasia de índio (PE), A era de Lareokotô (PE). Na segunda-feira (26), o Cinema São Luiz recebe o lançamento nacional do documentário Chão, dirigido pela carioca Camila Freitas, sobre o cotidiano de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Goiás, às 20h. Na terça-feira (27), os estudantes da Escola Municipal José da Costa Porto, localizada na Ilha Joana Bezerra, recebem uma tela inflável para a Sessão Escola, a partir das 15h. As sessões dos dias 28 e 29 prometem surpreender o espectador. Mais de 100 adesivos de QR Codes serão espalhados em parques, bares e restaurantes, livrarias, universidades, paradas de ônibus, metrôs, academias, livrarias, possibilitando a exibição de curtas de até 5 minutos através de dispositivos mobile, como celular e tablet. Na sexta-feira (30) será a vez do Econúcleo Jaqueira sediar a Sessão Parque, a partir das 19h, com exibição de cinco curtas ambientais, entre eles, Travessia, que retrata a história de Seu Mita e a relação com o rio Capibaribe. O encerramento da MARÉ, no dia 31, vai ocupar o Cais do Imperador, a partir das 18h30, com Sessão Ambiental baseada no tema Ecossistemas & Biodiversidade, seguido por caminhada com a EletroBike, projeto do VJ e DJ Mozart que conta com uma bike adaptada com som e projeção, em direção ao Marco Zero, com projeções de intervenções ambientais e música. “É importante estimular a consciência ambiental por meio de exibição de filmes para refletirmos sobre temas da realidade brasileira e mundial que atingem o meio em que vivemos. Trabalhar a temática ambiental da forma mais ampla é uma ferramenta fundamental para a mudança comportamental”, destaca o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho. A expectativa desta edição é reunir mais de 3 mil pessoas durante os 7 dias de exibição, sendo cerca de 1 mil pessoas engajadas através dos QR Codes espalhados pela cidade. No Jardim Botânico, os filmes serão exibidos no auditório com capacidade para 50 pessoas, enquanto o Econúcleo Jaqueira dispõe de toda a estrutura sustentável para acomodar cerca de 50 visitantes. Para a Escola Municipal José da Costa Porto, o coordenador da mostra Rafael Buda levará uma tela inflável e, no Cais do Imperador, a sessão será ao ar livre, com capacidade para cerca de 100 pessoas, quando serão disponibilizadas cadeiras e as escadas servirão de arquibancada para quem for curtir os filmes. Para assistir as sessões gratuitas, voltadas para público de todas as idades, basta se dirigir ao local com antecedência (sujeito a lotação). Sobre a MARÉ - Mostra Ambiental do Recife A Mostra Ambiental do Recife (MARÉ) é uma ação que combina história, cultura, meio ambiente e cidadania. Sendo um festival de cinema, seu carro chefe é a exibição de filmes que dialogam com a temática ambiental e estimulam a reflexão crítica dos espectadores. O projeto tem os objetivos de articular diferentes linguagens artísticas como o cinema e artes visuais no diálogo com o meio ambiente; sensibilizar a população em geral sobre problemáticas ambientais atuais e a necessidade do engajamento social e o papel da população para superação desses conflitos; estimular jovens estudantes a refletirem e incorporarem seu olhar sobre o meio ambiente na produção audiovisual; realizar como intervenção ambiental sessões de QR Code por toda cidade do Recife, dentre outros. A programação é toda gratuita e voltada para o público de todas as idades, sendo necessário chegar ao local de exibição com antecedência (sujeito a lotação). Confira a programação completa MARÉ 2019 : 25/08 - Jardim Botânico do Recife 10h - Atividade de Bem-estar: Yoga e Meditação Instrutora: Ruth Melo 11h - Sessão Infantil (43min) Fazenda Rosa (PE, 2018, 9’), de Chia Beloto Sinopse: Sinopse: Erasto Vasconcelos, o poeta da percepção da vida, de como ela é tão bem usada em nosso planeta, faz eco dos bichos do dia e da noite, dos peixes do rio, dos pássaros, dos bichos do mangue, das árvores e suas frutas, do que se planta para comer, das personagens que nos cantam e das cantigas de roda. Plantae (RJ, 2017, 10’), de Guilherme Gehr Sinopse: Ao cortar uma grande árvore no interior da floresta amazônica, um madeireiro contempla uma inesperada reação da natureza. Uma reflexão sobre as consequências irreversíveis do desmatamento e da subjugação dos humanos aos demais seres da Terra. O Malabarista (GO, 2018, 11’), de Iuri

