Arquivos Criança - Página 2 De 3 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Criança

Criança também pode ter pressão alta que precisa ser monitorada

Diversas entidades médicas internacionais de pediatria, entre elas a Sociedade Americana de Pediatra e a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que pediatras realizem a aferição da pressão arterial em crianças e adolescentes. A recomendação visa identificar quadros de hipertensão (HAS, hipertensão arterial sistêmica) na infância, já a partir dos 3 anos de idade, como medida preventiva. “As causas variam com a idade, sendo que quanto mais jovem e mais elevada a pressão arterial, maior a possibilidade de a hipertensão ser de causa secundária, isto é, devido a doença renal, por exemplo. O diagnóstico precoce, realizado através da mensuração da pressão arterial e controle adequado da hipertensão, evita que ocorram alterações crônicas no sistema cardiovascular e no processo de aterosclerose”, explica a nefropediatra Maria Cristina de Andrade, da clínica MBA Pediatria e da UNIFESP. Desde a década de 60 são realizadas pesquisas para determinar os valores referenciais normais da pressão arterial (PA) em crianças e adolescentes. Uma das principais causas do aumento da prevalência de hipertensão infantil é a obesidade. Crianças obesas têm probabilidade maior de hipertensão em até 11%. No Brasil, o excesso de peso e a obesidade atingem 53% da população, incluindo as crianças. A hipertensão arterial é uma doença crônica que, estima-se, acomete cerca de 20% de toda a população mundial. É um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC (derrame cerebral), insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos dos olhos. Na grande maioria dos casos a pressão alta em crianças é assintomática. Em muitas situações, tanto na hipertensão primária, sem causa definida, quanto na secundária, devido a uma doença identificável (insuficiência renal, estenose de artéria renal, nefrites, alteração da tireoide, etc.), a hipertensão assintomática pode causar lesão de órgãos e, quando não tratada, a criança pode levar o quadro hipertensivo para vida adulta. Geralmente, na infância, as causas da hipertensão são secundárias; entre os adolescentes, a causa primária prevalece. Crianças com doenças renais, prematuras, com problemas na tireoide e apneia e distúrbios do sono têm maior chance de ter hipertensão. Em adolescentes, a HAS primária geralmente associada à obesidade é mais frequente, e é preciso instituir mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios físicos. Um dos fatores da obesidade entre adolescentes é a ingestão em alta quantidade de alimentos industrializados, calóricos e gordurosos. Como os pais podem (e devem) ajudar no tratamento? Os hábitos alimentares dos pais tendem a refletir nos filhos. Normalizar o peso é uma das principais iniciativas, e isso deve ser incentivado. “O tratamento é mais eficaz quando os pais participam, aceitam a doença da criança e incentivam todo o processo do tratamento, mantendo a rotina de medicação, da prática de exercícios e da intervenção nutricional”, esclarece a nefropediatra Maria Cristina de Andrade. Quando aferir a pressão em crianças? A aferição da pressão arterial em crianças que apresentam um quadro de saúde normal deve ser realizada a partir dos 3 anos de idade, uma vez por ano. Em casos de patologias identificáveis, a periodicidade deve ser menor. Quando há antecedentes mórbidos neonatais, doenças renais ou fatores de risco familiar, o pediatra deve averiguar a pressão antes dos 3 anos e em períodos mais curtos. Como é feita a aferição em crianças? O mais comum é a avaliação no consultório com técnica auscultatória (estetoscópio) e medição com esfigmomanômetro (compressor com bolsa inflável de borracha). Outro método é com técnica oscilométrica (aparelhos digitais), usualmente utilizados em prontos-socorros. Além disso, para investigação mais aprofundada, pode ser realizada a monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA), que exige a averiguação por um período de 24 horas. A pressão arterial na infância e adolescência varia conforme a idade, sexo e altura da criança. De acordo com tabelas internacionais, a pressão arterial é classificada como normal, elevada e hipertensão arterial; sendo que a hipertensão é dividida em 2 estágios de acordo com a gravidade. A aferição da pressão arterial deve ser realizada com o paciente tranquilo por 2 a 3 minutos. Para as crianças maiores de três anos utiliza-se a posição sentada. Em pacientes menores de três anos e lactentes, a aferição deve ocorrer com a criança deitada e com o braço ao nível do coração. Doença Renal Crônica A principal causa de hipertensão secundária em crianças e adolescentes é de origem renal, como estenose de artéria renal, nefrites e a doença renal crônica. A hipertensão em longo prazo pode causar doença renal crônica, podendo, inclusive, o paciente vir a necessitar de terapia dialítica na fase adulta. Esta evolução pode ser evitada com diagnóstico precoce da hipertensão arterial. “O primeiro passo é realizar a aferição da pressão arterial nas consultas de rotina com o pediatra. Se for diagnosticada a hipertensão, deveremos investigar uma doença de base e possíveis co-morbidades para que o tratamento anti-hipertensivo adequado possa ser adotado”, conclui a nefropediatra da MBA Pediatra e da UNIFESP.

