Arquivos Cultura - Página 3 De 70 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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We Call It Ballet

Espetáculo "We Call It Ballet: A Bela Adormecida" Encanta no Teatro RioMar Recife

Uma experiência única de balé clássico com tecnologia de luzes, marcada para 29 de março. O Teatro RioMar Recife se prepara para receber o encantador espetáculo "We Call It Ballet: A Bela Adormecida", uma interpretação inovadora do clássico conto de fadas, marcada para o dia 29 de março, às 21h. Com uma proposta única, a produção combina uma narrativa expressiva, dança magistral e trajes iluminados que brilham no escuro, oferecendo ao público uma nova forma de vivenciar essa história atemporal. A experiência promete ser verdadeiramente deslumbrante, unindo a elegância do balé clássico à modernidade da tecnologia de luz. Os talentosos dançarinos darão vida a coreografias que iluminam o palco, criando um espetáculo visual impactante. A narrativa da princesa amaldiçoada, que é despertada pelo beijo do seu verdadeiro amor, será apresentada em um show que desafia a gravidade, repleto de piruetas e saltos impressionantes. Os ingressos para este espetáculo imperdível estão disponíveis a partir de R$ 80 (meia entrada) e podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro RioMar, localizado no Piso L4, ou pelo site oficial (www.teatroriomarrecife.com.br). Não perca a oportunidade de se encantar com essa obra-prima artística que une tradição e inovação em uma única apresentação.

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gilberto netos

Fernando Freyre e as memórias de seu avô, Gilberto Freyre

Neto do sociólogo e atual presidente da Fundação Gilberto Freyre relembra a convivência familiar e a descoberta de seu legado intelectual. Na semana dos 125 anos do Mestre de Apipucos, conheça um pouco dessa história de afeto com o vovô Concon. Na foto, o atual presidente da fundação está no colo da avó Magdalena Freyre A relação entre avô e neto costuma ser marcada por gestos de carinho, aprendizados e convivência familiar. Assim foi a experiência de Fernando Freyre Filho com Gilberto Freyre, um dos mais importantes pensadores brasileiros. Ele tinha 9 anos quando o Mestre de Apipucos faleceu, mas guarda boas memórias do convívio familiar. Gilberto Freyre, o primeiro brasileiro a receber o título de "Sir" da Rainha Elizabeth II da Inglaterra,  era conhecido por Fernando e pelos demais netos o "Concon", apelido carinhoso em família. A convivência acontecia principalmente com encontros semanais nos almoços de sábado na casa do avô. Nessas ocasiões, a casa se dividia entre a esfera familiar e os compromissos profissionais de Gilberto. “Nós entrávamos na biblioteca e, em poucos minutos, já havíamos bagunçado tudo”, relembra Fernando, destacando a paciência e o carinho do avô, que interrompia suas anotações e chamava os netos para a sala de estar. Mas os almoços nem sempre eram apenas encontros familiares descontraídos. Muitas vezes, a presença de personalidades políticas, pesquisadores internacionais e autoridades fazia com que as reuniões ganhassem um tom mais solene. “Acordávamos e já sabíamos que teríamos que vestir paletó e gravata, porque o almoço era especial”, conta Fernando, relembrando como a rotina entrelaçava o doméstico e o público quando o sociólogo recebia visitantes. Fernando relembra algumas premiações e entrevistas da vida pública de seu avô, mas a consciência sobre sua importância como intelectual reconhecido surgiu gradualmente. “A ficha caiu no dia da morte dele”, diz, ao recordar o impacto do velório no Recife e a presença de figuras ilustres naquele momento de despedida. Para entender melhor o legado do avô, ele decidiu ler suas obras, o que lhe permitiu perceber a complexidade e a genialidade por trás do mito que conhecia nas brincadeiras e almoços solenes. Com o passar dos anos, Fernando Freyre não apenas preservou as lembranças do avô, mas também aprofundou sua compreensão sobre o impacto de sua obra. O convívio afetuoso da infância deu lugar a uma admiração consciente pelo intelectual que redefiniu a maneira como o Brasil enxerga sua própria identidade. Entre a intimidade e o legado, ele carrega a herança de Gilberto Freyre não apenas como neto, mas como alguém que reconhece a importância de manter viva a memória e o pensamento do Mestre de Apipucos.

