Arquivos Cultura - Página 66 De 72 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Nimbo e o deslumbre da melancolia

Nimbo é o projeto dos músicos e compositores recifenses Daniel Vasconcelos, Ricardo Chacon e Thiago Régis, que lançam seu primeiro EP homônimo, Nimbo, assinado pelo produtor Leo D. As músicas viajam por diversas culturas e etnias e contam com a participação de artistas como Isadora Melo (PE), Zé Manoel (PE), Srishti Biyani (Índia), Saifeddine Helal (Tunísia) e Inna Dudukina (Rússia). Nimbo quer dizer nuvem - cinza e serena, melancólica e aconchegante. Esse é o tom que permeia o primeiro EP do grupo: a chuva num dia de carnaval, a beleza encrustada no meio da rotina; a nostalgia do antigo, a admiração pelo novo, e a vontade de fugir do óbvio. Para Chacon, mais que uma banda, a Nimbo é “um coletivo, uma verdadeira nuvem de ideias ligadas à arte, onde o carro chefe é a música”. Além das canções, outros gêneros estão envolvidos: “artes plásticas, fotografia, animação e cinema fazem parte do projeto, que conta uma história dentro de uma sequência de vida e sentimentos”, acrescenta Daniel. A Nimbo se revela usando o rock pop e o indie como alicerces de uma nova vertente da mpb. A sonoridade também mistura batidas de bossa nova, baião e eletrônico. “Somos contadores de histórias do nosso tempo, pra quem gosta de música. Penso que não podemos nos limitar a um rótulo”, esclarecem. As composições do EP são de autoria de Ricardo Chacon e Daniel Vasconcelos e estão disponíveis em todas as plataformas digitais. “Desde o começo houve essa sinergia, uma ligação forte entre nossas composições. Inicialmente cada um trouxe suas próprias canções para o projeto, mas com o passar do tempo passamos a compor juntos letras, melodias e arranjos.”, explica Chacon. A formação para show da banda varia.  “Num momento, com projeto mais intimista, somos apenas os três no palco soltando vários samples durante o show. Já numa segunda formação, temos a banda com baixo e bateria para fazer um som mais denso.”, esclarece Thiago Régis. As canções do projeto vêm sendo lançadas individualmente e acompanhadas por videoclipes, que culminaram no EP Nimbo. A ideia é rodar o trabalho pelo Brasil, expandindo o alcance de um som despretensioso e cheio de sentimentos. “Nessa jornada, a música reflete, a cada momento e com doçura, onde vamos estar. Não interessa aonde chegaremos: morrer é esquecer de ver a paisagem. E o gosto do açúcar.   NIMBO ( Para ouvir -->  fanlink.to/Nimbo ) Produzido por Nimbo e Leo D Mixagem e masterização: Leo D Arte: William Paiva   Último Segundo (Daniel Vasconcelos/Carlos Cajueiro) Daniel Vasconcelos: voz, guitarra, violão, baixo, sintetizadores, loops Ricardo Chacon: backing vocals. Inna Dukina: vocalises, duduk Leo D: programação   Eu Não Superei (Ricardo Chacon) Ricardo Chacon: voz, caixa Daniel Vasconcelos: guitarra, baixo, rhodes Leo D: rhodes, programação   O Gosto do Açúcar (Daniel Vasconcelos/Carlos Cajueiro) Daniel Vasconcelos: voz, guitarras, baixo, loops, caixa Ricardo Chacon: backing vocals Leo D: programação   Todos os Dias (Daniel Vasconcelos/Ricardo Chacon) Daniel Vasconcelos: voz, violão, guitarra Ricardo Chacon: voz, triângulo Isadora Melo: voz Zé Manoel: voz, piano Leo D: programação

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116º Peça a Peça do IRB faz análise sobre o significado de manifestações

