Arquivos Crianças - Página 5 De 8 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

crianças

Galinha Pintadinha traz novo show ao Recife nas férias da garotada

A Galinha Pintadinha chega ao Recife com o show oficial “Galinha Pintadinha e a Fabulosa Trupe”, inédito na cidade. Será dias 20 e 21 de julho, no Teatro RioMar. Nesta nova peripécia da personagem, as crianças vão se divertir com uma turma que viaja pelo Brasil com o seu Carrinho de Histórias. Por meio dele, os pequenos embarcam em uma jornada de música, luzes e cores pelo universo encantado da Galinha Pintadinha. Tudo começa quando o Pintinho, fugindo do Gavião, acaba se perdendo da Galinha Pintadinha e do Galo Carijó. Assim se inicia a fabulosa aventura para encontrar seus pais, com a ajuda dos amigos da Popó. Um espetáculo para curtir, cantar e dançar em família, ao som dos sucessos do cancioneiro infantil, em uma mistura de linguagens visuais em efeitos especiais e tecnologia. Com roteiro e direção de Marcos Luporini e Juliano Prado, criadores da série original, a nova produção agrega artistas especialistas em fantoches e figurinos. Como Jésus Sêda, que já trabalhou nas principais emissoras de televisão do país desenvolvendo personagens de programas a exemplo de “Castelo Rá-Tim-Bum” e “Cocoricó”. Também entra para o time Quiá Rodrigues, que dá vida aos “Cavalinhos do Fantástico” e, no passado, trabalhou na “TV Colosso”, além de parceria com Xuxa em vários DVDs do “Xuxa Só Para Baixinhos”.

Galinha Pintadinha traz novo show ao Recife nas férias da garotada Read More »

16º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco é boa opção para as férias de julho

O 16° Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco começa no próximo final de semana oferecendo 13 espetáculos para a família pernambucana e turistas em férias. As apresentações acontecerão no Teatro de Santa Isabel (Centro do Recife), Teatro Barreto Júnior (Pina) e Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), sempre às 16h30. Os ingressos estarão a venda nas bilheterias dos teatros e custam: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada para crianças a partir de 02 anos, estudantes, professores e idosos apresentando a carteira). O homenageado desse ano é o jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras, Cícero Belmar, pelo trabalho dedicado ao teatro e à literatura para infância e juventude. Informações: 81 – 988590777 (WatsApp) ou pelo Facebook: @festivaldeteatroparacrianca Programação Oficial 16º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco Período: 06 a 28 de julho de 2019. Sábados e domingos – 16h30 Ingressos: R$40,00 (Inteira) e R$20,00 (Meia-entrada)* *(Crianças a partir de 02 anos, estudantes, professores e idosos mediante a apresentação da carteira) Informações: (81) 99418.0025 (WhatsApp) Produção Geral: Edivane Bactista / Ruy Aguiar Apoio Cultural: Companhia Editora de Pernambuco / Prefeitura da Cidade do Recife Realização: Métron Produções *** – Teatro de Santa Isabel (Praça da República, 233 – Santo Antonio, Recife-PE) 06 e 07/07 – A Pequena Sereia (Roberto Costa Produções – Recife / PE) 13 e 14/07 – Meu Reino Por Um Drama (Métron Produções – Recife/PE) 20 e 21/07 – Pluft, o Fantasminha (Cênicas Cia. de Repertório – Recife/PE) 27 e 28/07 – Sebastiana e Severina (Cláudio Lira e Teatro Kamikazi – Recife/PE) ……………………………………………………………………………………………………………………………….. – Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem – Recife-PE) 06 e 07/07 – Simba – O Rei Leão (Marketing Eventos Culturais – Recife/PE) 13 e 14/07 – O Segredo da Arca de Trancoso (Cênicas Cia. de Repertório – Recife/PE) 20 e 21/07 – O Gato de Botas (Capibaribe Produções – Recife/PE) 27 e 28/07 – Pinóquio (Roberto Costa Produções – Recife/PE) ……………………………………………………………………………………………………………………………….. – Teatro Barreto Júnior (Rua Est. Jeremias Bastos – Pina – Recife/PE) 06 e 07/07 – Troca-se Histórias Por Brincadeiras (Arretado Produções Artísticas – João Pessoa/PB) 13 e 14/07 – A Batalha da Vírgula Contra o Ponto Final (Cia. de Teatro Omoiós – Recife/PE) 20 e 21/07 – Chapeuzinho Vermelho: Em Uma Aventura na Floresta (ArtCosta Produções – Paulista/PE) 27/07 – Tio Dodinho e a Bicharada (Trup Produções – Recife/PE) 28/07 – Era Uma Vez no Fundo do Mar (Garagem Cia. de Teatro – Recife / PE)

16º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco é boa opção para as férias de julho Read More »