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Jardim Fragil Usina de Arte 1

Jardim Frágil: Nova instalação de Carlos Garaicoa une arte e natureza em Pernambuco

Usina de Arte inaugura orquidário e promove diálogo entre organicidade e materialidade A Usina de Arte, localizada na Mata Sul de Pernambuco, celebra a inauguração da instalação “Jardim Frágil”, do artista cubano Carlos Garaicoa, que se destaca como o maior orquidário aberto à visitação no estado. Esta obra, resultado de uma residência artística iniciada em 2019, não apenas reafirma o compromisso da Usina de Arte em ser um espaço de convergência entre arte, botânica, arquitetura e paisagismo, mas também propõe uma reflexão profunda sobre a relação entre natureza e intervenção humana. Com estrutura de pavilhão inspirada na geometria dos cristais, a instalação promete diálogos inovadores entre a beleza das orquídeas e a fragilidade do vidro de Murano, criando um espaço contemplativo que será aberto ao público neste sábado, 22 de março de 2025, a partir das 15h30. A instalação “Jardim Frágil” apresenta uma combinação de pavilhão e espaço expositivo, incorporando elementos escultóricos que desafiam a rigidez das formas geométricas por meio da fluidez das peças de vidro. Com um design que permite uma visão panorâmica do espaço, a obra convida os visitantes a explorar as interações entre a estrutura controlada do pavilhão e a liberdade estética das formas naturais. O artista, conhecido por sua investigação sobre a memória urbana, traz uma nova perspectiva ao incorporar estudos sobre a estrutura cristalina, criando um debate visual e filosófico sobre como organizamos e interpretamos o mundo ao nosso redor. Além da inauguração de “Jardim Frágil”, a Usina de Arte será palco do Startup Day 2025, um dos maiores eventos de inovação e empreendedorismo do Brasil, realizado pelo Sebrae. O evento ocorrerá no mesmo dia, 22 de março, na Biblioteca da Usina e no Ginásio do distrito de Santa Terezinha, trazendo palestras e debates sobre temas relevantes, como marketing, vendas, turismo e inteligência artificial. Com um histórico de recorde de inscrições na Mata Sul pernambucana, o Startup Day promete engajar ainda mais a comunidade, refletindo o compromisso da Usina de Arte em promover o diálogo entre arte, cultura e inovação. Serviço:

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No embalo do Oscar: Quais as expectativas para o cinema pernambucano?