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Projeto Geração Afeto vai estimular relações entre famílias e crianças nos primeiros anos de vida

Com o objetivo de estimular as relações afetivas entre as famílias e as crianças nos primeiros anos de vida, a Prefeitura do Recife lançou, na tarde desta terça-feira (27), o Projeto Geração Afeto. Ao longo do ano, será feito um acompanhamento personalizado e serão ministradas oficinas sobre desenvolvimento infantil e construção do afeto familiar para as mulheres atendidas pelo Programa Mãe Coruja Recife, que visa fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais. O trabalho é fruto de uma parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH), através da Gerência da Criança e do Adolescente do Recife, com a Secretaria de Saúde do Recife. A ação faz parte do empenho da gestão municipal em voltar a atenção das políticas públicas para a primeira infância, visando garantir o desenvolvimento integral dos recifenses de 0 a 6 anos. Está em andamento a criação do Marco Legal da Primeira Infância, que estabelece diretrizes para a formulação e implementação de políticas públicas focadas no desenvolvimento infantil. A legislação tomará como ponto de partida as ações que a Prefeitura do Recife já desenvolve para as crianças de até 6 anos. O marco legal tornará definitiva a priorização da primeira infância pela gestão municipal, para implementar ações que visem o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças por entender que uma base sólida proporciona um desenvolvimento mais eficaz. “Se quisermos investimentos transformadores, temos que continuar priorizando a primeira infância. É o que os estudos mostram. Por isso o prefeito Geraldo Julio tomou a decisão estruturante de focar os investimentos na geração que representa o nosso futuro, que vai construir uma sociedade melhor”, afirmou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que estava no lançamento ao lado da primeira-dama, Cristina Melo. A secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, citou alguns estudos nacionais e internacionais que comprovam que os estímulos de afeto devem começar antes mesmo de o bebê nascer. “A maioria das famílias acha que cuidar da saúde e da alimentação já basta. Claro que isso é primordial, mas só isso não é suficiente para garantir o pleno desenvolvimento das crianças. Vamos tentar ajudar as famílias a ver a importância desse campo relacional e mostrar os caminhos, para elas terem ideia do quanto é importante brincar com a criança, conversar, dar carinho, cantar, olhar no olho e contar historinhas”, exemplificou a gestora. Desenvolvido pela Gerência da Criança e do Adolescente da SDSJPDDH, o Projeto Geração Afeto visa promover as relações afetivas entre as famílias e as crianças em seu processo de desenvolvimento infantil, durante as fases gestacional e da primeira infância, com o objetivo de contribuir para a estruturação da organização familiar, por entender que o aspecto afetivo tem fundamental influência no desenvolvimento intelectual do sujeito. A ação começará na próxima semana, em cinco Espaços Mãe Coruja, e será concluída em junho. No segundo semestre, o