Arquivos Cuidados - Página 9 De 12 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Cinco fatos relevantes sobre a saúde bucal infantil

O universo relacionado à saúde bucal infantil é uma dessas coisas que só se percebe quando a criança se queixa de dor. Mas não deveria ser assim. De acordo com Helenice Biancalana, especialista em Odontopediatria e segunda vice-presidente da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, o dia a dia acelerado das grandes cidades contribui para que os pais cuidem muito pouco de sua saúde bucal e ainda menos da de suas crianças. “A questão é que, se dedicando à escovação e ao uso do fio dental pelo menos dez minutos por dia, inúmeros problemas poderiam ser evitados”. A especialista aponta cinco fatos relevantes sobre a saúde bucal das crianças: Dente de leite tem cárie e precisa de tratamento. Uma em cada três crianças entre um ano e meio e três anos tem pelo menos um dente de leite cariado. Na dentição permanente, duas a cada três crianças com doze anos têm pelo menos um dente cariado. Esses dados são da Pesquisa Nacional em Saúde Bucal, de 2010. “Dente de leite tem cárie e precisa de tratamento. O mais importante é saber que, com duas escovações por dia, utilizando creme dental com flúor, esses dados alarmantes podem ser drasticamente reduzidos”. Bebidas consideradas ‘saudáveis’ têm mais açúcar do que se pode imaginar. “Tanto os sucos em caixinha quanto as bebidas esportivas (isotônicos) são associados à imagem de quem cuida da saúde. Entretanto, estudos indicam que os níveis de acidez dessas bebidas podem levar à erosão da superfície dental, comprometer o esmalte e a aparência dos dentes, e aumentar a sensibilidade e a dor. Conclusão: aumente a oferta de água e de leite às crianças, conferindo sempre o rótulo da embalagem quando for oferecer um suco pronto”. Mamar no peito faz bem à saúde bucal. “O aleitamento materno é a melhor medida de prevenção do uso da chupeta e da sucção digital (sugar o dedo) – embora a sucção digital possa ser identificada ainda durante a gestação, através de registros ultrassonográficos do feto. Quando a criança mama no peito há um intenso trabalho da musculatura facial que influencia o desenvolvimento ósseo e muscular. O bebê acaba por satisfazer seu instinto de sugar, não necessitando recorrer a estímulos artificiais de sucção, como a chupeta”. Criança que respira só pela boca precisa de tratamento. “Quando a criança tem alguma dificuldade em permanecer com os lábios fechados, ou quando só dorme de boca aberta, é importante buscar ajuda especializada. Esses padrões mostram o quanto crises respiratórias podem estar interferindo em outras áreas. A respiração bucal tende a comprometer o desenvolvimento de importantes estruturas ósseas da face e das arcadas dentárias. O rosto pode crescer fino e alongado. O ideal é que a criança seja tratada por um otorrinolaringologista com o acompanhamento de um ortodontista, fazendo uso de aparelhos para normalizar o crescimento facial e promover respiração adequada”. Aparelho ortodôntico não é ‘moda’, é necessidade para alguns. “Em anos recentes, a moda de usar aparelhos ortodônticos coloridos virou febre entre crianças e adolescentes, preocupando toda a classe dos cirurgiões-dentistas. É importante alertar os pais sobre o risco que isso representa à saúde de seus filhos. Pior ainda, acabam comprando ‘ferrinhos’ e ‘elásticos’ sem origem comprovada e certificação de qualidade, podendo causar desde intoxicações e alergias severas, até alterações irreparáveis na gengiva e nos dentes, inclusive com perda óssea e perda de dentes”.

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Mulheres estão mais vulneráveis a desenvolver uma trombose