O Sucesso de Ainda estou aqui traz a perspectiva de aumento de público para o cinema brasileiro e local. O setor audiovisual local abriu mercado para profissionais, mas precisa de mais investimentos públicos e despertar a iniciativa privada para financiar as produções. *Por Rafael Dantas O País está vibrando pelo primeiro Oscar do Brasil com Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, e diante de toda a visibilidade que a história de Eunice Paiva ganhou. Em meio às expectativas de Hollywood, outro longa-metragem, O Último Azul, com a direção do pernambucano Gabriel Mascaro, venceu também o Urso de Prata do Festival de Berlim. Com salas de cinema lotadas e um orgulho do cinema nacional tomando os brasileiros, as expectativas para o setor audiovisual nacional e do Estado, que é uma das referências na sétima arte, são de atrair mais investimentos e público. O furacão de sucesso de Ainda Estou Aqui, que já levou 5,7 milhões de pessoas para as telonas, aumentou o percentual de salas dedicadas ao cinema nacional. O longa, estrelado por Fernanda Torres, já representa 30,2% das vendas gerais da Ingresso.com, que é a maior tiqueteira do País. O setor cinematográfico nacional comemorou 3.509 salas de cinema em funcionamento em 2024, quebrando o recorde pré-pandemia de 2019. Pernambuco registrou 118 salas, que é o mesmo número do último ano antes da pandemia.  Evolução do número de salas de cinema em funcionamento em Pernambuco Neste momento de valorização do público com as produções nacionais e do impulso de voltar às salas de cinema, após anos de perda de cinéfilos para os streamings, há um otimismo, mesmo que contido, com o futuro do setor audiovisual. “Um Oscar não garante nada mas, certamente, é um fator que dá aval para que nosso cinema tenha capacidade de alcance de público e de competitividade, em um nível industrial internacional”, considera Nina Velasco, docente do curso de Cinema da Universidade Federal de Pernambuco. A pesquisadora ressalta que as produções nacionais e pernambucanas têm uma história de receber premiações em festivais de qualidade cinematográfica, especialmente festivais de arte. Festivais de Cannes (França), de Veneza (Itália) e de Berlim (Alemanha) sempre ofereceram espaços privilegiados ao cinema brasileiro. O reconhecimento da Academy Awards com o Melhor Filme Internacional traz um outro tipo de reconhecimento. “Concorrer e conquistar o Oscar nos leva a outro patamar de disputa e de visibilidade para o mundo. Se já havia esse reconhecimento internacional de qualidade, talvez não tivesse essa competitividade de público internacional. Ainda Estou Aqui é um fenômeno que dependeu também do público nacional para estar nesse lugar de disputa internacional”, avalia Nina Velasco. "Concorrer e conquistar o Oscar nos leva a outro patamar de disputa e de visibilidade para o mundo. Se já havia o reconhecimento internacional de qualidade, talvez não tivesse essa competitividade de público internacional". Nina Velasco UM MERCADO QUE PREMIA E EMPREGA MUITA GENTE Kleber Mendonça Filho, Gabriel Mascaro, Guel Arraes, Cláudio Assis, Lirio Ferreira, Marcelo Gomes… são muitos os cineastas pernambucanos com premiações nacionais e internacionais nas suas estantes. Com filmes que levaram as histórias e paisagens de Pernambuco para o mundo. Em paralelo, essas produções geram empregos e renda para muita gente. Se são os atores que estão nas telas e são reconhecidos pelo público, a mágica da sétima arte se faz com o trabalho de diretores, produtores, roteiristas, editores/montadores, figurinistas, cenógrafos, entre tantas outras posições. De acordo com dados do IBGE de 2021, ainda em plena pandemia, Pernambuco tinha registradas 262 empresas ou organizações que atuavam no segmento das atividades cinematográficas, que engloba ainda produção de vídeos e de programas de televisão, gravação de som e edição de música. No País, o Anuário Estatístico do Audiovisual Brasileiro de 2023 (o último publicado) indica que o setor gerou 86.227 empregos formais em 2022.  Isadora Gibson é uma profissional multifacetada que viveu as experiências de estar na frente e por trás das câmeras, atuando tanto como atriz quanto na direção de arte. Arquiteta de formação, seu envolvimento com o cinema começou de forma espontânea, influenciado por amigos da área. Dentre suas experiências mais marcantes, Isadora destacou sua atuação no filme O Som ao Redor e na série Lama dos Dias, da Globoplay. No campo da direção de arte, atuou como assistente de produção de arte e objetos em O Último Azul, o filme premiado de Gabriel Mascaro.  Além das produções que vão para as telonas, ela afirma que os profissionais locais estão entrando também no mercado dos streamings, onde ela já teve experiências na direção de arte. "Onde mais trabalho são em produções selecionadas em editais públicos, mas já trabalhei em streaming para Cangaço Novo, que foi em Campina Grande. Há várias produções em São Paulo e no Rio de Janeiro, isso deu uma fomentada no nosso mercado”.  Ela ressalta que, apesar da profissionalização do setor, os desafios persistem, sobretudo com a carga tributária elevada para os profissionais autônomos. Contudo, mantém o otimismo em relação ao futuro, torcendo por mais investimentos e valorização do cinema nordestino. “Pernambuco é um lugar rico culturalmente como um todo, na área musical, na dança, no teatro. O cinema pernambucano é forte porque junta a grande base de capital cultural, com certa precariedade que torna tudo mais criativo. Fazemos na raça, mas está mudando. Com a profissionalização e com os recursos. Com o Oscar, esperamos melhorar os investimentos para o setor”, almeja Isadora. "O cinema pernambucano é forte porque junta a grande base de capital cultural com certa precariedade que torna tudo mais criativo. Fazemos na raça, mas está mudando. Com a profissionalização e com os recursos. Com o Oscar, esperamos ter mais investimentos". Isadora Gibson Outra que atua na direção de arte é Sephora Silva. Também arquiteta, ela ingressou no audiovisual após ser convidada para trabalhar como assistente em um projeto de um amigo que estava realizando seu primeiro filme. Essa experiência inicial despertou sua paixão pelo cinema e a levou a buscar capacitação técnica, incluindo um curso de formação no México. Ao longo de sua trajetória, ela já