Entrando em clima de férias, I Love Bazar lança edição em julho

As férias pedem um lazer para toda a família, com programação que contemple as crianças e adultos. Com pockets shows, mais de 70 lojas, produtos com até 70% de desconto e oficinas infantis, a 13º edição do I Love Bazar acontecerá no The Garden Open Mall, em Piedade, nos dias 12 e 13 de julho, das 11h às 20h. O bazar vai reunir opções de roupas femininas, masculinas, infantis, acessórios, sapatos e mais. Enquanto os pais fazem as compras na sexta-feira, dia 12 de julho, as crianças poderão se divertir com a recreação gratuita de Clau da Pinturinha e na oficina de slime. A partir das 18h, a ex-participante do último The Voice Kids Ana Clara irá animar o evento com um pocket show. No segundo dia de bazar, os pequenos aproveitar o show da LOL, a troca de figurinhas da boneca surprise e a recreação infantil, com diversas atividades. As 50 primeiras pessoas a comparecerem ao evento irão concorrer a 500 reais em dinheiro para compras em qualquer loja do bazar. Para os demais, haverá sorteio de um voucher de 1.000 reais em compras para aqueles que gastarem a partir de 100 reais no evento. Os interessados devem levar latas ou sachês de leite em pó, que serão doados ao Hospital do Câncer de Pernambuco.

Entrando em clima de férias, I Love Bazar lança edição em julho Read More »

Férias no Shopping Tacaruna oferece atrações para pais e filhos

A chegada do mês de julho representa o período de férias escolares da garotada. E para aproveitar o período com muita diversão e entretenimento, o Shopping Tacaruna preparou algumas atrações que vão alegrar não só os pequeninos, como também muitos papais e mamães. Que tal um mergulho no túnel do tempo para relembrar alguns dos brinquedos e jogos clássicos das décadas 1980 e 1990? Parece impossível imaginar uma época em que não existia tanta tecnologia como internet, tablets, computador e smartphones. Mas ela já existiu e quem viveu se divertiu muito. Esta é a proposta da exposição interativa Brinquedoteka que reúne os brinquedos mais divertidos de todos os tempos e de forma gigante, em cartaz na praça de eventos do mall, de 27 de junho a 28 de julho. O passaporte de acesso a todos os brinquedos com duração de 20 minutos custa R$ 5,00. A atração reúne brinquedos e jogos como Genius, Aquaplay, Futebol de Pinos, Cai-Não-Cai e Pula Pirata, Lego, Tetris, entre outros que fizeram grande sucesso e marcaram gerações, com um grande diferencial: a maioria dos brinquedos são gigantes. De acordo com a gerente de marketing do Shopping Tacaruna, Yolanda Celeste, a ideia da exposição é reavivar um elo sentimental nos pais que viveram a época e proporcionar diversão aos filhos, que poderão conhecer e brincar com os brinquedos que fizeram parte da infância deles. A experiência de brincar fora da tela virtual transforma a nostalgia em um momento de lazer para crianças e jovens da geração atual. “A nostalgia é um dos sentimentos que a exposição traz para o público em sua temporada no Tacaruna. Alegria e muita diversão são nossos compromissos para este evento criado e elaborado para toda a família, em que os pais se sentirão crianças novamente e trarão seus filhos para ensinar como se brincava em outras gerações”, destaca ela. Os brinquedões foram especialmente criados para funcionarem mantendo toda a mecânica dos brinquedos originais, para garantir a diversão do público. Em turnê desde 2015, a exposição Brinquedoteka já passou por mais de 40 cidades brasileiras, desde Santarém (Pará) a Rio Grande (Rio Grande do Sul), sendo consagrada como um grande