Mostra de cinema ambiental do Recife - MARÉ movimenta equipamentos ambientais da cidade Read More »

Camaragibe terá mostra de cinema neste mês

A Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe será realizada de 26 de agosto a 01 de setembro de 2019, na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco. A comissão curadora recebeu 398 filmes de cineastas de todo o Brasil e selecionou 34 curtas-metragens para exibição, com acesso gratuito. São filmes nas categorias de ficção, animação, documentário ou experimental. Confira a lista de filmes selecionados neste link http://bit.ly/curtasselecionados. A Mostra Periférica é realizada pela produtora Ambar e Pós -Traumático Coletivo, com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), mantido pela Secretaria de Cultura, Fundarpe, Governo de Pernambuco. A Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe tem o objetivo de propagar filmes de diversos formatos para moradores e visitantes de Camaragibe. Os locais das exibições serão divulgados em breve. O intuito é tornar a sétima arte mais acessível na cidade, contribuindo para a fruição artística, a formação do senso crítico e a construção de ações de transformação política e de cidadania. Além da exibição de curtas-metragens, a mostra realizará oficinas e sessões especiais com exibição de longas-metragens convidados. Estão abertas, até 14 de agosto, as inscrições para as oficinas Descolonizando o Olhar, com Natália Lopes, e Da Poesia ao Vídeo, com Eva Jofilsan. A programação da Periférica será composta pelas seguintes mostras não-competitivas: Mostra Camará, para curtas-metragens produzidos em Pernambuco; Mostra Aquarela, para curtas produzidos nos demais estados brasileiros; Mostra Josenita Duda, para curtas realizados por mulheres; e Mostra Origens, para curtas de realizadores e realizadoras indígenas e/ou afro-brasileiros; Mostra O Invisível aos Olhos, sessões itinerantes nas escolas públicas de Camaragibe. Sobre a curadoria A Comissão Curadora foi formada por Ângelo Fábio, Amanda Ramos, Carlos Kamara, Caio Sales e Izabel de Fátima Cruz Melo. Entre os 398 filmes inscritos de todo o país, 243 se candidataram na categoria nacional, 47 para a programação de filmes pernambucanos, 82 para a mostra de curtas dirigidos por mulheres e 26 na mostra para obras realizadas por cineastas indígenas e afro-brasileiros. Os estados com mais inscrições foram São Paulo com 81 curtas, Rio de Janeiro com 65 obras; Pernambuco com 54 curtas, Minas Gerais com 30 filmes, Santa Catarina com 21 curtas, e Paraná também com 21 filmes. SERVIÇO: II PERIFÉRICA - MOSTRA DE CINEMA DE CAMARAGIBE De 26 de agosto a 01 de setembro de 2019 Acompanhe a Mostra Periférica pelas redes sociais Facebook: https://www.facebook.com/mostraperiferica/ Instagram: https://www.instagram.com/mostraperiferica/ OFICINA “DESCOLONIZANDO O OLHAR” com Natália Lopes De 26 a 30 de agosto, das 9h às 12h Local: Escola Técnica de Camaragibe Público: Até 30 pessoas, com faixa etária a partir dos 15 anos. Pessoas negras e mulheres (cis e trans) terão prioridade. Carga horária: 15h Inscrição gratuita até 14/08: http://bit.ly/Descolonizando Através de uma abordagem geopolítica sobre o campo audiovisual e as narrativas que marcam os movimentos cinematográficos, a oficina coloca em xeque" a perspectiva eurocêntrica e colonizante do cinema. O público da oficina será sensibilizado acerca de movimentos estéticos/políticos no cinema que atuam na busca por representação nas telas: o Cinema de Mulheres e o Cinema Negro. Além disso, haverá um momento de prática cinematográfica, durante a oficina, em que os participantes produzirão narrativas curtíssimas com temáticas representativas dessas duas perspectivas a serem exibidas e comentadas no último dia da oficina. OFICINA “DA POESIA AO VÍDEO” com Eva Jofilsan De 26 a 30 de agosto, das 13h30 às 17h30 Local: Escola Tito Pereira Público: Até 20 pessoas, com faixa etária a partir dos 12 anos, alunas/os de escolas, poetas, escritores e demais pessoas interessadas na experiência audiovisual com ou sem formação prévia. Carga horária: 20h Inscrição gratuita até 14/08: http://bit.ly/Dapoesiaaovideo A oficina “Da Poesia ao Vídeo: a construção do videopoema” pretende sensibilizar os olhares para construção de um conteúdo imagético a partir da poesia. Através da exposição de diversos videopoemas proporciona-se a abertura para um novo olhar sobre cinema, literatura e suas confluências. Após o trabalho teórico, haverá a parte prática, na qual as/os alunas/os serão estimuladas/os a roteirizar e produzir suas próprias peças audiovisuais a partir da interpretação de poesias. As etapas de realização serão pontuadas passo a passo: da pré-produção a pós-produção e exibição dos vídeos realizados.