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Bendita Dica 2 credito Saulo Nobrega

Espetáculo premiado “Bendita Dica” chega ao Recife com sessão gratuita

Peça da Cia Burlesca (DF) mistura teatro, bonecos e música para contar a história de Santa Dica. Foto: Saulo Nóbrega O Recife recebe, no dia 21 de março, a premiada peça “Bendita Dica”, da Cia Burlesca, de Brasília. Com uma combinação envolvente de teatro, bonecos e música ao vivo, o espetáculo será apresentado no Teatro André Filho, no Espaço Fiandeiros, com entrada gratuita. Os ingressos estarão disponíveis uma hora antes da sessão, na bilheteria do teatro. A montagem retrata a trajetória de Benedita Cipriano Gomes, conhecida como Santa Dica, uma líder comunitária que, entre as décadas de 1920 e 1930, criou uma sociedade igualitária em Lagolândia (GO), baseada na solidariedade e na divisão justa da terra. A peça já percorreu diversas regiões do Brasil e venceu o Prêmio Sesc do Teatro Candango como Melhor Espetáculo Infantil em 2018. A apresentação integra o projeto “Circulá - Dica Daqui Pracolá”, que leva o espetáculo e oficinas de teatro ao Nordeste, incluindo sessões especiais para trabalhadores rurais. No Recife, além da exibição aberta ao público, haverá uma sessão exclusiva para a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape) no dia 20 de março, acompanhada de uma oficina teatral. Serviço 📅 Quando: 21 de março (sexta-feira), às 19h30📍 Onde: Teatro André Filho - Espaço Fiandeiros (Rua da Saudade, 240, Boa Vista, Recife)🎟 Entrada gratuita – retirada de ingressos uma hora antes da sessão🔹 Classificação: Livre | Duração: 50 minutos📞 Informações: (61) 99208-9573 | @ciaburlesca

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fundacao gilberto freyre Casa

Fundação Gilberto Freyre celebra 125 anos do sociólogo com evento especial e premiação

Programação gratuita inclui café da manhã, feira de livros, atividades culturais e entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025 A Fundação Gilberto Freyre abrirá suas portas excepcionalmente neste sábado, 15 de março, para comemorar os 125 anos do nascimento de Gilberto Freyre. O evento reunirá visitantes em uma programação diversificada, que inclui visitação à Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, feira de livros, atividades culturais e a cerimônia de entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025. A celebração começa às 9h com um café da manhã aberto ao público. A partir das 9h30, a Feirinha de Livros oferecerá edições da Fundação Gilberto Freyre, Cepe Editora e Vacatussa. No mesmo horário, crianças poderão participar da Oficina de Desenho Livre, ministrada pelo arte-educador Emerson Pontes. Já os amantes do desenho de observação poderão se reunir no Encontro do Urban Sketchers Recife-Olinda, coletivo internacional que promove encontros ao ar livre. A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre estará aberta para visitação mediada em três horários (9h30, 10h30 e 11h30). A residência, onde o sociólogo viveu por mais de 40 anos, preserva um rico acervo de mobílias, objetos e obras de arte. “Celebrar os 125 anos de Gilberto Freyre é valorizar a história e o vanguardismo de um dos maiores intérpretes do Brasil”, destaca Fernando Freyre, presidente da Fundação Gilberto Freyre. O ponto alto do evento será a entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025, às 11h. A vencedora do 3º Concurso Internacional de Ensaios, Isabella Mendes Freitas, será homenageada por sua obra Linhas e Curvas, Cinzas e Cores: Estrangeiros e Estrangeirismo na Obra de Gilberto Freyre, que será publicada pela Global Editora. “Temos orgulho de contribuir com o Prêmio Gilberto Freyre há tantos anos, uma iniciativa fundamental para incentivar pesquisas que aprofundam a compreensão da nossa identidade e modernização como sociedade”, afirma Richard Alves, diretor-geral da editora. Além da programação especial deste sábado, a Fundação Gilberto Freyre promoverá ao longo de 2025 diversas ações em homenagem ao sociólogo, incluindo o lançamento do site da Casa-Museu, seminários e publicações inéditas, como a adaptação da obra Nordeste para histórias em quadrinhos. Serviço 📅 Data: Sábado, 15 de março📍 Local: Fundação Gilberto Freyre (Rua Dois Irmãos, 320, Apipucos)🎟️ Entrada gratuita 🔹 Programação: 🚗 Estacionamento gratuito no Marista, com serviço de manobrista a partir das 10h30

