Arquivos Cultura - Página 34 De 72 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bruno Souto, Elomar e Torre. Confira os lançamentos.

Por Yuri Euzébio Eu ainda era um garoto, salvo engano na sétima série, quando eu uma visita a uma livraria me deparei com o álbum “Acima da Chuva” da Volver, uma banda que (eu só iria descobrir depois) tem o mesmo nome de um filme de Almodóvar. Confesso que comprei o CD pela capa, um registro histórico da Praça do Diário, e história sempre foi a minha matéria favorita. Bem, ainda que despretensiosamente e ao acaso, fui apresentado a uma das mais diferentes bandas surgidas no Recife pós-mangue. A Volver faz um rock simples, puro e cru dos anos 60 e até aqui já lançou três álbuns. A banda resolveu fazer uma pausa e o seu vocalista, Bruno Souto, embarcou na inevitável carreira solo. Na última quarta-feira (30/10), Souto disponibilizou nas plataformas digitais “Valsa”, álbum em comemoração aos seus 15 anos de carreira. “Já faz um tempo que eu pensava em regravar algumas músicas da época da Volver e tal. Não para superá-las ou mesmo renegar as originais. Queria lançar um novo olhar sobre algumas canções antigas, revisitá-las”, explicou. A nova produção do artista tem a bênção e a garantia de qualidade do selo Passa Disco, e surgiu da vontade do músico em celebrar seu tempo de carreira. “Batizei o disco de Valsa, pois a palavra reflete como enxergo o passar do tempo nessa minha trajetória até aqui: feito passos em uma dança de valsa. Também faço um paralelo subjetivo entre a valsa e a beleza melódica das canções, os arranjos de cordas, etc. Importante deixar claro que o disco não é um “best of” com as minhas melhores composições, nem um apanhado do que as pessoas gostam mais”, justificou. De acordo com Bruno, no início do projeto seriam apenas músicas da Volver, mas para fechar um conceito resolveu regravar músicas que percorressem toda a sua trajetória. “Todos os cinco discos que lancei nesse período (três com a banda e dois na carreira solo) teriam de ser contemplados, nem que fosse com apenas uma música de cada”, detalhou. A ideia amadureceu e ganhou também duas canções inéditas, na abertura e no fechamento do álbum. O álbum reconstrói belíssimas canções em novos arranjos mais intimistas e amplia o universo do artista. Se você , assim como eu, era fã da Volver não vai se arrepender. Se não era, não pode perder a oportunidade de ouvir esse som classe alta. Enfim, eu se fosse tu, não perdia a chance. Elomar e Titane apresentam concerto em Recife Elomar, assim como seu conterrâneo João Gilberto, não é muito afeito à entrevistas ou um marketing forte de sua imagem. Sua obra fala por si só, tal qual a do pai da bossa nova. Nesses nossos tempos de instagramização da vida, isso é encarado com muita estranheza, mas se você conhece a produção do baiano, certamente gosta dele mesmo com toda dificuldade de saber qualquer coisa do artista. Pois bem, aos 81 anos, Elomar, compositor, violonista e cantor, divide palco, mais uma vez, com a artista mineira Titane, em concerto no dia 10 de novembro, domingo, às 19h, no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Com trajetória de 30 anos e 5 discos gravados, o mais recente trabalho da cantora, o CD "Titane canta Elomar – nas estradas das areias de ouro" (2018), marca um tempo inédito em sua carreira ao se dedicar à obra de um único compositor. Como nos concertos realizados em Belo Horizonte (MG) e Vitória da Conquista (BA), Elomar e Titane serão acompanhados por Hudson Lacerda (violões) e João Omar, instrumentista e maestro, filho de Elomar, que tocará violão e violoncelo. O repertório foi selecionado especialmente para o concerto. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e na Loja Passadisco. Informações para o público nas redes sociais da cantora Titane, da Liquidificador Produções ou pelo telefone do teatro (81) 3355 3323. SERVIÇO - Elomar e Titane em Recife (PE) 10 de novembro de 2019, domingo - 19h Teatro de Santa Isabel (Praça da República) VENDAS Ingressos a R$100 e R$50 (meia-entrada) Bilheteria do Teatro - Praça da República, 233 - Santo Antônio – (81) 3355 3323 ou Loja Passadisco - R. da Hora, 345 – Espinheiro - Galeria Hora Center – (81) 3268 0888 Classificação indicativa: livre Mais informações para o público: Facebook: https://www.facebook.com/oficialtitane/ e Instagram: @titaneoficial Liquidificador produções - https://bit.ly/2N2OBOv TORRE PINTA A INFÂNCIA EM SEU SEGUNDO SINGLE, “TINTA” Segunda música do disco Pág. 72 já está disponível nas plataformas digitais A Torre é uma banda da cena independente de Recife, que nasceu do encontro de Antônio Novaes (guitarra e synth), Danillo Sousa (baixo e backing vocals), Felipe Castro (vocal e guitarra) e Vito Sormany (bateria), no final de 2017. A banda mistura referencias do rock, pop e eletrônico. Seu disco de estreia rua foi bem aceito pela crítica e destacado como melhor disco do ano, por importantes veículos nacionais. “Pintar o mundo com tinta de infância”. Esse é o espirito de “Tinta”, mais novo single do quarteto pernambucano, lançado na última quarta-feira (30) nas plataformas digitais. Com audição marcada para próxima terça-feira (05), às 19h, no Estúdio Apollo 17, o single foi escrito a partir de fotografias antigas e nos traz o desafio de buscarmos no ontem, luz para o hoje, contradizendo as vozes adultas que nos dizem que precisamos ser adultos. Na energia e na simplicidade de suas mensagens, a Torre quer ser criança e nos chama para participar da brincadeira através das diversas formas que podemos lembrar da nossa infância. A nova canção brinca com o muno imaginário dos pega-pegas e esconde-escondes. Mundo de criança arteira que não quer saber a hora de parar. O novo trabalho, Pág.72, marcado para ser lançado em novembro, no festival No Ar Coquetel Molotov, é um experimento focado nas memórias e reflexões sobre o passado e propõe uma experimentação como condutor para novos ambientes, sendo uma experiência sensorial quase física, com texturas, lugares e cenários, criados pela mistura dos sons que brotam e tomam formas. Ouça TINTA: Serviço: TORRE PINTA