Dia 13 de outubro é o Dia Mundial da Trombose, que tem por objetivo conscientizar a população sobre os fatores de risco e a gravidade da doença, que se caracteriza pela formação de trombos – coágulos sanguíneos –, e pode resultar em obstrução e inflamações na parede dos vasos responsáveis pela passagem do sangue, podendo causar sérias complicações como AVC e embolia pulmonar e até levar à morte. Atualmente, a trombose é responsável por uma a cada quatro mortes no mundo¹,². No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que um ou dois habitantes a cada mil sofram de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Apenas no primeiro semestre de 2016, a trombose atingiu 65 mil brasileiros³. Há uma série de fatores que podem desencadear a trombose, dentre eles a idade avançada, sedentarismo, pacientes com insuficiência cardíaca, obesidade e imobilização. No caso das mulheres, a probabilidade de desenvolver uma trombose é ainda maior, visto que estão expostas a fatores que aumentam o risco de desenvolver coágulos: uso da pílula anticoncepcional, gestação e tratamento de reposição hormonal. De acordo com a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais apresentam maior risco de ter trombose venosa. O risco é de duas a sete vezes maior entre mulheres da mesma idade que usam pílula, em relação àquelas que não fazem uso do medicamento. Quando gestantes, a chance de a mulher desenvolver a doença aumenta em 10 vezes em relação àquelas não gestantes. No período de pós-parto, durante aproximadamente 40 dias, esse risco chega a ser 15 vezes maior. As principais apresentações da trombose venosa são a trombose venosa profunda de membros inferiores e a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo se aloja nos pulmões. O AVC – Acidente Vascular Cerebral ou TVC – trombose venosa cerebral, podem também ocorrer quando o trombo se aloja em vasos do cérebro – podendo ser fatal. A trombose venosa pode se apresentar com poucos sintomas e, por isso, é muitas vezes subdiagnosticada. É fundamental que o médico seja capacitado para reconhecê-la e, mediante suspeita diagnóstica, confirmá-la e tratá-la com urgência.

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Doenças renais em jovens: Como prevenir e por que acontecem?

As doenças que atingem os órgãos urinários normalmente são associadas a adultos e idosos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, elas também acometem os mais jovens. Problemas como insuficiência renal, cálculo renal e infecção urinária estão, inclusive, acontecendo com mais incidência nos últimos anos em crianças e adolescentes. Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, as principais causas desse aumento é que os jovens não costumam tomar água suficiente e consomem uma grande quantidade de produtos industrializados ricos em sódio. “A origem das doenças renais na juventude podem ter origem em fatores genéticos, anatômicos e infecciosos. Mas, estudos comprovaram que as crianças e adolescentes estão mais vulneráveis devido à dieta desequilibrada, com ingestão de muito fast food e pouco consumo de água”, explica. Outro problema comum nos jovens são as complicações renais causadas por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). No caso dos cálculos renais, que são bastante comuns, a obesidade também é um fator de risco. De acordo com pesquisadores da Universidade de John Hopkins, nos Estados Unidos, crianças acima do peso têm 2,5 mais chances de apresentar o quadro. “A melhor forma de prevenir é mudar os hábitos com alimentos saudáveis, com menos sódio, e ingerir muita água sempre”, ensina Maia. “O ideal é beber de dois a três litros por dia”, recomenda. Entre os alimentos indicados para incluir na dieta estão os sucos cítricos, como limão, laranja e tangerina. É que estudos mostraram que a vitamina C e o citrato das frutas ajudam a combater os radicais livres e a regular o pH da urina. O médico alerta que os pais devem prestar uma atenção especial nesse ponto com os filhos, pois as pedras nos rins são quase sempre assintomáticas e são descobertas apenas quando a criança reclama de dor abdominal ou sangramento urinário. A cólica intensa, normal no caso em adultos, às vezes não aparece nos jovens. “Esse é o perigo porque o quadro pode se transformar numa infecção renal grave”, adverte Maia. Além dos exames de sangue e urina, os grandes aliados no diagnóstico dos cálculos renais são os exames de imagem, como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. “Com a ultrassonografia é possível identificar a presença das pedras, a quantidade, a localização, o tamanho e, se existe ou não, inflamação ou obstrução renal associada. Já a tomografia computadorizada registra todos esses achados com uma maior riqueza de detalhes, ajudando a identificar, sobretudo as "pedras" de tamanhos reduzidos”, esclarece o médico radiologista Ricardo Maranhão Filho, da Lucilo Maranhão Diagnósticos.