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Foto Bismarck Passos

Circo e frevo se unem em espetáculo itinerante pelo interior de Pernambuco

Projeto gratuito mistura palhaçaria, música ao vivo e a história do frevo, valorizando a cultura nordestina. Foto: Bismarck Passos O Coletivo 3º Ato estreia neste sábado (15), no Agreste pernambucano, o espetáculo Frevo na Ponta do Nariz, que combina a energia do frevo com a magia do circo. A iniciativa leva apresentações gratuitas a diversas cidades do estado, unindo palhaçaria, música ao vivo e interação com o público para contar a história do frevo, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Os palhaços Carambola, Dunga e Geleia conduzem o público em uma jornada repleta de humor, acrobacias e dança, explorando as origens do frevo e sua importância na identidade pernambucana. A trilha sonora fica por conta de uma mini orquestra ao vivo, que, a cada cidade visitada, recebe músicos locais selecionados em um intercâmbio cultural, promovendo a valorização da cena artística regional. Com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura, Frevo na Ponta do Nariz terá apresentações no Agreste, na Mata Sul e no Sertão, passando por João Alfredo, Limoeiro, Palmares, Catende, Sertânia e Arcoverde. O espetáculo reforça o vínculo entre circo e frevo, duas tradições enraizadas na cultura nordestina, celebrando a resistência e a alegria do povo pernambucano. Serviço📍 João Alfredo – Auditório da Faculdade Vale do Pajéu🗓 15 de março | ⏰ 15h30 📍 Limoeiro – Centro de Criação Galpão das Artes🗓 15 de março | ⏰ 19h30 🎭 Classificação indicativa: Livre🎟 Entrada gratuita

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Fortaleza 2024 Foto Arthur Henrique

Bruno Hrabovsky estreia turnê “Rock ao Piano – 1975” no Recife

Pianista curitibano abre nova fase do projeto no Teatro de Santa Isabel com releituras de clássicos do rock. Foto: Arthur Henrique O pianista Bruno Hrabovsky escolheu o Recife para a estreia de sua nova turnê, “Rock ao Piano – 1975”, uma celebração aos 50 anos de lançamentos icônicos do rock mundial. O espetáculo acontece nos dias 21 e 22 de março, às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Conhecido por transformar grandes sucessos do rock em interpretações ao piano, o curitibano retorna à capital pernambucana após três apresentações esgotadas no mesmo palco. O concerto reúne um repertório que passeia por diferentes estilos do rock, trazendo versões instrumentais de clássicos lançados em 1975. Entre as músicas escolhidas, estão “Wish You Were Here” (Pink Floyd), “Bohemian Rhapsody” (Queen) e “Houses of the Holy” (Led Zeppelin). Nesta edição, Hrabovsky também inclui homenagens a artistas brasileiros, como Raul Seixas, com “Tente Outra Vez”, e Rita Lee, com “Ovelha Negra”. A apresentação será realizada no piano Steinway do Teatro de Santa Isabel, sem amplificação ou efeitos, recriando a experiência de um concerto erudito. Os ingressos estão disponíveis antecipadamente online, e, caso restem bilhetes, também poderão ser adquiridos na bilheteria do teatro nos dias do evento. Após o espetáculo, o artista atenderá o público e disponibilizará produtos exclusivos do projeto, como CDs e camisetas. Serviço:📍 Rock ao Piano – 1975, com Bruno Hrabovsky📅 Quando: 21 e 22 de março, às 20h📌 Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife)🎟️ Ingressos: R$ 70 (inteira) | R$ 35 (meia) | Camarotes a partir de R$ 60🔗 Vendas antecipadas online