sucesso por onde passa. Mais de 1 milhão de pessoas já brincaram com os “Brinquedões”. Confira os brinquedos gigantes da exposição interativa Brinquedoteka: Genius O desafio é pensar rápido e repetir as sequências de luzes e sons produzidas pelo Genius. O brinquedo busca estimular a memorização de cores e sons. Com um formato semelhante a um OVNI, possuí botões coloridos que emitem sons harmônicos e se iluminavam em sequência. Cabe aos jogadores repetir sem errar as sequencias, que vão aumentando o grau de dificuldade a cada passo. A Brinquedoteka traz um Mega Genius com dois metros de diâmetro para ser jogado em equipes de quatro pessoas por vez. Aquaplay O objetivo deste jogo é fazer cestas com a pequena bola de basquete, que fica dentro de um ambiente coberto com água, usando apenas os botões frontais. Ele consiste em um pequeno recipiente, em plástico transparente, enchido com água e vedado. Um botão (ou dois, de acordo com o modelo) na base acionava um mecanismo, a fim de fazer a tarefa do jogo. As tarefas variavam de acordo com o modelo. Por exemplo, um golfinho que deveria encaixar todas as argolas em um espeto; ou ainda, uma bola de basquetebol que deveria passar dentro da cesta. A Brinquedoteka traz um Mega Aquaplay com dois metros de altura. O objetivo é acertar a bola da cesta. Futebol de Pinos Futebol de Pino (ou de pregos) era na versão original um jogo no qual, em uma tábua de madeira, que retratava um campo de futebol, com pinos ou pregos simbolizando os times adversários em cada metade do campo. A bola às vezes era uma moeda ou um pedaço de papel caso não houvesse uma bolinha. Para movê-la e fazer com que o jogo aconteça, os participantes utilizavam-se dos dedos para simular os chutes. O objetivo era marcar o maior número de gols possíveis. A Brinquedoteka traz um Mega Futebol de Pinos, onde os jogadores de colocam dentro do campo e usam os pés para lançar uma bola de verdade na direção do gol adversário. O futebol de pino pode ser jogado em duplas sendo que, cada vez um jogador faz a sua jogada. O jogo pode terminar com dois gols ou mais. Cai – Não – Cai O objetivo deste jogo é remover as varetas do cilindro sem derrubar as bolas e quem derrubar menos bolas é o vencedor. O jogo é composto de um cilindro de acrílico e no meio do tubo há diversos furos, onde são colocadas as varetas. Por cima das varetas são colocadas as bolas. Os jogadores vão retirando as varetas uma de cada vez, tentando evitar que as bolinhas caiam no fundo do tubo. Quem derrubar uma bolinha fica com ela até o final do jogo. A Brinquedoteka traz um Mega Cai Não Cai com dois metros de altura e as varetas com dois metros de comprimento cada. Pula Pirata O jogo é composto de uma espécie de barril, com furos nas laterais e um orifício na parte superior onde é colocado uma miniatura de pirata e de espadas de plástico. Os furos das laterais são utilizados pelos jogadores que vão colocando as espadas nos furos. O objetivo do jogo é não deixar o pirata pular para fora do barril. Um dos furos de forma aleatória aciona um mecanismo que ‘’expulsa’’ o pirata do barril. Caso o jogador, ao colocar a espada no furo, ocasionar o salto do pirata para fora do barril, o mesmo será eliminado do jogo e a rodada é reiniciada. A Brinquedoteka traz um Mega Pula Pirata com um barril em medidas reais e espadas idem. A diversão é garantidad. Totem Games Em dois grandes módulos estarão quatro vídeo games que marcaram época e gerações: Atari, Mega-Drive, Super Nintendo e Master System, todos prontos para serem jogados em televisores de 32 polegadas. O público poderá