Aporta no Instituto Ricardo Brennand neste sábado (21), a partir das 13h, o 116º Peça a Peça, que traz uma análise sobre o significado das manifestações. Se elas são vistas como uma perturbação da ordem pública ou como expressão legítima de uma opinião coletiva. Nesta edição serão trabalhadas as obras Barricada de Noite de Philippe Gras, o Manifesto dos Cidadãos de Pernambuco, que compões a Exposição de Fran Post e o Brasil Holandês e o os Camponeses de Papel Machê, do México. Na programação deste Peça a Peça terá também a ação performática “Manifestem-se” com o grafiteiro Dogão e uma palestra com o historiador João Victor Braga de Souza, que vai abordar os movimentos sociais no Recife. O Peça a Peça é um programa mensal que busca debater obras do acervo do Instituto Ricardo Brennand. Esta atividade está inclusa no valor do ingresso que custa R$ 30 inteira e R$ 15 meia entrada.   Serviço Peça a Peça – 116ª Edição Quando: 21 de Julho (sábado) Local – Instituto Ricardo Brennand - Alameda Antônio Brennand – Várzea. Horário: a partir das 13h Entrada: R$ 30,00 (Inteiro). R$ 15,00 (Meia) (Pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos mediante documentação comprobatória). Informações: (81) 2121.0352/ 0365

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Bruno Vilela celebra 20 anos de carreira com a exposição Hermes na Amparo 60

No próximo dia 26 de julho, às 19h, o artista Bruno Vilela inaugura a exposição Hermes, na Galeria Amparo 60. A mostra marca tanto os 20 anos de carreira do artista, que está há quatro sem expor no Recife, quanto os 20 anos da galeria, fundada em 1998, cuja primeira sede foi a casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpentes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título a obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com os deuses. A última obra da exposição é um altar numa mesquita. Um grande desenho de 200x150 cm feito de carvão e tinta acrílica. Uma escada de madeira entalhada leva a um altar. Dentro dele uma luz brilha. É O Profeta. O espírito do grande mestre presente. As diversas influências de liturgias, iconografias, mitos e deuses presentes nessa exposição, de católicos a muçulmanos têm como objetivo mostrar como o pensamento hermético formou todas as religiões e o misticismo do mundo.   Serviço

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Jardim do Museu Murillo La Greca recebe intervenção verde Muda Tudo neste sábado

O sábado (14) será verde no Museu Murillo La Greca. O jardim do equipamento receberá, das 9h às 12h, a intervenção Muda Tudo, para plantar nas cabeças e corações recifenses ideias e práticas ecológicas. Na ocasião, a horta do museu ganhará mudas de árvores frutíferas, além de plantas comestíveis e de uso medicinal, tudo orgânico. Durante o evento, haverá ainda troca de sementes ou mudas de ervas medicinais e de outras plantas, roda de conversa, lanche e música. A ideia, é dos artistas Asia Komariva e Leonardo Siqueira. O mutirão ecológico, idealizado pelos artistas Asia Komariva e Leonardo Siqueira, receberá como convidada a enfermeira Elisabete Santana, especialista em Saúde da Família. Ela trabalha a saúde coletiva e o cuidado, a partir de conhecimentos populares e de ervas medicinais e vai poder compartilhar as suas experiências com o grupo. Qualquer pessoa de qualquer idade pode participar da intervenção e, quem puder, deve levar ferramentas para usar durante o trabalho no jardim, canga, mudas e sementes. O Muda Tudo é fruto do Práticas Desviantes, evento bimestral que promove ocupações artísticas no jardim do La Greca. E embrião de práticas transformadoras. Serviço Muda Tudo Data: Sábado (14), das 9h às 12h Local: Museu Murillo La Greca, na Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim Mais informações: educativommlg@gmail.com ou (81) 3355-3128/29

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Festival Nacional de Frevo chega à sua grande final