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Mary Del priore

Mary Del Priore analisa a relevância de Gilberto Freyre no mundo contemporâneo

Os 125 anos de Gilberto Freyre: como suas ideias sobre identidade, cultura e mestiçagem permanecem atuais No ano em que se comemoram os 125 anos de nascimento de Gilberto Freyre, seu legado segue vivo e provoca debates sobre identidade, cultura e sociedade. Autor de obras fundamentais para a compreensão do Brasil, Freyre antecipou questões que hoje ganham ainda mais relevância, como a mestiçagem, a interdisciplinaridade na produção acadêmica e a fluidez das relações raciais e sociais no país. Para discutir a atualidade de suas ideias e os desafios de sua interpretação no presente, conversamos com a historiadora Mary Del Priore, especialista na história da vida privada e da cultura no Brasil. Na entrevista, Del Priore destaca a visão inovadora de Freyre, que rompeu com paradigmas acadêmicos de sua época ao unir história, antropologia e literatura na análise da sociedade brasileira. Além disso, comenta como o sociólogo antecipou fenômenos globais, como a diversidade resultante das migrações e os desafios da identidade nacional em um mundo cada vez mais interconectado. Quais os temas que Gilberto Freyre escreveu e discutiu na sua época que a Sra considera mais vanguardistas e permanecem atuais?  Autor da obra fundamental sobre a cultura brasileira, GF antecipou um tema de grande relevância atual: a mestiçagem, agora visível em todo o mundo. A globalização, o capitalismo e as migrações Sul-Norte transformaram os países que, no século XVI, colonizaram o Oriente e as Américas. Embora hoje tentem fechar fronteiras e erguer muros, é tarde demais: as novas gerações de imigrantes estão mestiçando a Europa e a América do Norte. Essa diversidade é evidente nos esportes, na mídia, nas Forças Armadas, nas artes, na política e nas Academias. Há “morenos”, café-créme, mixed-blood, mestizos, misticci, mischling. Eles consomem alimentos estrangeiros, dançam ritmos variados, vestem-se e se penteiam inspirados pelo Outro, adotam costumes e crenças antes desconhecidos por seus avós. Essa miscigenação, pioneiramente descrita por GF, é hoje chamada de globalização. No entanto, os wokistas veem a mestiçagem como “estupro”, ignorando deliberadamente os estudos de milhares de historiadores que, como mostrou GF, confirmam a importância da mestiçagem, evidente desde 1872, quando o primeiro censo do Império registrou mais pardos (mestiços) do que brancos. As mestiçagens biológicas e culturais são fatos históricos indiscutíveis e continuam a moldar o mundo, não podendo ser ignoradas. Acerca da forma dos seus textos e dos espaços que ele ocupou no debate público, a Sra observa que houve inovação também por parte de Gilberto Freyre? Imenso estilista da palavra, introdutor de poesia e humor em seus textos, GF é autor de um livro irresistível não apenas pela riqueza de informações e documentos, mas também pela beleza de sua escrita. Já em 1933, ele antecipou abordagens que só se tornaram populares a partir dos anos 1980: a antropologia histórica e a história da vida privada. Ao aproximar a antropologia social e cultural da história, da literatura e das artes, inaugurou uma nova categoria de saber. GF foi um pioneiro da interdisciplinaridade entre nós, privilegiando estudos sobre temas como família, casamento, culinária, moradia, sexualidade, crenças, entre outros. Contudo, a atual formação monodisciplinar de muitos cientistas sociais não permite apreciar seu pioneirismo em focar a intimidade e o cotidiano como espaços de contradições e permanências na vida de um povo. Em pleno 2025, a Sra destacaria alguma ou algumas reflexões propostas por Gilberto Freyre que não são ainda bem conhecidas ou discutidas pela sociedade? Que aspectos da obra dele merecem uma maior atenção na sociedade contemporânea? Gilberto Freyre destacou temas que merecem atenção, entre eles o despotismo e o mandonismo ainda presentes. No entanto, considero fundamentais seus estudos sobre o pardo e o mestiço, que desconstroem a falácia de que o Brasil é negro e branco, como nos EUA. De acordo com o último Censo do IBGE de 2022, os pardos representam 45,3% da população. Gilberto Freyre pioneiramente narrou a história da mobilidade social deste povo “junto e misturado”. A consolidação do modelo binário que separa “brancos” e “negros” ocorreu nos anos 1990, quando pesquisadores do IPEA, adotaram essa categorização. Em vez de utilizarem a nomenclatura "não brancos", eles optaram por agrupar pretos e pardos sob o termo "negros", em consonância com as demandas do Movimento Negro. O resultado foi o aumento do número de “negros” no censo de 2000. A decisão foi absurda, pois o Brasil nunca foi uma nação birracial como os Estados Unidos, onde uma gota de sangue negro define a identidade racial da pessoa. O convívio fluido e sem barreiras descrito por Gilberto Freyre foi substituído por uma cultura de ódio e desconfiança, alimentada por interpretações apressadas e radicais de movimentos contemporâneos.