projeto intersetorial será aplicado nos outros cinco Espaços Mãe Coruja existentes. Neste primeiro ano do projeto, serão atendidas até 300 famílias nos dez espaços – 30 em cada unidade. O foco serão as mães grávidas, sobretudo as adolescentes, e as que têm filhos menores de 6 anos, juntamente com os pais das crianças e outros familiares. As famílias atendidas nos Espaços Mãe Coruja Recife vão participar, cada uma, de quatro oficinas técnicas sobre temas ligados ao desenvolvimento infantil e à construção do afeto familiar. Serão utilizadas técnicas de coaching para apoiar as famílias na busca por respostas para a concretização de metas e objetivos afetivos. Durante as oficinas, que serão realizadas mensalmente, com duração de uma a duas horas, o facilitador do desenvolvimento infantil vai realizar perguntas-chaves para estimular as famílias a chegarem às respostas. Ao final de cada encontro, ainda serão indicadas tarefas que devem ser realizadas para alcançar as metas traçadas conjuntamente. A cada mês, um tema diferente será trabalhado com o grupo de familiares, como por exemplo a preparação para a chegada do bebê, licença maternidade e paternidade, a importância do desenvolvimento infantil na primeira infância, os formatos familiares, como acessar seus direitos, primeiros socorros, entre outros assuntos que também poderão ser sugeridos pelos participantes. A primeira oficina será na próxima segunda-feira (5), às 14h30, no Espaço Mãe Coruja da Cohab, que fica no Centro de Saúde Professor Sebastião Ivo Rabelo, onde será discutida a preparação para a chegada do bebê. Grávida de sete meses, a dona de casa Josefa Maria do Nascimento, 23 anos, participou do lançamento do Projeto Geração Afeto e disse que já está botando em prática os conhecimentos adquiridos no Espaço Mãe Coruja de Joana Bezerra. “Eu já converso muito com minha bebê, mesmo ela ainda estando na minha barriga. Mas confesso que não sabia que ser carinhosa com o bebê era tão importante. Agora, vou tentar dar ainda mais amor à minha filha do que eu já pretendia dar”. MÃE CORUJA – O Projeto Geração Afeto vai fortalecer o trabalho que vem sendo desenvolvido, desde 2014, pelo Programa Mãe Coruja Recife, que tem a proposta de fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais, aumentando a capacidade de transformar a realidade das mulheres e seus filhos, com a atenção durante o pré-natal, parto e pós-parto da mãe e do filho, do nascimento aos 5 anos e 11 meses. A equipe do programa favorece o acesso das gestantes aos serviços sociais e de saúde. Recife conta com dez espaços Mãe Coruja espalhados pela cidade. Nesses locais de acolhimento, são promovidas ações intersetoriais, com participação de diversas secretarias da Prefeitura do Recife. Atualmente, o programa acompanha 7.360 mulheres, sendo 1.851 gestantes, além de 4.900 crianças. Já foram distribuídos, para as gestantes que completaram um ciclo de sete consultas de pré-natal, 5.122 kits Mãe Coruja, que vêm com 11 itens de enxoval de bebê, como banheira, fraldas, saboneteira, sabonete, pomada para assadura, entre outros. (PCR)

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Verão requer cuidado com os pequenos