Camaragibe terá mostra de cinema neste mês Read More »

Tenda Literária da Cepe em Triunfo discute espaços das mulheres no audiovisual

Em seu quarto dia de programação, a Tenda Literária da Cepe Editora, que marca presença no 12º Festival de Cinema de Triunfo, discutiu a representatividade feminina no mercado do audiovisual. O bate-papo contou com a participação da cineasta Juliana Lima, realizadora dos curtas Lá no Alto, Mayra está bem e Psiu!, e Nara Aragão, sócia da Carnaval Filmes, produtora executiva de longas como Viajo porque preciso, volto porque te amo (Marcelo Gomes e Karim Aïnou), Era uma vez eu, Verônica (Marcelo Gomes) e Tatuagem (Hilton Lacerda). A falta de equidade de gênero no audiovisual mobiliza intensos debates devido às discrepâncias que ainda acolhe. Pesquisa da Agência Nacional do Cinema (Ancine), divulgada no ano passado, reforça o que está na base dessa discussão: a indústria cinematrográfica é um espaço masculino e branco. Tendo como base números de 2016, o estudo indicou que 75,4% dos longas lançados no país foram dirigidos por homens enquanto o percentual de mulheres diretoras foi de 19,7% - sem qualquer registro de mulheres negras. O desequilíbrio se observa por toda a cadeia, como na roteirização (67% contra 21%) e fotografia (88% contra 8%). Atuando na produção executiva (nicho onde as desigualdades são menos profundas - 46% contra 41% segundo o estudo), Nara Aragão observa mudanças no funcionamento dos sets em consequência dessa ocupação feminina nos espaços de tomadas de decisões. “Vejo menos tolerância ao assédio, por exemplo. No momento atual, e falo isso enquanto produtora, assumimos uma atitude fundamental de refletir junto à direção, principalmente quando masculina, sobre como está sendo o uso dos corpos femininos diante das câmeras. Ao mesmo tempo, temos grande preocupação na escolha das equipes que atuam por trás das câmeras. Há uma grande carência de profissionais femininas em determinadas funções. Ao atentarmos para isso, reforçando o cuidado nas escolhas, contribuímos para a formação das mulheres e para sua representatividade no setor”. Juliana Lima, que busca um recorte social e racial em sua obra autoral, avaliou a questão na perspectiva de cineasta e negra. “Quando lancei meu primeiro filme(Psiu!), em 2014, não imaginava que encontraria tanta dificuldade pelo fato de ser negra. Não existiam diretoras negras nos sets, não havia a bandeira do cinema negro. Nós temos uma longa luta porque não temos essa representatividade em longas-metragens. Precisamos que as mulheres negras estejam escrevendo e dirigindo cinema não só para contarmos nossas histórias, mas também porque são elas, em funções de lideranças, que escolhem quem atuarão nos filmes”. Juliana iniciou sua militância política a partir de 2012 na tentativa de contribuir para a formulação de políticas públicas afirmativas. “Realizamos uma pesquisa para saber quem acessava os editais do Funcultura Audiovisual (R$ 22 milhões) e identificamos que esse dinheiro estava concentrado nas mãos de diretores brancos. Depois de muita luta conseguimos reverter um pouco isso. Entre 2016\2017 tivemos 30% dos projetos destinados para diretores (as) e roteiristas negros (as) e, no ano seguinte, essa fatia subiu para 42%. Acho que conseguimos mudar um pouco essa cultura em Pernambuco”. A programação da Tenda Literária da Cepe Editora segue até o próximo sábado, quando se encerrará o Festival de Cinema de Triunfo.