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Mamães ganham cantinho especial na SCGE

O retorno ao trabalho após o período de licença maternidade, além da angústia pela separação do bebê, vem acompanhado também das dúvidas com relação à produção do leite materno. Para minimizar tudo isso e pensando no bem-estar da servidora e do seu filho, a Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) inaugurou o “Cantinho da Mamãe”. Especialmente decorado para tornar o ambiante acolhedor e aconchegante, o local é um ponto de apoio para as mamães, que podem, por exemplo, utilizar o espaço para fazer a ordenha do leite ou até mesmo amentar a criança no horário do almoço. A iniciativa foi da Diretoria de Planejamento e Gestão (DPGE), por meio da Gerência de Gestão de Pessoas (GGP). O cantinho foi montado com a colaboração das servidoras da SCGE. “O leite materno é um alimento fundamental para o bebê, mesmo após os seis primeiros meses de vida. Por isso, esse espaço é tão importante, pois oferece um ambiente aconchegante para as mamães, fazendo ainda com que o retorno ao trabalho seja o mais tranquilo possível”, destacou o Secretário da Controladoria-Geral do Estado, Ruy Bezerra, ressaltando que o maior patrimônio do Estado são os servidores. “Devemos sempre prezar pelo bem-estar e pela qualidade de vida, tornando o ambiente de trabalho sadio e agradável”, completou. A inauguração da sala, que fechou o Agosto Dourado (mês do aleitamento materno), foi marcada por uma roda de conversa sobre o tema com a Doutora em Ciência da Saúde, Ana Cecília Amorim, e com a Diretora de Políticas Estratégicas de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Flávia Magno. Para a Diretora de Planejamento e Gestão, Elisa Andrade, esse apoio dado através da implantação do espaço preza pela saúde da mamãe e do bebê, além de humanizar a relação de trabalho. “Após seis meses de dedicação exclusiva, a mãe precisa retornar ao trabalho. Cada um, à sua maneira, vai sentir a separação. Quanto mais apoio a mãe receber nesta fase, mais rápida e tranquila será a adaptação”, acrescentou. Para as servidoras do Estado de Pernambuco, a licença maternidade é de seis meses, tempo mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o aleitamento materno exclusivo, sendo o leite materno recomendado ainda como complemento até os 2 anos ou mais. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Semana “Neuro em Ação alerta sobre os riscos de lesões

Com o slogan “Use a Cabeça, Proteja seu Corpo” Até o dia 15 de setembro a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”, divulgando nas principais capitais e cidades do país alertas sobre “Mergulho em Águas Rasas”, Celular e Direção” e “Postura e Lombalgia. O objetivo é prevenir traumas medulares, evitando acidentes por falta de cuidados no mergulho em águas rasas e pelo uso do celular na direção, além de lesões e dores na coluna, resultado de má postura no dia a dia. As ações educativas que envolvem a campanha acontecem de forma simultânea nas principais capitais e cidades brasileiras, com participação de especialistas em neurocirurgia, neurologia, coluna vertebral, tratamento da dor, dentre outros médicos. A campanha faz parte das comemorações dos 60 anos da SBN e compõe o projeto “Pense Bem”, ação da entidade para educação preventiva a acidentes com traumatismo cranioencefálico (TCE). Mergulho em Águas Rasas O objetivo da campanha é lembrar que, ao mergulhar, uma pessoa pode bater a cabeça diretamente no fundo do rio, da piscina ou açude, por exemplo e sofrer um impacto direto ou indireto na coluna, resultando em lesões permanentes. De acordo com o neurocirurgião Andrei Fernandes Joaquim, os traumas mais comuns com a falta de cuidado nos mergulhos são as lesões cervicais, que, podem variar de um simples estiramento muscular até graves explosões das vértebras com lesão medular. A maior parte das vítimas são do sexo masculino, cerca 90% com cerca de 23 anos. Dentre eles, 50% confirmaram o uso de álcool durante o mergulho. O local de maior risco de incidente é o mar (45%), seguido por piscinas e rios (20% cada); recifes (11%) e barragens (4%.) Assim como o tipo de lesão, o tempo de recuperação também é variável. Mas, o mais grave, é que ao menos 50% dos pacientes sofrem déficit neurológico completo. Dependendo da lesão, a recuperação pode não ocorrer. Celular e Direção Uma outra vertente da campanha é o uso do celular na direção, ato cada vez mais comum no trânsito. O neurocirurgião Mauro Suzuki chama a atenção para as consequências da distração, como as colisões e os atropelamentos, que costumam acontecer em trechos urbanos próximos a semáforos luminosos. O resultado inclui longos tratamentos, sequelas e, até mesmo, óbitos. Para Suzuki, é impossível digitar e dirigir sem que haja algum prejuízo sensorial quanto a atenção, mas grande resistência de evitar a falta de atenção no volante vem de jovens e adolescentes, que cresceram em meio ao uso abusivo de smartphones. De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas, que podem envolver desde a desatenção dos condutores até o desrespeito à legislação, causadas, dentre outros, por uso do celular no trânsito. O acidente pode ocorrer quando o motorista tira uma das mãos do volante para discar um número no telefone ou digitar uma mensagem de texto. As duas mãos na direção são cruciais para efetuar manobras de emergência. O som do telefone e das mensagens que chegam também fazem com que o motorista perca a percepção auditiva de sirenes ou buzinas de outros veículos no trânsito. Postura e Lombalgia O terceiro pilar da campanha é Postura e Lombalgia. O neurocirurgião Paulo Porto, explica que a postura inadequada no ambiente de trabalho é o fator de maior risco para o surgimento de lesões e, por consequência, de dores. O especialista lembra que, além de altura mal regulada do computador, mesa e cadeiras, o modo incorreto de levantar objetos pesados ou crianças do chão são formas de prejudicar a coluna, resultando em lombalgia. Os três pilares abordados pela campanha da SBN envolvem aspectos passíveis de prevenção de lesões que podem levar à incapacidade no trabalho, deficiências diversas (momentâneas ou permanentes) e, até mesmo, à morte. “Por isso, persistimos nas ações preventivas”, complementa o neurocirurgião Carlos Drummond, responsável pela coordenação do programa Pense Bem. ,  