O Festival Nacional do Frevo chega ao fim nesta sexta-feira (13). O concurso musical é realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com objetivo de assegurar renovação e fôlego ao gênero musical que é um dos principais pilares da cultura pernambucana. A grande celebração à cultura pernambucana e a um de seus maiores símbolos começa às 19h, no Teatro de Santa Isabel. O evento será gratuito e aberto ao público. Para retirar o ingresso na bilheteria do teatro e entrar na torcida, basta chegar uma hora antes do início da apresentação. Os candidatos irão se apresentar acompanhados de coral feminino e da orquestra regida pelo consagrado maestro Edson Rodrigues, com exceção dos finalistas da categoria Frevo Livre Instrumental - Autoral, que se apresentarão com formação e músicos próprios, conforme previsto em edital. Entre as exibições de uma categoria e outra, a plateia será premiada também com a execução de frevos clássicos, que já ganharam as ruas e os corações recifenses há décadas. Ao final das apresentações dos candidatos, antes do anúncio do resultado final, tem mais atração: o Balé Popular do Recife fará uma breve apresentação de frevo, celebrando também o frevo dança, derivado dos golpes da capoeira, mistura de luta e alegria.   Votação Quem não puder comparecer, não vai perder nem um detalhe do evento. A final terá transmissão em tempo real no perfil da Prefeitura do Recife no Facebook, para ninguém ficar de fora. Além de torcer, o público pode participar da seleção dos vencedores. Antes e até durante a final, internautas de todo o país poderão conhecer cada uma das 12 músicas finalistas e votar nas suas preferidas. Tudo isso no site do concurso: http://festivalnacionaldofrevo.recife.pe.gov.br. O voto popular irá compor a pontuação final de cada candidato. Finalistas Revelando uma heterogênea, mas fiel amostra da produção de frevo pernambucana atual, o Festival Nacional do Frevo, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, atraiu desde renomados compositores, como o maestro Duda, até talentos ainda desconhecidos, a maioria jovens músicos, com muito a contribuir para a cultura pernambucana. Ao todo, foram contabilizadas 274 inscrições. As categorias que tiveram mais inscritos foram Frevo Canção, com 121 músicas, e Frevo de Rua, com 66. Na noite desta sexta-feira, irão se apresentar 12 finalistas de quatro categorias: Frevo de Bloco, Frevo de Rua, Frevo Canção e Frevo Livre Instrumental – Autoral. Os seguintes candidatos foram selecionados em três eliminatórias, nos dias 11 e 18 de maio e no dia 3 de julho, nas duas unidades do Compaz e no Paço do Frevo:   Categoria Frevo de Bloco Tempo de Saudade, de Luiz Guimarães Matando Saudade, de Luiz Gonzaga de Castro No Primeiro Dia do Nosso Amor, de Lourenço Gato e Flávio Souza Categoria Frevo de Rua Adriana no Frevo e Cia., de Parrô Mello Sapecando, de Marcos FM Alvoroçado, de Bené Sena   Categoria Frevo Canção Sabor de Rum Hortelã Café, de Edinho Queirós Frevo Bregado, de Carlos de Melo Brasil Claudionor, o Menino do Frevo, de Bráulio de Castro e João Araújo Categoria Frevo Livre Instrumental - Autoral Tubarão no Circo, de Zé Freire Frevo da Amizade, de Ronaldo Batata Primeiro de Maio, de Romero Bomfim   Premiação Para fomentar a cadeia produtiva do frevo, o Festival Nacional do Frevo irá assegurar material de trabalho e palco para os vencedores. Os primeiros colocados nas quatro categorias participarão da grade de programação do Festival de Inverno de Garanhuns 2018 e do Carnaval do Recife 2019 e ganharão ainda uma gravação audiovisual (15 horas em estúdio) da música que defenderam. Os segundo e terceiro lugares também participarão da grade do próximo Carnaval do Recife, sendo que o segundo colocado ganhará também uma gravação master da sua música vencedora (10 horas de estúdio). Haverá premiação ainda para o melhor arranjo e o melhor intérprete do concurso, que serão contemplados com a gravação de uma música.  