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Paço do Frevo celebra Dia do Frevo de Bloco

Criado em 1º de novembro de 2004 - quando se comemorou o centenário de nascimento do grande músico e compositor recifense Edgard Moraes -, o Dia do Frevo de Bloco será celebrado neste domingo (3). Em sua 16º edição, o encontro será integrado ao Arrastão do Frevo, programação regular do museu Paço do Frevo que promove o cortejo com agremiações nas ruas do Bairro do Recife. A concentração ocorre às 15h30, no Marco Zero, com saída às 16h em direção à Praça do Arsenal. Ao fim do percurso, o público será recebido com um show do Coral Edgard Moraes, anfitrião do encontro, em frente ao Paço. Desde 2004, a comunidade do frevo - representada por músicos, compositores, dançarinos, artesãos, foliões e membros de agremiações - se reúne anualmente para comemorar a data com um Encontro de Blocos Líricos. FINADOS Neste sábado (2), Dia de Finados, o Paço do Frevo não funcionará. Paço do Frevo - O espaço cultural é um local de incentivo à difusão, à pesquisa, e à formação de profissionais nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do frevo. O Paço é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Funcionamento Horários: Terça (entrada gratuita) a sexta, das 9h às 17h. Sábado e domingo, 14h às 18h (Última entrada até 30 minutos antes do encerramento das atividades do museu). Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife. Informações: 3355-9500 e http://www.pacodofrevo.org.br/programacao --

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Antes que Desapareça estreia no Centro Cultural Eufrásio Barbosa em Olinda

Neste final de semana o Teatro Fernando Santa Cruz dá continuidade a sua programação de reabertura com dois espetáculos que recortam as lembranças do período ditatorial. Na sexta-feira, (01), às 20h, tem a estreia Antes que Desapareça, espetáculo de dança do Grupo Experimental, dirigido por Monica Lira. No dia seguinte, (02), mesmo horário, será a vez de Retratos de Chumbo, com texto e encenação de Oséas Borba Neto, do Grupo de Teatro João Teimoso. O Teatro Fernando Santa Cruz funciona no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, porta de entrada do Sítio Histórico de Olinda. O espetáculo de Mônica Lira, Antes que Desapareça, foi criado especialmente para a ocasião, conta com a encenação de três bailarinos e “narra” histórias de maneira imersiva, levando o espectador a respirar fundo para sentir na própria pele cada ato encenado. A peça Retratos de Chumbo, de Oséas Borba Neto, é baseado na pesquisa de histórias de mulheres que lutaram, foram torturadas e mortas no período do regime militar. No palco são expostos de forma visceral os relatos de dores, medos, angústias, cicatrizes e revoltas pela insensatez de comandantes e comandados nos anos de chumbo. Ambos possuem a classificação indicativa de 18 anos. A entrada é gratuita, sujeita a lotação do espaço. Os espetáculos tem início às 20h, e os ingressos começam a ser distribuídos às 19h. A programação ainda tem continuidade nos dias 08 e 09 de novembro com a apresentação das peças pa(IDEIA) e pro(FÉ)ta, do coletivo grão comum. O Teatro Fernando Santa Cruz faz parte do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, equipamento localizado no Sítio Histórico Olinda, é gerido pela Diretoria de Promoção do Artesanato e da Economia Criativa; da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado. Reabertura – O Teatro Fernando Santa Cruz foi reaberto no último dia 22 de outubro. “Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça.” o espaço que leva o nome de Fernando Santo Cruz, um pernambucano símbolo da resistência contra a ditadura no nosso País, reforça a importância de que essa história não se repita celebrando os 40 anos da anistia. A iniciativa do Governo do Estado reforça a importância da cultura como ferramenta indispensável para o desenvolvimento econômico e social do estado. “A abertura desse espaço, dentro de um equipamento público, é uma forma de resistência e manutenção dessa cultura que é marca pernambucana; além de ser um espaço importante para a tradição artística de Olinda”, afirma Márcia Souto, diretora de Promoção do Artesanato e da Economia Criativa da AD Diper, gestora do equipamento. O equipamento conta com mais de 130 lugares, palco italiano, camarim e toda a estrutura básica para o recebimento de espetáculos voltados para as artes cênicas, dança, ópera, circo entre outros. CONVOCATÓRIA - A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper, por meio de sua Diretoria de Promoção do Artesanato e da Economia Criativa abriu a convocatória para a ocupação do Teatro Fernando Santa Cruz, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, para o período de dezembro de 2019 até janeiro de 2020. Fortalecendo a política pública de ocupação do equipamento cultural, que fica situado na entrada do sítio histórico de Olinda, espetáculos inéditos e não inéditos de circo, música, dança, ópera e artes cênicas do Estado poderão participar gratuitamente da concorrência para a utilização do espaço. Podem se inscrever grupos ou pessoas físicas que possuam atuação no meio artístico de, no mínimo, 6 meses. E que possuam todos os pré-requisitos solicitados no edital. Fomentação local - Considerando a importância de manter viva a cultura local, fica destinado o percentual mínimo de 20% da ocupação das pautas para espetáculos realizados por artistas, grupos, coletivos, companhias ou trupes com residência ou sede no município de Olinda. As inscrições devem ser realizadas até o dia 08 de novembro pelo e-mail teatrofernandosantacruz@addiper.pe.gov.br. O edital e ficha de inscrição estão disponíveis em linktr.ee/mercadoeufrasiobarbosa Programação Completa: 01 de novembro às 20h Antes que Desapareça - Grupo experimental – direção de Mônica Lira CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – 18 ANOS 02 de novembro às 20h Retratos de Chumbo - Grupo de Teatro João Teimoso CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – 18 ANOS 08 de novembro às 20h Pa(IDEIA) - Coletivo Grão Comum CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – LIVRE 09 de novembro às 20h Pro(FÉ)ta – Coletivo Grão Comum CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – 16 ANOS