Férias no Shopping Tacaruna oferece atrações para pais e filhos Read More »

Nova tecnologia permite classificar o tumor cerebral mais comum em crianças

André Julião – Uma metodologia de baixo custo para classificar os diferentes tipos de meduloblastoma, tumor maligno do sistema nervoso central mais comum em crianças, foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores em São Paulo em colaboração com colegas de instituições na Suíça e na Alemanha. O novo método tem precisão semelhante à das caras tecnologias para sequenciamento de última geração e dá subsídios para a tomada de decisão quanto ao melhor tratamento mesmo em países com poucos recursos. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram publicados na revista Acta Neuropathologica Communications. Os pesquisadores avaliaram tumores de 92 pacientes, de 1 a 24 anos de idade, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e no Centro Infantil Boldrini, em Campinas. Para isso, usaram o método conhecido como PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real (qPCR), que demanda o uso de equipamento que custa em média US$ 30 mil e é bastante comum em laboratórios de genética e em alguns hospitais brasileiros, de acordo com Gustavo Alencastro Veiga Cruzeiro, que realizou o trabalho durante o doutorado na FMRP-USP, com Bolsa da FAPESP. Em uma primeira rodada, os cientistas verificaram a expressão de 20 genes associados ao meduloblastoma, dois a menos que os normalmente analisados em tecnologias mais caras, como o NanoString nCounter. O custo da análise de cada amostra foi igual em todas as tecnologias: US$ 60, valor idêntico às tecnologias de alta precisão disponíveis para a avaliação da expressão dos genes em tumores, de modo a permitir sua classificação em subgrupos. Mas os pesquisadores foram mais longe: observaram também por qPCR que a expressão de apenas seis genes-chave nas amostras tumorais era suficiente para definir o grupo a que pertenciam. Com isso, o custo baixou para US$ 26 por amostra. Os resultados foram confirmados por meio de um programa de computador e da aplicação de um algoritmo em 763 amostras de meduloblastomas, depositadas em um banco de dados e previamente classificadas em institutos internacionais. Por fim, 11 amostras aleatórias, das 92 coletadas no Brasil, foram enviadas para o Hospital Infantil de Zurique, na Suíça, e para o Centro de Câncer DKFZ em Heidelberg, na Alemanha, para serem analisadas por tecnologias mais caras e usadas rotineiramente. As análises foram autorizadas pelos doadores das amostras. “Os equipamentos usados nos países desenvolvidos para a classificação têm valor aproximado de US$ 280 mil na América do Sul. Os insumos usados na análise também têm preço elevado. Isso torna bastante oneroso identificar o subgrupo em que o tumor está inserido e, assim, selecionar o tratamento mais adequado”, disse Cruzeiro. Mudança de protocolo A pesquisa é parte do Projeto Temático “Interação entre alvos terapêuticos emergentes e vias de desenvolvimento associadas à tumorigênese: ênfase em neoplasias da criança e do adolescente”, coordenado por Luiz Gonzaga Tone, professor na FMRP-USP. “O projeto tem como objetivo obter novos conhecimentos sobre os mecanismos moleculares envolvidos na carcinogênese de alguns tumores pediátricos e as possíveis interações nas vias moleculares de desenvolvimento, procurando viabilizar melhores critérios de classificação e de abordagem do tratamento. No caso do meduloblastoma, vimos que o critério de classificação molecular é fundamental”, disse Tone, que coordena o Grupo de Pesquisa em Oncologia Molecular Pediátrica (GPOMP). O protocolo padrão para o tratamento do meduloblastoma, que pode afeta diferentes áreas do cerebelo, é normalmente composto por remoção cirúrgica do tumor, quimioterapia e radioterapia. Recentemente, porém, foram descritas quatro variedades do tumor, que requerem terapias com diferentes graus de agressividade. Dentre elas, há duas que respondem melhor ao tratamento. Entre os pacientes com tumores do subgrupo conhecido como WNT, a sobrevida pode ser de até 90% em cinco anos após o término do tratamento, um prognóstico considerado muito bom. Esse grupo, portanto, pode receber uma carga menor de radiação ou mesmo ser dispensado dessa terapia, que pode deixar sequelas como problemas no desenvolvimento, na cognição, de locomoção e de fala. A segunda variedade tumoral, conhecida como SHH, tem prognóstico intermediário, com uma parcela dos pacientes respondendo bem ao tratamento e outra nem tanto. O tratamento mais sugerido para esses casos é a chamada terapia-alvo, com inibidores específicos de uma proteína-chave. No entanto, os estudos existentes mostram que parte dos pacientes ainda não responde a esse tratamento em razão da diversidade na população de células desse tipo de tumor. As outras duas variedades são conhecidas como Grupo 3 e Grupo 4 e são as que mais apresentam metástase. Por esse motivo, exigem uma abordagem mais agressiva de tratamento. No entanto, a biologia desses subgrupos continua pouco conhecida. “No Brasil, não há a adoção dessa abordagem molecular usada na Suíça, Alemanha e Canadá, entre outros países. Nesses locais se faz a verificação do subgrupo do tumor e, então, opta-se por um tratamento de maior ou menor intensidade”, disse Cruzeiro, que atualmente faz estágio de pós-doutorado no Massachusetts General Hospital, da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, com apoio da FAPESP. No Brasil, segundo Cruzeiro, os pacientes com meduloblastoma seguem basicamente o mesmo protocolo de tratamento, com ressecção, quimioterapia e radioterapia, com exceção de alguns casos, como crianças com menos de três anos. Com isso, um paciente do grupo WNT, por exemplo, que talvez não precisasse de radioterapia, acaba recebendo um tratamento que seria indicado para uma pessoa com risco de metástase. Mesmo eliminando o tumor, o tratamento pode afetar a qualidade de vida da criança para sempre. Cruzeiro alerta, porém, que nem sempre o qPCR possibilita um resultado preciso. Existe de 5% a 10% de chance de o método não classificar o tumor em nenhum grupo. Esses casos, porém, correspondem a uma minoria que precisa ser submetida aos métodos mais onerosos. “Em países da América Latina, da África e na Índia, esse método de baixo custo pode classificar satisfatoriamente a maior parte desses tumores e proporcionar informações importantes para a tomada de decisões clínicas”, disse. Por Agência FAPESP

Nova tecnologia permite classificar o tumor cerebral mais comum em crianças Read More »