Quando o verão chega, algumas doenças tornam-se mais frequentes, devido às características próprias desta estação. O verão, que começou oficialmente em dezembro, traz com ele o sol escaldante e as altas temperaturas, que podem causar sérias complicações à saúde como desidratação, queimaduras, envelhecimento precoce, micoses e doenças de pele, além de provocar o câncer de pele. Com o período de férias escolares nessa estação, as crianças ficam mais expostas a esses riscos e os cuidados precisam ser redobrados em relação à hidratação, à alimentação, ao vestuário, aos locais de lazer e ao tempo para ficar ao ar livre. As brincadeiras sob o sol devem ser realizadas em horários específicos, evitando os momentos de pico. Também é importante um equilíbrio entre a alta temperatura externa e o ar condicionado dos ambientes fechados. “A exposição solar deve ser evitada entre 10h e 16h. Nesse período, predomina a radiação ultravioleta-B, que é responsável pelo desenvolvimento do câncer da pele. Até às 10h e após às 16h, a exposição solar pode ser feita, mas sempre com o uso do filtro solar, roupa apropriada e chapéu. E, nas crianças maiores, óculos de sol. O ar condicionado deve ser utilizado com cuidado, principalmente se a criança ficar entrando e saindo do ambiente refrigerado”, alerta o dermatologista Marcos Miranda, do Hospital São Marcos – Rede D’Or São Luis. Além da desidratação e da diarreia, os problemas mais frequentes em crianças durante o verão, também é comum o surgimento de doenças de pele como miliária (a popular brotoeja), decorrente do suor, micoses devido à exposição mais frequente aos fungos, larva Migrans (conhecida como bicho-geográfico), ocasionada pela penetração na pele de vermes vindos das fezes de cachorros e gatos em terrenos arenosos, e reações de hipersensibilidade a picadas de insetos. Outras doenças mais comuns são a Tungíase (vulgo bicho-de-pé), onde a transmissão se dá pelo contato direto com solo contaminado, o Pitiríase Versicolor (famoso pano branco), também conhecido como micose de praia, é o surgimento de pequenas manchas brancas ou avermelhadas. O dermatologista orienta que para que esses efeitos nocivos e doenças sejam evitados, é ideal a ingestão sistemática de água e sucos, o consumo de alimentos leves como verduras e frutas, a utilização de calçados em locais frequentados por animais, o uso de roupas com tecidos finos de algodão e cores claras, que armazenam menos calor, além do cuidado frequente da pele com o uso do filtro solar.

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Oficina de fotografia para crianças estimula relação entre imagem e literatura

Criar narrativas através de imagens. Compor imagens a partir de uma história. Olinda recebe a segunda etapa do projeto “Fotografia e outras histórias”, que tem o objetivo de desenvolver a linguagem fotográfica de forma lúdica, com inspirações literárias e conta com o incentivo do Funcultura. Ministrada pela fotógrafa Olga Wanderley, as aulas começaram nesta segunda-feira (6) na Biblioteca Multicultural Nascedouro, em Peixinhos. A oficina tem duração de 32 horas. Em agosto, Caruaru recebeu a primeira etapa do trabalho, na biblioteca da Escola Municipal Josélia Florêncio da Silveira, no bairro de São João da Escócia. As atividades propostas no projeto promovem o despertar da curiosidade e da sensibilidade fotográfica. Os participantes realizarão tarefas para aguçar os sentidos, como fazer enquadramentos olhando através de cartões perfurados para exercitarem a capacidade de observação dentro do quadro e caminhar vendados pelo mesmo ambiente para criar histórias sobre aquele local. As crianças participarão também de uma mini oficina de cartonaria com a equipe da Cartonera do Mar. Eles aprenderão técnicas para montar um livro com o que foi desenvolvido durante as aulas. No final de cada oficina, será realizada uma exposição com os trabalhos dos alunos. O projeto “Fotografia e outras histórias” surgiu de experiências anteriores realizadas em bibliotecas comunitárias no Poço da Panela e no Alto José Bonifácio. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com. Mais informações no site www.fotografiaeoutrashistorias.com Serviço Projeto Fotografia e outras histórias Quando: 6, 8, 10, 13, 16, 20, 22 e 24 / Novembro Onde: Biblioteca Multicultural Nascedouro (Olinda) Carga horária: 32 horas, divididas em 8 encontros Inscrições por e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com Site oficial www.fotografiaeoutrashistorias.com  

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Grãos - Como criar uma filha feminista - Por Beatriz Braga