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Hipertensão arterial - uma doença silenciosa

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), no Brasil, cerca de 33% da população adulta e mais de 60% da população idosa é portadora da doença e ainda estima-se que 4% das crianças e adolescentes também apresentem o problema. O cardiologista Edmar Freire, coordenador do Centro de Hemodinâmica do Hospital Jayme da Fonte, explica que a hipertensão é uma das doenças cardiovasculares mais comuns e um fator de risco para outras doenças do coração. A hipertensão arterial ou pressão alta é caracterizada quando a pressão arterial apresenta níveis elevados, associados a alterações no metabolismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular. Por isso, o diagnóstico não pode ser feito em apenas um momento. “São necessárias algumas visitas ao médico e inúmeras aferições cuidadosas para que o diagnóstico seja preciso”, afirma o cardiologista. Geralmente a causa da hipertensão é desconhecida, podendo ser hereditária. Nestes casos, ela é denominada hipertensão arterial primária. “Pessoas que têm histórico da doença na família, devem ficar mais atentas”, alerta Dr. Edmar. A hipertensão arterial secundária é assim denominada quando é possível determinar a causa da doença, que neste caso pode até ser curada, quando é eliminado o fator causador da elevação da pressão. Alguns fatores mais comuns são: - problemas renais; - problemas hormonais; - problemas relacionados ao uso de medicamentos como, corticosteróides, anticoncepcionais ou anti-inflamatórios; - problemas relacionados à gestação; - etilismo Quando identificada a HAS, o tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos ou sem eles. Manter hábitos saudáveis é de fundamental importância para o tratamento e também pode prevenir a doença. Alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e vegetais, sem uso exagerado de sal; atividades físicas, controle do peso; evitar bebidas alcoólicas e cigarro; ajudam na redução da pressão arterial. O médico ainda dá uma dica importante: “elimine da sua mesa o saleiro, isso faz com que você não caia na tentação de temperar um pouco mais o que já está pronto”. Quando essas atitudes não são suficientes, é necessário o uso de medicamentos para o controle da pressão arterial. O cardiologista explica que a hipertensão arterial sistêmica é uma doença que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode atingir outros órgãos e sistemas. “O problema é que, por se tratar de uma doença que muitas vezes é assintomática, o paciente não sabe que é portador da HAS e, consequentemente, não dá início ao tratamento. Por este motivo, no Brasil, o índice de controle da doença é muito baixo comparado com o resto do mundo”, diz Dr. Edmar. “É preciso ficar atento por que a doença vem se tornando cada vez mais precoce”, finaliza o cardiologista.