App criado por mãe brasileira permite que pais bloqueiem o celular dos filhos

Preocupada com o tempo que a filha Bia, de 13 anos, passava em frente ao celular, a educadora parental Luiza Mendonça decidiu buscar na internet alguma tecnologia que pudesse ajudá-la na organização da rotina digital da criança. E, entre as opções disponíveis no mercado, não encontrou aplicativos em português que reunisse todas as funcionalidades em um só lugar para resolver o problema de maneira personalizada, como bloqueio de acesso, organização da rotina, localização em tempo real entre outros. Foi então que Luiza enxergou uma oportunidade de negócio e criou o AppGuardian – app de controle parental que conecta pais e filhos. Com o objetivo de não só “controlar e bloquear”, mas também conectar famílias e possibilitar uma rotina mais equilibrada na era digital, o app permite que os pais organizem da melhor forma o tempo que os filhos permanecem conectados – seja em celulares ou tablets. De acordo com a pesquisa Opinion Box/ Mobile Time, 23% das crianças de 4 a 6 anos tem o próprio aparelho e 61% utilizam o dos pais. De 7 a 9 anos, apenas 7% das crianças não possuem smartphone ( ou não usam o dos pais), e de 10 a 12 anos esse número reduz para 5%. Administrando a rotina digital da família Indicado para crianças de 5 a 14 anos, a tecnologia ajuda a administrar o tempo nas redes sociais, verificar a localização dos filhos em tempo real, configurar bloqueio de acesso aos aplicativos instalados, checar quanto tempo as crianças ficaram conectadas e quais os aplicativos mais usados, organizar a rotina de uso dos aparelhos por dia e hora e até travar todas as funcionalidades dos dispositivos móveis. Além disso, os pais também podem acionar o “tempo em família” – funcionalidade criada para deixar todos os familiares offline permitindo mais tempo de interação entre eles. Outra função disponibilizada pela startup é o navegador “Navegação Segura”, que filtra e bloqueia automaticamente qualquer tipo de conteúdo impróprio, como sites pornográficos. “Nossos filhos já nasceram em uma era 100% digital e sabemos que a tecnologia faz parte da identidade deles, no entanto, acreditamos que com regras bem definidas a rotina no celular fica mais saudável e segura, e foi por isso que desenvolvemos o AppGuardian”, explica Luiza Mendonça, mãe da Bia e CEO da startup. Para a CEO, além de monitorar e administrar a rotina da filha no celular e tablets de uso comum da casa, a tecnologia ainda permite que ela se conecte melhor com a Bia. “Como mãe eu me sinto mais tranquila utilizando o app, pois posso verificar quanto tempo a Bia fica no YouTube, por exemplo e, isso gera até mais interação entre nós: conversamos sobre os seus vídeos e youtubers preferidos”, completa Luiza Mendonça.

App criado por mãe brasileira permite que pais bloqueiem o celular dos filhos Read More »

Cuidado e atenção com o peso das crianças

Segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, cerca de 15% das crianças no Brasil estão na faixa de sobrepeso e obesidade. No Nordeste, 28,15% das crianças entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso. Na faixa de 10 a 19 anos, o índice é de 16,6%. A situação é preocupante em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 60 milhões de crianças podem ter sobrepeso ou obesidade até o ano de 2020. O dia 3 de junho é lembrado como Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil. A data é uma forma de conscientizar a população sobe o assunto. Para saber se a criança está no peso ideal, é preciso fazer um cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), com informações do peso de da altura. Com os números em mãos, o pediatra compara os dados com um gráfico. “É muito comum os pais ficaram surpresos ao olharem o gráfico. Às vezes acham que os seus filhos estão apenas um pouco acima do peso ou até um sobrepeso, porém obesidade, jamais. A prevenção com dieta adequada e atividade física é importante para que orientações e mudanças alimentares e comportamentais sejam feitas de forma mais precoce possível e dessa forma, facilitando a modificação do quadro”, informa a endocrinopediatra do Hospital Esperança Olinda, Renata Mirelli. Nas crianças e adolescentes, a obesidade pode provocar a hipertensão, elevação do colesterol e triglicerídeos, resistência insulínica (que pode ser percebido pelo escurecimento na região cervical, axilas ou dobras) diabetes e esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras. “Essas comorbidades devem ser investigadas, acompanhadas e tratadas o mais precocemente possível para melhorar a expectativa e a qualidade de vida futura dessas crianças”, acrescenta a médica Renata Mirelli. Por isso, o pediatra tem papel fundamental na orientação de medidas preventivas e hábitos de vida saudáveis, além da detecção e intervenção precoce do aumento de peso. Para evitar que se chegue a essa situação ou até contorná-la é preciso que os pais sigam as orientações repassadas pelo médico pediatra, como hábitos de alimentação saudável e prática de exercícios físicos. Os motivos que levam uma criança a engordar são os mais variados. “Nenhuma criança fica com sobrepeso ou obesidade de um dia para o outro. Tudo começa com alguns quilos a mais em relação à estatura, que é ‘deixado passar’ ou não é dado a orientação necessária. Até que se deparamos com uma situação com sobrepeso ou obesidade”, explica a endocrinopediatra Renata Mirelli. A obesidade também está ligada a doenças como hipertensão arterial, aterosclerose coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, apneia do sono, doenças nas articulações e até câncer.