*Por Beatriz Braga Ela é ainda um grão e eu já espero tanto dela.  Eu sou deliberadamente apaixonada pelo futuro. Acredito no potencial de renovação de cada geração e cada vez que alguém especial engravida, meu coração fica mais esperançoso. Quando ela me disse que estava carregando um ser do tamanho de um grão de lentilha no ventre, imaginei o longo caminho de transformação que ele ainda passaria e desejei que fosse leve. O ser ainda não tem rosto ou pés, mas tenho certeza que o que espera por ele é grandioso: uma noção de respeito e incentivo. Se fosse homem, aprenderia a respeitar desde o começo e seria incentivado a ser o que quisesse, a aceitar suas características femininas e a se desprender desse conceito de “homem macho”. Sendo mulher, aprenderia a exigir respeito, ser independente e a se amar. Quem sabe, um ou outro, aprenderiam a ser livres e ajudariam a construir um mundo no qual os gêneros não nos definissem. Acabou que se descobriu menina. Eis o que acho: Moema terá a base para ser forte, para se amar independente de padrões externos e encontrará, em casa, um grande exemplo de sabedoria no qual pode se espelhar.  Assim espero também para Francisco, Alice, Cecília, Bernardo, Benício e Sophia. E todas as crianças do mundo. Afinal, elas são o futuro. Essa última desenhou suas mães e escreveu “o amor é o que importa”. Mais esperta que muita gente adulta, não acham? Uma amiga, certa vez, disse que não queria ter filha para que ela não passasse por situações parecidas com as que viveu. E completou em seguida: também não aguentaria ter um filho que pertencesse ao círculo machista. Retruquei que, independente de sexo, talvez sua futura cria pudesse fazer a diferença. Quando soube do grão, reli o livro de bolso da nigeriana Chimamanda Adiche “Para educar crianças feministas”. Eu já havia presenteado a sua mãe com “Sejamos todos feministas” da mesma autora. Na obra lançada este ano, a escritora responde a uma amiga que lhe pergunta conselhos sobre “como criar uma filha feminista”. Aqui, elenco meus preferidos (não se preocupe com os spoilers, o manifesto tem muito mais a oferecer). DECIDA O QUE NÃO DIRÁ PARA SUA FILHA A linguagem é poderosa. Toda vez que as crianças ouvem “você está chorando como uma menina”, “isso é coisa de menininha”, “só podia ser uma mulher”, automaticamente absorvem que ser menina é ser frágil, indefesa, inferior e você entende onde isso vai acabar, não é? Uma amiga de Chimamanda decidiu nunca chamar a filha de princesa. “Princesa vem carregado de pressupostos sobre sua fragilidade, sobre o príncipe que virá salvá-la, etc. Essa amiga prefere ‘anjo’ ou ‘estrela”. Usemos a linguagem a nosso favor. FAÇA COM QUE ELA LEIA LIVROS. SE PRECISAR, PAGUE POR ISSO. A filha de uma amiga da escritora não gostava de ler. A mãe, então, pagava cinco centavos por página lida. Mais tarde, disse ela, saiu caro, mas valeu a pena. A dica de Chimamanda é quase simples: leia e sua filha entenderá que ler é uma virtude. Se ela não entender assim, pagar é uma opção. “Os livros vão ajudá-la a entender e questionar o mundo, vão ajudá-la a se expressar, vão ajudá-la em tudo que ela quiser ser - chefs, cientistas, artistas”. Poderoso! CERQUE-A DE HOMENS E MULHERES QUE COMBATAM ESTEREÓTIPOS (QUALQUER UM DELES) Crianças se guiam pelos exemplos. Então encontre pessoas que combatam estereótipos e deixe claro o quanto você os admira. Sempre que uma criança conhecer um homem que ama cozinhar e faça isso para toda família, por exemplo, logo vai descartar frases sexistas como “cozinhar é coisa de mulher”. Talvez esse seja seu conselho mais importante: circunde-se de homens e mulheres que possam dar alternativas reais aos modelos de gêneros tradicionais cultuados na sociedade. SE DESFAÇA DE SUAS PRÓPRIAS AMARRAS Uma frase curta para o possivelmente maior desafio de uma mãe: “para garantir que a filha não herde nenhuma vergonha sua, você precisa se libertar da vergonha que você mesma herdou”. “Nunca associe sexualidade e vergonha. Ou nudez e vergonha. Nunca transforme a virgindade em foco central. Ensine a rejeitar a associação entre vergonha e biologia feminina”. Entre vários outros conselhos, a nigeriana sugere que se compre trenzinhos e blocos (e bonecas também, se quiser) e incentive suas filhas a criarem, a serem ativas e a valorizarem suas identidades e aparências. “Vou tentar”, a destinatária responde. “Eu também”, diz a autora. Que bom seria se todos nós tentássemos. Para todos aqueles que ainda não perceberam o valor do feminismo, esta frase dessa mulher incrível é a minha preferida: “quando há igualdade não existe ressentimento”.