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Setembro Amarelo alerta para a prevenção ao suicídio

Assunto complexo, o suicídio, que espelha fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais e também culturais, tem sido desvendado, nos últimos quatro anos, pela campanha Setembro Amarelo. Neste ano, como de costume, as atividades de prevenção e sensibilização incluem caminhadas, veiculação de materiais da campanha por figuras públicas que abraçam a causa e a decoração e iluminação de prédios públicos, praças e monumentos com luzes e itens amarelos. As ações foram iniciadas pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (Iasp) e trazidas ao Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), referência no atendimento – inclusive remoto – a pessoas em crise, e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O Setembro Amarelo caminha junto com a campanha Janeiro Branco, que, em um mês em que as pessoas estão mais propensas a renovações, busca vivificar reflexões sobre saúde mental e valorização da vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014. Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia. O que não se destaca é que, na maioria dos casos, o radical desejo é gerado por um quadro de transtorno mental tratável, como depressão, transtorno bipolar afetivo, esquizofrenia, quadros psicóticos graves e transtornos de personalidade, como o borderline. “Somente 3% não têm diagnóstico desses transtornos. Há um alto índice também de histórico de drogas, álcool e outras substâncias”, diz a psicóloga Fabíola Rottili Brandão. Fabíola esclarece ainda que, embora prevaleçam os casos em que preexiste um distúrbio mental, há situações em que o suicídio pode ser um impulso desencadeado por um infortúnio pontual, mas que, ainda assim, a pessoa já tem um processo de desorganização interior. “Em 10% das ocorrências podemos observar essas questões. Pode ser, sim, um caso de súbita desesperança.” Para o psiquiatra Régis Barros, fortalecer-se emocional e mentalmente é como o ser humano resiste às decepções e contrariedades, comuns a todas as pessoas. “Viver não é uma tarefa simples. Viver é fabuloso, mas somos sistematicamente testados, colocados à prova, sofremos com as frustrações do viver. A resiliência é importante para construir uma habilidade social para a vida”, diz. Suporte Barros defende que a sociedade contemporânea, além da violência, do estresse, da instabilidade econômica e social, vive um momento de competitividade cada vez maior, que favorece o adoecimento mental. “O que se vê são relações muito voláteis, famílias desorganizadas, um mundo social virtual em que o contato e as construções de relações são muito empobrecidas. Há, cada vez mais, jovens que se frustram mais precocemente, uma epidemia dos que se automutilam”, explica. Por isso, poder contar com uma rede de apoio e, consequentemente, com o acesso ao diálogo é fundamental para que as pessoas com a chamada “ideação suicida” conquistem o equilíbrio e a estabilidade emocional garantidos pelo tratamento de psicoterapia e de medicamentos. Os remédios prescritos por um psiquiatra são essenciais para que o paciente recobre a ordem neuroquímica, e a terapia, por sua vez, auxilia o paciente a saber trabalhar suas emoções. Há alguns sinais que podem ser identificados por familiares e amigos como sendo de risco, auxiliando no diagnóstico e, portanto, na assistência. Eles devem compreender que a depressão e o suicídio não são uma estratégia infantil da pessoa para chamar a atenção, nem frescura. Desinteresse pelas atividades que sempre foram prazerosas, sentimento de inutilidade e de culpa, cansaço extremo, irritabilidade, dificuldade de concentração e de tomar decisões e até mesmo falta de higiene com o próprio corpo são comportamentos de alerta. A pessoa tende também a achar que é um fardo para seus amigos e sua família, pode ter baixa qualidade de sono e, ainda, perder ou ganhar peso. “Há isolamento social, quebra no vínculo familiar, um grande sofrimento psíquico. Mas, às vezes, a pessoa esconde, coloca uma armadura e se esforça para não parecer doente”, complementa Fabíola. Tanto as pessoas mais próximas como desconhecidos são capazes de acolher e mesmo encaminhar a pessoa suscetível ao tratamento com os profissionais adequados. De acordo com a psicóloga, as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) carecem de investimento em medicamentos e psicoterapia. “O tratamento de crise precisa ser imediato e nem sempre os dispositivos estão preparados para atender o paciente”, diz Fabíola. Essa conscientização da família, denominada psicoeducação, evita, inclusive, a repetição de episódios suicidas. “As doenças mentais têm componentes biológicos e não biológicos. Você tem famílias em que o componente é replicado. Mas há uma dificuldade em definir o que é fator ambiental, o que é herança genética, já que temos o mesmo ambiente, com as mesmas questões emocionais, que podem retroalimentar o desejo de se suicidar. O ato de se suicidar não será o ato primário, o primeiro, outros já aconteceram e podem ser evitados”, esclarece Barros. Colegas de trabalho também podem e devem representar um ponto de socorro. “As empresas não estão preparadas para lidar com essa demanda. Quando tem afastamento do trabalho, existe preconceito. Os empregadores precisam buscar informações e achar formas de acolher. O profissional fica estigmatizado. A gente se dedica tanto ao trabalho e não encontra apoio ali”, pontua Fabíola.