Cuidado e atenção com o peso das crianças Read More »

Tio Bruninho anima o arraiá da criançada no Shopping Tacaruna

O arraiá da criançada no Shopping Tacaruna está garantido durante os domingos 02, 09, 16 e 30 de junho, sempre às 17h, no rooftop do mall. Para animar o público infantil, a Banda Tio Bruninho comandará a festa. Os shows terão um repertório formado por músicas do próprio Tio Bruninho (Bruno César), como também de sucessos infantis dos anos 1980, gravados por outros artistas. Tudo em ritmos juninos (forró, baião, xote, xaxado, entre outros). A banda é formada por cantores, sanfoneiro, zabumbeiro, guitarrista, baixista, balé e bichos. A entrada para as apresentações do Tio Bruninho será gratuita. Tio Bruninho (Bruno César) A Banda do Tio Bruninho foi criada em 2011, após o músico Bruno César ter lançado o primeiro CD Infantil Canções do Dia e Canções da Noite como o Tio Bruninho e desde então, vem cumprindo agenda de shows intensa. Em 2013, lançou o CD Arraial do Tio Bruninho, e em dezembro de 2014, o primeiro DVD durante show realizado no Teatro de Santa Isabel, com alta tecnologia de projeção de imagens e participação de bonecos em referência às músicas do Tio Bruninho. Em 2015, lançou o CD e DVD O Show – no Teatro Luiz Mendonça, com músicas autorais e já gravadas em 2014. Em 2016, gravou um novo CD e DVD A Escola do Tio Bruninho, totalmente autoral, com músicas voltadas para a educação escolar. Em 2017, gravou um outro DVD Luau do Tio Bruninho, no Teatro Luiz Mendonça, onde foram tocados os maiores sucessos da banda, num cenário lúdico de praia, remetendo a um luau. SERVIÇO: Arraiá do Shopping Tacaruna 2019 Shows com a Banda Tio Bruninho Domingos 02, 09, 16 e 30 de junho, sempre às 17h, no rooftop Entrada: Gratuita

Tio Bruninho anima o arraiá da criançada no Shopping Tacaruna Read More »