Tenda Literária da Cepe em Triunfo discute espaços das mulheres no audiovisual Read More »

Festival de Cinema de Triunfo terá mostra de documentários ambientais

As belezas naturais e as características econômicas, sociais e culturais das Unidades de Conservação (UCs) do Estado, bem como a vida de seus moradores e o trabalho de preservação, vão passar na telona da 12ª edição Festival de Cinema de Triunfo, no Sertão do Pajeú. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Cultura, promovem uma mostra especial de documentários ambientais nesta quinta-feira (08), a partir das 13h30. Gratuitas, as sessões acontecem no Theatro Cinema Guarany, na Praça Carolino Campos, área central da cidade. Para o secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, os filmes cumprem um papel importante na difusão de conhecimento sobre Unidades de Conservação, consequentemente no processo de educação ambiental e conservação das reservas. “O audiovisual, assim como a mostra, são plataformas com grande força para difusão de conhecimento e para o debate. O nosso objetivo é aproveitar oportunidades - como a do Festival de Cinema de Triunfo - para levar informação de qualidade ao grande público e estimular o debate envolvendo o tema ambiental na região”, ressaltou. A mostra ambiental vai exibir três documentários. Um deles é “Mata da Pimenteira, Coração da Caatinga” - que fala sobre a história do Parque Estadual Mata da Pimenteira, localizado no município de Serra Talhada, e detalha o trabalho de restauração da diversidade da Caatinga, um bioma que só existe no Brasil. Também está na programação “Os guardiões da natureza” e “Uchôa, a mata pulsante”. O primeiro revela as belezas e a importância do Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú, responsável por abrigar nascentes e açudes usados no abastecimento de água da população da Região Metropolitana do Recife. Já o documentário “Uchôa, a mata pulsante” traz as características naturais e a luta de 40 anos da comunidade local pela preservação de um dos mais belos remanescentes de Mata Atlântica situado na capital pernambucana: o Refúgio de Vida Silvestre da Mata do Engenho Uchôa. Os três filmes, que compõem a mostra, foram produzidos por meio do edital da Agência de Meio Ambiente CPRH e lançados anteriormente. Para a sua realização, os vídeos receberam recursos da compensação ambiental. Serviço O quê: Festival de Cinema de Triunfo terá mostra de documentários sobre Unidades de Conservação. Quando: nesta quinta-feira (08), a partir das 13h30. Onde: Theatro Cinema Guarany, na Praça Carolino Campos, Centro. Ingressos: Gratuito Confira a Sinopses dos documentários: Mata da Pimenteira, Coração da Caatinga Localizado no Vale do Pajeú, o Parque Estadual Mata da Pimenteira tem uma área total de 887,24 ha, tratando-se da primeira Unidade de Conservação Estadual na Caatinga, representando um marco para as ações de conservação do Governo de Pernambuco nesse Bioma. O filme traz a diversidade da natureza encontrada no Parque e traduz o sentimento de resistência da vida catingueira. UCHÔA, A MATA PULSANTE Com direção de Tiago Delácio e produção de Rafael Buda, “Uchôa, a mata pulsante” revela as características ambientais, econômicas e sociais do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Mata do Uchôa. A partir da mobilização social para preservar essa reserva, o filme acompanha a história de 40 anos de resistência do Movimento em Defesa da Mata Uchôa contra as pressões imobiliárias, as constantes ameaças e as degradações ambientais. A Mata Uchôa está localizada na Bacia do Rio Tejipió e sua preservação é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio ecológico da cidade. Os Guardiões da natureza Um vídeo atrativo de fácil compreensão, apresentando aspectos relevantes do Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú, que desperta grande interesse da comunidade científica para a pesquisa sobre a diversidade biológica de Pernambuco, além de abrigar nascentes e açudes de abastecimento de água da população na Região Metropolitana do Recife. Tudo isso com a participação do conselho gestor e comunidades através de depoimentos e diversos registros.