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125 anos de Gilberto Freyre: o olhar pioneiro do Mestre de Apipucos

O sociólogo pernambucano antecipou debates da atualidade sobre temas como ecologia, globalização, o valor cultural da gastronomia e a urbanização *Por Rafael Dantas Autor de mais de 80 publicações que explicam o Brasil e o Nordeste, Gilberto Freyre completaria neste mês 125 anos. O Mestre de Apipucos teve uma trajetória intelectual marcada por antecipações de debates que em nossos dias seguem na agenda pública do País. As discussões ecológicas, os desafios do desenvolvimento urbano, a questão racial, entre tantas outras, estiveram em seus livros e artigos. Análises que mobilizam pesquisadores de vários lugares do mundo e que seguem contribuindo para o pensamento crítico no Brasil, mesmo muitas décadas após sua escrita. O mais famoso livro de Freyre, Casa Grande & Senzala, foi escrito quando ele era ainda um jovem pesquisador com pouco mais de 30 anos. Ele deixou outros clássicos que confundem os admiradores da sua obra sobre o mais apreciado, como Nordeste, Açúcar e Sobrados e Mucambos. Até a sua terceira idade, o sociólogo publicou vorazmente. Além dos livros, seu pensamento estava impresso em jornais, com destaque para o Diario de Pernambuco, onde escreveu por décadas. Fernando Freyre Filho, presidente da Fundação Gilberto Freyre, revela que, além das publicações que o avô fez em vida, ele deixou ainda quase uma dezena a ser publicada após a sua morte. Além disso, a fundação tem lançado coletâneas e versões em quadrinhos dos seus clássicos. Porém, mais que volumosa, a obra de Gilberto Freyre tratava de temáticas que explodiriam no debate público anos e até décadas depois. A pauta ecológica, que está diariamente nos jornais brasileiros e mundiais, era assunto dos artigos e publicações do sociólogo, mesmo na primeira fase da sua longa vida de escritor. Contrapondo-se a uma visão de precariedade e diminuição da região, que ainda está em desconstrução no País, em Nordeste (1937), Gilberto Freyre não nega os desafios da seca mas reivindica o reconhecimento dos valores naturais locais e reafirma o papel econômico do setor sucroalcooleiro para o País. Mais que isso, aponta um olhar muito peculiar da posição regional como berço da história nacional. “Porque através daqueles dias mais difíceis de nação da civilização portuguesa nos trópicos, a terra que primeiro prendeu os luso-brasileiros, em luta com outros conquistadores, foi essa de barro avermelhado ou escuro. Foi a base física, não simplesmente de uma economia ou de uma civilização regional, mas de uma nacionalidade inteira”. Além do olhar para o valor do solo massapê, o sociólogo discute questões ambientais e, especialmente, de trabalho do homem que movia a economia da época. Ele não alivia as críticas às péssimas condições de trabalho, de moradia e de alimentação. Chega a afirmar em Nordeste que as condições da jornada laboral de sua época representavam “talvez um trabalho mais penoso do que no tempo da escravidão. Porque os senhores de terras de cana e os armazenários de açúcar dispõem hoje de menor número de trabalhadores para o esforço agrícola” Quase 100 anos depois, é difícil não fazer pontes entre esses debates, circunscritos aos trabalhadores