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Maracatu Estrela de Ouro de Aliança sobe hoje no palco da Fenearte

Feira celebra legado de Mestre Salustiano com destaque para exposição no mezanino. Feira segue até domingo (15)   Nesta quarta-feira (11) o palco principal da feira irá receber o Maracatu de Ouro de Aliança às 18h, o Mestre Chocho (PV) às 19h, e o Grupo Unido Dos Guararapes às 20h. O Baú da Camilinha fará a alegria da criançada às 17h, no mezanino infantil. A programação do desfile de moda ficará por conta do SENAI Caruaru às 18h e pelo grupo Moda Mangue Rio Joias às 19h. Balanço da terça Nesta terça-feira (10) estima-se que 25 mil pessoas circularam pelo Centro de Convenções em Olinda.  Desde a abertura (04) até esta terça-feira (10), mais de 210 mil pessoas já passaram pela maior feira de artesanato da América Latina. As atrações musicais do dia ficaram por conta da Banda Mirim Daira Leisa, do Coco de Nininha e do Maracatu Aurora Africana, no palco principal. Já as crianças puderam aproveitar os Mamulengos Riso das Crianças no mezanino infantil. Legado de Salu Os visitantes que quiserem saber um pouco mais sobre a vida do Mestre Salustiano podem conferir um pouco da sua história na linha do tempo montada na Exposição Legado Mestre Salustiano. Lá o público pode ter acesso visual a pertences pessoais, como roupas, rabeca e medalhas. A exposição segue montada até o último dia de evento e está localizada no mezanino. Já na Rua 18, noo estande número 408, o público pode levar para casa itens comercializados pela família do mestre, como: Coletâneas no mestre Salu  (R$ 50),mini Rabecas (R$ 250), camisas (entre R$ 40 e R$ 120), mini estandartes (entre R$ 60 e R$ 80), chapéus de Cavalo Marinho (R$ 130), entre outros enfeites e acessórios. Mestres no Cais do Sertão A Fenearte levou nesta terça mais de 50 mestres da Alameda para conhecer o Museu Cais do Sertão, no Recife Antigo. Em um passeio descontraído e cultural, os artistas ficaram encantados com a beleza do local. Mestra Dona Odete, de 93 anos, a mais experiente do grupo, comentou a experiência. "Aqui dentro a gente pode voltar ao passado. Eu já morei no Sertão e sei como as coisas funcionam. É igualzinho como a gente vê aqui". Na quinta-feira (12) os mestres vão conhecer o Paço do Frevo, também no Recife Antigo. Dia da Pizza Na Fenearte, assim como em todo mundo, neste dia 10/11, também foi comemorado o dia da Pizza. Na Praça de Alimentação mais de 30 sabores foram ofertados pelas pizzarias Plim e Cone Pizza. Com preços acessíveis e promoção: na compra de uma pizza, a segunda ficava por R$ 10. Palestras e desfiles O designer pernambucano Melk Zda, conhecido pelo seu trabalho artesanal e autoral detalhou seu processo de criação e sua curiosidade no uso de técnicas e materiais inusitados, como carpintaria e argila. Os looks elaborados pelas integrantes da Secretaria da Mulher, foram apresentados hoje na passarela. As participantes estilistas quiseram manter o ar despojado e hippie, fazendo uso de miçangas para acessórios e os calçados em crochê.

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Festival de Inverno de Camaragibe 2018 (Fic) lança edital de convocação

Na próxima quarta-feira (11), a produção do Festival de Inverno de Camaragibe 2018 (Fic) vai disponibilizar em seu Facebook (/festivaldeinvernodecamaragibe) o Edital de Convocação para o Fic. As inscrições ficam abertas até o dia 25 de julho e podem ser enviadas propostas de shows de bandas autorais, performances, intervenções artísticas, recitais, exposições e espetáculos. O Festival está em sua terceira e acontece nos dias 10 e 11 de agosto no Gruta Bar e Espaço Cultural, localizado na Rua Carlos Alberto, 70, Vila da Fábrica, Camaragibe. Serão selecionadas 12 bandas a serem divididas na grade da programação dos dois dias de evento. Já as demais expressões artísticas serão distribuídas nas trocas de palco. De acordo com o produtor do evento, Thiago Chalegre, o Fic tem como objetivo oferecer cultura à população e incentivar a produção artística do estado. “Queremos que o festival seja uma referência de incentivo para novas bandas autorais e expressões artísticas. Além disso, buscamos transformar nosso município numa referência de multiculturalidade” explica.