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Previna a sinusite no inverno cuidando bem do seu nariz

A baixa temperatura e umidade do ar, características da estação mais fria do ano, deixam o sistema respiratório vulnerável aos vírus oportunistas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que no Brasil 7,5 milhões de pessoas sofrem com doenças respiratórias crônicas. Dentre essas doenças, a sinusite é uma das mais incomodas por ocasionar uma reação inflamatória na mucosa dos seios paranasais, causando dor na região da face e de cabeça, coriza, obstrução nasal, espirros e por vezes febre. Para o médico Edgard da Veiga Lion Neto (CRM: 62943-SP) higienizar o nariz três vezes ao dia pode diminuir a chance desses problemas. “A sinusite nada mais é do que a inflamação da mucosa das vias respiratórias superiores, que geralmente está associada a um processo infeccioso causado por vírus, bactéria, fungo ou alergia e inalação de poluentes. Esses agentes externos contribuem para o acumulo de secreções nas vias respiratórias, provocando a inflamação. Se todos os dias o indivíduo higienizar o nariz, assim como escova os dentes, eliminará as impurezas retidas na cavidade nasal e diminuirá consideravelmente as chances de sofrer com infecções respiratórias”. Estão mais predispostos à infecção os indivíduos que têm alergias, asmáticos e quem passou por gripe ou resfriados recentemente. Pessoas com desvio de septo nasal ou indivíduos que possuam obstruções nas passagens das vias aéreas também podem acumular secreções nas paredes nasais, o que propiciam infecções e inflamações locais e desenvolver a doença durante toda a vida. Uma vez com a doença, o paciente deve procurar orientação médica para tratá-las. “As infecções virais serão tratadas de acordo com os sintomas e se evoluírem bem, terão curso benigno. Já as sinusites bacterianas ou causadas por fungos merecem atenção médica mais detalhada, bem como as alérgicas que seguem um caminho terapêutico específico. (Maxpress)

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Confira dicas para prevenir e amenizar a sensibilidade nos dentes

Segundo dados do Hospital da Face, cerca de 40% da população brasileira sofre com a hipersensibilidade nos dentes, problema que provoca certo incômodo quando o indivíduo ingere alimentos muito quentes, gelados, doces ou ácidos. No entanto, apesar de comum, poucos sabem quais são causas e como prevenir o distúrbio Para Rosane Menezes Faria, dentista da Caixa Seguradora Odonto, a dor, aguda e de curta duração, é causada pela exposição da dentina, tecido localizado entre esmalte e polpa do dente. "A dentina é composta por inúmeros poros que chegam até o nervo do dente. Quando ela está exposta a diferentes temperaturas ou certos tipos de alimentos, esses poros levam estímulos aos nervos dos dentes, causando incômodo”, esclarece. Ela ainda pontua que o desgaste do esmalte dos dentes ou a retração gengival, que consiste deslocamento da margem da gengiva, são os principais agentes desencadeadores dessa exposição da dentina. “Porém, existem certas práticas simples que auxiliam na prevenção ou até na diminuição do desconforto gerado pela hipersensibilidade”, conta Rosane. Abaixo, a especialista revela quais são elas. Modere o consumo de alimentos ácidos De acordo com a dentista, ingestão de alimentos ácidos, como, por exemplo, refrigerantes, energéticos, sucos de frutas cítricas, vinagre, entre outros, podem danificar o esmalte e, consequentemente, aumentar a sensibilidade dos dentes. “Como o dano no esmalte pode ser irreversível, mesmo que o indivíduo ainda não sofra com a hipersensibilidade, é importante ficar atento para evitar problemas futuros. Porém, não há necessidade de abolir o consumo, mas sim controla-lo”, afirma. Atenção ao escovar os dentes Rosane, da Caixa Seguradora Odonto, alerta que ao contrário do que muitos acreditam, a intensidade excessiva na escovação não deixa os dentes mais limpos, somente desgasta suas respectivas estruturas. “A orientação é escovar os dentes com movimentos suaves e curtos, sem apertar demais a escova, que precisa ter cerdas macias. Os cuidados com a higiene básica, como a regularidade de escovação e o uso de fio dental, também devem ser seguidos. Ainda recomendo o uso de cremes dentais específicos para dentes sensíveis”, orienta. Não deixe de procurar seu dentista A especialista pondera que as práticas citadas contribuem para diminuir o desconforto gerado pela hipersensibilidade, porém não anulam a necessidade da visita ao dentista. “Como as dores são agudas, mas passageiras, as pessoas ignoram os sinais e não procuram um dentista. O ideal é consultar o dentista para que a causa exata do problema seja identificada e o tratamento mais assertivo seja iniciado”, conclui.