braçais da época, com discussões contemporâneas relacionadas à qualidade de vida profissional, redução de jornadas, burnout, entre outras pautas econômicas e laborais. Mencionando vários pesquisadores da época, Freyre descreve teorias que afirmam que o menor desenvolvimento físico e até produtivo do homem na época tinha relação com aspectos como má saúde pública, má alimentação, má dormida, entre outros. Ao mencionar trabalhos de médicos brasileiros do Século 19, o sociólogo chega a relacionar os problemas de saúde da população com a destruição das matas e a falta de cuidado na conservação dos animais. A diretora executiva da Fundação Gilberto Freyre, Jamille Barbosa, destaca que o Mestre de Apipucos teve uma contribuição relevante sobre a ecologia, especialmente nas relações do homem com a natureza. “Ele tratou de uma ecologia mais humana. Não é aquele conceito de meio ambiente sacralizado, idealizado. Ele queria realmente estudar esse meio ambiente que é afetado pelo homem e esse homem que é afetado pelo meio ambiente. De que forma esse meio ambiente condicionou a forma do ser humano de estar, de se alimentar, de conviver. Isso é muito presente na obra de Gilberto. Bem como da forma que esse homem vai afetando negativamente esse meio ambiente”, afirmou Jamille. Mais do que escrever e refletir sobre o convívio harmônico com a natureza, ele vivenciou isso no seu sítio em Apipucos, que abriga a Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre. Toda a área verde no entorno da residência é vista pela pesquisadora como uma forma do sociólogo colocar em prática o que ele defendia nos livros e artigos. Em um momento que o mundo se volta para a adaptação às mudanças climáticas e discute o impacto do ser humano no meio ambiente, muitas reflexões e preocupações do pensador pernambucano permanecem atuais. Pesquisador da obra de Freyre, Anco Márcio Tenório Vieira, professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, aponta dois pioneirismos da obra do pensador pernambucano. “O primeiro, é um tema que perpassa toda a obra de Freyre e que foi relevada ao seu tempo, mas que hoje, na nossa contemporaneidade, é a principal pauta destas primeiras décadas do Século 21: a ecologia e a economia autossustentável. Freyre foi um crítico contumaz do modelo de progresso que orientou e vinha orientando o mundo ocidental e ocidentalizado e um defensor incansável da economia autossustentável, de soluções ecológicas no campo urbanístico, da arquitetura e da construção civil, da moda, da produção de alimentos, da industrialização”. O segundo pioneirismo destacado pelo docente da UFPE diz respeito ao conceito de regionalismo. “Freyre vai pensar o Brasil a partir das regiões, das suas especificidades sociais, econômicas, culturais, religiosas, ecológicas etc. Freyre vai assentar o seu conceito de regionalismos em cima da tríada Tradição, Região, Modernidade; Tradição, Região, Modernismo; ou Tradição, Região, Modernização”. Anco Márcio explica que, para Freyre, a tradição era o conjunto de experiências sociais, estéticas e culturais originadas das influências lusas, ibéricas, africanas e ameríndias. Essas influências se miscigenaram e se transformaram ao longo do tempo, dando origem

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