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Teatrando! oferece música e passeio gratuitos no Santa Isabel

Toda terça-feira, emoção e história estão em cartaz no Teatro de Santa Isabel. Mas amanhã (3), tem mais. A música também entra em cena na agenda do Teatrando!, projeto de educação patrimonial e formação de novas plateias para as artes cênicas, criado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e executado pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, com patrocínio do Santander, através da Lei Rouanet. A programação começa às 15h, com a visita Proscenium!, que convida todos os públicos, dos 10 anos em diante, a passear pelos 168 anos de história de um dos 14 teatros monumentos do país, participando de uma encenação que mistura teatro e jogo. A experiência dura duas horas e é conduzida pelo azeitadíssimo elenco formado pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O enredo que conduz os visitantes Santa Isabel adentro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana. A direção geral da visita espetáculo é de Célio Pontes e Quiercles Santana. E a direção musical é de André Freitas.   Durante quase três horas, os atores conduzem o público pelas dependências e histórias do teatro, impondo desafios que precisam ser resolvidos durante a visita, a partir de pistas fornecidas pelo elenco. O roteiro, que explora palco e bastidores do teatro, sótão e até jardim, termina no salão nobre, espaço pouco conhecido do público, onde também está marcado o segundo compromisso dos recifenses com o Teatro de Santa Isabel, nesta terça-feira pós-jogo. A partir das 19h, a música toma conta da programação do projeto Teatrando!, com a realização de mais uma edição dos Saraus. Desta vez, o recital gratuito de música será protagonizado pela soprano Nadja Sousa e pelo pianista Fernando Müller, que celebrarão a música erudita alemã, executando composições de Richard Wagner e Richard Strauss. Para assistir, basta chegar às 18h, para retirar uma senha na bilheteria do teatro. A visita Proscenium! também é gratuita, mas exige inscrição prévia, que pode e deve ser feita pelos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. O Teatrando! segue em cartaz no Teatro de Santa Isabel até agosto.

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Fundamentalismo religioso ainda dificulta ensino da cultura negra nas escolas de Pernambuco

Em um país marcado pelo racismo e discriminação, em que movimentos negros resistem e reivindicam maior visibilidade e oportunidade, atitudes preconceituosas são comuns, inclusive por parte de professores, muitos deles evangélicos, no ambiente escolar. Essa é a conclusão a que chegou a pesquisa de mestrado da pesquisadora Renildes de Jesus Silva de Oliveira, “O que é de Deus e o que não é de Deus: docentes evangélicos e o ensino das culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas públicas”, realizada sob a orientação do professor Gustavo Gilson de Sousa de Oliveira, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE. Na dissertação, Renildes pontua que, embora os resultados apontem para a “legitimação do ensino das culturas de matriz africana baseados em princípios como valorização e respeito”, prevalece a lógica da exotização na hora do ensino das culturas africana e afro-brasileira por parte de muitos professores, ao abordarem esses assuntos em sala de aula. Segundo ele, “tais conteúdos são postos de forma essencializada e folclorizada. Para vários dos docentes evangélicos entrevistados é uma cultura colorida, bonita, animada, muito ligada