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Mamam oferece oficina baseada em Paulo Freire e Anísio Teixeira

Ministrada pelo artista Traplev, a oficina “O Brasil sob a ótica da educação democrática de Anísio Teixeira e a alfabetização crítica de Paulo Freire” propõe uma sensibilização crítica do contexto histórico no Brasil, a partir do ponto de vista da educação democrática - implantada por Anísio Teixeira e continuada por Freire. As atividades ocorrem nos dias 4, 7 e 11 de novembro, das 18h30 às 21h30, no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) - equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. A ação é um desdobramento do projeto "Almofadas pedagógicas", de Traplev - ferramenta didática para re-alfabetização política e formação crítica. Durante os encontros, os participantes passarão pela história do país evidenciando fatos, personagens, movimentos e obras artísticas no campo da resistência e da luta social, trabalhando como essas referências podem e devem ser restauradas para contribuir na potencialização das ações no campo social e artístico. O curso é destinado a educadores e pessoas em geral, interessadas em processos artísticos e pedagógicos de resistência, contextualização histórica e cultural. As inscrições devem ser feitas, até o dia 1o de novembro, por meio da plataforma virtual Sympa e custam R$ 132. Traplev nasceu em Santa Catarina, mas mora e trabalha no Recife. Ele é mestre em Artes Visuais, formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Serviço Oficina “O Brasil sob a ótica da educação democrática de Anísio Teixeira e a alfabetização crítica de Paulo Freire” Data: 04/11, 07/11 e 11/11, das 18h30 – 21h30 Perfil do público: educadores e interessados em geral sobre processos artísticos e pedagógicos de resistência, contextualização histórica cultural e política do Brasil, e programas descoloniais de educação. Inscrições pelo Sympla https://www.sympla.com.br/o-brasil-sob-a-otica-da-educacao-democratica-de-anisio-teixeira-e-a-alfabetizacao-critica-de-paulo-f__665484

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A comida no 1º Congresso Afro-brasileiro, Recife, 1934

“(...) O afro-brasileiro que hoje se reúne, às 15 horas, com toda simplicidade, numa sala do Santa Izabel tal venha a ser o início de um movimento considerável de cultura e da acção social. A primeira tentativa seria de clarificação do ambiente brasileiro no sentido de separar o preto do escravo (como já queira Nabuco, que neste mesmo Santa Izabel fez a campanha da abolição) e de reconhecer no negro, assim rehabilitado, uma raça capaz e com contribuições já notáveis para o desenvolvimento nacional. Ao mesmo tempo que cheia de possibilidades e aptidões magnificas. Por muito tempo nos dominou, um arianismo-ridículo, ligado a preconceito de classe e de exploração econômica. (...) O afro-brasileiro representa reação necessária. O sangue negro no Brasil não deve ser vergonha para ninguém. Nem o sangue negro nem a influência africana, que alcança o todo brasileiro sincero o authentico como uma enorme ‘mancha mongólica’ que se tivesse alastrado a alma nacional”. (Jornal Diário de Pernambuco de 1934) Reunido no Teatro de Santa Izabel, de 11 a 16 de novembro de 1934, sob a organização de Gilberto Freyre, e tendo contado com a participação de notáveis da época como Cícero Dias, Di Cavalcanti, Mario de Andrade; e representantes de Maracatus, Xangôs, e outros segmentos populares e tradicionais, que buscavam diálogos e referências sobre as matrizes africanas, ocorreu o 1º Congresso Afro-brasileiro. E a perspectiva teórica que orientava este 1º Congresso encontrava-se num intervalo entre duas Grandes Guerras mundiais, e representava questões raciais, sociais, econômicas e culturais. Gilberto Freyre, já um culturalista notável, que acabara de publicar em 1933 “Casa-Grande & Senzala”, oferece um rico acervo de revelações e transgressões, à época, que privilegiava as relações multiétnicas. Gilberto também buscava uma igualdade de representações sobre as questões africanas e afrodescendentes, que já dominavam o seu interesse antropológico e humanista. Destaque para uma forte tendência de Gilberto Freyre para as questões da arte, e de uma valorização ainda em construção que se chamaria de patrimônio cultural. Estas questões uniam-se numa busca por um entendimento interrelacional para o respeito à alteridade do homem africano e do homem afro-brasileiro. Muito relevante, e conceitualmente orientador para o 1º Congresso Afro-brasileiro, foi a carta lida por Gilberto Freyre durante a abertura deste Congresso. “ O 1º Congresso Afro-brasileiro manifesta sua solidariedade a essas classes contra toda forma de opressão; louva a ação da Assistência Psicophatas em Pernambuco, reconhecendo nas seitas africanas de organização definida como cultos religiosos e resguardando-as das perseguições policiais; o 1º Congresso Afro-brasileiro protesta contra a atitude da Commissão de Censura Esthetica do Recife querendo fazer desta capital uma cidade de cores delicadas. O 1º Congresso Afro-brasileiro protesta contra toda espécie de descriminação contra negros ou mestiços, que ainda se verifique no Brasil. (...)”. Integrado a este amplo olhar de Gilberto Freyre para questões tão complexas e diversas da temática afro-brasileira, há um tema preferencial que é a comida nas suas múltiplas dimensões culinárias, técnicas e simbólicas. Assim, no dia 14 de novembro, na programação deste 1º Congresso, ocorreu um jantar afro-brasileiro que trazia o seguinte cardápio: acarajé; inhame com mel; farinha de mandioca; “beijo-de-mandioca”; e, cocada. Creio que o acarajé servido foi o frito no azeite de dendê, no formato convencional de uma colher de sopa, que é o que faz parte dos oferecimentos rituais dos Xangôs de Pernambuco. Outro ingrediente que fazia parte do jantar era o inhame, que até hoje, em muitas localidades do Recife e, em especial, nas feiras e mercados populares, é chamado de “inhame-da-costa”, uma referência que atesta a sua procedência africana. A farinha de mandioca, ingrediente tão popular na região, geralmente é servida como um acompanhamento ou no preparo de pirões ou farofas. Havia ainda dois preparos doces que era o “beijo-de-mandioca” e a cocada, como atestações da civilização do açúcar, dominante e fundamental na região.