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Alerta para os efeitos do cigarro

De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (2006), o tabagismo passivo (não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados) é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. Aproveitando que dia 29 de Agosto é Dia Nacional do Combate ao Fumo, convidamos o pneumologista do Memorial São Jose, Murilo Guimarães, para que nos explicasse porque devemos ter atenção à inalação passiva da fumaça do cigarro. Os fumantes passivos possuem maior probabilidade de adquirir doenças relacionadas ao tabaco do que os não fumantes, pela exposição às toxinas liberadas na fumaça do cigarro. Por existirem mais não fumantes do que fumantes, a legislação brasileira tomou medidas que desagradam o público tabagista: a proibição do fumo em ambientes fechados causou bastante desconforto para os fumantes. O pneumologista diz: “Mesmo em locais abertos, a qualidade do ar já se torna alterada, prejudicando pessoas portadoras de alterações respiratórias, como os asmáticos, com outras conseqüências danosas para o organismo. Locais públicos sem fumo fazem os fumantes refletirem sobre seu vício e procurar ajuda para parar de fumar”. Outra parcela da população fumante passiva que merece atenção são os bebês e crianças, que são expostos aos males do cigarro por meio de seus familiares fumantes. “Crianças filhos de grávidas fumantes apresentam taxas maiores de prematuridade, baixo peso ao nascer, retardo no desenvolvimento psíquico e intelectual, além de maior mortalidade infantil. Crianças filhos de pais fumantes apresentam maiores complicações respiratórias, idas ao serviço de emergência médica, infecções respiratórias de repetição, alergias respiratórias, asma, rinites, sinusites, otites, etc.”, alerta Dr. Murilo. Em geral, os fumantes passivos possuem até cerca de três vezes mais chance de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco de alta morbimortalidade, como as doenças cardiovasculares, aumentando o risco em cerca de 20 a 50%. “Isto precisa ser bem esclarecido ao fumante, para que ele entenda que o mal do cigarro não é apenas para si, mas também causa sérios malefícios a terceiros, incluindo pessoas amadas”, explica o pneumologista. “Este tipo de informação também colabora para a decisão do fumante procurar ajuda visando suprimir o tabagismo”. Murilo conclui: “Fumante, a vida sem cigarro pode ser tão boa ou melhor do que com ele”. Dados: - Só no Brasil o tabaco faz, anualmente, 200 mil vítimas; (talvez fosse melhor incluir dados mundiais, pois seriam mais ilustrativos. Segundo a OMS (maio de 2017) no mundo são cerca de 6 milhões de mortes ao ano devido ao tabagismo ativo e 1 milhão pelo passivo. - De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o fumo é fator casual de 50 doenças diferentes, destacando-se as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas; - As estatísticas demonstram que 45% das mortes por infarto do miocárdio, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema), 25% das mortes por doença cérebro-vascular (derrames) e 30% das mortes por câncer podem ser atribuídas ao cigarro. Outro dado alarmante: 90% dos casos de câncer do pulmão têm correlação com o tabagismo. Conheça o cigarro por dentro: - A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; constituída de duas fases: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão; - O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato; - O monóxido de carbono (CO) se junta à hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo, dificultando a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose; - A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa.

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