Festival de Cinema de Triunfo terá mostra de documentários ambientais Read More »

12º Festival de Cinema de Triunfo começa nesta segunda-feira (5)

Um dos mais importantes festivais do audiovisual pernambucano acontece no Sertão do Pajeú para seis dias de mostras competitivas, oficinas e debates. O 12º Festival de Cinema de Triunfo acontece de 5 a 10 de agosto, no Cineteatro Guarany. Para esta edição, a Secretaria de Cultura de Pernambuco, por meio da coordenadoria de audiovisual, recebeu a inscrição de 344 filmes entre curtas e longas, dos quais 33 foram selecionados para o festival. As produções concorrem a diversas premiações, sendo o troféu oficial do festival – O Caretas – concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial e popular. O troféu faz referência às tradicionais figuras dos caretas, que percorrem as ruas da cidade durante o carnaval, há mais de 90 anos, com seus chicotes, chocalhos, ricos figurinos e mensagens satíricas trazidas em tabuletas. Confira aqui a programação completa do Festival de Cinema de Triunfo. O troféu – juntamente com prêmio em dinheiro no valor de R$ 4 mil – será concedido aos vencedores das categorias Melhor Longa Metragem (dois prêmios, um do júri oficial e outro do júri popular). Recebem também troféus as categorias: Direção, Fotografia, Montagem, Roteiro, Produção, Trilha Sonora, Direção de Arte, Som, Ator e Atriz. Na categoria curta-metragem, também tem Troféu Careta para todas as categorias citadas acima, além de oito prêmios em dinheiro (quatro concedidos pelo júri oficial e quatro pelo júri popular), no valor de R$ 2 mil, para as categorias: Melhor curta-metragem Nacional, Melhor Pernambucano, Melhor Infanto-Juvenil e Melhor dos Sertões. O Festival também concede outras honrarias. O Troféu Fernando Spencer será concedido para a/o melhor personagem da categoria longa-metragem. O Prêmio Cineclubista é concedido para “O Melhor Filme para Reflexão”. Criado pela Federação Pernambucana de Cineclubes – FEPEC, o prêmio tem o objetivo de referendar filmes que estimulem o debate e que se destaquem nas suas propostas de narrativas em que conteúdos e estéticas sejam levados em consideração. Os filmes vencedores recebem uma carta oficial elaborada pelo júri com a justificativa da premiação e também um convite para exibição do mesmo em cineclubes filiados à FEPEC. A ABD/APECI (Associação Pernambucana de Cineastas) também concede um troféu no Festival de Cinema de Triunfo ao filme que melhor represente a criatividade da produção cinematográfica. “O Festival de Cinema de Triunfo vem se somar às demais ações que temos e que impulsionam a política do audiovisual de Pernambuco. Um festival realizado em pleno Sertão, numa cidade super charmosa, diga-se de passagem, e que consegue trazer realizadores de todo Brasil, inserindo o estado no hall dos mais importantes festivais de cinema do país e fortalecendo ainda mais a cadeia do audiovisual pernambucano, que já é uma referência nacional”, destaca o secretário de Cultura Gilberto Freyre Neto. O presidente da Fundarpe Marcelo Canuto reforça a fala do secretário ao ressaltar o principal mecanismo de fomento ao cinema feito em Pernambuco, o Funcultura do Audiovisual, cuja edição 2019 será lançada em breve, ofertando mais de R$ 