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Ronaldo Fraga e a narrativa do vestir

Por Carolina Botelho* Mais do que estilista, o mineiro Ronaldo Fraga é um artista da roupa. Mergulhado na cultura brasileira, Ronaldo se inspira principalmente na literatura para criar suas coleções. O criador estará no Recife nesta sexta-feira, 1º de novembro, participando da 5ª Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), às 19h, na palestra Roupa para se ler: a literatura como inspiração nas coleções de Ronaldo Fraga. Ele que já criou coleções baseadas em livros de Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, não deixa de refletir também sobre a questão política, sempre fazendo uso de uma narrativa poética cotidiana. Tudo a ver com o tema da feira: Terra viva: compromisso de todos. Você vem ao Recife justamente nesse momento em que o litoral nordestino passa pela maior tragédia ambiental de sua história. Acha que esse fato triste será expresso de alguma forma em alguma coleção sua? Eu sempre construí as minhas narrativas de moda não olhando para o passado, reproduzindo o passado ou tentando adivinhar o futuro, mas falando de hoje, falando desse momento, falando desse agora. Porque eu acho fascinante essa história da moda como documento de um tempo, e o meu tempo é hoje. Então é impossível me desvencilhar do lugar da moda como manifesto de protesto, como manifesto político. E tem sido assim nas minhas últimas coleções. Falei de transfobia, falei na tragédia de Mariana, falei de Guerra e Paz na coleção passada, dos judeus e palestinos… Quatro ou cinco coleções com temas muito, muito pesados. E agora também não vai ser diferente, principalmente nesse momento que a gente vive em um país de tragédias diárias, onde a gente não tem fôlego, nem nos é dado fôlego. Mas eu acredito que a arte salva, a cultura é um instrumento poderosíssimo. Não à toa, seguindo o exemplo dos regimes ditatoriais, o governo brasileiro nesse momento tem trabalhado com afinco na demonização da cultura. Mas nós não podemos deixar que isso aconteça. Você sempre lançou coleções inspiradas em literatura. Daí seus desfiles tão poéticos, que mostram a beleza e a tristeza do mundo real, assim como os grandes livros. Qual a relação entre moda e literatura no sentido da criação e da expressão de um sentimento? Por que você acha que a moda ainda é uma linguagem cercada de preconceitos e vista como superficial e apelativa ao consumo? Por mais que exista preconceito na moda...Aliás nem sei se é preconceito porque a moda é um vetor muito diverso, de muitas face: ela é econômica, ela é histórica, ela é política, ela é manifesto, ela é cultural. Então você verá a moda sendo falada de formas diferentes. Agora o lugar do vetor que eu enveredei pela moda, que eu construí minha carreira, foi a moda como vetor cultural. Esse é o que me interessa. E desde o início essa história da literatura, onde a sua imaginação vai pela palavra, e aí a cor quem vai dar é você, a forma quem vai dar é você. Eu acho isso fascinante. E essa associação da moda com poesia é o que faço desde a minha primeira coleção. Há coleções em que a literatura está ali exposta de forma explícita; outras de forma implícita. Mas eu acho que moda é leitura; moda é escrita. Como fazer para que, assim como livros, roupas não sejam apenas vestidas, mas também 'lidas'? O desejo de um tempo é a escrita desse tempo. O desejo que as pessoas têm do que colocar no corpo, do que vestir, é muito reflexo desse desejo, e desejo é escrita; desejo é marca. Isso é independente da roupa, do que que você comprar, se é tendência ou não. Ali há uma escrita. Se as pessoas pensassem nisso levariam mais a sério porque além da construção do personagem diário a roupa é essa marca; é essa fala. Você já veio a Pernambuco para trabalhar com bordadeiras e costureiras. É conhecido por valorizar essas técnicas tradicionais. Algo semelhante ao ato de ler um livro, hábito que infelizmente no Brasil é pouco praticado. Como enxerga o futuro do livro e da literatura no Brasil? Você prefere o livro digital ou impresso? Eu até tenho tablet, mas eu ainda gosto do livro físico, de marcar, escrever, do envelhecer da página do livro. Então acho que nunca vai se acabar mas vai se tornando cada vez mais um luxo. Adoro ter biblioteca em casa. Adoro casas com biblioteca, o que é cada vez mais raro, e ficou triste assim. Leio três livros ao mesmo tempo. Trago isso desde a infância. Dói ver meus filhos lendo cada vez menos. Eu lia muito mais que eles. Mas eu não canso de falar. Então diminuiu sim mas nunca vai acabar. Li uma entrevista sua dizendo que em escolas primárias públicas alunos estudam suas coleções para aprender literatura. Acha que o atual modelo de ensino afasta o estudante do prazer de ler? A história da educação do Brasil vive um momento tão árido como a história do sereno na caatinga, que quando cai floresce, e todas as vezes que me convidam, sempre priorizo escola pública, fazem muita exposição e muita pesquisa sobre o meu trabalho. Lembro que uma vez estava dando uma palestra para 800 estudantes jovens. E um levantou a mão e disse que só leu Guimarães Rosa e Drummond por ter visto um desfile seu sobre eles no São Paulo Fashion Week. Então uma forma de a leitura chegar aos jovens é por aquilo que eles amam, e a moda é um desses vetores. Então acho que nesse lugar a moda pode ser muito mais, e é, do que a roupa nova da estação. Sua moda é um ato político, como a coleção sobre Marielle Franco, ou na Quem matou Zuzu Angel. O que esperar de um Brasil que tem censurado a arte? Um país onde o conservadorismo está 'na moda'? Como fazer da moda um ato político mesmo não sendo um criador? Tem uma ditadura velada que está se instalando no País e isso é muito sério.