a festas e comemorações”. “Esse tipo de ênfase colabora para a manutenção de sentidos hegemônicos sem subvertê-los discursivamente e sem se dar conta de que tais significados são instituídos num jogo de disputas de poder. A desconsideração de tais fatores favorece situações de subalternização e inferiorização e mascara os jogos de forças e conveniências que têm o poder de incluir e excluir”, explica Renildes. De acordo com a pesquisa, também é possível concluir que os discursos dos docentes apresentam uma dicotomia entre religião e cultura, além da tendência a um ocultamento de temáticas ligadas às religiões de matriz africana. “Essa situação acaba indo de encontro ao que é determinado pela Lei 10.639/03, que estipula o ensino de história e cultura africana afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todo o país”, alerta a autora. “Há muitos relatos de professores que foram rechaçados ao levarem essas temáticas africanas para a sala de aula e com isso existe esse descumprimento dos dispositivos legais”, coloca Renildes. De acordo com a mestra, a não abordagem desses conteúdos contribui para a perpetuação de estereótipos do povo negro e o apagamento e/ou embranquecimento de grandes figuras negras, como Machado de Assis. Entretanto, a pesquisadora também constata que “a despeito dessa realidade, observa-se que as identidades evangélicas se caracterizam por uma heterogeneidade na forma de pensar; além disso, elas se ressignificam no tocante às culturas africanas afro-brasileiras, sendo possível visualizar prenúncios de uma visão mais positiva, inclusive em relação à religião, fator mais propenso às práticas de discriminação e silenciamento.” AMOSTRA | Para a construção da amostra dessa pesquisa de cunho qualitativo, foram escolhidos oito professores de diferentes segmentos evangélicos, como protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais, que atuam em escolas públicas do Grande Recife. Eles foram selecionados a partir de indicações de informantes, sendo dois do Ensino Infantil, quatro do Ensino Fundamental e dois do Ensino Médio. A quantidade de participantes não foi determinada previamente e seguiu o critério da “saturação”. A partir daí, foi utilizado um sistema de entrevista semiestruturadas e a análise das respostas dadas pelos professores e professoras foi realizada mediante um diálogo ocasional com alguns conceitos (interdiscurso e ethos) trabalhados por Maingueneau, teórico da Escola Francesa de Análise do Discurso, elucidados à luz da abordagem da Teoria Política do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, especialmente a categoria de hegemonia. A análise procurou identificar, de forma descritiva e exploratória, os principais discursos sobre o ensino da história e culturas afro-brasileiras e africanas articulados pelos docentes evangélicos. Compreendendo que o caminho para o combate ao preconceito passa pela educação, a mestra destaca que se torna relevante o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira. Ela sugere a “implementação de uma proposta curricular crítica e antirracista que considere as diferenças presentes no contexto escolar, uma vez que as escolas funcionam como espaços produtores de sentidos”. Renildes Oliveira salienta também o valor de um maior investimento na formação inicial e continuada dos docentes com a implantação de disciplinas que abordem temáticas que envolvam as culturas e a história negra, formando assim docentes mais preparados para trabalhar pedagogicamente esses temas em sala de aula. *Por Maik Santos - Ascom da UFPE