Recife terá primeira feira de literatura infantil

Criança não deixa a literatura de lado nem na crise! O segmento infantojuvenil foi o único que não entrou na estatística da retração de 21% que o mercado editorial nacional sofreu ano passado. Por si só, essa já seria uma forte justificativa para uma feira voltada exclusivamente para o público infantil. De 22 a 25 de novembro será realizada a I Feira da Literatura Infantil (Flitin), na Academia Pernambucana de Letras (APL). O evento, realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em parceria com APL e a Proa Cultural, será gratuito e voltado ao público de 3 a 12 anos. Na programação, além de lançamentos literários, oficinas, animações e mediação de leituras, haverá espaço para outras manifestações culturais como música e teatro. Serão cinco polos que ocuparão os oito mil metros quadrados com eventos simultâneos, além da feira permanente de livros com editoras e livrarias de todo País. A expectativa de público é de 30 mil pessoas. Haverá ônibus gratuitos para escolas de ensino fundamental. Em coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira, foi anunciado o tema da feira: “Era uma vez…Minha História”. Trata-se de uma referência a como se iniciam muitas histórias infantis, e ainda insere a criança como protagonista, tanto do evento como da própria vida que está sendo escrita. Na ocasião, o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, falou do investimento da editora pública estadual no segmento infantojuvenil. “A Cepe é a editora que mais edita livros infantis em Pernambuco e no Nordeste. Além disso, temos um prêmio literário voltado apenas para esse público, o Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil”, declara Leitão. O presidente ainda destacou como objetivo da feira discutir o conteúdo da literatura infantil na educação dos pequenos. O catálogo da editora pública voltado a esse segmento chega a 53 títulos, muitos deles premiados. Já Maria Chaves, da Proa Cultural, mencionou o potencial transformador que a leitura tem sobre as crianças, “gerando cidadãos críticos”, pontua a produtora. A presidente da APL, Margarida Cantarelli, falou da importância de aproximar o público infantil da academia. “É uma oportunidade de contato com a leitura, o que é papel da academia. No nosso museu teremos apresentação adequada ao público infantil”, declarou Margarida. Também parceira da feira, a Fundarpe, representada pelo coordenador de Literatura José Jaime, entrará com duas ações. Uma delas chama-se “Livros Livres”, que se propõe a ‘libertar livros’ desde 2011, uma vez por mês, em todos os cantos do Estado. “Deixaremos livros em lugares da feira para que as pessoas peguem, leiam e depois devolvam”, explica Jaime. Já o “Escambo de Livros” leva um estande e propõe a troca de livros em bom estado que não sejam nem didáticos, nem religiosos. I Feira da Literatura Infantil – Flitin Tema: Era Uma Vez…Minha História Quando: 22 a 25 de novembro Horário: 9h30 às 20h (quinta e sexta-feiras) e das 9h30 às 17h (sábado e domingo) Local: Academia Pernambucana de Letras (APL) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 1.596, Graças Entrada franca PROGRAMAÇÃO QUINTA-FEIRA (22/11) – ANCESTRALIDADE 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h às 11h – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h – Oficina Galeria Reciclada SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 – Sessão de filme de animação 15h às 15h30 – Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 11h – Cerimônia de abertura da Flitin 2018 – Apresentação do grupo Meninos do Batuque (Garanhuns) 16h – Apresentação teatral “O Pequeno Príncipe Preto” (Pé de Vento Produções -RJ) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h30 às 15h30 – Mediação de Leitura – “Histórias do meu povo”, com Roma Júlia (Contação de histórias com livros de temática afro-brasileira e africana com o objetivo de valorizar autores e personagens negras) SEXTA-FEIRA (23/11) – SONHOS E IDEIAS TRANSFORMADORAS 9h30 às 20h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 10h30 – Oficina Galeria Reciclada (oficina de pintura e montagem de peças feitas com papel reciclado) 14h às 15h – Oficina Galeria Reciclada 16h às 17h – Oficina de Palhaçaria – “Ao amanhecer, brincar”, com Marcelo Oliveira SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 – Sessão de filme de animação 15h às 15h30 – Sessão de filme de animação POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h – Mediação de leitura – Livro Um Novo Abraço (Cepe Editora), com grupo Tapete Voador 14h30 às 15h30 – Bate-papo com Cleyton Cabral (O Menino da Gaiola – Funcultura) SÁBADO (24/11) – HERANÇAS E TRADIÇÕES 9h30 às 20h – Feira de Livros SALA DE PROJEÇÃO 10h às 10h30 – Sessão de filme de animação 15h às 15h30 – Sessão de filme de animação AUDITÓRIO 10h às 12h – Seminário Flitin: “A produção literária para a infância no Brasil” – participação de Sueli Cagneti (autora e crítica literária), Wellington de Melo (editor da Cepe) e Renata Penzani (Lançamento do livro A coisa brutamontes – Cepe Editora) 14h às 16h – Seminário Flitin: “A leitura como ferramenta de transformação social” POLO LETRAS MIÚDAS 11h – Apresentação teatral – “As aventuras de Mané Gostoso” (Cia. Meias Palavras – PE) 17h – Apresentação teatral – “Histórias da Caixola (Coletivo Tear – PE) POLO OUTRAS PALAVRINHAS 14h às 15h – Mediação de leitura – Livro Pequeninas histórias de gente pequenina (Cepe Editora), de Xico Bezerra-PE 15h às 16h – Mediação de leitura – Livro Dianimal (Cepe Editora), de Alexandre Revoredo 16h às 17h – Lançamento do livro Pedrinho e a chuteira da sorte (Cepe Editora), de Marcelo Cavalcante DOMINGO (25/11) – DESPRINCESAMENTO 9h30 às 17h – Feira de Livros POLO LETRAS MIÚDAS 9h30 às 11h – Oficina de Musicalização com Cacau da Mini Rock! POLO OUTRAS PALAVRINHAS 10h às 11h – Bate-papo com a autora Débora Seabra sobre o livro Débora conta histórias (Alfaguara) 11h às 12h – Mediação de leitura – Lançamento do livro Uma Festa na Floresta (Cepe Editora), com presença da autora, Lêda Selaro, e grupo Tapete Voador 14h às 16h – Oficina de Desprincesamento com a jornalista Cláudia Bettini (Rádio Matraquinha/ Corujices) SALA DE PROJEÇÃO 14h às 16h –

Recife terá primeira feira de literatura infantil Read More »

DRA ANA ELIZABETH CRIANCA COMPORTAMENTO

“Antes a criança era trelosa, hoje tem transtorno”