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Shopping Guararapes traz o Natal Mágico do Castelo Rá-tim-bum

Com intuito de despertar o espírito natalino nos adultos e aflorar ainda mais a magia do Natal nas crianças, o Shopping Guararapes escolheu como tema para as festividades de fim de Ano de 2019, o “Natal Mágico do Castelo Rá-Tim-Bum”. Inspirado no seriado Castelo Rá-Tim-Bum, sucesso até hoje em todas as faixas etárias, a decoração é focada nos personagens do Castelo e na inspiração da data. Além da ambientação em todo o shopping, os clientes e toda a família poderão se envolver nessa atmosfera festiva participando também do Parque Mágico do Natal, um espaço de diversões natalino para todas as idades e cheio de atrações. O Natal do Castelo Rá-Tim-Bum A decoração “O Natal do Castelo Rá-Tim-Bum” será inaugurada no próximo dia 31 de outubro e é assinada pela C+E, com decoração externa assinada pela empresa francesa Blachere. Trazendo muito colorido para o mall, os mais de 300 m² da Praça de Eventos serão invadidos por Nino, Tia Morgana, Tio Victor e toda a turma do Castelo Rá-Tim-Bum, levando os clientes a interagirem com o espaço. Passear por dentro do castelo, se divertir no playground e no painel interativo montado dentro da atração, além de conferir episódios do seriado e o acervo original da TV Cultura, com fantoches, maquete do Castelo e figurinos utilizados durante os 90 capítulos da série, de graça. Além disso, uma das apostas que o Guararapes fez para divertir e motivar as famílias é um simulador que utiliza a realidade virtual, para proporcionar a experiência de um passeio no trenó do Papai Noel, com os valores de: uma pessoa R$ 10,00, duas pessoas R$ 18,00 e o Combo família (4 pessoas) R$ 35,00. O Natal Mágico do Castelo Rá-Tim-Bum será inaugurado no dia 31 de outubro. Neste dia, haverá também a chegada do Papai Noel às 18h, com uma apresentação especial na Praça de Eventos envolvendo os personagens do castelo e a presença de Nino (o ator Cássio Scapin). Parque Mágico do Natal Repetindo o sucesso do ano passado, o Shopping promoverá o Parque Mágico do Natal, um espaço de diversões voltado para toda família, que este ano ganha novas atrações. “Realizamos uma pesquisa e percebemos que há uma busca contínua por eventos com interação e que reúna toda a família. Foi isso que proporcionamos no Natal do ano passado, o qual obtivemos sucesso entre os clientes e visitantes. Este ano, estamos trazendo novamente, inspirados pelo resultado de 2018. Nossa expectativa é receber apenas no Parque durante todo o período 20 mil pessoas, entre crianças e adultos”, pontua a gerente de marketing, Dora Linhares. O parque será construído ao ar livre numa área de mais de 3 mil metros quadrados. Com muitos elementos cenográficos alusivos ao Natal, o cliente encontrará neste espaço atividades como eurobungy, Receita Secreta do Noel (bola na água), corrida de duendes (pista de autorama), A Fábrica Mágica do Noel (playground temático), tirolesa, oficina de slime, cama elástica, personalização de presentes e Viagem Mágica (trenzinho do Papai Noel). Os valores dos ingressos variam entre R$ 5 (Cama elástica, Corrida dos duendes, Viagem Mágica, Personalização de Presentes), R$ 10 (Tirolesa, Eurobungy, Receita Secreta do Noel e Fábrica Mágica do Noel) e R$ 20 (Oficina de slime). Há ainda combos promocionais: 3 brinquedos por R$ 25,00 e 4 brinquedos por R$ 30,00 - válido para brinquedos de R$ 10,00; Oficina de Slime + 2 brinquedos de R$ 10 por R$ 35,00; Passaporte por R$ 45,00, com direito a brincar uma vez em cada atração do parque, com exceção da Oficina de Slime). Para tornar a ida ao parque ainda mais divertida e com mais comodidade, o Shopping disponibilizará o Expresso do Natal (um trenzinho natalino exclusivo), que levará os visitantes da portaria da Praça de Eventos até a entrada do Parque. O parque inaugura no dia 14 de novembro e funcionará das 16h às 22h. Tecnologia Especialmente para o período, o Shopping lançará um site exclusivo (www.natalnoguara.com.br), disponível a partir do dia 31/10, com informações sobre o Castelo Rá-Tim-Bum, quiz sobre o seriado e muitas outras atividades, como dicas de presentes, informações sobre as atrações do mall no período e sobre o horário de funcionamento. A proposta é levar ainda mais diversão para o visitante, mesmo que ele ainda não esteja fisicamente no shopping. Dessa forma, quem acessar o site poderá baixar figurinhas do WhatsApp na temática do Castelo Rá-Tim-Bum para trocar com os amigos. Apostando na tecnologia, o mall irá espalhar pela decoração e pelo mall QR Codes, que levarão os clientes até materiais de diversão, como jogos de perguntas e respostas, e informações sobre o shopping.