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"A vendedora de tapioca é um fast food"

Autor de mais de 70 livros publicados, e com mais três no prelo, o antropólogo e museólogo Raul Lody especializou-se em arte popular e manifestações de matriz africana. Mas foi a antropologia da alimentação que ganhou força na sua carreira e o tornou uma verdadeira autoridade no tema. Por isso, a equipe da Algomais – Cláudia Santos, Rafael Dantas, Rivaldo Neto e Tom Cabral – decidiu entrevistá-lo no Mercado da Encruzilhada. Ele adorou a configuração, após a recente reforma. Entre boxes de frutas e temperos, fregueses e ambulantes, Lody, que é carioca, falou da sua paixão pelo Recife, da influência de Gilberto Freyre, criticou os ataques aos terreiros de candomblé e fez comentários a respeito das dietas para emagrecer. Você é carioca e optou por morar no Recife, por quê? Quando era criança e adolescente, meus pais viajavam comigo pelo Brasil nas férias. Na primeira Missa do Vaqueiro eu estava, coincidentemente, em julho de 1969, em Serrita. Foi a primeira vez que estive em Pernambuco, ia fazer 18 anos. No Recife, fiquei no Grande Hotel localizado na beira do Capibaribe que era navegável. Um espetáculo! Meu olhar sempre foi o de descobrir a cultura imaterial e aqui encontrei muita coisa e sempre voltava para cá quando podia. Até que nos últimos 10 anos consegui comprar um apartamento no Recife, mas continuo com a minha casa no Rio, onde está minha biblioteca principal. Vivo muito Pernambuco, mas também o Nordeste, onde tenho projetos na Bahia, no Maranhão e no Ceará. Então, estar aqui também traz facilidades para os custos de deslocamento para viajar. Você se formou no Rio? Sim, fiz ciências sociais, depois completei com museologia. Logo que me formei, fui para Dacar, onde passei um tempo estudando arte africana. Viajei muito não só pela África Ocidental, mas também pelo Magrebe, área que me interessa muito (Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito). Comecei a trabalhar e ver como a presença dessa região na formação brasileira é fortíssima. O homem português é um afrodescendente, porque foram quase mil anos da presença do Magrebe na Península Ibérica, onde houve uma verdadeira colonização pela civilização afroislâmica. Ela está muito presente em Pernambuco. O pastel de festa, por exemplo, no qual se polvilha açúcar, tem origem num doce folhado português, que lembra a pastilha, uma comida de festa do Magrebe. Como você vê os ataques de grupos religiosos às religiões de matriz africana? Em Pernambuco, em 1985, ocorreu o primeiro tombamento no Brasil de um terreiro por um governo estadual, que foi o de Pai Adão. Eu solicitei o tombamento e instrui o processo pela Fundarpe. Isso ajudou muito a proteger a área do sítio. Os terreiros são verdadeiras universidades vivas: têm música, idioma, culto, dança, artesanato, comida comunitária, arquitetura, mitologia. Possui todo um sistema de relações sociais diferenciado. Não é apenas um lugar de culto, é um lugar de experimentação de cultura e de história cultural. Eles sempre foram perseguidos e agora a perseguição acontece quase de uma forma autorizada por grupos com crescente poder econômico, político e de comunicação. Eu diria que vivemos uma encruzilhada (já que estamos neste mercado com este nome). Lógico, que isso não está acontecendo passivamente, mas se trata de um risco patrimonial, histórico, econômico, social. Por que a alimentação é importante para o estudo antropológico? A transformação do meio ambiente pelo homem se dá por intermédio da cultura. O que é cultura? São ações, formas diversas, tecnológicas, de transformar o meio ambiente e dar significado a essas transformações. A comida, cremos nós antropólogos e arqueólogos, talvez seja o início desse processo cultural. Comer é uma necessidade e ao comer você dá significado a essa comida. Hoje acho que o melhor tempero de um profissional de comida é conhecimento. Hoje um chef de cozinha, uma boleira, um cozinheiro, que não der importância ao seu saber será engolido pela competição. Como você analisa o movimento dos chefs brasileiros em valorizar a comida do Brasil? Isso é muito importante porque se busca o que se chama de ingrediente terroir, aqueles que são próprios, nativos, característicos, feitos ou realizados em contextos ecológicos, num determinado tipo de terra, de clima. Além do terroir, existe a biodiversidade que também faz a diferença nesse mercado tão competitivo. Para você ter uma ideia, já foram codificados mais de 400 tipos de milho, que é um alimento sul-americano, e a batata, que também é latino-americana, tem uma classificação genética com mais de três mil tipos. Quais os componentes culturais que você identifica na gastronomia pernambucana? O Brasil nasce de um processo multicultural. A primeira grande globalização vai se dar no final do século 15 com as grandes navegações, quando o português chega ao Japão, à China, à Índia, Indonésia, ao Ceilão, a todo o continente africano. Imagine nos séculos 15 e 16 ter isso tudo reunido, ampliando o conhecimento que se tinha sobre ingredientes! Lógico que a motivação das grandes navegações era comercial e econômica, mas no meio disso vai junto toda a questão social, religiosa, cultural, civilizatória desses povos. Então eu posso dizer que essa multiculturalidade é uma herança e uma coisa muito boa que está presente na mesa brasileira e muito na mesa pernambucana, onde o açúcar criou toda uma civilização, que foi capaz de reunir as chamadas frutas exóticas, como a jaca, originária da Indonésia, a manga, da Índia, a carambola, das ilhas Molucas, que se juntaram com as frutas tropicais da Mata Atlântica, do Cerrado e da Amazônia. Então aqui se tem um acervo imenso interpretado por essas culturas globais da época, que resultou numa culinária espetacular, única. Como a correria do dia a dia e a cultura do fast food podem prejudicar essa herança cultural? O fast food sempre existiu. A baiana de acarajé é um fast food, a vendedora de tapioca também, o vendedor de doce japonês idem. O que acontece é que existe uma cozinha massificada, padronizada. Uma vez estava na cidade do Marrocos (passa o vendedor de doce japonês com seu tradicional apito). Olha o vendedor de doce japonês! Fantástico!

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