A psicanalista Ana Elizabeth Cavalcanti, integrante do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem) traz alguns questionamentos preocupantes sobre as crianças atuais que têm contato precoce com tablet e smartphone, vivem longe do espaço público e com a ausência dos pais. Nesta conversa com Cláudia Santos e Rafael Dantas, ela também questiona o diagnóstico de transtornos mentais baseados numa visão menos humanista e “mais medicalizante”. Os pais atuais culpam-se pelo pouco tempo que passam com os filhos. Como você vê essa realidade? As pessoas estão demandadas de uma forma excessiva, você precisa ter sucesso a qualquer custo, e para isso começa assumir compromissos com um ônus de muito trabalho. Por isso, os pais têm mesmo pouco tempo com os filhos, mas há uma certa idealização do que seria estar com eles. As mães da minha geração nem trabalhavam, mas elas não brincavam com os filhos, eles brincavam com outras crianças nas ruas, com os próprios irmãos, porque as famílias eram numerosas. Criança gosta muito de brincar com criança. Hoje há essa exigência de ter que brincar com os filhos, acho isso um complicador que quebra um pouco a espontaneidade da relação. Mas, ter pouco tempo é uma realidade, então vamos ver quais os arranjos que se têm que fazer para estar com os filhos. É mais importante a qualidade do tempo do que a quantidade? Veja, crianças precisam de tempo com os pais. Hoje é comum as mães terem seis meses de licença maternidade, depois vão trabalhar. Saem de casa às 7h e chegam às 10h da noite. Isso não pode, uma criança de 6 meses não tem memória suficiente para reter a presença da mãe ou do pai durante tanto tempo. As consequências disso são inúmeras, desde as mais tristes, como crianças com sintomas graves, mais depressivas e que se isolam, até os mais leves como a pouca segurança. Mas as consequências não são algo que possamos determinar precisamente. Porém, não faz bem ao filho ter pais sem tempo para ele. Quanto menor uma criança, mais tempo você tem que ter disponível para estar com ela. Então, dentro dessa loucura que está a vida de todo mundo, tem-se que arranjar um tempo que deve ter, obviamente, qualidade. Quais as consequências causadas pelas novas tecnologias nas crianças? Temos observado efeitos indesejáveis. Mas, a tecnologia não é boa, nem ruim. Em relação aos valores, ela é neutra. Mas está havendo a inserção de tablets e smartphones na vida das crianças muito pequenas e eles têm substituído, muitas vezes, o contato com gente, o que é prejudicial. Como hoje em dia não se pode mais ter uma cozinheira e uma babá, muitos pais, quando chegam em casa, vindos do trabalho, têm várias tarefas para executar. Por isso, colocam o tablet, o computador ou a TV para distrair o bebê. Essa troca com os aparelhos não permite que nós nos subjetivemos, ou seja, nos tornemos gente. As trocas iniciais do ser humano devem ser entre pessoas e ocorrem por mediação da linguagem, porque nós, humanos, falamos. A criança chama, demanda do outro, o outro responde para ela de uma forma muito singular. Uma criança que faz o processo de desenvolvimento com longa exposição à tela desenvolve determinados padrões frente ao outro. É uma relação de muito mais passividade, em que não existe interação. Como consequência, elas ficam mais passivas, mais isoladas, dependentes da tela, em algumas situações preferem esse tipo de contato ao contato humano. Elas estão numa condição diferente e óbvio que vão se comportar de forma diferente, mas hoje são diagnosticadas como se tivessem uma patologia. Esse surto de autismo é consequência disso. Mas não é só isso, há também uma forma diferente de fazer o diagnóstico em que existe uma lista de sintomas relacionados ao transtorno. Se a criança tiver três ou quatro desses sintomas, já estaria incluída no espectro do autismo, o que nós do CPPL discordamos. E o que você acha do aumento dos casos diagnosticados de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)? Também está relacionado à forma de se fazer o diagnóstico. Até meados do século passado, a visão sobre o funcionamento psíquico do humano era atrelada aos saberes da época: psicanálise, fenomenologia, filosofia, que eram muito valorizados. Era uma visão relacionada às questões culturais, ambientais. Pouco depois dos anos 70, começa a haver uma mudança em razão do desenvolvimento da tecnologia no campo da ciência, do diagnóstico por imagem e, com isso, das possibilidades de pesquisas na área da psicofarmacologia. Cria-se um ambiente em que essa visão mais humanista é substituída por outra mais medicalizante, mais científica. Os diagnósticos da saúde mental eram feitos a partir da compreensão do sintoma e levavam em conta a experiência da pessoa, como aquilo era vivido pelo sujeito adoecido. Mas, foi havendo um distanciamento disso e agora se trata muito da doença. Então vamos descrever bem a doença, para ser mais científico e objetivo possível e, como se transforma tudo em doença, tem-se também um avanço do uso da medicação. Quando falo de uma visão medicalizante, não me refiro só aos medicamentos, mas de uma visão médica do comportamento humano. Assim, a criança desobediente, que antes víamos como falta de educação, hoje é descrita como sintoma de um determinado transtorno, caracterizado por determinados sintomas, que não são mais sintomas do sujeito, mas da doença que precisa ser tratada e, para toda doença sempre tem um remedinho, não é? Isso serve a muitos interesses: do indivíduo que hoje é imediatista e quer resolver logo os problemas, não quer ter muito trabalho pensando nas suas questões subjetivas, porque ele tem muita coisa para fazer. Então, ele se sujeita a tomar um remédio e levar uma vida péssima. Há também os interesses da indústria farmacêutica. Comportamentos humanos, que antes eram simples comportamentos, hoje são sintomas de doenças. A criança que antes era trelosa, que tinha a cabeça no mundo da lua, hoje é diagnosticada com TDAH. Para isso existe medicação e hoje até coordenadora de escola encaminha crianças para

“Antes a criança era trelosa, hoje tem transtorno” Read More »