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Gabinete Português de Leitura de Pernambuco completa 169 anos

O Gabinete Português de Leitura de Pernambuco (GPL-PE) completa 169 anos de fundação, no dia 03 de novembro. Para celebrar a data, será realizada uma cerimônia comemorativa para convidados, na noite da segunda-feira 04 de novembro, a partir das 19h30. O evento acontece no salão nobre da sede da instituição, que está localizada na Rua do Imperador Dom Pedro II, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. Como novidade do GPL-PE está marcado para este mês de novembro, o início da restauração dos prédios anexos ao edifício sede do Gabinete (voltados para a Rua Diário de Pernambuco), que contemplará também a construção de um Edifício Garagem. O objetivo é dar mais conforto aos visitantes e ao mesmo tempo gerar renda para o GPL-PE. Serão oferecidas 60 vagas de estacionamento e mais 10 salas interligadas ao edifício sede. “As fachadas desses prédios serão restauradas conservando sua originalidade. Dessa forma, vamos concluir o projeto de restauração dos prédios históricos do quarteirão da Rua do Imperador Dom Pedro II”, ressalta o presidente do GPL-PE, Celso Stamford Gaspar. O último prédio restaurado está ao lado do Gabinete, o antigo Hotel Recife, datado do século XX, que desde março de 2018 é a Escola de Saúde do Hospital Português. A previsão de inauguração do Edifício Garagem é novembro de 2020, quando o GPL-PE completará 170 anos de história. O projeto de restauração e adequação leva a assinatura do arquiteto Bruno Uchoa. Durante a solenidade comemorativa aos 169 anos do GPL-PE, o empresário Zeferino Ferreira da Costa será homenageado com o Colar do Mérito Luís Vaz de Camões, por sua relação com a comunidade lusa no Recife e com o Gabinete. Receberão ainda a Medalha de Mérito Luiz Vaz de Camões os professores e escritores José Rodrigues Paiva e Alfredo Antunes e mais o arquiteto Bruno Uchoa. A cerimônia conta ainda com a inauguração da exposição coletiva “Caminhos da Pintura em Pernambuco”, dos artistas Fernando Areias, Vera Sato, Gilvan Júnior e Sandra Paro. A mostra, organizada pela diretoria cultural do GPL-PE, terá parte da renda revertida para a instituição. São 27 quadros, entre pinturas de óleo sobre tela, acrílica sobre tela, litogravura e mosaico de pastilhas de vidro. A exposição ficará em cartaz até o dia 20 de novembro. O encerramento da solenidade será marcado pela apresentação musical do maestro Lúcio Azevedo, acompanhado da cantora Kátia Guedes, seguido de um coquetel, assinado pelo Buffet La Cuisine. O Gabinete - Em 1850, havia um grande número de portugueses residentes em Pernambuco. Estes, por sua vez, não possuíam um local adequado onde pudessem se reunir para cultuar sua pátria e comemorar datas importantes para o seu país. Procurando uma solução, o Comendador Miguel José Alves, na época, Chanceler do consulado de Portugal no estado, foi o primeiro a pensar na possibilidade de fundar o Gabinete Português de Leitura em Pernambuco. Porém, se ao Comendador cabe o mérito da elaboração da ideia, coube ao cirurgião e jornalista João Vicente Martins a honra de fundar, em 3 de novembro de 1850, constituir a primeira diretoria, reunir os primeiros associados e viabilizar a instalação, em 15 de agosto de 1851, do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, em seu primeiro endereço, na Rua da Cadeia Velha, atual Avenida Marquês de Olinda, no Bairro do Recife. Desde 1921, instalado em sede própria, no coração do Recife, o edifício de três andares, que começou a ser construído no início de 1909, oferece aos pernambucanos e à comunidade portuguesa intensas experiências de troca de conhecimento e de cultura, além de estreitar os laços de amizade entre Portugal e Brasil. O Gabinete Português de Leitura de Pernambuco promove a realização de solenidades, comemorações, seminários, conferências, exposição de livros, fotografias, pinturas, cursos e projeções cinematográficas portuguesas. Sua biblioteca possui um acervo superior a 80 mil volumes. Toda a bibliografia está permanentemente à disposição do público, em sua maioria estudantes brasileiros. Inúmeras pessoas frequentam o Gabinete diariamente para pesquisar e estudar todas as obras que desejam, sendo este serviço oferecido gratuitamente. O espaço dispõe, ainda, de uma sala de estudos aberta ao público com capacidade para cerca de 50 pessoas. Climatizada e com internet wifi liberada, a biblioteca conta ainda com as edições diárias de jornais de Pernambuco e Portugal. Serviço: Cerimônia Comemorativa aos 169 anos do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco Gabinete Português de Leitura Rua Imperador Dom Pedro II, 290 - Santo Antônio, Recife Segunda-feira (04/11), a partir das 19h30 Evento exclusivo para convidados

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Domingo: Espiral das Artes estreia e promete movimentar a cena cultural recifense