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Curso de férias para crianças pela Escolinha de Arte do Recife

A Escolinha de Arte do Recife, em parceria com a UFPE e a Associação Nordestina de Arte-Educadores (Anarte-PE), promove o seu tradicional curso de férias para crianças até o dia 28 deste mês. A temática central do curso é a “A Redenção do Robô”, título do livro do poeta e filósofo inglês Rebert Read. As aulas são realizadas na Escolinha - localizada na Rua do Cupim, nº 124, bairro das Graças, Recife – de segunda a quinta-feira, das 14h às 17h. O curso, que tem quatro módulos, está com inscrições abertas para os módulos sobre a artista Tereza Carmem Diniz – que começou ontem (17) e vai até quinta-feira (20) – e o artista José Patrício, que começa na segunda-feira (24) e termina na quinta-feira (27). Cada módulo custa R$ 200. A coordenação é do professor Everson Melquiades, do Departamento de Métodos e Técnica de Ensino do Centro de Educação (CE) da UFPE e da professora Maisa Silva, da Escolinha de Arte do Recife. “As crianças irão conhecer artistas, de diferentes linguagens, através do processo de compreensão do conhecimento artístico por meio da leitura, contextualização e produção artística, conforme indicado pelas tendências atuais da Arte/Educação”, explica o professor Melquiades. Uma das fundadoras da escola, Noemia de Araújo Varela, é a homenageada pelo curso de férias. Mais informações Escolinha de Arte do Recife (81) 3222.0050 escolinhadearte.recife@gmail.com (UFPE)

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Oficinas fazem a alegria da meninada em julho no Espaço Ciência

O Espaço Ciência inicia, na próxima segunda (3), sua programação especial de férias. Será um mês de muita diversão e aprendizagem, em 20 diferentes opções de oficinas, além das centenas de experimentos, exposições, passeio de barco, trilhas e Planetário. O Espaço Ciência é um museu interativo vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Fica no Parque Memorial Arcoverde, Complexo de Salgadinho, Olinda. A entrada é gratuita e o local funciona das 8h às 12 horas e das 13h às 17h de segunda a sexta e de 13h30 às 17h nos fins de semana. Para grupos de mais de dez pessoas, as visitas devem ser agendadas pelo telefone (81) 3241.3226. OFICINAS – São 20 diferentes opções de oficinas, distribuídas durante as quatro semanas de julho. Os visitantes poderão, por exemplo, extrair o DNA de frutos usando reagentes químicos. Ou brincar de construir flores artesanais com garrafa pet para simular o processo de polinização. Dá até para pescar um peixe de verdade, observar sua morfologia e depois soltá-lo novamente em seu habitat. Conceitos físicos viram diversão em experimentos interativos com fogo ou em uma brincadeira de teste de força. Há, também, opções de gincanas e jogos, como a Gincana da Ciência e o jogo do Desequilíbrio Ambiental, com dinâmicas interativas que revelam a cadeia alimentar. A matemática fica bem divertida em jogos como Resta Um, Torre de Hanói, Monte o cubo e outros. Ou na atividade de criar sólidos geométricos com bolhas de sabão. Outra dica é brincar de fazer sons com diferentes materiais recicláveis. Ou ouvir histórias sobre personagens das matas e dos mangues. Há, ainda, oficinas que fizeram sucesso nas férias de janeiro e voltam a acontecer agora em julho. É o caso da Construção de Pipas; Geleca Científica; Origami; Show da Química; Horta Vertical e Construindo seu Robô. ATRAÇÕES PERMANENTES – Além das oficinas especiais para o mês de férias, os visitantes têm à sua disposição centenas de experimentos interativos espalhados pela Trilha das Descobertas e Trilha Ecológica, além de passeio de barco pelo manguezal, Planetário e quatro exposições: De Olho na Luz, (R)Evolução dos Bichos, História Química da Humanidade e Nanotecnologia. Para participar das atividades, não é necessária inscrição. Basta procurar a Recepção do Museu e pegar uma ficha referente à oficina da qual deseje participar. Mais informações e agendamentos (81) 3241.3226  