24 milhões para produções feitas em Pernambuco. “Temos no Festival de Cinema de Triunfo uma vitrine também para os produtos que saem do Funcultura do Audiovisual, feitos por realizadores que fazem deste evento um trampolim para outros festivais existentes no país, fortalecendo esse circuito que é tão importante para a produção cinematográfica que não tem apoio das grandes distribuidoras”, diz Canuto. O Cineteatro Guarany, onde ocorre o festival, é um equipamento do Governo de Pernambuco e integra o programa Cine de Rua, parte de uma política de valorização dos cinemas de rua do estado e de diversificação da programação audiovisual. No Guarany há exibições regulares que dialogam com a programação do cinema São Luiz e de outras salas que resistem nos municípios brasileiros. São nesses equipamentos onde é mais possível ver a produção audiovisual que não tem facilidade de entrar na programação dos cinemas multiplex e também onde o público tem acesso a diversos olhares. “Os festivais de cinema cumprem ainda esse papel de fortalecer a rede de cinemas de rua que é tão importante para a circulação dos filmes de produtores independentes que não encontram telas para exibirem suas produções. Estamos ainda, com esses cinema e com os festivais, construindo um público cada vez mais interessado nas filmografias pernambucana, e brasileira, que não estão nas redes comerciais de cinema. O Festival de Cinema de Triunfo, por exemplo, tem parceria este ano com os festivais Cinema no Interior, Criancine – Festival de Cinema Infanto-Juvenil, Documentando, a Mostra Absurda e o VerOuvindo”, coloca Silvana Meireles, secretária-executiva de Cultura. HOMENAGEADOS - O Festival de Cinema de Triunfo homenageia esse ano a atriz Lívia Falcão e o cineasta Kléber Mendonça Filho. O jornalista, roteirista, produtor e diretor de cinema Kléber Mendonça vem colecionando prêmios em festivais nacionais e internacionais de cinema, ao longo de sua carreira. Começando com os curtas-metragens Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005) e Recife Frio (2009). O documentário Crítico (2008) foi o primeiro longa-metragem de Kleber. Em 2012 lança o aclamado O Som ao Redor, que o insere no hall de cineastas latino-americanos com projeção internacional. Em 2016 lança Aquarius, que recebeu o prêmio de melhor filme do World Cinema Amsterdam, festival de cinema da Holanda. No final de agosto, o diretor estreia seu novo longa, Bacurau, que venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes. Lívia Falcão iniciou sua carreira de atriz no teatro aos quinze anos de idade, e aos 17 anos foi premiada como Atriz Revelação, por sua atuação na peça A Cantora Careca, de Ionesco. E de lá para cá não parou mais de atuar, seja no teatro, no cinema e na televisão. Em 1999, Lívia faz sua estreia como diretora teatral com a peça Dom Chicote Mula Manca e em 2008 dirigiu A Árvore de Julia do espanhol Luís Matilla. Participou também das montagens de Divinas e A Dona da História. No cinema fez os longas Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes; Onde Anda Você?, de Sérgio Rezende; O Homem que Desafiou o Diabo, de Moacyr Góes; O País do Desejo, de Paulo Caldas; Sangue Azul,

12º Festival de Cinema de Triunfo começa nesta segunda-feira (5) Read More »