Imagine um grande caldeirão cultural a unir várias linguagens artísticas no mesmo dia e no mesmo local: essa é a proposta do mais novo evento cultural da cidade, o Espiral das Artes. Produzido pela Cultura Iminente em parceria com o Complexo GreenPark, o evento trará, a cada edição, uma vasta programação que contempla música, poesia, gastronomia, dança, teatro, circo, entre outras linguagens. Também, contará com uma Feira Artesanal, intervenções artísticas, atividades para crianças, brechós, um Núcleo de Terapias Integradas (NTI) e o espaço Ciência no Quintal. Espiral das Artes estreia neste domingo (3), a partir das 9h, no Complexo GreenPark, que fica na Rua Guarabira, 639 (próximo ao Shopping Recife). O evento é aberto ao público no período da manhã. A partir das 13h, será cobrado o ingresso solidário que consiste no pagamento de meia entrada (R$10) + 1 kg de alimento não perecível. As doações serão entregues a uma instituição parceira que promove projetos sociais. A programação vai até as 21h. “Nós da Cultura Iminente possuímos como norteador do nosso trabalho a visibilidade da cultura local. Ao firmarmos parceria com um espaço tão grande e tão bem localizado como o GreenPark, vimos uma grande oportunidade de oferecer, ao público da Região Metropolitana do Recife, um dia inteiro de lazer e arte”, explica Rodrigo Silva, presidente da Cultura Iminente e um dos produtores do evento. O Espiral das Artes conta com uma equipe multiprofissional de, aproximadamente, 100 pessoas, entre artistas, recreadores, professores, oficineiros e seguranças. Algumas atividades são gratuitas. Em outras, os valores variam de acordo com cada profissional. Confira os detalhes da programação: Polo Gastronômico = serão diversas opções de petiscos e hambúrgueres. Também, uma cervejaria. A Cantina Vegetariana traz, ainda, a sua diversidade de receitas. Feira Típica = 30 artesãos da região estarão expondo e vendendo o seu trabalho. Núcleo de Terapias Integradas (NTI) = especialistas em Shiatsu, Massoterapia, Ayurveda, Auriculoterapia e Do-in ocuparão o espaço zen do evento. Tenda Espiral das Artes = a tenda temática do evento trará uma atração por edição. A primeira conta com a participação do Orientador espiritual e Zelador de Orixá João Paulo de Xangô. Ele jogará búzios para o público. João Paulo tem a missão de orientar em favor do bem-estar, do equilíbrio da vida financeira, profissional, sentimental, familiar, espiritual e na saúde. O jogo de búzios será o responsável pela comunicação com o sagrado a fim de saber quais questões energéticas estão em desequilíbrio e quais soluções serão adotadas. Espaço Ciência no Quintal = a engenheira agrônoma, mestre em Entomologia Agrícola e doutora em Fitotecnia Roberta Leme fará uma demonstração sobre composteira doméstica. Gratuito. Oficina de artesanato = a artesã tia Bel Mimos ensina a fazer decorações artísticas reaproveitando latas. A oficina é gratuita. Oficina de bonecos = a psicóloga e arteterapeuta Fátima Caio ensina a confeccionar bonecos com material reaproveitável. A oficina é gratuita. Exposição de Fotografias = o consagrado fotógrafo Xirumba Amorim traz toda a poesia e o seu olhar característico sobre Nordeste e sua cultura já retratados em suas lentes. Gratuito. Intervenção artística = quando menos o público esperar, o ator-manipulador Fábio Caio entrará em cena por entre os corredores e espaços do evento com seu boneco, provocando reações. Gratuito. Contação de Histórias = o espaço infantil de incentivo à leitura do evento conta com a presença de Vinícius Viramundos: músico, violeiro, contador de histórias, co-fundador da Biblioteca Multicultural Nascedouro, integrante do CIA Palavras Andarilhas (Lenice Gomes e Clenira Melo), que promove a Noite de Histórias há 8 anos no Teatro Joaquim Cardozo, e autor de Quando o Rato Roeu a Roupa do Rei de Roma, O Trem Ascenso, Pedro Pereira Pinto, Toca o Ramungango e A Lenda do Rio Abaixo, Rio Acima, todos pela Editora Prazer de Ler, além de uma edição própria com Zé e a Caveira. A atividade é gratuita. Recreação = criança gosta mesmo é de correr! O Espiral das Artes está montando uma área especial, no período da tarde, com diversas brincadeiras intermediadas por profissionais da área. A criançada vai poder aproveitar camas elásticas, escorrega, piscina de bolinhas, algodão doce e pipoca! DJ = Caio Zé, mais conhecido como DJ Pré, vem com uma seleção musical especial para o evento, fazendo a ambientação do público com a programação. No seu projeto #Disconaagulha, o artista pretende criar um diálogo entre os clássicos do vinil e o que a música brasileira tem criado de mais recente: sempre trabalhando com o fino da MPB. Durante uma temporada acompanhou a banda Forró na Caixa com um repertório variado de forró, além de diversas experiências nas principais casas noturnas do Recife. Gratuito. Baú Solidário = o evento conta com uma campanha para arrecadar brinquedos durante todo o mês de novembro. Essa ação fará parte do Espiral Solidário que estará convidando a participar do evento, a cada mês, uma instituição ou grupo que desenvolva projetos sociais. Fará parte, ainda, dessa iniciativa o Ingresso Solidário, onde o público pagará meia entrada + 1 kg de alimento não perecível, e será entregue à instituição/grupo parceira do mês. Palco Espiral = a partir das 16h, o Espiral das Artes dará início a outras atrações. Nesta edição de estreia, o Sarau de Poesia e Cordel, coordenado por Lenemar Santos, abrirá a programação com declamações de poetas e poetisas da Região Metropolitana do Recife. Em seguida, a Banda Triinca dará sequência às atrações. Segundo integrantes, a banda “dá forma de canção aos amores líquidos em seu repertório dançante, entre levadinhas marotas de guitarra, pulsações rítmicas eletrônicas, sintetizadores e barulhinhos de videogame - uma mistura de letras irreverentes com o synthpop dos anos 1980, ritmos e estéticas brasileiras, do brega ao tropicalismo. Composta por Joanna D’arc Cintra (Vocais), Alcides Vespasiano (Guitarra) e Rogério Lins (Sintetizadores, Baixo e Percussões Eletrônicas). O primeiro álbum, Triinca, lançado em abril de 2017, teve todo processo de composição e pré-produção feito através de aplicativos de mensagens e redes sociais. Em novembro do mesmo ano, foi lançado, em parceria com a produtora Recife Filmes, o videoclipe para a faixa

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Festival Canavial Artes Cênicas leva oficina, teatro, contação de histórias e exposição para Goiana