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Tratamento ortodôntico: tem idade?

A imagem de crianças aparece na mente sempre que se fala em aparelho ortodôntico, mas é verdade que, a cada dia que passa, vemos mais adultos aderindo ao tratamento. “Recomendo que o acompanhamento odontológico comece com o aparecimento dos primeiros dentes de leite, ou antes, para obtenção de informações pertinentes à fase da criança e assim ter maiores chances de alcançar bons resultados.” - explica a ortodontista Patrícia Correia. Ainda de acordo com Correia, a primeira consulta com um ortodontista deve ser por volta dos seis anos, quando se começa a investigar o crescimento ósseo e definir a melhor fase para o tratamento. Desta forma também se pode evitar ou minimizar futuros problemas funcionais e estéticos. No entanto, a preocupações estéticas, assim como o avanço da tecnologia e a maior propagação de informações, fazem com que cada vez mais adultos procurem o tratamento ortodôntico. Segundo a odontóloga, durante a puberdade ocorre a fusão das suturas de alguns ossos da face, fundamentais para o tratamento ortopédico. O pré-pico de crescimento ósseo é a fase ideal para intervir com aparelhos ortopédicos em pacientes que possuem alterações de padrão ósseo dos maxilares. Para o gênero feminino, esse pico costuma ocorrer mais precocemente, por volta dos 11 anos, já para o masculino, esse pico ocorre próximo aos 14 anos. “Nessa fase, lançamos mão de aparelhos que auxiliam no “direcionamento” do crescimento ósseo, em muitos casos, conseguimos reparar falhas que só seriam corrigidas na vida adulta com cirurgias. Em casos mais severos ou específicos, podemos minimizar os problemas. É certo que a intervenção precoce responsável pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para esses pacientes, inclusive um perfil facial mais harmônico” - informa. ADULTOS E TERCEIRA IDADE - Já o uso do aparelho na idade adulta tem uma grande vantagem: a adesão do paciente ao tratamento é muito mais fácil. “O paciente adulto, na maioria das vezes, tem mais responsabilidade com o tratamento. E acaba sendo um aliado do ortodontista, minimizando o período e favorecendo o mecanismo do mesmo”, diz a especialista. A terceira idade também pode se beneficiar de tratamentos ortodônticos. O procedimento em pacientes idosos é diferente dos mais jovens, pois eles podem apresentar problemas periodontais, modificações na arcada dentária e nos tecidos bucais, ausências dentárias, amplas restaurações e próteses ou implantes dentários. “O tratamento em idosos deve ser o mais suave possível, com o aparelho atuando com forças leves. Em alguns casos, é importante a correção oclusal antes da instalação de implantes e próteses”- explica. “É preciso sempre planejar com detalhes, com objetivos claros e orientar o paciente sobre os resultados e expectativas. Cada indivíduo deve ser tratado com suas particularidades e com os tratamentos ortodônticos não poderia ser diferente.” – finaliza a Dra. Patrícia.