A 13ª edição do Festival Canavial, batizado, este ano, de Festival Canavial Artes Cênicas, vai encher o município de Goiana, na Região Metropolitana do Recife, de muita programação. O evento, programado para acontecer de 04 a 10 de novembro, conta com uma grade de atividades diversificada, que reúne exposição, teatro, dança, oficina, teatro de bonecos e contação de histórias. Tradicional no calendário cultural pernambucano, o festival vai acontecer no Cine-Teatro Polytheama, Zona Rural e em dez escolas públicas municipais.Durante uma semana, moradores da cidade e da região vão poder aproveitar bastante, já que o evento promoverá atividades nos turnos da manhã, tarde e noite, gratuitamente. “A Zona da Mata Norte há muito tempo necessita de um festival para mostrar sua produção teatral no campo da cênica convencional, contemporânea e/ou popular. Somos a região dos grupos de Cavalo Marinho. As ideias de Alexandre Veloso, que faz parte do Movimento Canavial, juntamente com Felipe Andrade e Cleiton Santiago, que é um batalhador do teatro pernambucano, se alinharam perfeitamente com os anseios do Movimento Canavial” ressalta Afonso Oliveira, idealizador e coordenador do Movimento Canavial. Com uma abrangente proposta, o Festival Canavial Artes Cênicas 2019, propõe, nesta edição, atuar na formação de novas plateias, de modo que, crianças de escolas públicas, tenham oportunidade de estarem em contato com as artes, por meios das oficinas de teatro e dança. Na ocasião, o público vai poder prestigiar apresentações culturais voltado às Artes Cênicas de várias cidades pernambucanas, como Gravatá, Recife, Aliança, Condado, Vitória de Santo Antão, Itambé e Limoeiro e também de João Pessoa - Paraíba. O artista e mamulengueiro Chico Simões, de Brasília (DF), também será uma das atrações convidadas do festival. A estimativa do evento é reunir cerca de cem pessoas, entre artistas, profissionais, produtores e acadêmicos ligados às artes cênicas. O Festival Canavial Artes Cênicas é uma realização da Afonso Oliveira produções Culturais e os produtores culturais Alexandre Veloso, Cleiton Santiago e Felipe Andrade. A iniciativa faz parte do Movimento Canavial, que produtores culturais, agremiações, empresas, associações, Mestres, Mestras e Artistas de diversas linguagens, formando uma extensa rede, em prol da valorização da cultura que se estende da mata ao sertão pernambucano. O projeto conta com o patrocínio da Prefeitura de Goiana. Espetáculos Recheada de uma programação eclética e diversificada, o festival conta com trabalhos premiados e inéditos, produzidos por artistas de reconhecida consagração de público do estado, e de outras regiões do País, que vão ocupar o palco do Cine-TeatroPolytheama, avenida Nunes Machado, Centro. Lá, o público vai poder se divertir com peças de vários gêneros, como comédia, contos, drama, histórias da carochinha e marionetes. Entre os espetáculos e grupos locais que integram a grade desta 13ª edição estão: Como salvar um casamento (Limoeiro); A feira de Gonzaga (Itambé); O menino que virou história (Vitória de Santo Antão); Para sempre Teresina (Gravatá); Show Opinião de Novo (João Pessoa); O peru do cão coxo (Limoeiro). Além desses, também se apresentam o espetáculo de dança “Ebulição” da bailarina Valéria Vicente; cavalo marinho Mestre Batista (Aliança), Cavalo marinho Estrela do amanhã (Condado) e o mamulengo Presepada, do Chico Simões (DF). Com capacidade para receber cerca de duzentos espectadores, o Cine-TeatroPolytheama, que fica na Av. Marechal Deodoro da Fonseca, Centro, será palco das atividades de formação artística. As oficinas têm como público-alvo crianças de 7 a 10 anos, de escolas públicas municipais. No local, os estudantes serão convocados a terem uma experiência, por meio de atividades lúdica e sensorial pedagógicas, com o universo do teatro, da cultura popular e da vivência dentro de um teatro. As oficinas, oferecidas gratuitamente, acontecerão nos turnos da manhã. Já a etapa das apresentações acontecerá nas escolas no período da tarde, invadindo o ambiente escolar com muita arte. Cerca de 350 alunos serão impactados com a iniciativa. Homenageado Nesta edição, o Festival Canavial Artes Cênicas, homenageia o artista plástico e ceramista, Zé do Carmo, natural de Goiana, que faleceu aos 85 anos de idade, em abril deste ano. Patrimônio Vivo de Pernambuco, Zé do Carmo, se destacou pelas peças em barro que representavam personagens do imaginário nordestino. Além disso, ocupou lugar de destaque como dramaturgo e diretor teatral, escrevendo vários trabalhos. Destaque para criação do "Auto de Natal do Vovô Natalino", que criticava a tradição do Papai Noel boreal - estranha ao nosso cotidiano. Publicação que chamou a atenção do sociólogo Gilberto Freyre, em um artigo publicado em artigo no Jornal Diário de Pernambuco, intitulado "Meu Caro do Carmo", em 1983. Exposição Além das atividades de formação, o Cine-Teatro Polytheama, também será ocupado pela exposição “O mundo cênico de Zé do Carmo”- homenageado do festival. A mostra, aberta ao público em geral, retrata uma das importantes obra do artista. Nela, o público vai poder conferir um pouco da história e vida de Zé do Carmo, natural de Goiana, que levou a vida como ícone da dramaturgia e diretor teatral, atuando sempre com a excelência artística. Além do Auto de Natal do Vovô Natalino, a exposição também mostrará a influência teatral de Zé do Carmo nos dias atuais. Serão apresentados os registros do grupo teatral Deu Babau, da cidade de Goiana, que remontou o Auto de Natal do Vovô Natalino e produziu o espetáculo "O Anjo Cangaceiro", em homenagem ao artista, que criou peças de barro, escreveu peça de teatro, pintou quadros com anjos populares e inspirou gerações. Roda de Conversa A roda de conversa será o momento de maior reflexão sobre a importância da manutenção das Artes Cênicas no interior de Pernambuco. Atores, diretores, produtores e artistas serão convidados para a roda. Afonso Oliveira será o coordenador da conversa, que acontecerá no sábado, 09 de novembro, no Cine-Teatro Polythema. Sinopse sobre os espetáculos: Como Salvar um Casamento - A peça é uma deliciosa comédia que mostra de forma muito descontraída, inteligente e bem humorada, as diversas situações sobre o relacionamento amoroso, com histórias que se entrelaçam e são independentes. A mostra tem texto do mineiro, Bruno Motta e de Daniel Alves e a direção do Vitoriense Cleiton Santiago. Premiada na

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