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Quatro dicas para prevenir problemas nos olhos

Não coçar os olhos – o ato de coçar muito os olhos, principalmente em cima da pálpebra, pode provocar o aparecimento de astigmatismo. Se for coçar,coce  sempre no canto do olho Manter uma distância confortável e boa iluminação na hora que estiver lendo para não forçar a vista Criança ate 2 anos de idade é recomendável não fazer uso do celular ou tablets. Somente após os 2 anos, usar uma hora por dia. É importante que a criança tenha pelo menos duas horas ao dia um espaço aberto para estimular a visão para longe Veja também problemas oculares em recém-nascidos

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Cefaleia em crianças e adolescentes

A cefaleia ou “dor de cabeça” é um dos sintomas mais comuns em crianças e, felizmente, na maioria das vezes não representa uma doença complicada. Apenas 5% das cefaleias são secundárias, ou seja, representam um sintoma de alguma outra doença, exigindo um tratamento específico. De qualquer forma, é um sintoma que não pode ser negligenciado, ainda mais se estiver acompanhado dos chamados sinais de alerta. Mesmo que raramente traga riscos para a criança, a cefaleia pode exigir tratamento contínuo já que a frequência e a intensidade das dores podem atrapalhar as atividades escolares e de lazer. A criança que tem cefaleia não tratada pode apresentar além da dor, comprometimento no rendimento escolar, além de isolamento dos amigos por não poder participar das atividades de lazer e esportivas na frequência desejada. Um mito ainda muito presente é o de que os problemas visuais sejam importante causa de cefaleia. A principal forma de cefaleia crônica encontrada na infância é a enxaqueca, seguida pela cefaleia tensional (devida à tensão ou contração exagerada de grupos musculares do pescoço, ombros, couro cabeludo e face). Devemos tentar caracterizar a intensidade da dor, o horário, sintomas associados, fatores desencadeantes para ajudar a caracterizar o tipo de cefaleia e sua intensidade. A criança pode apresentar fatores desencadeantes como a ingestão de determinados alimentos, jejum prolongado, sono excessivo, privação de sono, esforço físico, uso de medicamentos, dentre outros. Na enxaqueca, por exemplo, é frequente a ocorrência de náuseas, vômitos, dor abdominal, incômodo à luz ou ao barulho, palidez e sudorese, dentre outros. Além disso, devemos nos atentar ao uso abusivo de analgésicos, que podem ser responsáveis pela cronificação de cefaleias episódicas. Os principais sintomas de alerta para cefaleia secundária são dor intensa, de início abrupto, mudança no comportamento da dor com aumento da frequência ou intensidade, dor diária desde sua instalação, dor que não responde à analgésicos, presença de convulsões associadas, presença de doenças que atinjam outros órgãos, distúrbios de coagulação, além de sinais observados ao exame físico como sinais meníngeos (sugestivos de meningite), febre, alterações motoras (perda de força de uma lado do corpo, por exemplo) e alterações visuais. A enxaqueca é a cefaleia mais estudada da infância. Não existe nenhum exame de laboratório ou imagem que defina o seu diagnóstico. Sendo assim, é a partir das características das crises que o médico vai definir o tipo de cefaleia. Nos casos de cefaleias crônicas, é importante que se faça um diário da cefaleia, assim a criança ou seu familiar devem anotar como foi o início da dor, tempo de duração, se foi de um lado da cabeça ou dos dois, se causou tontura, náuseas ou vômitos, se melhorou com o analgésico, que medicamento utilizou, etc. A enxaqueca, em geral, dura poucas horas até 72 horas, pode ser em qualquer lugar no crânio mas principalmente na fronte ou dos lados do crânio, pulsátil, com tontura, náuseas ou vômitos, incômodo à luz e ao barulho. Conforme a idade de apresentação, os sintomas podem variar. Fatores genéticos, psicológicos e ambientais influenciam fortemente a expressão da cefaleia na infância. O tratamento deve ser individualizado conforme as suas características e intensidade, visando melhorar a qualidade de vida da criança e da sua família. * O conteúdo foi desenvolvido pelo Dr. Marco Aurélio Safadi (CRM: 54792), parceiro da NUK e professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital

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